Plano de 5 anos: 2001-2006

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O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006

O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006 Resumo de Realizações e Aprendizados

Resumo de Realizações e Aprendizados

EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL

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18/7/2007, 23:27



O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006 Resumo de Realizaテァテオes e Aprendizados

PREPARADO SOB A SUPERVISテグ DO CENTRO INTERNACIONAL DE ENSINO


Foto da Capa: Um círculo de estudo em Ruanda.

Título original em inglês: THE FIVE YEAR PLAN, 2001-2006 Summary of Achievements and Learning © Dezembro de 2006. CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í © 2007 em português: Editora Bahá’í do Brasil C.P. 1085 13800-973 – Mogi Mirim – SP www.editorabahaibrasil.com.br ISBN: 978-85-320-0169-6 1a Edição: 2007 Tradução: Osmar Mendes Revisão: Kássia Fernandes de Carvalho Impressão: Prisma Printer Gráfica e Editora Ltda., Campinas – SP, Brasil


CONTEÚDO*

Introdução I.

Avançando o Processo de Entrada em Tropas O Indivíduo A Comunidade As Instituições Programas Intensivos de Crescimento

1 5 13 22 49 62

Apêndices A B C D E

Administração Bahá’í durante o Plano de Cinco Anos Estatísticas do Desenvolvimento de Recursos Humanos, das Atividades Básicas e do Avanço dos Agrupamentos, 2001-2006 Totalidade de Pioneiros Enviados durante o Plano de Cinco Anos Acontecimentos Majoritários Registrados pelos Governos Propriedades Adquiridas durante o Plano de Cinco Anos

Referências Bibliográficas

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*Para esta edição em português, a Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Brasil decidiu não incluir os capítulos II, III e IV, que tratam, respectivamente, sobre: O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO; ASSUNTOS EXTERNOS; e CONQUISTAS NO CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í.



INTRODUÇÃO

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conclusão do Plano de Cinco Anos no Ridván de 2006 marcou “um momento decisivo no desdobramento do histórico empreendimento no qual a comunidade do Máximo Nome está envolvida”1. Em 2001, três meses antes do lançamento do Plano, a Casa Universal de Justiça havia anunciado o início de uma nova época nos destinos da Fé – a quinta época da Idade Formativa. O progresso alcançado no mundo bahá’í durante os últimos cinco anos refletiu o salto avante que a abertura de uma nova época prognosticou. Neste último capítulo no desdobramento do Plano Divino concebido pelo Mestre, os seguidores de Bahá’u’lláh continuaram a concentrar seus esforços para alcançar um avanço significativo no processo de entrada em tropas. Fortalecidos pelo sucesso do Plano de Quatro Anos e do Plano de Doze Meses no desenvolvimento de recursos humanos na Fé em uma larga escala, os crentes dirigiram seus esforços para a implementação de uma “estrutura para a ação”2, que nasceu de décadas de experiência e que em alguns poucos anos provou ser universal em sua eficácia. A sistematização do trabalho de ensino no contexto dos agrupamentos geográficos foi um conceito que possibilitou aos crentes adquirirem uma visão de crescimento sistemático e a estabelecer prioridades para a ação. No âmago dessa estrutura ocorriam “dois movimentos complementares e que se reforçam mutuamente”3, os quais guiaram e direcionaram os esforços dos crentes em como fazer avançar, de forma sistemática, o processo de entrada

em tropas. Decorrente de um esforço paciente e contínuo, tornou-se aparente que quanto maior era o número de amigos completando a seqüência dos cursos e se levantando para realizar as tarefas de expansão e consolidação, mais forte foi o impulso dado ao desenvolvimento dos agrupamentos e à sua capacidade de atingir e manter o crescimento. Atenção concentrada a esses dois movimentos foi vista como essencial ao progresso do Plano e tornou-se o padrão pelo qual o progresso foi assegurado. Institutos de capacitação cresceram e tornaram-se progressivamente mais eficazes em “prover suas comunidades com uma torrente constante de recursos humanos para servir ao processo de entrada em tropas”4. Até o final de 2006, mais de 36.000 facilitadores e aproximadamente 75.000 professores de aulas de crianças haviam sido capacitados. O número de atividades centrais cresceu na mesma proporção, representando um aumento de seiscentos por cento em reuniões devocionais e de trezentos por cento em aulas de crianças. O impacto do sucesso em capacitação e na utilização de recursos humanos foi comprovado em um número crescente de agrupamentos mais avançados. Após ter-se alcançado um vigoroso processo de instituto, multiplicação das atividades centrais, e aumento no ritmo do ensino, as condições mostraram-se se favoráveis para o lançamento de programas intensivos de crescimento nesses agrupamentos. Ao final do Plano de Cinco Anos, 296 desses programas haviam sido iniciados.

…os seguidores de Bahá’u’lláh continuaram a concentrar seus esforços para alcançar um avanço significativo no processo de entrada em tropas.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Mais importante, os meios para o estabelecimento de um padrão de atividade com “igual ênfase nos processos gêmeos de expansão e consolidação” foram mais bem entendidos.

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O aprendizado sobre crescimento foi o mais intenso nesses agrupamentos de vanguarda, na medida em que os crentes ganharam novos discernimentos e experiência sobre expansão, ensino, ingresso e capacidade de crescimento. Os programas intensivos de crescimento continuaram em uma sucessão de ciclos. Cada ciclo incluía fases distintas de expansão, consolidação, reflexão e planejamento. Através da experiência adquirida em um ciclo, os crentes aprenderam valiosas lições que levaram à melhoria da eficácia de cada fase. Mais importante, os meios para o estabelecimento de um padrão de atividade com “igual ênfase nos processos gêmeos de expansão e consolidação”5 foram mais bem entendidos. As reuniões de reflexão foram a chave para o progresso dos programas intensivos de crescimento ao proverem a arena a nível de agrupamento para a avaliação do progresso alcançado, analisando experiências, planejamentos e mantendo a unidade de visão. Como tornar as reuniões de reflexão mais eficazes tornou-se uma área específica de aprendizagem, e gradualmente ficou evidente que tais reuniões precisavam combinar tanto “de celebração alegre e festiva”, como “também uma oportunidade para sérias consultas”6. O processo de crescimento “está ganhando impulso em centros urbanos como também em áreas rurais”7. A mudança ocorrida em comunidades urbanas foi um marco em realizações. Por muitos anos, mesmo em países altamente receptivos, as comunidades bahá’ís em cidades haviam enfrentado desafios para a criação de comunidades dinâmicas e numerosas. Porém, armadas agora com novas habilidades e forte confiança, resultantes de sua participação nos cursos do instituto, um número muito maior de crentes tem participado dos trabalhos de ensino. Começando com esforços sistemáticos

para contatarem mais vigorosamente amigos e familiares, os bahá’ís, tanto em áreas urbanas como rurais, no Ocidente e no Oriente, descobriram que seu comprometimento com o ensino lhes mostrava, em contrapartida, um inesperado grau de receptividade. As atividades centrais atraíam um número crescente de buscadores, almas que eram cada vez mais atraídas à Revelação de Bahá’u’lláh e vivificadas por sua potência espiritual. Em muitas áreas altamente receptivas, a maioria dos convidados participantes de círculos de estudo tornou-se bahá’í logo após o estudo do primeiro livro da seqüência, atividade esta que demonstrou sua eficácia como “do processo de entrada em tropas”8. A vida comunitária bahá’í foi sendo gradualmente transformada por uma crescente orientação no sentido de voltar-se para o mundo externo, uma atitude incipiente em muitos lugares, mas logo costumeira em outros. Tornou-se notavelmente aparente aos crentes, ao abrirem suas comunidades ao público externo, tornando-os capazes “a ver mais prontamente as latentes possibilidades existentes nas pessoas” 9, uma pré-condição para efetivamente atraí-las à Mensagem de Bahá’u’lláh. Ainda mais, o padrão de atividade refletido no modelo coerente aplicado no crescimento sistemático – o processo de instituto, juntamente com as reuniões devocionais, aulas de crianças e círculos de estudo – foi inegavelmente enriquecedor para a vida espiritual dos próprios bahá’ís e contribuiu para a solidariedade e caráter espiritual de suas comunidades. As visitas aos lares, que são um meio natural de se chegar aos corações, provaram ser simplesmente o enfoque mais efetivo tanto para a expansão como para o trabalho de consolidação. Como a Casa de Justiça indicou em mensagens anteriores, os esforços visando o avanço do processo de


INTRODUÇÃO entrada em tropas “atuará sobre”10 as instituições da Fé tanto quanto atuariam sobre o próprio processo. As Assembléias Espirituais Nacionais e os Conselhos Regionais Bahá’ís alcançaram significativa maturidade durante os últimos cinco anos ao se tornarem mais sistemáticos na promoção e no monitoramento do processo de crescimento em suas regiões. Tornou-se também bem claro que a arena para a ação e para o aprendizado sobre crescimento é o agrupamento, e que este aprendizado é enriquecido pela experiência dos agrupamentos mais avançados. Adicionalmente ao aprendizado sobre a sistematização da expansão e consolidação, havia a necessidade de desenvolver a capacidade institucional para administrar o processo de crescimento no nível das raízes da comunidade. A Casa de Justiça explicou que isso dependeria da colaboração das três entidades no nível do agrupamento: o instituto de capacitação, os membros de Corpo Auxiliar e seus ajudantes, e um Comitê de Ensino de Área. Os coordenadores de instituto tiveram um papel central na capacitação de mais de 150.000 pessoas que entraram no processo de instituto durante o Plano de Cinco Anos, contribuindo para um acervo crescente de recursos humanos para as tarefas de expansão e consolidação. Nos últimos anos, os Comitês de Ensino de Área, também mencionados como Comitês de Crescimento do Agrupamento, consolidaram-se em agrupamentos avançados e começaram a organizar reuniões de reflexão e a administrar vários aspectos do processo de crescimento sistemático. Os membros de Corpo Auxiliar trabalharam em ambas as frentes para apoiar o desenvolvimento de recursos humanos e ajudar as atividades centrais bem como os esforços de ensino. Juntas, essas três agências constituiram-se numa

forte estrutura, tornando possível tomarem muitas decisões relacionadas com o processo de crescimento a ser desenvolvido pelas instituições envolvidas em sua execução. O apoio das Assembléias Espirituais Locais ao processo de instituto e sua promoção e ajuda no trabalho de ensino entre os crentes em sua área de jurisdição também representaram um papel vital no avanço do processo de crescimento sistemático, especialmente onde as Assembléias estiveram engajadas em implementar programas intensivos de crescimento. A cada avanço de um agrupamento para um novo estágio de desenvolvimento, ocorre uma mudança no foco e na dinâmica do agrupamento. Em nenhum outro lugar isso foi tão evidente quanto em agrupamentos onde foram lançados programas intensivos de crescimento. O planejamento sistemático do qual as instituições e os crentes participaram, a realização de uma grande reunião de reflexão para lançá-lo, a mobilização dos amigos para formar grupos de ensino e outras atividades, e a contínua capacitação de recursos humanos que precisa ser mantida, todos combinam para criar uma elevada motivação e um grande entusiasmo para as atividades de ensino e consolidação. As estatísticas provenientes de numerosos programas intensivos de crescimento em todo o mundo, tanto em áreas urbanas como em áreas rurais, revelaram que o número de novos contatos ou declarações gerados durante a fase de expansão de um único ciclo muitas vezes ultrapassou os resultados dos doze meses anteriores. Em todos os casos foi observado que o aprendizado chave decorrente dos estágios anteriores de desenvolvimento de um agrupamento – estabelecendo um forte processo de instituto, praticando os componentes dos cursos, desenvolvendo uma orientação de

A cada avanço de um agrupamento para um novo estágio de desenvolvimento, ocorre uma mudança no foco e na dinâmica do agrupamento.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados atenção ao mundo externo, estimulando a iniciativa individual, contatando populações especiais e multiplicando o número das atividades centrais – culminou em ações necessárias para o lançamento e sustentação de um programa intensivo de crescimento. Todos esses elementos deviam estar integrados para um esforço bemsucedido. Ao mesmo tempo, os ciclos de atividades de um programa de crescimento estavam tão claros e tão bem definidos que se tornou possível ver quando um ou mais desses elementos não estavam acontecendo num grau de nível ótimo, e que tais carências podiam então ser tratadas sistematicamente. Esse processo de análise e intervenção na implementação de programas intensivos de crescimento foi responsável pelos “avanços mais significativos de aprendizagem”11 durante o Plano de Cinco Anos. Juntamente com a análise dos esforços dos crentes em dar continuidade às tarefas centrais do Plano, este sumário apresentará realizações no trabalho especializado de desenvolvimento social e econômico e de assuntos externos. Adicionalmente à consecução de seus objetivos específicos, ambas essas áreas de atividade efetivamente reforçaram a

orientação da comunidade bahá’í quanto ao mundo externo e asseguraram oportuno apoio a pessoas com ideais afins em círculos internacionais. Na parte final, as realizações associadas com o Centro Mundial Bahá’í serão apresentadas. Seu caráter de longo alcance reflete a realidade de que “a evolução do Centro Administrativo Mundial da Fé, ...cruzou um limiar crucial”12.

!!! O aprendizado sobre crescimento nos últimos cinco anos traçou o curso do mundo bahá’í para os próximos quinze anos. A Casa de Justiça explica que a experiência com os programas intensivos de crescimento foi universal e consistente. O objetivo desta avaliação vai além do estímulo à reflexão sobre o que foi conseguido para inspirar confiança quanto ao curso à frente. Tudo o que se faz necessário agora é que os crentes dirijam os seus mais sinceros esforços para o estabelecimento do maior número possível de programas intensivos de crescimento em todos os continentes e, assim fazendo, serem bem-sucedidos em “difundir... o conhecimento do poder redentor da Fé de Bahá’u’lláh”13 ao inteiro corpo de uma humanidade assolada.

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I AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

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róximo da conclusão do Plano de Cinco Anos, a Casa Universal de Justiça afirmou em sua mensagem, datada de 27 de dezembro de 2005, dirigida aos Corpos Continentais de Conselheiros, que “a séria e sincera resposta de cada crente, da comunidade e das instituições à guia que receberam há cinco anos atrás, elevou sua capacidade a novos níveis”1..Analisando as etapas que levaram a esta realização, a Casa de Justiça destacou que: Como primeiro passo, as comunidades bahá’ís foram instadas a sistematizar seus esforços para desenvolver recursos humanos da Causa através de uma rede de institutos de capacitação. Ainda que todas as comunidades nacionais tivessem adotado medidas que visavam criar capacidade institucional para realizar essa função essencial, não foi, senão, no início do Plano de Cinco Anos que a importância de um bem concebido programa de capacitação tornou-se amplamente reconhecido.2

O Desenvolvimento de Recursos Humanos O processo de instituto foi estabelecido durante os cinco anos anteriores, mas no início do Plano poucas comunidades eram capazes de oferecer mais do que os livros iniciais da seqüência dos cursos. A demanda por facilitadores capacitados superou a disponibilidade então existente. E assim, os primeiros desafios que tiveram de ser superados foram fortalecer o processo de instituto

adicionando um nível mais elevado de cursos e capacitando uma leva maior de facilitadores. No Ridván de 2001, haviam 616 pessoas no mundo que haviam completado o Livro 7 do Instituto Ruhí – Trilhando Juntos um Caminho de Serviço, o curso para o treinamento de facilitadores e muitos deles não haviam ainda completado todos os livros que levavam ao livro de número 7. Na realidade, o Livro 7 não estava disponível em muitos países até uma boa parte desde o início Plano, e uma vez liberado, teve de ser traduzido nos idiomas de cada região. Sua introdução e utilização, porém, rapidamente elevou a qualidade de todos os cursos de instituto e trouxe maior visão do que podia ser alcançado através do processo de instituto. Tão bem-sucedido foi o esforço para capacitar facilitadores que, ao final do Plano, mais de 36.000 pessoas haviam completado o Livro 7.

Amigos em um círculo de estudos em Washington, D.C., E.U.A.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados A capacitação de facilitadores no início muitas vezes exigiu sacrifícios, tanto dos capacitadores como dos que estavam sendo capacitados. Por exemplo, determinados crentes nas cidades de Knoxville, Tennessee, nos Estados Unidos e Manchester, no Reino Unido, necessitavam de alguém para capacitá-los na seqüência dos cursos, mas suas comunidades não dispunham de ninguém qualificado como capacitador do Livro 7. A comunidade de

Knoxville solicitou os serviços de um capacitador que vivia em outra parte do estado. Durante o curso de três anos, aquele dedicado crente dirigia cerca de 290 quilômetros todas as semanas para preparar novos capacitadores que pudessem capacitar novos facilitadores. Apenas dez participantes haviam completado o segundo livro em Manchester quando seu membro de Corpo Auxiliar, teve a feliz idéia de que o agrupamento poderia avançar para a catego-

Uma Campanha de Instituto: Ação Sistemática Conduz os Amigos através da Seqüência dos Cursos na Cidade do Convênio

O

s moradores de Nova Iorque são conhecidos como pessoas muito ocupadas. Encontrar tempo para participar da seqüência dos cursos do instituto foi um desafio para muitos dos crentes naquela cidade, especialmente jovens executivos. Quando os amigos, inspirados pela reunião de reflexão de fevereiro de 2004, decidiram fazer a seqüência dos cursos para elevar o agrupamento para a categoria “A”, as instituições e o coordenador do agrupamento se movimentaram para ajudá-los a alcançar sua meta, promovendo uma campanha intensiva de instituto que começou em junho. Um planejamento sistemático foi a chave para levar ao sucesso, o desafio de organizar horários que atendessem aos interesses de todos, já que o tempo é sempre curto para os habitantes daquela cidade. O primeiro passo foi buscar conhecer cuidadosamente os membros da comunidade que estavam participando do processo de instituto. Quem fizera qual livro? Que livros cada um deles precisava estudar para completar a seqüência a fim de tornar-se um facilitador capacitado? A análise foi seguida de uma onda de estímulo sistemático. A Assembléia Espiritual Local de Nova Iorque enviou cartas individualizadas a cada pessoa que havia estudado os três primeiros livros, estimulando-os a continuarem a seqüência. Os membros de Corpo Auxiliar contatavam aqueles amigos que precisavam ainda fazer apenas um ou dois dos últimos livros para completarem a seqüência e tornarem-se facilitadores. O coordenador da área de instituto concentrou-se naqueles que precisavam

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completar apenas o Livro 7. Recordando agora a experiência, torna-se claro que esta atenção personalizada aos indivíduos em uma comunidade foi a chave para o sucesso da campanha intensiva de instituto. O coordenador de área analisou a comunidade para determinar o tempo que as pessoas teriam disponíveis, e então marcou as datas e horários dos cursos da mesma forma de uma tabela escolar. Os círculos de estudo foram organizados em três diferentes horários: durante o dia para aqueles que trabalhavam à noite, como atores e músicos; logo no início da noite para aqueles que trabalhavam em escritórios; e fins de semana para aqueles que somente nessas datas tinham tempo disponível. Alguns cursos foram realizados no sistema intensivo em fins de semana, enquanto que outros foram organizados para serem concluídos em quatro domingos consecutivos. Muitos dos jovens executivos optaram por participar nas sessões do começo da noite, porque lhes era mais fácil chegar à sede bahá’í de Manhattan, logo após deixarem seus locais de trabalho no centro da cidade. As sessões deste período eram de 3 horas, realizadas duas ou três noites por semana e possibilitavam aos amigos adiantar-se rapidamente na seqüência dos cursos. Em novembro de 2004, 43 pessoas haviam terminado a seqüência de cursos, o que representou um aumento de 35 novos facilitadores em um período de menos de seis meses.


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

O Processo de Instituto Provê um Novo Foco para as Escolas de Verão e Inverno

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período de tempo maior que as Escolas de Verão e Inverno oferecem para estudo e companheirismo durante feriados há muito tem sido um elemento importante e de união das comunidades bahá’ís. Em anos recentes, o processo de instituto tem influenciado o estilo das Escolas de Verão e Inverno em muitas comunidades nacionais. A capacitação pelo estudo do Livro 3 sobre como trabalhar com as crianças gerou programas melhor planejados para as crianças e pré-jovens como parte dessas escolas. Os jovens, quase sempre os primeiros a completarem os cursos de instituto, estão cada vez mais colocando em ação suas recém adquiridas habilidades para ajudar no planejamento e na execução de programas de instituto realizados nas Escolas de Verão e Inverno. O uso das artes nas atividades centrais, introduzido e alimentado pelo processo de instituto, deu mais criatividade e vivacidade às escolas, como o uso da música, canto, teatro e outras atividades artísticas tornando-se parte integrante dos programas das Escolas. Muitas Escolas de Verão e Inverno incluíram cursos de instituto como parte das atividades oferecidas, provendo uma oportunidade para as pessoas acelerarem seu progresso através da seqüência dos cursos. Um exemplo vem da Escola de Inverno de Boldren, na Suíça, em 2005. Os cursos de instituto foram oferecidos para ajudar os amigos a se prepararem, através de um estudo intensivo, para ajudar no avanço dos processos do Plano de Cinco Anos. Em outras escolas, atividades especiais reforçaram ou complementaram os cursos de instituto. Uma Escola, realizada em Darjeeling, na Índia, apresentou um teatro com participação do público sobre como as atividades centrais podem mudar as atitudes, a ria “A” através de um esforço concentrado. Seu entusiasmo repercutiu em toda a comunidade. Como no caso de Knoxville, um capacitador tinha de viajar a Manchester para ajudar no movimento de crentes através da seqüência dos cursos, mas em vez de trabalhar com eles uma vez por semana, cada

Orações matinais sendo feitas na Escola de Inverno de Darjeeling, na Índia. conduta e o caráter das pessoas. Em uma Escola de Inverno no Brasil, foi dada uma aula sobre como realizar reuniões devocionais. Muitas Escolas de Verão em 2003 incluíram sessões de estudo do documento: Construindo o Momento: Um Enfoque Coerente com o Crescimento. As sessões de uma escola de inverno na Índia foram utilizadas para a preparação das pessoas para uma campanha de ensino. Ao final da Escola, os participantes eram enviados para localidades próximas, previamente selecionadas, para realizar visitas aos lares e reuniões devocionais. A influência sobre as Escolas de Verão e Inverno atingiu igualmente o público externo, um ponto marcante do Plano de Cinco Anos, o que ficou evidenciado no número crescente de buscadores participando de Escolas de Verão e Inverno. Na Polônia, por exemplo, os bahá’ís notaram um elevado crescimento no número de convidados participando das Escolas. E a presença dos participantes de outros países trouxe entusiasmo a muitas pequenas e isoladas comunidades, como o Líbano, Chipre, Ilhas Mariana, Bósnia e Herzegovina.

curso era dado durante a semana inteira, começando com um fim de semana intensivo e continuando nos outros dias da semana em sessões noturnas de estudo. A semana seguinte era livre, para permitir aos participantes a oportunidade de praticar o que haviam aprendido. 7


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Outros meios foram encontrados para acelerar a capacitação dos facilitadores, incluindo campanhas intensivas de instituto, muitas vezes realizadas como cursos nas residências. Durante o primeiro ano do Plano, um grande impulso foi dado ao processo de instituto na África do baixo Saara com uma série de campanhas de capacitação intensiva organizadas pelos Conselheiros Continentais. Na África de idioma inglês, selecionados bahá’ís que haviam completado os livros iniciais da seqüência participaram de sessões de capacitação de seis semanas, um na Uganda e outro na Zâmbia. Como resultado, 176 amigos de 22 países fo-

ram capacitados para atuarem como facilitadores dos Livros 4 ao 7. Subseqüentemente, nos países de língua francesa na África, similares programas intensivos de capacitação foram realizados em Camarões, na República Democrática do Congo e na Nigéria. Em muitos agrupamentos rurais na África, Ásia e na América Latina, os institutos continuaram a manter cursos intensivos para os livros de níveis superiores em locais centrais afim de melhorar a qualidade da capacitação. Na França, campanhas intensivas foram marcadas para serem realizadas duas vezes por ano durante os feriados nas universidades, tornando-se um ele-

Aulas em Universidades – Um Novo Cenário para os Cursos do Instituto

C

omo local da sede mundial da Igreja Católica Escritos Bahá’ís e é dado anualmente desde 2002. Romana, a Itália tradicionalmente tem sido um O Departamento de Educação Científica e Teoria país desafiador para a Causa de Bahá’u’lláh. Mas da Filosofia, bem impressionado com as apresentações corajosamente aproveitando uma oportunidade, um nas salas de aula desde 2003, convidou o orador bahá’í bahá’í italiano, em colaboração com um instituto de a dar aulas também aos estudantes de seu departacapacitação na Itália, e do Fórum Bahá’í Europeu de mento. Trabalhando em estreita colaboração com o Negócios, conseguiu fazer do ensino da Fé parte de instituto de capacitação, ele decidiu apresentar o Livro um currículo da segunda maior universidade italiana, 1 do Instituto Ruhí como um modelo educacional a Universidade de Bari. singular, digno de ser emulado. Como um líder bem-sucedido no ramo de negóO primeiro passo foi a preparação e distribuição cios, e autor conhecido, o bahá’í italiano durante vários de um questionário a 220 sub-graduados e estudantes anos dera palestras, como convidado, sobre ética nos de mestrado, baseado em materiais do Livro 1, que negócios a alunos da Escola de Comércio em Bari. incluíam muitas citações de Bahá’u’lláh. Quando os Sempre fazia leves referências à Fé em suas palestras, Estudantes na Universidade de Bari em um dos cursos sobre os ensinamentos de Bahá’u’lláh. particularmente sobre Bahá’u’lláh, Sua vida e Seus sofrimentos, explicando a fonte de suas idéias. Tais palestras motivaram a Universidade a criar um curso de 10 semanas oferecido por esse bahá’í, que tinha como titulo: “Ética e Economia: Rumo a uma Nova Ordem Mundial”. O curso é baseado exclusivamente nos

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS mento inseparável da vida bahá’í para estudantes que falavam francês procedentes de vários países da Europa. Um programa intensivo semelhante foi realizado na Alemanha para a juventude. Outros exemplos de campanhas intensivas de instituto incluem as seguintes: • Para aumentar o número e qualificar os facilitadores, no Brasil mais de 350 bahá’ís passaram pela seqüência dos cursos através de capacitação intensiva, especialmente entre os meses de janeiro a abril do primeiro ano do Plano.

• Uma campanha intensiva de seis semanas foi realizada nos Estados Unidos, para crentes nativos americanos, para aumentar o número de facilitadores entre aquela população. • Campanhas intensivas na Ucrânia tiveram como alvo a juventude. Os cursos tiveram um grande impacto nos participantes, com um bom número deles iniciando aulas para crianças após terem completado o Livro 3 da seqüência de livros. • Um bahá’í capacitado numa campanha intensiva de instituto de

questionários foram devolvidos, os bahá’ís presentes entenderam melhor os pontos de vista dos estudantes antes do início do curso. As semanas seguintes foram utilizadas para a realização de palestras aos estudantes sobre a vida e obra de Bahá’u’lláh, Seus ensinamentos, e sobre a filosofia e a metodologia subjacentes ao instituto de capacitação. Os estudantes tiveram então a oportunidade de ver um círculo de estudos em ação. Quinze estudantes foram escolhidos e solicitados a irem em frente à classe. Eles realizaram uma sessão normal do círculo de estudos usando os materiais do Livro 1, enquanto mais de cem de seus colegas observavam atentamente. A reação foi de um entusiasmo contagiante. Ninguém queria deixar o salão. Posteriormente, muitos alunos cercaram os apresentadores bahá’ís fazendo perguntas e falando dos seus sentimentos sobre o que tinham presenciado. Por exemplo, uma estudante disse ter sentido um calor humano como nunca antes sentira. Entre outros comentários positivos, citamos os seguintes: • “Senti-me livre e ao mesmo tempo pleno de uma nova consciência.” • “Senti-me muito bem, sem qualquer sentimento de competitividade, sem qualquer forma de julgamento alheio.” • “Tenho agora uma visão totalmente nova do que significa educação.”

Ao final desta série de palestras, o professor da Universidade de Bari, que supervisionou os cursos, solicitou que o tempo remanescente daquela aula fosse dedicado para que os bahá’ís explicassem o significado de várias citações do livro As Palavras Ocultas de Bahá’u’lláh. Usando o enfoque participativo do processo de instituto, a classe dedicou uma hora e meia ao estudo e comentários sobre 12 versículos dos Escritos Bahá’ís. O impacto extraordinário dos cursos bahá’ís sobre os estudantes foi bem retratado nas respostas que deram após os exames do curso sobre a Ordem Mundial no Departamento de Economia. O professor bahá’í perguntou se eles prestariam uma homenagem à memória de Bahá’u’lláh fazendo 10 segundos de silêncio. Um por um todos os estudantes foram se levantando até que a classe inteira “ficou em pé em absoluto silêncio”. O emocionante relatório bahá’í continua: “Tive que baixar minha cabeça, pois fiquei profundamente comovido. Meus olhos encheram-se de lágrimas. Após 15 segundos de silêncio absoluto, peguei o microfone e disse: ‘Muito Obrigado.’ Os 120 estudantes, em pé, aplaudiram por cerca de 4 a 5 minutos.”

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados seis semanas para Papua Nova Guinéa, Ilhas Salomão e Vanuatu, retornou ao seu vilarejo natal em Kaming, Papua Nova Guinéa, e lá organizou uma campanha de quatro meses para os crentes locais. Os cursos foram concluídos com uma cerimônia de formatura para mais de 30 participantes, evento que contou com a presença de 350 pessoas, incluindo 12 líderes de vilarejos. Dezessete buscadores pediram para participarem também dos cursos e todos eles aceitaram a Fé.

Um curso para relembrar os pontos do instituto no Sri Lanka. • Campanhas intensivas de instituto realizadas no Paquistão, entre refugiados afegãos, renderam os frutos esperados quando os refugiados retornaram ao Afeganistão. Esses crentes, por sua vez, estabeleceram as atividades centrais em várias áreas de sua terra natal. • Em Kiribati, logo após o Livro 7 ter sido disponibilizado no idioma local, um processo de dois estágios foi completado para levantar um número suficiente de facilitadores para participarem de campanhas a

nível local em agrupamentos prioritários. Em dezembro de 2003, somente 5 pessoas haviam completado o Livro 7. Ao final de janeiro de 2004 esse número subira para mais de 40. • Nos primeiros anos do Plano, 16 crentes haviam participado de uma campanha de capacitação de cinco semanas em Ontário, Canadá, em preparação para servirem como pioneiros de linha de frente, capacitados para oferecerem os cursos do instituto em seus novos postos. Ainda mais, outras comunidades como Austrália, Bulgária e Honduras também começaram a oferecer cursos rápidos de recapitulação dos livros estudados, principalmente para a consolidação do aprendizado anterior e para treinamento dos atos de serviço, preparação essa realizada um pouco antes do lançamento de projetos de ensino ou para campanhas de instituto. Nos últimos meses do Plano de Cinco Anos, em muitas áreas, particularmente em comunidades urbanas e em outros agrupamentos prioritários, existia um acervo significativo de facilitadores, possibilitando a todos os crentes passarem pela seqüência dos cursos, cada um dentro de suas disponibilidades de tempo e num ritmo adequado. Em todo o mundo, os círculos de estudo tornaram-se o meio principal para a implementação da seqüência dos cursos, substituindo os “institutos móveis”, um método utilizado inicialmente em muitos países pelos quais instrutores de tempo integral viajavam

Número total de círculos de estudo em todo o mundo 2001–2006 Data África Américas Ásia Australásia Europa 543 1.215 689 107 570 Abril de 2001 4.099 2.735 665 1.665 Abril de 2006 2.123 10

Total 3.124 11.287


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS de vila em vila para apresentar e realizar os cursos. Um esquema de trabalho que permitisse ampla multiplicação dos círculos de estudo era um dos prérequisitos para um programa intensivo de crescimento. O número de círculos de estudo no mundo inteiro cresceu com grande rapidez conforme mostrado na tabela na página anterior. O diligente esforço para ampliar a área de alcance do instituto e para ajudar “um número cada vez maior de amigos a passarem por uma seqüência básica de cursos”3 resultou em talvez a mais notável realização do Plano de Cinco Anos – a aceleração do desenvolvimento de recursos humanos. No início do Plano, 94.000 pessoas haviam completado um curso na seqüência básica oferecida pelos institutos. Esse número cresceu para 244.000 no Ridván de 2006. Devido a ênfase dada na capacitação de facilitadores e com um significativo número de crentes “que entendem os requisitos necessários para um crescimento sustentável”4 a maior porcentagem de ganhos registrados foi o número de crentes que completaram os cursos de níveis mais elevados. As estatísticas sobre o Livro 6, Ensinando a Causa, provêem um vívido retrato da expansão dos recursos humanos. Em 2001, apenas 1.700 pessoas haviam completado o Livro 6; este número subiu para 44.000 ao final do Plano. Mas as realizações não se restringiram a números. Comentando sobre o empreendimento espiritual decorrente da participação nos cursos de instituto, a Casa de Justiça destacou em sua mensagem de 27 de dezembro de 2005: Os acontecimentos... serviram para demonstrar ainda mais a eficácia de uma seqüência de cursos que busca criar capacidade para o serviço, concentrando-se na aplicação de percepções espirituais ganhas através

do estudo profundo dos Escritos. ...Que o espírito de fé, nascido do contato íntimo com a Palavra de Deus, tenha tal efeito sobre as almas, de forma alguma representa um novo fenômeno. O que é alentador é o fato do processo de instituto estar auxiliando a tão grandes números de pessoas a experimentarem o poder transformador da Fé.5

Amigos em Eritréia, consultando sobre a divisão de seu país em agrupamentos.

Agrupamentos e Mobilização Sistemática de Recursos Humanos Uma das mais importantes inovações introduzidas no Plano de Cinco Anos foi o conceito de agrupamento, descrito pela Casa de Justiça nas seguintes palavras: A introdução do conceito de agrupamento tornou possível aos amigos pensar no crescimento acelerado da comunidade em uma escala administrável, e concebê-la em termos de dois movimentos complementares e que se reforçam mutuamente: o fluxo constante de pessoas através da seqüência de cursos do instituto e o movimento dos agrupamentos de um estágio de desenvolvimento para o seguinte. Esta imagem ajudou os crentes a analisarem as lições que eram aprendidas em 11


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados campo e a empregarem um vocabulário comum para articular suas descobertas. Jamais foram tão bem compreendidos os meios para o estabelecimento de um padrão de atividades que coloca igual ênfase nos processos gêmeos de expansão e consolidação.6

As instituições começaram a dar maior atenção aos números de crentes que haviam completado a seqüência dos cursos, atenção essa de forma bem significativa ao aprenderem a mobilizálos para as tarefas de expansão e consolidação. A utilização efetiva desses recursos humanos tornou-se um desafio. As instituições foram encarregadas pela Casa de Justiça a criarem dentro

de cada comunidade “um ambiente encorajador, no qual os amigos se sintam empoderados para dar um passo à frente, independente de quais sejam suas capacidades, e assumam o trabalho da Fé”7. Mais ainda, a Casa Universal de Justiça disse que as instituições precisam “assegurar-se de que, à medida que o número de apoiadores ativos da Causa aumente através do processo de instituto, eles sejam utilizados no campo de serviço, reforçando o trabalho de expansão e consolidação em larga escala”8. O que é apresentado a seguir é uma análise mais profunda dos resultados dos esforços sistemáticos dos três participantes do Plano: O Indivíduo, A Comunidade e As Instituições.

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O INDIVÍDUO

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primeiro movimento essencial do Plano de Cinco Anos foi “o fluxo constante de pessoas através da seqüência de cursos do instituto”9. Este movimento trouxe profundos resultados na vida de muitas pessoas. Por exemplo, uma bahá’í no Reino Unido ressaltou que o processo de instituto tinha “transformado sua vida e lhe dado um novo foco de interesse”. Tendo concluído o Livro 3, disse que esperava ser uma avó melhor do que tinha sido como mãe, e assim iniciou uma classe de aulas para crianças com sete estudantes. Uma facilitadora, na Austrália, comentou que seu círculo de estudos, composto de crentes aborígines, trouxe a eles uma nova confiança e poder com sua participação nos cursos. “Isso aconteceu simplesmente dando a eles a chance de ler e entender a Palavra de Deus com suas próprias mentes.” Uma jovem de 16 anos de idade do Senegal achou que os cursos eram “enormemente enriquecedores” e que aprendera muito com eles. Os cursos lhe ajudaram a tornar-se mais autoconfiante e que

fortaleceu sua identidade bahá’í. Na Etiópia, quando a cerimônia de encerramento dos cursos foi realizada para um grande grupo de estudantes secundários que haviam completado os cursos do instituto durante um feriado escolar, os graduados, inspirados pelo estudo dos Escritos Sagrados, “mostraram-se habilitados a produzir algo que nos deixou fascinados, com a composição de sérios e significativos poemas, interpretações teatrais realmente emocionantes e comoventes canções. O deleite que nos deram com isso não dá para expressar em palavras”. Claramente, estes poucos exemplos são os frutos do “estudo e reflexão sobre a Palavra Criativa, numa atmosfera elevada e inspiradora de um círculo de estudos”, o qual, conseqüentemente “eleva o nível de consciência de cada um quanto aos seus deveres com a Causa e cria uma percepção da alegria que decorre do ensino da Fé e da dedicação aos seus interesses”10. Quando os primeiros participantes progrediram através da seqüência dos Um bahá’í em Murun, Mongólia, conduzindo o curso do Livro 3 do Instituto Ruhí.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados cursos, os componentes práticos dos livros eram algumas vezes negligenciados. Com a experiência, porém, tornou-se claro que esses elementos práticos eram vitais para capacitar a pessoa para o trabalho de expansão e consolidação. Sem essas práticas, muitos crentes sentiam-se incapacitados e sem a confiança devida para realizar as tarefas necessárias, como abrir seu lar para reuniões devocionais, realizar visitas aos lares, iniciar uma classe de aulas para crianças, promover atividades com pré-jovens ou ainda participar de uma campanha de ensino com outros membros da comunidade. A Casa de Justiça enfatizou o verdadeiro significado da realização desses atos de serviço em sua mensagem de 27 de dezembro de 2005:

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orações com os amigos – é muito poderoso e animador, e eu nunca mais me senti tímida ou temerosa de oferecer a oportunidade de compartilhar momentos de orações com outras pessoas”. Uma bahá’í na Rússia, completou a seqüência dos cursos, mas nunca imaginara que pudesse lecionar em aulas para crianças. A despeito da falta de confiança, foi estimulada a tentar fazê-lo. Pediu a sua própria filha para ajudá-la, e no dia de sua primeira aula ficou surpresa como foi fácil e gratificante. Disse que “sentiu uma alegria imensa e muita luz” em seu coração. Na Eslováquia, uma bahá’í deixou de lado seu temor de contatar outras pessoas para ensinar, não só para realizar visitas aos lares como também para convidar seus contatos a se tornarem bahá’ís.

A confiança é construída pacientemente à medida que os amigos se engajam em atos de serviço progressivamente mais complexos e que requerem ainda maior dedicação. No entanto, acima de tudo, está a confiança em Deus que os sustenta em seus esforços. Quão abundantes são os relatos dos crentes que adentram o campo do ensino com alguma insegurança, mas que logo se vêem amparados por confirmações de todos os lados.11

O que me parecia absurdo há poucos dias, tornou-se agora algo bem natural – convidar uma pessoa para ingressar na Fé, a qual encontrara apenas uma vez em minha vida. Não havia planejado nada, mas uma voz em meu coração deu-me um simples e claro comando: “Faça!” Senti a unidade e proximidade de nossas almas desde o início. E sabem o que ela disse depois de algum tempo? “Sendo assim, eu gostaria de unir-me a vocês.”

Os exemplos da confiança que se adquire através da oração e da certeza da ajuda divina são abundantes. Quando uma comunidade nos Estados Unidos realizou uma campanha de visita aos lares pela primeira vez, “a maior aprendizagem... foi a descoberta, pelos próprios bahá’ís, de que a iniciativa de contatar os vizinhos e amigos é algo que podiam fazer e que lhes trazia muita alegria e satisfação”. Uma bahá’í, no Reino Unido, afirmou que depois que começou a colocar em prática os atos de serviço “tornou-se algo normal promover reuniões de

Tendo adquirido confiança em como apresentar a Fé e oferecer a Mensagem de Bahá’u’lláh aos outros, os crentes estão “vendo as possibilidades e oportunidades diante deles com novos olhos”, e “testemunham em primeira mão o poder da ajuda Divina, ao se esforçarem para colocar em prática o que estão aprendendo e alcançam resultados que em muito excedem suas expectativas” 12. Um jovem casal no Reino Unido, que esperava um filho, convidou outros casais que freqüentavam o mesmo curso pré-natal, para uma reunião de oração em seu lar


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS dedicada aos filhos que iriam nascer, tendo por isso recebido uma resposta calorosa por parte dos convidados. O marido comentou: “A atmosfera à nossa volta pareceu-nos diferente do que era antes. Muitas coisas estão acontecendo que normalmente não acontecem; as pessoas cruzam nossos caminhos duas ou três vezes por dia, em diferentes partes de Londres (como se Bahá’u’lláh estivesse levando-as ao nosso encontro!); as pessoas que se sentam ao nosso lado no ônibus, nos perguntam se somos religiosos.”

Iniciativa Individual e Ensino A Casa Universal de Justiça escreveu que: “Um resultado visível da ênfase dada à capacitação tem sido o crescente aumento nas atividades de iniciativa individual – iniciativa que é disciplinada pelo entendimento da exigência de ações sistemáticas no avanço do processo de entrada em tropas.”13 Um número crescente de bahá’ís durante o Plano começou a sair e ir ao encontro de outras pessoas para ensinar, com firmeza e determinação, utilizando as habilidades que tinham aprendido e com isso viram seus esforços se tornarem mais efetivos que no passado. A receptividade encontrada foi geral. Especialmente digno de nota foi que começaram a ver com olhos diferentes as pessoas que cruzavam seu caminho. Sentiam que as pessoas estavam prontas para ouvir sobre a Mensagem. O ensino tornou-se algo que se pode realizar no próprio lar, como também entre seus vizinhos e nos locais de trabalho; não mais entre estranhos. Com a nova cultura criada pelo processo de instituto, “o ensino é a paixão dominante da vida dos crentes. Não há lugar para temor ou fracasso. Apoio mútuo, comprometimento com o aprendizado e o reconhecimento da diversidade de ações são as normas prevalecentes”14.

As atividades centrais provêem a estrutura para a ação, com cada indivíduo atraindo e levando naturalmente outros bahá’ís a participarem também do ensino. Um exemplo marcante vem de Maurícios, onde um crente que estivera inativo por muitos anos foi estimulado a fazer a seqüência dos cursos. Completou o estudo do Livro 6, e durante todo esse tempo mostrava-se ainda hesitante para levar à prática as ações de serviço. Naquele ponto de seus estudos, um companheiro bahá’í estimulou-o a começar uma reunião devocional em sua casa. A fim de agradar o amigo, concordou, mas somente para uma reunião mensal. Convidou dois amigos, mas para sua surpresa nove pessoas compareceram – seus próprios convidados convidaram outros amigos. Decidiu então aumentar o número de reuniões devocionais em seu lar, primeiro a cada 15 dias e depois semanalmente. Uma das reuniões semanais acabou se transformando num círculo de estudos com oito não-bahá’ís, porém o curso era feito em dois dias da semana. Os adultos, em seu primeiro círculo de estudos, começaram a trazer seus filhos, formando-se uma classe de aulas bahá’ís para crianças. Esta classe cresceu rapidamente, criando interesse dos pais das crianças sobre os ensinamentos bahá’ís, os quais também decidiram entrar num círculo de estudos. Os participantes até mesmo participavam em grupos de ensino. Tudo isso foi o resultado de uma única pessoa que assumiu a coragem de colocar em prática o que havia aprendido com o estudo do Livro 1. Na Colômbia, uma jovem que completara a seqüência dos cursos, decidiu oferecer um ano de serviço em sua cidade natal, uma pequena vila. Começou realizando aulas de educação bahá’í para crianças, iniciativa que começou a atrair a atenção dos pais para conhecer mais sobre a Fé. Precisando de ajuda para poder atender ao interesse

“Um resultado visível da ênfase dada à capacitação tem sido o crescente aumento nas atividades de iniciativa individual – iniciativa que é disciplinada pelo entendimento da exigência de ações sistemáticas no avanço do processo de entrada em tropas.”

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados criado na comunidade pelos Ensinamentos, ela pediu a ajuda de diversos outros bahá’ís para irem à sua aldeia e participarem também das atividades de ensino. Nove pessoas se declararam e foram convidadas, juntamente com outros pais, a estudarem o Livro 1 e participarem das reuniões devocionais. A vila agora conta com duas reuniões devocionais regulares, das quais participam cerca de vinte pessoas. Os Dias Sagrados também são comemorados.

Nova Visão para um Facilitador: um Amplo Campo de Ação para a Iniciativa Individual

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Casa Universal de Justiça exaltou “o espírito de iniciativa demonstrado pelos crentes ao ampliarem o campo de ação de seus esforços para ajudar aqueles que estão se esforçando para trilhar o caminho do serviço”. Estes últimos cinco anos produziram inúmeros exemplos notáveis do que pode ser realizado pelos bahá’ís que foram capacitados pelo processo de instituto. Eles iniciam atos de serviço, visitam seus vizinhos e gradualmente os conduzem através dos cursos do instituto até que eles mesmos se tornem ativos servos da Causa e promotores do processo de crescimento. Os seguintes são apenas três dos exemplos mais marcantes. Uma senhora mãe em Taiwan, que vivia em uma área sem outros bahá’ís ativos, começou uma classe de inspiração bahá’í de aulas de educação moral para os colegas de escola de sua filha em uma escola pública elementar. Outra mãe, impressionada com o que sua filha estava aprendendo, interessou-se em saber mais sobre a Fé e assim a bahá’í sugeriu que ela fizesse o estudo do Livro l do Instituto Ruhí. Não somente quis fazer isso, como convidou outras cinco mães com filhos naquela mesma escola para juntarem-se a ela no curso que iria fazer. Essas entusiastas amigas tornaram-se crentes confirmadas passando por toda a seqüência dos cursos e começaram a ajudar a realizar as atividades centrais. Realizavam reuniões de orações, ajudavam nas aulas para crianças e convidavam suas amigas e amigos para participarem das crescentes

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Uma bahá’í mãe de família, no Reino Unido, jamais havia ensinado anteriormente, mas fortalecida pelo que aprendera nos cursos do instituto, começou a realizar visitas ao lar de sua professora de yoga e a uma família de imigrantes que tinha parentes bahá’ís. Ela também compartilhava de orações com outras mães e convidava-as para as reuniões devocionais em sua casa. Inclusive produziu um panfleto para convidar os pais da escola de seus filhos para participarem de um círculo de estu-

atividades bahá’ís que se desenvolviam em torno da senhora mãe que dera início a todo esse movimento. Dentro de menos de dois anos, este grupo de novos crentes realizava sete círculos de estudo do Livro 1 com 24 participantes, como também quatro círculos de estudo de nível mais alto. Contavam com cinco classes de aulas bahá’ís às crianças, a maioria filhos de famílias não-bahá’ís. Decorrente do sucesso que tinham com as aulas às crianças, adicionaram um grupo de pré-jovens às suas atividades. E suas reuniões devocionais diárias atraíam cerca de 30 pessoas regularmente. Em junho de 2005, o número de novos crentes subiu para 11. Esse sucesso resultou das forças ganhas quando um grupo de pessoas, que já participavam de um grupo social, começou a estudar e a servir num trabalho conjunto. Desta forma, foi uma decorrência natural que seus amigos e familiares fossem também atraídos ao processo através do exemplo que davam. Um modelo similar surgiu em uma comunidade de bairro no Reino Unido, na qual, como em outros exemplos, existia apenas uma bahá’í adulta. Desta vez começou quando um casal que participava regularmente de um fire-side semanal expressou seu interesse de estudar o Livro 1, mas somente se isso pudesse ser feito na mesma noite do fire-side. Assim, o fire-side se transformou num círculo de estudos. Com esses dois participantes e mais alguns que logo ingressaram no grupo, seguiram a seqüência até seu final e abraçaram a Fé, reuniões devocionais e outros fire-sides começaram a ser realizados e mais pessoas adentraram em novos círculos de estudo. Em menos de dois anos, 13 pessoas da mesma área declararam


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS dos do Livro 1. Embora estivesse muito ansiosa no início, ao tomar tais iniciativas, seus esforços foram compensados quando três mães participaram da primeira reunião do círculo de estudos, e outros pais demonstraram interesse em participar também. Existem muitos outros relatos inspiradores sobre a iniciativa individual: • Na Turquia, uma família bahá’í convidou uma vizinha que havia

demonstrado interesse pela Fé para um fire-side. Ela disse: “Dediquei minha vida ajudando as pessoas, para beneficiá-las de alguma maneira, e Deus, em retribuição, trouxeme até vocês. É um prêmio para mim.” Ela e dois filhos aceitaram a Fé. • Um pioneiro em Hong Kong, sentindo receptividade ao estudo de inglês entre seus vizinhos, começou a ensinar esse idioma às crianças,

sua fé em Bahá’u’lláh. O número de facilitadores aumentou e outras atividades foram adicionadas, tais como atividades com pré-jovens e aulas para crianças. Esta nascente comunidade foi capaz de atrair uma média de 30 pessoas para as comemorações dos Dias Sagrados. Tudo começou pequeno e simples. Muitos dos participantes viviam a pequenas distâncias umas das outras e, como no grupo de Taiwan, participavam de uma rede social já existente. Essas pessoas entraram na Fé, juntamente com seus familiares. A bahá’í que havia iniciado esse processo ainda mantém fire-sides ocasionalmente, mas utiliza tal atividade para falar e motivar as pessoas a ingressarem nas atividades centrais do Plano. Ela acha que as reuniões devocionais são o melhor enfoque para atrair pessoas em sua área. Ela aprendeu que mesmo “pensando que para ensinar devemos sair para longe”, as melhores oportunidades ocorrem quase sempre próximas de nós e em nossa vida diária. De forma semelhante, uma família com filhos pequenos abriu uma comunidade bahá’í na Índia. O pai, um facilitador capacitado, fez alguns contatos para a Fé entre seus vizinhos, mas inicialmente seus esforços não deram resultados. E assim, a família começou a promover pequenas e simples atividades com as crianças do bairro. Os pais ficaram tão impressionados com a influência dessas aulas sobre seus filhos que pediram à família bahá’í para educar também seus filhos mais velhos. Círculos de estudo foram igualmente estabelecidos. As orações desta família e seu comprometimento de sistematicamente levar avante o que haviam aprendido nos cursos de instituto, rapidamente deram frutos.

Começamos primeiro com as aulas às crianças e explicamos sobre as virtudes, ensinando-as também algumas canções e danças. Todos vinham para ver tais ações e sentiam-se felizes e nos elogiavam. Então explicamos a eles em detalhes sobre a vinda de Bahá’u’lláh e nós também ficamos alegres e contentes ao nos associarmos a eles. Eles nos viam seguindo os padrões bahá’ís de conduta e se deslumbravam com a ausência de conflitos, disputas e discórdias entre nós, e como ouvíamos com atenção uns aos outros. Recitávamos a Epístola de Ahmad todos os dias e seu poder nos trouxe muitas transformações.

Os esforços do facilitador e sua família resultaram em 70 declarações em menos de um ano. E quando esses novos bahá’ís passaram pela seqüência dos cursos, eles também se capacitaram para participar em uma série de campanhas de ensino que trouxeram à Fé mais de 140 novos adeptos. Dentro de 18 meses da mudança da família para aquela comunidade, até então uma comunidade virgem, existiam 54 reuniões devocionais, 24 aulas para crianças, 21 círculos de estudo e 2 grupos de pré-jovens. Com a dedicação de um facilitador para sistematicamente ajudar os outros a encontrarem Bahá’u’lláh e trilharem também o caminho do serviço, nasceu uma comunidade que se capacitou a florescer com seus próprios recursos.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados incluindo textos sobre a Fé Bahá’í. A classe tornou-se tão grande que uma segunda turma teve de ser organizada com a ajuda de outro crente. Tal iniciativa estimulou o interesse pela Fé entre os pais, levando seis deles a participarem de um círculo de estudos do Livro 1.

O processo de instituto criou um sistema que se perpetua por si mesmo, constantemente se renovando com a presença de novos participantes.

• No Zimbábue, um casal bahá’í, recém-declarado, que completara o estudo dos Livros 1, 2 e 3, decidiu regressar à sua vila natal, onde os dois começaram uma classe de aulas para crianças. Os pais logo se interessaram em participar também de alguma atividade bahá’í. Com a ajuda do Comitê Nacional de Ensino, um instrutor viajante foi convocado para facilitar um círculo de estudos. Em menos de um ano, 30 pessoas haviam completado o Livro 1; 28 fizeram o Livro 2; 57 pessoas aceitaram a Fé e uma Assembléia Espiritual Local foi formada. Festas de Dezenove Dias estão sendo realizadas regularmente, bem como aulas às crianças e círculos de estudo. • Um médico bahá’í em Bucareste, Romênia, iniciou círculos de estudo e reuniões devocionais em sua clínica para mais de 40 dos 60 funcionários da área de saúde, sendo que 20 deles declararam-se bahá’ís. O que estes e muitos outros relatos de várias partes do mundo ilustram são “esforços... feitos com uma humilde postura de aprendizado dentro da estrutura definida pelo Plano” 15 . Aquelas pessoas que tiveram seus corações tocados pelo processo de instituto aprendem a trilhar o caminho do serviço utilizando seus próprios talentos e habilidades e começam a influenciar outras pessoas à sua volta. Conforme destacado por uma bahá’í no Reino Unido, ela agora entende que o

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ensino é algo que podia promover em sua própria casa com pessoas que conhecia e com as quais mantinha contato praticamente diariamente, não mais algo a ser feito esporadicamente e “em algum outro lugar”. Os contatos que participavam das atividades centrais que ela iniciara, viviam em locais próximos e 14 deles entraram na Fé. O processo de instituto criou um sistema que se perpetua por si mesmo, constantemente se renovando com a presença de novos participantes. Isso está levando os crentes a tornarem-se menos promotores de eventos, sabendo que os processos de expansão e consolidação são processos gêmeos que caminham lado a lado. Menos foco é dado às atividades de proclamação, já que os amigos aprenderam a eficácia de contatos mais íntimos e renovados para o ensino da Causa. Existe agora um melhor entendimento da importância de educar e consolidar pacientemente os contatos interessados pela Fé. Um novo crente, ou um buscador, não deve ser deixado à sua própria sorte dentro da Fé. Círculos de estudo, reuniões devocionais e visitas aos lares são caminhos para o aprofundamento e consolidação dessas almas. Este enfoque de paciência e persistência é igualmente frutífero quando programas são estabelecidos para os jovens. Em Camboja, por exemplo, aprenderam com a experiência que uma capacitação e estímulo a pré-jovens produz em um tempo relativamente curto, jovens e adultos entusiastas capazes e ansiosos para levar avante o trabalho da Fé. A capacitação recebida pelos pré-jovens permite-lhes, quando jovens, realizar aulas de educação bahá’í para crianças e atividades com os mais novos, tudo por iniciativa própria. As habilidades adicionais aprendidas nas escolas secundárias que freqüentam fazem deles professores e líderes competentes e dedicados jovens bahá’ís aos serviços da Fé. Como várias histórias confirmam,


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Amigos participando em uma campanha de instituto no agrupamento de Mongen-Leufu, Chile, em um círculo de estudos que aconteceu ao ar livre. pequenos passos iniciais, mas sistemáticos, levam a um crescimento sustentável. O “comprometimento com ações de longo prazo cresce”16 à medida que os amigos vão entendendo melhor a dinâmica do processo. Durante este Plano, os relatos demonstram que os crentes estão encontrando respostas positivas aos seus esforços de ensino quando os enfoques estudados nos cursos de instituto são colocados em prática. Existem muitos relatos de indivíduos que aprenderam decor a apresentação de “Ana” do Livro 6, adquirindo, assim, uma estrutura direta de ensino da Fé ao se tornarem mais confiantes em seu trabalho de ensino. Mesmo em países onde ainda exista alguma inibição para falar abertamente de religião com outras pessoas, os amigos estão demonstrando uma coragem e firmeza cada vez maiores. Do Canadá, França, Irlanda, Itália e Holanda, bem como dos países nórdicos, da Rússia e da Suíça entre outros, chegam relatos confirmando que os crentes estão falando abertamente sobre a Fé com seus amigos e convidando-os para fire-sides, círculos de estudo e reuniões devocionais.

“Equipados com destreza e metodologia, eficazes e acessíveis a todos, e estimulados pela resposta resultante de suas ações, os crentes estão entrando em uma associação mais íntima com pessoas de diferentes origens, envolvendo-as em uma atraente conversação sobre temas de relevância espiritual.”17 A memorização de algumas passagens dos Textos Sagrados, um aspecto comum dos cursos de instituto, mudou a maneira pelal qual os amigos compartilham a mensagem bahá’í. Em vez de usar somente suas próprias palavras, usam a Palavra Criativa para explicar a Fé aos outros, o que causa neles um impacto profundo. Por exemplo, a comunidade bahá’í de Houston, Texas, Estados Unidos, organizou uma reunião inter-religiosa abrangendo toda a cidade, com um jantar em seu centro bahá’í com a participação de um grande número de representantes de outras religiões. Uma senhora, bahá’í há mais de trinta anos, disse que ela e tantos outros estavam gratos por terem completado o curso do Instituto Ruhí e que podia usar nesta oportunidade de ensino citações que memorizara há pouco tempo. 19


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados As habilidades aprendidas nos Livros 1, 2 e 6 eram demonstradas em todo o ambiente e citações dos Escritos Sagrados fluíam de nossas bocas; éramos ou não o exército de luz? No decorrer da noite, parecia (pelo menos em nossa mesa) que as outras pessoas esperavam apenas que abríssemos nossos lábios e falássemos. O poder da Palavra de Deus era verdadeiramente o magneto que estava atraindo seus corações – a chave para abrir os corações humanos. Todos encontravam justificativas para mostrar pontos em comum da fé que professavam com os ensinamentos bahá’ís. Todos estavam felizes – física e espiritualmente. Um dos participantes de um círculo de estudos disse depois: “É por isso que a Casa Universal de Justiça nos convoca para nos engajarmos no processo de instituto – as habilidades e discernimentos ganhos haviam nos dado coragem e grande alegria.” Outro participante disse: “Sou grato por nos terem feito memorizar; as citações fluíam de minha boca.”

Relatórios de agrupamentos avançados como o agrupamento Metro, em El Salvador, destacam o número cada Dois amigos em Perth, Austrália estudando juntos as passagens das Escrituras do Livro 1 do Instituto Ruhí.

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vez maior de professores sazonais que se sentiram receptivos e capazes de oferecer a Mensagem “de uma forma tanto atraente como receptiva”18. Ao tempo da conclusão do Plano, as atividades de ensino começavam a dar resultados com números cada vez maiores de novos crentes. Em muitos países, os números, mesmo que modestos, em muito excediam aqueles de anos anteriores. Muitos países relataram que a maioria das declarações decorreram da participação dos buscadores nas atividades centrais. Naqueles países onde era tradicionalmente fácil atrair novos crentes, através de breves encontros com as pessoas em praças públicas, a maioria daqueles que foram ensinados desta maneira estão rapidamente participando das atividades centrais, normalmente depois de serem visitados em seus lares, o que acabava tornandoos servos ativos de Bahá’u’lláh.

Ajudando os Outros a Trilharem a Senda do Serviço A Casa Universal de Justiça exaltou aqueles crentes que “ampliam o âmbito de seus esforços ajudando os outros a


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS também se esforçarem para trilhar a senda do serviço”19. Isso ocorre mais notavelmente com os facilitadores de círculos de estudo. Eles aprenderam, por experiência própria e reflexão, não simplesmente dar a seqüência de cursos, mas também a acompanhar os participantes em suas práticas de atos de serviço para, por fim, iniciarem as atividades centrais por sua livre iniciativa. Um facilitador no estado de Bihar, Índia, coordenou o estudo de um grupo no Livro 1 e sistematicamente, passo a passo, ajudou os participantes a aprender como realizar uma reunião devocional. Não somente os estimulava, mas também participava de suas reuniões, mesmo após ter o grupo concluído o estudo do Livro 1, comprovando estarem todos habilitados a promover por si mesmos as reuniões devocionais. Das oito reuniões que surgiram daquele círculo de ensino, seis continuaram sem ajuda externa do facilitador. Em Camboja, professores regulares de aulas para crianças receberam a colaboração de recém capacitados do Livro 3, para ajudar professores veteranos até que eles próprios alcançassem a confiança necessária para assumirem sozinhos suas próprias classes. No Reino Unido, aqueles que haviam completado a seqüência de cursos juntaram-se aos que ainda não haviam completado a seqüência para ajudar os crentes menos experientes a realizarem visitas aos lares. Em todo o mundo bahá’í existem pacientes e dedicados facilitadores que estão

conduzindo outros companheiros de fé através da inteira seqüência e então os ajudando para poderem, eles também, ajudar ainda outros na prática dos atos de serviço. No estado de Rajasthan, Índia, um crente que ensinava em uma escola de capacitação técnica, decidiu ensinar a Fé a seus alunos apresentando-lhes as orações bahá’ís e depois convidandoos a um círculo de estudos. Cinco de seus estudantes começaram o Livro 1 após o horário da escola. O número de estudantes cresceu e seis deles completaram a seqüência. Dois deles tornaramse facilitadores e iniciaram círculos de estudo para outros estudantes na mesma escola. Este exemplo reflete o potencial de um simples facilitador para fazer avançar o processo de crescimento sistemático. O processo foi descrito pela Casa de Justiça nas seguintes palavras: Tendo adquirido a capacidade de servir como facilitadores de cursos do instituto, eles assumem o desafio de acompanhar os participantes em suas tentativas iniciais de realizar atos de serviço, até que eles, também, estejam prontos para começar seus próprios círculos de estudo e ajudar outros a fazerem o mesmo, ampliando desta forma o escopo da influência do instituto e colocando almas receptivas em contato com a Palavra de Deus.20

Almas como essas foram os verdadeiros heróis e heroínas do Plano de Cinco Anos.

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A COMUNIDADE

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Casa Universal de Justiça chegou à conclusão que “a crescente vitalidade que distingue a vida do crente é igualmente evidente na vida comunitária bahá’í”21. A iniciativa individual é um pré-requisito para a criação de uma comunidade saudável e vibrante, mas os resultados que podem ser alcançados somente pelos indivíduos são limitados. Quando essas atividades são ligadas a ações coletivas, sistemáticas, decorrentes de consultas, muito mais é conseguido. Ocorre um impulso mais forte para o progresso da Fé, e à medida que ela cresce a comunidade bahá’í torna-se capaz de executar tarefas mais complexas e abrangentes. Esta progressão das comunidades, de um estágio de desenvolvimento para o seguinte, é o segundo movimento essencial no avanço do processo de entrada em tropas.

Atividades Centrais como Portais para o Crescimento Novos crentes em espírito de oração em um encontro devocional em Vancouver, Canadá.

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Em sua mensagem de 17 de janeiro de 2003 aos bahá’ís do mundo, a Casa de Justiça disse que “a coerência assim

alcançada através do estabelecimento de círculos de estudo, reuniões devocionais e aulas para crianças provê o impulso inicial para o crescimento em um agrupamento, um impulso que ganha força à medida em que essas atividades básicas se multiplicam em número”22. A experiência no agrupamento de Bintawa Lama, em Sarawak, ilustra bem como a iniciativa de uma família pode infundir vitalidade espiritual numa comunidade, a qual, por sua vez, através de ações sistemáticas, pode administrar um crescimento sustentável. No início do Plano, a comunidade de Bintawa Lama estava tendo dificuldades para organizar seus círculos de estudo. O único que estava ocorrendo contava apenas com a participação de uma família. Havia, porém, reuniões semanais de orações com a presença dessa mesma família e algumas crianças, como também uma classe de aulas para crianças. Com a continuidade e desenvolvimento dessas duas atividades durante alguns anos, muitas pessoas começaram a participar também e muitos contatos ofereceram suas casas para reuniões. As aulas de crianças eram realizadas regularmente e as reuniões devocionais aumentaram em freqüência, de uma para várias vezes por semana. Em 2004, os esforços para estabelecerem círculos de estudo finalmente foram compensados e inclusive a comunidade conseguiu realizar a comemoração do Naw-Rúz com uma significativa presença de interessados. Em seguida, foi iniciado um programa com os pré-jovens. Os crentes começaram a achar mais fácil sair de casa e ensinar as pessoas que conheciam. Cresceu o número de participação nas Festas de Dezenove Dias e a Assembléia Espiritual Local


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Educando Centenas de Pré-Jovens e Crianças em Escolas das Filipinas

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ma idéia audaciosa, uma vez colocada em seus filhos. Muitas perguntaram onde os professores prática, pode trazer grandes resultados. haviam se habilitado a dar aulas, pois os acharam Observando uma improvisada aula bahá’í para crianças altamente capacitados. Foram informados que os numa rua entre duas fileiras de casas, um coordenador professores não haviam recebido treinamento formal de instituto teve a idéia de buscar a ajuda do governo em colégios, mas que haviam concluído os cursos para conseguir um local mais seguro para a realização oferecidos pelo instituto bahá’í de capacitação. Muitas das aulas. Os bahá’ís contataram o Conselho Municipal mães expressaram o desejo de receber também tal de Bagahabag no agrupamento Solano-Bayombong, capacitação. solicitando seu apoio para o estabelecimento das Não demorou para que logo alguns círculos de atividades centrais na área e um local apropriado para estudo fossem formados e iniciadas aulas para os préa realização das mesmas. Foram jovens. Uma família bahá’í tamestimulados a continuarem, mas bém começou a realizar reuniões lhes disseram que o governo não devocionais para a vizinhança podia ajudar. Após pesquisarem toda. a comunidade para conhecê-la Os amigos no agrupamento melhor, os amigos contataram continuaram a seguir avante após novamente o governo alguns esta primeira iniciativa bemmeses mais tarde. Desta vez sucedida. Ao final do Plano de pediram somente a ajuda para ser Cinco Anos, o instituto de capaencontrado um local para as aulas citação no agrupamento Solanopara as crianças. O Conselho Bayombong já tinha iniciado concordou e determinou que aulas do Programa de Empodelíderes comunitários em toda a ramento Espiritual de Pré-Jovens Treinamento de animadores para escolas área “organizassem” as crianças em inúmeras escolas públicas públicas, com enfoque em pré-jovens em para participarem. elementares no Distrito de North Luzon, região das Filipinas. Como faltava mão-de-obra Bayombong. Os pré-jovens para estabelecer as aulas em todas as partes da pequena encontram-se nos níveis V e VI. Existem 14 turmas cidade, um plano-piloto foi iniciado. Um líder desses dois níveis, num total de 500 alunos pré-jovens, comunitário ajudou na organização e panfletos foram que recebem as aulas de 4 animadores bahá’ís. distribuídos aos pais. Vinte crianças se registraram A influência desse esforço estendeu-se para o na primeira semana. O líder providenciou as cadeiras agrupamento vizinho de Diffun-Cabarroguis, onde e um quadro-negro. Os bahá’ís contribuíram com seis grupos de pré-jovens foram organizados sob a fundos e materiais, e alguns deles se ofereceram para coordenação de dois animadores com a ajuda daqueles dar as aulas. que atuavam no agrupamento Solano-Bayombong. Ao As mães das crianças e outras, curiosas, ficaram final do Plano, este programa atendia a mais de 300 observando o tempo todo como transcorria a aula, e pré-jovens e crianças. obviamente gostaram do que viram, porquanto outras mães vieram no segundo dia de aulas para matricular começou a funcionar regularmente. Os pais das crianças nas aulas bahá’ís demonstraram interesse em conhecer mais sobre a Fé. Em setembro de 2004, 11 almas de Bintawa Lama declararam oficialmente sua fé em Bahá’u’lláh – três

pré-jovens, cinco jovens adultos e três pessoas de meia-idade. Quatro dos onze novos crentes começaram a participar de um círculo de estudos. Em outubro de 2004, em uma vila nas proximidades, Kanowit, houve também 11 23


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Dois jovens bahá’ís dando aulas bahá’ís para crianças em Godamchaur, Nepal.

declarações, em grande parte devido aos esforços dos crentes de Bintawa Lama. A comunidade avançara para um nível em que podia administrar sistematicamente as crescentes e complexas atividades. O exemplo da comunidade de Bintawa Lama ilustra bem “a multiplicação constante das atividades básicas, impulsionadas pelos institutos de capacitação, criam um padrão sustentável de expansão e consolidação que é ao mesmo tempo estrutural e orgânico”23. Este modelo foi reproduzido em numerosas comunidades em todo o mundo durante o Plano de Cinco Anos. A união de forças entre os bahá’ís dentro de uma comunidade deu inclusive um impulso maior ao processo. Por exemplo, sete ou oito famílias em um agrupamento urbano na Índia decidiram trabalhar juntas para convidar seus amigos, parentes, vizinhos e colegas de trabalho para as atividades bahá’ís. Fizeram uma lista de 250 potenciais buscadores e então partiram para esforços concentrados de contatos e convites a todas essas pessoas, conseguindo, porém, acabar contatando cerca de 400 pessoas. Mais de 100 entraram em círculos de estudo, 24

48 dos quais completaram a seqüência, conseguindo, com isso, aumentar o potencial de mão-de-obra para as atividades de instituto no agrupamento. O número de aulas para crianças subiu de 5 para 13, com o dobro de crianças participando. A participação nas reuniões devocionais também dobrou. Este aumento geral nas atividades centrais do Plano foi possível graças aos esforços feitos para levar sistematicamente os novos crentes ao processo de instituto, assegurando, desta forma, que “cresce o conjunto de recursos humanos necessários para levar avante o trabalho da Fé”24. As famílias que trabalharam juntas para iniciar o processo de crescimento da comunidade em sua área não teriam conseguido chegar aos resultados que chegaram sem os serviços e a energia dos novos crentes. Relatórios de outras partes do mundo confirmam que as atividades centrais tornaram-se os portais principais através dos quais os buscadores investigam e se confirmam como bahá’ís. Mas o que tem sido realmente notável é o grau de interesse e até ansiedade em servir, demonstrado pelos buscadores, mesmo antes de declararem sua fé. Um exemplo disso está no rela-


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS tório de uma comunidade sob o pálio da Casa de Adoração nos Estados Unidos: Sabíamos que trazer nossos contatos para participarem das atividades centrais tinha um efeito positivo, mas não havíamos nos dado conta, em especial mais recentemente, que pedir a eles para nos ajudarem nas atividades e eventos quase sempre leva a um resultado especial. Eles geralmente se mostram encantados com as oportunidades que lhes oferecemos, não negando apoiarem e assumirem algumas tarefas. Exemplos de “serviços primeiro e declaração mais tarde” desta mesma comunidade incluem: • Uma senhora, muito firme em sua fé cristã, foi solicitada por sua vizinha do andar de cima para ajudar com fire-sides em seu lar. • Um homem que participou de um projeto de desenvolvimento social e econômico da comunidade. • Uma jovem senhora que participou e ajudou a registrar os participantes em um setor de planejamento e reuniões de reflexão do agrupamento. • Uma senhora mãe, de um bairro próximo, que ajudou a recepcionar pessoas na celebração da Declaração do Báb na Casa de Adoração Bahá’í, tendo ficado tão emocionada que pediu para ser registrada antes de voltar à sua casa. • Vários buscadores que decidiram sediar círculos de estudo em seus próprios lares; tudo o que pediram foi facilitadores para coordenarem os estudos.

À medida que os buscadores passam pela seqüência dos cursos, como os outros participantes, eles também realizam as práticas recomendadas nos

livros. Por exemplo, um não-bahá’í nas Ilhas Salomão, realizou uma visita a um lar e abriu uma reunião devocional em sua casa. Mais tarde disse que, embora inicialmente nervoso, sentiu-se “com poder” e com “uma grande alegria” ao compartilhar esta “grande mensagem”. Da mesma forma, buscadores participaram de grupos de ensino quando estes foram inicialmente formados em Porto Rico. Com o estímulo do processo de instituto, com o aumento das atividades centrais e sua integração gradual na vida da comunidade e com ações de ensino fora do âmbito apenas local, esse conjunto de esforços cria uma coerência nas atividades das comunidades que tem resultado em um padrão sustentável de expansão e consolidação. A Casa de Justiça identificou vários exemplos de sucesso decorrentes dessa coerência. Primeiro e mais importante é que “o estudo e a aplicação dos ensinamentos tornam-se um hábito geral”25. Talvez a mais gratificante ilustração deste desenvolvimento foi o efeito do estudo e da memorização dos Escritos Sagrados pelos membros mais jovens da comunidade. Como resultado da capacitação recebida de seus professores e facilitadores, as crianças e os pré-jovens em muitas partes do mundo começaram a memorizar os Escritos. As mudanças em suas formas de conduta, que demonstravam a transformação interna que tiveram, repercutiram fortemente sobre seus pais e sobre os próprios professores. A imersão nos Escritos durante a infância cria nas crianças uma profunda atração ao estudo dos Textos Sagrados que irá continuar por toda a sua vida. O estudo da Palavra Criativa tem causado um efeito transformador mesmo em comunidades com elevado grau de analfabetismo. Na área rural de Malawi, onde inúmeras mulheres analfabetas entraram na seqüência dos cursos, a transformação foi tal que uma 25


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Uma reunião devocional numa vila de Motipur no agrupamento de Morang, Nepal.

pessoa comentou que mesmo o rosto das mulheres parecia ser diferente. Tornaram-se mais conscientes quanto aos hábitos de higiene, mais pontuais nos horários e começaram a dar mais atenção a seus filhos para irem à escola. Mesmo que não pudessem ser facilitadoras depois de haverem completado a seqüência dos cursos, devido ao fato de não saberem ler, elas, no entanto, mostram-se capazes de colocar em prática outras habilidades aprendidas. Além disso, o amor dos malawianos em comporem canções, motivou-as a incluírem palavras bahá’ís nas letras das músicas. Na Libéria, onde também é grande o número de analfabetos, muitos memorizaram os Escritos e os recitaram em reuniões devocionais e em outras reuniões. Os amigos em Kiribati, Papua Nova Guinéa e em Vanuatu, incluindo aqueles que não podem ler, memorizam citações dos Escritos através de suas canções. Tendo aprendido muitos textos das Escrituras Bahá’ís como parte de seus cursos de instituto, os amigos estão descobrindo a potência existente na transmissão da Mensagem em sua forma mais pura, expressando diretamente as palavras dos Escritos. O efeito que isso tem causado nas outras pessoas é de transformação de suas vidas. O 26

relato seguinte vem de um facilitador na Austrália: Um amigo meu começou o Livro 1 depois de se mostrar muito interessado pela Fé e no que ela representava. Estudamos uma parte que falava da veracidade e então, algum tempo depois, ele me perguntou: “O que você pensa disso... ‘a veracidade é a base de todas as virtudes’?” Outra vez, em meio a uma conversa, ele interrompia para dizer: “Na verdade, é melhor que eu não vá lá, pois poderia dar início a um falatório!”

A imersão nos Textos Sagrados conduz naturalmente ao “espírito de adoração comunitária gerado na reunião devocional” 26 , o qual irá permear todas as outras atividades da comunidade. Observando o efeito das reuniões devocionais, a Assembléia Espiritual Nacional da Geórgia afirmou: “É algo que nos traz muita alegria ver que as reuniões devocionais tornaram-se parte da vida de cada um dos crentes. Eles estão aprendendo como utilizar as incalculáveis potencialidades de compartilhar a Palavra de Deus com os amigos.” Uma pesquisa em cerca de 50 agrupamentos avançados no mundo indicou que o foco das


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reuniões devocionais estava exercendo uma influência positiva sobre a qualidade da forma de conduzir a parte devocional das Festas de Dezenove Dias. Os crentes no mundo inteiro descobriram como podem facilmente fazer orações junto com outras pessoas, amigos, parentes e colegas de trabalho. Durante o período em revista, milhares de pessoas, bahá’ís e não-bahá’ís igualmente, abriram seus lares para a realização de reuniões devocionais. Muitas comunidades aumentaram sua capacidade de tornar as Festas de Dezenove Dias mais espiritualmente inspiradoras. Além das reuniões informais baseadas na recitação espontânea de orações, muitas outras eram organizadas com cuidadosa e prévia seleção de Textos Sagrados, quase sempre tratando de um tema específico como cura ou paz mundial. Os relatórios indicam que essas reuniões, devotadas à adoração comunitária, estão cobrindo o grande vazio espiritual nos corações daquelas multidões que anseiam aproximar-se de seu Criador. Reuniões devocionais provêem, desta forma, o meio mais fácil e eficaz de se atingir comuni-

dades maiores. Embora a maioria dos participantes das reuniões devocionais seja formada por pessoas convidadas pelos próprios bahá’ís, algumas comunidades desenvolveram formas inovadoras de oferecer tais reuniões ao público em geral. Por exemplo, a comunidade de Botswana realiza regularmente reuniões devocionais em clínicas e nas casas mantidas pelo governo para pessoas com algum tipo de carência. Comentando sobre a natureza de reforço mútuo das atividades centrais, a Assembléia Espiritual Nacional da Índia escreveu:

Animadores para aulas de préjovens são treinados na arte do origami em um workshop em Kinshasa, Congo.

A qualidade de todas as atividades centrais melhorou rapidamente, estas se tornaram cada vez mais eficazes. As reuniões devocionais melhoraram de forma marcante a parte devocional das outras reuniões comunitárias, como as Festas de Dezenove Dias e as comemorações de Dias Sagrados. Os pais das crianças estão entrando nos círculos de estudo e participando das orações à medida que os crentes estabelecem relações mais estreitas com eles. Os contatos que vêm para as reuniões devocionais estão sendo gradativamente convidados para 27


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

O Uso das Artes no Nível de Agrupamento

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m legado do Plano de Quatro Anos foi o enriquecimento das atividades bahá’ís através das artes. A introdução do Livro 7 do Instituto Ruhí no Plano de Cinco Anos, com seu capítulo “Promovendo as Artes junto às Raízes da Comunidade”, explicou como o fato de saber apreciar a beleza é uma das forças espirituais que eleva as almas a níveis superiores de existência e estimula os facilitadores a integrarem as artes nos círculos de estudo. Sendo um promotor das artes junto às raízes da comunidade, o facilitador abre “canais criativos através dos quais podem fluir inspiração e a força de atração à beleza”. As agências em operação no agrupamento de Perth, numa região da Austrália, colocou ênfase especial no uso das artes nas atividades centrais. Um curso especial de recapitulação para facilitadores foi realizado, não somente para aumentar as formas de integração das artes em seus círculos de estudo, mas também para criar uma conscientização do que eles podiam gerar em seus participantes de círculos de estudo. Por exemplo, um facilitador pode pedir ao grupo para estudar uma citação dos Escritos Bahá’ís silenciosamente e então criar uma pintura sobre a citação, destacando algum “resultado surpreendente” dela decorrente. Uma sessão de treinamento semelhante foi realizada na França para coordenadores regionais e de agrupamentos, para membros dos grupos coordenadores de instituto de capacitação, membros de Corpo Auxiliar e facilitadores em geral

da França e da Inglaterra. Entre as coisas que o grupo aprendeu estava como facilitar a memorização de citações dos Escritos utilizando a prática de alguma arte. No treinamento de pessoas-chave no processo de instituto, as artes tornaram-se uma parte integrante das atividades centrais nesses dois países. Por exemplo, na Inglaterra, participantes de círculos de estudo prepararam atrativos cartões usando uma variedade de materiais nos quais colocavam uma citação dos Escritos, ou uma oração, para serem compartilhados com os amigos. À medida que os amigos aplicam o que aprendem, as artes estão sendo utilizadas também em outras atividades, como reuniões devocionais. Numa dessas reuniões, realizada durante um curso intensivo de capacitação no Canadá, foi incluído o uso de artes decorativas com os participantes atuando em turnos para enfeitar a sala com flores, folhagens, tecidos, velas e outros itens, com a finalidade de tornar o local mais bonito e agradável aos olhos dos visitantes. Os participantes compartilharam canções que haviam composto, inspiradas ou em textos dos Escritos ou em fatos da história bahá’í. Um participante comentou: Expressões espontâneas de canto, arte ou teatro são agora uma ocorrência diária. As pessoas que nunca cantaram em frente aos outros haviam composto músicas e as apresentado para todos nós. Jamais ví isso acontecer, e estou agora contemplando, ouvindo e participando de uma grande alegria, que mais e mais deslumbra nossas almas.

entrarem também nos círculos de estudo e seus filhos convidados para as aulas de crianças.

Em seu relatório anual de 2006, a Assembléia Espiritual Nacional do Alasca fez referência ao impacto que estão tendo essas atividades: “O fato de ter sido dobrada a média de contribuições anuais e triplicada a média do número de contribuintes ao Fundo Nacional ilustra bem a transformação espiritual que está ocorrendo na comunidade bahá’í do Alasca.”

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As Artes A Casa Universal de Justiça observou que nas comunidades “uma integração agradável das artes nas diversas atividades faz com que haja um despertar da energia que mobiliza os crentes”27. Este fenômeno recebeu um grande impulso através do estudo do Livro 7 do Instituto Ruhí, o qual provê capacitação prática sobre como integrar as artes no processo de instituto. Os facilitadores treinados nesses conceitos mais prontamente incorporaram as artes em seus círculos de estudo. Um


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Apresentações artísticas, como interpretações teatrais, música e dança, têm sido freqüentemente usadas como um meio de proclamar a Fé ao público em geral. Durante o Plano, as comunidades aprenderam a usar as artes mais eficazmente ligandoas com as atividades centrais. Por exemplo, quando um grupo de jovens, que havia participado de oficinas realizadas nos Estados Unidos e Canadá, viajou para a Tailândia, a comunidade tailandesa conseguiu que o grupo se apresentasse em escolas onde estudavam jovens bahá’ís, em vez de apresentações ao público em geral. Quando as apresentações de dança geravam interesse nos alunos, seus colegas bahá’ís prontamente davam atendimento aos interessados, convidando-os para as atividades centrais, onde participariam também de atividades artísticas. Através de repetidas apresentações nas mesmas escolas, um relacionamento positivo entre a Fé e os colégios foi consolidado, resultando que alguns professores também demonstraram interesse em participar das atividades centrais. A narrativa de histórias teve uma importância adicional, como aquelas da prática do Livro 4, sobre fatos da história bahá’í, quando aplicadas durante as visitas aos lares. A fim de aprimorar tal habilidade, algumas comunidades ofereceram oficinas de treinamento em narrativas de histórias. As aulas para crianças e à juventude através dos anos sempre utilizaram o canto, o desenho e o teatro, mas agora aqueles que trabalham com membros mais jovens da comunidade estão também aprendendo, em

seus cursos de instituto, como usar as artes mais eficazmente para enriquecer as aulas através da dança, do canto, de marionetes e outros recursos. O enriquecimento da vida comunitária bahá’í através das artes ficou particularmente evidente nos agrupamentos em suas reuniões de reflexão, onde o planejamento e as consultas eram geralmente combinados com apresentações culturais e música alegre. Esta maior integração das artes estendeu-se para as Convenções Nacionais, Festas de Dezenove Dias, comemoração de Dias Sagrados e Escolas de Verão. Apresentações musicais e teatrais, exibição de filmes e exposições artísticas, são algumas das formas de utilização nos esforços criativos que deram vida e enriqueceram a experiência bahá’í e seus convidados. Em Guajuviras, Brasil, um grupo de mulheres bahá’ís empresárias, utilizou suas habilidades em artesanato não somente para promover as atividades centrais, mas também para iniciar um projeto de desenvolvimento econômico formando um grupo semanal de artes e manufaturas no Centro Bahá’í. A intenção era lançar outros meios de atração a seus amigos e amigas, e à vizinhança em geral, para freqüentarem o Centro Bahá’í e, em decorrência, participarem das atividades centrais. Depois de dois meses, as mulheres iniciaram uma reunião devocional e aulas de artesanato, em um dia, e círculo de estudos, no dia seguinte.

relatório da Austrália, por exemplo, assinala que: “A utilização da arte em um círculo de estudos em Sydney criou uma vida própria ao grupo... a única coisa que as pessoas mencionaram com destaque especial ao fazerem a avaliação do círculo de estudos foi a incorporação das artes! Tal inovação tem sido sua favorita e muitas vezes a mais forte experiência do círculo de estudos.” Crentes em uma conferência na Bahia, Brasil, aprendendo como incorporar tambores e artes tradicionais nos processos de instituto. 29


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Tutores em Perth, Austrália, preparando um show de marionetes sobre o tema de “orações”.

Crianças em uma classe bahá’í em Pune, Maharashtra, Índia, iniciando suas aulas entoando orações.

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talentos de pessoas que até há pouco tempo não eram bahá’ís. Foram feitas apresentações musicais de jazz, de música clássica, reggae, música folclórica e até mesmo um coral budista. Pintores e escultores locais também exibiram seus trabalhos, adicionando um elemento visual à reunião. O anfitrião explicou: É gratificante ver os resultados quando os amigos conscientemente incluem elementos artísticos em suas atividades. A música, em particular, foi utilizada, levando inclusive muitas comunidades à formação de corais e até composição de músicas. Entre os recursos criados para os institutos estão cassetes com músicas e CDs com versões com fundo musical de citações que estão sendo memorizadas nos cursos. Nas Ilhas Marshall, em um círculo de estudos composto principalmente por jovens, os novos crentes entoaram os textos que haviam decorado dos materiais estudados no curso, usando músicas compostas por seu facilitador. Isso levou à formação de um coral, o qual se apresentou na Convenção Nacional, comprovando a transformação espiritual ocorrida em seus membros. Uma reunião devocional mensal na Filadélfia, Pensilvânia, nos Estados Unidos, sempre inclui algum uso de arte, usualmente mostrando os

Nossa idéia foi criar um ambiente onde as pessoas pudessem sentir o sagrado. Ficamos todos inspirados com música ao vivo e com a apresentação de algum tipo de arte. Os buscadores são tocados pelo espírito de unidade e pela espiritualidade dos Escritos Bahá’ís, e então desejam conhecer mais.

Pequenas peças de teatro, especialmente diálogos e interpretações bem feitas, tornaram-se amplamente usadas como um método de treinamento para capacitar os amigos a falarem sobre a Fé e realizarem visitas aos lares. Nas reuniões de reflexão em Londres, Inglaterra, pequenas cenas teatrais têm sido utilizadas para compartilhar algumas das experiências que os amigos estão tendo ao ensinarem a Fé. Mesmo algo no estilo comédia foi usado para ajudar os participantes a refletirem sobre alguns aspectos do aprendizado sobre o crescimento. A apresentação de uma peça teatral em Mali, retratando a necessidade da unidade em uma sociedade com diversidade religiosa, serviu como um elemento catalisador para o estabelecimento de uma reunião devocional em determinado bairro no agrupamento Bamako. Esta reunião devocional, realizada regularmente, e que algumas vezes é promovida por não-bahá’ís, tornou-se um ponto de unidade no bairro com a participação dos moradores, que se reúnem para orar, pedindo por graças específicas para as necessidades da comunidade, como também para a proteção dos filhos e


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Transformação de Crianças e Pré-Jovens Ciganos

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trabalho com o grupo vital de idade dos préjovens, como também das crianças, provou ser especialmente útil e eficaz para o fortalecimento “das raízes da Fé em populações locais”. Uma história inspiradora vem do Tajiquistão, onde um grupo de pré-jovens foi formado em uma comunidade cigana, a única população minoritária analfabeta em todo o país, que tinha uma longa história de ostracismo e perseguição. Quando a animadora começou sua primeira atividade com o grupo, viu que nenhum dos participantes sabia ler ou escrever. Eles começaram a ouvir e memorizar as lições. Ela foi adicionando alguns materiais suplementares para ajudá-los no aprendizado, expressando-lhes muito amor e compreensão, ao ponto de não quererem receber qualquer outro professor quando ela buscou ajuda de outros bahá’ís para o trabalho que estava sendo feito. Através dessas atividades, os jovens ciganos encontraram uma inspiração de vida e foram transformados. Sentiamse motivados para receber uma educação formal e mudar a sua comunidade. Trouxeram suas irmãs mais jovens às aulas para crianças e começaram a buscar harmonia na vida de maridos e esposas. As reuniões devocionais têm sido também um rico celeiro para a formação de novos círculos de estudo. Uma forma de estimular o uso das artes é prover treinamento para essa finalidade. Em Barbados, oficinas sobre marionetes foram promovidas, e as crianças que receberam treinamento criaram um show de marionetes focalizando alguns aspectos de como viver a vida bahá’í, o qual foi então apresentado em outras áreas da ilha. A comunidade de Cingapura promoveu oficinas de treinamento para a narração de histórias e interpretações teatrais. Cartas noticiosas para os facilitadores de instituto na Austrália, incluem páginas com sugestões específicas sobre atividades artísticas que podem ser usadas para enriquecer os círculos de estudo. E na Nova Zelândia, uma reunião especial

Animadores pré-jovens com sua classe de jovens ciganos. justificativas para ficarem mais tempo com sua professora. Antes de participarem do programa de préjovens, era praticamente impossível envolver a juventude cigana em atividades de serviço comunitário, pois consideravam esse serviço um ato de humilhação. Mas depois de participarem do programa de pré-jovens começaram a realizar tarefas com alegria e boa vontade, melhorando a qualidade de vida de sua comunidade varrendo e limpando as ruas e cuidando das árvores.

de bahá’ís com experiência artística foi realizada para compartilhar e consultar sobre como contribuir para o enriquecimento da vida comunitária bahá’í.

Aulas para Crianças Outro fruto do padrão coerente das atividades em comunidades que a Casa de Justiça destacou é que “as aulas de educação espiritual às crianças e préjovens servem para fortalecer as raízes da Fé em comunidades locais”28. Este foi um dos mais bem-sucedidos empreendimentos do Plano de Cinco Anos – o estabelecimento de atividades para crianças e pré-jovens em áreas vizinhas. Numerosos relatórios falam de crentes, incluindo pré-jovens e jovens, dando início a modestas classes em seus lares para ensinar crianças de parentes 31


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Em abril de 2006, haviam mais de 10.000 aulas atendendo a mais de 93.000 crianças, das quais 56% são de comunidades externas.

e vizinhos. A história de uma família em Gana ilustra como, trabalhando juntos com outros crentes, foi possível para uma família servir às crianças de uma vizinhança – inicialmente as crianças de artesãos locais, muitos deles não podendo arcar com as despesas do envio dos filhos à escola. Começaram com uma família bahá’í assistindo a um jogo de futebol e dando-se conta de que seus netos, brincando perto de sua casa, eram buscadores potenciais. A família consultou e decidiu oferecer aulas bahá’ís para crianças em seu lar para as crianças da vizinhança e também prover um lugar seguro para praticarem esportes. Eles ampliaram a área de lazer, compraram alguns equipamentos esportivos e começaram a convidar as crianças locais tanto para aprenderem como para brincarem. Foram apoiados nesta idéia por outro bahá’í que assava bolos para as sessões de estudo e por vários outros jovens que lhes ajudavam nas aulas. Outros crentes ajudaram doando carteiras e bancos para a sala de aula. O número de crianças cresceu para 60, o que tornou possível dividir a classe em grupos por idade. Este esforço, que começou em 2002, continuou, e como resultado aquelas crianças que são agora pré-jovens e jovens, continuam a participar das atividades bahá’ís. As aulas às crianças tornaram mais fácil a introdução regular de reuniões devocionais para os pais... em toda a vizinhança. Durante essas reuniões o trabalho das crianças é apresentado e os pais elogiam os professores pelo bom trabalho que estão realizando com seus filhos.... As crianças sabem agora muitas coisas sobre a Fé e algumas expressaram o desejo de se tornarem bahá’ís um dia. E em decorrência das histórias contadas sobre ‘Abdu’l-Bahá, decidiram demonstrar um grande amor por Ele.

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Na Colômbia, uma mãe inspirada pelo que aprendera com o estudo do Livro 3, decidiu organizar aulas para crianças em seu edifício de apartamento de muitos andares. Ofereceu aulas a um grupo de crianças que regularmente brincavam numa área comum ao lado do prédio, tendo realizado a primeira aula no hall principal. Então foi de porta em porta, com a ajuda das crianças, falando com os pais e convidandoos para enviarem seus filhos às aulas. Este enfoque com base na vizinhança provou ser um meio eficaz de multiplicar as aulas de crianças em comunidades bahá’ís. Com mais e mais comunidades começando a oferecer aulas às crianças da vizinhança, os bahá’ís descobriram haver um grande anseio por esse tipo de atividade. Por exemplo, um relatório provindo de Lesoto informa que não somente foram as aulas às crianças a maior das atividades centrais, como também em algumas vilas elas eram a única atividade da qual as crianças participavam, o que destaca “a conclusão chegada por alguns dos amigos que nosso sucesso em espalhar os Ensinamentos de nossa Fé virá das crianças”. Mas este sucesso teve outro benefício – uma integração mais íntima das crianças na comunidade bahá’í. O relatório de Lesoto adiciona que o senso de “pertencer à Fé” foi agora despertado também nas crianças e elas inclusive estão contribuindo aos fundos regularmente, mesmo que os valores sejam pequenos. As crianças estão também convidando seus amigos e amigas às reuniões devocionais e às aulas bahá’ís e participam de viagens de ensino. O processo de instituto e sua ênfase na educação de crianças pode levar a outras formas de transformação positiva com um aprofundamento maior na ligação entre a Fé e as comunidades externas. A pequena comunidade de Sardar, considerada de uma casta


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS inferior no Nepal, nunca acreditou nem recebeu educação formal para seus filhos. Quando vários adultos de Sardar começaram a freqüentar um curso do Livro 1 e seus filhos as aulas bahá’ís, ficaram motivados a enviar os filhos à escola. Pela primeira vez as crianças de Sardar começaram a se matricular na escola pública local. Existem agora 25 a 30 freqüentando a escola e muitas participam das aulas de educação bahá’í com grande entusiasmo. O professor da escola local ficou tão grato aos bahá’ís que lhes agradeceu por terem promovido essa “pequena revolução”. O maior e mais sistemático enfoque para prover educação bahá’í às crianças foi sem dúvida o programa (BESS) – Programa de Educação Bahá’í em Escolas Públicas – na Austrália, o qual, iniciado antes de 2001, expandiu-se e melhorou significativamente durante o Plano de Cinco Anos. Inúmeras escolas primárias, como um meio de atrair matriculas às suas escolas, promoveram o fato de oferecerem também aulas bahá’ís. Tão grande foi a demanda por este programa por parte dos administradores da escola e de pais não-bahá’ís, que a comunidade não teve condições de prover o número necessário de professores. Ao tempo da conclusão do Plano, o programa BESS servia a mais de 6.000 crianças em toda a Austrália, e mais de 90% delas eram de famílias não-bahá’ís. O aumento no número de aulas de crianças em todo o mundo durante o Plano de Cinco Anos foi dramático. No início do Plano havia cerca de 1.800 aulas bahá’ís para crianças no mundo, atendendo a cerca de 42.000 crianças, em sua grande maioria filhos de famílias bahá’ís (87%). Em abril de 2006, havia mais de 10.000 aulas atendendo a mais de 93.000 crianças, das quais 56% são de comunidades externas. Alguns desses aumentos ocorreram dentro de um curto período de tempo.

Os exemplos são abundantes: • Em maio de 2001, havia 4 aulas para crianças em Camboja, com um total de 150 estudantes. Em outubro de 2002, o número de aulas cresceu para 45 com cerca de 1.000 estudantes. Ao final do Plano, havia 169 aulas em andamento no país com 2.289 alunos. • O número de aulas para crianças na Mongólia cresceu de 11 para 32 entre abril de 2001 e outubro de 2002. Ao final do Plano, havia 186 aulas atendendo a 796 crianças, das quais 548 de famílias não-bahá’ís. • Do início do Plano até outubro de 2002, o Nepal elevou o número de crianças participando das aulas bahá’ís de 168 para 700. Em outubro de 2002, 525 das crianças eram de famílias não-bahá’ís. • Durante os primeiros 18 meses do Plano, Taiwan elevou o número de aulas para crianças de 6 com 43 estudantes, para 20 aulas com 127 participantes. Sem dúvida, muito do crédito pelo grande aumento de atividades educacionais às crianças deve-se ao grande número de bahá’ís que estudaram o Livro 3, o qual trata da educação espiritual de crianças. Mesmo aqueles que completaram o estudo do livro mas não começaram a ensinar em aulas bahá’ís, ganharam maior compreensão quanto às necessidades e adquiriram habilidades no trato com as crianças. Quando da conclusão do Plano, cerca de 75.000 pessoas haviam estudado o Livro 3. Em adição, durante esse período muitas Assembléias Espirituais Nacionais concluíram o trabalho começado durante o Plano de Doze Meses de estabelecer uma infra-estrutura para as atividades com as crianças. Esses esforços 33


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados continuaram a se desenvolver, mas ao término do Plano de Cinco Anos todos os países tinham já estabelecido uma estrutura administrativa para realizar aulas para as crianças e professores basicamente capacitados, com a maioria das comunidades nacionais tendo já adotado ou desenvolvido materiais curriculares. As aulas eram geralmente ministradas em uma base semanal regular, em vez de atividades esporádicas como era feito no passado. Muitas classes continuaram pequenas e cobrindo uma área relativamente grande, mas aos poucos foram capazes de dividir as crianças em grupos por faixa etária, com o crescimento do número de professores e de alunos. Em comunidades bem estabelecidas, onde as aulas às crianças já eram realizadas há muito tempo em um local central e servindo a uma ampla área geográfica, os amigos começaram a aprender o valor de realizarem as aulas também em áreas menores, em bairros, o que tornava mais fácil a participação das crianças de famílias não-bahá’ís, e mais em harmonia com a condição cultural do bairro. Essa descentralização levou ao aumento geral no número de crianças participando. As crianças tornaram-se mais integradas na vida da comunidade através de uma variedade de formas, incluindo o estabelecimento de cartas informativas para as crianças e programas especiais para elas nas Festas de Dezenove Dias, escolas de verão e outras atividades. Inúmeras comunidades também realizavam festivais ou atividades campais para as crianças nos feriados escolares. Comunidades em muitos países relataram a realização de programas para os pais, desde simples sessões de aprofundamento sobre a vida familiar ou sobre o papel dos pais na educação espiritual dos filhos, a programas mais sofisticados como a série “Meu Lar” desenvolvida e utilizada na Europa. Os amigos foram descobrindo cada vez 34

mais que os pais, ansiosos para que seus filhos recebessem educação moral e espiritual, eram também receptivos à Fé e podiam facilmente ser convidados a participarem das atividades centrais. A visita aos lares dos familiares dos alunos das aulas bahá’ís tornou-se uma ferramenta eficaz para não somente reforçar o aprendizado recebido na escola e na família, mas também para apresentar a Fé a toda a família. Por exemplo, na Colômbia, durante 2005, dois tipos de visitas eram realizadas aos pais das crianças. Na primeira visita, era apresentado o programa das aulas ministradas às crianças, com os pais e os próprios professores cada vez mais conscientes da importância da educação espiritual dos filhos. A segunda visita era para fazer ensino direto da Fé. Aproximadamente 430 pais foram visitados, dos quais a impressionante cifra de 60% aceitaram a Fé e registraram os filhos como bahá’ís. As apresentações das aulas aos pais, utilizando teatro e música pelos alunos, serviu ainda mais como uma forma natural de relacionar a Fé com o envolvimento das famílias.

Os Pré-jovens Programas para os pré-jovens entre as idades de 12 a 15 anos são fundamentais para levantar grandes números de recursos humanos em uma comunidade. Um ano antes do início do Plano de Cinco Anos, a Casa de Justiça destacou o valor desse “grupo especial com necessidades especiais” e afirmou que “uma atenção criativa devia ser devotada para envolvê-los em programas de atividades que despertem seus interesses e molde suas capacidades para o ensino e serviço da Causa”29. Isso exige que se veja esse grupo de idade não apenas como crianças mais velhas para as quais os programas devem ser feitos, mas como jovens em um período crítico de suas vidas durante o qual a


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS fidelidade espiritual é definida e quando as capacidades para o serviço começam a brotar. Próximo do ponto mediano do Plano de Cinco Anos, cursos para préjovens começaram a ficar disponíveis depois de alguns anos de desenvolvimento gradual de projetos-pilotos. Dezenas de animadores de pré-jovens foram capacitados, especialmente durante o último ano do Plano, e as comunidades começaram a expandir seu trabalho com este grupo de idade. Gradualmente, o que começara como esforço de desenvolvimento sócioeconômico, conhecido como Programa de Empoderamento Espiritual de PréJovens tornou-se intimamente integrado com o trabalho realizado pelos institutos de capacitação. Comentando sobre a importância desses programas, a Casa de Justiça escreveu: O que se tornou especialmente aparente durante o presente Plano de Cinco Anos foi a eficácia dos programas educacionais que objetivam o empoderamento espiritual dos pré-jovens. Quando acompanhados durante três anos através de um programa que aumente sua percepção espiritual e encorajados a adentrar a seqüência básica de cursos do instituto na idade de 15 anos, esses jovens representam um vasto reservatório de energia e talento que pode ser devotado ao progresso da civilização material e espiritual.30

crianças participaram no programa de uma semana de duração de atividades sociais, artísticas e esportivas. Ao final do programa, 17 pré-jovens registraram-se formalmente para formar um grupo de pré-jovens com o apoio total de seus pais. O programa para préjovens em Maurício começou em 2004 com seis grupos e este número havia praticamente dobrado ao final do Plano. Cerca de 80% dos participantes eram de famílias não-bahá’ís e alguns de seus pais envolveram-se também nas atividades centrais. A comunidade da Mongólia constatou serem os préjovens tão receptivos que em 2004 a maioria dos crentes no agrupamento Sainshand era composta de pré-jovens. Naquele ano realizaram seu primeiro Festival de Pré-Jovens, com a participação de 80 jovens daquela faixa etária. No ano seguinte, a maioria deles realizava a maioria das atividades centrais e participavam ativamente das reuniões de reflexão. Os diretores de um grande centro educacional, na França, ficaram tão impressionados com o trabalho que os bahá’ís realizavam com as crianças que decidiram apoiar o estabelecimento de um grupo de pré-jovens com 12 participantes utilizando o novo material: Brisas de Confirmação. Uma escola na região ártica (North Calotte) ficou muito satisfeita com o programa pós-

Em Londres, um grupo de préjovens encontra tempo para atividades sociais.

Em país após país, este grupo de idade provou ser especialmente receptivo. No Canadá, durante apenas uma noite, grupos visitaram 55 lares em um bairro para convidar as famílias para uma série de atividades, encontrando 38 delas prontas para participarem. Convidaram também 22 outros préjovens que encontraram em praças e parques e ao longo das ruas no mesmo bairro. Ao todo, 39 pré-jovens e 35


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Pré-Jovens Servindo como Professores de Crianças

Q

uando o pequeno grupo de crianças repetia as palavras de Bahá’u’lláh: “Uma língua bondosa é o magneto que atrai os corações dos homens...” uma menina de 8 anos exclamou: “E das mulheres também.” A professora de 16 anos de idade sorri e amorosamente explica que essas palavras de Bahá’u’lláh certamente aplicavam-se também às mulheres. A classe então recomeçou suas lições daquele dia. Esta alegre classe de aulas bahá’ís para crianças já existe há mais de quatro anos, realizada no lar da família da professora num subúrbio da cidade de Jinotepe, Nicarágua. Sua jovem professora começou a dar aulas quando era ainda pré-jovem. Ela recorda como isso aconteceu e progrediu: Comecei as aulas às crianças quando tinha apenas 12 anos de idade, com um jovem em ano de serviço, mas ele veio apenas três vezes. Eu não havia estudado o Livro 3, portanto comecei antes de ser capacitada. Quando comecei oficialmente minha capacitação com o estudo do Livro 3 já tinha muita experiência. As 11 crianças do bairro que participavam regularmente das aulas gostavam muito do que estudavam, conforme afirma a professora: “Durante as férias elas aproveitavam a oportunidade para virem às aulas diariamente, em vez de semanalmente.” As crianças aprenderam muito bem todas as 15 lições do Livro 3 do Instituto Ruhí, tendo estudado também outras lições usando a mesma metodologia. Para reforçar seu trabalho com as crianças, a jovem professora visitava os pais dos alunos, normalmente acompanhada de um bahá’í adulto. Durante essas visitas perguntava aos pais suas opiniões sobre o efeito das aulas nas crianças. Eles, por via de regra, respondiam que as aulas eram boas porque proviam atividades supervisionadas de uma forma positiva, quando seus filhos podiam estar fazendo outras coisas fora de casa, enquanto os pais trabalhavam.

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Uma jovem se responsabiliza pelo ensino regular de aulas para crianças no agrupamento Carazo, Nicarágua. Um dos temas que a jovem professora bahá’í compartilha com os pais durante as visitas é que existem diferentes tipos de educação. Através da consulta, os pais começam a entender que seus filhos não precisam apenas de educação material e intelectual, mas também de educação espiritual – o ensino das qualidades e virtudes espirituais. Eles acabaram vendo que as aulas bahá’ís ensinavam as crianças a entenderem e praticarem qualidades espirituais na vida diária. Os pais então afirmaram que isso era benéfico e necessário para seus filhos. “Espero que todos sejam estimulados a enviar os filhos às aulas para crianças”, disse a professora. “É um lindo serviço... você aprende muito sobre o que significa ser espiritual.”


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS Um grupo de pré-jovens em Godamchaur, Nepal, estudando “Brisas de Confirmação”.

escolar oferecido a seus alunos da faixa etária de 12 anos, o Brisas de Confirmação, especialmente a apresentação teatral criada pelos estudantes baseada numa história do livro. Igualmente em Yap nas Ilhas Carolinas, um professor bahá’í recebeu permissão para realizar um programa depois do horário escolar para mais de 100 alunos usando o material de pré-jovens, novamente o Brisas de Confirmação, o qual foi bem recebido tanto pelos estudantes como por seus pais. O programa de pré-jovens no Quênia começou em março de 2004. Quinze meses mais tarde havia 111 animadores e 53 grupos com 949 participantes, um terço deles não-bahá’ís. Nos agrupamentos Lugari e Malava, a associação de pais e mestres, como também o encarregado do setor de educação e o chefe de área solicitaram o programa porque ele conseguira produzir “uma mudança significativa no trabalho acadêmico dos jovens que dele participaram”. O trabalho mantido por grupos de pré-jovens na escola da vila de Ndiosmone, no agrupamento Tattaguine, no Senegal, resultou em tão destacada melhoria tanto na forma de conduta como no estudo acadêmico

dentre os 44 estudantes que participaram, que tanto o diretor da escola como o professor da classe indicaram que iriam convidar os bahá’ís para coordenarem o programa em qualquer uma das escolas futuras sob suas responsabilidades. Os próprios pré-jovens provaram ser apoiadores valiosos da Causa, tornando-se firmes crentes quando mais velhos. Depois que os amigos na Tailândia começaram a se concentrar sobre os pré-jovens em um agrupamento, descobriram que após alguns anos de aulas, esses jovens traziam seus amigos e colegas de escola para as atividades bahá’ís, e podiam ensinar por vontade própria em aulas de crianças. Então surgiu um novo contingente de pré-jovens e com eles muitos ajudantes. Muitos dos jovens que haviam iniciado o estudo do material bahá’í para sua idade, ingressaram depois e concluíram a seqüência dos cursos de instituto, oferecendo-se como voluntários para residir próximo do Centro Bahá’í, a fim de mais facilmente poderem atuar como facilitadores. Os pré-jovens em um programa pós-escolar no Brasil, assumiram a responsabilidade de ensinar para os mais jovens e foram bem37


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

…no Ridván de 2006 mais de 3.000 grupos de pré-jovens haviam sido formados, em todo o mundo, envolvendo mais de 25.000 participantes, dos quais cerca da metade provinham de famílias não-bahá’ís.

sucedidos em seu trabalho. Esses jovens professores falaram com orgulho e alegria do programa que seus alunos estavam participando. Na Indonésia, um pré-jovem de 13 anos assumiu em uma reunião no agrupamento onde vivia a responsabilidade de trazer 20 amigos às reuniões devocionais. Ao final, trouxe 21, o maior número conseguido pelo agrupamento, com alguns dos adultos trazendo apenas 5 ou 6. Tendo o desenvolvimento desta importante atividade começado somente a florescer nos anos finais do Plano, no Ridván de 2006 mais de 3.000 grupos de pré-jovens haviam sido formados, em todo o mundo, envolvendo mais de 25.000 participantes, dos quais cerca da metade provinham de famílias não-bahá’ís.

Visitas aos Lares A vida comunitária foi enriquecida durante os últimos cinco anos com a introdução da prática da visitas aos lares, tanto aos crentes como aos buscadores. Embora visitar os amigos tenha sido uma prática há muito estimulada por ‘Abdu’l-Bahá e Shoghi Effendi, durante o Plano de Cinco Anos tais visitas adquiriram dimensões maiores e tornaram-se mais sistemáticas. Relacionada com a prática recomendada no Livro 2, as visitas aos lares foram inicialmente feitas para compartilhar temas de aprofundamento com novos bahá’ís. Adicionalmente, com o desenvolvimento da capacidade dos bahá’ís apresentarem os fundamentos da Fé, essas visitas provaram ser um componente indispensável ao desenvolvimento da cultura bahá’í. O que os amigos vieram a entender foi que igualmente importante ao ato de visitar um companheiro de fé, ou um contato interessado, estão as qualidades espirituais compartilhadas com este ato de serviço. A prática das visitas aos lares não somente deu empoderamento aos 38

indivíduos, como também contribuiu para um maior amor e solidariedade nas comunidades. Além de compartilhar temas de aprofundamento com novos membros da fé, as visitas aos lares foram realizadas também para compartilhar orações com outras pessoas, narrar histórias da Fé Bahá’í aprendidas no Livro 4, e transmitir diretamente a Mensagem de Bahá’u’lláh como parte de uma campanha de ensino. As visitas aos lares foram também recomendadas pela Casa Universal de Justiça como uma forma de restabelecer contatos com os crentes afastados ou pouco envolvidos nas atividades bahá’ís já há algum tempo. A atmosfera informal criou uma oportunidade para “o engajamento em conversações sérias e importantes” que gradualmente levam à apresentação da idéia dos cursos de instituto. Um resultado positivo das visitas foi que, através dessas interações calorosas e informais, os crentes estão se conhecendo melhor uns aos outros, criando amizade com os membros da família e também com vizinhos, algo que está sendo sistematicamente estabelecido e mantido. Não é de surpreender, então, que em Battambang, Camboja, mais de 60 grupos em uma área rural estejam constantemente realizando visitas aos lares para manter os laços de união com os crentes da comunidade e conhecer melhor uns aos outros. Um crente da Mongólia narrou o impacto das visitas aos lares: Foi uma experiência de alerta para qualquer pessoa, quando constatamos não ser difícil multiplicar as atividades centrais através da visitas aos lares dos crentes, tanto os ativos como os menos ativos, se formos capazes de conseguir ser bem recebidos em suas casas. Antigamente nos esforçávamos para trazer as pessoas às nossas casas, ou ao Centro Bahá’í, agora vemos ser muito mais eficaz iniciar atividades na casa das pessoas.


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS Um crente na Eslováquia observou quão solitárias muitas pessoas se sentem e que, após realizar sua primeira visita bem-sucedida, exclamou: “Graças a Deus, também para a solidão a Fé tem remédio – as visitas aos lares, ou visitas espirituais, como meus amigos e eu as chamamos, depois da última experiência que tive. Foi incrível, algo natural e simples.” O poder existente na prática das visitas aos lares para transformar uma comunidade foi bem exemplificado nas Ilhas Marshall, onde o progresso das atividades centrais nos primeiros anos do Plano foi relativamente vagaroso e o modelo de círculos de estudo de alguma forma incompleto. Com a introdução das visitas aos lares, essa dinâmica mudou. Primeiro, os amigos se dedicaram a visitar os bahá’ís menos ativos, cuja resposta às visitas recebidas foi de grande entusiasmo. Em alguns casos, os membros não-bahá’ís da família juntaram-se às consultas e acabaram se envolvendo também nas atividades, e desta forma o número de buscadores interessados expandiu-se. Algumas das comunidades deram continuidade ao sucesso inicialmente alcançado, começando novos círculos de estudo, outras ativando atividades educacionais com as crianças, e ainda outras, realizando essas mesmas atividades e mais as reuniões devocionais. Tornou-se uma prática comum encontrar-se cinco ou seis círculos de estudo realizando-se em uma mesma noite. O sucesso das visitas aos lares nas Ilhas Marshall produziu dois resultados significativos. Primeiro, trouxe ao processo de instituto e às atividades centrais um grande número de adultos, jovens e crianças, quase que dobrando o número de crentes ativos na comunidade. O número de pessoas participando das reuniões expandiu-se de tal forma que a Assembléia Espiritual

Local foi obrigada a dobrar a área de seu Centro Bahá’í. O segundo resultado foi que relações foram estabelecidas à minoria étnica Kiribati na comunidade. O relatório conclui dizendo que “existe um renovado espírito em ação... e um comprometimento crescente com o processo de capacitação do instituto entre os amigos”. Os bahá’ís nas Ilhas Salomão também acharam que as visitas aos lares eram um meio eficaz de contatar aqueles bahá’ís que não participavam já há algum tempo das reuniões. Quando tais visitas foram feitas pela primeira vez, dois que haviam abandonado as atividades da comunidade, por causa de um problema de desunião, relataram terem se sentido espiritualmente renovados com as visitas que receberam, prometendo esquecer as mágoas do passado e voltar a participar da comunidade. Na Austrália, algumas mulheres bahá’ís perguntaram se os amigos podiam visitá-las novamente, para fazerem orações junto com seus esposos não-bahá’ís, o que aconteceu e culminou na realização de reuniões devocionais com aquelas famílias. As visitas aos lares deu resultado mesmo em áreas do mundo onde visitas sem serem previamente combinadas não eram um hábito da cultura local. Isso foi especialmente verdadeiro no Norte e no Oeste da Europa, onde muitos bahá’ís relataram as dificuldades iniciais, mas que ao ganharem coragem para realizar as visitas, viram que as pessoas não eram apenas receptivas, mas também ansiavam pelas visitas.

O que os amigos vieram a entender foi que igualmente importante ao ato de visitar um companheiro de fé, ou um contato interessado, estão as qualidades espirituais compartilhadas com este ato de serviço.

Os amigos se deram conta ser perfeitamente aceitável na Inglaterra visitar o lar de outra pessoa, mas o usual é esperar primeiro ser convidado. Assim, superando o temor inicial de quebrar uma tradição cultural, visitaram uma nova bahá’í e compartilharam com ela um dos 39


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Conectando Corações a Bahá’u’lláh através das Visitas aos Lares

U

m facilitador do Livro 2 do Instituto Ruhí de um círculo de estudos na Hungria, constatou que nenhum dos participantes de seu grupo havia ainda aprofundado qualquer pessoa nos temas daquele livro. Descobriu, porém, para sua alegria, durante as consultas em seu círculo de estudos, que um dos participantes já havia marcado visita a um amigo receptivo, e outro havia planejado visitar uma nova bahá’í cujo marido estava bem interessado pela Fé. Ficou decidido realizarem essas visitas em pares, de forma que todos os integrantes do círculo de estudos pudessem participar e para encorajamento mútuo, cada um preparando uma parte das apresentações que fariam. O facilitador fez par com um novo crente e juntos foram visitar a nova bahá’í e seu marido. Outro decidiu ir junto, trazendo com ele sua mãe, que era católica, mas que estava interessada pela Fé. Para ajudar nos preparativos, a esposa do facilitador se ofereceu para cuidar das crianças pequenas de ambas as famílias. E assim chegou o dia da visita com dois novos crentes, dois buscadores e dois crentes veteranos todos presentes. O facilitador havia preparado uma apresentação sobre o tema: “O Convênio Eterno de Deus” e seu companheiro estava pronto para falar sobre “A Vida de Bahá’u’lláh”. Os anfitriões expressaram sua grande alegria pela presença dos visitantes, oferecendo-lhes chá e biscoitos como um pequeno lanche. Foram entoadas orações e inclusive cantadas algumas canções de inspiração bahá’í, o que elevou em muito a atmosfera espiritual do lar visitado. O facilitador começou então a sua apresentação. Lembrando depois daquele momento, disse que: “Eu não queria apenas ler o texto, mas sim falar com toda a sinceridade de meu coração. Mas queria ser bem fiel às idéias e aos pensamentos expressados no livro de forma linda sobre aquele tema de aprofundamento.” Então todos entoaram a oração: “Bem-aventurado é o lugar, a casa e o coração...” As orações, a beleza e a simplicidade das idéias visivelmente emocionaram a mãe católica que então compartilhou com o grupo alguns fatos de sua própria vida – incluindo algumas dificuldades pelas quais

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tinha passado. Isso levou o grupo a refletir sobre o significado dos sofrimentos dos Manifestantes de Deus nas mãos da humanidade. O facilitador relatou que as Palavras de Bahá’u’lláh – “a Beleza Antiga consentiu em ser amarrada com correntes para que a humanidade pudesse ser libertada de sua servidão” – pareceram ter liberado uma grande força ao serem lidas para o grupo. A seguir o grupo ouviu a segunda apresentação sobre “A Vida de Bahá’u’lláh”. A amiga bahá’í havia expressado ansiedade antes da apresentação, pois era a primeira vez que dava uma palestra, embora estivesse bem preparada. Mas quando começou a falar seu temor desapareceu e ela fez um relato claro, coerente e sincero dos eventos da vida da Beleza Antiga. O facilitador escreveu que foi como “ver um filme”. Emocionado, o facilitador descreveu aquela apresentação: Aqui estava alguém que fora profundamente tocada pela majestade da vida de Bahá’u’lláh, cujas palavras das páginas do livro ela como que internalizou, fêlas suas próprias e então compartilhou-as conosco – este, que é o mais significativo dos temas sobre a vida de Bahá’u’lláh, falando de uma forma natural, sincera e envolvente. Pelo que sei, ela foi uma das primeiras bahá’ís na Hungria a ser visitada na campanha de visitas aos lares após tornar-se bahá’í, tendo estudado alguns dos temas de aprofundamento do Livro 2, fazendo apresentações nos lares de outras pessoas usando os mesmos materiais.

Depois das palestras, foram feitas muitas perguntas, planejando-se então as próximas visitas. O facilitador escreveu entusiasticamente sobre esta primeira visita. “Tendo tido esta experiência, agora nossos níveis de energia eram realmente elevados.... Nossos esforços estão longe de serem perfeitos, e precisamos fazer estas coisas muitas e muitas vezes, não apenas falar em fazer; as confirmações virão do Alto, nossos olhos estão abertos para novas realidades ao crescermos em confiança, entendimento e efetividade.”


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS temas de aprofundamento. A nova crente havia sido recentemente eleita para uma Assembléia Espiritual Local, tendo perguntado aos visitantes se podiam voltar na próxima semana para ajudá-la a aprofundar seus conhecimentos sobre o tópico tratado.

Relembrando da campanha de ensino que deu a eles o primeiro sabor das visitas aos lares, um membro de um grupo de ensino de Londres comentou: De um modo geral, a única e melhor preparação foi orar. Isso nos permitiu falar do fundo do coração e fazer uma conexão de suas almas com Bahá’u’lláh. Por um período de duas semanas tornamo-nos mais confiantes e menos tímidos ao compartilhar orações. Não nos pareceu que devíamos nos desculpar para lhes transmitir a Palavra de Deus, ao contrário, era uma Mensagem Divina que estávamos felizes por compartilhá-la.

As visitas aos lares também provou serem uma ferramenta muito útil para estreitar os laços entre as instituições da Fé e aqueles que a servem. Por exemplo, inúmeras Assembléias Espirituais Locais nos Estados Unidos decidiram visitar todos os membros de suas comunidades para estreitar os laços com suas instituições e para entenderem melhor as suas próprias comunidades. Uma noite, a Assembléia Espiritual Local de Cambridge, Massachusetts, decidiu realizar visitas aos lares em vez de realizar sua reunião administrativa, mas ficou apreensiva com o que poderia acontecer com as visitas sem um anúncio prévio. Refletindo sobre os “emocionantes” resultados dessa sua iniciativa, os membros disseram: “A primeira descoberta foi o poder que as visitas têm para ajudar a revitalizar a vida comunitária.”

O que no passado podia ser apenas uma visita social tem agora um novo significado, com as visitas sendo elevadas a ocasiões onde são tratados de temas espirituais e utilizada a Palavra Criativa de Deus. O sentido da experiência das visitas aos lares é eloqüentemente descrito por um facilitador no Reino Unido: Quando visitamos nossos contatos ou um novo crente, e nos envolvemos em conversação sobre assuntos espirituais, imediatamente criamos um laço de amizade. A gente se sente capaz de compartilhar a Palavra de Deus em um ambiente onde nossos anfitriões vivem, ou seja, em seus próprios lares. Eles podem fazer as perguntas que desejam, sem qualquer acanhamento, perguntas que não fariam em outras circunstâncias. Seus familiares podem participar também, e geralmente o fazem.... Aprendemos como fazer ensino direto e como fomentar a vida comunitária com estas simples práticas.

Amigos no agrupamento da Grande Monrovia, Libéria, revendo seus planos de ensino.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Reuniões de Reflexão

Amigos em Whitehorse, Victoria, Austrália, preparando cartazes para a reunião de reflexão de seu agrupamento.

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À medida que as comunidades estabelecem um forte processo de instituto e começam a gerar um número maior de recursos humanos, outra ferramenta foi adicionada para ajudar no avanço do processo de entrada em tropas: as reuniões de reflexão. Essas reuniões periódicas de consulta “livre da exigência de uma tomada de decisão formal”, “dá apoio a um intenso processo de ação, consulta e aprendizado”31. Em tais reuniões, os amigos podem refletir sobre suas experiências, explorar novos enfoques, modificar planos e “manter o entusiasmo e a unidade de pensamento”. As reuniões de reflexão ao nível de agrupamento tem ajudado os crentes e as instituições a adquirirem um entendimento mais claro de como podem contribuir para atingir a meta central do Plano. As consultas levam a um consenso sobre metas de curto prazo, tanto para os indivíduos como para os grupos de ensino. As reuniões têm também ajudado os agrupamentos que incluem várias comunidades, para cada uma delas melhor desenvolver uma identidade própria e ao mesmo tempo um senso de unidade com as outras

comunidades do agrupamento em trabalhos conjuntos. O agrupamento Broward County na Flórida, Estados Unidos, contém 16 Assembléias Espirituais Locais. Os participantes, em suas reuniões de reflexão, relataram que suas reuniões eram bem planejadas e que, ao terminarem, saíam delas com um senso de unidade sobre o que haviam realizado e o que estariam realizando em seguida. As Assembléias Locais entenderam qual seria sua parte no plano do agrupamento como um todo, e sentiam-se preparadas para ajudar os crentes em seu trabalho. As consultas tinham como base as guias existentes sobre o Plano, e a música e a poesia apresentadas mantinham “a atmosfera de júbilo e espiritualidade”, sem nenhum tipo de excesso. Muitas reuniões de reflexão, um período de “sérias consultas” como também de “alegre celebração”32, combinam harmoniosamente devoções, apresentações inspiradoras, estudo das guias recebidas do Centro Mundial Bahá’í, breves relatórios das realizações das comunidades desde a última reunião de reflexão, consultas sobre o aprendizado adquirido, o estabelecimento de metas, camaradagem e hospitalidade. As artes dão um avivamento especial e elevam o nível espiritual dessas reuniões. As crianças e os jovens são ativos participantes, com a juventude exercendo um papel de liderança. Os participantes deixam as reuniões, ao seu final, restaurados espiritualmente e com metas de trabalho claramente definidas para os próximos meses. Talvez a maior dessas reuniões durante o Plano de Cinco Anos ocorreu em Daga, Papua Nova Guinéa, na qual mais de 1.000 pessoas participaram. Muitas reuniões, porém, foram bem menores, com muitas comunidades relatando um aumento gradativo no número de participantes à medida que foram ganhando experiência em como


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS melhor organizar e atrair os amigos às mesmas, especialmente tornando-as mais alegres e participativas. A seguir, alguns dos comentários sobre reuniões de reflexão em uma diversidade de agrupamentos: • Os amigos em Kiribati, com uma longa tradição em reuniões na sede local de sua vila, naturalmente iniciaram também suas reuniões de reflexão, as quais lhes deram uma unidade de visão sobre o processo de instituto e fortaleceram seu apoio ao mesmo.

Amigos consultando sobre seu plano setorial em uma reunião de reflexão em Nova Iorque.

• O coordenador do agrupamento Austin, Texas, Estados Unidos, disse que suas reuniões de reflexão haviam se tornado como “reuniões de família”, devido ao fato dos amigos daquele grande agrupamento, com muitas localidades, demonstrarem uma alegria especial ao se reunirem. • Um jovem no Nepal, no agrupamento Sunsari, não somente ajudava na organização das reuniões de reflexão como visitava os crentes com antecedência para estimulá-los e educá-los sobre a importância dessas reuniões. • No agrupamento Scudai, na Malásia, histórias sobre grandes instrutores da Fé foram utilizadas para inspirar os amigos nas reuniões de reflexão. A reunião terminava com uma sessão especial de orações pelo sucesso do próximo período de campanhas de ensino. • A participação nas reuniões de reflexão no agrupamento da Grande Área Metropolitana, na Costa Rica, aumentou com a organização do transporte dos amigos, assunto tratado nas Festas de Dezenove Dias, seja com o oferecimento

daqueles que possuíam carro, ou com a contratação de ônibus ou micro-ônibus. Nota-se também um espírito de convivência familiar na parte social quando todos levam e compartilham mutuamente dos alimentos.

Uma bahá’í em uma reunião de reflexão em Jalapa, Nicarágua, revendo o progresso das atividades de seu agrupamento.

• A participação nas reuniões de reflexão no Quênia cresceu porque as reuniões eram sistematicamente promovidas: o coordenador de crescimento do agrupamento sugeriu às Assembléias Espirituais Locais para darem maior apoio às reuniões; os coordenadores de instituto a nível de agrupamento, e os facilitadores dos círculos de estudo, lembravam sempre os bahá’ís para comparecerem; e os membros de Corpo 43


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Auxiliar orientavam seus ajudantes para promoverem as reuniões. De acordo com informações do coordenador nacional, eles aprenderam que as reuniões precisam ter um “equilíbrio” e serem “claras e curtas”, e que se não houver a troca de experiências sobre ensino não haverá aprendizado.

Por todo o mundo, as comunidades bahá’ís abriram mais amplamente suas portas para o público durante o Plano de Cinco Anos…

O coordenador de um agrupamento em uma área rural na Índia descreve as transformações decorrentes das reuniões de reflexão: Essas reuniões têm sido responsáveis por grandes transformações. As atividades tornaram-se mais sistemáticas e melhor organizadas.... Observamos algo muito interessante: reuniões de reflexão regulares e bem organizadas resultaram inicialmente em um constante aumento no nível da iniciativa individual. Porém, mais tarde, descobrimos que mesmo tendo tais práticas continuado e até aumentado, a participação nas reuniões de reflexão deu aos crentes maior “senso de comunidade”, motivando-os a trabalharem mais efetivamente em grupos. Esses desenvolvimentos contribuíram em muito para a qualidade das atividades de ensino, que agora atraem o envolvimento entusiasmado e confiante de um número cada vez maior de crentes. Tal espírito de comunidade está também contribuindo para o fortalecimento das Assembléias Espirituais Locais.

O impacto de tais reuniões foi confirmado pela Casa Universal de Justiça em sua mensagem de 27 de dezembro de 2005: “Reuniões de reflexão ao nível de agrupamento estão se tornando um fórum para consultas sobre as carências ainda existentes e sobre os planos, criando uma identidade comum e fortalecendo a vontade coletiva.” 44

Uma Orientação Voltada para Fora da Comunidade Por todo o mundo, as comunidades bahá’ís abriram mais amplamente suas portas para o público durante o Plano de Cinco Anos, e buscaram incluir todas aquelas pessoas que demonstrassem algum interesse pela Fé para participarem das diversas atividades da vida comunitária. As pessoas que estão investigando a Fé freqüentemente tornam-se parte integrante das atividades centrais, representando um número crescente de almas que compartilham dos valores da vida bahá’í e gradualmente se identificam com eles. De forma crescente, os bahá’ís estão fazendo contatos com seus amigos, parentes, vizinhos e colegas de trabalho, e a participação desses grupos e suas famílias na comunidade expande-se em círculos de amizade mais amplos e com ideais mais elevados. A Casa de Justiça refere-se a essa orientação voltada para fora como “um dos mais excelentes frutos” 33 de aprendizado durante o Plano. Ao recepcionar grandes números na vida da comunidade, os bahá’ís aprendem a “ver mais rapidamente as potencialidades latentes nas pessoas”, “e evitam criar barreiras artificiais para elas” 34, o que, por fim, diminui a discriminação entre os bahá’ís e a comunidade externa. Cada vez mais, constata-se que a descrição da Fé, freqüentemente repetida, de que ela representa um “amplo abraço”, tornouse uma realidade. O padrão de atividade comunitária caracterizado pelos círculos de estudo, reuniões devocionais, aulas às crianças e atividades com pré-jovens, veio suprir as necessidades e nutrir as almas das famílias. Esta experiência foi intensamente comprovada nos agrupamentos avançados onde a multiplicação das atividades centrais ocorreram e o alcance da Fé pôde estender-se a áreas vizinhas. Referindo-se aos resultados


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS desta orientação voltada para fora da comunidade, a Assembléia Espiritual Nacional da Índia escreveu ao final do Plano: “O processo das comunidades bahá’ís abrirem suas atividades tem sido lento, mas bem-sucedido. Cerca de 70 a 80% dos participantes em aulas bahá’ís para crianças são de famílias não-bahá’ís, e 50 a 60% dos buscadores participam das reuniões devocionais. Uma grande porcentagem dos buscadores que entram em círculos de estudo acabam aceitando a Fé.” Os amigos estão aprendendo por experiência própria que qualquer pessoa pode ser atraída a Bahá’u’lláh. Nos Estados Unidos, cristãos que entraram em círculos de estudo com a intenção de levar os bahá’ís de volta a Cristo, receberam dos bahá’ís uma recepção calorosa e a explicação que reconheciam a origem divina e autenticidade da fé cristã, o que derrubou por terra eventuais barreiras contra participantes cristãos. Um deles, finalmente, exclamou: “Não acredito que havia esquecido do Senhor por tanto tempo!” Da mesma forma, uma católica bem firme começou a participar de um círculo de estudos do Livro 1 na Colômbia, mas afirmara enfaticamente estar ligada indissoluvelmente com sua própria Fé. A mulher, mais tarde, acabou se declarando bahá’í. Depois de sua declaração, foi-lhe perguntado porque se tornara bahá’í a despeito de sua firme ligação com o Catolicismo, ela respondeu que os bahá’ís, em seu círculo de estudos, fizeram com que ela se sentisse parte inseparável do grupo. Em Kiribati, um grupo de ensino encontrou-se com um homem conhecido na comunidade como um alcoólatra irrecuperável, que fora rejeitado pela família e que vivia sem um lar já por cerca de 30 anos. Não se deixando impressionar negativamente pela aparência do homem, ou por sua condição degradante, os bahá’ís o estimularam a iniciar o estudo do Livro

1 num círculo de estudos. O homem tornou-se um crente e completou a seqüência dos cursos. Esse homem transformou-se inteiramente, em todos os sentidos, especialmente em sua aparência e maneira de agir. Começou, então, a atrair muitas pessoas à Fé e estabeleceu vários círculos de estudo para os mais interessados. Um bahá’í em Maurício, que havia abraçado a Fé em 2004, deu-se conta, após ter participado de uma reunião de reflexão, que podia esforçar-se mais para envolver outras pessoas nas atividades centrais. Sistematicamente contatou cerca de 500 pessoas, e 96% delas participaram das reuniões devocionais que ele realizava. Isso levou a quatro novos círculos de estudo para seus contatos, e o número de crianças participando das aulas bahá’ís aumentou de 9 para 35. De particular significado têm sido os contatos com grupos especiais e freqüentemente receptivos, como as populações de imigrantes. Na Áustria, por muitos anos houve um esforço continuado no trabalho com crentes e buscadores nascidos na Turquia, trabalho esse que foi intensificado durante o Plano. Também em outras áreas da Europa Ocidental foram mantidas interações com imigrantes turcos, com a ajuda da comunidade turca. Os amigos na Malásia conseguiram fazer com que trabalhadores imigrantes do Nepal fizessem alguns ou todos os cursos do instituto e mais de cem deles tornaram-se bahá’ís em um único agrupamento. No agrupamento de Vancouver, no Canadá, têm sido bemsucedidos os contatos para a divulgação da Fé entre estudantes chineses. Nos Estados Unidos, os amigos em Broward County, Flórida, têm trabalhado com imigrantes do Haiti e da América Latina, e os crentes do agrupamento da cidade de Nova Iorque criaram uma reunião devocional no Centro Bahá’í para os imigrantes de língua espanhola.

De particular significado têm sido os contatos com grupos especiais e freqüentemente receptivos, como as populações de imigrantes.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Com tanta atividade, um dos principais e contínuos desafios tem sido manter o foco. … “Esta habilidade, adquirida lentamente através de sucessivos Planos, representa um dos mais valiosos acervos, duramente conquistados através de disciplina, comprometimento e antevisão…”

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Na Austrália, foram criadas aulas bahá’ís para as crianças e pré-jovens de famílias imigrantes do Afeganistão e da África. Estes são apenas alguns pequenos exemplos de como estão acontecendo os contatos com diferentes populações não-bahá’ís. Devido aos longos conflitos que ocorrem em Burundi, na República Democrática do Congo e em Ruanda, muitas pessoas têm sido deslocadas e algumas acabaram parando em campos de refugiados na Tanzânia Ocidental. Os amigos dos agrupamentos vizinhos sentiram e aproveitaram a oportunidade para ensinar em dois desses campos, Lugufu e Nyarugusu, juntos com alguns poucos bahá’ís que faziam parte do grupo de refugiados. Logo o número de bahá’ís cresceu e os amigos, assim que possível, deram início ao processo de instituto. Como resultado, nesses dois campos existem agora, respectivamente, mais de 800 e 600 bahá’ís, com 61 e 42 bahá’ís tendo completado a seqüência dos cursos. Programas intensivos de crescimento foram lançados em ambas as áreas. Muitas comunidades concentraram suas atenções em grupos da população que lhes pareceram especialmente receptivos. Por exemplo, em um agrupamento na Etiópia, muitos estudantes de nível médio passaram pela seqüência dos cursos, resultando em mais de 400 declarações. Os pais, os professores e os estudantes universitários, só para citar alguns, demonstraram grande interesse pelos Ensinamentos da Fé. O coordenador de um agrupamento em Austin, Texas, Estados Unidos, destacou que: “Não encontramos grupo algum que não fosse receptivo.” E, naturalmente, os crentes continuaram a trabalhar para derrubar as barreiras existentes em sua sociedade através do ensinamento bahá’í de que devemos “demonstrar uma atenção e carinho sem reservas à diversidade de

origens étnicas e raciais, reconhecendo a energia que tal diversidade confere ao todo”. Nepal, por exemplo, tem sido vítima do flagelo de um sistema de castas, mas nos grupos dos círculos de estudo pessoas de diferentes classes sociais sentam-se lado a lado e estudam juntas os livros dos cursos do instituto. Um círculo de estudos no Reino Unido, tinha como participantes membros das seguintes nacionalidades: austríaca, inglesa, alemã, hindu, escocesa, queniana e russa, das seguintes origens religiosas: católica, protestante, cristã ortodoxa, hindu, bahá’í e ateísta.

Mantendo o Foco Com tanta atividade, um dos principais e contínuos desafios tem sido manter o foco. A Casa de Justiça identificou o foco como uma importante orientação aprendida no Plano: Esta habilidade, adquirida lentamente através de sucessivos Planos, representa um dos mais valiosos acervos, duramente conquistados através de disciplina, comprometimento e antevisão à medida que os amigos e suas instituições aprenderam a perseguir o objetivo único de fazer avançar o processo de entrada em tropas.35

As instituições e as agências aprenderam, através dos anos, inúmeras lições valiosas sobre como manter os amigos focalizados sobre as tarefas à sua frente. Um importante elemento no aprendizado para manter o foco foi o papel exercido pelo encorajamento. Nesse sentido, foram inspirados pelas palavras de 9 de janeiro de 2001 da Casa Universal de Justiça: “Em todas as áreas de serviço os amigos precisam de estímulo contínuo.... Quando a capacitação e o estímulo são efetivos, uma cultura de crescimento é nutrida.”36 Os membros de Corpo Auxiliar


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS e as Assembléias Espirituais Locais, bem como os coordenadores de instituto e os membros dos Comitês de Ensino de Área, fizeram contatos diretos com as pessoas para ajudá-las a entenderem e serem estimuladas a se envolverem nos processos do Plano. Estímulo para continuarem até o final da seqüência dos cursos, levarem à ação os componentes práticos dos cursos, fazendo também com que pensassem em novas formas de compartilhar a Mensagem de Bahá’u’lláh com outras pessoas – tais ações foram a chave dos sucessos alcançados nos agrupamentos avançados. Os facilitadores aprenderam que os participantes em seus círculos de estudo mais facilmente se integravam nos atos de serviço quando eram acompanhados desde o início para estabelecerem as atividades centrais. As Festas de Dezenove Dias, as reuniões de reflexão, as oficinas de treinamento e recapitulação de facilitadores e de professores de aulas para crianças, bem como as escolas de verão e inverno, foram todas utilizadas como reforço adicional a este encorajamento e foco de ação. Um exemplo excelente do uso de reuniões para esta finalidade ocorreu nos Estados Unidos, quando o Conselho Bahá’í Regional promoveu uma conferência de capacitação para representantes de agrupamentos “B” para ajudá-los a se focalizarem no que seria necessário para alcançarem a classificação “A” para seus agrupamentos, bem como para estimulá-los a trabalharem para conseguirem tal objetivo. Analisando os resultados desses esforços no final do Plano de Cinco Anos, a Assembléia Espiritual Nacional das Ilhas Seychelles descreveu as realizações de sua comunidade da seguinte forma: Os amigos estão começando a entender porque devem intensificar suas atividades, porque precisam

manter o foco e ao mesmo tempo serem igualmente objetivos e sistemáticos em seus planejamentos. O papel das várias agências em operação num agrupamento está se tornando cada vez mais claro à medida que pequenos erros são ignorados e uma atitude de aprendizado é adotada. Desenvolvimentos marcantes foram observados na forma como as reuniões de reflexão eram feitas e na eficácia de como informações importantes são compartilhadas com os participantes. Ao todo, tanto as agências nacionais, bem como os amigos em geral, estão gradualmente assumindo suas responsabilidades.

“nem todas as atividades têm a mesma importância em um determinado estágio do crescimento, …algumas precisam, necessariamente, ter precedência sobre outras.”

Estabelecendo Prioridades Estabelecer prioridades provou ser imprescindível. Por exemplo, muitas comunidades inexperientes foram orientadas a focalizar-se em fazer apenas uma das atividades centrais antes de iniciar outras. As comunidades aprenderam que grandes campanhas de ensino absorvem muitos recursos e trarão poucos resultados se o volume necessário de recursos humanos não existirem para consolidar os ganhos inicialmente obtidos. Nos primeiros anos do Plano de Cinco anos, as Assembléias Espirituais Nacionais identificaram agrupamentos “prioritários”, isto é, aqueles com maior potencial de estabelecerem firmemente o processo de instituto e crescerem rapidamente. A esses agrupamentos foram dadas atenções especiais para a alocação de recursos, sabedores de que, com a criação de comunidades fortes e crescentes, novos crentes podiam ser gerados e capacitados, os quais, por sua vez, ajudariam no processo de instituto e no trabalho de expansão e consolidação em outros agrupamentos. Determinar prioridades muitas vezes significa que atividades importantes, 47


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados mas que podem desviar o foco da atenção do impulso principal do Plano, deviam ser postas de lado, ou adiadas, compreendendo-se que “nem todas as atividades têm a mesma importância em um determinado estágio do crescimento, e que algumas precisam, necessariamente, ter precedência sobre outras”37. No decorrer do Plano, com o crescimento dos recursos humanos, aumentou também o número de agrupamentos prioritários. O entendimento da necessidade de estabelecer prioridades foi sendo aos poucos confirmado ao nível dos agrupamentos e também pelos crentes individuais. Na Ucrânia, membros de grupos de ensino atuavam dentro de apertada disponibilidade de tempo. Como um membro mencionou: Quando nos reunimos pela primeira vez, compreendemos ser pouco o tempo de que dispúnhamos. Se fôssemos dedicar nosso tempo em reuniões de nosso grupo de ensino, não haveria tempo para ensinar. O que pensam que fizemos? Reunimonos às 9 horas da noite!

Esses amigos deram-se conta que se estivessem bem focados no que lhes era prioritário durante suas reuniões, elas não demorariam muito. Uma palestra com finalidades de inspiração feita por um membro de Corpo Auxiliar em uma reunião de reflexão na Colômbia, teve como foco os serviços à Causa e o dever de “colocar Bahá’u’lláh no centro de

nossas vidas”. A palestra ajudou os amigos a “estabelecerem prioridades em suas vidas e terem um melhor entendimento da relação íntima entre ser e fazer”.

!!! A “vitalidade bem fortalecida” 38 demonstrada pelas comunidades bahá’ís nos últimos anos reflete a integração dos vários elementos associados com a estrutura de ação do Plano de Cinco Anos. Começou com as mudanças que ocorreram na vida dos crentes, particularmente devido à influência do processo de instituto. As atividades centrais atuaram não somente como portais para que um número bem maior de almas pudesse ter contato com a comunidade do Máximo Nome; elas também enriqueceram o caráter espiritual das comunidades bahá’ís. O foco que o Plano exigia ajudou os crentes a manterem uma visão comum e fortaleceu sua unidade através das ações. Todos esses desenvolvimentos contribuíram para as transformações que estão ocorrendo e que foram descritas pela Casa de Justiça nas seguintes palavras:

!

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À medida que as bases espirituais da comunidade são... fortalecidas, o nível do discurso coletivo é elevado, as relações sociais entre os amigos assumem um novo significado e um senso de propósito comum inspira seus relacionamentos.39


AS INSTITUIÇÕES

E

m sua mensagem de 27 de dezembro de 2005, a Casa Universal de Justiça afirmou que “nenhuma das realizações do indivíduo ou da comunidade pode ser mantida sem a guia, o encorajamento e o apoio do terceiro participante do Plano – as instituições da Fé”40. A Casa de Justiça posteriormente observou que: “É gratificante ver o quanto as instituições estão promovendo a iniciativa individual, canalizando as energias para o campo de ensino, enfatizando o valor da ação sistemática, fomentando a vida espiritual da comunidade e cultivando um ambiente acolhedor.”41 Tais capacidades institucionais que contribuem para o processo de crescimento sistemático foram demonstradas em todos os níveis – nacional, regional e nos agrupamentos – è medida que as instituições e as agências ganharam novas experiências e alcançaram novos discernimentos. Ao promover a iniciativa individual, um dos meios mais eficazes provou ser o “encorajamento contínuo”. Muitos membros de instituições rapidamente aprenderam que uma dimensão crítica

para o encorajamento era manter-se ombro a ombro com o restante dos crentes cujas energias desejavam canalizar. Em muitos exemplos, a força dinâmica do exemplo pessoal foi demonstrada através de seu comprometimento em concluir a seqüência dos cursos e, trabalhando com seus companheiros bahá’ís, participar das atividades centrais. As instituições também promoveram o processo de crescimento mobilizando os recursos ao seu dispor, baseando suas decisões sobre o estudo freqüente das guias do Centro Mundial relacionadas ao Plano de Cinco Anos. Muitas Assembléias Espirituais Locais começaram a utilizar as oportunidades das Festas de Dezenove Dias para promoverem a participação dos amigos nos cursos de instituto e nas reuniões de reflexão do agrupamento. A Assembléia Espiritual Local da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, enviou cartas individualizadas para aqueles que haviam completado os primeiros cursos da seqüência. A Assembléia Espiritual Local de Dallas, Texas, nos Estados Unidos, realizou No agrupamento Nur, Congo, toda uma família estuda as guias da Casa Universal de Justiça para o Plano de Cinco Anos.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

As instituições comprovaram o enriquecimento da vitalidade espiritual de suas comunidades como resultado do impulso gerado pelo processo de instituto.

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duas reuniões especiais com aqueles que haviam completado o estudo dos Livros 1, 2, 3 e 6 do Instituto Ruhí, estimulando-os a realizarem os atos de serviço sobre os quais haviam sido treinados com o estudo daqueles 4 livros. As Assembléias Espirituais Nacionais e os Conselhos Bahá’ís Regionais também começaram a usar diferentes meios disponíveis a eles, como cartas circulares aos crentes, cartas noticiosas, e apresentações nas Convenções Nacionais e em outras grandes reuniões, para inspirar e motivar os amigos a se envolverem no trabalho do Plano. Através desses inúmeros meios, as instituições foram adquirindo experiência e aumentando a confiança em como canalizar as energias e os talentos dos crentes, especialmente no de todo importante trabalho de ensino. Aproveitando o que haviam aprendido durante os dois Planos anteriores sobre o valor da ação sistemática, as instituições da Fé ajudaram suas comunidades a manterem o foco sobre as “prioridades sabiamente estabelecidas”42. Reexaminando os enfoques administrativos, muitas comunidades nacionais começaram a adotar um processo de reflexão à luz das realidades e das exigências decorrentes da promoção de uma cultura de crescimento. Em diversos casos, o número de comitês nacionais foi radicalmente reduzido para assegurar que os processos de crescimento recebessem a devida prioridade e que o maior número possível de crentes fosse liberado para concentrarem-se no trabalho de ensino. As Assembléias Espirituais Nacionais do Quênia e da Alemanha foram exemplos notáveis de Assembléias que tomaram tais decisões. Este enfoque também repercutiu a nível local. A Assembléia Espiritual Local de Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, decidiu reconfigurar a designação de comitês para liberar tantos bahá’ís, quanto lhe fosse possível, para se envolverem no

processo de instituto e nas atividades centrais. Os orçamentos também foram revistos quando as comunidades começaram a considerar seus gastos sob uma nova ótica. Um exemplo de uma instituição cujas prioridades foram definidas pelo Plano de Cinco Anos foi a Assembléia Espiritual Local de Charlotte, Carolina do Norte, Estados Unidos. O primeiro item de sua agenda em todas as suas reuniões era: “Como pode a Assembléia ajudar na consecução das metas do agrupamento?” Em muitos casos, as necessidades do Plano também exigiam maior descentralização. Por exemplo, em 2002, a Assembléia Espiritual Nacional do Reino Unido, analisou detidamente suas prioridades e, através de uma reorganização e consolidação operacional, reduziu o staff de seu Escritório Nacional para liberar fundos para seus órgãos regionais. Isso, então, possibilitou à Assembléia apoiar, pela primeira vez, o trabalho de um coordenador regional de instituto a tempo integral. A criação desta função, por sua vez, permitiu que maior atenção pudesse ser dada diretamente aos agrupamentos, com o coordenador agora capaz de dar uma atenção sistemática ao desenvolvimento dos coordenadores a nível de agrupamentos, assegurando que o processo de instituto fosse vigorosamente promovido naquele nível. Em outro exemplo, a Assembléia Espiritual Nacional da Austrália devolveu as responsabilidades de seu Comitê Nacional de Educação de Crianças aos Conselhos Bahá’ís Regionais, tendo constatado haver suficiente capacidade naquele nível para levar avante o trabalho vital da educação de crianças. As instituições comprovaram o enriquecimento da vitalidade espiritual de suas comunidades como resultado do impulso gerado pelo processo de instituto. O que provou ser um dos meios mais eficazes para a promoção do senso de vitalidade, comprome-


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS timento e unidade de propósito entre os crentes foram as reuniões de reflexão. Essas reuniões, quando bem organizadas com antecedência pelas instituições e agências atuando no agrupamento, traziam alegria aos corações dos amigos e os inspiravam a realizar maiores atos de serviço. As Assembléias Espirituais Locais estimularam os amigos a participarem dessas reuniões e através da participação de seus próprios membros foram capazes de aproveitar bem o elevado entusiasmo e o comprometimento dos amigos. Outros meios para promover um ambiente criativo foram as visitas aos lares. Relatórios indicam que especialmente as Assembléias Espirituais Locais acharam ser esse enfoque imensamente útil para o estabelecimento de um caloroso relacionamento entre os membros da comunidade. De fato, algumas Assembléias, como a de Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos, enviaram seus membros para realizar visitas aos lares a todos os membros de sua comunidade. A vitalidade espiritual da comunidade foi também fortalecida pelas instituições através de sua crescente utilização dos serviços da juventude, tendo os jovens adicionado um espírito especial e exemplar com sua presença nas atividades. Mesmo aqueles com idades que não lhes possibilitam votar em eleições bahá’ís foram da mesma forma estimulados e convidados pelas instituições para participarem em diferentes atividades, demonstrando sempre responsabilidade no serviço. Por exemplo, jovens foram apoiados por Assembléias Espirituais Locais como as de Costa Rica, Nepal e Nicarágua a se levantarem para dar aulas bahá’ís às crianças. Os jovens serviram como professores, enquanto que as Assembléias colocaram à disposição deles os recursos e materiais necessários para trabalharem. E, naturalmente, as Assem-

bléias e outras agências se beneficiaram com o aumento ocorrido em suas atividades. Um dos resultados satisfatórios da nova energia gerada foi a expansão numérica de participantes nas atividades centrais, com os crentes alcançando crescente reconhecimento da importância dessas atividades da Causa. Os desafios naturais decorrentes do entendimento do conceito de novas fronteiras geográficas (os agrupamentos) estão criando um ambiente fortalecedor para que o sempre crescente corpo de indivíduos trabalhe junto e em perfeita união no caminho do serviço a Bahá’u’lláh. A administração deste novo elemento da comunidade exige que ele seja considerado como um novo e inseparável integrante da vida comunitária. As instituições começaram a pensar de uma forma bem objetiva para entender melhor as necessidades e motivações relacionadas a esses recém integrados e novos amigos, procurando fazê-los sentirem-se à vontade dentro do ambiente bahá’í. As Assembléias Espirituais Locais, em particular, começaram também a trabalhar lado a lado com as agências em operação nos agrupamentos, identificando, dando as boas-vindas e nutrindo os buscadores na Fé, e em assim fazendo adquiriram um elevado grau de consciência sobre o “ambiente produtivo de crescimento”43 que devem criar. Em alguns casos, aqueles que não eram ainda bahá’ís declarados participavam das reuniões de reflexão e ofereciam seu apoio e participação na promoção da Causa. As Assembléias começaram a aprender a aceitar calorosamente e utilizar aqueles oferecimentos de serviço. As instituições também viram que muitos deles, ao conhecerem os elementos práticos dos cursos – a expressão natural do aprendizado e dos discernimentos que surgem do estudo dos materiais do instituto – e embora ainda não oficialmente bahá’ís, gosta51


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados riam de atuar como facilitadores, professores de aulas para crianças e préjovens e como anfitriões de reuniões devocionais em seus lares, geralmente com a cooperação e participação dos bahá’ís.

Agências em Operação nos Agrupamentos

Grupo no agrupamento Murun, Mongólia, planejando seu primeiro ciclo do programa intensivo de crescimento.

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Durante o Plano de Quatro Anos, as Assembléias Espirituais Nacionais estabeleceram institutos de capacitação com grupos coordenadores a fim de criarem uma estrutura sistemática para o levantamento de recursos humanos. No primeiro Plano de Cinco Anos tornou-se necessário aumentar a efetividade dos institutos de capacitação com sistemas administrativos adicionais ao nível de agrupamento. Os institutos de capacitação começaram a designar coordenadores de instituto de agrupamento, que trabalhavam sob a supervisão de um coordenador regional ou nacional, para atuar junto às raízes da comunidade. O serviço dessas pessoas provou ser vital para a criação da dinâmica necessária ao processo de instituto. Os coordenadores de instituto nos agrupamentos cuidavam para que os recursos humanos fossem sistematicamente levantados e capacitados, assegurando que houvesse sempre um processo contínuo de aprendizado para

melhorar a qualidade da capacitação e a forma pela qual tal capacitação fosse expressada em ação. Com o crescimento do número de crentes, muitos institutos de capacitação sentiram a necessidade de designar outros coordenadores adicionais para um agrupamento, normalmente para cuidarem de cada uma das linhas de ação relacionadas com o desenvolvimento de recursos humanos. Por exemplo, ao final do Plano, o agrupamento urbano de Austin, Texas, Estados Unidos, tinha quatro coordenadores, um para aulas de crianças, outro para as atividades com pré-jovens, e dois para os círculos de estudo, porque com mais de 750 crentes era impossível para uma única pessoa realizar todo o trabalho necessário. Em um agrupamento com uma das mais numerosas populações bahá’ís, em Battambang, Camboja, com mais de 5.600 crentes, haviam coordenadores para círculos de estudo, grupos de pré-jovens e para aulas de crianças, durante o último ano do Plano de Cinco Anos. Haviam também ajudantes de coordenadores designados para diferentes segmentos do agrupamento. Crescentemente, onde o alcance e a complexidade do trabalho exigia, os coordenadores de instituto ofereciam seus serviços a tempo integral. Ao final do Plano, ficou claro que esses dedicados servidores foram um valioso componente do processo de instituto, dos quais muito dependeu o sucesso alcançado no Plano. Uma vez estabelecido num agrupamento um florescente processo de instituto de capacitação, esforços combinados de ensino naturalmente começaram a progredir e dar frutos, com o que cresceu também a necessidade de sistematicamente fortalecer e coordenar o trabalho de ensino. As Assembléias Espirituais Nacionais ou os Conselhos Bahá’ís Regionais, começaram a designar uma nova instituição para agrupamentos avançados que foi


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Reuniões de Reflexão Trazem Alegria à Índia Rural

O

agrupamento Bihar Sharif no Nordeste da Índia é típico das áreas rurais daquele vasto subcontinente. As estradas são primitivas e o terreno exige muitas rotas cheias de curvas para viagens mesmo de curtas distâncias. Mas os quilômetros de caminhada para os amigos poderem participar de uma reunião de reflexão não detinham os bahá’ís; de fato, eles mostravam-se sempre ansiosos para ir, e levavam com eles seus contatos mais interessados pela Fé. Anos antes, a área de Bihar Sharif havia tido um rápido crescimento através das atividades de ensino em massa, mas depois o trabalho da Fé caiu até que no último ano do Plano de Quatro Anos, quando se iniciou o processo de instituto e tirou a comunidade de sua dormência, houve uma renovação das atividades e restabelecido seu vigor. Muito do sucesso no agrupamento pode ser atribuído às reuniões de reflexão, as quais reuniam os amigos para se engajarem no processo de instituto e nas atividades centrais. A primeira reunião de reflexão foi realizada em 2001 com a presença de apenas alguns poucos amigos de três ou quatro comunidades, mas em 2004 a média de presenças era de mais de 100 pessoas, representando 16 comunidades. As reuniões de reflexão, que se estendiam pelo dia inteiro, eram realizadas em rodízio, cobrindo todas as áreas do agrupamento, cada uma sendo a anfitriã quando chegava o seu turno. Cada comunidade anfitriã preparava uma atmosfera festiva e a parte social para todos os participantes. A presença de tantos visitantes na cidade ou vila gerava uma verdadeira agitação entre os outros moradores, curiosos e atentos, os quais observavam o que acontecia e alguns até participavam da reunião, a qual incluía também o estudo das guias do Plano de Cinco Anos, relatos de experiências, relatórios especiais, apresentações artísticas e atividades das crianças. Havia consultas bem participativas durante as quais os desafios eram discutidos e sugestões apresentadas para superá-los. Observar todas essas bem planejadas e alegres atividades, despertava o interesse nos visitantes, os quais freqüentemente eram atraídos às atividades centrais e que, por fim, declaravam-se bahá’ís.

Um aspecto marcante dessas reuniões, em uma área onde as mulheres e crianças normalmente não se destacavam em público, foi sua ativa participação em todos os aspectos da reunião, incluindo falar e dar sugestões. Um dos presentes relatou o seguinte sobre a apresentação de pré-jovens a uma audiência de cerca de 300 pessoas: Uma das coisas que jamais esquecerei sobre aquela reunião foi quando três pré-jovens foram solicitados a subir ao palco e usar o microfone para compartilhar seus sentimentos sobre a participação dos pré-jovens no programa, participação essa que havia sido aprovada já há um mês. Todos ficaram deslumbrados quando aqueles jovens, demonstrando muita confiança, falaram à uma platéia tão grande, relatando suas experiências, onde tradicionalmente os jovens nessa idade são muito acanhados e incapazes de falar diante de um grande público.

Essas reuniões no agrupamento ajudaram a comunidade a seguir avante e expandir-se mais sistematicamente, cuja experiência, por sua vez, aprimorou o funcionamento das instituições em operação no agrupamento. Um crente veterano deu seu parecer sobre a eficácia das reuniões de reflexão: As reuniões de reflexão deixaram todos os participantes muito emocionados, fazendo com que todos nós alcançássemos um nível bem maior de compreensão sobre as necessidades a serem providas e como realizá-las. A interação regular que acontece nessas reuniões assegura que nossos esforços sejam baseados sobre os recursos humanos existentes e que este enfoque levou ao caminho certo para o sucesso alcançado. O que trouxe maior entusiasmo a todos foi o fato de que, quando temos de enfrentar alguns desafios, os mesmos são efetivamente tratados na reunião, onde invariavelmente surgem as soluções para resolvê-los em definitivo, enquanto que, antes, costumávamos depender dos outros para superar os desafios que eram nossos.

Um resultando tangível dessas reuniões é que o número de vilas no agrupamento que tinham atividades centrais em ação efetiva cresceu de 3 para 20 no Ridván de 2006.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Amigos revisando suas metas em uma reunião do agrupamento Kinshasa, Congo.

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anunciada oficialmente na mensagem de 9 de janeiro de 2001 – o Comitê de Ensino de Área. Este novo órgão assumiu a responsabilidade de criação e promoção de planos de ensino para o agrupamento, assegurando a multiplicação das reuniões devocionais, estimulando as visitas aos lares, mantendo atualizados os dados estatísticos, entre outros deveres. Tendo em vista o vasto propósito e alcance de suas funções, em agrupamentos mais avançados, os secretários dos Comitês de Ensino de Área – freqüentemente designados como facilitadores de desenvolvimento do agrupamento – começaram a realizar seu trabalho em tempo parcial e algumas vezes a tempo integral. Assim como os institutos de capacitação precisaram de coordenadores adicionais dentro de um agrupamento, devido ao aumento das tarefas a realizar, assim também os Comitês de Ensino de Área, em algumas comuni-

dades com rápido crescimento, viram ser necessário designar pessoas para representar o órgão e ajudar no trabalho dentro das localidades integrantes do agrupamento, normalmente para ampliar as atividades do comitê a nível de bairros e vizinhanças. Inúmeros Comitês de Ensino de Área tentaram diferentes enfoques para ampliar seu trabalho de administração do ensino em áreas maiores, com muitos crentes. Por exemplo, em Costa Rica, um representante foi designado para cada 20 localidades em um agrupamento. Esses colaboradores foram treinados e orientados a entender bem a visão do Plano e então voltarem às suas localidades para promoverem esta visão nas Festas de Dezenove Dias. Foram também solicitados a identificar pessoas que pudessem servir em grupos de ensino e também deviam estimular os amigos a comparecerem às reuniões de reflexão do agrupamento. Esquemas


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS similares foram implementados em agrupamentos no Quênia e na Índia. Na Mongólia, “grupos de família” foram identificados pelos Comitês de Ensino de Área, os quais os ajudaram a promover as atividades de ensino. Este enfoque tornou mais fácil o trabalho dentro dos agrupamentos com grande número de crentes, dividindo a comunidade em grupos menores, já que a Mongólia é um país onde as comunicações e os transportes são bem limitados. O significativo alcance de um Comitê de Ensino de Área não pode, naturalmente, ser levado a efeito de forma eficaz sem a estreita colaboração dos coordenadores de instituto no agrupamento e dos membros de Corpo Auxiliar. Muito foi aprendido sobre a forma pela qual essas agências colaboram em conjunto e, ao final do Plano, em todos os 296 agrupamentos com programas intensivos de crescimento, essas entidades se concentravam diretamente nas tarefas de planejamento e implementação. Trabalhando juntas, essas agências asseguravam que os resultados fossem imediatamente consolidados, o aprendizado sistematicamente alcançado, com os ajustamentos apropriados rapidamente feitos e incluídos nos planos para os ciclos subseqüentes. Um exemplo dos frutos da colaboração dessas entidades é dado no seguinte sumário feito pela Assembléia Espiritual Nacional de Camarões no Ridván de 2006: Considerando o número de recursos humanos que deviam ser capacitados para promover essas atividades (isto é, 903 pessoas que haviam completado o estudo do Livro 1, existindo 200 facilitadores e 403 professores de aulas para crianças), o maior desafio dos coordenadores, como também de outras instituições em operação nos agrupamentos, era a mobilização e o

estímulo desses recursos para se levantarem e tomarem iniciativas próprias. Foi observado que nos agrupamentos onde as instituições colaboraram na organização e na realização das reuniões de reflexão do agrupamento, um número maior de recursos humanos foi levantado para tomarem iniciativas próprias. Um extraordinário espírito de colaboração foi testemunhado nos agrupamentos Garoua-Boulaï/ Ndokayo e Batouri/Kette. Os comitês de coordenação dos agrupamentos, em colaboração com os coordenadores de instituto (círculos de estudo e aulas para crianças) realizaram várias campanhas de instituto de uma semana em inúmeras vilas... onde os facilitadores precisavam começar os círculos de estudo. As campanhas foram apoiadas financeiramente quanto ao alimento e a acomodação pelos participantes e pelas Assembléias Locais anfitriãs, que demonstraram que mais e mais os amigos estão alcançando maior entendimento sobre o andamento das atividades da Fé.

O significativo alcance de um Comitê de Ensino de Área não pode, naturalmente, ser levado a efeito de forma eficaz sem a estreita colaboração dos coordenadores de instituto no agrupamento e dos membros de Corpo Auxiliar.

Comentando sobre a florescente colaboração dos membros de Corpo Auxiliar, dos coordenadores de instituto e dos Comitês de Ensino de Área junto às raízes da comunidade, a Casa de Justiça afirmou: Enquanto esses vários componentes são estabelecidos em agrupamentos após agrupamentos, ainda assim existe muito a se aprender sobre os funcionamentos que cada qual irá desenvolver e sobre os relacionamentos entre eles. O que importa é que o grau atual de flexibilidade, o qual permite a criação de novos instrumentos assim que se tornem necessários, não seja comprometido para que o esquema da coordenação represente uma resposta para a demanda do próprio crescimento.44

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Membros de Corpo Auxiliar e seus Ajudantes

“Os membros de Corpo Auxiliar trabalham em ambas as frentes para assegurar que os dois movimentos que caracterizam o processo de crescimento se desenvolvam livremente.”

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Um fator essencial no impressionante avanço do processo de instituto de capacitação foi a ativa colaboração dos membros de Corpo Auxiliar com os Grupos Coordenadores de Instituto a nível nacional e regional, e também com os coordenadores de agrupamento a nível local. Onde foi designado um Comitê de Ensino de Área, os membros de Corpo Auxiliar também trabalharam lado a lado com os membros desse novo órgão. Os membros de Corpo Auxiliar não somente se reuniam com os coordenadores de agrupamentos e com os Comitês de Ensino de Área, compartilhando de orientações baseadas quase sempre em anos de experiência trabalhando nos agrupamentos, eles também os apoiavam em seu trabalho chamando em sua ajuda o exército de seus ajudantes. De fato, os membros de Corpo Auxiliar no mundo inteiro têm orientado seus ajudantes a se posicionarem sempre na vanguarda dos crentes completando a seqüência dos cursos e então servindo como facilitadores. Durante o Plano de Cinco Anos, os membros de Corpo Auxiliar inspiraram os amigos a passarem por toda a seqüência dos cursos, seja através de apelos gerais, ou trabalhando diretamente com os crentes, em especial com aqueles que demonstravam maior potencial, estimulando a todos para completarem a seqüência dos cursos – o primeiro movimento essencial do Plano. Os membros de Corpo Auxiliar não estavam intimamente envolvidos nas reuniões nas quais os agrupamentos desenvolviam seus planos, mas participavam com os amigos em sua realização, desta forma promovendo o segundo movimento do Plano – o progresso dos agrupamentos para alcançarem o estágio seguinte de desenvolvimento. Assim é que “os membros

de Corpo Auxiliar trabalham em ambas as frentes para assegurar que os dois movimentos que caracterizam o processo de crescimento se desenvolvam livremente”45. Trabalhando em estreita colaboração com os Conselheiros, os membros de Corpo Auxiliar puderam também prover aos amigos uma visão mais ampla, necessária para manter concentrada a atenção sobre as tarefas imediatamente à frente e, ao mesmo tempo, infundindo em todas as atividades o espírito da Fé.

Assembléias Espirituais Locais A Casa Universal de Justiça referiuse em sua mensagem de 27 de dezembro de 2005 a duas grandes categorias de Assembléias Espirituais Locais e indicou que ambas progrediram durante o Plano de Cinco Anos. As Assembléias mais fracas começaram gradualmente a assumir suas responsabilidades ao aprenderem “a coordenar atividades específicas do Plano”. As Assembléias há muito estabelecidas, por outro lado, começaram a mostrar “sinais de uma força adicional à medida que adotaram uma visão de crescimento sistemático”46. Em muitos agrupamentos do mundo ambos os tipos de Assembléias Locais conviveram lado a lado. Aquelas Assembléias que tinham um grau limitado ou baixo de funcionamento se beneficiaram do aprendizado que seus membros receberam através do processo de instituto. À medida que o número de crentes ativos e capacitados aumentava em uma localidade, aumentava também o número de pessoas capacitadas que podiam servir eficazmente nas instituições locais. E com os membros das Assembléias tornando-se mais comprometidos com a Fé e mais conhecedores de seus ensinamentos através de sua participação na seqüência dos cursos, a qualidade da consulta melhorou


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Casas Bahá’ís de Adoração

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correram muitos desenvolvimentos significativos associados com as Casas Bahá’ís de Adoração durante o Plano de Cinco Anos. As seguintes são algumas dessas notáveis realizações: • Austrália – Contando com o sacrifício de generosas contribuições dos membros da comunidade bahá’í australiana, a Assembléia Espiritual Nacional conseguiu adquirir duas grandes áreas de terra com mais de 4 hectares adjacentes ao Mashriqu’l-Adhkár. Essas aquisições, juntamente com a recentemente concluída estrada de novo acesso à Casa de Adoração, abriu caminho para um desenvolvimento adicional desta área em anos futuros. • Chile – Um projeto arquitetônico foi aprovado para a primeira Casa Bahá’í de Adoração da América do Sul, a última das Casas de Adoração continentais. O Templo, projeto do arquiteto canadense Siamak Hariri, será construído em Santiago, no Chile. O arrojado projeto de vidro e alabastro já foi designado como o “Templo de Luz” e foi fruto de reportagens e artigos em proeminentes revistas de arquitetura. Sua arquitetura singular gerou também entusiasmo e o apoio do governo do Chile para o projeto do Templo. • Alemanha – Importante trabalho de renovação foi feito na Casa de Adoração em Langenhain para evitar danos de vazamento de água no subsolo, fazer alguns reparos e melhorar as fundações e a aparência do ambulatório e escadarias em volta do edifício. naturalmente e foi alcançada uma visão mais ampla de como a Assembléia podia contribuir para o processo de crescimento. Os crentes tornaram-se mais preparados para assumir crescentes responsabilidades para a eleição de suas Assembléias, as quais, uma vez formadas, puderam assumir um maior domínio dos assuntos da Causa do que até então possuíam. Uma avaliação do progresso alcançado em cerca de 50 agrupa-

A concepção da arquitetura da Casa de Adoração a ser construída em Santiago, Chile. • Índia – Um novo centro de informações e atendimento a visitantes foi inaugurado em 2003 na Casa Bahá’í de Adoração em Nova Delhi. Em adição a uma galeria com exposições sobre a Fé, o local conta com um auditório para 400 pessoas, e dois outros, menores. • Samoa – Renovações e melhorias foram feitas na Casa de Adoração de Samoa e em sua área externa, em preparação para a comemoração do cinqüentenário do estabelecimento da Fé naquele país, evento ocorrido em 2004. • Estados Unidos – O Templo-Mãe do Ocidente, em Wilmette, Illinois, passou por importantes renovações. Uma delas foi a construção, durante esse período, de uma piscina iluminada junto à entrada principal do Templo, a qual, embora parte do projeto original do arquiteto, Louis Bourgeois, nunca fora construída. Planos arquitetônicos para um centro de recepção a visitantes na área da Casa de Adoração foram apresentados em 2006.

mentos avançados, feita em meados do Plano pelo Centro Internacional de Ensino, demonstrou que, nas comunidades bahá’ís onde tradicionalmente a capacidade administrativa das instituições locais era fraca, uma significativa porcentagem de Assembléias Locais começou a funcionar relativamente bem. Por exemplo, 6 de 10 Assembléias Locais no Agrupamento Efate, em Vanuatu, e 7 das 8 Assembléias na área de Bangui, na República 57


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Centro-Africana, mostraram sinais de melhoria em seu funcionamento. Isso ficou evidente pela qualidade das consultas e pela habilidade das Assembléias de harmonizarem seus assuntos com as metas do Plano de Cinco Anos. A Assembléia Espiritual Nacional das Ilhas do Havaí relatou que: Quando as Assembléias Espirituais Locais e seus membros se envolvem entusiasticamente no processo de instituto, mudanças sensacionais começam a acontecer. Suas festas tornam-se mais animadas e participativas; membros da comunidade começam a dedicar mais tempo à Fé, e há uma mudança marcante na vida

Alcançando o Público em Geral através de Livros Bahá’ís

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s livros bahá’ís foram pela primeira vez acessíveis durante os últimos anos do ministério de Bahá’u’lláh quando Seus Escritos foram publicados na Índia. Desde então, a maior parte da distribuição da literatura bahá’í tem acontecido dentro da própria comunidade bahá’í. Disponibilidade da literatura bahá’í ao público externo através de livrarias ocorreu somente em casos raros devido à dificuldade de introduzir títulos bahá’ís na indústria e na comercialização de livros. A comunidade dos Estados Unidos está agora desenvolvendo esforços bem determinados para colocar títulos bahá’ís no mercado livreiro através de uma rede de livrarias, com livros especificamente dirigidos a leitores não-bahá’ís e trabalhando de forma paciente, mas sistemática, com aquela indústria. Para fazer isso, teve de adotar um enfoque diferente para a publicação e comercialização dos livros bahá’ís. Primeiro, uma nova marca editorial foi criada: BAHÁ’Í PUBLISHING. Edições dos Textos Sagrados e outras literaturas bahá’ís padrões, como Bahá’u’lláh e a Nova Era, foram então reimpressas em formatos atualizados voltados a um público em geral. Novas

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comunitária, do estilo congregacional de atividades, cuja tendência é reunirse sempre em torno de uma sede bahá’í, para um sentido muito mais abrangente de ações, com atividades se espalhando pelas várias áreas de um determinado distrito.

Ecoando os mesmos sentimentos, o coordenador de instituto do Agrupamento Bihar Sharif, na Índia, comentou sobre o efeito do processo de instituto em geral, e das reuniões de reflexão em particular, sobre as Assembléias Espirituais Locais: Essas reuniões têm sido responsáveis por grandes transformações. As

publicações incluem referências de auxílio aos leitores como glossários, notas, sugestões de outras leituras e novas introduções. Ainda mais, inúmeros novos títulos foram especificamente escritos para o público em geral. Esses esforços estão começando a dar frutos. Os livros escritos para leitores não-bahá’ís foram bem recebidos por analistas externos. Os seguintes são apenas alguns exemplos: • “Lights of the Spirit (Luzes do Espírito) é uma importante primeira chave para o atual desenvolA escritora Gwendolyn Etter-Lewis conversa com uma pessoa interessada durante a recepção para autógrafo de seu livro: “Lights of the Spirit”.

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS atividades se tornaram mais sistemáticas e melhor organizadas.... Observamos algo muito interessante: reuniões de reflexão regulares e bem organizadas inicialmente resultaram em um aumento constante no nível da iniciativa individual. Porém, posteriormente, descobrimos que, mesmo que esses exemplos de iniciativas individuais permanecessem e de fato aumentassem, a participação nas reuniões de reflexão dava aos crentes uma maior “consciência comunitária”, motivando-os a trabalharem em grupos de uma forma mais efetiva. Esses desenvolvimentos contribuíram muito para a qualidade das atividades de ensino, que estão atraindo o envol-

vimento entusiasmado e confiante de um número crescente de crentes. Tal espírito comunitário está também contribuindo para o fortalecimento das Assembléias Espirituais Locais.

Tão consistente foi o impacto positivo e profundo da participação nos cursos do instituto sobre o funcionamento das Assembléias Espirituais Locais que, em muitas áreas, esforços especiais foram feitos pelas agências em operação nos agrupamentos para estimular e ajudar os membros das Assembléias e os ajudantes dos membros de Corpo Auxiliar a estarem na vanguarda daqueles que completaram a seqüência

vimento de conscientização de uma ética religiosa e a necessidade fundamental da igualdade racial... uma excelente contribuição de leitura altamente valiosa e recomendada a estudantes de religião, sociologia e a todos os que vivem e buscam a igualdade racial.” (Midwest Book Review sobre Lights of the Spirit) • “Cederquist descreve a vida de Bahá’u’lláh de forma bem franca mas como uma obra dramática e com talento para evocar o ambiente existente na Pérsia no século dezenove e os costumes e cultura otomanos.” (Library Journal sobre The Story of Bahá’u’lláh) • “...o enfoque abrangente de Bowers é equilibrado por uma fácil leitura que torna o livro tanto acessível como informativo, uma bem-vinda apresentação da Fé de cerca de seis milhões de pessoas no mundo inteiro.” (Publishers Weekly sobre God Speaks Again) A comercialização de títulos bahá’ís incluiu lançamentos com autógrafos dos autores e palestras em livrarias em todo o país. Um livreiro independente conhecido nacionalmente escreveu que: “Nós sempre achamos os autores bahá’ís cativantes e informativos, sua presteza em compartilhar seus conhecimentos com nossos clientes visitantes resultaram sempre em

eventos bem-sucedidos, tanto para a livraria como para a comunidade.” As vendas cresceram de forma dramática. Durante o período de 18 meses, desde janeiro de 2004 até junho de 2005, aproximadamente 13.000 livros foram vendidos através do mercado externo de livros. Porém, no período de julho de 2005 a julho de 2006, cerca de 32.000 exemplares foram vendidos – representando 77% de aumento em apenas uma terça parte de tempo. Existe um número crescente de ocorrências que destacam o sucesso desses esforços. Por exemplo, um comprador em uma livraria, que teve a oportunidade de ouvir uma palestra de um autor bahá’í, começou a participar de um círculo de estudos e acabou aceitando a Fé. Na Califórnia, uma senhora leu alguns livros bahá’ís que comprara em uma livraria e então contatou a comunidade bahá’í para que pudesse ter contato com seus “companheiros bahá’ís”. A atenção dada pela Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos a uma bem ampla distribuição de livros bahá’ís e à publicação de novos títulos visando o público em geral, reforça a orientação de “voltarmo-nos para o mundo externo” que a comunidade bahá’í se esforçou por demonstrar durante o Plano de Cinco Anos. É um esforço que traz mais e mais pessoas da sociedade em geral mais próximas da Revelação de Bahá’u’lláh.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

A Casa de Justiça convocou as Assembléias Espirituais Locais a manterem “uma visão do tamanho potencial de futuras comunidades”.

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dos cursos. Lugares onde tais esforços foram realizados incluem países tão diversos como o Brasil, Malawi e Vanuatu. Relatórios provindos de várias partes do mundo indicam que muitas Assembléias tornaram-se mais unidas e suas reuniões mais inspiradoras e produtivas do que antes. O impacto da imersão sistemática na Palavra de Deus, engendrando habilidades e percepções espirituais, pôde ser sentido da forma mais variada e do jeito mais prático no trabalho das Assembléias Espirituais. O sucesso do processo de instituto em levantar novas Assembléias Espirituais Locais pôde também ser observado em muitos lugares, como no agrupamento Tiriki Ocidental, no Quênia. Ao final do Plano, aquele agrupamento rural, com muitos crentes analfabetos e com diferentes idiomas falados pelos membros da comunidade, contava com 42 Assembléias Locais – todas as localidades tinham sua própria Assembléia Local. Além disso, à medida que as antigamente fracas Assembléias demonstravam que podiam assumir suas responsabilidades, os Comitês de Ensino de Área puderam lhes passar determinadas tarefas do agrupamento. Por exemplo, quando os Comitês de Ensino de Área em Malawi e na Malásia perceberam que uma miríade de atividades de seus agrupamentos estavam além de sua capacidade de monitoramento, pediram às Assembléias para assumirem a responsabilidade pela multiplicação e apoio às reuniões devocionais. Esse foco proporcionou às inexperientes Assembléias a oportunidade de praticar habilidades administrativas com sucesso garantido. Aquelas Assembléias Espirituais Locais que já tinham um histórico de administrarem os assuntos de suas comunidades adquiriram “um novo estado mental”47 sobre suas funções, como um resultado dos processos e mudanças colocados em ação pelo Plano de Cinco Anos. Um primeiro passo

altamente importante que muitas deram foi o estudo intensivo das guias da Casa de Justiça, algumas vezes se reunindo em fins de semana para poderem ter bastante tempo para adquirir um entendimento profundo de novos conceitos. Muitas Assembléias precisaram de “um período de ajustes”48 para identificar como iriam trabalhar com a agência do instituto de capacitação e mais tarde com o Comitê de Ensino de Área. Nos agrupamentos com apenas uma Assembléia Local, como o da cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, era natural que o Comitê de Ensino de Área e o coordenador de instituto no agrupamento trabalhassem estreitamente com a Assembléia. Outro exemplo de uma boa colaboração entre a Assembléia Local e as agências em operação nos agrupamentos ocorreu no agrupamento urbano de Joanesburgo, África do Sul. Muitos agrupamentos, porém, são formados por inúmeras localidades com várias Assembléias. Em muitos casos, as agências em operação nos agrupamentos estão aprendendo a colaborar com as Assembléias Locais, e desta forma aumentando a habilidade das Assembléias em apoiar as atividades do Plano, e estimulando-as a tomar suas próprias iniciativas para reforçar os planos do agrupamento em suas localidades. Com a multiplicação dos esforços de ensino e das atividades centrais, a capacidade das instituições também foi sendo fortalecida por um número crescente de recursos humanos à sua disposição. Os crentes, antigos e novos, foram se tornando mais cooperadores e capacitados para os serviços da Causa à medida que sua fé e confiança tornaram-se mais fortes através do processo de instituto. Ao tentar aproveitar essa florescente energia, bem como estimular os crentes a iniciarem atividades, as Assembléias Espirituais Locais freqüentemente procuraram provi-


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS denciar apoio prático. Em Kuala Lumpur, Malásia, por exemplo, com o crescimento do número de reuniões devocionais nos lares, a Assembléia Local forneceu fitas cassetes com músicas bahá’ís e livretos com seleções temáticas dos Escritos para serem usados nas reuniões. A Assembléia Local de Katong, Cingapura, alugou uma casa onde as reuniões devocionais da comunidade podiam ser realizadas regularmente. Além disso, em áreas onde ainda não haviam Comitês de Ensino de Área, as Assembléias Locais algumas vezes tomaram a iniciativa de organizar campanhas de ensino baseadas no processo de instituto. Por exemplo, no Brasil, a Assembléia Espiritual Local de Canoas organizou uma campanha de ensino sistemática com base em textos do Livro 6, mobilizando com sucesso os amigos em sua área, resultando em 38 declarações e 600 novas pessoas participando das atividades centrais. A Casa de Justiça convocou as Assembléias Espirituais Locais a manterem “uma visão do tamanho potencial de futuras comunidades”49. Em um número crescente de agrupamentos com apenas uma Assembléia e com um grande número de crentes, as cidades foram divididas em setores para um melhor planejamento do trabalho de ensino. Essa setorização “provou ser crucial no planejamento para o crescimento sustentado” 50. Muitas comunidades começaram a realizar diversas Festas de Dezenove Dias, em cada uma dessas áreas menores. Em muitos casos, a descentralização das

Festas de Dezenove Dias estimulou uma maior e melhor participação, e algumas vezes criou uma conscientização maior das áreas vizinhas. Em Cali, Colômbia, os crentes, em todos os setores, estabeleceram metas durante a fase de expansão de seus ciclos de atividade e suas festas setorizadas tornaram-se um fórum para consultas sobre o progresso de seus planos. A Casa de Justiça indicou que os setores proporcionam a mesma facilidade para uma Assembléia Local que a estrutura do agrupamento oferece a uma Assembléia Nacional: “Não há nada que impeça uma Assembléia Local de estimular um enfoque sistemático de crescimento nesses setores, conforme linhas de ação semelhantes usadas em outras partes com os agrupamentos.”51

!!! Ao referir-se às instituições da Causa, a Casa Universal de Justiça indicou que a “entrada em tropas atuará sobre elas na mesma proporção com que elas atuem sobre esse processo”52. O firme desenvolvimento das instituições e sua crescente maturidade e evolução durante o Plano de Cinco Anos já aconteceu de acordo com a afirmativa acima. Ainda assim, com o processo de crescimento ganhando cada vez mais ímpeto, existe toda uma expectativa de que o aprendizado vai se intensificar e uma maior percepção e experiência serão geradas, lançando luz sobre como as instituições vão “administrar os assuntos de comunidades cujos membros crescerão a milhares”53.

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PROGRAMAS INTENSIVOS DE CRESCIMENTO

T

odas as atividades descritas nas seções anteriores, que representam esforços graduais, porém sistemáticos, que impulsionam os “dois movimentos complementares de reforço”54 do Plano de Cinco Anos, conduzem ao estágio no qual o crescimento num agrupamento pode ocorrer numa taxa acelerada e sustentável. A Casa Universal de Justiça descreveu este processo em sua carta de 27 de dezembro de 2005: O empenho sustentado, por parte do indivíduo, comunidade e instituições para acelerar o processo de instituto num agrupamento, ao mesmo tempo em que contribui para sua marcha de um estágio de desenvolvimento para outro, através de meios comprovados, culmina no lançamento de um programa intensivo de crescimento.55

Um bahá’í explica as metas do próximo ciclo de crescimento no agrupamento em Puno, Perú.

Ao longo dos meados do Plano, foram iniciados os primeiros programas intensivos de crescimento. Durante os dois anos seguintes, uma serie de agrupamentos adiantados, em todo o mundo, lançaram programas semelhantes, elevando o número a 296 no

Ridván de 2006, uma das maiores realizações do Plano de Cinco Anos. A Casa de Justiça escreveu que estes agrupamentos de vanguarda têm servido como modelos a seguir e emular. As comunidades abaixo examinadas representam algumas daquelas que estavam na vanguarda deste processo, e assim forneceram a melhor imagem do que pode se obter por meio de “atenção concentrada e sustentada”56 aos dois movimentos essenciais do Plano. Ao introduzir o conceito de programas intensivos de crescimento, na sua mensagem de 9 de janeiro de 2001 à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros, a Casa de Justiça declarou que o propósito era “assegurar que a Revelação de Bahá’u’lláh chegasse às massas da humanidade e as habilitasse a alcançar progresso espiritual e material por meio da aplicação dos Ensinamentos”57. A Casa de Justiça descreveu o programa intensivo de crescimento como “direto, simples e eficaz”58. Eles consistem de “ciclos de atividade, em geral de três meses de duração cada, que prosseguem conforme as distintas fases de expansão, consolidação, reflexão e planejamento”59. Os ciclos seguem um ao outro, cada um apresentando aperfeiçoamento em relação aos ciclos anteriores, bem como novos desafios. O lançamento de um programa intensivo de crescimento, por agrupamento, é uma ocasião digna de comemoração, pois marca a conclusão de anos de dedicado esforço a fim de canalizar os recursos necessários para realizar um empreendimento como esse. Seu início depende das seguintes condições: Um elevado nível de entusiasmo entre um grupo considerável de crentes devotados e capazes, que compreendam os pré-requisitos de um crescimento sustentável e assumam o

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AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

programa; alguma experiência básica, por parte de algumas comunidades no agrupamento, em realizar aulas de educação espiritual para crianças, reuniões devocionais, e Festas de Dezenove Dias; a existência de um grau razoável de capacidade administrativa em pelo menos algumas Assembléias Espirituais Locais; o envolvimento ativo de vários assistentes do membro de Corpo Auxiliar na promoção da vida comunitária; um marcante espírito de colaboração entre várias instituições que trabalham na área; e acima de tudo, a forte presença do instituto de treinamento com um plano de coordenação que apóie a multiplicação sistemática dos círculos de estudo.60

Quando estas condições estão, finalmente, presentes, as atividades associadas com um programa intensivo de crescimento requerem “um nível de aplicação que testa a determinação dos amigos”61. Nos agrupamentos, as dinâmicas mudam à medida que os crentes se

esforçam na direção do estágio de implementar um programa intensivo de crescimento. Por exemplo, a comunidade de Londres, Reino Unido, conseguia reunir somente um punhado de amigos, em qualquer ocasião, para as campanhas de ensino, apenas poucos anos antes de lançar seu programa intensivo de crescimento, em 2005. Porém, no seu primeiro ciclo, 155 amigos participaram na campanha intensiva de ensino, uma evidência do trabalho de base que precedeu o lançamento. Londres começou seu programa de crescimento, como uma comunidade bem diferente da que fora a apenas poucos anos antes. Considerando que, anteriormente, sua capacidade de crescimento era limitada, em 2005, a comunidade de Londres tinha uma orientação visível e uma elevada disposição de ânimo. Da mesma maneira, os membros de Corpo Auxiliar do agrupamento Auckland, Nova Zelândia, relataram uma evidente sensação de vibração, nova vida, e crescimento durante o período, levan-

Amigos em Nova Iorque, celebrando o avanço de seu agrupamento para o estágio “A” de desenvolvimento.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Amigos no agrupamento da Grande Londres consultando planos para o próximo ciclo do seu programa intensivo de crescimento.

do ao lançamento do seu programa intensivo de crescimento, como resultado do envolvimento dos amigos no processo de instituto. Por meio de campanhas intensivas de instituto, a meta de 50 pessoas concluindo a seqüência de cursos foi alcançada e superada na data de comemoração da Declaração do Báb, em 2004. Também, durante o mês anterior ao lançamento do seu programa intensivo de crescimento, uma campanha bem planejada e sistemática de visitas aos lares foi conduzida em alguns setores desse agrupamento, a qual criou entusiasmo para o ensino intensivo durante a fase de expansão. A fim de ilustrar programas intensivos de crescimento com maiores detalhes, serão consideradas as seguintes amostras representativas de cada continente: • Auckland, Nova Zelândia: um agrupamento urbano com 7 Assembléias Espirituais Locais e cerca de 1.200 crentes no Ridván de 2006. No primeiro ano do seu programa intensivo de crescimento, registraram-se 17 novos crentes. Durante seu segundo ciclo, o número de convidados participantes nas atividades centrais cresceu de cerca de 100 para 190. E em menos de dois anos, o número dos que haviam concluído o Livro 7 do Instituto Ruhí cresceu de 51 para 86.

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• Austin, Texas, Estados Unidos: um agrupamento predominantemente urbano, com 9 Assembléias Espirituais Locais funcionando. No Ridván de 2006, havia cerca de 750 crentes, 80 dos quais haviam concluído o Livro 7 e cerca de 300, o Livro 1. Durante o primeiro ano do programa intensivo de crescimento, 50 pessoas abraçaram a Fé, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Durante esse ano, quase dobrou o número de amigos envolvidos nas campanhas de ensino, aumentando de 65, no início do segundo ciclo, para 123, no começo do quinto ciclo. • Battambang, Camboja: um agrupamento predominantemente rural, com 6 Assembléias Espirituais Locais. Quando se iniciou o Plano de Cinco Anos, o agrupamento tinha cerca de 1.700 crentes. No Ridván de 2006, havia cerca de 5.700 (2,3% da população total). Em 2003, 41 pessoas haviam concluído o Livro 7. No final do Plano, o número tinha subido para 385. Nos últimos seis meses do Plano, a média de participantes de um ciclo do programa de crescimento era 362 (em média, 61 tutores, 66 professores de aulas para crianças, 50 animadores de préjovens, e 42 membros de times de consolidação). • Londres, Reino Unido: uma grande área metropolitana, com 29 Assembléias Espirituais Locais e 945 adultos e jovens, dos quais cerca de 50% envolvidos no processo de instituto. Durante o primeiro ciclo do seu programa intensivo de crescimento, foram realizadas 101 visitas aos lares e 47 convidados começaram a participar de círculos de estudo. Nos últimos 18 meses do Plano, o número de aulas para crianças, nos bairros, subiu de 1 para 21; e o


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS número de times de pré-jovens foi de zero para 3. O número de círculos de estudo aumentou de 7 para 34; e 34 indivíduos aceitaram a Fé. No final do Plano, cerca de 90 pessoas haviam concluído a série de cursos. • Mulanje, Malawi: uma área rural com 21 Assembléias Espirituais Locais e 1.265 crentes jovens e adultos. Ao fim do Plano, mais de 1.000 desses amigos haviam concluído o Livro 1, e 213, o Livro 7. Uma rápida expansão das atividades centrais ocorreu em menos de dois anos. Por exemplo, o número de aulas para crianças cresceu de 20 para 59 entre novembro de 2004 e janeiro de 2006. • Murun, Mongólia: um agrupamento semi-rural com centro na cidade de Murun, com 4 localidades possuindo Assembléias Espirituais Locais. A população bahá’í cresceu de 476 na ocasião do lançamento do programa intensivo de crescimento em julho de 2004, para cerca de 2.000 no Ridván de 2006 (4% da população total), dos quais, mais de 900 haviam concluído o Livro 1, e 190 o Livro 7. Durante os últimos sete meses do Plano de Cinco Anos, o número de interessados participando das atividades centrais cresceu de 177 para mais de 400. • Norte de Bolívar, Colômbia: uma área de pequenas cidades e áreas rurais com 21 Assembléias Espirituais Locais em vários níveis de funcionamento. No início de seu programa intensivo de crescimento em fevereiro de 2005, haviam cerca de 3.600 bahá’ís no agrupamento. Este número subiu para 4.150 (1,5% da população total) no Ridván de 2006. Nessa ocasião, havia aproximadamente 800 crianças, jovens e adultos da comunidade geral parti-

Membros de um grupo de ensino em Austin, Texas, com três bahá’ís. cipando de pelo menos uma das atividades centrais. • Thiruvannamalai (T. V. Malai), Índia: uma área de vilarejos rurais com 24 Assembléias Espirituais Locais. No Ridván de 2006, a população bahá’í era de 6.300, o que representava um aumento de 1.300 desde o lançamento de seu programa intensivo de crescimento. Em média, 360 indivíduos abraçaram a Fé durante cada ciclo do seu programa de crescimento. Ao fim do Plano, cerca de 3.000 pessoas estavam envolvidas no processo de instituto. Mais de 1.700 amigos atendiam aproximadamente 300 reuniões devocionais no agrupamento. • Tiriki Ocidental, Quênia: uma área rural com 42 Assembléias Espirituais Locais, das quais 38 funcionavam plenamente. Ao fim do Plano, havia cerca de 2.500 crentes, dos quais mais de 860 haviam concluído o Livro 1, e 100 o Livro 7. Cerca de 1.100 atendiam às reuniões devocionais no agrupamento e 734 crianças participavam das aulas para crianças. Mais de 1.225 convidados, incluindo crianças e pré-jovens, atendiam a pelo menos uma das atividades centrais. Houve 288 novas declarações entre o primeiro ciclo do programa de crescimento, em janeiro de 2005 e o Ridván de 2006. 65


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

PROJETO BADÍ: Formando Servos da Causa entre Estudantes Colegiais e Universitários

O

Instituto Bahá’í MAGDALENE CARNEY, servindo vários estados da região sul dos Estados Unidos, reconheceu a necessidade de dar assistência aos jovens para se tornarem instrutores permanentes da Fé e servos da humanidade por meio do processo de instituto. Como não se aproveitavam as oportunidades, então existentes, de praticar os conceitos que eles aprendiam, o Projeto Badí foi introduzido na Flórida, em 2003.

Pré-jovens participantes do Projeto Badí, tutoriando crianças da vizinhança num círculo de leitura. O projeto agrupa jovens na faixa etária dos 15 aos 23 anos que tenham completado os três primeiros livros da série de cursos. Num período de três semanas, em julho, durante as férias de verão, os jovens que ainda não haviam concluído a seqüência, têm uma oportunidade de participar dos cursos seguintes, e aqueles que concluíram toda a série são treinados em “liderança moral”. Todos os participantes recebem aprofundamento suplementar e a oportunidade de aprimorar suas habilidades em ensino, como parte do projeto. O coração do projeto é serviço. Após a primeira semana, os participantes são enviados a agrupamentos prioritários, na região, onde colaboram com as atividades do instituto. Oferecem-se, também, para instruir as crianças na leitura. Os círculos de leitura do Projeto Badí se concentram nas crianças dos bairros onde a população é receptiva – principalmente afroamericanos e imigrantes. Os jovens sentam com seus alunos, à sombra de uma árvore na casa dos estudantes, e transmitem suas lições utilizando tanto

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materiais instrutivos bahá’ís, como os da escola do distrito. Surgem, naturalmente, elos de amizade entre os jovens e as famílias que eles ajudam, criando oportunidades de convidar as famílias para representações teatrais semanais do Projeto Badí, que incluem marionetes, atos cômicos, cantos e danças a fim de introduzir temas extraídos dos ensinamentos da Fé. Os círculos de leitura têm se tornado um meio eficaz de convidar famílias não-bahá’ís para participarem de outras atividades bahá’ís, em especial, aulas para crianças e pré-jovens. Durante os 3 primeiros anos do projeto, o número de participantes dobrou para 40, dos quais 8 participaram todos os 3 anos. O número de crianças e pré-jovens educadas na leitura subiu para 140. No curso de 2005, os jovens também começaram a alcançar as famílias das crianças contatadas durante os ciclos dos programas intensivos de crescimento, dando aulas bahá’ís para crianças em suas casas e reinforçando os esforços nos agrupamentos. Foi estimado que mais de 400 crianças, jovens e adultos foram alcançados pelo projeto em 2005. As atividades dos jovens resultaram em um considerável número de adesões à Fé. Especialmente notável é a transformação que se passa nos jovens que participam, a maioria dos quais iniciam significantes atos de serviço ao retornarem a seus lares. Os jovens que residem nas áreas do projeto continuam a trabalhar, sistematicamente, com as famílias assistidas pelo projeto, ao longo do ano, em coordenação com os Comitês de Ensino de Área. A maioria dos jovens segue como anfitriões de fire-sides e reuniões devocionais para seus amigos, formam grupos de pré-jovens, ensinam crianças, e facilitam círculos de estudo. Os elos de amizade, criados durante o projeto, se prolongam, muito além de um verão, conforme os jovens trocam experiências e encorajam uns aos outros. Um participante escreveu: “Palavras não podem descrever a alegria, a confirmação e a chama de amor inflamada no meu coração por causa deste projeto. Ser contemplado com esta oportunidade de servir a Bahá’u’lláh e à humanidade é a maior bênção.”


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS A Fase de Expansão Um ciclo do programa intensivo de crescimento começa com uma fase de expansão, durando geralmente duas ou três semanas, durante as quais há um período intensivo de atividades de ensino. Especificamente, seu objetivo é “ampliar o círculo dos interessados pela Fé, encontrar almas receptivas, e ensina-las”62. A forma de expansão nos agrupamentos, no entanto, se desenvolve de várias maneiras. A Casa de Justiça explica que a maioria dos agrupamentos se enquadra em dois padrões distintos, e que estes geralmente “definem a natureza da fase de consolidação”63: Nos lugares onde a população tem demonstrado, tradicionalmente, um alto nível de receptividade à Fé, espera-se uma rápida afluência de novos crentes... Em outros agrupamentos, pode não haver muitas declarações durante a fase de expansão, especialmente nos primeiros ciclos, e a meta é aumentar o número dos que querem participar das atividades centrais.64

Em ambos os tipos de agrupamento, antes de iniciar a fase de expansão, há consulta e planejamento entre os membros de Corpo Auxiliar, coordenadores do agrupamento e o Comitê de Ensino de Área. Então, é apresentado um amplo esboço do plano na reunião de reflexão do agrupamento durante a qual os participantes formulam ações específicas e determinam metas a serem alcançadas. Da mesma maneira, o ciclo termina com uma reunião de reflexão a fim de analisar o que foi feito, tirar lições dos últimos três meses e considerar quais passos precisam ser dados para aperfeiçoar as fases de expansão e consolidação no ciclo seguinte. Se os agrupamentos refletem o primeiro ou o segundo padrão de cresci-

Um grupo de ensino em ação em Porto Rico.

mento, o que determina a fase de expansão de um programa intensivo de crescimento de outros períodos de tempo no ano, é a intensidade dos esforços de ensino, quando os indivíduos bahá’ís ou os grupos de ensino concentram sua atenção diária em atrair almas à Fé. Os recursos espirituais da comunidade são direcionados, de uma forma concentrada, em encontrar almas receptivas. Durante o tempo designado para a campanha de ensino, mesmo aqueles que não participam diretamente, oram para o sucesso do trabalho que está sendo feito e oferecem outras formas de ajuda. Em algumas comunidades, como a do Norte de Bolívar, na Colômbia, os amigos freqüentemente conseguem dispensa do trabalho ou da escola, deixam de lado suas atividades diárias durante a fase de expansão a fim de dedicar todo o seu tempo para o ensino. Para aqueles que não têm a possibilidade de conseguir tanto tempo disponível como gostariam para dedicar ao ensino, existe ainda a consciência da necessidade de ensinar através de suas atividades normais de vida. O ensino, na verdade, torna-se a “paixão dominante”65 de suas vidas. Os amigos em Londres, Reino Unido, descobriram que seu desejo de participar do período intensivo de ensino lhes impulsionava fortemente a serem mais ousados e não deixarem passar nenhuma oportunidade que tivessem para compartilhar a 67


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados alinhados com a capacidade adquirida através do estudo dos cursos do instituto, mais compensadores serão os resultados.66

Crentes em Metro Manila, Filipinas, identificando recursos humanos em seu agrupamento.

Mensagem com terceiros. No andamento desse processo conseguiram inumeráveis confirmações que lhes deu ainda mais coragem para continuarem ensinando. Outro aspecto chave da fase de expansão, não importando o padrão da forma de recebimento de novas declarações, é que as atividades de ensino decorrem das práticas dos cursos do instituto. Embora essa fase possa incluir algum elemento de proclamação, não deve ser vista como um tempo para promover alguns eventos com esta finalidade que meramente informam sobre a Fé. A experiência recomenda que quanto mais direto é o enfoque do ensino, e quando os métodos estão

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Por exemplo, quando os grupos de ensino em T. V. Malai, Índia, promovem reuniões nos bairros e vizinhanças, eles não estão realizando apenas reuniões introdutórias da Fé. Mais ainda, empregam métodos aprendidos nos cursos do instituto sobre como atrair as pessoas para as reuniões, tais como, apresentando a Fé em conversações, ou compartilhando os ensinamentos durante uma visita a um lar de amigos, de parentes, de vizinhos e de companheiros de trabalho. Os crentes aplicam o que aprenderam com relação aos temas que apresentam e como introduzí-los em suas reuniões de ensino em seus bairros e vizinhanças. Em numerosos casos, os amigos relatam que a qualidade de seu ensino e a forma de compartilhar a Mensagem Bahá’í melhoraram extraordinariamente desde os anos anteriores. Em agrupamentos onde a meta era aumentar o número de participantes nas atividades centrais, os crentes começaram a perceber que seus amigos e vizinhos normalmente exigiam um ensino e uma consolidação sem pressa, sendo necessária muita paciência, a fim de melhor orientá-los a como aceitarem a Fé. Em Auckland, Nova Zelândia, por exemplo, mesmo com o seu quinto ciclo de programa de crescimento tendo alcançado um resultado dramático no aumento do número de participantes nas atividades de ensino (170), seu sucesso foi melhor confirmado pela atração de 42 buscadores para as atividades centrais. Um elemento importante da fase de expansão em muitos dos programas intensivos de crescimento foi a mobilização dos grupos de ensino. Embora o ensino individual continue a ser o fator principal do trabalho de expansão, os grupos de ensino têm demonstrado os frutos que podem ser colhidos


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS

Grupos de Ensino se Fortalecem com o Poder Decorrente do Trabalho em Grupo

Q

uanto mais e mais relatos das atividades de grupos de ensino em programas intensivos de crescimento são registrados, mais evidente se torna quão mais eficaz se tornam os instrutores capacitados ao trabalharem juntos, lado a lado, uns com os outros. A seguinte história de um grupo de ensino em Burkina Faso ilustra bem como o ensino pode tornar-se audacioso quando realizado em grupo: Ser parte de um grupo dá à pessoa coragem para fazer o que jamais faria sozinha. Durante o segundo ciclo de ensino em nosso agrupamento, quando nos encontramos pela primeira vez, chegamos à conclusão que havíamos exaurido nosso círculo social e por isso decidimos criar um novo. Um casal de nosso grupo escolheu um grupo de jovens com os quais se encontrava todas as noites para um chá, num local próximo de sua casa. Resultou que seis dos jovens ficaram muito sensibilizados e felizes em participar de um fire-side e de uma reunião devocional, atividades mantidas na casa do casal. Aos poucos, surgiu a idéia de um círculo de estudos, o que logo aconteceu com dois dos jovens, os quais participam regularmente.

Aprendendo a trabalhar juntos, os grupos descobriram que podiam aumentar o âmbito de suas atividades ao juntarem as forças que cada um, individualmente, trazia para o grupo como um todo. O relato seguinte sobre o aumento da capacidade de um grupo vem da Austrália: Nosso grupo desenvolveu suas experiências iniciais no ensino através dos contatos feitos por telefone com pessoas interessadas que ligavam para o número que tínhamos na lista telefônica da comunidade de Brisbane e que queiram informações sobre a Fé.

através de uma ação coletiva. Freqüentemente, os grupos trabalham em pares ou em pequenos números, e durante toda a fase de expansão eles se reúnem regularmente para consultar sobre o progresso de seus esforços individuais ou coletivos. Os membros dos grupos oram juntos,

Desde então, temos usado todos os ciclos de crescimento para aumentar o âmbito e a profundidade de nosso trabalho, utilizando não somente as habilidades que adquirimos através dos cursos do instituto, mas também de nossos próprios interesses e temperamentos. No primeiro ciclo, começamos reuniões devocionais com o grupo que estudava o Livro 1 (do qual uma pessoa aceitou a Fé). No segundo ciclo, começamos outro círculo de estudos do Livro 1 (com dois participantes se declarando). No terceiro ciclo, estaremos começando o estudo do Livro 1 com um terceiro grupo, bem como atividades com pré-jovens e iniciaremos o estudo do Livro 4 com aqueles dos dois grupos iniciais que não se declararam bahá’ís, membros de nossa comunidade de interesse. Entendemos também o potencial de força e interesse dos outros participantes. Vimos, por exemplo, que um de nós era excelente em fazer contatos e conseguir de imediato a aceitação dos contatos em participarem em alguma de nossas atividades centrais. Outro membro gostava de atuar na consolidação e no estímulo a relacionamentos entre as pessoas. Um terceiro membro adorava levar nosso grupo a novas áreas de ação dentro do agrupamento. Nosso grupo, agora, distribui sua agenda de trabalho entre os vários integrantes, dando a cada um a tarefa que mais gosta de fazer, realizando-a contente e feliz.

Um integrante de um grupo de ensino na Irlanda expressou de uma forma tocante a importância do trabalho em grupo: O que aprendi é sobre o poder existente num grupo. O processo utilizado por um grupo realmente sistematiza o trabalho de ensino. Houve ocasiões em que minha energia estava realmente esgotada e eu me sentia desencorajado, mas através do processo de leitura dos Escritos Sagrados e reflexão conjunta do grupo minha energia foi renovada.

trocam informações sobre suas experiências, estudam para aprenderem mais e fazem as práticas recomendadas nos cursos de instituto, atraindo, com tudo isso, confirmações para seus esforços. Talvez alguns dos mais bem organizados grupos de ensino sejam os exis69


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Uma reunião devocional em Kawangare, Congo.

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tentes em Tiriki Ocidental, um agrupamento no Quênia. Após aprenderem pela experiência que nem todos os grupos, ou alguns de seus integrantes, não eram igualmente ativos, eles começaram a formar grupos que refletissem um equilíbrio entre ativos e menos ativos. Cada grupo de cinco ou seis membros tinha um líder designado que respondia às agências e instituições em operação no agrupamento. Também, cada grupo contava com pelo menos um membro que havia concluído o Livro 7, portanto qualificado para atuar como facilitador. Contava igualmente com um membro qualificado para dar aulas às crianças e outros que se mostravam até ansiosos para ensinar, após terem concluído alguns dos livros do instituto. Ajuda muito também se um dos integrantes do grupo tem experiência em apresentar a Fé a buscadores. Esses grupos eram, então, capazes de atender de forma integral a todas as necessidades apresentadas por aqueles aos quais ensinavam, com isso atraindo muitas pessoas à Fé. Em Londres, num agrupamento bem diferente do estilo de ação de Tiriki Ocidental, os amigos aprenderam que seria benéfico assegurar que os membros dos grupos de ensino vivessem bem próximos uns dos outros e que cada grupo tivesse um membro que havia completado toda a seqüência dos cursos. Tanto em Londres como em

Tiriki Ocidental, os grupos de ensino, no início, consistiam de um grande número de participantes, mas depois descobriram que grupos menores oferecem a oportunidade de praticamente todos se engajarem diretamente nos contatos de ensino. Ao final do Plano, a formação de muitos dos grupos da média dos nove agrupamentos experimentais era feita com base na área onde os membros viviam. Eles se reuniam e combinavam juntos as atividades a realizar em seu próprio bairro ou em vizinhanças próximas. A extensão do serviço dos grupos também variava. Em Malawi e na Colômbia, os grupos ficavam juntos apenas por um breve período da fase de expansão intensiva. Mas em outros agrupamentos foi decidido ser importante que continuassem atuando juntos. Os novos crentes e os buscadores em geral se entendiam melhor e com mais confiança com aqueles que os contataram pela primeira vez na fase de expansão e continuavam assim também na fase de consolidação. Ainda mais, trabalhando juntos por um longo período de tempo, os próprios grupos tornavam-se mais sistemáticos e mais motivados. Eles desenvolviam um ritmo de ensino que os fortalecia individualmente e gradualmente levava a maiores resultados. Os métodos de ensino durante a fase de expansão variavam, muitas vezes refletindo a natureza do agrupamento e da experiência de anos anteriores. No Quênia, o ensino é feito em feiras livres e ao longo das estradas, porque a população está bem acostumada com as pessoas falando com elas sobre religião naqueles locais. Em países ocidentais, os fire-sides continuam sendo um método eficaz para ajudar os buscadores em suas buscas espirituais, e geralmente os levam a aceitarem o convite para ingressarem em um círculo de estudos. Durante o primeiro ciclo de seus programas intensivos de cresci-


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS mento, os amigos em Auckland, por exemplo, mantinham 33 reuniões firesides. Visitas aos lares, um enfoque que se tornou amplamente utilizado como prática do Livro 2, provou ser um importante enfoque de ensino na fase de expansão de virtualmente todos os tipos de agrupamento. Na Colômbia e na Mongólia, grupos de ensino visitaram os pais não-bahá’ís das crianças que participavam regularmente das aulas bahá’ís. No Quênia, durante a fase intensiva, os grupos de ensino iam de porta em porta, visitando as famílias em suas próprias vilas. Em Austin, no Texas, a comunidade constatou ser a visita aos lares um meio fácil e bem recebido para contatar as pessoas, porquanto faz parte da cultura da região, visitá-las. Em todos os nove agrupamentos analisados, os crentes inicialmente focalizavam seus esforços de ensino naquelas pessoas com as quais já tinham algum conhecimento. Na Índia, os primeiros a serem ensinados eram os membros da família dos crentes. Na Nova Zelândia, nos Estados Unidos e no Reino Unido, amigos, vizinhos e companheiros de trabalho eram os mais preferidos para o início da fase intensiva de ensino. Altamente compensador e estimulante foram as iniciativas tomadas pelos crentes das Ilhas do Pacífico que viviam na comunidade de Auckland, que se levantaram para ensinar primeiro a seus conterrâneos que viviam em Auckland. Hoje, muitos desses agrupamentos avançados confiam cada vez menos em eventos para atraírem pessoas à Fé, dedicando mais tempo aos contatos diretos com as pessoas. As reuniões devocionais tornaramse um portal vital para novos crentes e foram realizadas em grandes números durante a fase de expansão nesses agrupamentos analisados. Em T. V. Malai, na Índia, quando da conclusão do Plano, durante o sexto ciclo de seu

programa intensivo de crescimento, existiam cerca de 300 reuniões devocionais com a participação de cerca de 800 buscadores, ou seja, 65% do total dos participantes. Os amigos nessa área adoram decorar suas casas com flores e luzes, para a realização dessas reuniões especiais. Algumas das agências dos agrupamentos estão provendo apoio tangível para estimular tais reuniões. Em T. V. Malai, as agências do agrupamento criaram um convite especial para as reuniões devocionais que os bahá’ís anfitriões usam para convidar seus contatos. As agências do agrupamento de Tiriki Ocidental, também provêem convites impressos para ajudar os crentes que realizam reuniões devocionais. Os resultados da fase de expansão em países que têm “tradicionalmente mostrado um elevado grau de receptividade”67 foram substanciais. As pessoas no Camboja estavam sedentas de espiritualidade e prontamente tornaram-se bahá’ís. Durante todo o Plano, Battambang alcançou a cifra de 1.000 novos bahá’ís por ano. A Índia rural foi também um grande celeiro de novos bahá’ís. Um membro de Corpo Auxiliar de T. V. Malai relatou que o agrupamento tinha poucas pessoas envolvidas nas atividades centrais porque muitas delas haviam declarado sua fé em Bahá’u’lláh tão logo dela foram informados. Em tais áreas onde o

Amigos em Murun, Mongólia, avaliando os resultados de suas campanhas de ensino.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados ção, porquanto o ensino continuou ininterrupto “nutrindo o interesse dos buscadores e acompanhando-os em sua busca espiritual até que eles... (eram) confirmados em sua fé”68. Universalmente, os crentes em todos esses agrupamentos avançados aprenderam a confiar no poder da oração e da ajuda divina, especialmente durante a fase de expansão de cada ciclo. Em Austin, os bahá’ís foram estimulados a preparar uma lista com os nomes daqueles pelos quais iriam orar durante todo o ciclo. Os amigos relataram que haviam testemunhado o poder da oração durante esses ciclos, pois surpreendentes oportunidades para compartilharem a Mensagem de Bahá’u’lláh lhes surgiam quase que diariamente.

A Fase de Consolidação Um amigável sorriso dá boasvindas a bahá’ís que faziam campanhas de visita aos lares em Vancouver, Canadá.

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interesse na Fé muitas vezes ultrapassa a mão-de-obra disponível para atender adequadamente às demandas, cálculos atentos tiveram de ser feitos antes do lançamento de um ciclo no programa intensivo de crescimento, previsões, por exemplo, de quantas novas pessoas podiam ser atendidas, e que a campanha de ensino terminasse quando tal número fosse atingido. Os grupos de ensino em Battambang precisavam de apenas um ou dois dias de ensino intensivo no início de cada ciclo para gerar um número suficiente de novos buscadores e declarantes para manter os bahá’ís engajados no trabalho de consolidação pelo tempo restante do ciclo. Em agrupamentos onde a fase de expansão se focou em um crescente número de pessoas interessadas pelas atividades centrais, as declarações ocorriam durante as campanhas de ensino e esses resultados normalmente ultrapassavam o crescimento alcançado no último ano. O crescimento em agrupamentos como os de Auckland, Austin e Londres, foi aumentado e reforçado durante a fase de consolida-

Em áreas que passaram pela experiência de “um rápido influxo de novos crentes”69, o objetivo primário da fase de consolidação era “levar uma boa porcentagem de novos crentes ao processo de instituto, de forma a que um grande potencial de recursos humanos... estivesse disponível em ciclos futuros, para sustentarem o crescimento”70. Em Norte de Bolívar, foi observado que quando os novos participantes do Livro 1 em círculos de estudo tiveram pela primeira vez a visão do tipo de conhecimento que teriam com a seqüência dos cursos, que não era simplesmente um único livro, e se lhes fosse também explicado que iriam receber treinamentos específicos como um elemento prático de cada curso, os participantes demonstravam maior interesse em continuar através da seqüência completa. Essencial aos esforços de consolidação foram os facilitadores. Não somente vital que o número de facilitadores fosse comensurável com o número de buscadores e de novos crentes desejando


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS passar por toda a seqüência dos cursos, mas foi também vital que os facilitadores estivessem comprometidos e nutrindo essas almas até sua confirmação na Fé e elas mesmas trilhando também o caminho do serviço. Alguns dos facilitadores mais eficientes foram aqueles que acompanharam seus participantes desde o início do Livro 1 até o final do Livro 7, trabalhando com eles ombro a ombro em todo o caminho para realizarem os elementos práticos dos cursos. Através deste processo, não somente foi a consolidação feita com maior sucesso, como também os recursos humanos do agrupamento foram aumentados, possibilitando ainda aos amigos, ensinar e consolidar muitos crentes. Em Murun, por exemplo, os novos crentes eram de imediato convidados para participarem dos cursos de instituto e muitos deles já haviam completado o Livro 1 até o término da fase de consolidação. Os coordenadores de instituto em Tiriki Ocidental trabalharam estreitamente com os facilitadores dos círculos de estudo para assegurar a sua continuidade. Eles realizavam isso através de visitas regulares aos círculos de estudo e pedindo aos facilitadores para determinarem as datas de início e

as datas previstas para a duração de cada curso. Relatos de todos os nove agrupamentos analisados indicaram que quando os buscadores ou os novos crentes eram amigos ou parentes dos bahá’ís, havia mais facilidade para apoiar essas almas ao longo de sua jornada espiritual. As visitas aos lares provaram ser um importante elemento de consolidação dos novos crentes e buscadores. Em casos onde as pessoas não podiam participar dos círculos de estudo ou dos cursos centrais, as visitas aos lares eram realizadas para compartilharem temas de aprofundamento e preparar os novos bahá’ís para uma eventual entrada no processo de instituto. Em 2006, em Battambang, foram organizados 42 grupos de visita aos lares, com 184 participantes, para a fase de consolidação. No agrupamento Norte de Bolívar, os grupos de consolidação seguiam imediatamente atrás dos grupos de ensino. Em Mulanje, os grupos de visita aos lares continuaram a interagir com aqueles que haviam sido ensinados sobre a Fé durante o ciclo anterior e os facilitadores os contatavam para estimulá-los a participarem das atividades centrais. Em consulta com o Jovens em Battambang, Cambodia, revendo temas de aprofundamento para a preparação de visitas aos lares dos novos crentes em seu agrupamento.

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O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

Tutores reunidos em um “encontro de tutores” em Murun, Mongólia.

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Comitê de Crescimento de Área, os coordenadores de instituto designaram facilitadores e professores de aulas às crianças para os novos contatos e novos crentes. Por esta razão, os líderes dos grupos de ensino receberam a responsabilidade de manter informações detalhadas sobre aqueles que eram ensinados. Em muitos de outros agrupamentos, a expectativa era que aqueles que inicialmente faziam contatos com um novo crente ou buscador continuasse a nutrir aquela pessoa. Através do acompanhamento feito, 57% dos adultos e jovens recém declarados em Murun entraram em programas do instituto e uma porcentagem similar de crianças e pré-jovens dessas famílias começaram a freqüentar as aulas bahá’ís. Além de ser um importante elemento das fases de expansão e consolidação em uma grande variedade de agrupamentos, as visitas aos lares estão influenciando outros enfoques há muito utilizados para a consolidação comunitária. Por exemplo, em Londres, em vez de convidar o novo crente para uma reunião com a Assembléia Espiritual Local para dar as boas-vindas ao novo bahá’í, foi constatado que esses amigos respondem melhor quando recebem

uma visita em seus lares de representantes da Assembléia. Relatórios do mundo inteiro indicam que buscadores e novos crentes pedem aos visitantes para voltarem a visitá-los. Em inúmeros agrupamentos com programas intensivos de crescimento, os bahá’ís que haviam completado o Livro 2 alegremente uniram-se aos grupos para visitarem os novos crentes. Na fase de consolidação, a atenção das instituições e das agências em um agrupamento interrompiam o ensino intensivo para assegurar que as necessidades espirituais dos novos crentes, dos buscadores e suas famílias fossem melhor atendidas. Isso exigia organização e um registro de informações bem feito para que ninguém fosse esquecido. Os grupos de ensino, apoiados pelos Comitês de Ensino de Área, provaram ser particularmente eficazes na continuidade dos contatos feitos, registrando a natureza das interações e personalizando o enfoque de ensino às pessoas que demonstrassem algum interesse pela Fé. Em agrupamentos que obtiveram apenas um limitado número de declarações durante a fase de expansão, a fase de consolidação foi caracterizada por um foco em ensino sistemático de pessoas participando das atividades centrais e de fire-sides. Na realidade, o ensino pessoal continua através de todo o ciclo de um programa intensivo de crescimento em todos os tipos de agrupamento, mas o foco na fase de consolidação é diferente. Uma das coisas aprendidas em Tiriki Ocidental foi que mesmo que o buscador ou o novo crente possa ter começado a participar das atividades bahá’ís, não significa que não precise de ensinamentos adicionais usando-se temas dos cursos do instituto. Em agrupamentos como os de Londres e Austin, a comprovação real do sucesso da expansão durante o programa intensivo de crescimento veio ao final da fase de consolidação, já que é nessa fase que ocorre a maioria das


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS declarações, após um ensino diligente e sistemático, mais do que nas campanhas de duas semanas de expansão. Mas as atividades intensivas de expansão resultaram em um acervo de buscadores bem maior do que em anos anteriores. Por fim, o crescimento no agrupamento de Londres durante o primeiro ano de seu programa intensivo de crescimento – 30 novos crentes – foi mais do triplo do nível de crescimento durante o ano anterior. Embora o número possa parecer modesto, comparado com aqueles agrupamentos com populações altamente receptivas, de qualquer forma representa uma vitória real para aquela comunidade e despertou a confiança nos crentes da eficácia de seus esforços. A comunidade de Austin, também, teve uma experiência muito animadora, um aumento dramático no número de declarações logo que começou seu

programa intensivo de crescimento, de 10 para 40 novos bahá’ís em um ano. Outra característica desses agrupamentos avançados é que muitas das atividades do Plano de Cinco Anos estavam sendo realizadas predominantemente por jovens e pré-jovens. As instituições descobriram que o processo de instituto era um caminho natural e satisfatório para canalizar a energia e o idealismo dos jovens. Um exemplo brilhante da juventude atuando ativamente junto a outros jovens e aqueles mais jovens que eles, pode ser encontrado em Austin, sede da Universidade do Texas. Os estudantes bahá’ís da universidade desenvolveram uma orientação voltada para a comunidade não-bahá’í e um enfoque sistemático no trabalho do Plano que incluía reuniões devocionais, círculos de estudo e fire-sides no campus universitário.

Uma reunião de reflexão no agrupamento Mulanje, Malawi, é feita à protetora sombra das árvores.

75


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados Uma bahá’í faz um relatório durante a reunião de reflexão no agrupamento da Grande Monrovia, Libéria.

Além disso, organizaram e realizaram aulas de educação bahá’í às crianças carentes de um bairro próximo, mantendo-a ano após ano. Ao final do Plano, esses mesmos jovens universitários foram capacitados a atuarem como animadores de grupos de préjovens, iniciando então atividades com essa faixa etária de moradores. Pré-jovens de Asli fazem uma encenação no Centro Bahá’í do Alto-Camarões, Malásia.

76

Conforme orientado pela Casa de Justiça em sua mensagem de 27 de dezembro de 2005: “Qualquer que seja a natureza do agrupamento, é imperativo que se dê toda a atenção às crianças e aos pré-jovens em todas as partes.”71 Muitos dos agrupamentos avançados possuem aulas bem organizadas para crianças, supervisionadas pelos coordenadores de agrupamentos. As aulas em T. V. Malai são tão numerosas – 115 servindo 952 crianças – que existe um coordenador especial para as classes de aulas, o qual é ajudado em sua função por monitores de aulas para crianças na vila ou nas áreas vizinhas. São realizadas regularmente oficinas de treinamento e de recapitulação para os professores, mas existem reuniões de professores em áreas menores dentro do agrupamento. Em Tiriki Ocidental, o coordenador de aulas para crianças viaja para visitar mais de 100 classes de aula, muitas vezes sem aviso prévio, e além disso realiza reuniões trimestrais com os professores. As Assembléias Espirituais Locais no agrupamento começaram a assumir um


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS papel bem mais amplo na busca de professores e para assegurar a continuidade regular das aulas. Outro sucesso nesse agrupamento tem sido a mobilização daqueles que completaram a capacitação para ensinar às crianças. Ao final do Plano mais de um terço daqueles que foram capacitados estão efetivamente lecionando aulas para as crianças. A comunidade de Battambang começou seus modelos sistemáticos de desenvolvimento antes do Plano de Cinco Anos trabalhando com pequenos grupos de pré-jovens, os quais, através de carinhosa atenção, foram nutridos de forma a se tornarem recursos humanos capazes de ajudar eficazmente no progresso alcançado em seu programa intensivo de crescimento. Em 2006, a quarta onda de pré-jovens havia se engajado no programa. Battambang é um exemplo vívido do enfoque que utiliza as raízes da comunidade para a construção de comunidades, conforme expresso nas seguintes palavras da Casa Universal de Justiça: O que se tornou especialmente aparente durante o presente Plano de Cinco Anos foi a eficácia dos programas educacionais que objetivam o empoderamento espiritual dos préjovens. Quando acompanhados durante três anos através de um programa que aumente sua percepção espiritual e encorajados a adentrar a seqüência básica de cursos do instituto na idade de 15 anos, esses jovens representam um vasto reservatório de energia e talento que pode ser devotado ao progresso da civilização material e espiritual.72

Fase de Reflexão e Planejamento para o Ciclo Seguinte A Casa de Justiça afirmou que: “A chave para o progresso de um programa intensivo de crescimento é a fase

dedicada à reflexão, na qual as lições aprendidas em ação são articuladas e incorporadas nos planos das fases de atividades seguintes.”73 Próximo do fim de cada ciclo de um programa intensivo de crescimento deve ser feita uma análise das fortalezas e carências no agrupamento, em reunião entre os coordenadores de instituto do agrupamento, os membros de Corpo Auxiliar e seus ajudantes e o Comitê de Ensino de Área, agências que atuam no agrupamento. No agrupamento Norte de Bolívar, o Comitê de Ensino de Área reunía-se a cada duas semanas para acompanhar e dirigir o trabalho. Em todos os agrupamentos analisados e aqui mencionados, ao chegar o final da fase de consolidação, as agências em operação no agrupamento completavam a coleta de dados e reuníam-se para analisá-los e planejar o próximo ciclo, com base no estudo das estatísticas do agrupamento e uma avaliação realista das capacidades dos amigos para a continuidade do avanço do agrupamento à sua fase seguinte. As agências no agrupamento também dedicavam grandes esforços para planejar com antecedência todos os aspectos das reuniões de reflexão e sistematicamente promovê-las. Em Austin, foi instalado um serviço telefônico que deixava um recado gravado sobre a próxima reunião de reflexão, que era transmitido a todos os lares bahá’ís. No agrupamento Mulanje, os membros das agências em operação no agrupamento visitavam os crentes pessoalmente, instando-os a participarem. O agrupamento T. V. Malai possuía um ou dois crentes em cada vila designado para divulgar as reuniões de reflexão. Compartilhar o aprendizado e a formulação de planos simples eram então o foco da reunião de reflexão. Uma das características que talvez distinguem os agrupamentos mais avançados daqueles em estágio ainda menor de desenvol77


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados vimento era a qualidade das reuniões de reflexão. Os amigos em Tiriki Ocidental aprenderam que essas reuniões eram mais eficazes quando havia um equilíbrio entre as consultas mais sérias e a alegria gerada com as menções às realizações alcançadas no último ciclo. Os crentes em T. V. Malai também aprenderam a tornar as reuniões mais curtas e mais simples, com menos apresentações e mais tempo para consultas e compartilhamento de experiências. Em muitos desses agrupamentos, as grandes reuniões eram divididas em grupos menores de acordo com as áreas onde os amigos viviam, um enfoque que, além de facilitar as consultas, orientava os crentes a realizarem suas atividades de ensino e consolidação em áreas mais próximas de onde residiam. Mulanje, por exemplo, foi subdividida em três zonas e os amigos consultavam com aqueles participantes da sua mesma zona. As crianças e os pré-jovens traziam um espírito alegre e entusiasmado a essas reuniões, apresentando o que haviam aprendido em suas aulas bahá’ís, normalmente recitando Textos Sagrados e alguma pequena apresentação teatral. As apresentações dos participantes de círculos de estudo davam vida não somente às reuniões de reflexão dos agrupamentos T. V. Malai e em Mulanje, como também em outras partes da África, com seus números de canto e danças tradicionais. Londres inclusive apresentava filmes de curtametragem produzidos para suas reuniões, contendo testemunhos dos integrantes dos grupos de ensino e também de buscadores, como uma forma mais eficiente de trocar experiências e estimular o aprendizado. O coordenador de instituto do agrupamento Norte de Bolívar talvez conseguiu encontrar a chave para o sucesso dessas reuniões em agrupamentos avançados observando serem elas, momentos de celebração das 78

realizações feitas e do fortalecimento alcançado, e nunca reuniões nas quais se levantavam problemas ou se discutissem as razões de eventuais fracassos encontrados, algo que deve ser tratado internamente pelas agências em operação no agrupamento. As reuniões de reflexão não devem desencorajar quem quer que seja, devendo os amigos, ao término das mesmas, delas saírem bem entusiasmados e ansiosos por servir.

Pioneirismo e Viagens de Ensino Pioneiros, tanto de frente interna como os internacionais, exerceram um papel preponderante no estabelecimento de programas intensivos de crescimento. Em sua mensagem de 9 de janeiro de 2001, a Casa Universal de Justiça reiterou a necessidade de pioneiros e de instrutores viajantes durante o Plano de Cinco Anos, mas conclamou-os a partirem para o campo de serviço munidos de uma forma diferente: “as metas podem ser ganhas com relativa facilidade se os pioneiros tiverem experiência em programas de instituto e forem capazes de utilizar seus métodos e materiais para levantar um grupo de crentes dedicados que possam levar avante os trabalhos da Fé em suas áreas.”74 A identificação de agrupamentos prioritários influenciou a natureza do pioneirismo. Pioneiros e instrutores viajantes eram enviados menos para áreas ainda não abertas à Fé do que para aquelas onde podiam mais diretamente fortalecer o processo de instituto e estabelecer programas intensivos de crescimento. As comunidades que puderam lançar programas intensivos de crescimento conseguiram tal feito quase sempre pela presença e atuação de pioneiros de curto ou longo prazos que se estabeleceram mesmo ainda antes do lançamento do Plano de Cinco Anos, quando a meta primária era


AVANÇANDO O PROCESSO DE ENTRADA EM TROPAS simplesmente estabelecer o processo de instituto. Murun, Mongólia, por exemplo, começou a florescer somente depois que alguns bahá’ís capacitados pelo processo de instituto mudaram-se para lá como pioneiros de frente interna. Muitas das comunidades com programas intensivos de crescimento em Bangladesh e na República da África Central devem suas conquistas graças ao envio sistemático de pioneiros a esses agrupamentos durante os anos finais do Plano de Quatro Anos e o início do Plano de Cinco Anos. No último ano do Plano de Cinco Anos, três jovens instrutores viajantes de Azerbaijão, enviados para comunidades na região da Sibéria, na Rússia, conseguiram estabelecer círculos de estudo e ensinar aos crentes locais como realizar visitas aos lares. Da mesma forma, 13 jovens de Vanuatu visitaram Fiji, as Ilhas Salomão e a Nova Caledônia, entre dezembro de 2005 e janeiro de 2006, para ajudar as comunidades no processo de instituto. Quatro jovens desse grupo que foram para Fiji, por exemplo, puderam realizar três programas intensivos de capacitação em diferentes localidades, para animadores de programas com préjovens, com isso levantando 13 novos professores de aulas a pré-jovens. Uma instrutora viajante do Alasca, com experiência no processo de instituto, realizou algumas viagens para as Ilhas Leeward num período de dois anos. Ela conseguiu iniciar atividades com préjovens nas escolas e os bons resultados obtidos motivaram outras atividades em uma comunidade até então um tanto adormecida, levando à realização de reuniões devocionais e aulas para crianças. De um modo geral, os esforços em enviar pioneiros internacionais e instrutores viajantes deram grandes resultados. A meta mundial de 3.322 pioneiros internacionais não foi somente alcançada como ultrapassada,

com 3.755 pioneiros estabelecidos em outros países. A meta de instrutores viajantes internacionais foi quase alcançada com 9.184 crentes respondendo ao chamado de realização deste importante serviço, bem próxima da meta mundial de 9.508. No último ano do Plano, em preparação para o lançamento dos programas intensivos de crescimento em outros agrupamentos, na Mongólia foi lançado um programa de identificação de pioneiros potenciais para a frente interna, com um treinamento dado a eles e então ajudando-os a se estabelecerem em metas definidas. As instituições em alguns agrupamentos mais fortes, como Murun e Ulaanbaatar, descobriram que podiam enviar pioneiros de frente interna para áreas menos desenvolvidas, fazendo ecoar as seguintes palavras da Casa Universal de Justiça: Não será exagero assumir que um esforço concentrado para trabalhar com o potencial existente resultará no eventual fluxo de pioneiros desses agrupamentos para áreas destinadas a tornarem-se o teatro de futuras conquistas.75

O agrupamento Tiriki Ocidental, no Quênia, foi também capaz de estabelecer pioneiros de frente interna em agrupamentos “C”, os quais haviam sido selecionados para serem futuros agrupamentos prioritários. Conforme destacado pelo coordenador de instituto daquele país, enviar 10 a 15 pioneiros de Tiriki Ocidental não iria afetar a força de trabalho daquele agrupamento, agora que existe um grande número de recursos humanos disponíveis. Papua Nova Guinéa e Vanuatu puderam também enviar pioneiros de frente interna de agrupamentos mais fortes para outras áreas-metas. Em todo o mundo, 2.309 bahá’ís se levantaram para servir como pio79


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados neiros de frente interna durante o Plano de Cinco Anos.

!!! A meta mais suprema do Plano de Cinco Anos foi “alcançar um significativo avanço no processo de entrada em tropas”76, programas intensivos de crescimento provaram ser possível criar um enfoque sistemático para o crescimento que foi continuamente expandido e que se auto-perpetuou. Com a experiência adquirida pelos agrupamentos de vanguarda sobre os elementos vitais do serviço, e outros agrupamentos aprendendo da experiência deles, os crentes e as instituições tornaram-se mais proficientes no

levantamento de recursos humanos, produzindo com isso maior crescimento. Nunca antes “foi o processo de expansão e consolidação tão bem entendido como agora”77. O mundo bahá’í descobriu “métodos diversificados e uma variedade de instrumentos para o estabelecimento de um padrão sustentável de crescimento”78. A Casa de Justiça resumiu as realizações do Plano nas seguintes palavras:

!

80

Os elementos necessários para um esforço conjunto visando infundir nas diversas regiões do mundo o espírito da Revelação de Bahá’u’lláh cristalizou-se em uma estrutura para a ação que agora precisa apenas ser explorada. 79


APÊNDICE A Administração Bahá’í durante o Plano de Cinco Anos

Em Planos Nacionais e Regionais A Assembléia Espiritual Nacional do Iraque foi eleita em 2004 pela primeira vez desde sua dissolução em 1972. Adicionalmente, um número de Assembléias Nacionais mudaram seus status durante o Plano. Por exemplo, as Ilhas Leeward, Ocidental e Oriental, no Caribe, combinaram em formar uma só Assembléia Espiritual Nacional e a Assembléia Espiritual Regional da Eslováquia e Croácia foi dissolvida e formaram-se Comitês Administrativos em cada país antecipando a formação das Assembléias Nacionais em cada país. Como resultado, houve um total de 179 Assembléias Espirituais Nacionais no final do Plano. O número de Assembléias Espirituais Nacionais com Conselhos Regionais Bahá’ís aumentou de 32 no começo do Plano para 39 em seu final. Quatro destes Conselhos têm nacionalidades internacionais, pois atravessam as fronteiras dos países. A formação de 7 Conselhos Regionais Bahá’ís na Austrália, no dia do Convênio, em 2001, marcou a introdução deste elemento na administração bahá’í no continente da australásia. O número total de Conselhos Regionais Bahá’ís no mundo saltou de 138 no começo do Plano para 164 em seu final.

Em Planos Locais e nos Agrupamentos Durante o Plano de Cinco Anos, a evolução da Administração Bahá’í foi marcante no plano dos agrupamentos. Ao final do Plano, em pelo menos 296 daqueles com programas intensivos de crescimento, organizou-se um esquema implementado pelos coordenadores de instituto designados pelos agrupamentos para aulas de crianças, grupos de pré-jovens e círculos de estudo. Comitês de Ensino de Área foram estabelecidos para coordenar os desdobramentos dos recursos humanos levantados pelo instituto para o campo do ensino. Íntima cooperação entre o instituto, o Comitê de Ensino de Área e os membros de Corpo Auxiliar e seus assistentes, manteve um significante aumento em suas capacidades institucionais, estimulando o crescimento no plano dos agrupamentos. Em agrupamentos fortes através do mundo, especialmente naqueles com programas intensivos de crescimento, uma melhora qualitativa era claramente aparente no funcionamento das Assembléias Espirituais Locais. O número saltou para 8.700. Conselhos Regionais Bahá’ís

no de países com Conselhos Regionais Bahá’ís

no de Conselhos Regionais Bahá’ís

África

15

45

Américas

10

42

Ásia

7

48

Australásia

2

9

Europa

5

20

Total

39

164

Continente

81


APÊNDICE B Estatísticas do Desenvolvimento de Recursos Humanos, das Atividades Básicas e do Avanço dos Agrupamentos, 2001–2006

Europa Total Mundial

82

7.127

2.751

630

56

1.215

-

912

1.771

12.975

11.618

1.600

-

613

432

26.626

20.066

2.817

15.081

11.895

57

11

-

-

1

3

107

-

2

14.341

8.444

5.790

5.017

1.473

3.123

2.877

665

3.242

396

Abr-01

4.590

1.156

411

140

-

330

61

570

-

329

Abr-06

17.051

10.302

7.485

6.847

713

5.003

3.693

1.665

5.910

1.820

Abr-01

93.707

18.715

8.305

2.442

-

1.658

616

3.124

-

1.946

244.650 110.185

74.906

60.675

7.334

43.976

36.346

Abr-01

14.908

2.918

1.809

301

-

84

64

Abr-06

45.067

21.516

14.578

10.483

560

7.794

Abr-01

9,799

2.236

2.182

401

-

Abr-06

50.726

28.716

20.427

18.262

Abr-01

62.288

12.348

3.892

Abr-06

117.465

41.207

Abr-01

2.122

Abr-06

Abr-06

Curso 7

2.123

Curso 6

6.263

Curso 5

118

Curso 4

Não-Bahá’ís

Australásia

Participantes

Ásia

-

Curso 3

Américas

543

Curso 2

África

Data

Curso 1

Continente

Círculos de Estudo Número

Desenvolvimento de Recursos Humanos

4.099 18.186 3.690 689

-

585

2.735 11.799 4.818

11.287 46.264 13.475


APÊNDICES

Não-Bahá’ís

Agrupamento A

Agrupamento B

Agrupamento C

Agrupamento D

Total

-

-

-

-

2.579 23.216 14.314

546

4.729

2.631

85

126

1.355 19.754 2.836

-

3.409

-

-

23.017

7.455

2.468 20.934 10.657

747

6.184

3.511

830

12.004

1.231

-

564

-

6.617

1.545

42.659

12.840

274

274

3.345

8

1.371

597

12.180

2.212

550

550

4.299

150

462

2.847

1.480

869

5.579

2.488

688

3.115

3.005

2.928

33.440

1.647

3.865 41.647 5.559

17.658 5.655 112.997 32.526

10.312 93.066 51.930

Participantes

-

Número

-

Não-bahá’ís

708

Participantes

-

Locais

538

Número

Participantes

Aulas de Pré-Jovens Número

Aulas de Crianças Não-Bahá’ís

Reuniões Devocionais

701

690

8.487

132

654

7.618

4.073

1.062

29.562

7.531

614

584

5.305

4.117

1.582

866

928

7.247

2.081

3.139 31.400 18.334 466

4.181

1.386 10.435 4.624

91 1.208 4.503 5.887 -

-

-

-

92 222 1.835 1.630 3.779 -

-

-

-

-

97 194 1.185 3.088 4.562

-

610

-

-

-

-

-

-

272

3.414

1.002

18

51

197

290

556

81

-

556

-

-

-

-

-

-

1.215

207

921

410

565

556

1.260

-

5.847

-

-

-

-

23

1.438 14.401 7.410

3.158 25.683 12.178

31 108 -

-

323 666 4.990 10.067 16.044

83


APÊNDICE C Totalidade de Pioneiros Enviados durante o Plano de Cinco Anos País/Território ÁFRICA África do Sul Angola Benin Botswana Burkina Camarões Cabo Verde Centro-Africana, República Chad Congo, República Democrática do Congo, República do Côte d’Ivoire Eritréia Etiópia Gabon Gâmbia Gana Guiné Guiné-Bissau Guiné Equatorial Lesoto Libéria Madagascar Malawi Malí Maurícios Marrocos Moçambique Namíbia Niger Nigéria Quênia Réunion Ruanda São Tomé e Príncipe Senegal Serra Leoa Seychelles Suazilândia Sudão Tanzânia Togo Tunísia Uganda Zâmbia Zimbábue Total

84

Pioneiros Internacionais

Instrutores Viajantes

Pioneiros Frente Interna

32 1 3

18

30 4 9

1

9 16 4

1 5 21 13 1 2 1 36

4 3

7

1 1 2 18

1

2 2

1 1

10 13 3 14 1 6 3 1 3 1 9 4

15 3 4 15 222

1 8 34

10 14

1 28 3

1 4 2

4 5 1 2

1 2 2 3

17

1

5 1 5 4

3 8

2 4 4 3 2 4 194

6 9 2 7 8 160


APÊNDICES

País/Território AMÉRICAS Alasca Argentina Bahamas Barbados Belize Bermudas Bolívia Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Domínica Dominicana, República Equador El Salvador Estados Unidos Granada Groenlândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Honduras Jamaica Leeward, Ilhas Martinique México Nicarágua Panamá Paraguai Perú Porto Rico Santa Lúcia São Vicente e Granadinas Suriname Trinidad e Tobago Uruguai Venezuela Virgens, Ilhas Total

Pioneiros Internacionais

Instrutores Viajantes

Pioneiros Frente Interna

26 2

51 2 1 1

37 3

1 6 35 810 5 2 7

3 8 36 1.367 5 23 1

9 5 1.501

3 11 11 55 4.110 2 7

2 2

1

5 363 309 7 10 6 2 55 6 255 2

7

5 7

1 1

1 7

2 6 3 1

4 5 5 4 4

23 1

1 25 4

1 1

6 7 2 11 6 5.790

9 1 2.462

1 1

1 22

1 11 8

17 1.142

85


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

País/Território ÁSIA Andaman e Nicobar, Ilhas Armênia Azerbaijão Bahrain Bangladesh Camboja Cazaquistão Cingapura Coréia Emirados Árabes Unidos Filipinas Geórgia Hong Kong Índia Indonésia Iraque Japão Jordão Kwait Laos Líbano Macau Malásia Mongólia Mianmar Nepal Omã Paquistão Península Árabe Qatar Quirguistão Sabá Sarawak Sri Lanka Tailândia Taiwan Tajiquistão Turquemenistão Usbequistão Yemen Total

86

Pioneiros Internacionais

Instrutores Viajantes

Pioneiros Frente Interna

1 7

1 3 9 7 19 8

2

1 2 20 2 26 2 1 15 2 34 23 2

7

15

96 9 23 198 8 3

7 1 14 112 5 5

3 5

22 13 43 3

13 106 3

4 171 24

12 53

1 28

1 17 24 4 5 6

9 48

2

27 10

24 4

2 13 5

3

1 12 820

2 2 268

4

1 14 4 5 2 4 2 6 1 376

1 2

3


APÊNDICES

País/Território AUSTRALÁSIA Austrália Carolina Ocidental, Ilhas Carolina Oriental, Ilhas Cook, Ilhas Fiji Havaianas, Ilhas Kiribati Mariana, Ilhas Marshall, Ilhas Nova Caledônia e Ilhas de Lealdade Nova Zelândia Papua Nova Guinéa Salomão, Ilhas Samoa Tonga Tuvalu Vanuatu Total

Pioneiros Internacionais

Instrutores Viajantes

Pioneiros Frente Interna

105

344

198

4

5 1 8

5 29

103

13

6 1 7

24 3 26 214 1 11 4 8

112 10 21 2 16

5 234

32 774

20 397

1 62

3 1

87


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados

País/Território EUROPA Albânia Alemanha Áustria Belarus Bélgica Bulgária Canárias, Ilhas Chipre Dinamarca Eslováquia Eslovênia e Croácia Espanha Estônia Finlândia França Grécia Holanda Hungria Islândia Irlanda Itália Latvia Lituânia Luxemburgo Moldávia Noruega Polônia Portugal Reino Unido Romênia Russa, Federação Sicília Suécia Suíça Tcheca, República Turquia Ucrânia Total

Total Mundial

88

Pioneiros Internacionais

Instrutores Viajantes

Pioneiros Frente Interna

3 13 5

11 368 214 8 4 49 1

108 5 2 3 1

1

15

54 2

461

15 378 12 3 31 22 77 6 6 21 1.606

4 3 3 1 21 2 1 21 11 7 7 4 10 7 8 4 9 4 15 9 3 5 14 3 2 1 4 18 9 13 342

3.755

9.184

2.309

27 5 26 3 11 1 2 27 2

6 12 2 4 193 8 6 3 7 11 24 3

16 70 4 19 30 7 104 2 3 57 8 4 4 11 1 25


APÊNDICE D Acontecimentos Majoritários Registrados pelos Governos ÁFRICA Eritréia

Entre maio e agosto de 2001, a Assembléia Espiritual Nacional foi incorporada.

ÁSIA Azerbaijão

Entre 2004 e 2005 – o Escritório Nacional foi registrado como uma entidade legal.

Camboja

2003 – a Assembléia Espiritual Nacional foi registrada como uma organização religiosa não-governamental junto ao Ministério de Cultos e Religiões.

Indonésia

9 de maio de 2003 – a Assembléia Espiritual Nacional foi registrada junto ao Departamento de Assuntos Domésticos desta República juntamente ao subdiretório da Organização Comunitária.

Turquemenistão

11 de agosto de 2004 – a comunidade bahá’í foi registrada como uma organização religiosa junto ao Ministério da Justiça. (Organização Religiosa dos Bahá’ís do Turquemenistão)

EUROPA Belarus

4 de junho de 2004 – a comunidade bahá’í foi novamente registrada como União Religiosa dos Bahá’ís da República de Belarus.

Bósnia e Herzegovina

9 de dezembro de 2004 – a comunidade bahá’í foi registrada como uma entidade legal. (Associação do Bahá’ís da Bósnia e Herzegovina)

Estônia

17 de junho de 2002 – a comunidade bahá’í foi registrada junto ao Ministério de Assuntos Internos. (União da Comunidades Bahá’ís na Estônia)

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APÊNDICE E Propriedades Adquiridas durante o Plano de Cinco Anos Novos Hazíratu’l-Quds Nacionais Adquiridos para Repor os Existentes Assembléia Nacional Angola Benin

Data Adquirido em 2 de abril de 2004 Adquirido em 15 de abril de 2004

Botswana Estônia

Inaugurado em 23 de março de 2002 2005

Gâmbia Geórgia

Dedicado em 24 de dezembro de 2004 2003

Ilhas Mariana

Adquirido em 24 de julho de 2002

Nicarágua Polônia Sabá Seychelles

Inaugurado em 18 de outubro de 2003 2005 Adquirido em 31 de dezembro de 2003 Inaugurado em novembro de 2003

Terrenos para os Templos Assembléia Nacional Angola

Tipo de Aquisição Primeira

Data 18 de abril de 2001

Chile

Nova

Aquisição finalizada em 8 de abril de 2005

Equador Etiópia

Nova Nova

Inaugurado em 16 de novembro de 2002 28 de setembro de 2005

Hungria Sri Lanka

Nova

Agosto de 2003

Togo

Nova Nova

Dezembro de 2002 Fevereiro de 2003

Vanuatu

Nova

Transferência da compra completada em setembro de 2005

Propriedades para os Institutos Assembléia Nacional

Data

Sabá

30 de dezembro de 2003 – terreno inicialmente adquirido para o Templo. Foi aprovada a sua utilização como uma propriedade para o Instituto. (Centro Educacional Kota Marudu)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Introdução 1- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 2- Ibid. 3- Ibid. 4- Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 5- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 6- Ibid. 7- Ibid. 8- Mensagem do Ridván de 2002, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. 9- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 10- Mensagem do Ridván do ano 153 [1996] escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. 11- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 12- Mensagem do Ridván de 2006, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. 13- Shoghi Effendi. O Advento da Justiça Divina. 2a ed. Rio de Janeiro: Editora Bahá’í do Brasil, 1977, p. 74.

I: Avançando o Processo de Entrada em Tropas 1- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 2- Ibid. 3- Mensagem datada de 17 de janeiro de 2003, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. 4- Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 5- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 6- Ibid. 7- Carta datada de 3 de março de 1998, escrita em nome da Casa Universal de Justiça à Assembléia Espiritual de Hong Kong. 8- Carta datada de 23 de dezembro de 2001, escrita em nome da Casa Universal de Justiça à Assembléia Espiritual Nacional do Brasil. 9- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 10- Ibid. 11- Ibid. 12- Ibid. 13- Ibid. 14- Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 15- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Uni-

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versal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Mensagem datada de 17 de janeiro de 2003, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Mensagem do Ridván de 2002, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem datada de 17 de janeiro de 2003, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem datada de 17 de janeiro de 2003, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Ibid. 91


O Plano de Cinco Anos, 2001-2006: Resumo de Realizações e Aprendizados 36- Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 37- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 38- Ibid. 39- Ibid. 40- Ibid. 41- Ibid. 42- Ibid. 43- “Promovendo a Entrada em Tropas”, uma declaração preparada pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça, datada de outubro de 1993. 44- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 45- Ibid. 46- Ibid. 47- Mensagem do Ridván de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. 48- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 49- Ibid. 50- Ibid. 51- Carta datada de 8 de outubro de 2001, escrita em nome da Casa Universal de Justiça à Assembléia Espiritual Nacional da Nova Zelândia. 52- Mensagem do Ridván do ano 153 [1996] escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. 53- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. 54- Ibid. 55- Ibid. 56- Mensagem datada de 22 de dezembro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça aos amigos reunidos na oitava Conferência de Juventude ASEAN, na Tailândia. 57- Mensagem datada de 9 de janeiro de 92

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2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Ibid. Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Ibid. Ibid. Ibid. Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Ibid. Mensagem datada de 9 de janeiro de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem do Ridván de 2001, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo. Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros. Mensagem do Ridván de 2006, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

79- Mensagem datada de 27 de dezembro de 2005, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.



O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006

O PLANO DE CINCO ANOS, 2001-2006 Resumo de Realizações e Aprendizados

Resumo de Realizações e Aprendizados

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