Megan maxwell série adivinha quem sou 01 adivinha quem sou (1)

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Adivinha quem sou

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Adivinha quem sou

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Adivinha quem sou

Para todas aquelas pessoas que se beijam com ternura, gostam de ser amadas profundamente, se entregam com paixão e quando estão na intimidade, entre jogos e carícias, sussurram ao ouvido: “Adivinha quem sou” e sorriem. Espero que gostem desse livro!

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Adivinha quem sou Capítulo 1 E nada me importa

Praia de Las Teresitas, Tenerife (Espanha). Maio 2013

Estou sufocando! Sergio me beija e eu fico sem ar. Não é por seu beijo, é pelo tremendo calor que faz dentro do carro. Eu gosto que me beije, mas estou com tanto calor que a angustia começa a tomar conta. Movo minha mão procurando o botão para baixar o vidro da janela e ele ao perceber me pergunta: — O que você está fazendo? Suando a ponto de desmaiar eu respondo: — Eu preciso de ar. Baixe os vidros das janelas, não vê que estamos suando? Sergio, meu namorado há seis meses, me olha e beijando meu pescoço, murmura: — Há muitos carros ao redor e nos verão. — E daí? – pergunto, pingando de suor. Meu belo acompanhante, um morenaço do qual eu gosto, diz excitado e ansioso para continuar: — Verão que você está sem camisa e, em seguida, as pessoas vão falar. Isso toca minha moral. Pouco me importa o que as pessoas pensem e assim eu digo:

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Adivinha quem sou — O que falem, pensem ou imaginem essas pessoas não me importa. — Eu me importo. – o julgamento de sempre. Vou começar a protestar, mas sua boca cobre a minha, de modo que não posso falar. Sua respiração acelera e noto que tateia minhas costas para abrir o fecho do sutiã. Arqueio levemente para facilitar, mas nada. Parece... Parece que... Não acerta. É um pouco lerdo, para quê eu vou negar. — Não quero que vá trabalhar amanhã nesse hotel – me disse. Desejando que desabotoe o sutiã de uma vez sussurro: — Não comece com isso. — Yanira – insiste — Os homens vão olhar para você e... — Não me venha com ciúmes, sabe que não sou dessas. Uma coisa é certa para mim, não sou ciumenta e não quero causar ciúme. Não acredito no amor ou em casais. Por quê? Porque quando eu tinha vinte anos, um neozelandês que veio de férias para Tenerife quebrou meu coração, depois de sofrer a decepção da minha vida, me blindei a prova de namoricos e bobagens românticas. Passo deles! Não sou uma princesa à procura de seu príncipe encantado, especialmente porque acho que os príncipes não existem e se existirem, é claro, que eu não os vejo. Quando fui demitida da creche, decidi tentar realizar meu sonho, que é ser uma cantora. E para minha sorte, o Grand Hotel Mencey me contratou como a garota da banda para as apresentações noturnas. Mas como sempre, o que me faz feliz, mas este tonto que acredita ser meu noivo não gosta e insiste: — Prefiro que continue trabalhando na loja de seus pais. — Bem eu não. – ofego — Eu preferiria continuar trabalhando na creche, mas infelizmente me demitiram. Portanto, cantar, que é o que gosto, dizem que eu faço bem e agora posso me dedicar. – decido.

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Adivinha quem sou Por alguns minutos a luta continua com o fecho do meu sutiã enquanto eu ainda estou suando e suando. Quando não posso mais, retiro-me e grito com tanta raiva que as lentes de contato quase saltam: — Dei...! Mas sua boca vai direta a minha e não posso dizer nada. A respiração fica mais rápida enquanto me beija e lentamente, tateia novamente o fecho do sutiã tentando abri-lo. Espero que desta vez acerte. Mas isso não acontece... Será desajeitado? Durante vários minutos segue em sua luta, enquanto eu suo e esquento ainda mais, até que, farta, o afasto empurrando e insisto: — Abra a janela, por favor... — Não. — Estou morrendo de calor! — Eu disse que não. Eu tento entender. Entender tudo que se possa imaginar, mas quando sinto que vou desmaiar, eu exijo: — Ou você abre as janelas ou eu saio do carro. Ele me olha atordoado e eu levanto as sobrancelhas. Sergio é meu último namorado. É o irmão mais velho de um amigo de meus irmãos gêmeos. Lembro-me de quando veio buscar o rapaz em casa, eu pensei – Que cara mais interessante! – Mas cada dia que passamos juntos, fica claro que não somos feitos um para o outro. Sempre

me

atraíram

os

homens

mais

velhos.

Eu

amo

sua

personalidade, enquanto os da minha idade me aborrecem extremamente. Eu não sou uma devoradora de homens, mas tão pouco uma freira de clausura. Aprendi que na vida tenho que tentar pegar o que eu gosto e sexo é uma das coisas que me atrai e desfruto.

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Adivinha quem sou Felizmente tenho uma família muito liberal que não se assusta com as fofocas da vizinhança. Papai e mamãe tiveram que sofrer sua própria quota de falatórios quando se conheceram e se apaixonaram, e hoje a única coisa que se importam é que os seus filhos sejam boas pessoas e felizes... O resto é indiferente. A verdade é que Sergio é uma excelente pessoa, mas seu caráter e o meu são muito diferentes. Desagrada-me que seja tão controlador, tão pouco aventureiro e tão medroso. Não se come em seu carro. Não se fuma em seu carro. Não se coloca música alta em seu carro. Se eu volto da praia com a prancha de surf, não posso ir em seu carro porque ele ficará cheio de areia. O que no começo pareceu engraçado e me fez rir agora não suporto. Normalmente, não me escondo atrás dos problemas e tenho mil ideias para resolvê-los, mas com ele todas as minhas iniciativas têm falhado. É quadrado! E para finalizar, agora não se abre as janelas do carro porque os outros podem ver o que estamos fazendo. Por que não se solta de uma vez e simplesmente aproveita a vida? Sem se mover, me olha e diz: — Se quer abrir as janelas, coloque sua camiseta. Louco! Ele vê que estou chateada e suando como uma galinha e a única coisa que importa é que eu coloque a camiseta? Sem deixar de olhá-lo, aperto o botão de vidro do meu lado, mas vejo que está bloqueado. Meu mau humor cresce, olho para Sergio e sussurro: — Estou encharcada de suor, quer fazer o favor de abrir a maldita janela?!

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Adivinha quem sou Meu tom de voz parece que o faz pensar, porque ele se afasta e franzindo a testa, aperta um dos botões e a janela ao meu lado abre um pouco. — Mais. – exijo. Ele pensa e volta a apertar o botão até que a janela abre até a metade. Porém preciso de ar ou terei algo e insisto: — Sergio, por Deus, abra todas as janelas, não vê que os vidros estão embaçados? Mas ele é teimoso e mudando o tom de voz repete: — Coloque sua camiseta. Não quero que ninguém a veja assim. Uso um sutiã preto que parece um biquíni, mas mesmo assim, Sergio continua: — Temos família e... — Mas que diabos você está dizendo? — Digo simplesmente que sua família tem negócios na ilha e eu trabalho para uma corretora de seguros e todo mundo nos conhece. Quer que falem de nós? Esse cara, às vezes, me deixa sem palavras, mas tentando me acalmar, consigo dizer: — Estou com calor, Sergio. E todo mundo que está aqui no estacionamento da praia de Las Teresitas, veio para o mesmo... — Você tem vinte e cinco anos, Yanira, e eu trinta e três. — E? Mas antes de responder, grunhe e eu falo de uma vez por todas. — Olha, Sergio, isso não funciona! E, perdoe-me por dizer isso, mas não é uma questão de idade. – De duas uma, ou esse cara é um tonto ou tem cera nos ouvidos, porque insiste:

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Adivinha quem sou — Todos a verão e, em seguida, as pessoas falarão, você não pensa nisso? Bufo, bufo e bufo. Na minha casa, para zombar de mim me chamam de ‘Bufadorazinha’. Minha paciência atinge o limite ao ver seus olhares de reprovação. Levanto a voz indignada: — Mas você acha que alguém vai nos observar? Foda-se, Sergio, todos estamos aqui para estar com nossos parceiros. Para desfrutar do sexo e meter a mão! Gostaria de parar e olhar para o que eles fazem no carro ao lado? Ao dizer isso, olho para a direita e fico de boca aberta. A poucos metros do nosso carro, um casal que está em seu veículo com as janelas abertas tendo um grande momento, sem se importar com o que dirão. Viva para eles! Vejo como ela sobe e desce sobre ele sem qualquer pudor, enquanto se beijam apaixonadamente e desfrutam o momento sem pensar em nada. Isso é exatamente o que eu quero. Ao perceber que eu estou observando, Sergio rapidamente sobe a janela e me alfineta: — Por que está olhando para o que eles fazem? De repente, começo a gargalhar, o que é comum para mim e que parece frustrar os que me rodeiam. Foda-se... Se antes de alguém dizer: ‘olhe o que os outros estão fazendo’... Se eu sou a primeira a fazê-lo! Suspiro e ouço Sergio dizer: — Acho que é melhor irmos. Irritada, eu respiro fundo. Estou prestes a explodir! Vendo-me assim, ele muda de ideia e finalmente diz:

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Adivinha quem sou — Ok. Tirarei o carro e levarei para a parte de trás do estacionamento. Lá parece não haver ninguém. Precisamos conversar. Bom... Bom... Bom... Esse "precisamos conversar” soa interessante. Ainda que tenha que dizer que não estou preocupada nem inquieta. O pobre cada dia mais me entedia com seu medo. E isso que estamos juntos há alguns meses. Não quero imaginar o que poderia ser um futuro com ele. Sergio para de novo o carro e, de fato, nessa parte do estacionamento não há ninguém; também, o único poste que tem está quebrado. No escuro e com raiva pelo que aconteceu, saio do carro. Ele sai atrás de mim. — Yanira, isso não pode continuar assim. Concordo. Ele está certo. — Oh, não... Não pode continuar assim. Por pelo menos meia hora, dizemos tudo o que temos que dizer e sem interromper. Se ele fala, eu respondo. Se eu falo, ele responde. Ambos nos enchemos de censura e uma vez que temos conseguido falar tudo o que temos guardado, ficamos algum tempo calados, nos olhamos em silêncio. Está claro que acabou. Quando nos acalmamos, acendo um cigarro. Eu apenas fumo, nesses momentos eu preciso. E, em seguida, contra todas as expectativas, Sergio pega meu cigarro, pisa, me pega contra o carro e começa a me beijar. Ah, sim... Sim, isto! Esta sua paixão foi pelo que me apaixonei, o que me cativou. O que me fez querer estar com ele. Deixo que me beije. Eu adoro quando se mostra exigente e ousado. A brisa da praia bate em meu rosto e sinto que recupero as forças. Viva a brisa do mar e o sexo!

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Adivinha quem sou Sergio coloca as mãos debaixo da camiseta e começa a lutar novamente com fecho do sutiã. Definitivamente é desajeitado. Sorrio e eu mesma desabotoo. Então eu tiro as alças pelas mangas, tiro o sutiã debaixo da blusa e mostrando-o, digo: — Obstáculos fora. Sergio olha para ambos os lados e quando vê que ninguém está nos observando, sorri e eu me atiro em sua boca. Enquanto nos beijamos, toca meus seios e eu ansiosa para continuar a cena doentia após nossa acalorada discussão, me movo até ficar sentada do lado do capô do carro. Continuamos nos beijando e, com o tempo, eu tiro a camisa e fico nua da cintura para cima. Sérgio se afasta, olha para mim e rosna: — O que está fazendo? Vamos começar outra vez! Mais carinhosa, toco o botão da calça e digo em voz baixa e sensual: — Fique tranquilo, está escuro e ninguém nos vê. Você não quer que a gente faça isso no capô do carro? Vamos... Dê-me o que eu te peço. Seu rosto é um poema, mas o meu riso congela quando diz. — O que você planeja é indecente. Está louca? Indecente? Louca? Plano A: mando-o passear. Plano B: esqueço o que ele disse e continuo. Plano C: agora aproveito e depois o mando passear. Finalmente decido o plano B... Quero que continuemos. Agarro o fecho de sua calça e murmuro disposta a fazê-lo mudar de ideia. — Ninguém nos vê. E se nos veem que aproveitem! Vamos, Sérgio... Desejo-te. — E eu a você... Mas...

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Adivinha quem sou — Mas o queeeeeeê? Seu rosto é um mar de contradições. Não sei o que fazer. O Sergio primitivo e apaixonado que conheço na intimidade de um quarto luta para sair e desfrutar como um louco, mas ele recusa e responde: — Não sou um exibicionista. — Nem eu... – sorrio — Mas estamos só eu e você... Não tem que desabotoar a calças e... — Não. — Vamos bobo... Sei que você gosta. — Eu disse que não. – replica. Tem a respiração acelerada, enquanto olha meus seios. O que aconteceu? Por que com o passar dos meses, tornou-se tão puritano? Quando o conheci era mais atrevido, mais ousado, mais selvagem. Sei que tenta fazer o que proponho, ele gosta de sexo e eu gosto de fazer com ele, mas ele resiste. Engraçada, agarro um dos meus seios e insisto, provocando-o: — Vem... Mas nem "vem", nem porra. Pegando meu braço, me desce do capo do carro, abre a porta rapidamente, me empurrando, sussurrando: — Para dentro! Acabou! Não posso continuar! Eu não gosto dessa ordem, nem sua voz, nem de seu gesto. Não gosto e me recuso. Irritada, volto para ele e grito, empurrando-o também: — Não volte a me agarrar assim em sua vida, entendido? – E ao ver seu olhar pergunto — Que diabos está acontecendo?

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Adivinha quem sou Nenhuma resposta. Olhamos-nos. A raiva cresce em mim e eu coloco a camisa. O desejo de sexo evaporou e a última coisa que desejo neste momento é o seu contato. — Não sei o que acontece – digo — Sempre tão preocupado que alguém nos veja. — Eu me preocupo com você... — Por mim? – E ao ver que ele não respondeu, prossigo — Se você realmente se importasse comigo, nós não estaríamos discutindo. Estaríamos nos beijando, nos acariciando e nos divertindo. Sabe? Estou cansada. Cansada de sua falta de espontaneidade. Cansado de suas limitações. Cansada. Minhas palavras tocam fundo. Eu sei. Eu vejo. Nunca me viu tão irritada como hoje e disposta a terminar a discussão que já havíamos tido: — Olha, Sérgio, acho que você e eu como um casal atingimos o fundo. Nós não queremos as mesmas coisas, somos muito diferentes. Cada dia está mais claro, e eu não estou disposta a mudar por você e por ninguém, e tão pouco vou pedir para que você mude por mim. Você é um grande cara, maravilhoso, mas nossa relação não funciona. Acabou. Sem me mover do lugar, vejo como o homem que há alguns meses atrás me deixava louca, assente finalmente e diz: — Você tem razão. Isso não funciona. Estou à procura de uma garota que me queira, que me faça sentir especial, e você, Yanira, não fará nunca. É melhor acabar. Ao ouvi-lo falar assim, o meu nível de raiva baixou. Tenho pena e concordo. Ele está certo, eu nunca vou querê-lo como ele deseja. — Foi bonito. – exponho — mas sabemos há algum tempo que não funciona. Eu gosto e eu sei que você gostou, mas não te amo como eu deveria e... — Eu sei. Não é necessário que jure.

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Adivinha quem sou Isso deixa tudo claro e, não querendo continuar cutucando a ferida, eu olho e concluiu: — Então acredito que é o fim. Sergio acena com gesto sério, e me olhando diz: — Você está certa. Levei um mês pensando, mas era incapaz de dar um passo. Obrigado, Yanira. Você me ajudou a fazer algo que me custou muito. Está claro que ambos pensamos o mesmo e me sinto aliviada. Sergio me pergunta se eu quero que me leve para casa, mas eu não tenho vontade de continuar mais tempo ao seu lado, então eu dou-lhe um beijo na bochecha, pego minha bolsa no carro e respondo: — Não, obrigada. Eu prefiro ir dando um passeio. — Você tem certeza? — Sim. — Amigos? – pergunta me olhando. Eu olho para ele com carinho. Sergio é uma pessoa excelente, e com um sorriso, respondo: — Claro que sim, meu menino. Embora o nosso relacionamento tenha terminado, temos carinho um pelo outro e estarei feliz em ser sua amiga. Agora fique tranquilo. Chegarei sozinha até minha casa. Você sabe que não é longe. Ele sorri para mim e, em seguida, entra no carro e arranca. Quando ele vai, digo em voz baixa: — Que a força esteja com você! Foda-se, que força! O que eu faço dizendo isso? – Sou como o nerd do meu irmão! Isso me faz sorrir e enquanto o carro se afasta, não sinto pena, nem tristeza ou indiferença. Simplesmente, me sinto liberada!

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Adivinha quem sou Volto a ser dona cem por cento da minha vida. Fui demitida do meu trabalho e estou solteira, posso decidir o que eu quero ou não quero fazer. Luxo incrível! Olho ao meu redor e escolho voltar para casa caminhando pela orla do mar. Eu amo molhar meus pés e, enquanto eu faço, cantarolo a música de Shakira. “Agradeço-te, mas não, Agradeço-te, mas menina, não. Eu já consegui deixar de te amar... Eu não faço outra coisa além de te esqueceeeerrrrr.” Em Tenerife, a temperatura em maio é ótima para caminhar, mesmo sobre a areia úmida. Olho para o relógio 01h40min. Sorrio. Depois de um tempo ao longo da costa, absorta em minhas coisas, decidi me sentar ao lado de umas redes antes de deixar este local maravilhoso e ir para casa. A lua, boa temperatura e o som do mar são maravilhosos. Relaxantes. Fecho os olhos e inspiro profundamente. Que bom respirar em minha ilha! Mas então eu ouço o som de vozes. A poucos metros depois de uma barcaça abandonada na areia, vejo um casal que, entre risos se entrega ao prazer do sexo. Protegida pela rede decido assistir ao show. Minha respiração acelera. Nunca tinha visto nada assim e como eu sou muito curiosa, não perco os detalhes. Seus suspiros me excitam. Estou apenas cinco metros e não posso me mover. Só posso olhar... E observar... E alucinar com sua alegria. Eles fazem amor na praia, sem qualquer vergonha, protegidos apenas por uma barcaça a poucos metros da orla marítima. Ouço a voz da mulher que exige mais... Em um de seus movimentos vejo seu rosto e a reconheço. Foda-se. É Alicia, a irmã mais velha da minha amiga Coral, que é casada com Antônio. Que forte!

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Adivinha quem sou De repente eu vejo um homem que se aproxima e fico inquieta. Ele não pode me ver, mas os pegará. Horrorizada, não sei o que fazer, aviso-os ou não? Mas fico atônita quando, apesar de ver que alguém se aproxima eles seguem juntos. O recém-chegado fica ao lado da barcaça e se inclina sobre ela. Foda-se... Foda-se. Mas sim é Antônio, marido de Alicia! Deus que pegada! Vai rolar uma boa briga eu estou na primeira fila. Mas, de repente, contra todas as probabilidades, eu ouço Antônio perguntar: — Vocês estão bem? Eles ofegam em resposta e Antônio, sorrindo, desabotoa a calça e se aproxima de Alicia, em seguida, tirando o pênis da cueca, se ajoelha, introduz na sua boca e diz em voz rouca: — Vamos querida... Sei que você está desejando. Comoooooooooo?! Se antes estava surpresa, agora estou ainda mais! Lá esta Alicia, entregue ao prazer do sexo com um cara, seu marido chega e pensei que fosse arrumar confusão, que fosse fazer rodar as cabeças, se une a festa. Incrível! Por vários minutos observo sem respirar como o trio ofega e passa bem. Eu nunca vi nada parecido. Isso supera os filmes pornográficos bobos que eu já vi em tempos! Seus gemidos roucos sobem decibéis, ou talvez seja eu, cada vez os ouço mais alto. Não posso deixar de olhar. Fiquei presa na areia, incapaz de remover os olhos! Até que finalmente os três gritam sem pudor ao alcançar a libertação.

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Adivinha quem sou Eles respiram agitado. Eu não posso respirar. Eles sorriem e falam. Estou sem palavras. Cinco minutos depois, os três se vestem e ouço como Antônio e Alicia convidam o estranho para beber algo em seu bar, que abriu recentemente. Com a boca seca e uma cabeça batendo, os observo ir enquanto minhas pernas tremem, o coração, as raízes do cabelo, tudo! Eu tremo toda! Quando fico sozinha, ainda tremendo, acendo um cigarro e processando o que eu vi. Porque é verdade o que eu vi, certo? Belisco minha bochecha e dou uma tragada. Sim, eu vi. Definitivamente, eu vi! Quando termino o cigarro, fico de pé. Vejo que as pernas me seguram e começo a andar. Vinte minutos depois entro em minha casa e eu encontro tudo em silêncio. Minhas avós e meus pais com toda probabilidade, estarão na loja de souvenires que temos no calçadão a capital da ilha, Santa Cruz de Tenerife. Ao passar pela porta dos meus irmãos Garret e Rayco ouço risadas e bagunça. Eles devem estar jogando com os nerds de seus amigos algum videogame, eles amam. Quando chego diante do quarto do meu outro irmão Argen, abro a porta, vejo que não está então decido ir para o meu quarto. Sigo em estado de choque. O que eu vi na praia me alucina, mas também reconheço que me excitou. Estarei doente da cabeça? Tiro as minhas lentes de contato. Meus olhos estão cansados, mas ainda assim ligo meu laptop e, sem saber procuro o bar de Antônio e Alicia. Chama-se Sueños e tem uma página na web. Quando o encontro, não surpreende ver que ele é uma casa de swing. Atraída como por um ímã, navego pelo site e visito virtualmente. Balcão do bar, sala de espelhos, sala do prazer, camas compartilhadas, salas escuras, festas privadas e jacuzzi.

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Adivinha quem sou Quando já satisfiz minha curiosidade, desligo o computador e vou para a cama. Eu nunca tinha visitado um local assim, mas tenho certeza que eu farei. Chamou minha a atenção.

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Adivinha quem sou Capítulo 2 Impermeável

Pipipipí... Pipipipí... Pipipipí... Estico a mão e desligo o despertador. Acordar cedo me mata, mas hoje é a minha vez de abrir a loja de souvenirs. Pego o relógio e aproximo do meu rosto. Sou míope e sem óculos ou lentes de contato não vejo nada. Uma vez que eu verifico a hora, me levanto, coloco meus óculos e caminho para o banho. Em seguida, já vestida e com as lentes colocadas, desço para a cozinha, onde sorrio ao ver uma das minhas avós. Ankie, minha avó paterna é holandesa. Anos atrás, quando meu avô morreu, ela mudou-se para viver conosco. É engraçada e, às vezes, louca para a sua idade, mas eu gosto e aproveito de sua loucura. É uma mulher atual e moderna e me entende melhor do que ninguém; além disso, ambas somos artistas. — Bom dia, querida, você dormiu bem? Eu digo sim com a cabeça e me sento em uma cadeira. Ela coloca à minha frente um suco de laranja espremido na hora e bebo com prazer. Enquanto ela vibra em torno da cozinha, eu pergunto: — Onde está vovó Nira? Vejo-a sorrir – eu amo seu sorriso maroto – e, aproximando-se diz baixinho: — Fofocando com as vizinhas. Olha que gosta de fofoca! Nós rimos. É verdade que vovó Nira adora uma fofoca. — Não reclame. – respondo no mesmo tom de voz — Afinal, você gosta que te conte.

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Adivinha quem sou Minha avó e eu rimos. Ankie é uma figura. Pra começar, não gosta que eu ou meus irmãos a chamemos de avó, ou qualquer coisa parecida. Desde pequeninhos nos deixou muito claro que ela é Ankie, nem mais nem menos. Em sua juventude, fez parte de uma banda da moda na Holanda e abandonou por amor, e agora na maturidade, é a guitarrista de uma banda que montou com algumas amigas na ilha. Tem uma engrenagem que ninguém pode igualar. Vejo o pote de Nesquik, que é o meu vício! Pego, abro e coloco uma colherada na boca. Saboreio com alegria e, como sempre, me engasgo com o achocolatado! — Tome um copo de leite, céus e pare de comer o cacau assim, cru – repreende minha avó ao me ver. Olho para a embalagem de leite integral e me dá arrepios. Eu nunca gostei muito de leite, então murmuro, fechando o pote de Nesquik: — Tudo bem... Agora eu vou. — Hoje é o grande dia, não é mesmo, querida? — Sim. Hoje começo no Grand Hotel Mencey. – digo feliz. Finalmente consegui alguém para me contratar para cantar, mesmo que seja em uma banda. No entanto, é um começo. É o momento. Acabaram de me demitir ou faço agora, ou sei que não farei nunca. Minha avó e eu nos esbarramos em uma conversa sobre música e canções e se esquece do copo de leite. Bem! Ankie é entendida na matéria e eu adoro conversar com ela, sendo a paixão de ambas. Conversar com sua avó sobre os grupos de pop e rock atuais não é normal, mas ela é tão entendida quanto eu sobre o assunto. De repente, na rádio soam as primeiras notas de uma música e eu digo: — Ouça, Ankie. Eu amo essa música. — Quem canta?

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Adivinha quem sou — Pixie Lott, a música se chama Cry me out. Tem alguns anos, mas eu acho linda. Ankie a escuta. Sorri e olhando para mim, e pergunta: — Você sabe, querida? – eu confirmo — Anda, cante-a. Com uma concha da cozinha como um microfone faço o que me pede, sem nenhuma vergonha e começo: “Você terá que clamar por mim Você terá que clamar por mim As lágrimas que deixei cair, não significam absolutamente nada, É hora de superar Baby, você é tudo isso Talvez não haja volta Você pode continuar falando Mas, baby, estou indo embora. Aproveito... Aproveito e aproveito.” Eu amo cantar e músicas como esta que se ajustam perfeitamente ao "tom da minha voz”, como disse minha avó. Enquanto canto, minha outra avó, Nira, entra na cozinha e fica junto de Ankie. Ambas me olham encantadas. Para elas sou um orgulho, cada uma à sua maneira. Para Ankie sou a jovem cantora que deseja ter sucesso na vida com a música e para Nira sou a neta que ela espera que um dia se case e lhe dê netos belíssimos. Vamos que logo tenho algo complicado para torná-las felizes. Uma vez terminada a música, eu rio e elas aplaudem emocionadas. — Ah, minha menina, você canta tão bem! – suspira minha avó Nira. — Você tem um futuro brilhante, Yanira – Ankie me diz. Estamos nos divertindo, quando entram pela cozinha meus irmãos Garret e Rayco. Embora gêmeos, são diferentes. Garret me olha e ao ver a

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Adivinha quem sou concha na mão, diz com uma de suas citações famosas de Guerra nas Estrelas: — Sem dúvida, a voz é maravilhosa. — Obrigada, mestre Yoda. – zombo. Ele leva uma mão ao seu coração e diz: — Que a força esteja com você, pequena. — A uivadora da casa já está cantando? – zomba Rayco. Eu rio. Meus irmãos são a bomba para mim. Garret é um nerd por excelência e em nossa família acho que todos nós já assumimos. Ouvi-lo falar com as suas frases da saga Star Wars é normal. Tão normal que em ocasiões como esta, o resto dizemos sem perceber. Rayco, no entanto, é outra história. É o mais belo de nossa família e o amante latino da nossa linda ilha. Todas caem rendidas a seus pés. Todas babam quando ele passa. E todas acabam chorando no final. Minha avó Ankie lhe dá um cascudo ao ouvir seu comentário. — Ai! – ele protesta com seu vozeirão. Começo a rir quando minha avó diz: — Um pouco de respeito, sem vergonha. Sua irmã é uma artista e devemos respeitar os artistas. — Não convém despertar uma wookie* – sussurra Garret me fazendo rir. — Você dirá para uma bruxa montada em uma guitarra elétrica – Rayco zomba olhando para Ankie. *Os Wookies são seres do universo de Star Wars que habitam o planeta Kashyyyk. São peludos, falam grunhindo e parecem cachorrões.

A avó Nira sorri ao ver o rosto de minha outra avó e para acalmar o tumulto, diz:

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Adivinha quem sou — Vamos, meninos, tomem o café, está ficando tarde. Com o olhar, eu peço a Rayco que se cale. Ele me entende e nós cinco tomamos o café na mesa da cozinha, entre risadas e confidências. Meia hora depois, meus dois irmãos e eu entramos no meu carro e nos dirigimos a Santa Cruz de Tenerife para abrir a loja. Durante horas, os dois e eu atendemos aos clientes que entram para comprar e fofocar. Às vezes, o trabalho aqui é exaustivo e hoje é uma dessas ocasiões. A uma da tarde, aparece o meu irmão Argen. — Garret, Rayco – grita – vocês podem ir! Rayco se aproxima de nós e subindo a gola da polo vermelha escura, sussurra ao ver uma das turistas que o admira. — O dever me chama... Que os deem irmãozinhos! Garret, para não ficar atrás, acrescenta: — E que a força esteja com vocês, humanos. Feliz, os observo indo, e então Argen pergunta: — Por que são tão nerds? Eu, sorrindo e olhando respondo: — Se mamãe te ouvisse, diria não são nerds, são apaixonados. — Porra, Yanira... Eles tem quase 35 anos, será que nunca vão mudar? Respiro fundo, coço a cabeça e digo: — Parece-me que não. Por certo, seu nível de açúcar esta bom? Argen me olha e assente sorrindo. — Sim, mãe. Insulina administrada e ingeridos os hidratos de carboidratos necessários. Tudo ótimo. Sorrio e olho como ele começa a atender alguns turistas. Argen sempre me preocupa. Tem diabetes desde que era pequeno e, embora ele tenha uma vida normal, não me permito esquecer que tem que controlar sua doença.

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Adivinha quem sou Somos quatro irmãos, cada um mais diferente que o outro. Argen é o mais velho e tem 40 anos. É o louco da cerâmica. Trabalha em seu próprio estúdio e ajuda na loja de meus pais durante a semana. Em seguida, vêm Garret e Rayco, cerca de trinta e cinco anos, dois nerds declarados e, por último sou eu, a menina. A pequena. A inesperada da casa com vinte e cinco anos e cantora. Papai, Argen e eu somos loiros, os holandeses da família, enquanto Garret, Rayco e mamãe são morenos e os nativos da ilha. Vamos, teremos tudo. Depois de atender a vários turistas que compram algumas lembranças, meu irmão se aproxima e pergunta: — Você está nervosa por esta noite? Ao pensar em minha apresentação, dou de ombros e eu respondo: — Um pouco. Argen sorri. Nós dois temos uma ligação muito especial apesar de ele ser mais velho e eu a caçula. É meu maior fã e melhor irmão do mundo. Agora animado, me diz: — Você vai se sair maravilhosamente bem e quando ouvirem você cantar, eles vão pirar. Um cliente me traz algumas conchas para que eu embrulhe, e enquanto faço, digo a meu irmão: — Eu apenas faço parte da banda. — E o quê? — Não acho que alguém preste muita atenção em mim. — Tão bonita como é e bem como canta, eles vão! Nós rimos, enquanto continuamos a atender os clientes que nos entregam as suas compras.

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Adivinha quem sou Às quatro da tarde, meus pais Larry e Idaira aparecem. Um casal original. Mamãe fala pelos cotovelos e papai é exatamente o oposto, mas com o olhar diz tudo. Acho que é essa maneira de ser tão diferente que os torna tão apaixonados um pelo outro. Todos estão envolvidos no negócio familiar. Um negócio que nos dá o que comer e nos permite viver tranquilos. Vejo que minha mãe se aproxima de Argen e por seus gestos sei que esta perguntando como está. Todos nos preocupamos com ele, e como sempre, meu irmão apenas sorri. Papai que, como eu, observa a situação, se aproximando de mim me pergunta: — Você está nervosa, bufadorazinha? Sorrio ao ouvi-lo, fazendo ao nome, respiro antes de responder: — Um pouco, papai. Mamãe da um beijo em Argen e depois vem até mim e me beija também. — Minha menina, vá agora e descanse – ela me diz — Esta noite você tem que estar relaxada. Deixei seu vestido passado e pendurado no armário e antes de ir para o hotel, tome um bom copo de leite, ok? Eu concordo. Não vou criar um caso por causa do leite, mas concordo. — Por falar nisso, minha vida – acrescenta — podemos ir te ver. Depois de dar um beijo em meus pais e uma piscada para o meu irmão, vou para casa. Uma vez lá, pego minha mochila e me dirijo para minha aula de dança, onde me divirto. Dançamos salsa, dança do ventre e hip-hop, de tudo. Quando retorno, entro em meu quarto e me atiro na cama. Oh, Deus... Eu amo dormir. Isso é um dos maiores prazeres da vida, mas se eu dormir a esta hora levantarei de mau humor e ninguém me aguentará, então eu decido tomar banho para despertar.

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Adivinha quem sou Ao sair do chuveiro, desço para conversar um pouco mais com minhas avós, as sete coloco um vestido preto, como me disseram para fazer aqueles que me contrataram e sapatos de salto. Em seguida, pego o carro e me dirijo para o Grand Hotel Mencey para a minha estréia. Ok, eu admito, agora eu estou um pouco nervosa! Ser a garota da banda não é o emprego dos meus sonhos, mas pelo menos me permitirá subir ao palco e me divertir. Ao estacionar o carro próximo do hotel, fico chocada ao ver Sergio, meu ex, do outro lado da rua. Veio me ver? Mas então percebo que eu não sou a razão de ele estar aqui, mas certamente uma ruiva com a qual se vê muito meloso. Inacreditável. Eu vejo que a pena por nossa separação não o deixa viver. De certa forma, isso me faz rir. Esta claro que Sergio e eu não fomos feitos para outro e confirmo que o melhor foi deixá-lo. Uma vez que fechei o carro, cumprimento vários amigos ao entrar pela cozinha do hotel. Ali trabalha minha amiga Coral que faz uns bolos maravilhosos. Ao ver-me, pega minha mão e pergunta: — É verdade que você terminou com o Sergio? — Sim. — Por que? – E ao me ver bufar, acena com a cabeça — Tudo bem... Não há necessidade de me dizer, e eu imagino. No final, você percebeu que é um chato e vocês não tem nada para fazer juntos, certo? Olha, minha pequena, eu já dizia que esse cara não é para você. Você precisa de outro tipo de homem. Você sempre insiste em ir com os mais velhos que você, mas eu acho que você deve encontrar um cara da sua idade e que goste das mesmas coisas que você. — Coral, está enganada se você acha que eu vou me apaixonar por alguém.

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Adivinha quem sou Minha amiga, a grande romântica por excelência, responde: — Você tem que parar de ir de flor em flor e encontrar um homem como meu Toño. De qualquer forma, outro dia, em uma revista, vi um vestido de noiva lindo. Quando ele me pedir em casamento, te asseguro que vou fazer esse vestido. Eu rio. Ela, Toño e seu casamento. Se tem algo que Coral quer neste mundo é se casar, ter uma família grande e ser feliz. Para mim, em vez disso, tudo o que me dá mais alergia. Eu acho que no mundo em que vivemos, a família é uma instituição jurássica, mas bom, respeito que ela seja tão romântica e deseje ter seu belo casamento e sua história de amor. Por outro lado, insiste em que eu tenho que gostar de alguém da nossa idade e não entende que rapazes me aborrecem extremamente. Eu gosto dos homens maduros, interessantes, aqueles que se pode falar e que na hora do sexo sabem o que fazem. Quando apresentei o Sergio, ela o olhou de cima a baixo e sei que não gostou dele. Deu-me um prazo de dois meses. No final, eles eram quase sete, mas vamos, que sua intuição não falha! Por alguns minutos a ouço reclamando sobre o pobre do Sergio enquanto eu rio. Coral é única. Fala pelos cotovelos, como mamãe, e acho que isso é o que faz com que eu a adore e a queira bem. Quando finalmente vou dizer algo, aparece Alicia, sua irmã. — Olá, Yanira. – me cumprimenta. Fico vermelha como um tomate. Coral me olha de forma estranha. Ao ver Alicia me lembrei do que a vi fazendo na praia com seu marido e com outro homem e eu sou incapaz de dissimular. Ela me olha e eu me abano com a mão, enquanto exclamo: — Ufa... Está quente aqui, certo?

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Adivinha quem sou Coral franzi o cenho. Ela me conhece e sabe que se eu reagi assim é por algo, mas quando vai perguntar, sua irmã se adianta e diz: — Você esta muito vermelha. Você está bem, Yanira? Oh... Oh... Oh... O que eu digo? O que respondo? Plano A: Eu rio. Plano B: Eu faço de sueca, mas sou metade holandesa e metade espanhola. Plano C: Tento disfarçar. Sem dúvida, o plano C é o melhor e, tocando o meu olho, eu digo: — Esta chata hoje esta rebelde e me sacaneando. Alicia sorri e piscando para mim diz: — Cantar não é como trabalhar na creche. Está nervosa? Em minha cabeça não deixam de passar imagens dela com os dois homens, mas me ofereceu uma saída fácil e digo que sim com a cabeça e respondo: — Sim, é verdade. Estou um pouco nervosa. Quando pega o que veio buscar e sai, eu olho para Coral, que, com a faca na mão, sussurra em tom maternal: — Yanira Van Der Vall, o que acontece? — Nada. Mas minha amiga é muito persistente e sem tirar os olhos, insiste: — Ou você me diz ou quando casar não te convido para o casamento. Isso me faz rir, mas como vejo que ela não sorri, finalmente respondo: — Estou maravilhada pela atuação, é só isso. Coral levanta uma sobrancelha. Sei que não acredita em mim, mas sem dizer mais nada, começa a bater as claras em neve em uma velocidade que

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Adivinha quem sou me deixa atônita. Logo retorna a um de seus temas favoritos: as virtudes seu amado e pegajoso Toño, até que de repente pára e diz: — Luís me disse que Arturo e ele passarão esta noite para te ver. — Sério? – Sorrio ao pensar em meus bons amigos. — Sim. Você sabe que beijam onde pisa. Você é sua Tulipa! Arturo e Luís são um casal incrível. No ano passado, eles se casaram e eu fui madrinha. Foi um dia mágico para todos e nós três confessamos o amor incondicional. Além disso, Luis é um homem aberto a qualquer tipo de conversa, algo que é uma pérola porque, embora converse quase tudo com Coral em determinados assuntos ela é muito limitada. Depois de alguns minutos em silêncio, eu me inclino em uma prateleira e como quem não quer nada, eu digo: — Sua irmã e Antônio abriram um bar, certo? Ela concorda para de cortar a verdura olha para mim e sussurra: — Isso é... É isso que acontece? Quem te disse isso? — Você certamente não! – a censuro. Coral continua com suas verduras e, sem olhar para mim, sussurrando: — Quando eu descobri, estava tudo decidido. Meu Toño está chocado e minha mãe envergonhada de Alicia por ter montado um local assim. Eu ainda estou sem palavras. Foda-se... Eu não sou uma puritana, mas não quero que me relacionem com sua depravação. — Depravação? Ela solta um bufo de frustração e depois de olhar ao nosso redor se certificando que ninguém nos que escuta, continua: — Você melhor do que ninguém sabe que para o sexo sou muito tradicional. Apesar de bom, meu Toño e eu nos damos nossa homenagem ocasionalmente. Mas uma coisa é uma coisa... — E outra... É outra – finalizo e Coral confirma.

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Adivinha quem sou Depois de alguns segundos de silêncio, ela acrescenta: — Minha filha, quando minha mãe descobriu que lá há trocas de casais como se fossem figurinhas, não parou de chorar em quarenta e oito horas. Esta desgostosa. Figurinhas? Essa comparação me faz rir, mas dissimulo. Não sei o que dizer. Meu rosto é um poema de sua reação. Estou surpresa com seus comentários. Diga o que diga, não é puritana em matéria de sexo. — Esta é a mesma cara que eu fiz quando a desmiolada da minha irmã me explicou o que ela e seu marido iriam fazer. Eu disse que mamãe não entenderia, mas Alicia não quis saber. Que é um negócio rentável e na verdade é, mesmo que não me faça gosto, reconheço que só em um mês de funcionamento, o bar está muito bem. Aparentemente, muitas pessoas frequentam – E baixando a voz, repete: — Meu Toño está chocado. Mas não podemos continuar falando, porque o chef nos olha e diz: — Vamos, vamos lá, meninas, parem de falar e voltem ao trabalho. Coral segue cortando as verduras rapidamente e eu me despeço com uma piscadela. A apresentação sai muito bem. É meu batismo sobre um palco que não seja um karaokê e agradeço muito a Richi, um amigo que trabalha nesta banda, que pensara em mim. Em um momento, vejo ao fundo minha avó Ankie com algumas amigas. Estão coladas no hotel e aplaudindo como loucas. E quando sinto que vou explodir de satisfação vejo Luis e Arturo dançando na pista, enquanto cantamos Mamma mia. Quando a apresentação termina, busco minha avó, mas não a vejo. Ela se foi com o grupo de amigas. Mas Luis e Arturo e aproximam contentes. — Ah, minha Tulipa, quão bem você fez! – Luis grita, me abraçando.

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Adivinha quem sou Ele sempre me faz rir quando me chama de Tulipa, como a flor. Tulipa é uma flor da Holanda e meu pai é de lá, Luis decidiu me batizar assim. Arturo espera sua vez para me abraçar e quando o faz: — Parabéns, artista. Você foi fabulosa. Vou com eles para pegar uma bebida. Temos que comemorar a minha estréia e, como sempre, nós três passamos um grande momento. Duas horas mais tarde, depois de me despedir, pego o carro e volto para casa feliz. Ao entrar, minha avó Nira, que está fazendo crochê sentada em uma cadeira de balanço, me cumprimenta: — Olá, minha menina, como foi a apresentação? Enquanto deixo minha bolsa em uma cadeira e chaves na bandeja de cerâmica na entrada, respondo, tirando meus saltos que estão me matando: — Bem, vó, grande tudo. – E olhando em volta, eu pergunto — Está sozinha? Ela sorri. Minha avó sempre sorrindo. — Seus irmãos se foram faz horas, Ankie está com suas amigas e eu fiquei aqui, feliz e tranquila, assistindo aquelas brigas na TV. Certamente, você sabe que a neta de Manolín Martinez se casou com o neto de Luciano Llorente? Assustada, eu olho e me pergunto: — E quem são eles? Sem deixar o gancho, minha avó diz: — São toureiros do meu tempo. E para que você me entenda, as duas famílias não se dão bem e seus netos se casaram em segredo. Você acredita? — Sim, se você me disse eu acredito – disse zombando. Ela assente com a cabeça ao ver meu riso e continua:

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Adivinha quem sou — Eu gostaria que você trabalhasse nas creches com as crianças e que não se dedicasse a cantar. Uma coisa é fazer o coro para Ankie em suas apresentações e outra que você também queira ser artista como ela. Preocupome, Yanira. Este mundo não é para você. Solto uma gargalhada. — Vovó, o que você disse? — O que você ouve, minha menina. Já te disse que estou preocupada. O que deveria fazer é encontrar um namorado, como sua amiga Coral. Um rapaz decente e com boas intenções e formar sua própria família. — Vovó... — Ah, pequena, o dia que você casar será um dos mais felizes da minha vida. Lembre-se. — Vovó, não vamos começar. — Você estará linda vestida de noiva... E como faz sempre que quer falar sobre um assunto que eu não quero, me olha com olhos de filhote de cachorro abandonado. E então ela acrescenta, com voz emocionada: — Tão linda e loira como é, você estará tão bela que só de imaginar me emociono! — Vovóóóóó!!! – protesto com carinho. Conversamos um pouco sobre o que ela quer, é impossível não fazer, e depois me despeço e vou direto para o meu quarto. Não quero mais falar sobre casamentos. Uma vez no meu quarto, retiro as lentes, retiro a maquiagem, coloco meu pijama e os óculos e ligo o laptop para me conectar ao Facebook. Quero que minhas amigas, virtuais ou não, saibam que a apresentação foi maravilhosa. Recebo parabéns e quando vou desligar o computador lembro algo e pesquiso no Google sobre a palavra Swinger.

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Adivinha quem sou Espantada, vejo que existem centenas de páginas dedicadas a uma atividade que até agora era desconhecida para mim e encontro vários bares swingers pelo mundo. Mesmo em Tenerife, como o da irmã de Coral, há mais três. Leio com curiosidade um monte de páginas que explicam o que é o movimento Swinger e finalmente, visito virtualmente alguns locais. Ainda incrédula pela descoberta, me pergunto se as pessoas realmente trocam de parceiro nesses locais. Pensar nisso me provoca uma doença. Deus, se Coral e seu Toño descobrem, pensarão que eu sou outra degenerada como Alicia. O sexo, jogar com meus parceiros e minha imaginação sempre foram uma grande fonte de prazer para mim e de repente eu percebo que nada que leio ou vejo nestas páginas me escandalizam como aconteceu com Coral. Quando finalmente me deito, não paro de pensar sobre esses lugares. Atraem-me.

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Adivinha quem sou Capítulo 3 Aprendiz

No dia seguinte, domingo, depois de um dia cansativo na loja de meus pais, volto para casa e tomo um banho. Estou cansada. Às seis horas, depois de comer alguma coisa, coloco um vestido escuro e sapatos de salto alto e vou trabalhar no hotel. Hoje o repertório muda um pouco: músicas dos anos setenta. Quando terminamos, o líder da banda me chama e depois de dizer que gosta da minha voz e minha boa disposição, me propõe trabalhar todos os fins de semana. Aceito emocionada. Enquanto me dirijo para o carro, me sinto uma vencedora. Consegui que uma banda queira que eu cante com eles, mesmo que seja no coro. Ótimo! Feliz, conduzo meu carro enquanto eu cantarolo a música que toca na rádio. Quando estou prestes a deixar Santa Cruz, reduzo a velocidade e, sem hesitar, viro à direita, decidida a visitar uma das casas de swing. Não vou a que é próxima da minha casa, escolho uma mais afastada. Não quero me encontrar com alguém conhecido. Que vergonha, por Deus! Quando estaciono são onze e meia da noite. Olho a porta do local que se chama Instantes. Só o nome me motiva. Uma parte de mim quer entrar, mas a outra grita para não fazê-lo. Entro? Não entro?... O que eu faço? Plano A: entrar. Plano B: sair. Plano C: Deus, não tenho plano C! Finalmente, ligo o carro e eu vou. O que eu faço lá? Noite sim e a outra também, cada vez que eu saio do trabalho volto ao mesmo local e o observo pensando no que fazer. Olho com curiosidade para

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Adivinha quem sou as pessoas que entram e vejo que são pessoas tão normais como eu. Isso me motiva e, finalmente, me atrevo a sair do carro. Mas uma coisa é sair do carro e outra é entrar no local. Depois de pensar um pouco, a curiosidade que sinto para ver este lugar com os meus próprios olhos me faz caminhar ali com meus pés martirizados pelos saltos, enquanto digo em voz baixa: — Vamos, Yanira, você pode realizar o plano A. Abro a porta e encontro um bar normal. E isso é tudo? Por que tantas dúvidas? Homens e mulheres conversam no balcão do local, enquanto tomam uma bebida ao som da música. Que decepção. Não sei o que esperava, mas certamente não é isso. Quando chego ao balcão e peço uma vodca com Coca-Cola, uma mulher se aproxima de mim e me cumprimenta. — Ei, qual é seu nome? — Yanira. – digo. — Olá, Yanira, meu nome é Susan e eu sou a promoter do Instantes. Esta é a primeira vez que você vem aqui, certo? — Sim. — Você está esperando alguém? — Não. – Vejo que minha resposta a deixa um pouco assustada e acrescento — Estava passando por aqui e decidi parar para tomar uma bebida. Ela assente, toca seu cabelo vermelho e se aproximando de mim diz: — Yanira, não sei se você sabe, mas este lugar é... — De troca de casais. – termino a frase.

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Adivinha quem sou Estou nervosa. Muito nervosa. Mas se algo que tenho de bom é que os nervos não estão expostos e as pessoas só vêem minha tranquilidade e segurança. Sorrindo acrescento: — Fique tranquila, Susan. Sei onde estou. Ela volta a sorrir e pergunta um pouco perplexa: — Você é desta ilha? Confirmo. É uma pergunta que eu ouço várias vezes por dia e eu explico: — Sim. Meu pai é holandês e minha mãe nativa de Tenerife. E, sim, sou muito loira e sei que pareço estrangeira, mas eu não sou. Sou tenerifenha. — Eu sou inglesa, mas por amor passei a viver aqui neste lugar lindo. – Ambas sorrimos e ela acrescenta — Uma vez que o gelo foi quebrado, vou dizer que sempre que alguém novo chega me encarrego de ensinar e explicar as regras. — Ótimo. — Você me permite te informar qual a finalidade do Instantes? — Claro. Susan sorri e diz: — A filosofia deste tipo de local é desfrutar de novas experiências, sempre de comum acordo. Aqui ninguém deve ser forçado a fazer algo que não queira e nosso lema é "Desfrute do sexo, mas sem irritar ou incomodar os outros, e aceite que te digam não.” — Bom lema. – afirmo, enquanto mantenho meus nervos sob controle. — As pessoas que vêm sozinhas como você, passam para uma sala diferente da sala dos casais, e só pode passar as áreas comuns se lá formar um par ou alguém do local exige sua presença. Isso funciona assim todos os dias, exceto aos sábados, quando apenas os casais são bem-vindos. Em princípio, os casais só conversam, dançam ou tomam alguma coisa e se

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Adivinha quem sou decidirem fazer uma troca ou se relacionar com os outros para o sexo tem que passar para as salas privadas. Quer que eu te mostre o local? Assento e a sigo. Tudo o que ela me disse já tinha lido na internet. Passamos uma porta azul e nos encontramos em outra sala onde a música é mais suave e há também pessoas conversando e bebendo. Estou ciente de que vários homens e mulheres me observam. Eu desperto tanta curiosidade quanto eles a mim, mas sigo Susan para o quarto escuro, a sala de cinema pornô, uma pequena sala com buracos na parede, várias salas privadas e um salão enorme com uma grande e larga cama. Minha boca fica seca ao entrar e ver o que alguns casais estão fazendo. Que forte! Assim que saímos da sala, tento disfarçar, mas sinto como se fosse dar um medo. Susan me apresenta outra sala onde há duas jacuzzis ocupadas por pessoas. Meu coração está batendo com força quando eu vejo o que eles estão fazendo nessas jacuzzis. Depois, Susan me mostra os armários onde vejo vários sacos transparentes fechados, que contém toalhas de banho, toalhinhas e garrafas de água. Ela explica que em um lugar como este a higiene é fundamental e eu confirmo. Aqui tudo é moderno e limpo. Muito limpo. Após a visita, Susan me guia até uma sala onde as pessoas estão falando e interagindo. — Esta é a sala azul – diz — Nela estão pessoas que vêm desacompanhadas. E agora eu preciso sair. Estarei pelo local. Qualquer coisa que deseje peça-me, ok? Eu digo sim com a cabeça. Estou sem palavras. Se me picarem, nem sairá sangue, de tão assustada que estou. Mas que diabos eu estou fazendo aqui? Onde estou me metendo?

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Adivinha quem sou Com a boca seca como uma lixa, eu vou para o bar e quando o garçom me olha, eu digo: — Uma água sem gás. Ele me serve e eu a bebo quase em um único gole. Estou com sede. De repente, um homem se senta ao meu lado, e olhando diz: — Ciao, bella . Meu nome é Francesco. Dei um salto na cadeira que eu acho que bati com a cabeça no teto. Com os olhos bem abertos, olho para o homem que tenho na minha frente e murmuro: — Eu tenho que ir. Adeus. O italiano não se move. Não me toca. Não me impede. Saio do local entro em meu carro, e com taquicardia por tudo que eu vi, dirijo até minha casa.

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Adivinha quem sou Capítulo 4 Quando ninguém me vê

Um mês depois de começar a trabalhar como a garota do coro, tudo está indo bem. Pela primeira vez estou fazendo o que sempre sonhei e me sinto a protagonista da minha própria história. Gosto de cantar com a banda e no dia em que me propõem interpretar uma única canção sozinha, quase morro de felicidade! Em minha cabeça não parou de passar imagens do que eu vi na casa de swing e, finalmente, uma noite, quando eu terminava a atuação no hotel, decido voltar para aquele lugar. Estaciono e olho para o letreiro. Tomo ar e desço do carro. Sem hesitar, entro, ao ver Susan, a cumprimento. Ela se lembra de mim e me recebe com um sorriso. Desta vez, sem me explicar de novo, vou para a sala azul. Vim sozinha e, portanto, não conheço ninguém de lá. Uma vez lá dentro, vejo pessoas com quem falo em silêncio e ninguém olha para mim. Mais segura do que da última vez, sento no bar e peço uma vodca com Coca-Cola. Havia tomado apenas um gole, quando ouço alguém dizer para mim: — Ciao, bella. Fico feliz em vê-la novamente aqui. Reconheço a sua voz e lembro o nome dele. Dirijo-me o olhar para ele e falo: — Olá, Francesco. — A última vez que a vi, não me disse o seu nome. Penso em instantes se invento um nome ou digo a verdade, finalmente respondo: — Yanira. — Belíssimo nome.

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Adivinha quem sou Sorrio e ele faz o mesmo. Gosto do seu sotaque italiano, mas há algo que aprendi é ter cuidado com os estrangeiros que vem de férias. Ainda mais com os italianos, que muitas vezes são perigosos! Francesco é alto e magro. Tem cerca de trinta e cinco anos, cabelos longos castanhos e olhos escuros. Sinceramente, é muito agradável aos olhos e logo descubro que aos ouvidos também. Durante um tempo, falamos de coisas sem importância, até que me olha e pergunta: — O que aconteceu no outro dia? Eu rio. Quando estou nervosa, é o que eu faço. Então respondo: — Nada. Só decidi sair. O italiano assente e depois de um gole em sua bebida, continua: — Susan me disse que da outra vez você veio sozinha. — Sim. — O que você procura? Sinto calor... Minhas pernas fraquejam... Mas disposta a ser uma mulher segura de seus atos, como quero ser, respondo: — Vim tomar uma bebida e conhecer local. — Nada mais? Confirmo como uma boneca, mas ao ver seu olhar, acrescento: — No momento sim. Francesco sorri e se aproximando um pouco mais, sussurra: — Aqui você não encontrará um namorado ou alguém que a peça em casamento, mas sim sexo. Por assim, isso de “momento”, eu gosto.

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Adivinha quem sou Esboço um sorriso. Se tem alguém que não quer namorado e nem casamento, essa sou eu, e olhando para o garçom, peço outra vodca com Coca-Cola. Quando ele coloca o copo na minha frente, o italiano diz: — Susan comentou que foi a primeira vez que você veio. – Concordo e ele pergunta — Sério? E o que te trouxe a este bar? — Curiosidade. – respondo sincera. Francesco me olha sorridente e aproximando-se, sussurra: — Você tem que ter cuidado com essa curiosidade. Que calor. Quanta razão ele tem! — Por que? — Porque lugares como estes podem assustá-la e, além disso, você sabe, a curiosidade matou o gato! Solto uma gargalhada. Estou nervosa! Mas tentando manter minha aparência segura, respondo: — Estou convencida de que um lugar como esse pode me surpreender, mas assustar, te digo que não vai. Oh céus, como minto bem! Uma hora depois, Francesco e eu já pegamos mais confiança. É muito agradável e me faz sentir confortável. Durante nossa conversa, descubro que vive em Porto Fino, cerca de 35 quilômetros de Génova, mas a dois meses está na ilha. Trabalha em um porto de sua cidade como analista de sistemas e sua empresa o enviou para passar seis meses em Tenerife. Interessante! A cada segundo que passo com ele me sinto mais e mais receptiva à sua sedução. Que terão os italianos que nos deixam bloqueadas?

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Adivinha quem sou Será o seu sotaque? Seu estilo? Ou o elegante nó de sua gravata? Não colocou um dedo em mim, mas seu olhar de desejo fala por si só e isso me excita como nunca teria imaginado. Oh, mãe! Francesco e seu senso de humor me cativam, encantam. Seu caráter me deixa fácil, e seu sorriso, acompanhado por seu lindo cabelo, me apaixonam. Pego um par de bebidas e, embora não esteja bêbada, noto que toda vez que eu vejo um casal desaparecer atrás da cortina preta ou da porta dos reservados, me excito. Francesco deve ter percebido, porque me pergunta: — Você quer dançar na sala escura? Bem, a proposta é, no mínimo, interessante. O que eu faço? O que eu digo? Eu estou quente, excitada, isso não vou negar. O italiano é um bombom. Tem lábios fantásticos, lindos olhos encantadores e um sotaque enganador, e eu estou disposta a me divertir e aproveitar o que o meu corpo exige. — Depende. – solto. Ele sorri. — Depende de quê? Como um vampira, toco meu cabelo e respondo toda metida: — Do que você pretende que façamos lá. Com um gesto felino que me hipnotiza, aproxima sua cabeça da minha e me diz: — A primeira regra desses locais é só jogar o que desejar. Você quer jogar? – Não respondo, mas sinto como meu coração dispara e ele continua — Está claro que eu gosto de você, você me atrai e eu gostaria de jogar com você tudo o que se possa imaginar. Mas também esta claro que você não é uma mulher experiente em algum tipo de jogo, certo? Sua olhada me faz saber que espera uma resposta e digo:

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Adivinha quem sou — Eu tive relacionamentos, mas... Bem, é a primeira vez... Não digo mais nada, porque minha voz some. Ele concorda. Levanta-se e com charme, me estende uma mão murmurando: — Confie em mim e passaremos para a sala escura. Meu Deus, o momento da verdade chegou! Penso alguns segundos. Devo confiar nele ou não? Mas meu radar não me alerta de qualquer perigo e decidida, me levanto e respondo: — Tudo bem. Francesco pega a minha mão e, juntos, nos encaminhamos para as cortinas escuras, onde durante toda a noite eu vi aparecer e desaparecer algumas pessoas. Sinto meu estômago revirando. Estou histérica! Assim que atravessamos as cortinas tudo é escuridão. Agarro sua mão com força e ele me abraça, diz enquanto uma canção sensual soa através dos alto-falantes do local: — Fique tranquila, belíssima, só chegaremos onde você quiser. Até onde você deseja. Ninguém vai obrigar você a fazer qualquer coisa. E se algo que eu faça te deixar desconfortável me diga e vou parar. Nossos corpos se movem no tempo com a voz de Whitney Houston quando percebo que suas mãos baixam até minha bunda e a apertam sobre o vestido. Provocação. Meu Deus, estou deixando que um homem que não conheço passe a mão em mim! Sem dizer nada, deixo que suas mãos passem por meu corpo enquanto sua boca busca a minha e me beija. Apanho sua língua em minha boca e a degusto, apreciando. Assim estamos há alguns segundos até que ele interrompe e seus lábios carnudos baixam para o meu pescoço, para terminar de preencher meu pescoço com beijos. Estimulação.

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Adivinha quem sou Sinto que os meus mamilos ficam duros e meu estômago se encolhe diante do ataque angustiante, mas não o paro. Aproveito. Não quero pensar em mais nada. Só quero desfrutar da excitante brincadeira quente. Pressiono-me contra ele e o incentivo a continuar. A música... A escuridão... E a maneira em que me toca fazem que eu perca a razão, mas quando estou consciente da difícil e latente ereção que ha por baixo de suas calças. Tentação. Senti-lo excitado pelo que fazemos me deixa louca. — Continuamos jogando? – Ele me pergunta ao ouvido. — Sim. Até agora, gosto de tudo e quero continuar. — Posso colocar minhas mãos debaixo de seu vestido e tocá-la? Estou sem palavras. Não posso responder. Onde está a minha voz? Muitas pessoas qualificariam como uma indecência o que estou fazendo, mas eu gosto. Em todo caso, é minha indecência. É meu corpo e é com ele que jogo. E eu não quero parar. Quando Francesco mete as mãos por baixo da saia do meu vestido, minha respiração se acelera. A sensação de seu toque subindo por minhas coxas até chegar a minha bunda é incrível. Aceitação. Quando coloca os dedos por um lado da minha calcinha até alcançar meu sexo fico louca, e mais quando o ouço dizer: — Separe um pouco mais as pernas. Assim... Assim... Mmmmm... Está molhada. Deus... Deus... Deusssssssssssssssss...

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Adivinha quem sou Faço o que ele me pede, enquanto mais acostumados com a escuridão, começo a ver que ao nosso redor há mais pessoas e um casal dança com a gente. Sem demora, Francesco introduz um dedo dentro de mim e eu solto um pequeno grito de surpresa. — Você gosta? – pergunta. Oh, sim... Claro que eu gosto! — Sim. – Respondo em voz baixa. Noto que ele sorri e após morder meu queixo ele murmura: — Quando você disser, pararei. Confirmo... E confirmo... Mas não digo para parar. Nem louca! Ele move os dedos dentro de mim e agitada, solto um grito de luxuria. Masturba-me e presa a ele deixo que me excite e seja dono do meu corpo. O casal que dança ao nosso lado ouve meus suspiros e não me surpreendo quando vejo que começam a fazer o mesmo que nós. Eu nunca estive com outras pessoas fazendo algo assim e me sinto muito excitada. Depois de vários minutos agradáveis em que a outra mulher e eu ofegamos, Francesco se aproxima de meu ouvido e pergunta: — Continua o jogo? Sem dúvida, respondo enfaticamente: — Sim. — Vamos para um dos sofás. Estaremos mais confortáveis. Eu o segui até a lateral da sala, onde há vários e um par de casais. Nós sentamos e Francesco me beija. Volta a atacar minha boca, enquanto põe uma de suas mãos debaixo da minha saia para me masturbar.

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Adivinha quem sou Sentada e sem precisar dizer nada, abro as pernas quando de repente sussurra: — Posso tirar sua calcinha, Yanira? Minha calcinha? Isso é sério. — O que... O que você vai fazer? Ao ouvir minha pergunta, responde sem parar de me masturbar: — Quero te saborear, se você me permitir. Vou colocar minha boca em seu sexo quente e delicioso para beijar e mimar como sei que você deseja. Vou abri-la com os dedos e passarei minha língua dentro de você para proporcionar ondas de prazer e, por fim, se você quiser, vou te foder. Posso? Minha mãeeeeeeeeeeee. Minha mãeeeeeeeeeeee. Minha mãeeeeeeeeeeee. Ouvi-lo falar assim me excita. Deixa-me a mil por hora. Plano A: Sim. Plano B: Sim. Plano C: Sim. Respiro fundo enquanto, ironicamente me pergunto como você deixa que um estranho tire sua calcinha? Mas a excitação que tudo isso provoca faz esquecer minha pergunta e respondo: — Sim, tire-a. Francesco o faz em dois segundos. Em seguida, se ajoelha diante de mim, e começo a ofegar como uma locomotiva. Ele toca meus tornozelos, beija meus joelhos e quando seus beijos sobem pela parte interna das minhas coxas, minhas pernas se abrem, estou prestes a gritar. Por vários segundos se

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Adivinha quem sou dedica a beijar minhas coxas até que se ergue para estar à altura de minha boca e diz: — Deite-se de costas. Isso é... Sim... Assim... Muito bem. Agora, abra as pernas... Assim... Um pouco mais... Sim... Isso... E agora me deixe entrar em você – Quando eu suspiro, ele continua — Primeiro vou lavar você e, em seguida, prometo ser cuidadoso e levá-la ao sétimo céu. E lembre-se, quando não gostar de algo ou te incomodar, me fale e eu pararei. Entendido, Yanira? Concordo. Eu gosto que antes de fazer qualquer coisa ele me pergunte. Aprecio que esteja ciente do que quero ou preciso. De um saco lacrado que esta ao lado do sofá, pega água e uma toalha gentilmente me lava e então, seca. Em seguida, começa novamente a me dar beijos doces nas pernas. Minha respiração altera mais quando vejo que o casal próximo a nós também continua com seu jogo. Francesco coloca as mãos debaixo da minha bunda para me aproximar dele e momentos depois abre minhas pernas com facilidade. Oh, meu Deus, que fogo! Meu sexo, molhado e pulsante, fica totalmente exposto para ele. Eu ofego. Noto que meu coração se descontrola e um grito de desejo sai da minha boca quando sinto como sua dura e quente língua passa pelo centro do meu prazer. Oh, Senhor...! Estou permitindo que um homem que não conheço chupe minhas partes mais íntimas. Eu enlouqueci? Sigo ofegando calorosamente enquanto ele pega minhas coxas com um gesto possessivo, abre mais e coloca sua língua dentro de mim, depois de me dar pequenos tapas no clitóris. Que surpreendente! Cravo minhas unhas no assento do sofá.

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Adivinha quem sou Oh, meu Deus... Que prazer! Nunca, nada e nenhum homem me chupou com tal ímpeto e o desejo de continuar me faz abrir ainda mais as pernas. Exijo que ele não pare e ele continua enquanto me movo incessantemente, louca de prazer. Não sei quanto tempo passou. Só sei que aproveitei. Seguro sua cabeça para apertá-lo contra mim e me movo contra a sua boca, enquanto ele parece se divertir tanto quanto ou mais do que eu. De repente, sinto uma mão que não é sua na minha coxa, e ao olhar, vejo que é a mulher que está ao meu lado e que está sendo penetrada pelo homem que a acompanha, me olha. Nossos olhos se conectam. Não afasto sua mão. O calor na minha pele é estimulante, mas quando pega com força enquanto sinto as investidas de seu parceiro e ouço seus gemidos. A boca de Francesco está me deixando louca e estou totalmente desinibida. Enrolo meus dedos em seu cabelo. Oh, sim, não pare! Pressiono sua boca contra meu sexo e sinto que eu começo a tremer. O italiano e a mão da mulher estão me levando a um ponto em que nunca estive e tenho certeza que quero voltar. Vou explodir! Tremo. Começa pelos pés, sobe por minhas pernas, passa pelo meu estômago, continua por meu peito e quando chega a minha cabeça explode, me fazendo gritar e convulsionar de prazer. Francesco, ao me ver, sorri, aproxima sua boca na minha e me pergunta, enquanto estremeço: — Posso foder você agora? Digo que sim com a cabeça. Ele tira a calça e a cueca e com a escuridão do lugar, posso apenas distinguir seu pênis. Sem demora, o vejo colocar o preservativo. Em seguida, se agacha e me dando um beijo nos lábios, sussurra, enquanto passa o dedo pela entrada do meu sexo:

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Adivinha quem sou — Gosto assim, lubrificação natural. Não posso falar. Não consigo raciocinar. Só posso incentivá-lo a fazer o que desejamos. Estando entre as minhas pernas, introduz a ponta do pênis em meu sexo, me agarrando pela cintura, se afunda totalmente dentro de mim. Ambos ofegamos. Fecho meus olhos e arqueio gostoso. Desfruto do momento e não quero pensar em mais nada. Recuso-me. Francesco me penetra uma e outra vez, enquanto em italiano o que me excita ainda mais, não para de dizer: — Bellisima... Bellisima. Assim estamos há alguns minutos, até que novamente o clímax explode em mim e cravo minhas unhas em sua bunda. Segundos depois, após um grunhido, ele fica totalmente quieto e ao olhá-lo vejo que os tendões de seu pescoço estão tensos e sua expressão é de prazer. Querido Deus, acabo de transar com um estranho e foi uma das experiências mais prazerosas da minha vida. Depois de alguns segundos, durante o qual ambos podemos nos recuperar do que aconteceu, Francesco sorri sai de mim e se senta ao meu lado. Coloca sua boca na minha e noto o gosto do meu próprio sexo. Beijamos-nos e nos tocamos com total liberdade, até que seu pênis volta a ficar duro e preparado novamente. — Acho que, por hoje, para a sua primeira incursão no mundo, você já teve o bastante. O que você acha, belíssima? Alucinada, viajando e totalmente seduzida por ele, respondo muito excitada: — Acho que você está certo. Francesco confirma e depois de me dar outro beijo, sussurra:

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Adivinha quem sou — Este casal me convidou para jogar, você se importa? Olho para o homem e a mulher ao nosso lado e parecem estar aproveitando plenamente o sexo e respondo: — Não. Não me importo. Deitada no sofá observo Francesco, que se levanta e desta vez posso ver sua enorme ereção. Minha boca enche de água, mas tenho que parar. Tenho que controlar meu corpo e minha loucura. Não devo fazer mais nada ou sei que me arrependerei. Sem deixar de me olhar, vejo que lava o pênis e coloca um novo preservativo; depois se coloca atrás da mulher, que está sentada montada em seu parceiro, e em um movimento brusco, a penetra. Porra... Acaba de penetrar com toda facilidade no ânus! Que dor! Mas o grito satisfeito dela me permite saber que não há dor, em seguida, confirma quando a ouço implorar: "Continue... Continue, me dê mais." Meio deitada no sofá, excitada e sem calcinha, observo. O que eles estão fazendo menos do que um palmo de mim é estimulante, sensual, quente e ardente. O toque de seus corpos, unidos a de suas vozes e suspiros, me faz desejar participar também. Os invejo, mas sei que ainda não estou preparada. Meia hora mais tarde saio do local, ainda em uma nuvem e quando chego ao meu carro, ouço me chamarem. Quando me viro vejo que é Francesco. Ele vem até mim e, entregando-me um cartão diz: — Ligue-me quando quiser, ok, belíssima? Como eu disse, estarei um tempo na ilha e estou à sua inteira disposição. Sua proposta e o belíssima me fazem rir. É tão italiano! Mas não digo nada. Pego o cartão, em que há um número de celular e leio: Francesco Galliardi Assessor Financeiro de RNTC Porto Fino – Genova (Itália)

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Adivinha quem sou Sem um pingo de vergonha pelo que aconteceu entre nós, pergunto: — Você está tentando ser meu professor? Ele sorri e afastando os cabelos do rosto, responde: — Só quero te ensinar a jogar. Sorrio, guardo o cartão na bolsa, e depois de dar um beijo na bochecha, entro em meu carro e saio. Não dou meu telefone. Ainda não posso acreditar no que fiz! Quando chego à casa todos estão dormindo e vou direto para o meu quarto. Vou para a cama ainda alucinada com o meu comportamento. Oh Deus, se minha família descobrir!

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Adivinha quem sou Capítulo 5

Manias

— Bom dia, dorminhoca! Um travesseiro no rosto me acorda. Abro os olhos e os fecho um pouco para ver melhor. Míopes sempre fazem isso para tentar clarear o foco. Vejo o meu irmão Argen com um travesseiro em uma mão e uma xícara de café na outra. A expressão de seus lindos olhos claros, tão parecidos com os de papai e os meus, me faz sorrir e sentando-me na cama, pergunto: — Que horas são? — São nove e meia e... Batendo-me outra vez, me cubro com o travesseiro e protesto: — Por Deus, Argen... Fui para a cama muito tarde... Deixe-me dormir. — Vamos, levante. Hoje está um dia lindo para surfar. Acaba de dizer a palavra mágica. Levanto num salto, coloco meus óculos e olho pela janela. O dia está um pouco nublado, mas quando olho para o mar e vejo seu movimento, sorrio e digo: — Em meia hora, estou no carro. Quando meu irmão sai do quarto, o vejo sorrir. Argen e eu somos muito parecidos. Amamos esportes, especialmente o surf. Tomo um banho rápido e quando desço para a cozinha, minha avó Ankie, que está tomando café com ele, pergunta: — Aonde vão os meus artistas?

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Adivinha quem sou — Surfar. – eu e meu irmão respondemos em uníssono. Ankie sorri para nós e coloca diante de mim um copo de leite. Faço cara de nojo e o afasto. Então pego o pote de Nesquik, abro e levo uma colherada à boca. — Hmmm... — Por favor, Yanira. – protesta minha avó. — Já dissemos mil vezes que o cacau é para o leite, não para tomar assim. — É que amo. – digo, pegando uma nova colherada. Saboreio. Minha avó murmura. Rapidamente, como mais uma colherada e sorrio para o meu irmão, que fica rindo dos meus dentes pretos. Também fico rindo, mas ao fazê-lo, o pó vai para o outro lado e me engasgo. Tusso, espirrando pra toda parte. Minha avó me dá um tapinha nas costas e rosna: — Essa garota... Igual todos os dias. Argen, acostumado, rapidamente coloca um copo de água na minha frente, enquanto ri. Bebo e engasgo, e quando a angústia passa, ouço minha avó perguntar: — Hoje você não trabalha, não é, Yanira? Ainda aquecida pelo meu quase afogamento ‘nesquitero’, digo que não com a cabeça e ela exclama: — Ótimo! Hoje à noite o meu grupo toca no bar Ralé e precisamos de coro, você vem? Concordo. Amo cantar e acompanhar minha avó e suas amigas. Ankie sorri e depois coloca de volta o copo de leite na minha frente colocando Nesquik, pergunta ao meu irmão: — Você já tomou a sua insulina, querido? Ele responde: — Sim, Ankie. Insulina e carboidratos ingeridos.

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Adivinha quem sou Os três sorriram. O coitado tem que dizer isso mil vezes ao dia. — Hoje você não vai para o ateliê? – Pergunta minha avó. Meu irmão é um ceramista e ganha a vida com isso, explica: — Sim, irei, mas primeiro vou surfar um pouco com a Yanira. Por falar nisso, onde estão Han Solo e o corajoso? Minha avó e eu soltamos uma gargalhada e ela responde: — Eu não sei. Eles levantaram cedo e foram embora. Por certo, me disse Nira que foram fazer sua refeição no Rancho Canário, o que me diz? — Mmmm... Que gostoso! – eu digo. Ela e Argen se olham. Eles sabem que eu como bem. Despedimo-nos de nossa avó com um par de beijos, Argen e eu entramos no seu besouro amarelo. Este carro é mais velho do que nós, mas nós o amamos. Foi onde meu pai se declarou para minha mãe e meu irmão cuida com carinho. Enquanto ele dirige para a praia do Socorro, cantarolo o que toca no rádio, a música de Carly Rae Jepsen, Call Me Maybe.

“Ei, acabei de te conhecer e é louco mas aqui está o meu número então me ligue, talvez? É difícil olhar para a direita Pra você, baby, mas aqui está o meu número, então me ligue, talvez?”

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Adivinha quem sou Argen sorri. Sempre gostou de como canto e quando a música termina, ele pergunta: — É verdade que você não está mais com o Sergio? — Quem te contou essa história? Ele balança a cabeça e diz: — Quando você vai destrancar seu coraçãozinho? — Nunca. Argen é com quem mais falo da minha fobia de me apaixonar. Foi a ele que contei meu drama quando o neozelandês partiu meu coração. — Encontrei com Sergio ontem na rua – explica – e comentou que não queria nada sério. Ele diz que te quer, mas sabe que você não o quer. Mas olha, agora que vocês já não estão juntos, quero que saiba que sempre pensei que Sergio não era para você. Você precisa de outra coisa. Divirto-me com o seu comentário, e pergunto: — O que mais eu preciso? — Um homem. — Caramba... E Sergio o que é, uma salamandra? Argen ri enquanto estaciona e acrescenta: — Sergio é um cara bom, mas com o temperamento que você tem, vai devorálo! É também manso demais para você e estou feliz que você já começou o plano B para conhecer alguém. Agora estou rindo de ouvir sobre o plano B. Eu e meus planos! Saímos, abrimos o porta-malas do besouro e começamos a vestir nosso Wetsuit (traje de surf), enquanto observamos as ondas. — Retire as lentes – me lembra meu irmão. Sorrio, tiro e coloco os óculos. Perdi muitas lentes na água.

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Adivinha quem sou Uma vez terminado, tomamos as duas pranchas de surf que trouxemos no seu carro e Argen pega a minha mão enquanto caminhamos para a beira do mar. Antes de tirar os óculos, procuro um ponto de referência, como sempre faço. Uma rocha pontuda e um enorme guarda-chuva da Pepsi. A correnteza me move e, se não tenho uma referência clara, quando saio do mar sem óculos não consigo ver nada. O mar está agitado e alguns banhistas simplesmente tomam sol e observam os surfistas. Quando chegamos à praia, pegamos nossas pranchas na areia enquanto saudamos vários amigos. Todos são surfistas como nós, e juntos olhamos para a onda e para aqueles que já desfrutam dela. Depois de alguns minutos, meu irmão e eu também nos lançamos na água. Face para baixo na prancha, nadamos com os braços para entrar no mar. Uma vez que fazemos isso, nos sentamos para esperar uma boa onda e conversar com amigos que estão por perto. Surfar é divertido. Não preciso ver com nitidez, uma vez na prancha só precisa sentir. Durante um par de horas, nós montamos as ondas e gritamos satisfeitos quando a adrenalina nos transborda. Quando saio da água, olho para o guarda-chuva da Pepsi, e uma vez na areia, pego minha prancha e tiro da bolsa uma toalha para limpar meu rosto. Logo coloco meus óculos e fico observando meu irmão. É ótimo! Ele foi meu professor e quem plantou em mim o amor por este esporte. Ouço a música tocando nos alto-falantes da lanchonete e, olhando para o mar, cantarolo a canção Single ladies, da Beyoncé, enquanto movimento meus ombros seguindo o ritmo. Amo esta cantora. Então penso sobre o que aconteceu ontem à noite. Ainda não posso acreditar no que eu fiz. Se alguém descobrir, morro de vergonha, mas sorrio lembrando o bem que passei, na verdade, só eu sei o que ocorreu lá. Pouco tempo depois fico com sede, assim, me levanto e vou à lanchonete: — Uma cerveja gelada. – peço ao gerente.

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Adivinha quem sou O cara, que já me conhece de outros tempos, sorri e grita para seus assistentes: — Tragam uma cerveja gelada para a linda surfista loira. Divirto-me com as brincadeiras que fazem, pego minha bebida e quando volto para a minha prancha, ouço alguém me chamar. Viro curiosa para saber quem é, e petrifico ao ver diante de mim, o italiano de Porto Fino que conheci ontem. Quero morrer, “O que ele está fazendo aqui?”. Sorri, se aproximando de mim, e sussurra: — Com óculos está lindíssima. Uma merda. Foda-se! Não gosto de ser vista com óculos. Sempre odiei. Na escola era chamada Yanira e os óculos da vovó e lembro que ficava infeliz. Então tento usá-los apenas em casa e quando não tenho escolha, como agora na praia. Que azar! Por que tinha que encontrar esse homem? Meu rosto deve estar um poema, porque o pobre está se aproximando e, pegando meu braço, pergunta: — O que acontece? Acontece tudo. Mas olhando para ele, sussurro: — Não diga nada do que aconteceu entre você e eu, ok? O poema agora é a cara dele, aproximando-se mais, responde: — Yanira... Isso é algo entre nós, não pra sair contando por aí pra se gabar. – E ao ver minha expressão, sorri e murmura: — Acho que ainda tem que aprender muitas coisas no mundo Swinger. Suas palavras me acalmam, vejo que posso confiar nele, e apontando para a praia, digo, ao ver Argen sair da água:

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Adivinha quem sou — Venha, vou apresentá-lo para o meu irmão. Francesco e ele se dão bem. No final, os três voltam para a lanchonete e brincamos sobre os meus óculos. De acordo com Francesco, estou belíssima com eles. No entanto, não vejo a hora de ter dinheiro para fazer uma cirurgia e não ter que usá-lo mais. Então nós conversamos sobre a ilha e trabalho e quando vamos nos despedir, enquanto meu irmão caminha para o carro, o italiano pergunta: — Vai me ligar? Passo a vista neste homem tão bonito e, depois de um momento, respondo: — Que tal nos encontrar amanhã no mesmo lugar? Ele está sorrindo e piscando para mim, confirma e se vai. Quando chego ao carro, meu irmão, que esta tirando seu traje, olha com graça e diz: — É bonito o belíssima. — Sim. É bom. Depois de um silêncio, Argen acrescenta: — Mas isso não é um cara para você. Você devoraria como Sergio! Eu ri muito e ele pergunta: — De onde o conhece? Também começo a tirar a roupa e respondo: — O conheci numa noite, tomando um drinque. — Divirta-se com ele – diz Argen — mas lembre-se, que o plano B não é para você. Inicie o seu plano C. Divirto-me. — Você sabe que tenho personalidade, fui criada com três irmãos em casa,

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Adivinha quem sou sendo a única garota e a caçula. Quando vamos entrar no carro, o telefone de Argen toca. — Era Jonay. – me diz entrando — Seu primo começou a trabalhar no Parque Siam e nos convida para passarmos lá, quando quisermos.

Cámbate! Que bom.

Ao ouvir esta expressão de admiração daqui da terra, o meu irmão ri. Sabe que adoro ir ao Siam Park, um parque aquático ao sul da ilha, em que há piscinas com as maiores ondas artificiais do mundo. Na ocasião, assistimos os melhores surfistas do momento. Quando fecham o parque, abrem para eles e é maravilhoso vê-los montar essas ondas impressionantes. De repente, um carro para ao nosso lado e vejo nele a menina que Argen idolatra desde anos: Patrícia, sua paixão. Olho para ele divertida e ele olha para mim com uma carranca. Aproximandome, pergunto: — Algum plano? Argen balança a cabeça e digo: — Plano A: dizer Olá! — Não. — Plano B: Marcar um encontro. — Não. — Plano C: deixo cair minha prancha em seu carro, faço um estrago e certamente vai olhar para nós. — Mato você. – disse ele. Sorrio e olho para o grandão do meu irmão se tornar pequeno na presença desta moça. Na sua idade, Argen teve várias namoradas, mas nenhuma durou. Mais cedo ou mais tarde, todas foram embora, aparentemente por sua doença. E, sem dúvida alguma, não se atreve a se aproximar de Patricia por causa disso.

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Adivinha quem sou Teme ser rejeitado, mas insisto: — Plano D: cumprimento o menino que vai com ela. Conheço e... — Não. – meu irmão rosna. — Pare seus planos e entre no carro, vamos embora. Calo-me e não proponho mais nenhum plano. Vejo que Argen não quer minha ajuda para que Patricia fique com ele. Durante todo o caminho de volta, zombo dele, que não para de protestar. Quando chegamos em casa, digo adeus e vou para o meu quarto. Quando entro, me olho no espelho e sorrio feliz. Hoje à noite vou cantar com a minha avó e suas amigas e amanhã volto a encontrar com Francesco. O que mais poderia querer? Depois de passar a tarde na loja de meus pais, às sete volto para casa para me arrumar e me vestir para hoje à noite. Ao contrário de quando canto no hotel, para acompanhar minha avó e seu grupo não uso salto alto. Que alívio! Com elas são os jeans, couro e botas de roqueiro. Depois de pronta, desço para a sala, onde minha avó está pronta e ao me ver diz: — Você está linda, querida. — Obrigada, Ankie. A avó Nira nos olha e balança a cabeça, mas não diz nada. Convive bem com Ankie, mas não segue sua faceta como roqueira, porém aceita. Como Ankie aceita que ela se encante ao ler revistas de fofoca e ver também na TV. Depois de nos despedir, minha avó pega sua guitarra amada e entramos no meu carro. Vinte minutos depois, chegamos ao local e eu sorrio quando me encontro com o resto da banda. Quatro mulheres da mesma idade que a minha avó, todas roqueiras, excitadas e animadas! Muitas vezes são um perigo quando se juntam! Quando entramos no local, as pessoas olham para nós. Alucina-me vê-las vestidas com calças de couro, estilo vaqueiras e instrumentos a tiracolo. Em geral, as pessoas riem. Não as entendem. É revoltante rotular as pessoas

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Adivinha quem sou pela sua idade! Mas cada vez que vou com elas, volto com uma lição aprendida. E amo o seu lema "Deixe que digam o que querem, porque com a idade que eu tenho, minha vida, minha música e meu corpo faço o que me agrada." Enquanto elas colocam os instrumentos no palco, os turistas observam com curiosidade. Eles estão perplexos. Não sabem o que esperar do que eles estão vendo, mas certamente nada de bom. Em vez disso, Pepe, o dono do lugar está tranquilo. Pisca para mim e eu sorrio para ele. Sabe que quando a banda começar a tocar, vai colocar todo mundo no bolso. Ele sobe no palco e diz em Inglês, Alemão e Espanhol: — Boa noite a todos. A plateia grita, levanta suas bebidas e dizem inconveniências ocasionais ao ver vovós no palco, mas Pepe continua: — É um prazer ter aqui “As Atacadas”! Vamos recebê-las com um grande aplauso. A multidão aplaude e assovia, sem empolgação. Eles estão convencidos de que não vão gostar da apresentação, até que Ankie liga o amplificador, conecta-o a sua guitarra, e depois olha com cara de “Vão à merda!”, que deixa todos sem palavras, então grita ao microfone: — Viva o Rock and roll! Suas companheiras são incorporadas à melodia. Primeiro a bateria, em seguida, o teclado, e finalmente, os dois baixos. E um por um, todos ficaram sem fala e começaram a aplaudir. As pessoas ficam loucas. Eles dançam, se movem, se divertem. Parece um conto de fadas, e em uma lateral do palco, sorrio encantada enquanto danço também. Sempre a mesma coisa. Sempre a mesma reação. Gosto quando minha avó e suas amigas deixam todos de boca aberta.

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Adivinha quem sou Música a música se fazem donas do local até tocar a suave Flor de Luna, de Santana, um pouco antes de parar. A Ankie ama essa música e toca como ninguém. Após uma pausa de 15 minutos, subimos de volta ao palco e desta vez o recebimento não tem nada a ver com o anterior. É brutal! As pessoas querem o grupo e minha avó toca por mais de uma hora, até que os primeiros acordes de guitarra soam a canção She's got the look, do grupo Roxette e sei que isso significa que é a última música. Com sua voz inconfundível, a minha avó começa a cantar e faço os vocais.

“Ela tem a aparência, ela tem o olhar. Ela tem aparência, ela tem o olhar. O que no mundo pode fazer uma garota de olhos castanhos ficarem azuis. Quando tudo o que eu sempre vou fazer, eu vou fazer por você eu vou: la la la la la . Ela tem o olhar.”

Todos os presentes sabem e participam encantados. Quando acabamos e tentamos sair do palco, não nos deixam. Minha avó e suas amigas sorriem e decidem dar-lhes um tremendo final, tocando You shook me all night long, de AC / DC. O local vem abaixo com os aplausos, enquanto estou orgulhosa da minha avó sem poder.

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Adivinha quem sou Capítulo 6 Aquele homem

Tenerife, 2013. Um ano depois Deixo o carro estacionado perto do Grand Hotel Mencey e corro pra não chegar atrasada para a apresentação. Estive surfando na praia de Las Palmeras com o meu irmão e depois passei para tranquilizar Luis e Arturo. Serão pais em menos de um mês e Luis esta histérico. Atravesso o lobby do hotel com meus enormes saltos pretos e encontro, um morenaço que trabalha na recepção do hotel e nos vemos de vez em quando. Divertimo-nos, mas sabemos que entre nós não haverá nada. Quando o apresentador dá passagem para a orquestra, eu chego, e em um salto, subo no palco com o resto dos meus companheiros de equipe. Luciano, pianista, me olha com censura. Cheguei tarde e peço desculpas com o olhar. Durante uma hora canto junto os sucessos do verão, mas também incluímos as canções do repertório de toda a nossa vida. Quando paramos os primeiros quinze minutos, meu celular toca. — Yaniraaaaaaaaaaaaaaaa. Reconhecendo a voz da minha querida amiga Coral, que agora vive em Barcelona com seu amado Antônio, solto uma risada e respondo: — Olá, louca, como está em Barcelona? — Maravilhosamente, e você? Olho para os meus colegas na orquestra, bufo e digo: — Bem, mais uma noite cantando. Porém, acabo de encontrar com Arturo e

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Adivinha quem sou Luis e disseram que te ligariam. Eles têm algo a dizer. — Deve ser bom, certo? Sorrio com o pensamento de que eles querem falar sobre o bebê e respondo: — Muito bom. – Mas noto algo errado, acrescento: — Diga-me o que acontece? Noto que está desanimada. — Deixei Antonio. — O queee?! — Deixei-o. Não é o homem da minha vida. Adeus casamento, crianças e casinha com piscina. — Porque deixou Antônio? Se me picarem, não sairá sangue. Se alguém estava apaixonada por seu namorado, era essa minha amiga. — Sim. Acabou! – disse. — Mas por quê? — Porque não sou babá de ninguém e desde que nos mudamos para Barcelona me fez sentir uma gordarela. — Gordarela?! Repito divertida. — A mistura de gorda e Cinderela. E você sabe que amo a história da Cinderela, com o lindo final que tem, mas acabou! E nosso final foi tudo, menos bonito. Alucino. Nem sei o que dizer. Sei bem o que representava Antônio para minha amiga. — No outro dia – continua – eu estava limpando a cozinha e ele muito idiota, chega com um dos seus amigos, pega um dos bolinhos de chocolate que eu tinha feito para ele e diz: “Acredito que você deve parar de comer essas coisas. Suas coxas vão agradecer.”.

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Adivinha quem sou — Disse isso na frente de seu amigo? — Sim, Yanira, disse. Eu juro que tive que me conter para não bater com a bandeja de bolinhos na cabeça dele. É um bastardo desprezível! – Aumenta a sua voz. – Pegando a merda que ele deixa em todos os lugares, aguentando os palhaços de seus amigos cuidando dele como um príncipe, fazendo bolinhos e todas as comidinhas que sei que ele gosta e me chama de gorda na frente de seu amigo! Chega de ser a Cinderela desse imbecil. De agora em diante, serei minha própria Cinderela. Assim que recolhi minhas coisas, lhe disse um monte de coisas, deixei-o parindo e fui morar com uns amigos. Sai pra lá esse idiota. — Mas você estava loucamente apaixonada por ele... — Você disse bem, estava. Mas isso acabou! No final tudo nesta vida expira, como iogurtes. – Eu sorrio ouvindo — Definitivamente estar com Antônio todos estes anos e acabar assim não creio no amor. Como diz a música que às vezes canto: é um grande tolo, um idiota, palhaço, vaidoso, arrogante, egoísta e caprichoso, inconsciente e prepotente, falso, anão, rancoroso, sem coração. — Bem... Você sabe bem. – falo. — Eu que por ele teria sido capaz de matar. – continua dramática — e agora não quero vê-lo nem pintado. Se o ver será para insultá-lo. — Mulher... — Não, minha filha, não. Acabou! Além disso, decidi que o meu namorado a partir de hoje, se chama chocolate! Como não me vê, eu sorrio, mesmo sabendo que não é hora de fazê-lo. — Sinto e... — Cala a boca, que isso não é tudo – me interrompe. — Minha fase de problemas continuou e, dois dias atrás fui demitida do restaurante. E... Isso sim é uma desgraça! — Oh Deus, Coral, que cachorrada! — Maldita crise!

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Adivinha quem sou — Vá... — Essa porra de crise que faz com que os proprietários reduzam custos, e como sou das últimas contratadas, fui direto pra rua. Igual como o que aconteceu com você na creche. — Mas você é a melhor confeiteira que conheço. Ouço risos e depois diz: — Obrigada, anjo, também te amo. – E, depois de um suspiro triste, acrescenta: — Sendo assim, estou solteira, aberta a novas experiências em que o amor não apareça nem louca e sim trabalho, o que acha? — Terrível, Coral, terrível. — Poréééééééémmm... Há males que vem para o bem e já passei para o plano B. Soube de um trabalho que pode atender a nós duas. — Às duas? – Repito espantada, apanho um rico canapé de salmão na bandeja que passa. Conheço Coral e sei que está nervosa sobre o que tem pra contar. — Ontem, uma amiga que está desempregada como eu – começa — me disse que eles estão à procura de pessoal para um cruzeiro na costa do Mediterrâneo. O pessoal agora está completo, mas, aparentemente, teve umas baixas e precisam de pessoas. O que você acha? Apanho outro canapé e respondo: — Pois bem. Que perfis buscam? — Garçonetes e pessoal de cozinha. — Alguma cantora? — Nós não sabemos, mas estes cruzeiros costumam ter espetáculos noturnos e certamente poderia trabalhar neles. Aparentemente, é um cruzeiro que sai de Barcelona e visita lugares impressionantes como Marselha, Genova...

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Adivinha quem sou — Genova? Coral diz que sim e sorri com certeza. Sabe que lá vive meu amigo Francesco. Apresentei-o uma vez, quando os dois ainda estavam em Tenerife e ficou caidinha por ele. Se ela soubesse...! Francesco e eu ainda mantemos contato via Facebook ou e-mail e sempre falamos sobre nos encontrar de novo, mas a oportunidade nunca surge. Nós somos adultos e cada um tem continuado a sua vida em seu país. A última vez que escreveu, disse que tinha conhecido uma menina e estava namorando sério. Gostei de saber. — Ouça, Yanira, – Coral continua — amanhã de manhã vou me informar sobre este trabalho e saber o que podemos fazer para que nos contratem. Vamos? Penso. Sair de Tenerife e ver algo do mundo sempre me chamou a atenção, mas ao pensar na minha família e, especialmente, em Argen, respondo: — Não sei, Coral. — Diga-me sim... Agora você não esta com ninguém. Diga simmm. Sua insistência me faz rir e digo: — Escuta... — Nãoooooooooo... – ela me interrompe — não quero ouvir. Quero que você me diga sim. É uma oportunidade de estarmos novamente juntas, conhecer homens interessantes e ver algo do mundo. E bem... — Coral! – Grito e ela se cala — O contrato com o hotel acaba no próximo mês, mas certamente será renovado. O trabalho está muito ruim e... — É uma oportunidade, Yanira, você não vê? – retorna com a carga toda. – Será um contrato temporário, só o tempo de duração do cruzeiro. Experimente, e se não gostar, volta para Tenerife e segue cantando em hotéis. Vamos... Diga sim... Por favorrrrrrrrrrrrrrrr. Você não pode dizer não a Gordarela! Eu sorrio, impotente. A verdade é que me atrai deixar a ilha e trabalhar em um cruzeiro. Um garçom com uma bandeja passa por mim e como outro canapé digo a

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Adivinha quem sou Coral: — Ok. Informe-se e me conte. Seu grito é ensurdecedor e, divertida digo: — Preciso ir. Tenho que subir de volta no palco. — Ok. Beijossssssssss. Desligo o telefone e o guardo no bolso. Cinco minutos depois, estou com a orquestra, cantando “Estranhos na noite” para os hóspedes do hotel.

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Adivinha quem sou Capítulo 7 Isso de Saber

Eu estou em Barcelona! Coral se informou sobre o cruzeiro e não pagam mal. Não me contrataram como cantora, mas de garçonete. Portanto, deixaram bem claro o que faço e o listaram. Espero que não esqueçam e liguem se precisarem de mim. E aqui estou, disposta a desfrutar de uma nova experiência ao lado de minha louca amiga. — Que lugar incrível! – Exclamo, olhando ao redor. O cruzeiro é um incrível hotel flutuante. Cabem nele três mil pessoas e tem sete andares e instalações incríveis para organizar eventos com espetáculos e animação. Os novatos têm uma reunião com o chefe, que explica que no navio há quatro tipos de camarotes. E nos ensina. O interior sem nenhuma abertura para o exterior, que são os mais econômicos e com segurança é o que eu poderia pagar. O exterior, que são como o interior, mas com uma janela. Outros exteriores melhores com varanda privada. E, finalmente, luxuosas suítes, espaçosas com varanda privada, jacuzzi e sala de estar, que estão localizadas no andar superior e são incríveis. — Bonita suíte. – diz de repente um rapaz loiro para um ruivo, caminhando em nossa direção. — Para desfrutar plenamente, não? – responde Coral, deixando-me perplexa. Sem vergonha!

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Adivinha quem sou Desde que deixou Toño está sem freio. Passou da doce Coral que acreditava em contos de fadas à devoradora de homens que cria suas próprias histórias de princesa travessa. Olho o rapaz que está ao lado do loiro, sorrio e penso, "Ruivo, preparese.” E ao que acontece, ao ver que ambas sorrimos, sorri de volta e se apresenta. — Olá, meu nome é Tomás. — Eu, Fredy. – diz o ruivo. Nós também lhes dizemos nossos nomes e, então, Tomás se põe ao meu lado e começa a brincar comigo, enquanto Coral pisca e flerta com o tal Fredy. — Trabalho aqui há três anos. – me explica Tomás, me olhando. — Uau, que sorte. – respondo. Quando acabamos de visitar os diferentes tipos de camarotes, nos explicam as obrigações de cada um e Tomás sorri ao ver que estamos no restaurante Cocoloco com ele e que é um dos nossos gerentes. Desanimada, escuto que devo atender no restaurante e, se necessário, dar uma mão no bar durante os shows noturnos. De repente, vejo uma porta lateral abre e um morenaço vestindo calças de camuflagem e camisa branca atravessa a sala olhando para um celular que tem em mãos. Minhaaaaaaaaaa mãe! Sem poder evitar o sigo com o olhar. Ele parece um homem interessante, e não um menino, como Tomás. Eu me sinto atraída por sua aparência forte. Seu queixo quadrado, sua segurança ao andar, quando desaparece por outra porta, volto a prestar atenção nas chatas explicações. Escuto o chefão de toda bagunça, o Sr. Martinez, que nos explica como

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Adivinha quem sou atender os clientes. Por que a maioria dos gerentes são tão sérios? Nunca se divertem? Sr. Martinez, que é como quer que nós o chamemos, dá muito ênfase que devemos ser educados, não descuidar da nossa aparência nem nosso vocabulário e facilitar a viagem para o cliente. Em seguida nos fala sobre a noite de gala do capitão e bufo quando percebo que eu não serei como essas mulheres fascinantes com ele, bebendo champanhe. Eu serei mais uma das que estarão trabalhando. Um saco! E o champanhe? Nem o cheiro! Quando a reunião termina, todos os novos trabalhadores descem do navio, felizes por termos conseguido esse trabalho. Depois de Coral e eu nos despedirmos de Tomás e Fredy, olho ao redor com esperança de ver o morenaço, mas nada, nem traço. Minha amiga está feliz por essa aventura juntas, me abraça e diz enquanto caminhamos: — Que lugar incrível! Estou convencida de que vamos ter um grande momento. Concordo. Não duvido nenhum segundo de que assim será, mas acrescento: — Vou comprar umas pílulas para náuseas para se for necessário. Melhor sobrar do que faltar. Ambas rimos. O cruzeiro sairá em dois dias e eu sou uma mulher muito precavida. Uma vez saímos da farmácia, pergunto a Coral: — Que tal se formos à Starbucks para um frappuccino? — Excelente ideia. – ela responde. Extasiadas, nos encaminhamos até a Starbucks mais próxima do porto. Chegando lá tem uma fila enorme, mas dispostas a tomar nosso frappuccino mocha branco, esperamos com paciência. De repente, percebo um homem que espera para pegar seu pedido e meu coração acelera imediatamente.

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Adivinha quem sou O morenaço do navio! Volto a olhar e quando levanta os olhos do celular, fico sem palavras. Oh, Deus, tem a boca mais sexy que já vi e um olhar desafiador que me encanta. Passa uma mão pelo cabelo depois pela barba. Seu magnetismo e virilidade me deixam enraizada no lugar e quando consigo respirar, sussurro para minha amiga: — Atenção, morenaço mais que impressionante às 12h em ponto. Sem disfarçar Coral estica o pescoço e depois de uma varredura completa exclama: — Uau, que homem! — Interessante. — Eu diria maduro. — Já sabe que não gosto dos novos. Ela acena com a cabeça e murmura: — Este deve ter por volta de 35. – E acenando com a cabeça, acrescenta: — Yanira, com este homem te digo que as seis fases do orgasmo se cumprem ao pé da letra. Eu rio. Não sei o que quer dizer com isso das seis fases e ela me explica baixando a voz. — O primeiro é chamado de asmática e é quando você diz: "Ah... Ah...!". A segunda é geográfica: "Aqui... Aqui!". A terceira, matemática: "Mais... Mais!”. A quarta, religiosa: “Ai, Meu Deus". A quinta suicida: "Oh, estou morrendo!". E a sexta, e não menos importante, a homicida, que é quando você solta: "Se você parar, eu te mato!". Minha gargalhada faz com que todos olhem para nós. Mas aonde aprendeu isso a santa da minha amiga? Rindo, me conta quem a ensinou e eu me rompo. Então, observamos o maduro enquanto ele segue esperando seu pedido falando no celular. Claro, eu

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Adivinha quem sou estaria mais do que extasiada de provar essas seis fases do orgasmo com esse homem. Não parece feliz. Sua testa franzida e os movimentos que faz com a mão livre me dão a entender de que a conversa o irrita. Encanta-me sua cara de valentão, e quando se vira fico sem fôlego ao ver suas costas largas e seu estupendo traseiro. Por favor... Que bunda mais bonita. Logo depois, quando a garçonete lhe entrega o copo de café local com um sorriso adorável, murmuro: — Acabo de me apaixonar à primeira vista. — E eu... Irritada, olho para Coral e digo: — Não me irrite? O mesmo que eu? Ela nega com a cabeça. — Acalme-se, minha menina. – responde. — Me interessa mais o de camisa pistache que está às três horas. Deve ser meio bobo, mas eu adoro aquele nariz agudo. Olho para onde indica e sorrio quando acrescenta: — O que eu vou fazer se agora gosto dos jovenzinhos. Sorrindo, volta a olhar meu morenaço, que se aproxima de nós em seu caminho para saída. Que músculos. E o como é alto! Excito-me só de olhar para ele. Sua segurança ao caminhar, olhar, respirar, me faz pensar que esteja, como diria meu irmão Argen, sem merendar! E isso me provoca. Deixa-me louca. De repente, Coral, em seu estilo mais louco, lhe para e pergunta:

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Adivinha quem sou — Tem um cigarro? Ele finca seu impressionante olhar em nós duas e diz: — Não. — Não fuma? – Insiste me empurrando para que diga algo. — Não. Bem, é de poucas palavras! E depois de um silêncio constrangedor, durante o qual não sei o que dizer perante o seu olhar penetrante, ao ver que vai seguir seu caminho, olho para o copo que leva na mão e, incapaz de deixá-lo ir, digo: — Então adeus, Dylan. Examina-me com o olhar e de repente eu me sinto como uma idiota. Por que eu tinha que dizer isso? Coral ri. Puta que a pariu. Eu rio. Puta que me pariu. E o homem, sem tirar o olho de mim e mais que sério, pergunta em tom irritado: — Nos conhecemos? Mas que antipáticoooooooo! — Não. – respondo. Intrigado, se inclina um pouco para ficar da minha altura. Tira-me um palmo pelo menos. Crava seus impressionantes olhos castanhos em mim e pergunta: — Então, como você sabe o meu nome? Plano A: Digo a verdade. Plano B: Digo uma mentira.

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Adivinha quem sou Plano C: Dou-lhe um grande beijo de parafuso e faz os o Sol nascer em Antequera. Finalmente decido pelo plano A, pois o C é muito arriscado a resposta: — Suponho que seu nome seja o que está escrito no copo da Starbucks. O morenaço olha, lê o que está escrito e pergunta: — E se não for esse? Derreto ao me perder em seus olhos e, encolhendo os ombros, digo com um sorriso de boba: — Pois teria errado feio. Atravessa-me com o olhar e em seguida me contempla desafiador, com os olhos cerrados. Aperta os lábios e rio de nervoso. Parece que vai dizer alguma coisa, mas finalmente nega com a cabeça e vai embora. Ohhhh ... Que penaaaaaaaaaaa ! Eu olho totalmente extasiada. Fiquei impressionada, mais do que quando Ricky Martin me deu um autógrafo alguns anos atrás e me piscou o olho. Coral, que se dá conta de tudo, solta uma gargalhada e, se aproximando de mim, cochicha: — Recolhe a calcinha do chão, que nos falta pedir . Volto a mim. O que aconteceu comigo? Empurro minha amiga, mas ainda acalorada, peço os frappuccinos a garçonete. Saímos do lugar rindo e quando algumas meninas que passam correndo me empurram sem querer caio como uma tromba em cima de alguém. —Weeepaaa. – Ouço. Meu frappuccino derrama sobre esse alguém e ao olhar vejo que é um grande homem moreno.

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Adivinha quem sou Depressa, eu digo: — Oh, Deus... Eu sinto muito. Ele, ainda me segurando em seus braços, me solta e, olhando sua camisa encharcada por causa da minha bebida, diz em castelhano, com sotaque estrangeiro que não pode com ele: — Não se preocupe. Não foi culpa sua. — Sim, mas... Sem me deixar terminar a frase, esse armário me solta: — Você manchou o cachecol de Hermès, esse cachecol que carrego. É mauricinhooooooooooo! Começo a rir e respondo divertida: — Poderia te dizer que sim, mas é dos chineses. Especificamente, da loja do meu vizinho Yuyun. Surpreso, tocar numa das extremidades de tecido e sussurra: — São incríveis esses chineses. Certamente parece autêntico Hermès. Eu sorrio surpresa com sua amabilidade. Esse tipo de homem tão frescos e tão bem arrumados não costumam ser simpáticos. Quando o olho, ele se vira a falar com um grupo de homens cada um mais arrumado. Os observo e rapidamente deduzo que são gays musculosos e bonitos. Com essa pinta não tenho a menor dúvida! — Você está bem? – pergunta Coral. — Sim. Mas preciso de outro frappuccino. Caminhamos de novo até a fila e enquanto esperamos, minha amiga exclama: — Que armário! Por que eu não choco com caras como esse? Divertida, estou prestes a responder que acho que esse homem gosta de outra coisa, quando alguém pega meu braço e, ao me virar, vejo que se trata dele, que me pergunta:

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Adivinha quem sou — O que estava bebendo, linda? Espantada, respondo: — Frappuccino de chocolate branco, sem café. Já nos abordava e vejo como ele o pede e um par de minutos depois me entrega. Agradecida digo: — Obrigada e também por me segurar para que não fincasse os dentes no chão. O armário sorrir e, então, um homem um pouco maior e corpulento se aproxima, com enormes óculos de sol. Toca a cabeça em um gesto que me parece protetor e pergunta: — O que aconteceu, Tony? Será seu namorado? O tal Tony vai responder quando salto: — Fui eu. Algumas meninas me empurraram e... Sem me deixar terminar, o recém-chegado diz: — Vamos para o hotel. Lá você pode se trocar. Vendo sua grosseria, Coral intervém: — Yanira, vamos. Lá estão Jordi, Aida e os outros. Quando nos juntamos com seus amigos, ela me apresenta e esqueço o incidente. Jordi e Aida já conheço, são os seus companheiros de quarto. Todos propõem ir ao Obsessão para jantar e tomar uma bebida. Fico encantada. Não conheço Barcelona então aonde me levam está bom. Mas ao dirigirmos aos carros, o homem que joguei meu frappuccino em acima se aproxima e pergunta: — Aonde vai? Coral, que já estava de olho, responde, contente com sua presença: — Um jantar e depois da festa.

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Adivinha quem sou Noto que ele olha para trás e vejo que o grupo que estava com ele se foi. — Você se importa se eu for com você? Eu compro uma camisa, mesmo nos chineses, assim não tenho que ir ao hotel. Bem... Não é tão formal como eu pensava, mas eu sinto que isso vai causar problemas. Eu sei. Meu sexto sentido da mulher me diz: "Alerta!". Mas Coral, que olha para ele com olhos de loba, mas loba... Loba, sorrisos. — Claro. – responde Coral — Como se chama? — Anthony, mas pode me chamar de Tony. Sem mais, se junta ao grupo e todos nós vamos à festa. Olho Coral e sorrio ao ver que já escolheu sua próxima vítima, embora sem dúvida vai levar algum tempo até se dar conta de que com esse não há nada a ser feito. Por volta das quatro da manhã, depois de dançar até ficarmos esgotados e Coral finalmente estar ciente que o grandalhão não passará por sua cama a menos que queira dormir profundamente, decidimos voltar para casa, mas não sabemos o que fazer com o Tony. Está bêbado! Bebeu além da conta, depois de pensar, Coral e eu decidimos não deixá-lo abandonado no meio da rua e levá-lo para a casa onde nos hospedamos. Ajudadas por Jordi e Aída, conseguimos subi-lo até o quarto, que fica na Villa Olímpica, e Tony cai como uma pedra sobre o sofá. — Mas o que ele bebeu? – Pergunto, olhando para Coral. — Eu não sei. Eu só vi um Bacardi com Coca-Cola. Sim, a noite toda! Exausta e cansada da festa, decido ir dormir. Eu preciso disso! Mas cerca de oito da manhã, um barulho ensurdecedor, que identifico como a música do filme Tubarão, me acorda e levanto buscando sua origem. Não encontro. Corro por meus óculos, mas sigo sem encontrá-lo.

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Adivinha quem sou Tutu... Tutu... Tutu... Tutuuuuuuuu . Oh, Deus... Esta musiquinha estridente está me enlouquecendo! Jordi, Aída e Coral aparecem na sala de jantar e com cara de cansaço, perguntam: — Que som é esse? — Tubarão. – respondo, a ponto de um infarto. Tony segue dormindo no sofá com um bronco, virado para baixo, e eu percebo que o ruído vem de um dos bolsos de sua calça. Cuidadosamente damos a volta e o barulho torna-se mais ensurdecedor. Tutu... Tutu... Tutu... Tutuuuuuuuuu . — Deve ser seu celular. – comenta Jordi, cobrindo as orelhas. — Pare com isso, por favor. Meto a mão no bolso traseiro da calça e pego o celular. É uma chamada. Pequena musiquinha...! O telefone toca e toca e Tony não acorda. Quando já não posso mais, abro o celular e, sem olhar para a tela, grito: — Quem é? — Quem é você? – Ouvi um homem responder e, ao não receber resposta, diz: — Faça o favor de dizer ao meu irmão Tony que atenda o telefone. Oh... Oh... Aqui está o problema! Bufando, respondo: — Impossível. Ainda não despertou. O tipo solta uma série de insultos e quando finalmente esgota seu bonito vocabulário, pergunta: — Tony bebeu? Olho o mencionado. Mais que bebeu deve ter absorvido o licor por todos seus poros. — Bom, – digo, — a verdade é que... Agora quem bufa é ele, e pede:

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Adivinha quem sou — Dê-me seu endereço. Vou buscar o louco do meu irmão. Penso no que fazer. Não me apetece que esse idiota apareça no apartamento, mas gostando ou não é o melhor para todos. Assim, com a mesma frieza com que ele tem falado, dou-lhe o endereço e, depois desligo. Olho Coral, Jordi e Aída e digo: — Voltem para a cama. Esperarei que venha o simpático irmãozinho de Tony buscá-lo e logo me deitarei também. Sem colocar a menor objeção, os outros desaparecem quando eu entro no banheiro para pentear o cabelo e escovar os dentes. Meu aspecto ao me levantar nada mais é, do que um pouco assustador. Não vou trocar de roupa para receber qualquer um e muito menos esse prepotente. Com meu pijama vermelho estou mais do que apresentável. Quando estou tomando uma xícara de café, soa o interfone. Corro para abrir para que não volte a soar e vejo no monitor que se trata do homem gordinho de óculos escuros que ontem disse ao Tony para ir ao hotel trocar de roupa. O namorado! Por um momento, o observo sem ser vista e a primeira coisa que me chama a atenção é sua cara amável enquanto pergunto no interfone: — Quem é? — Desculpe, senhorita, venho buscar Tony. Uma vez que eu aperto o botão, vou até a porta da casa e a abro. — Bom dia. – saúdo. O homem acena com a cabeça e ao ver que não se move, digo mais animada posso: — Pode entrar. Não fique aí parado. Uma vez dentro, me estende a mão e diz: — Sou Tito Fernández.

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Adivinha quem sou Eu a aperto e respondo: — E eu sou Yanira Van Der Vall. Quando eu fecho a porta, faço um gesto com a cabeça e ele me segue para a sala. Tony está deitado no sofá e ao ver seu estado, o homem se aproxima, ele passa a mão pelo cabelo e sussurra: — Porra, Tony... Eu não digo nada. Compreendo o seu gesto. Ver as condições em que o outro está é para dizer “Porra” e algo mais. Lembro-me quando tive que ir buscar Rayco em alguma ocasião nesse estado para que meus pais não soubessem. “Porra” foi o mais suave que eu disse. Finalmente, depois de um silêncio tenso, seu celular toca. O homem o pega. O ouço falar em inglês e, de repente, me estendendo o celular, diz: — O irmão de Tony quer falar com você. Surpresa, pego o telefone e saúdo alegremente: — Olá, irmão do Tony. Como esperava, continua irritado e responde sem saudação: — Tito disse que tem o carro parado na porta. — Perfeito! Vou ajudar a descer teu irmão. — Como?! — Que ajudarei a levá-lo até o carro. – repito. — Você? Bufo. Esse cara é burro. Não penso em chamá-lo de você por mais que esteja me tratando assim. Não me estranha que Tony tenha lhe posto a música do Tubarão. — Sim. Eu. Embora não me conheça, tenho que esclarecer que tenho mais força do que você imagina.

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Adivinha quem sou Percebo que está espantado e rindo acrescento: — Eu cresci com três irmãos e não seria a primeira vez que encontro em uma situação como esta. — Senhorita, o que é tão engraçado? Pequeno bastardo. Estou prestes a desligar, mas finalmente respondo: — Eu rio da situação absurda. Sei que minha resposta não agrada, porque ele também bufa! Não posso evitar soltar outra gargalhada. — Pode parar de rir? — Eu não posso, meu filho. – digo. Ugh... Que momento inoportuno para rir. É sempre a mesma coisa! Tony, bêbado, o namorado me olhando desesperado e o irmão no telefone com vontade de me estrangular e eu sem conseguir parar de rir. — Eu não sou uma criança e muito menos "seu filho". – ele protesta. Percebendo que não me entendeu, esclareço, enquanto o homem que tenho em frente sorri com dissimulação: — Já sei que você não é uma criança, nem "meu filho", mas de onde eu venho, dizer: "meu filho" é uma frase carinhosa e me escapou sem querer. Mas... Eu retiro! Depois de um silêncio tenso, pergunta: — Você teve um bom tempo com o meu irmão? Eu sorrio. A verdade é que eu tive um tempo genial dançando com ele. Os movimentos de Tony e o quão bem dança salsa. Mas seu tom de voz me faz entender que não está me perguntando isso e colocando as mãos na cintura, ansiosa em tê-lo na minha frente: — O que você está insinuando? — Eu não insinuo... Eu afirmo.

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Adivinha quem sou Bufo novamente. Esse idiota está pedindo e, disposta a comê-lo com patadas, dou um passo a frente e em um linguajar de favela solto: — Olha, pedaço de imbecil, cuidado com que afirma, porque comigo está mexendo em areia movediça e eu não sou de ficar quieta quando as coisas não são verdadeiras. Felizmente para você, não te tenho de frente e além disso tem vários amigos dormindo na casa e não tenho intenção de acordá-los com as palavras que me encantaria te dizer, as mais desagradáveis, todas elas, seu bastardo, presunçoso e prepotente. Assim, uma vez dito isso, faz o favor de ir à merda. — Hey! — Oh... E agora vou ajudar a descer seu irmão, porque eu não sou da mesma vagina que você. Idiota! Vou desligar quando eu o ouço dizer: — Eu nunca conheci uma mulher desagradável e desbocada como você. — Me alegra saber. As mulheres como eu, geralmente têm gosto e critério. E agora desaparece do meu ouvido, ridículo, e espero nunca mais falar com você. Ele bufa. Eu também bufo e desligo. De mim, bastardo nenhum ganha. Histérica, eu olho para o outro homem, que estende a mão para eu devolver o telefone. Não diz nada, apenas sorri. Então ele se abaixa, pega Tony com facilidade, joga-o no ombro e quando chega a porta, diz: — Obrigado por cuidar dele. Concordo. Não tenho vontade de falar ou pensar e, quando sai, vou direto para a cama, morta de sono.

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Adivinha quem sou Capítulo 8 Uma história importante

Naquela tarde, quando Coral e eu dissemos adeus a Jordi e Aída, me acabo de rir. Nós parecemos de férias com as malas e os nossos chapéus, quando, na verdade, o que vamos fazer é trabalhar, enquanto outros gozam as suas férias. Desgosto de vida! Por que não nasci rica? Os trabalhadores têm de estar no navio, chamado Espírito Livre, 24 horas antes que cheguem os passageiros. Engolidas entre o pessoal fixo, eu e Coral nos olhamos encantadas. Quanta gente! Um coordenador indica o número de nossa cabine. Ela é pequena, mas somos só nós duas e temos espaço suficiente. Uma vez desfeitas as malas, fomos para o convés, onde um outro coordenador nos entrega uniformes e placas com os nossos nomes que todos nós devemos usar. Fico surpresa ao descobrir dois músicos com quem já atuei em Tenerife. — Mas, minha filha, o que você está fazendo aqui? – Richi me cumprimenta enquanto Josele me dá dois beijos. — Você trabalha aqui? – pergunto alucinada. Ambos acenam e Richi pergunta: — Você foi contratada para a orquestra? – Nego com a cabeça e dou de ombros, explico: — Não, já tinham todo pessoal. Aqui sou uma garçonete. Vejo olhares surpresos e de repente sinto que tenho dois aliados. Bem! Se estão na orquestra, não tenho dúvida de que eles vão fazer todo o possível para que cante com eles.

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Adivinha quem sou Ao reconhecê-los, Coral se lança em seus braços e poderemos nos ver todos os dias, vamos dar uma volta no barco. Sinto saudades de casa quando chegamos a um grande salão de baile, Richi e Josele despedem-se de nós e vão com os outros membros da orquestra, enquanto devo me encaminhar ao refeitório, onde começamos a colocar guardanapos e talheres nas mesas. Enquanto rumino a minha dor, percebo que alguém coloca a mão na minha cintura e ao virar vejo que é Tomás. — Ei, linda, como vai? — Bem. — O que é isso? – pergunta, vendo meu desanimo. E, incapaz de esconder o que eu sinto, respondo: — Sou uma cantora, não uma garçonete, e amo estar na orquestra, em vez de estar colocando guardanapos e talheres. Sorri. Me dá um sorriso agradável e bonito enquanto pergunta: — Em qual camarote está? Bem... Bem... Bem, o frango não mediu palavras. Isso me faz rir, e levantando uma sobrancelha, solto: — Em um que você não vai entrar. — Posso facilmente descobrir onde você dorme. – replica com a voz rouca. — Quer jogar comigo? Divertida, assento e respondo valente: — E sei onde você trabalha. Tomás ri, mas noto alguma cautela. No entanto, sem poder evitá-lo, muito bobo murmura enquanto se afasta: — Difíceis. Assim que gosto das minhas garotas.

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Adivinha quem sou De repente, a dois metros de mim, vejo passar Dylan, o morenaço impressionante do Starbucks, carregando uma caixa em seu ombro. Por favor... Por favor... Por favor... Que deleite de se ver! É vê-lo e me entram os sete males. Não. Oito, porque estou tremendo. Quero que olhe para mim. Quero que me reconheça. Quero que pergunte qual é o meu camarote. Mas, para meu espanto, nem me olha, nem reconhece, nem pergunta nada. Merda! Coral, saindo da cozinha, me pega olhando descaradamente e sorrateira chega e sussurra em meu ouvido: — Terra... Terrinha... Terra... Como está o maduro? Concordo com a cabeça enquanto, com a boca seca, digo: — Incrível. Ela que me conhece mais do que a minha mãe nas questões dos homens, pergunta: — Qual é o seu plano? Divertindo-me com a questão, sem tirar os olhos do cara bom que desaparece através de uma porta dos fundos, respondo segura de mim mesma: — Só tenho o plano A. Vou conhecê-lo. Naquela noite, depois de deixar o restaurante Cocoloco, preparado para a chegada dos passageiros para o dia seguinte. Vários trabalhadores se reúnem em uma área comum que temos para nós, onde rapidamente começamos a conversar e nos conhecer. No navio trabalha uma variedade de pessoas incríveis. Tem russo, alemão, colombiano, americano, espanhol, finlandês, tudo!

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Adivinha quem sou Falo com uma garota italiana. Seu nome é Gina e há cinco anos é cozinheira do cruzeiro. Garota trabalhadora! Espantada, ouço que só vê a sua família um mês e meio ao ano. Desacredito! Não poderia estar sem ver os meus a tanto tempo. Tenho certeza de que morreria de tristeza. Enquanto conversava com Gina e me apresenta a Nelson, um equatoriano muito simpático, procuro entre as pessoas meu morenaço, mas nenhum vestígio dele. Isso corta minha onda. Tomás sorri para mim e seu sorriso diz tudo. Sei bem o que ele quer, mas passo. Não é o meu tipo. Ele me oprime com seus olhos e, em seguida, com suas insinuações contínuas, mas desta vez decido comportar-me e mostrar até onde posso chegar. Crescer com três irmãos te ensina a se defender quando você precisa. Divirto-me por um tempo, vou buscar Coral, que está com Fredy, e vamos dormir, porque temos de estar ótimas para o dia seguinte. Quando o despertador toca sob minha cama, vejo que estou só. Como Coral está na cozinha, tem de levantar mais cedo. A primeira coisa que faço é ficar em pé, em segundo é descobrir que estou enjoada. Acho que o barco e eu não vamos nos dar bem. Uma vez que coloco meu uniforme, amarro meu cabelo como mandaram, me olho no espelho dando risada de mim mesma. Que cara de freira que tenho! Não querendo pensar nisso, coloco a plaquinha com o meu nome e vou para o Cocoloco. Depois de uma manhã sem parar, ao meio-dia começam a chegar os passageiros. Curiosa, subo na grade para vê-los e observo seus gestos excitados enquanto embarcam. Eles parecem felizes, o que me faz sorrir. O cruzeiro sairá no dia seguinte, às seis da manhã e todos querem se divertir.

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Adivinha quem sou Durante horas, as pessoas continuam chegando e subindo para o navio, parece que nunca vai acabar. Vou de um lado para o outro sem parar, e às seis da tarde, as portas do restaurante abrem para que os passageiros possam jantar. Meu chefe me colocou na área VIP. Pensei que iria trabalhar menos, pelo contrário. Este povo rico come petisco como selvagens, vamos, que tem o mesmo apetite do que aqueles que estão em um andaime. Sem descanso, levo pratos limpos para as mesas e recolho os sujos, grandes bandejas de salmão, anoto os pedidos e abro garrafas de champanhe até que de repente ouço: — Yanira! Ao ouvir meu nome, olho e vejo um cara elegante. Identifico rapidamente: É Tony! O homem que adormeceu no sofá. Sim, agora penteado e mais refrescante do que uma alface. Vendo que olho para ele, se aproxima e sussurra: — Obrigado por não me deixar deitado na rua, linda. Acho que bebi demais. — Você acha? Vendo minha cara, Tony ri e acena com a cabeça. — Admito. Fiquei bêbado. Assim é melhor. Sorrio divertida. Mas aconselho a não repetir. Beber tanto não é saudável. E em determinadas idades deve se cuidar! Sua expressão muda e pergunta: — Você está me chamando de velho? Solto uma gargalhada e, baixando a voz, respondo: — Não. Mas já passou dos quarenta. — Como você é cruel. – replica .

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Adivinha quem sou Nós dois rimos, e acrescentou: — Sinto ter deixado sua casa sem me despedir. — Ah, não tem nada. Nós cuidamos da situação. — Meu irmão foi gentil com você? Lembrar da conversa por telefone com este homem me deixa ofegante e respondo: — Não sei pessoalmente, mas diria que ele se comportou em sua linha: um rude. Certamente, a música do Tubarão para suas chamadas vem bem a calhar. Tony sorri, toca seu cabelo penteado e franze a testa. — Desculpe, – disse — Espero que Tito, que foi quem me socorreu, tenha sido mais agradável. — Fique tranquilo, Tito foi muito simpático. Quanto ao seu irmão, garanto que fica bem atrás. Despachei-o. De repente, vejo que o gerente olha para mim e rapidamente colocoume para pegar alguns pratos vazios. — Trabalha aqui? – Tony me pergunta. Olhando para ele com cara de: "você é um idiota", digo: — Não, vaaaaaa... Na verdade sou dona da companhia, mas gosto de usar este ridículo uniforme com a plaquinha para que todos saibam meu nome, e recolher algumas mesas. O que você acha? Ambos sorrimos e acrescenta: — Coral também está aqui? — Sim. Tony sorri. Vejo que gosta da notícia. E depois indica alguns homens, os mesmos do outro dia, que se sentam, e diz: — Então, nos veremos todos os

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Adivinha quem sou dias durante a viagem. Você pode até conhecer meu irmão. Por causa do trabalho, não pode juntar-se o cruzeiro até a escala de Marselha. Seu irmão! O tubarão! O ridículo! Vou ter que conhecer esse louco? Porém, guardando pra mim os elogios que esse tipo ocorre para mim, olho para Tony e sussurro: — Então vou vê-lo por aqui. Agora tenho que trabalhar. E saio com uma bandeja cheia de pratos sujos. Vou para a cozinha, deixo a bandeja, incapaz de acreditar na minha má sorte, me bato contra um dos freezers. — O que é isso? – Coral me pergunta, aproximando-se. Virando-me para ela pergunto: — Você não sabe quem está no cruzeiro? Coral, enxugando as mãos em um pano, vai responder, mas me adianto e digo: — Tony! — Aquele homenzarrão de anteontem? – pergunta surpresa. — Sim. – bufo. — O cachaceiro, que acho que é gay e me deixou a ver navios! — Simmm. Sem entender o que acontece comigo, intrigada Coral acrescenta: — E qual é o problema? — Que o ridículo de seu irmão, que me deixou nos nervos pelo telefone, subirá no navio em Marselha. E o pior de tudo, estão na área VIP, o que

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Adivinha quem sou significa que devem ser podres de ricos, e devo servi-los. – retiro o cabelo da minha cara orgulhosa e resmungo — Espero não encontrar com esse idiota, porque, como você conhece bem como sou, atraio problemas. Coral ri, mas eu não estou para brincadeira. Pensativa, pego uma torta de bacon com alho-poró recém-assada, e assim que coloco na minha boca, meu gerente aparece, o Sr. Martinez, que já batizamos de O Rançoso. Rosna e repreende a todos. Nem havíamos saído do porto e estávamos todos estressados. Sua cara de vinagre assusta e Gina, a italiana que conheci ontem à noite e que trabalha com Coral, comenta que ele é insuportável. Vamos, o que pode se dizer um amargurado. — O que faz aqui perdendo tempo, senhorita? – pergunta o Rançoso. Quando eu consigo engolir a torta sem me afogar e vou responder, diz ele, com gritos que assustam incluindo a mim: — Faça o favor de cumprir com as suas obrigações ou serei obrigado a dispensar você! Olha, moça, há muitas pessoas desempregadas tão preguiçosas como você prontas para assumir seu posto. Surpresa com este ataque tão direto, olho e, incapaz de manter fechada esta boca que Deus me deu, respondo: — Senhor, não sou preguiçosa e estou cumprindo minhas obrigações . Venho recolhendo... — Eu a vi comendo, senhorita... – olha a plaquinha com meu nome — Yanira. Se é ou não uma preguiçosa, terá que me mostrar. E agora deixe-me dizer que não gosto do que eu vejo. Para você ainda não é hora de comer, mas sim para trabalhar e cumprir as suas obrigações, entendeu? Calo minha boca. Tampouco gosto que cuspam em mim enquanto falam. Mas é melhor ficar quieta ou saio como Yanira respondona, aqui se sente Deus e esse idiota me coloca na rua antes mesmo de começar a viagem. Quando Rançoso se vira e vai, vários colegas olham para mim cúmplices. Vejo em seus olhares que tem pena de mim e Coral sussurra:

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Adivinha quem sou — Relaxe... Respire... Respire... Que conheço você. — Foda – rosno — Nunca falaram assim comigo, nem meu pai quando eu peguei o carro e fui para a praia, por que tenho que aguentar deste ai? — Porque "este" é o nosso chefe, respondeu, dando de ombros. — Asqueroso! Quanta amargura. Viro-me e de repente vejo que não longe de nós está parado Dylan, o bronzeado que gosto. Observa-nos sério e certamente ouviu a conversa. Constrangida, apanho a bandeja de tortinhas que Coral acaba de terminar e volto para o refeitório. Estou a mil. Por que tinha que ser comigo? Enquanto rumino a minha dor, ouço umas risadas. O Rançoso ri atencioso com passageiros e me dá arrepios ao ver que é Tony, o tal Tito e os outros de seu grupo. Sigo trabalhando, não posso parar. As pessoas estão constantemente pedindo comida e bebida e resta a mim servi-los.

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Adivinha quem sou Capítulo 9 Vou te encontrar

Definitivamente meu chefe está me observando de perto. Vê e começa a observar-me, segue-me e repreende-me por tudo. Claro, sou nova, mas não estúpida. Ele me oprime até o extremo que fico farta. Tony é o cara mais legal e seu companheiro, o que acho ser o seu parceiro, também. Às vezes que encontro com eles são sempre encantadores comigo. Tony parece muito elegante, mas como diria minha avó, vale um Potosi*! (Potosi é uma cidade boliviana, com minas de prata, a expressão se aplica a algo ou alguém muito precioso). Enquanto isso, o morenaço que me põe louca está me ignorando. Às vezes percebo que me olha, mas quando olho para certificar-me, desvia o olhar rapidamente. Uma noite, depois do turno, estávamos no espaço para os trabalhadores relaxarem, mas nunca se aproxima de mim. Olho para provocálo, mas parece que a única que se provoca e aquece sou eu. Uma de três, ou esse cara é um iceberg, ou mais míope do que eu ou está claro que não gosta de absolutamente nada. Que pena! Mesmo assim, não desisto. Meu plano é que me observe de qualquer forma, então danço, canto e me divirto com meus novos companheiros de equipe, mandando todos os sinais conhecidos para que se dê conta que me interessa. Mas nada de nada. Todos os dias me arrisco mais. Dou meu olhar de Tigresa Yanira e grito em silêncio "Venha", mas ele não fala a minha língua e entende o que quero dizer como "Vá", porque sempre termina indo embora e me deixando com cara de boba. Mas com o passar do tempo, meu sexto sentido acha que algo o atrai em mim. Sim... Sim... Sim... Peguei olhando para mim rapidamente em alguns momentos, mas esses momentos são mágicos, incríveis, sensuais. Assim me tranquilizo e não vou desistir de meu plano. No horário de trabalho, sempre que o vejo saindo da cozinha, carregado com caixas, tento parecer interessante e troco uma palavra com ele, mas às vezes me sinto tão ridícula com sorriso

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Adivinha quem sou bobo. No meu tempo livre, se nos encontramos, sorrio feliz, caminho com segurança, e tento fazê-lo ver que sou mais do que uma linda garota. Mas ele segue passando por mim. Eu não sei o que fazer! A medida que os dias passam, o trabalho se torna mais suportável. Meu chefe segue me vigiando, mas pelo menos tem notado que eu faço as coisas e não sou estúpida. Um par de noites tive de ficar na cozinha. É um turno divertido. Somos poucos e nas horas livres geralmente cantamos ou contamos piadas. O pior de tudo é que, enquanto trabalho a toda velocidade tento não pensar nele, o enjoo me acompanha em todos os momentos. Entro na cozinha com uma bandeja de pratos sujos, e uma vez que a deixo em uma das mesas, o meu estômago está remexendo. Olho para Coral buscando apoio moral, mas minha amiga está muito ocupada com Gina e decido continuar trabalhando. Tenho que fazer ou o Rançoso me montará feito uma galinha. Retiro bandejas e bandejas de comida, mas Deus santo, eles são como piranhas! Sorrio. Sou amável. Sou encantadora. Estou entusiasmada, mas porra... Que enjoo! De repente, o som de cristais faz com que todos olhem em uma direção. Felizmente não fui eu. Ufa! Vejo Nelson, um dos meus colegas, esparramado no chão na entrada da cozinha. Ai, pobre... Ai, pobre... Corro para ele que esbarrou em alguém. O morenaço! Meu estômago fica de cabeça para baixo e olhando para Nelson, pergunto: — Você está bem? Ele olha para mim vermelho como um tomate e envergonhado de ser o centro das atenções, responde: — Eu escorreguei e... Não diz mais nada, vira os olhos e cai para trás, inconsciente. Deus... Deus... Deusssssssssss, estará morto!

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Adivinha quem sou Entram-me todos os males e não sei o que fazer, até que Dylan, que está ao meu lado diz ao ver a minha perplexidade: — Acalme-se, só está tonto. Vamos levá-lo daqui e deitá-lo. Percebo grandes e fortes mãos em minha cintura, que delicadamente me levam mais para o lado e quando nossos olhos se encontram mais uma vez, estamos perto de vários passageiros, juntamente com Rançoso. Oh... Oh... Não gosto nada da cara que ele faz ! Ele abre os braços ao nosso redor até que Tito Fernandez, o homem que buscou Tony em casa olha para minha plaquinha e diz: — Yanira, traga um pouco de água e uns guardanapos limpos, por favor. Sem hesitar, faço o que pede, enquanto, juntamente com Tito, o gerente e um par de garçons levanta Nelson do chão e leva-o a um salão anexo vazio no momento. Quando volto com o que me pediu, vejo que o meu parceiro está deitado sobre uma mesa, rodeado por vários homens. Quando começa a reagir e abre os olhos, Dylan, que está ao seu lado, diz: — Calma, Nelson, você está bem. Enquanto isso, o gerente murmura amargamente: — Que desgraça! Justo hoje! – E depois de uma pausa, acrescenta: — Lamento, jovem, mas em seu estado não pode trabalhar. Aproveitando que estamos fazendo uma escala, é melhor deixar o navio e esperar até o próximo cruzeiro. Neste, não é útil. Ouvindo isto, Nelson fica verde e sussurra: — Senhor Martínez, prometo que vou trabalhar como qualquer outro. Por favor, preciso deste emprego. Minha esposa e filhos dependem desse dinheiro para viver e... — Impossível - disse impiedosamente o imundo — enquanto o médico examine você, exijo que abandone o cruzeiro. Vou falar com o escritório para enviar um substituto.

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Adivinha quem sou Olho para ele incrédula. Esse cara não tem coração? Olho para Dylan, que permanece em silêncio e com o coração encolhido, vejo os olhos de Nelson se encherem de lágrimas quando insiste: — Por favor, deixe-me trabalhar. Por favor. Oh, que pena, meu Deus, que pena! À medida que o ouço implorar, vou começar a chorar com ele. — Sr. Martinez. – interveio Dylan neste momento — O que aconteceu foi culpa minha. Nelson e eu abrimos a porta ao mesmo tempo e... — Não me importa de quem é a culpa. – interrompe o gerente — Nelson não é mais produtivo. Incapaz de ficar de braços cruzados diante do desespero do pobre homem que está sobre a mesa, digo: — Senhor, vou dobrar turnos. Enquanto Nelson está se recuperando, vou fazer o seu trabalho. — Conte comigo também. – diz Dylan. Apesar do gesto honroso, o gerente é inflexível, e insiste: — Lamento, mas preciso olhar para o interesse do navio. – Depois, voltando-se para Tito, que não havia aberto a boca, acrescenta: — Senhor, muito obrigado por sua ajuda amável e sinto o que aconteceu. Por favor, retorne para a sua mesa e vou mandar servir uma garrafa do melhor champanhe em agradecimento. Como a vida é injusta. Nelson implorando por outra chance depois de um incidente que o pobre não causou, e gerente servindo champanhe a um homem que não pediu e certamente pode pagar sem problemas. Estou chocada e irritada e então ouço Dylan dizer, insistindo: — Senhor Martínez , é apenas um pequeno corte em sua mão. Um par de pontos resolve.

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Adivinha quem sou O homem se remexe nervoso e solta: — Você acha que é médico, jovem? Cale-se e volte ao trabalho. Vocês todos não fazem nada, além de me dar dores de cabeça. – Olho chateada. Como pode ser tão desagradável? Se não fosse porque preciso do trabalho, arrancava sua cabeça idiota. Nos olhos de Dylan vejo a mesma indignação. Vejo que cerra os punhos e claramente vai responder , quando de repente, Tito, que até agora tem se mantido em segundo plano, olha para Rançoso e intervém: — Como passageiro deste navio, devo dizer que não parece certo o que pretende fazer com o rapaz, ainda mais quando dois companheiros estão se oferecendo para cumprir seu turno. – o gerente vai contestar, mas Tito continua — Se você permitir, eu mesmo vou cuidar da ferida de Nelson. — Você, senhor? – Dylan pergunta surpreso. O gordo Tito responde com um sorriso agradável: — Sim, sou médico. Surpreendida pelo seu maravilhoso gesto, estou prestes a bater palmas de alegria quando vejo que fala sem trégua com o gerente, e meu morenaço pergunta a Nelson: — O sangue te impressiona, certo? O pobre balança a cabeça, e ele cobrindo a mão ensanguentada com um guardanapo, diz: — Não se preocupe, tente não olhar. Cortou-se, mas a ferida está limpa. Não tem nada grave. Quando Tito termina de falar com o gerente, tira um cartão dourado do bolso da calça e, dirigindo-se a mim diz: — Yanira, vá ao meu camarote. É o número 22. No armário você vai encontrar uma pasta azul escuro traga-me, por favor. – A cabine de Tony sei que é 21. É o que digo, aqui tem coisa! Olho para o gerente, que acena com um gesto impassível com a cabeça, enquanto Dylan olha irritado para o teto. Levo o cartão e corro para o piso superior até a entrada da cabine. Ao entrar, fico impressionada com o amplo espaço ao meu redor. Nada a ver com o buraco onde eu fico. Que grande e que luxuoso!

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Adivinha quem sou Vejo alguns chocolates na enorme cama, mas não há tempo a perder, abro o armário e sorrio ao ver que o homem tem dispostas ordenadamente suas camisas por cor. Vamos, assim como eu, que sou uma bagunça. Isso me faz sorrir e, sem pensar, aproximo meu nariz das camisas e inspiro profundamente. Cheiram muito bem. Em seguida, pego a maleta e, ao fazer isso noto um terno escuro. Sou incapaz de não tocá-lo. O tecido é leve e macio. O mais suave que toquei na minha vida. Um barulho de fora me traz de volta a mim, depois de deixar tudo como estava, deixo a cabine em velocidade máxima. Quando chego ao salão onde Nelson está, entrego a maleta para Tito sem dizer nada. Ele olha para o gerente. — Senhor Martínez, se quiser, pode voltar para o restaurante – sugere — Estou certo de que o seus trabalhadores precisam de você. Vou cuidar de Nelson. Não sei se o gerente gosta ou não dessas palavras, porém com cara de alho podre pergunta: — Necessita da presença da garçonete e do homem da manutenção? Dylan e eu nos olhamos e Tito, depois de passar a vista por nossos rostos, diz: — Sim. Necessito de ambos. Sr. Martinez sai muito relutantemente e olho o médico abrir a maleta. Nelson está nervoso e quando Dylan levanta o guardanapo para descobrir a mão, a curiosidade o faz olhar e três segundos depois volta a desmaiar. — Calma, diz morenaço ao me ver preocupada. Está tudo bem. Ver a mão ensanguentada não me enjoa, mas me impressiona. Recuo alguns passos e respiro fundo para não dar um show. Entre a minha dor de estômago e o sangue estou “empanada”. Só falta desmaiar também. Tito e Dylan murmuram algo enquanto assistem a ferida e, finalmente, o primeiro diz: — Yanira, por favor, vá até a cozinha e me traga água fervente e gaze. Tenho pouco na maleta.

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Adivinha quem sou Assento e olho para Dylan, que parece irritado, porém, sem mais, corro para a cozinha. Lá, Coral e Gina me perguntam sobre o que aconteceu, enquanto coloco uma panela com água no fogo. — Nelson está bem. Só tem um corte em sua mão, mas um passageiro muito amigável vai dar alguns pontos. — Pobre... – Sussurra Coral . — Mas o que aconteceu? – Pergunta outro jovem da manutenção que se aproxima. — Segundo ouvi – digo — o seu parceiro Dylan e ele abriram a porta ao mesmo tempo e... — Dylan? – Me interrompe. Quando confirmo, diz — Mas, se Dylan estava comigo quando ouvimos o barulho de cristais. Como pode ter sido ele? Isso me surpreende, não digo mais nada. Por que, então, assumiu a culpa? Depois de alguns minutos, com a água fervente, várias gases que tirei do estojo de primeiros socorros e tomando cuidado para não me queimar, volto para onde eles estão e encontro Dylan e Tito conversando. Ao me ver, calamse, e retirando as luvas de látex Tito diz: — Obrigado, Yanira. No final, não preciso de água. Consegui resolver com soro. Dizendo isso, fecha sua pasta, olha para nós e disse antes de sair: — Fiquem com ele até que acorde. Lentamente deve ir descansar em sua cabine. Hoje não poderá fazer nada com a mão assim. Quando vira e começa a caminhar para sair, me aproximo. — Muito obrigada senhor, digo. Graças a você, Nelson vai continuar trabalhando no navio. – Gosto de seu olhar bem humorado, responde com um sorriso agradável: — Foi um prazer e agora volte com seus companheiros e não se preocupe com nada.

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Adivinha quem sou Quando ele sai, aproximo-me de Dylan, que está encostado na parede e sorridente, comento: — Ainda existem pessoas boas no mundo. Ele confirma. — É um prazer saber, você não acha? — Te digo. – olhando para ele, pergunto — Por que assumiu a culpa se não abriu a porta com Nelson? Vejo que as minhas palavras o surpreendem e mantendo o olhar, responde: — Não gosto do peso de cem por cento da culpa de um acidente bobo. E com um patrão estúpido como este, vale a pena. — Foi um lindo gesto de sua parte. Não responde, ou olha para mim, ainda com o olhar fixo em Nelson. Vejo que me ignora. Tenho que assumi-lo e aceitá-lo. Não, de jeito nenhum! Não aceito. Vou ficar com o plano A: Vou flertar. Enquanto esperamos nosso parceiro acordar, sento em uma cadeira e tento parecer interessante e atraente, apesar do meu uniforme ridículo. Toco meu cabelo com o mesmo glamour que faz Paris Hilton, penteando para chamar a atenção de Dylan, mas nem assim! Observo-o dissimulada. Cabelo escuro, pele morena, incríveis olhos castanhos, lábios de tirar todo o sentido e um corpaço. Vamos, escândalo de homem! Não sei quem é, ou onde vive, ou sobrenome, se gosta de macarrão ou arroz, mas gostaria de conhecê-lo. Enlouqueceria! Desanima ver que para ele, sou indiferente.

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Adivinha quem sou Acho que, para chamar sua atenção, devo redobrar meus truques femininos e, sentindo-me perversa, cruzo as pernas ao estilo Instinto Selvagem. Que caso! Deussssssssssss... O que faço? Tão quente... Tão quente... Tão quente! Pego uma garrafa de água e bebo. Mas, ainda com sede, bebo outra. Estou morrendo de calor apenas imaginando o bem que poderia passar na cama com este morenaço, enquanto lembro das seis fases do orgasmo. Porra... Porra! Sou a pior. O que estou imaginando? Como sou uma doente, minha mente continua sua história particular e o imagino nu numa cama. Impressionante. Dylan nu deve ser de parar o coração. Minha mãe... Definitivamente, estou muito mal! Devo parar de pensar nisso, então passo para o plano B. Fecho meus olhos e imagino minha avó tocando guitarra. Isso me faz sorrir. Ankie sempre me faz sorrir. Passei alguns minutos pensando em minha avó conseguindo me esfriar, olho para Dylan novamente. De repente, olha para mim e pergunta: — Por que você está sorrindo? — Porque estava pensando em minha avó. Vejo que foi surpreendido pela minha resposta e adiciono em tom cúmplice: — Ama tocar guitarra e lembrar me faz sorrir. Dylan concorda. Não entende nada. — De onde é, Yanira? – pergunta. — De Tenerife. E você? — De Puerto Rico.

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Adivinha quem sou — Boricua* ? (pessoa nascida na ilha de Porto Rico, nativa). Confirma, e com um ar arrogante diz: — Cem por cento. Divertida e depois de uma dupla piscada que nunca falha, murmuro: — Já disse que esse tom de pele era muito tostado. Dylan sorri. Finalmente sorri! Finalmente me olha direto nos olhos e sorri! Deus existe! Por alguns segundos em que seu olhar penetrante vagueia pelo meu rosto e sinto que fico vermelha como um tomate, arrepio e, finalmente, quebrando o silêncio, diz: — Sua pele e cabelos não são muito de quem é da ilha. Agora sorrio. — Meu pai é holandês e saí mais holandesa do que ”tenerifenha”. Ambos assentimos e um silêncio mortal nos rodeia. Vejo tirar do bolso um pequeno pote de creme e aplica nas mãos. Cheira bem. Vamos lá, Yanira... Vamos, diga alguma coisa. — Certamente – consigo falar — sei que trabalha no navio, só não sei em que. — Manutenção. – diz, guardando o pote em seu bolso. — Oh, interessante, e qual sua tarefa? — Arrumo os danos que possam surgir e ajudo no depósito da cozinha. Se algum cozinheiro precisa de algo, liga para o depósito e um outro colega e eu somos responsáveis para fornecê-lo.

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Adivinha quem sou Nesse momento, Nelson move-se e a conversa termina. Estamos com ele enquanto acorda e vendo sua mão diz: — Obrigado... Obrigado por estar comigo. Dylan ajuda-o a levantar. — Agora vou levá-lo com cuidado para a cabine – diz. — Amanhã sua mão e você estarão bem melhor. Pelo turno de hoje, não se preocupe, vou te cobrir. — Cobriremos os dois – esclareço, disposta a ajudar. Passando a mão pelos cabelos, Nelson murmura: — Obrigado. Devo uma a vocês. O olhar de Dylan e o meu se cruzam e sorrimos. Estamos felizes por Nelson. Embora também sorrio porque estou feliz por mim. Finalmente consegui falar com meu morenaço. Talvez não goste como mulher, mas esse sorriso garante que gosto pelo menos como pessoa. Segundos depois, os dois desaparecem da minha vista e sorrio voltando ao trabalho. E neste momento decido que o porto-riquenho morenaço é muito... Muito sexy!

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Adivinha quem sou Capítulo 10

Você vai saber

Os dias passam e eu continuamente dopada com as pílulas contra enjôo. Por as lentes começa a ser assim uma tarefa árdua. Em algumas ocasiões tenho vontade de colocar o dedo no olho e arranca-las de mim. Claramente viajar de barco não é a minha praia. Quem me mandou aceitar este trabalho? Estava bem cantando no hotel deTenerife. As minhas noites ainda coincidem com as de Dylan na sala de descanso do pessoal, mas ele continua me ignorando. Após o incidente de Nelson, ele não voltou a se aproximar de mim ou dirigir-me a palavra. Noite apos noite exibo meus encantos cada vez que o via para tentar chamar a atenção dele, mas ele ficava totalmente alheio a mim. Há coisas suas que me provocam curiosidade. Por exemplo, em várias ocasiões já o vi aplicando creme em suas mãos e quando vai ao trabalho leva sempre luvas de látex. Pra que isso? Ele fala pouco e está sempre com seus companheiros de manutenção. Caras fortes e rudes, às vezes até um pouco selvagens em seus comentários, mas nunca o vi com mulheres, nem mesmo nos momentos de descanso. E não é porque elas não o queiram. Com meus próprios olhos já pude ver como muitas mulheres do barco babavam como lesmas por ele. Mas este homem colocou uma barreira entre todas, e quando eu digo todas, quero dizer todas. Incluindo eu!

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Adivinha quem sou Que vá a merda! E outra coisa que notei é que está sempre asseado. Limpo. Nunca o vejo ficar sujo por conta do trabalho, usa o mesmo uniforme de manutenção que os demais, porém para ele é como se fosse um terno do melhor design italiano. É incrivelmente estiloso! Em certa manhã, após a loucura do café da manhã, eu tenho uma pequena pausa, salto dos cobertores e uso como suporte a parede para recuperar o ar. A brisa do mar é maravilhosa. De onde estou, vejo pessoas se divertindo em uma das piscinas com tobogans de cores. As crianças sorriem e a risada deles me fez sorrir. Que felicidade vê-los! Eu me imagino ali com meus irmãos nerds. Tenho certeza que nós riríamos muito, e meu pai tiraria trezentas mil fotos, enquanto minha mãe observava-nos, como sempre, orgulhosa. Estou distraída em meus pensamentos quando algumas vozes no convés inferior me chamam a atenção. Eu olho e vejo Tony falando com Dylan, que está pintando um corrimão. — Nossa, Tony, como você é inteligente! — Você vai tentar se vincular ao morenaço? Ouço-os falar do navio e suas escalas. Tony pergunta e Dylan, colocando as luvas de látex, responde com educação, enquanto continua sua tarefa. Assim passa-se um bom tempo, até que, surpreendida, eu vejo que quando se dispendem, Tony coloca uma mão no ombro do Dylan, aperte-o e este sorri. É claro que Tony tem o mesmo gosto que o meu. Mas vou falar, bonito, que eu o vi primeiro! Quando acaba meu turno após a refeição, em vez de ir para a cabana, onde sei que Coral está com Fredy e certamente irá tirar-lhe o coro, decido

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Adivinha quem sou passar pelo salão de festas e sento-me em uma das cadeiras, para apreciar os músicos, cantores e dançarinos. Entreter-me vai me fazer esquecer as tonturas. Comprimento meus amigos Richi e Josele e uma hora depois estou lá, apreciando. É uma maravilha ouvir os músicos, o cantor e seu coro e assistir os dançarinos. Eles são todos profissionais. O que eu daria para estar lá cantando com eles em vez de servir a comida... — Eu sabia que encontraria você por aqui. – Diz Coral, sentado-se ao meu lado — Saiba que acabo de comer uma barra inteira de chocolate de alta qualidade e não engordei! E, além disso, eu experimentei das seis fases do orgasmo. – Nós duas rimos e ela acrescentou — É uma ansiedade que me provoca rubores. É uma máquina na cama. – Solto outra gargalhada e lhe pergunto: — Tem certeza do que está fazendo? — Oh, sim, minha menina. Estou desfrutando como nunca da minha vida. Mais uma vez volto a rir e ela acrescenta: — O que não entendo é como pude ser tão cega esses anos todos. Agora entendo o porquê de você sempre me dizer, que eu tinha que ser a dona da minha própria vida. Eu pensei que estava desfruntando por ser uma super noiva e amante da minha casa para o idiota do meu ex, mas não era. Agora que estou desfrutando. A realidade abriu meus olhos. E ensinou-me que há muitos peixes no mar. E quando quero eu pesco, e quando não quero, vejo televisão. — E seus planos de casamento? — Foi adiado por alguns anos. Continuo querendo me casar e começar uma família, mas agora neste momento, nem louca! — A mancha que Toño deixou foi excluída? Coral acena com a cabeça e responde:

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Adivinha quem sou — Este cara significa muito mais que uma mancha para mim. Eu diria que tem sido o grande vazamento na minha vida. ‘Mas se Galicia atacar pelas costas’, não vou ficar por menos! Por um tempo, olhamos as duas para os ensaios, até que minha amiga diz: — Você iria ser um escândalo. Você canta mil vezes melhor do que isso. — Obrigada pelo incentivo. – Levanto-me ando até porta, e adiciono — Vem, vem, vamos fazer o que temos que fazer. — Hoje você está muito pálida, Yanira. Belisco minhas bochechas para dar-me um pouco de cor, e olho para ela suspirando: — Me sinto horrível. Estou menstruada. E não diga nada. Vou voltar a trabalhar e fazer o que esperam de mim. Sorrindo e cumprindo com meu dever, aguentando tonturas e essa maldita menstruação, ela está me matando. Se há uma coisa que tenho inveja em outras mulheres não é que elas são mais magras, bonitas ou ricas. As invejo porque muitas delas não têm nenhuma dor durante suas regras menstruais. Isso é sorte! A minha dor agora está me dividindo em duas, mas estou trabalhando e não posso deixar de fazer isso. O Rançoso não entenderia absolutamente nada, por ser homem. De repente, vejo aparecer o Dylan pela porta dos fundos, com algumas caixas no ombro. Que bonitinho... Que fofo! Eu o observo por alguns segundos e percebo que um dos trabalhadores da cozinha, uma tal de Lola, desabotoa o botão de sua roupa tentando chamar a sua atenção colocando seu peitões tamanho 100 para frente. Mas Dylan faz pouco caso. Nem se quer olha. Incrível!

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Adivinha quem sou As meninas da cozinha vivem tentando flertar, cada uma de uma maneira, mas ele permanece na sua. Simplesmente correto e amigável e nada mais. O que me faz sorrir e então eu reparo que em um dos braços, especificamente em seu bíceps esquerdo, ele usa uma tatuagem que o rodeia. Mas que sexy! Vou me juntar ao resto das muheres para o cortejo. Eu não tenho peitos tamanho 100 para chamar a sua atenção Tentei evitar. No entanto, eu me seguro, enquanto eu observo como Dylan sem falar comigo, ou olhar para mim, faz meu coração palpitar. E só em ve-lo minha respiração acelera como uma locomotiva. Era o que eu precisava para acabar tão mal como estou! Estou escondida atrás de uma enorme pilha de pratos, observando como todas babam e olham seu traseiro. – digno de se olhar para ele – Quando ele deixa as caixas no chão. Eu não fico por menos e por alguns segundos paro para contemplá-lo também. Ah sim... Sim... Sim, neném. Você tem um traseiro redondinho, durinho e arrebitado. Lindíssimo! Mas de repente, ele olha em minha direção e me pega de surpresa. Que vergonha! Eu fui pega olhando para o seu traseiro como um verdadeiro caminhoneiro. Uma hora mais tarde, quando vou sair para tomar um pouco de ar, volto a vê-lo conversando com Tony na mesma cobertura solitária da outra vez. Desta vez, Dylan não está trabalhando e eles parecem muito concentrados na conversa. Falam baixo, então eu não posso ouvi-los. Eles não podem me ver, eu aproveito para observá-los com gosto. Eu sorrio ao ver Dylan, depois que

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Adivinha quem sou ele balança a cabeça em negação, se vira e deixa Tony sem palavras. O que terá insinuado? Depois daquela cena e sem ter ouvido nada do que eles diziam, eu volto para a cozinha. A loucura continua. Fogões à tona, pedidos a todo vapor, ordens a toda velocidade e todo mundo correndo para realizar seus afazeres. Corro rapidamente e pego uma das bandejas vazias e começo a enchêla de sanduíches, mas a dor de cólica está me matando e levo a minha mão à barriga. — Você está bem? Levanto a cabeça e quando vejo é o belo Dylan perto de mim. Esse cara é um escândalo. Logo agora que os meus ovários estão a dar-me alguns cutucões que vão matár-me eu minto: — Sim. Sem mais delongas me viro. Preciso de um calmante já! Tiro uma caixa que estava no bolso do meu uniforme, pego uma garrafa de água muito bonita que vejo na bancada e engulo uma pílula. — O que você tá tomando? Voz dele... Seu tom sensual de voz soa atrás de mim. Envolve-me, me cativa, fazendo com que me dê voltas, então ele insiste: — O que você tomou? Não sei o que dizer. Não quero contar meus segredos e respondo, com a garrafa ainda na mão: — Uma pílula. Mas minha resposta não parece-lhe ser suficiente e ele insiste: — Que pílula?

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Adivinha quem sou — E o que te importa o que eu tomo? — Me importa. – ele diz — Responda-me. Estou surpresa por sua insistência, quando estava prestes a manda-lo fritar espargos, eu ouço a voz de velho do meu chefe, que diz: — O que você faz aqui? Você não trabalha no armazém? Dylan assente, mas não diz nada, então meu chefe continua: — Então não deveria estar na cozinha. – E retirar-me com raiva a garrafa de água que tenho na mão, e acrescenta-me — Esta água é muito cara para você beber, senhorita. Por favor, trate de beber as águas que são para os funcionários. Sem entender nada, olho para a garrafa e respondo: — Desculpe, senhor. Não sabia disso... — Preste mais atenção no que faz. – gritas, envergonhando-me. Dylan não se moveu, mas percebo que sua respiração muda. Se afoba e tenta chamar a atenção para ele, explica: — Eu dei esta garrafa. Ela precisava de água para tomar um remédio e... ...Assumiu a culpa, como ele fez com o Nelson, mas desta vez por mim. Que fofo! — Você se chama alguma coisa Ferrasa, certo? –Rançoso pergunta com desagrado. — Dylan Ferrasa. – Dylan, respondeu muito sério. Depois olhando-o de cima a baixo, o chefe volta as críticas. — Já havia dito a você, senhor Ferrasa, que não deveria estar na cozinha. Seu trabalho está em outro lugar. — E nas cozinhas também. – desafia o meu moreno. Rançoso amaldiçoa, olha-o com a cara feia e adverte:

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Adivinha quem sou — Cuidado com o que diz, jovem. Há tempos que estou vendo você vadiando pelas cozinhas mais do que deveria estar. — Estou fazendo o meu trabalho, senhor. — Tem certeza? Dylan assente e responde sem hesitar: — Tenho. Ah... Ah... Sinto que isso não vai acabar bem. Mas Dylan, com uma postura incrível, remove as luvas e acrescenta: — Eu já disse isso em outras viagens, mas vou repetir mais uma vez, e o quanto for necessário, "Senhor". Eu sou o entregador da loja e venho quando os cozinheiros precisam. — E? Após jogar as luvas em uma lata de lixo que está diante de nós, responde: — Portanto, goste você ou não, eu tenho que entrar nas cozinhas para deixar a mercadoria. O chefe fica vermelho como um tomate porque o outro tem razão, e pergunta: — Você está tentando recitar o plano para mim? Reparei que o canto da boca de Dylan se curva. Deus ele vai rir! Mas finalmente responde sério: — Não, senhor. Eu só estava lembrando-lhe qual é o meu trabalho. — E pode-se saber o que você entregou agora então, já que você tem que estar aqui? Com uma tranquilidade que me espanta, ele aponta para algumas caixas e responde: — Caixas de legumes.

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Adivinha quem sou Rançoso olha as caixas que estão sobre uma mesa de aço e dispostos a ser desagradável, ele insiste: — Senhor Ferrasa, essas caixas são deixadas na geladeira de frutas e legumes. Acaso não saberia ou devo pensar que você não sabe fazer o seu trabalho direito? Eu vejo como o Dylan dilata as narinas. O pequeno gênio bem que merecia ter o seu presente...Isso me excita, mas como eu não sou a gorda que o pariu melhor impedi-los. Então, com dissimulação, coloco uma mão minha por tras de Dylan para indicar que se acalme e digo: — Senhor Martinez, quando ele ia colocá-los na geladeira, pedi-lhe que me desse água. É por isso que ele as deixou sobre a... — Então, devo pensar que é você que não faz bem o seu trabalho? Miss Yanira gostaria que eu a demitisse, por se meter nas conversas de outras pessoas? Deus... Deus... Dê-me paciência ou eu juro que atiro este homem ao mar. Eu vou responder, quando Dylan aperta minha mão, como eu fiz antes e diz, para cortar a conversa: — Deixe pra lá. Isso não voltará acontecer. O idiota do nosso chefe já conseguiu o que queria: fazer-nos sentir mal e inferior, e olhando para nós com um ar de superioridade, muito mais perto de Dylan ele assobia: — Eu já disse em outras vezes e repito: não gosto da sua atitude. Agora voltem ao trabalho. Vou asegurar-me que essa seja a última viagem de vocês neste barco, ou melhor, vou cuidar disso Imediatamente, de demitir os dois. Está claro que ele não gosta um pouco que seja de nenhum dos dois. Porra, não há nada pior que não se enquadrar nas graças de um chefe. Isto esta às claras!

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Adivinha quem sou Coral, que ouviu tudo, vem em nossa ajuda chamando o chefe para tirar de perto da gente. Acabou-se. Ele, depois de nos dar uma última olhada de superioridade, vai encontrar minha amiga. — Esse cara é um idiota. – Cochicho. — É sim. Isso eu posso assegurar-lhe. – diz Dylan com o cenho franzido. Ainda estamos de mãos dadas. Eu gosto de seu toque, mas eu me libero, e murmuro: — Vamos voltar ao trabalho. Antes que aquele idiota volte novamente para nos sobrecarregar. Observo como Dylan segue o chefe com a vista até ele desaparecer, ele olha para mim, e esquecendo-se rapidamente o que aconteceu, ele retorna para a briga: — Que remédio você tomou? Atordoada pela insistência dele e exausta pela menstruação, bufo irritada por tudo o que aconteceu, respondo não me importando com o que ele pode pensar: — Eu estou mestruada, droga! É tudo o que queria saber. — Perdão. Não pretendia... — Bem, se não pretendia, por que você insistiu? – Ele não responde e eu continuo a proceder como uma metralhadora: — Se ao menos os homens menstruassem. Você iria descobrir o que é bom. Embora, conhecendo vocês, é claro que o mundo pararia. –Meu moreno sorrir e eu acrescento: — Não ria. Me dói horrores e tomei um analgésico para ver se passa para poder continuar trabalhando. Há outra coisa que queira opor-se ou questionar?

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Adivinha quem sou — Sim. – E ele tocar meu braço e sussurra com um tom profundo na voz. — Não beba diretamente do gargalo da garrafa. Você pode pegar alguns germes. Da próxima vez, pegue um copo, é mais higiênico. Brilhanteeeeeeeeeee! Não posso deixar de rir. Sinto a pressão da sua mão no meu braço e o calor desprendido, e vejo a tensão que atravessa a rosto dele. Então, sem dizer nada, vira e sai, deixando-me com a boca aberta. Mas o que diabos acontece com esse cara? Agora de repente se vai sem dizer nem um ‘mu’? Pouco depois, também volto ao trabalho. A dor diminui com o passar do tempo. Viva o calmante! E com o desaparecimento da dor, a minha tensão e o sangue ruim se difundem.

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Adivinha quem sou Capítulo 11 Entre você e mil mares

Os dias passam e sou como uma rosa. Mais uma vez, a menstruação desapareceu, dando-me uma margem de vinte e oito ou vinte e nove dias de felicidade, até que regresse novamente a martirizar-me. Após servir e recolher mesas por horas, eu saio para tomar um pouco de ar na cobertura e para esfriar a cabeça uns minutos. Meu turno quase terminou me resta receber os clientes na sala de jantar. Estou apoida em um corrimão, pensando, como sempre, em Dylan, quando noto duas mãos na minha cintura e alguém sussurra em meu ouvido: — O que fazes aqui sozinha? Ao virar-me, vejo que é Tomás e ansiosa por um pouco de mimos, murmurou: — Relaxando. Tomás não se move. Deve ter notado que eu não disse a ele para tirar as mãos da minha cintura e, pressionando-me contra o corrimão, me sugere em voz baixa: — Gostaria que eu te deixe relaxada? Plano A: eu o mando fritar os espargos. Plano B: lhe atiro no mar. Plano C: me deixo levar pelo desejo do momento em fazer sexo com ele.

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Adivinha quem sou Eu escolho o plano C. Hoje estou fraca e necessitada de sexo. A sua voz carregada de erotismo na minha orelha me excita e apesar dele ser muito jovem eu pergunto: — E como você faria isso? — De mil maneiras, linda. – ele diz, apertando-se mais contra mim. Razoável. Eu aceito. Encorajei-me rapidamente. Tomás não é meu tipo de homem. Ele é muito jovem e nunca me excito ao pensar nele, mas neste momento e como diz Coral, eu vou pescar! Estou sozinha, solteira e como sempre disse a minha avó Ankie “com seu corpo, todo mundo faz o que você quizer!”. Ao ver o meu sorriso de aceitação, ele não perde tempo. Pega a minha mão e me puxa. Eu não recuso, e o sigo. Caminhamos até uma porta fechada na lateral da cabertura. Acho que é lá onde se armazena as boias para se usar na piscina. Tomás abre a porta usando uma chave que pega do lado da porta, nós metemos porta adentro ele fecha a porta se vira e acende uma pequena luz. Murmura perto de minha boca, que está disposto a tudo, e me senta em uma frágil caixa: — Aqui não vai entrar ninguém. Concordo com a cabeça e fecho os olhos, curtindo o momento. Pensar em Dylan me perturba, mas ele não me olha e me faz sentir como uma Gordona! E eu preciso de sexo. E como a mulher solteira, independente e única que sou, decido me dar um luxo para o meu corpo e uma pausa para minha mente, e permito que Tomás fecher sua boca na minha. Não beija mal, mas também não dá para sentir os fogos de artifícios. Enrola a sua língua na minha e estou ciente de como sua respiração está acelerada e também de como o meu próprio sangue se revoluciona, me pedindo para continuar.

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Adivinha quem sou Estamos muito excitados, e quando ele percebe que lhe dou sinal verde, o ouço murmurar: — Nós vamos nos divertir. — Cale-se e não pare. – digo, enquanto desperto a selvagem que existe em mim. Sem dúvida, sou muita carne para tão pouco arroz. Se chegamos até aqui é porque eu quis. Se eu sigo o jogo, é porque o estou convertendo ao meu favor. Um jogo fortemente criticado por muitas mulheres que, em última análise, elas gostariam de estar jogando da mesma forma, mas elas não se atrevem, elas não são livres. A diferença entre elas e eu é que sou dona da minha propria vida. Eu faço o que quero e o que desejo em todos os momentos, sem pensar sobre o que vão dizer e sem me deixar enganar por idiotices puritanas e moralistas de merda. Após vários beijos e apalpadas por cima das roupas, decido por fim na contemplação. Entro em ação, sem palavras romanticas, mostro para que vim e desabotôo minha camisa do uniforme. Com um sorriso, Tomás olha para mim quando eu o encorajo dizendo: — Vamos jogar comigo. Pego um dos meus seios com uma das mãos e aperto-o, massageandoo me delicio entregando-me a sençasão, e quando minha respiração fica ofegante eu empurro-o para que ele possa continuar. Momento depois leva uma das mãos para sua virilha e sorrio. Huum... Está duro. E nada mal! Minha vagina se contrai, ela entende o que está para acontecer e rapidamente estou molhada. — Você tem camisinha? – Eu pergunto. Tomás acena sem dizer nada. Acho que ainda não acredita no que está acontecendo. Pega uma camisinha no bolso e eu digo-lhe: — Coloque-a.

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Adivinha quem sou Sorrindo como um idiota, ele remove às pressas as calças e a cueca. Vejo como Tomás é bem equipado, melhor do que eu pensava. Eu gosto disso. Quando ele termina de colocar o preservativo, ele toca o proprio pênis e murmura ansioso: — Todo para você. Essa frase faz-me rir. É verdade será tudo para mim. Eu pego o pênis duro e digo em voz baixa, sentada ainda na caixa: — Sim é tudo para mim, faz o que os meus olhos te pedem. Dito e feito. Sem falar, tira minha calcinha, se mete entre as minhas pernas e eu facilito a penetração abrindo-me para ele. Isso o provoca e o excita, pondo-o a mil. Penetra-me lentamente e sinto como meu corpo reage e fica desejoso de uma maior profundidade. Oh, Deus, que prazer! Aprisiona-me contra a caixa e a penetração fica mais profunda. Sim, que prazer enorme! Agarro-me no pescoço dele e deixo que me penetre novamente. Enquanto ele me dá tudo que estou pedindo sem palavras, penso que é Dylan quem está ali. Como eu gostaria que fosse ele. Mataria para sentir seus lábios carnudos nos meus. Exigindo que ele me penetre uma e outra vez. Mas ao abrir os olhos, eu vejo que não é Dylan e a raiva me faz ficar mais agresiva, mais brusca.

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Adivinha quem sou Então são vários minutos, com nossos gemidos preenchendo o quarto pequeno, até que, finalmente, antes que ambos tenhamos gostado, Tomás atinge o clímax e, após um último empurrão, eu cheguei também. Porra, eu quero mais! Isto não me satisfez completamente, nem físicas nem sexualmente falando. Nós olhamos sem fôlego quando me deixei no chão. Nos teráamos quebrado a caixa se o jogo não tivesse acabado. Tomás me olha adimirado. Orgulha-se do que fez em mim e eu sorrio. Não quero desapontá-lo. Pobre pessoa acredita ser um bombom mais não chega a ser se quer uma lasquinha. Vestimo-nos em silêncio, e uma vez que estamos apresentaveis para continuar a trabalhar, ele olha e pergunta: — Você acha que isso pode se repetir em outro lugar e com mais tempo? Sexo não é ruim, mas eu respondo com desapego: — Talvez. Ao chegar à porta, olha para mim e eu vejo nos olhos dele que ele quer me beijar. Nego com a cabeça e vou trabalhar. Horas mais tarde, ainda estou trabalhando. Esta noite me pego jogando capturas na cozinha. Não quer sopa?... Pois tome duas xícaras! Eu não posso deixar de pensar no que fiz. Porque eu cedi? Eu não gosto do Tomás, mas eu transei com ele. É claro que a excitação que Dylan me provoca estou resolvendo com outro. O que eu não gosto. E bom, mas me enoja. Mas não posso fazer outra coisa. Dylan não olha pra mim.

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Adivinha quem sou No barco o serviço é 24 horas para clientes da área vip. O telefone toca várias vezes para fazer pedidos. Em geral, eles chamam querendo champanhe ou bebidas e até mesmo alguns fast food. Uma das chamadas era do quarto 21. Eu sei que é o quarto de Tony e, ao que parece. Ele tem ligado! Ele pediu três sanduíches de frango com batatas fritas, três Coca-colas e três uísques com gelo. De fato Tony, tem uma festinha! Com quem será? Quando o chefe prepara os sanduíches, eu coloco tudo em uma pequena mesa com rodas muito encantadora e caminho para o quarto. Quando eu chamo, Tony abre dois segundos sem camisa e eu, muito profissional, digo: — Seu pedido, senhor. Ele sorri e responde: — Porra, Yanira, você sabe quem eu sou... Não me chame de senhor. — Eu sei. Só faço meu trabalho. Rimos juntos e digo: — Venha, onde deixo tudo isto? Tony se afasta para um lado e responde: — Deixe-o na frente da cama. Eu empurro a mesa de café e observo com curiosidade, mas não vejo ninguém. No entanto, ouço o som da água no banheiro. Boa... Hora... Para um duchinha. —Tudo bem, Yanira? –Tony me pergunta com um sorriso. Devolvi o sorriso e com cumplicidade, respondo, sentando-me: — Sim, mas tenho certeza que não tão bem quanto você. Ambos sorrimos. Para um bom entendedor, poucas palavras bastam.

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Adivinha quem sou Uma vez que paramos de sorir como tolos, eu dou a comanda da empresa. — Dá-me um segundo. Vou pegar uma caneta. Tony se aproximando de uma jaqueta e coloca a mão no bolso. Naquele momento, algo me chama a atenção. Em uma das mesas, vejo uma placa de identificação. Nossaaaaaaaaaa, ele esta colocando chifres em seu noivo? Quem será seu par? A curiosidade me corrói. Com dissimulação, dou um passo na direção da mesinha mas a placa esta de cabeça para baixo. Merda! De relance vejo que Tony acaba de encontrar a caneta e se direciona para uma mesa para apoiar-se e se cadastrar. Sem hesitação, pego a placa e dou a volta: «Dylan Ferrasa». Como? Estou prestes a gritar. Não pode ser! Não podem!!!! Mas de repente, eu olho para o banheiro e no chão vejo um pedaço do macacão azul que geralmente Dylan usa. Oh, Deus. Oh, Deus. Ah não... Não... Não... Não. Não pode ser certo o que estou pensando! Com os olhos, volto a ler o que esta na placa: «Dylan Ferrasa». Não há dúvida, e o ar deixa de entrar em meus pulmões. Engasgo-me! Eu fico verde! Meu morenaço, meu portoriquenho, meu Dylan é gay? Plano A: me arranco os cabelos.

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Adivinha quem sou Plano B: eu arranco os olhos de Tony. Plano C: leio novamente a placa pode ser que estou equivocada. Eu escolho o plano C. Leio novamente soletrando lentamente para não está equivocada: "Dy-lan Fe-rra-sa". Nãaaaaaaaaoooooo. Foda-se... Foda-se... Porraaaaaaaa. Os sonhos chegaram ao fim. Já não existem mais plano A, B ou C ou possível seis fases do orgasmo. Acaba de cair o mito. Dylan é gay? Quando eu falar para Coral, vai ficar tão petrificada quanto eu. Mas por quê? Por que um espetáculo de homem como Dylan tinha que gostar de homens? Por que, meu Deusss, por quê? Tony termina de assinar e virando-se para mim, me entrega a folha assinada e me pergunta: — Você vai estar toda a noite de guarda na cozinha? Estou prestes a arranhá-lo de baixo para cima, o que dói mais, por esta pergunta. Estou furiosa! Ele vai passar uma noite de paixão com o homem que eu desejo e não posso fazer nada. Absolutamente nada. Merda! Concordo como posso e ele me diz: — Talvez eu vá ligar, acho que tenho uma longa noite pela frente. Isso... Vai... Me esfrega isso na cara, seu nojento!

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Adivinha quem sou Naquele momento, abre-se uma porta que se comunica com outra cabine e vejo aparecer Tito, de camiseta e cuecas. Quando ele me ver, ele dá um passo atrás e fecha a porta, apavorado. Tenho-os apanhados com as mãos na massa! Pequena orgia vão montar todos os três. Eu comecei a andar em direção à porta, porque se não eu vou explodir lá mesmo. Eu volto, pois sinto uma mão em meu cotovelo é Tony que me pergunta: — Te acontece alguma coisa? Alguma coisa? Uma coisa que você está fazendo! Eu tento me recompor, esboço um dos sorrisos mais falsos do mundo e a respondo: — Não é nada, é só que eu tenho um monte de trabalho. Uma vez fora do quarto, fecho a porta e me apoio na parede. Eu quero chorar. Eu quero gritar. Eu quero matar alguém. Agora eu entendo porque nenhuma mulher consegue nada com Dylan. Agora eu entendo que nem as minhas pernas cruzadas a la Instinto selvagem, ou meus cílios batendo, ou os seios tamanho 100 de Lola faz com que ele reaja. Por Deus, ele é gay? Cabisbaixa com minha descoberta caminho para a cozinha, enquanto eu me pergunto porquê ultimamente, o mais bonitos e atraentes dos homens são todos gays. O que estamos fazendo de errado nós mulheres?

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Adivinha quem sou Eu amo os gays. Por exemplo meus amigos Luís e Arthur são, mas por que Dylan tem que ser? Desesperada, eu volto para a cozinha e, depois de pregar meu pedido assinado no palito, abro um dos frigoríficos, pego uma enorme jarra de sorvete e começo a comer várias colheres enquanto eu rumino a minha pena. Definitivamente, sinto-me como uma Gorda-idiota-derela!

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Adivinha quem sou Capítulo 12 Não Enche, Por Favor

Dois dias depois, minha inquietação permanece a mesma. Eu não estou de bom humor e o Rançoso parece que está mais difícil. Está claro que ele e eu nunca seremos amigos. Nesses dois dias, perguntei para outras meninas do Dylan, sem revelar o que eu sei. Todas falaram maravilhas dele. Que é tão cavalheiro, tão bom, tão educado. A grande maioria morreria por sua causa, mas nenhuma conseguiu nada com ele. Agora me dei conta da quantidade de detalhes que passaram despercebidos por eu estar tão cega com aquele cara. 1º Nunca se suja apesar de trabalhar num armazém. 2º Os creme que usa nas mãos toda hora e ao fato de que usa luvas de látex para o trabalho. Ninguém usa somente ele. 3º Nunca se relacionou com ninguém do trabalho. 4º Almoça sempre cercado por seus colegas homens. 5º E não beber nada em lata, ou direto da garrafa por causa dos germes. Mas o que um cara não bebe direto do gargalo? Que pena. Que grande tristeza e decepção estão no meu corpo e minha alma. Apesar do bom radar que eu tenho de perceber quem é quem, como eu não me dei conta antes? Definitivamente ficar boiando não me cai bem. Isso escurece meu sexto sentido!

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Adivinha quem sou Hoje é um dia louco. Os passageiros estão com uma fome voraz e eu corro para atendê-los, sob o olhar constante de Rançoso e recebendo suas broncas contínuas. Não sei quanto tempo eu vou aguentar sem lhe dizer poucas e boas. Quando entro na cozinha, Coral, me vendo angustiada, vem até mim e pergunta com um saco de confeitar na mão: — O que aconteceu com o Rançoso? Eu vou explodir! — Esse cara é um idiota e cheio de manias. – E deixando o saco de confeitar de lado, pergunta: — Nata ou creme — Nata. Eu amo nata. Sem hesitar, levanta-se e enche minha boca com o creme. É delicioso. Minha amiga sussurra: — Porque você e eu descobrimos que aquela pessoa é, você não tem que comer como uma selvagem. — Estou ansiosa. — Comer assim não faz bem. Você vai explodir seu uniforme. — Olha, minha filha, uma vez que eu sei que ele não vai desfrutar das seis fases do orgasmo comigo, eu não dou a mínima para se estou gorda ou magra! Que se dane! Ele é o único homem que me interessa em todo o barco e nunca vai me olhar como eu quero... Que decepção. Ao menos esse creme não me decepciona, ele sempre me dá o que eu preciso. Vejo que Coral me olha e diz:

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Adivinha quem sou — Como sempre, tão dramática. – E vendo que eu ainda estou devorando o creme como uma louca, pergunta: — Como está? O creme está bom? — De morrer! – Respondo, ainda devorando. De repente, com o canto do meu olho, vejo o culpado da minha ansiedade entrar na cozinha com uma caixa de vinho, usando fones de ouvido. Que tipo de música ele deve gostar? Rapidamente, retiro o saco de confeitar da boca, mas o creme sai e derrama no meu rosto e uniforme. — Mas o que você fez? – diz Coral, rindo de mim. Horrorizada, sussurro: — Sou uma idiota, ridícula... – digo. Morta de vergonha, olho de soslaio para Dylan ver se ele me viu e seu sorriso confirma que sim. Merda! Eu tento disfarçar. Ainda que ele seja gay, continua mexendo comigo. Uma das ajudantes, uma peituda, vai até ele e diz onde deve deixar a caixa. Coral, que percebe tudo, sussurra enquanto me entrega um guardanapo: — Bem... Bem... Bem... O que tiver que ser, será, então vamos... Concordo enquanto limpo o rosto. Tenho creme até nas sobrancelhas e o pior é que Dylan está se aproximando de nós. Meu Deus, que humilhação! Fecho os olhos e amaldiçôo ao notar que o creme entrou em um dos olhos. Isso arde. Quando ele chega mais perto, e sem nos cumprimentar, Dylan abre uma das câmaras frigoríficas e entra. — Merda, merda... – Murmuro enquanto o creme agarra no meu cabelo. — O que há de errado com seu olho? – Coral pergunta.

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Adivinha quem sou — A lente. Pisco constantemente os olhos, mas o creme deixou minha visão turva. Coral, achando graça, murmura no meu problema: — Se eu fosse você, mesmo sem enxergar, entraria na câmara e provaria a mercadoria. Por certo que ele também gosta de creme. — Coral, mas ele é gay! – Respondo, baixando a voz. — Menina, você não vai perder nada se tentar. Sorrio, enquanto minha lente e meus olhos estão cheios de creme. Minha amiga me conhece muito bem e sabe que, quando gosto de um homem, vou em frente! Mas nesse caso eu não posso. Eu não quero fazer mais um papel ridículo. — A verdade é que ele ainda não está maduro, ainda não saiu do armário, está cru. Algum plano? – Insiste Coral, se divertindo. — Sim. Um: Esquecê-lo! Mas eu era incapaz de silenciar as palavras borbulhando dentro de mim, pensava, enquanto piscava os olhos, tentando limpar o creme dos cílios. — Meu Deus, a verdade é que ele tem os lábios mais sexy que eu já vi na minha vida. Você me conhece e sabe que ele é o tipo de homem que me provoca e me revoluciona, de tão sexy que ele é, porque eu sinto... Eu sinto seu poder. Forte. Sim, é isso. Forte! Eu sinto que ele deve ser uma loucura na cama. E ao vê-lo quero beijá-lo, arrancar sua roupa... — Yanira... – Sussurra minha amiga, mas estou empolgada. — Ao vê-lo fico pegando fogo, de um jeito que não entendo. Mesmo sabendo daquilo... Eu fico... Fico quente... Sinto-me boba e ridícula se me pego olhando e... — Yaniraaaaa...

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Adivinha quem sou — E olha que eu estou dizendo, sei que eu sou invisível para ele, suponho que eu não sou o tipo dele porque não tenho bigode ou bíceps definidos ou algo pendurado entre as pernas, mas pelo amor de Deus... Sim, até seu nome me excita! Dylan! Dylan! Dylan! Oh Senhor, que nome mais excitante e másculo! Mas tudo bem. Tenho que assumir. Não sou o tipo dele e nunca serei. – Fecho meus olhos enquanto noto minhas mãos pegajosas de creme. — Mas eu juro que esse cara me faz, me faz pensar muito e vou ficar louca se não disser nada e... — Você está melhor? – Pergunta uma voz bem atrás de mim. Oh... Oh... Coral sorri e entendo o seu sorriso. Acho que o objeto do meu desejo acaba de dizer alguma coisa! Terra chamando! Que vergonha! Tentando me recompor, me viro. Eu não me vi em um espelho, mas minha aparência deve estar um tanto quanto peculiar. No entanto, encaro ele como se nada tivesse acontecido e respondo: — Sim. Obrigado. Estou melh... Eu não consigo dizer mais nada, porque como um olho está fechado, a bancada não estava onde eu pensei e ao me inclinar sobre ela, perdi o equilíbrio. Percebendo que ia cair, estendi a mão e agarrei a camisa de Dylan, e ela se rasga e o desastre é completo. Ploffff... Desabo no chão e então me dou conta que caí no chão da cozinha do barco. Perco a respiração e sentir que tudo balança ao meu lado. Eu tento disfarçar, mas o constrangimento é terrível.

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Adivinha quem sou Sou muito desajeitada! Agora eu sou cem por cento lerda. Espantado com a minha súbita queda, Dylan, o homem dos meus mais perturbados sonhos sexuais, se agacha com um gesto preocupado e pergunta: — Você está bem? Plano A: Eu digo não e peço que ele faça uma respiração boca a boca para que eu não morra. Plano B: Eu choro como uma idiota e me queixo da dor. Plano C: Paro de fazer esse papel ridículo. Finalmente optei por plano C. Eu acho que é o mais digno. Vejo Dylan abre um freezer, pega um pedra de gelo, envolvendo-o com um pano de prato limpo, remove luvas de látex e coloca o gelo no meu queixo. — Ai! — Eu sei, dói. – diz olhando para mim. — Você levou um grande tombo. Por pouco não abriu o queixo. De repente eu percebi que sua camisa estava rasgada, mostrando parte do seu corpo. Uauuuu, que peitorais! Lembro-me de ter rasgado sua camisa na queda. — Se você queria ver meu peito, era só me pedir para tirar minha camisa. Comecei a rir. Dylan me olhou surpreso com a minha reação e, tentando com todas as minhas forças parar de rir, digo para Coral: — Me dê mais papel para limpar meu olho.

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Adivinha quem sou Mas o morenaço parece ter mil mãos e ele mesmo me dá o papel, enquanto minha amiga diz: — Vou pegar algo para te abanar. Você está vermelha como um tomate. Coral saiu e eu não sabia o que dizer. Dylan me ajudou a levantar do chão e a sentar em uma cadeira. — Está doendo alguma coisa? Eu digo que sim com a cabeça e, ante a sua cara de espanto, esclareço, com gelo no queixo: — Meu orgulho. Nós dois ficamos em silêncio. Eu acho que ele me entendeu. Acabei de fazer o papel mais ridículo do mundo e ele respeita meu silêncio. Mas ele está agachado diante de mim com a camisa aberta e eu volto a admirar seu abdômen. Eles são incríveis! E estou impressionada com algo pendurado em seu pescoço. É um cordão preto com uma pequena chave de prata pendurada. Ele parece velho e é muito bonita. Ele percebe o que estou olhando e tocando a chave diz: — Eu ganhei da minha mãe. Assinto. A dor no queixo está me matando. Eu toco meus dentes com a língua. Que estejam todos aqui! Que esteja todos aqui! Felizmente, estão todos intactos. Respiro aliviada. Sem dizer nada, pego a caixa das lentes do bolso do meu uniforme e as retiro, pois estão incomodando meus olhos, sujos de creme. Que alívio! Dylan, ao me ver retirando as lentes, critica: — Você deveria lavar as mãos antes de tocar seu olho. Elas estão cheias de bactérias e sujeira.

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Adivinha quem sou Já vem sua veia gay. Não olhei para ele. Não respondi. Eu sei que ele tem razão quanto a lavar as mãos, mas não me deu vontade de dizer. Ele não disse mais nada. Só me observa e eu, quando termino de limpar a lente, e estou recolocando, respiro fundo, olho para ele solto: — Vamos esclarecer uma coisa. Você não ouviu nada do que eu disse sobre você, e também não me viu suja de creme, e por último, mas não menos importante, não despenquei diante de você sem qualquer glamour. E... — Esse Dylan... De quem você falou, era eu? Merda! Eu acabei de me entregar novamente. Não respondo. Não confirmo e não me movo. Poderia ser mais desajeitada e linguaruda? Ele, vendo meu apuro, sorri e se aproxima um pouco mais. Ai, meu Deus, ele é incrível! Fico sem fôlego quando ele pousa seu polegar logo abaixo dos meus lábios, por alguns instantes. Ao removê-lo, eu vejo o creme em seu dedo. Ele chupa e, num tom íntimo e voz rouca, murmura: — Deliciosa. Merda, merda e merda. O que eu digo? Para ele lavar o dedo antes de chupá-lo? Mas eu não falo. Melhor manter minha boca fechada ou eu vou acabar falando besteira. Mais uma vez começo a dar risada. Mas que idiota que eu sou! E para mudar de assunto, olho para os seus fones de ouvido no pescoço e pergunto:

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Adivinha quem sou — O que você está ouvindo? — Maxwell, conhece? Balanço a cabeça negando e ele diz: — Ouça. Você vai gostar. Coral aparece com uns cardápios plastificados para me abanar. Seu rosto é um poema! Dylan se levanta, dá um passo para trás, pisca para mim e, sem dizer uma palavra, volta para o lugar de onde veio. Coral, se divertindo, sorri e eu, horrorizada, protesto: — Eu não sei onde você vê a graça, caramba! Naquela noite, quando eu cheguei ao meu quarto e deitei na cama, o queixo doía horrores; vou ficar com um hematoma enorme. Mas eu não me importo. O simples fato de ter estado tão perto de Dylan durante aqueles minutos, fez valer à pena a colisão. Três dias depois, a minha contusão no queixo é notícia em todo o navio. Todo mundo fica me olhando. Não tem como não vê-la! Todo mundo especula. Como não especular? Afinal, até lhe coloquei um nome: Morte! Que coisa brega! Esta noite, quando nós terminamos o trabalho e estou indo para a minha cabine, Coral me para. — Eu quero te pedir um favor.

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Adivinha quem sou — Pode dizer, menina. Ela coça a nuca e depois de pensar o que vai dizer, fala depressa: — Eu fiquei com alguém e preciso da cabine por algumas horas. — Com quem você está ficando? – E ao ver que ela não responde e só sorri, eu insisto: — Com o colombiano? — Não. — Com o russo da recepção? — Não. Dez minutos mais tarde, depois de eu ter perguntado por quase todos os caras do barco, ela finalmente confessa: — Ok, eu admito, quanto aos homens que você se referiu, quero estar solta, atirada. – Eu dou uma risada e ela continua: — Eu fiquei com Toño por quatro anos, e fui a pessoa mais fiel e companheira do mundo. E para quê? Para me chamar de gorda na frente de seus amigos e humilhar-me. — Coral, você deve pensar numa coisa, você não é como eu. Você acredita em amor, romance, em... — Pois acabou o romantismo. – ela me corta – Eu vou viver a realidade. Homem que goste de mim, homem que goste do jeito que eu sou. Dei-me conta que o tempo passa, o corpo se deforma e quero desfrutar. E tem um passageiro argentino... — Coral... – rosno, colocando as mãos na cabeça — Você sabe que no barco são proibidas relações entre a tripulação, ainda mais com os passageiros. Você não pode trazê-lo para a nossa cabine, o que você está pensando? — Bem, penso isso mesmo que falei, em trazê-lo e desfrutar as seis fases do orgasmo!

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Adivinha quem sou Começo a rir. Ela também dá gargalhada. De repente, decidiu dar um rumo novo à sua vida, e ninguém irá fazê-la mudar de ideia. — E quem poderia ficar sabendo? – diz. Esta menina é um caso perdido. Basta que alguém a proíba de algo para que ela o faça. Olhando para ela, eu pergunto: — E por que não vão para a cabine dele? — Porque ele não pode. Ao ouvi-la dizer isso, eu olho e começo a rir. Finalmente, bufo e aceito a situação. — Ok. – eu digo. A cabine é toda sua. Mas quando você acabar, me mande uma mensagem para que eu possa voltar, ok? — Você é uma gostosura. — O que você disse? Coral sorrindo, divertida, esclarece: — Luciano que fala isso, para dizer que sou maravilhosa. E me dá um beijo, um salto e sai correndo. Eu sorrio por ajudá-la. Claramente ela está se saindo melhor do que eu no barco. De repente, ao me virar, eu pego Tomás me olhando fixamente. Oh... Oh... A música do Tubarão soa na minha mente. Tutu... Tutu... Tutu... Tutu... Ele vem até mim e, baixando a voz, pergunta:

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Adivinha quem sou — Com quem você ficou? Eu olho para ele me divertindo, dou meia volta e sussurro: — Para você eu vou dizer... Desapareço da cena rapidamente. Eu não quero ficar perto dele. Pois sei que seria para ter sexo e não quero sexo com ninguém. Bem, isso não é verdade. Com Dylan sim, mas isso seria pedir o impossível. Estou cansada e não tenho para onde ir, então me dirijo até o salão de festas. A música me animará. Gosto das músicas e fico por lá durante meia hora, até que, verde de inveja por não ser a cantora, vou para um lugar na cobertura, onde essa hora geralmente não tem ninguém. Uma vez ali, pego uma espreguiçadeira e a coloco num lugar estratégico, onde pouca gente pode me ver e onde eu possa ver o mar e deito nela. Que relaxante esta assim, à luz da lua! Estar durante o dia, ao sol, deve ser ótimo. Mas, infelizmente, estou nesse barco para trabalhar, não para me divertir. Penso em minha família. Pela hora, devem estar na loja, vendendo lembrancinhas aos turistas de Tenerife... Sorrio. São maravilhosos. Tenho a melhor família do mundo e decido ligar para eles. Tem sinal, que bom! Após dois toques ouço a voz da minha mãe. — Querida, é você? — Mamãe! Como você está? — Bem, minha menina. E você? Já passou o enjoo? — Sim mãe. – minto – Já estou melhor.

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Adivinha quem sou — Você está tomando leite? Sorrio. Minha mãe e o leite... Respondo: — Sim, fique tranquila, estou tomando. Não é completamente uma mentira. Sim, eu substituí o leite pelo creme que a minha amiga coloca nas tortas. Afinal de contas ele é feito de leite, não é? Falamos por alguns minutos. Digo a ela e meus avós que estou ótima, que está tudo bem e minto dizendo que o trabalho não é tão duro quanto eles acham. Depois falo com meu pai e ele me diz que Argen também está lá. Peço para falar com ele. — Como está minha irmãzinha preferida? — Mais atrevida do que nunca. Tenho certeza de que ele sorri. Argen tem um grande sorriso. — Fala tudo, eu te conheço. — Shhhhh... Não fale nada para a mamãe o que vou te contar, mas estou dopada de tanto remédio para enjoo, tenho um hematoma enorme no queixo por conta de um tombo que eu levei e meu chefe é um grande idiota que enche meu saco todos os dias. Argen volta a rir e baixando o tom de voz, diz: — Vamos, bufadorazinha, fala a verdade, você pode com ele. Agora quem ri sou eu. — Certamente eu posso lidar com isso. Mas não quero jogá-lo no mar e acabar presa. Mas chega de falar sobre esse assunto. Você está bem? Pensar sobre a doença do meu irmão sempre me deixa agoniada. Mas Argen a leva como um vencedor e responde:

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Adivinha quem sou — Perfeito, tudo sobre controle. Adoro sua positividade. Isso me alegra, e volto a perguntar: — Como está Han Solo e o corajoso? — O Mestre Yoda e o Mestre Del Ligoteo? Como sempre. Ambos sorrimos e Argen continua: — Garret viu recentemente que no próximo ano, em junho, haverá uma convenção de Guerra nas Estrelas em Los Angeles, e já estão juntando dinheiro para ir. E Rayco chegou outra noite com a sobrancelha cortada. Segundo me contaram, brigou com o namorado de alguém. Falamos por mais alguns minutos sobre nossos irmãos, que nos deixam loucos até que Argen pergunta: — Como a Coral está? Ficou bem depois do que aconteceu com Toño? Ao pensar na minha amiga, suspiro e digo: — Está mais que bem. Decidiu ser uma mulher liberal e não voltar a amar. — Isso que é seguir em frente. — Eu que o diga irmãozinho, eu que o diga... – digo divertida. Argen pensava que Coral estava para baixo. E sabia que eu era uma boa amiga. Então me pergunta: — E você, como são os homens aí? Já está de olho em algum? — Não. – Respondo sem vacilar. — Hummm... Está mentindo! — Por que? – Começo a dar gargalhadas. — Porque quando você mente responde muito rápido. Normalmente você teria pensado e dito: “Aff... Nenhum interessante”, mas esse seu “não” tão direto e certo me permite dizer que é um “sim”.

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Adivinha quem sou Claro, se tem alguém que me conhece, esse alguém é Argen. Meu irmão mais velho é certeiro, e rindo, respondo: — Ok, tem alguém. — Eu sabia. — Você me pegou. — Conta! Depois de respirar fundo, finalmente digo: — Tem um homem que está me deixando louca. — Homem? — Sim, não é um menino. É um homem mais velho que, aff... — Bem irmãzinha, pelo tanto que te conheço vejo que está realmente interessada. — Ele é gay. A gargalhada do meu irmão me deixa magoada. Pois, mesmo com o desgosto que estou sentindo ele fica rindo. — Acho melhor você parar de rir agora. – ameaço. Uma vez que ele diminui a gargalhada, respondo a tudo o que ele me pergunta. E depois de falar com ele por mais dez minutos eu quase esqueço minhas tristezas, desligo o telefone e sorrio. Sem hesitar, procuro no meu iPod uma música que meu pai gosta bastante. Eu sorrio ao encontrá-la. O mesmo que meu pai faria ao escutá-la. A cantora se chama Rosa e era uma concorrente de um programa musical chamado "Operação Triunfo". De acordo com ele, se ela conseguiu ter sucesso na música, por que eu não posso também? Achando que estou sozinha, eu coloco os fones de ouvido e, deixando-me levar pela doce melodia, cantarolo:

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Adivinha quem sou “Ei, não vê que é por seus olhos que eu vejo. Sabe que se você respira, eu respiro. Sigo, beijando as vezes que você me beija, e me dá mil carinhos daqueles loucos, que apagam o que você viveu ontem. Eu nunca...”

Um movimento à minha direita me chama a atenção e fico paralisada ao ver Dylan sentado em uma espreguiçadeira ao meu lado me ouvindo, com as pernas esticadas e as mãos nos bolsos. Rapidamente, eu tiro os fones de ouvido e perguntou: — O que você está fazendo? — Ouvindo você. Sua expressão me incomoda e sussurro: — Eu lhe convidei para me ouvir? — Não. — Então? Sem se mover do lugar, ele responde calmamente: — Você canta muito bem. Arrepio-me, e frustrada por tudo o que ele me faz sentir, reclamo: — O show é na sala Capri. Lá você pode ouvir outros cantarem. De repente, ele pega a meu pescoço e, olhando-me de frente, pergunta:

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Adivinha quem sou — Como está esse hematoma? Ao me deparar com seus olhos tão perto dos meus, só consigo responder: — Está indo bem. Por um momento, ele olha meu queixo com curiosidade e logo me solta. Eu faço uma careta e ele pergunta: — O que foi? — Olha cara – respondo sem vontade de conversar — Vamos ser claros. Você não tem que se importar com tudo o que acontece comigo, ok? Vejo que ele fica surpreso com a minha afirmação e murmura: — Eu sinto muito. Não pretendia... — Eu não dou a mínima para o que você pretendia. Ele olha para mim com os olhos arregalados. Percebo que ele não entende o que acontece comigo. Até agora, ele nunca tinha me visto com raiva. Ele deve pensar que eu sou louca, e eu também acho. Eu o fulmino com o olhar! Acha que todas se derretem por ele porque tem uma bunda grande e é muito bonito. Mas nem todos sabem o que eu sei, porque se soubessem, seria muito diferente! Depois de um momento de um silêncio constrangedor, ele franze a testa e pergunta: — Você está com raiva de mim? — O que você acha? Olhando para mim de uma forma que me faz pensar por que não cair de amores por ele, sussurra:

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Adivinha quem sou — Que não. — Bem... Acho que você não sabe de nada... – eu respondo, tentando não perder o controle. — E por que você acha que eu não estou com raiva de você? Aproximando-se mais, com uma cara safada diz: — Porque o que seus olhos me dizem. Quando ouço isso, eu me lembro de uma citação que meu irmão sempre diz sobre Jornada das Estrelas e respondo: — Meus olhos podem te enganar, não confie neles. Minha resposta faz ele sorrir e acrescenta: — Seus olhos são lindos. Bem... Bem... Bem... Isto está ficando interessante. Acabei de receber um elogio! Eu tento manter a minha ansiedade controlada, se não posso me descontrolar, então respondo com cautela: — Acho melhor você ouvir o que diz minha boca. Meus olhos podem enganá-lo. Ouço-o respirar fundo e com um sorriso safado, sussurra, enquanto olha para os meus lábios: — Sua boca diz e sugere muitas coisas. Oh, isso me deixa... Me deixa... Já não ligo se ele é gay, mórmon ou budista! Plano A: Lhe beijo. Plano B: Dou para ele.

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Adivinha quem sou Plano C: Me jogo no mar e me afogo. Minha respiração acelera. Ele é tentador! Paro, prendo a respiração e quando estou quase sufocando e incapaz de seguir esse jogo, pergunto: — O que minha boca te sugere? Dylan sorri e toca a ponta do nariz com um dedo. Oh, Deusssssssss! Fala sério... Fala sério... Esse garotão não pode ser gay. Seus olhos brilham, não quero nem imaginar como estão brilhando os meus, e, finalmente, com uma voz rouca e cara de valentão, ele responde: — Adivinha. Sua voz... Seu cheiro... Sua proximidade... Tudo isto, juntamente com a curiosidade que me traz esse “adivinha”, me faz suspirar. Será que eu devo agarrá-lo? Ou não? Eu me jogo? Ou não devo? Finalmente eu resolvo me conter. Lembro-me do que eu sei e eu freio antes de fazer um papel ridículo. Nesse momento, ouço ele me dizer, olhandome com uma expressão indecifrável: — Você é linda, mas não me interessa. Como? Porra... Porra... Porra... Que vergonha!

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Adivinha quem sou Como faço para deixar de desejá-lo? Sou uma idiota... E chateada com seu comentário, respondo: — Olha, meu filho, vamos deixar as coisas como estão. — “Meu filho”? – Pergunta curioso. — "Meu filho" é uma expressão carinhosa que se usa na minha cidade. Ele não tira os olhos de mim. Estou nervosa com o que ele disse, quando ele balança a cabeça e insiste: — Zangada? Eu tento não tremer a voz. Eu tento ser a mulher confiante que sempre fui e, em tom de brincadeira, olho para ele e respondo: — Adivinha? Eu vejo que os cantos da sua boca se curvam em um sorriso. Mesmo que ele negue, sei que nós temos mais química que toda a tabela periódica. Depois de alguns segundo nos olhando em silêncio, ele pergunta? — Por que você fala assim, baby? — “Baby”? E com uma voz que me arrepia desde as pontas dos pés até minhas orelhas, ele diz: — “Baby” é uma expressão gentil que usamos na minha terra. Fico totalmente desconcertada e não sei o que dizer. Eu preciso ficar longe dele antes que eu faça alguma besteira. Levanto-me, mas ele me agarra pelo braço e pergunta: — Por que você está levantando? — Porque vou lhe atirar ao mar.

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Adivinha quem sou Ele sorri. Meu Deus, isso é puro pecado. — Desculpe se te incomodei, não era essa a minha intenção. Simplesmente ouvi alguém cantando e... Você tem uma bela voz. “E você tentando me controlar desse jeito que me deixa louca.” Eu estava prestes a gritar. Mas seu tom suave, profundo e tranquilo me deixa sem vontade de fazer isso, então respiro fundo. Não vou discutir com ele. — Então podemos fumar o cachimbo da paz e você não me atira ao mar? – Propõe, estendendo a mão. Acho que eu tenho que aceitar isso. Devo parar de ser tão chata e aceitar isso. Eu não resisto, não tem jeito. Ele sempre foi correto comigo e não fez nada para que eu o trate assim. Eu bufo novamente, estendo a mão e aperto-a, e nesse instante ele dá um passo à frente e paro de respirar quando ele pergunta: — Você ouviu as músicas de Maxwell? Eu balanço minha cabeça. — Não. — Ouça... — Por quê? — Porque a música dele é sensual como você. Volto a bufar. Estou prestes a dizer-lhe algumas coisas, mas finalmente, pelo seu gesto, eu sei que estou tomando o controle da situação e, olhando em seus olhos, digo:

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Adivinha quem sou — Desculpe-me, eu estou cansada. Dylan sorri. Em seguida, aperta os olhos enquanto olha para mim e, ainda segurando minha mão, sussurra: — Sorria mais, baby. Seu sorriso é lindo. Oh, Meu Deus! Eu quero beijá-lo... Muito... Quero comê-lo!! E quando chego mais perto dele, para fazer isso, ele solta minha mão, deixando-me com a boca semi-aberta, e senta-se na cadeira. Merda! Que corte! Nem plano A, nem plano B e nem plano C. Acabei de ser dispensada mais uma vez. Que vergonha! Minhas pernas estão tremendo e me sento também. Durante algum tempo permanecemos calados. Eu preciso aceitar o que aconteceu. Vamos lá Yanira – digo para mim mesma – Não esqueça que ele é gay. Ele gosta de homens. Lembre-se disso e não faça mais esse papel ridículo. — Era muito bonita a música que você estava cantando. – disse me retirando dos meus pensamentos. — Qual o nome? — Não enche, por favor. Eu só disse isso. Mas vi sua expressão mudar e ele disse, sem entender nada: — Por que você voltou a falar assim comigo? Ao ver sua cara feia, sou incapaz de reprimir uma gargalhada, que o deixa desconcertado. E divertida, esclareço:

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Adivinha quem sou — A canção se chama: Não Enche, Por Favor. — Jura que esse é o nome da música? — Eu juro. Agora nós dois rimos e nos encostamos na espreguiçadeira. Durante alguns instantes olhamos para a lua refletida no mar, até que ele pergunta: — Você está trabalhando há muito tempo aqui no barco? Não me lembro de ter te visto antes. — É minha primeira viagem e acredito que será a última. — Por quê? — Porque enjoo muito e fico dopada de tanto remédio que eu tomo. Quando decidi trabalhar aqui, não pensei nisso, mas sinceramente, todo dia com esse enjoo não é fácil. E você? Está trabalhando há muito tempo aqui no navio? Ao olhá-lo, com o vento batendo em seu rosto. Que lindo ele é! — Estou aqui há quase um ano. Quando vou dizer algo, seu celular toca. Ele faz um gesto com a mão me pedindo desculpas, e atende a ligação. Enquanto isso, eu disfarço e olho para ele com mais calma. Ele fica lindo com essa calça jeans e camisa cinza. Uma vez que termina a ligação, se levanta e diz: — Eu tenho que ir. Assinto. Estou quase lhe perguntando se foi Tony que ligou, mas me calo. Ele se agacha ao meu lado e eu congelo. Chega seu rosto a milímetros do meu e sussurra: — Foi um prazer conversar com você.

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Adivinha quem sou Sua voz... Seu cheiro... Deus, estou a ponto de perder novamente a cabeça, mas antes que eu o faça, ele se levanta e sai, me deixando com cara de boba. Ainda estou me recompondo dessa despedida quando ouço um ruído no piso superior. Ao olhar para cima, vejo Tito, amigo de Tony, ele pisca para mim e sai sorrindo. Por que ele piscou para mim? Será que ele estava escutando? Quando finalmente fico sozinha, tenho vontade de cantar. Só tenho vontade que minha temperatura abaixe e que abra um buraco no barco que me enterre. Por eu fazer tanto papel de boba na frente de um homem. Penso, penso e penso. E quanto mais penso, mais me preocupo. Meu telefone toca e sorrio ao ver que é meu amigo Luis. — Como está a minha tulipa do mar? Sua alegria me faz sorrir e respondo: — Bem! E vocês? — Marco está lindo, gordinho e fofo. Come, dorme, suja a fralda e engorda. Mas nosso bebê é uma delícia! – Sorrio ao escutá-lo e ele prossegue – Mas seus pais estão na merda, eu principalmente. — O que foi? — Ah, minha garota, estou ferrado. Há uns dois dias atrás caí do andaime, numa obra. Torci o pé. — Oh Meu Deus! E o que o médico disse?

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Adivinha quem sou — Estou de repouso por duas semanas, com o pé imobilizado. Um saco. — Arturo me disse que se eu continuar chato assim pede o divórcio e leva o menino. Eu acho que ele vai para o céu por me aguentar. Isso me faz sorrir. Arturo e ele formam um casal fantástico! E se gostam tanto que seu amor, como poucos, será eterno, ainda mais agora que chegou seu primeiro filho, Marco. — Mas bem, chega de falar sobre mim. Liguei para saber de você e da Gordinha, estão bem? — Sim – e ao pensar em Coral adiciono: — Ela agora está numa fase solta, atirada, e muito feliz. Luis entende e soltando um grito, pergunta: — O que você está falando? Você está mesmo falando da “santinha” da Coral? — Dela mesma. Ela decidiu deixar de ser romântica para ser prática. A partir de agora, decidiu que ela e sexo são amigos íntimos. Luis solta uma gargalhada. — Fico feliz. Já que as minhocas vão comer mesmo, que os humanos desfrutem antes. Além disso, ela merece. Merece um pouco de loucura e pensar só nela. E você, como você está? Algum marinheiro a bordo? Suas perguntas me fazem rir, enquanto penso que encontrei um marinheiro impressionante e decido ir direto ao ponto. — Então, sim, lindo, alto, moreno, sexy e mais velho. — E você está falando comigo ao invés de estar com ele? – brinca meu amigo. Desanimada por tudo que tenho que lhe contar, digo:

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Adivinha quem sou — Não tenho nada para fazer. Se você estivesse aqui, ele gostaria mais de você do que de mim. — Não entendi, minha tulipa. Convencida de que eu tenho que assumir, digo: — Ele é gay. — Mas... O que você está me contandooooo? — É isso que você ouviu. — Sim. — Não acredito! — É sim, Luis, acredite. Essa era a fofoca que meu amigo precisava para reativar seu sangue. — Anda, me conta tudo, tudo, tudo. — Não tenho muito para contar. Não consigo olhar para mais ninguém nesse navio. Ele é impressionantemente sexy e tem uns lábios selvagens, nem te conto. Se você o visse ficaria louco. Ele me deixa louca, Luis! Ao vê-lo me desconcentro, fico quente. Fico pensando em tirar sua roupa e... — Querida, pelo amor de Deus! – ele me corta — Estou aleijado e assim você está até me esquentando também! Seu tom me faz soltar uma gargalhada e concluo: — Outro dia o peguei nu, tomando banho na cabine de um passageiro que é gay, e bem... O resto você pode imaginar! — Ahhhhhh... — Fiquei muito decepcionada! — Sinto muito, minha querida.

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Adivinha quem sou — Eu sinto mais. Eu havia elaborado um plano e nada... Deu tudo errado. — Fica calma, minha rainha. Claro que neste navio deve ter outros marinheiros com lindos corpos e quadris devastadores que podem te deixar louca. Disposta a tentar ver um ponto positivo onde não existe, sorrio. — Tem outro. Mas é um garoto da minha idade. Ele se chama Tomás e, bem, eu tive algo com ele, mas não é a mesma coisa. Não é nem a metade do que eu preciso. Tomás me procura, mas só penso em Dylan. Isso parece uma novela. — Pensa, querida, um pode ajudar a esquecer o outro. Não pensou nisso? — Sim. — Então, esquece o cara mais velho com o mais novo, usando o sexo. — Que porco você é! – Eu digo. Luis solta uma gargalhada e diz: — Olha, tulipa, você está em um navio, no mar, onde tem duas opções: continuar parada em um cara mais velho que é gay, e que nunca, nunca, nunca vai te dar o que você quer, ou se divertir com outro marinheiro, ainda que ele seja mais jovem. Pensa. — Vou pensar. — Não pensa, aja! Seja egoísta, liberte-se e divirta-se! — Eu disse que vou pensar. – insisto. — Olha, e se ele for bissexual? — Não, ele não é. Eu joguei quilos e quilos de charme e nada! Sem reação! Ele é imune aos meus encantos. Além disso, metade da força de

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Adivinha quem sou trabalho do barco também tentou, mas o cara não vai recuar. E reparei que sou uma idiota, quando há dez minutos, quase o beijei, mas ele se esquivou e me deixou tremendo. — Que vergonha! — Sim, foi horrível, uma vergonha. — Olha, minha flor, eu já disse, acho que você precisa de outro marinheiro urgente! Seu conselho me faz sorrir e eu vou dizer uma coisa, quando Luis me interrompe: — Yanira Van Der Vall, não adianta insistir. Se ele é dos meus, você tem que respeitá-lo. Não nada mais desagradável do que você atormentá-lo, ok? Concordo com a voz e a cabeça. Luis está certo. Eu tenho que seguir em frente. Por um tempo, falamos de tudo o que vem à mente e isso me faz rir. No sorrir com ele é impossível e fico desfrutando da tranqüilidade que está ao meu redor. As luzes daquele porto são lindas. Só então o telefone toca e eu, olhando para ele, vejo uma mensagem que diz: Devoradora, terminou a festa. Você pode voltar para a cabine. Levanto-me e para ir dormir.

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Adivinha quem sou Capítulo 13 Till the Cops come Knockin

No dia seguinte, eu estou colocando os guardanapos para o jantar, quando vejo Richi entrar no restaurante como uma bala, seguido por outro homem. Sem demora, os dois falam com o meu chefe Rançoso. Ele faz uma careta e depois olha para mim, acena com a cabeça. Richi dirige-se até mim. — O que aconteceu? – Eu pergunto, ao ver o seu gesto. — Nós precisamos de você na orquestra. Meu coração salta uma batida e ele continua: — Davinia, uma das cantoras, recebeu um telefonema de sua família e teve que abandonar o barco urgentemente em um helicóptero. Seu pai morreu e ela disse que não vai voltar. — Coitada... — Não temos tempo a perder! – me impele — Eu falei de você para a orquestra e eu os convenci de que você é o que precisamos. Vamos, eles querem te ouvir e se eles gostarem de você, você fica conosco! Eu fiquei paralisada e, finalmente, ao ver a expressão de Richi, só pude murmurar: — Ok. — Vem, minha filha, acorda! Eles querem te ouvir. Está vendo que meu chefe está falando com o seu. Se você passar no teste, será parte da orquestra.

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Adivinha quem sou Espantada, vou responder quando o Rançoso imundo se aproxima, com o chefe de Richi e diz: — Ande, senhorita. Mas lembre que ainda sou o seu chefe e espero que lá faça um trabalho melhor do que aqui. Eu sorrio e não digo nada: não vale a pena. Esta é a oportunidade que eu preciso e eu não vou desperdiçar. Minha felicidade é extrema e eu estou prestes a pular e gritar como uma louca. Eu vou para a cozinha rapidamente para comentar isso com Coral, que aplaude e me enche de beijos. Depois, volto com Richi e seu chefe. Eu vou demonstrar do que eu sou capaz. Quando chego, a orquestra me recebe contentes. Estavam me esperando. Sem demora, me fizeram cantar algumas músicas de seu repertório para ver o meu tom. Eles gostaram. Eu vejo isso em seus olhos e em seus sorrisos. Isso aumenta a minha confiança, ainda mais quando é evidente que me aceitaram. Sim... Sim... Sim... Eu fiz isso! Não há mais guardanapos para dobrar e talheres para escolher. Eles me entregam o livro de música com a esperança de que eu saiba algumas das canções para esta noite. Para sua surpresa e minha felicidade, eu sei todas elas. — Bem vinda, Yanira. Tem uma voz colossal. – Quando me viro, vejo que é Berta, a outra cantora que é um pouco mais velha que eu. Seu marido, Maxi, também trabalha na orquestra. — Nossa, tem uma voz potente, menina – ele me diz. Encantada por suas palavras eu sorrio e respondo:

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Adivinha quem sou — Obrigada a ambos e espero que tudo corra bem. – Com um gesto de cumplicidade que eu amo, Berta pisca para mim e aponta: — Correrá mais do que bem.

Momentos depois, eles me dizem quais as músicas que cantaremos juntos, e as que vou fazer coros, e eu fico sem palavras quando me pedem para escolher outras três canções do repertório para eu cantar sozinha. Que começo incrível! Nervosa, leio a lista com cuidado e eu estou prestes a pular de alegria quando vejo que é Cry me out, de Pixie Lott, uma música que eu amo e que está livre. Também escolho Freedom de George Michael, e salsa, Vivir Mi Vida, de Marc Anthony. Três temas diferentes para a minha voz, mas que sei que eu posso brilhar e fazer as pessoas terem uma noite agradável. Rapidamente a orquestra e eu ensaiamos e, uma vez finalizado, estamos todos satisfeitos. Encaixo perfeitamente com o que querem e gostam da minha falta de timidez no palco. Nota-se que tenho experiência. Mas hoje eu estou nervosa. É a minha estréia como cantora no barco e me sinto um pouco desconfortável. Na hora do jantar, encontro meus colegas que trabalham no Cocoloco, eu vou tomar um banho e me preparar para o show. Com o secador me empenho a deixar meus cabelos lisos. Hoje eu não quero cachos, mas quando eu termino, eu sinto a mão morta. Isso sim que é cabelo! Então eu uso maquiagem com cuidado. Enquanto estive no barco nunca me maquiei, mas agora eu faço. Agora eu tenho que fazer de tudo para que prestem atenção em minha voz e em mim.

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Adivinha quem sou Depois que eu termino, olho feliz no pequeno espelho. Tantos dias sem me ver assim! Encantada, eu uso o sutiã acolchoado e o vestido que Berta me emprestou. É comprido, preto, lantejoulas e com uma abertura lateral muito sexy, começando no início da coxa e é por isso que eu amo mostrar a perna. Que sexy! E com isso, eu adiciono saltos altos pretos 10 centímetros, o resultado é colossal! Vestida assim, me sinto poderosa, elegante e sexy. Nada a ver com o meu uniforme de garçonete com toquinha. Às oito e meia, mais confiante, abro a porta da minha cabine e fico surpresa de ver Dylan encostado na parede. Como sempre, ele está tranquilo e sua presença me deixa nervosa. Ao me ver, ele desencosta da parede e eu pergunto: — O que está fazendo aqui? Ele olha para mim, sem qualquer hesitação. Percorre por meu corpo com os olhos, passa pela fenda lateral do vestido e finalmente responde: — Te esperando. Sua resposta, como pouco me surpreendeu, especialmente quando ele diz, ao esticar uma mão e alisar meu cabelo: — Você tem um cabelo bonito. — Obrigada. Depois de um silêncio em que eu não sei o que dizer. Dylan, com sua expressão de malandro diz: — Quando não te vi durante todo o dia na cozinha e na sala de jantar, eu perguntei por você e eu soube que agora faz parte da orquestra. Queria parabenizá-la.

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Adivinha quem sou Seu olhar viaja de novo pelo meu corpo e sorrio quando eu percebo o quão surpreso que ele está com o meu novo visual. É gay, Yanira... Lembre-se que ele é gay. Estou nervosa. Ele me deixa nervosa, mas disposta que o momento seja mais tolerável, giro em mim mesmo com graça para mostrar minha aparência glamorosa e digo: — A partir de hoje, eu finalmente vou fazer o que eu gosto, que é cantar. — Mantenha seus pés no chão. O seu comentário me faz parar de sorrir e pergunto: — O que é isso? Dylan em silêncio por um momento e depois diz: — Só te aconselho, mesmo que você faça o que você gosta, continue sendo você, e tome as suas próprias decisões. Fico olhando a espera de algo mais, mas ele não diz nada. Só me olha. Isso me deixa mais nervosa e quando eu não posso mais, pergunto: — Mais alguma coisa? Seus olhos me enganam. Sua atitude me confunde. Senti-lo olhando para mim como se ele quisesse algo mais, mas em seguida ele desvia o olhar, indiferente. Homens! E dizem que somos nós complicadas. — Mas que beleza! Quem é? – Escuto ao meu lado. Quando me viro, vejo que se trata de Tomás e, sorrindo, pestaneja faceiro. Esse, sim, eu sei que deixo louco. Sem olhar para Dylan, que não se moveu, o cara vem até mim e, pegando a minha mão, me faz dar outra voltinha.

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Adivinha quem sou — Mãe de Deus, você está linda! – Exclama, sem se importar com mais ninguém. — Hoje à noite, quando terminar o show, você e eu vamos brindar com uma boa garrafa de vinho, o que você acha? — Prefiro água. – eu digo sarcasticamente. Tomás sorri e eu sorrio de volta. Na minha frente eu tenho Dylan, que é o homem que eu quero, e ao meu lado Tomás, o homem que me quer. Como isso é injusto! Por alguns minutos, ele se dedica a me colocar nas nuvens e pelos seus comentários, dá a entender que existe alguma coisa entre mim e ele. Dylan ainda não se move. Ele ouve impassível. Eu não sei se ele sente frio ou calor. Se ele está feliz ou triste. É totalmente sem expressão! No final, olha para o teto, toca seu cabelo escuro curto e, ignorando Tomás, diz antes de sair: — Boa sorte no palco. Vou ouvi-la cantar. Enquanto olho ele sair, Tomás exclama: — Que cara estranho! Suas palavras me chamam a atenção e pergunto: — Por que? Agarrando-me pela cintura, ele se aproxima de mim e diz: — Nós estamos meses juntos no barco e não sei quase nada sobre ele. De acordo com Fran, que é seu companheiro de manutenção, ele não se relaciona muito com as pessoas. É um tipo estranho e de poucas palavras. Eu já sabia. E se tem algo que eu tenho claro, é que Dylan não é exatamente o “rei da festa”, e procurando evitar o assunto que Tomás puxa, murmuro: — Eu tenho que ir. Não quero chegar tarde no meu primeiro dia.

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Adivinha quem sou — Então você vai ficar comigo? – Eu vou responder quando ele acrescenta: — Este vestido combina com você muito bem e não vejo a hora para colocar as mãos sob ele. A proposição me excita. Hoje eu estou feliz e sexo seria um bom final para essa noite. Então eu sorrio e respondo: — Quando eu terminar de cantar, venha me encontrar! Tomás acena com olhar lascivo e eu começo a andar, enquanto eu sorrio e penso: Por que não? Estamos com uma hora de apresentação e eu estou me divertindo como há muito tempo não me divertia. Dancei, cantei e ri com os meus novos colegas e quando tocam as primeiras notas de Cry Me Out, sei que chegou meu momento. Berta e seu marido saem do palco, as luzes baixam e uma luz direta se concentra apenas mim. Com os olhos fechados, cegada pelo foco, começo a cantar:

I got your emails you just don't get females now, do you? What’s in my heart, is not in your head, anyway.

“Mate, you’re too late and you weren't worth the wait, now were you?

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Adivinha quem sou It's out of my hands since you blew your last chance when you played me.”

Minha voz consegue transmitir o momento íntimo, e ganhando força, continuo:

“You'll have to cry me out, you'll have to cry me out. The tears that I fall, mean nothing at all, it's time to get over yourself. Baby, you ain’t all that, baby, there's no way back. You can keep talking but baby, I'm walking away.”

Eu sorrio. Eu estou feliz! Eu gosto do que faço e tento transmitir o que eu sinto com essa música. Passageiros dançam abraçados e eu adoro ver que alguns se beijam enquanto eu canto. Desfruto da magia que cantar me faz sentir e tento passar a todos que me escutam. Agarro o microfone tirando do pedestal movendo-me pelo palco, enquanto eu me rendo ao prazer da música.

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Adivinha quem sou Desfruto música após música e quando toca Vivir Mi Vida, danço salsa no palco enquanto canto e as pessoas dançam comigo. Também desfrutam. Em um dos movimentos e depois de um flash de luz, eu vejo Dylan no lado da sala, apoiado em uma porta enquanto me escuta. É um segundo. Um instante. Mas eu o vi. Pensar que ele veio por mim me deixa feliz e aprecio duplamente a música enquanto eu e a orquestra nos misturamos perfeitamente ao ritmo da salsa. Quando termina, o público aplaude e me sinto especial. Uma hora mais tarde, depois de terminar a apresentação, todos os companheiros de banda me felicitam. Eles gostaram da minha voz e da maneira que me movo ao redor do palco e com o público. Eu não sou nenhuma novata. Eles percebem e agradecem. Estou animada e depois de receber elogios de todos quando desço do palco encontro com Tomás. Ele está esperando, e enquanto se aproxima de mim, ainda aplaudindo, ele diz: — Incrível, Yanira. Inacreditável. Eu sorrio. Eu não consigo parar de sorrir, mas inconscientemente buscando olhar para quem eu não deveria. Tomás não mostra em público confiança mais do que o necessário. Ele sabe que seria impróprio e murmura: — No meu quarto eu tenho um balde com um champanhe maravilhoso que eu peguei na cozinha. Se você me permitir, vou molhar seu corpo com ele e então eu vou beber. Suas palavras me excitam-me, me aquecem. Embora não seja ele que eu pense para beber champanhe em mim, mas Dylan. Mas eu não devo ficar pensando sobre isso. Então eu sorrio e respondo baixinho: — Parece ótimo.

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Adivinha quem sou Ele concorda, mas quando começamos a andar, o diretor da orquestra se aproxima e eu paro. O homem está feliz por ter-me com eles, diz. Naquele momento, o telefone toca. Uma mensagem. Sou eu, Tomás. Espero-te na cabine B62. E vejo que ele começa a andar, enquanto eu ainda estou falando com meu novo chefe. Dez minutos mais tarde, volto para o meu caminho, mas antes, decido sair no convés para tomar um pouco de ar. Costumo caminhar após o show. Eu tiro os sapatos, eles estão me matando. Eu ando descalça pelo convés e chego aonde Dylan, algumas noites antes, fugiu do meu beijo. Que momento embaraçoso! De repente, eu ouço: — Com sede? Quando me viro, vejo o objeto dos meus mais sombrios desejos aparecer com dois copos em uma mão e um balde de gelo com uma garrafa dentro na outra. Tomara que ele também queira molhar o meu corpo com champanhe, eu penso. Com um sorriso que me deixa atordoada, se aproxima de mim. Sem saltos, eu chego até seu queixo. Deixa o balde sobre uma mesa e, sem perguntar, traz duas espreguiçadeiras. Então pega os sapatos de minha mão, deixa no chão, me faz sentar, liga o seu iPod e soa uma música maravilhosa. Eu olho encantada, enquanto ele senta na outra espreguiçadeira e diz: — Maxwell é um cantor R & B americano e soul norte-americano, de pai porto-riquenho. – ao ver que eu estou olhando acrescenta sorrindo: — Você vê, eu continuo pulsando o sangue porto-riquenho – Eu sorrio por minha vez e ele

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Adivinha quem sou continua: — Meu irmão mais velho me deu seu primeiro álbum de Maxwell's Urban Hang Suite depois disso, eu não parei de ouvir. Esse álbum foi lançado em 96 e no ano seguinte ele gravou um CD ao vivo de suas músicas para a MTV Unplugged. Minha mãe nos levou e assisti ao show ao vivo. Escutar Maxwell é relaxante. Sua música e sua voz são sensuais, é maravilhoso. De repente eu estou com ciúmes desse Maxwell. Eu com ciúmes? Ouço atordoada. É claro que o tal Maxwell o encanta mais do que eu. Dylan fala por um bom tempo nesse músico desconhecido para mim, até que me olha e sussurra: — Ouvi-la cantar me deu o mesmo efeito que ele. Isso me relaxa. Ok, erreiiiiiiii! Eu não quero relaxá-lo... Eu quero excitá-lo! Ele me entrega uma das taças e, quando seguro, pergunto: — Você está tentando me embebedar? Ele olha para mim sorrindo e balança a cabeça: — Não. E com isso, pega uma garrafa do balde igual a que o rançoso me proibiu de beber dias atrás e acrescenta em tom de brincadeira: — Água sem gás Elsenham. Baixo teor de sódio e rica em cálcio, ferro e estrôncio. Isso me faz rir. É claro que é um homem detalhista e prestou atenção à minha recusa em tomar a Champanhe quando me propôs Tomás. Eu olho para o copo em sua mão.

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Adivinha quem sou — De onde você tirou essa garrafa? – Eu me pergunto. — Da loja. Solto uma gargalhada e cochicho: — Como nós pegamos do Rançoso, vamos aproveitar! Dylan sorri. Ele tem um sorriso incrível. — Você já tinha bebido essa água? – Ele pede. — Não. – eu digo, enquanto ele enche o meu copo — Eu costumo beber água da torneira ou, quando muito, o que eu compro no supermercado. — Saboreie. É requintada. Vamos lá. Que o homem usa a palavra “requintada”? Cada vez o vejo mais gay. Oh, Deus, que pena. Eu faço o que ele pede, e de fato é muito boa! — Meu pai sempre dizia que a água esclarece ideias, você não acha que isso é verdade? – Ele diz. Isso eu preciso, esclarecer! Penso, achando graça. — Seu pai está absolutamente certo. A música sensual continua tocando à nossa volta. Dylan encheu os copos e vendo que eu não digo nada, pergunta: — Brindemos? — Com água? — Sim. — Somos pobres até na hora de brindar com água – e antes de responder, acrescento: — Você não sabe que é má sorte?

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Adivinha quem sou — Brindar com água traz má sorte? Acho engraçado e adiciono: — Agradeço a água, mas não brindarei. Sou muito supersticiosa e tem coisas que, em minha opinião, nunca se deve fazer e que eu não faço. Dylan sorri, bebe sua água e pergunta: — Como o quê? Eu também bebo um grande gole da minha bebida e, em seguida, deixo o copo em uma mesa de plástico branco, explico, enquanto retiro o cabelo do meu rosto: — Não brindo com água. Eu tenho muito cuidado para não derramar sal na mesa, o que traz infortúnio. Eu não durmo à luz da lua, porque eles dizem que se você fizer muitas vezes você pode ficar louco. Eu nunca vi uma noiva antes da cerimônia para não dar má sorte e, é claro, eu nunca experimento um vestido de noiva ou a má sorte viria para mim. Trato espelhos com cuidados especiais, porque se o quebro me traria sete anos de má sorte. Na sexta-feira treze eu tento não fazer nada importante. Nunca abro um guarda-chuva dentro de casa para não atrair o mal. Não misturo adornos dourados e prateados com ouro e prata, má sorte. Nunca deixo a bolsa no chão para que o dinheiro não voe. Nunca dormo com meias e se acontecer de algum dia ficar viúva, não usarei preto no funeral. Dylan se assusta. Seu rosto é um poema depois que acabei de falar ele, curioso, pergunta: — Por que se acontecer de você ficar viúva não usará preto no funeral? Eu tomo um gole dessa água, que é ótima. — Como disse a minha avó Nira, viúva que não se veste de preto impede que o espírito do marido volte para ela, como o meu avô não lhe deu muito boa vida, ela não se vestiu de preto, e disse que nunca a incomodou.

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Adivinha quem sou Portanto, se alguma vez eu me casar, o que eu duvido, porque isso não vai rolar pra mim... Eu vou fazer isso! Agora ele esta completamente fora de si e pergunta novamente: — E por que você não pode dormir com meias? — Porque só os mortos dormem com elas e se você fizer isso, você estará gritando para a morte. Pela sua cara e gesto vejo que não me dá crédito ao que me ouve e, finalmente, solta uma sonora gargalhada. Eu não sei se devo ou não ficar com raiva e, em seguida, diz: — Eu tenho que dizer-lhe, nesse caso, eu sou um real amaldiçoado para você. — Por que? — Porque muitas dessas coisas que você não faz, eu faço. — Não me diga? — Sim. Tenho brindado com água com meu pai em mais de uma ocasião. Eu amo dormir ao ar livre sob a lua e, se a memória não me falha, acho que dormi mais de uma vez com meias em uma das minhas viagens para a Antártida. — Você já foi para a Antártida? — Sim. Encantada, comento: — Deve ser uma verdadeira aventura. Dylan balança a cabeça, sorri e se levanta. Ele estende a mão e pergunta: — Dança comigo?

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Adivinha quem sou Olho atordoada e ele insiste: — Vamos, dance comigo esta canção. Eu lhe dou as mãos como um robô e ele me puxa para cima colando-me com o seu corpo e sussurra pausadamente perto da minha boca: — Till the cops come knockin é minha canção favorita. Oh! Meu Deus, Este homem vai me deixar louca. Sem dizer nada, chego perto dele e começo a me mover ao som dessa lenta e sensual canção enquanto seu perfume me penetra completamente e minha excitação sobe e sobe para limites que me deixam sem força. Eu gosto e me excita ser mais baixa que ele. Sim, eu sei que ele é gay, mas ele me faz sentir aquecida e não posso controlar o que eu sinto. — Gostou da música? – Ele pergunta. — Sim. – eu respondo, com um sussurro. Dylan me aperta mais contra ele, e acrescenta: Minha mãe sempre disse que quando alguém está feliz, ouve música, mas quando está triste ou desesperado, entende a letra da canção. Eu concordo. Sua mãe tinha mais razão do que um santo. Não me atrevo a retirar meu queixo do seu ombro. Sei que se eu fizer isso vou querer beijá-lo e não quero que ele me ignore de novo. Mas Dylan me tenta. Provoca-me. Passa seu nariz pelo meu cabelo, sua boca e me faz estremecer. Não sei qual é seu jogo, mas eu sei que o meu não vai querer jogar. Lentamente, abaixa a mão nas minhas costas, mais para no final delas. Não abusa, não faz nada impróprio, apenas dança comigo e sinto o poder que ele tem sobre mim.

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Adivinha quem sou Quando a música termina, galantemente me convida a voltar a sentar na espreguiçadeira, e nervosa, sorrio. Eu pego o copo com a água, mas escorrega da minha mão e parte da água acaba no meu decote. Mais uma vez volto a rir. Como sou desajeitada! — Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim, Yanira. – Dylan diz de repente. Olho para ele enquanto seco o meu decote e não respondo. Não posso. Ele me observa esperando que eu fale algo e decido ser sincera e dizerlhe que sei o seu segredo. Para que ele pare de agir como um homem viril e pare de me deixar louca. Então eu deixo o copo sobre a mesa e começo: — Eu tenho algo para lhe dizer. — Então diga. – responde, com uma voz que me faz suspirar. — Sei uma coisa sobre você. — O que? — Outra noite eu vi você. — Ah, é? Onde? – Pergunta, cravando os olhos em mim. Lá vai! Nervosa, pelo terreno sombrio que estou me metendo, esclareço, mas sem não antes respirar fundo: — Eu quero que você saiba que não julgo ninguém pela sexualidade. Além disso, tenho ótimos amigos, Luis e Arturo, que são as melhores pessoas que conheci na minha vida. Vejo que ele franze o cenho e murmura: — Não estou entendendo.

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Adivinha quem sou Que merda! Bebo mais um pouco de água. O que será que estou fazendo? Limpo minha garganta, levanto o queixo e digo bem claro para que todo meu corpo entenda de uma vez e eu deixe de ficar desconcertada quando o vejo: — Eu sei o seu segredo. Sua voz é fria e ele rosna: — Do que você está falando? —Vamos, Dylan, não precisa negar. Você me entendeu perfeitamente. – e chegando mais perto dele, digo: — Tranquilo, por mim ninguém saberá. Ele fica pálido por um momento e levantando-se, repete: — Do que você está falando? Ele nega. Ai, coitado. Que momento difícil estou fazendo ele passar. Estou com pena, e tentando manter a calma, sussurro: — Não precisa gritar. Estou dizendo que seu segredo está bem guardado comigo. — Mas, você pode me dizer a que segredo está se referindo? France o cenho... Eu pisco os olhos. Sorrio... Ele não. Meu celular apita. Nova mensagem de Tomás. Não demore. Tenho champanhe te esperando. Dylan, que está ao meu lado, lê a mensagem e exclama: — Droga!

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Adivinha quem sou Olho sua expressão e está um pouco, depreciativa. Em seguida ele levanta, caminha até a parte superior onde dá voltas e me olha. Eu sei que o seu segredo deve incomodá-lo muito, e me aproximando, repito: — Escuta, seu segredo está... — Como você sabia? — Isso não importa, Dylan. Ele me segura pelo cotovelo, me puxa para perto dele e fala bem próximo do meu rosto: — Ninguém sabe. Se alguém descobrir, saberei que foi você. Concordo. Claro, que ele quer manter seu segredo bem guardado e respondo: — Tranquilo, por mim ninguém saberá que você é gay. Seus olhos me fulminam, e vejo que ele não gosta dessa palavra. Tentei não falar, tentei não dizer, mas no final, acabei soltando. Dylan pisca desconcertado. Mas sua expressão muda depois de alguns segundos e vejo que ele esboça um leve sorriso quando diz: — Te agradeço a cumplicidade, Yanira. Ambos sorrimos e ele pergunta: — Como você sabia? Dou um passo para trás e minha bunda bate contra a grade. — Eu estava de serviço na cozinha quando Tony pediu uns sanduíches e bem... Vi suas roupas no chão, sua identificação sobre a mesinha e ouvi o barulho do chuveiro. Como ele é gay – Balanço a cabeça – Deduzi que era... Mas, repito, tranquilo, pode confiar em mim.

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Adivinha quem sou Durante alguns segundos nos olhamos nos olhos. Que olhos ele tem, Meu Deus! Mas é sua boca que me deixa louca! O que eu não daria para morder aqueles lábios maravilhosos e tentadores. Não sei o que se passa pela cabeça dele, mas sei o que se passa na minha: Sexo! Finalmente depois de alguns segundos de tensão que me deixa louca, ele balança a cabeça e, se aproximando de mim com uma atitude que me faz suspirar, diz: — Obrigado. Envergonhada por sua proximidade, seu cheiro, consigo responder: — De nada. O celular apita. Outra mensagem de Tomás. Te espero ansioso. Dylan novamente vê a mensagem e pergunta, aproximando-se mais: — Você vai mesmo para a cama com esse cara? Sem hesitar, assinto. Além do mais, eu sei o seu segredo. Eu não acho que ele vá contar o meu. — Você tem as suas necessidades e as satisfaz ao seu modo, com quem você acha bom e da sua maneira, assim como eu tenho as minhas. – eu digo, presa entre a grade e ele. O corpo de Dylan toca meu e eu posso sentir sua ereção. Oh, meu Deus... Oh, Deus, será que é por minha causa? Será que ele está excitado por pensar em Tomás, Tony, Maxwell ou em mim? Sem dúvida sou a última opção.

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Adivinha quem sou Enfeitiçada pelo seu olhar, pela sua proximidade, seu aroma e pelo perigo da sua boca tão próxima da minha, sem hesitação, ele me dá um selinho rápido. Abro a boca, chocada. — O que você está fazendo? – Eu pergunto. Dylan coloca gentilmente as mãos na minha cintura e responde contra a minha boca: — Provando seu sabor. Reconheço que você é uma mulher que me atrai... Bem... Bem... Bem... O plano A acaba de ser reativado. Será que ele é gay ou será bissexual? Ainda me segurando pela cintura, eu sinto que me pressionado contra ele, e eu estou a ponto de gritar ao notar seu membro latente. Mas sem me deixar falar ou perguntar qualquer coisa, volta para os meus lábios e dá pequenas mordidas com autêntico desejo. Deus existe! Eu não perca a chance e abro a boca para recebê-lo. Nesse ponto, eu já não me importo com a sua sexualidade. Só me importo com o momento. Desfrutá-lo. Vivê-lo. Senti-lo. Seu beijo é apaixonado... Ardente... Seus lábios são todos meus e eu mordo como tinha desejado há tanto tempo.

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Adivinha quem sou Suas mãos começam a voar pelo meu corpo e uma delas encontra a fenda sexy do meu vestido de paetês. Toca minhas coxas, sobe para a minha bunda e aperta. Oh, sim, meu querido! Não pare. Disposta a me deixar levar pela luxúria, separo as pernas e observo como sua mão se move até chegar aonde eu quero que elas estejam. Sem deixar de me beijar, leva um dedo para cima da minha calcinha e me tocar, por cima dela. Que excitante! Um suspiro de prazer sai da minha boca e Dylan olha para mim. Ele apóia sua testa na minha e sussurra: — Você gosta? Assinto. Como dizer não! Então eu falo com todo o descaramento do mundo: — Eu gostaria mais se... — Aproveite o momento. – me corta, enquanto puxa minha calcinha para o lado e enfia um dedo dentro de mim. Agarro seus ombros enquanto seu dedo entra e sai de mim, me fazendo ver estrelas de luxúria. A música sensual, Dylan e seu dedo dentro de mim me deixam louca. Busco sua boca e mordo seu lábio inferior como uma loba, aproveito. Certamente eu o machuco, mas não posso parar. Quando alguns segundos depois ele me solta e eu solto seus lábios, ele se toca e sussurra: — Não devemos continuar... Eu entendo o que ele está dizendo. Entendo suas limitações em sexo com uma mulher.

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Adivinha quem sou Mas eu quero que ele continue e me faça sua. — Não me deixe assim. — Eu não devo... — Continue. – exijo, chateada. Dylan sorri de lado e sussurra enquanto aproxima seu nariz do meu: — Você é muito sexy quando está com raiva. Um rugido sai do meu interior. Ele está jogando comigo? Eu vejo o que ele pensa. Ele olha para mim, põe a mão no balde e com um sorriso perigoso, disse puxando-me de volta para ele: — Caprichosa. Retorna rapidamente a sua mão úmida e fria para onde estava antes e me masturba. Facilito o acesso separando coxas. Ah, sim! O vento agita meu cabelo e eu o beijo. Eu mordo seus lábios e forço-o a abrir a boca. Meu coração bate forte e de repente me sinto viva... Muito viva. Eu quero tocá-lo. Preciso fazer isso. Levo minha mão para sua virilha e toco seu membro por cima da calça. Sim... Sim... Sim... Gosto disso! Está extremamente duro e eu estou morrendo de vontade de tocar a suavidade de sua pele. Dylan solta um grunhido viril e, tirando minha mão de onde coloquei, ordena: — Segure em meus ombros e me deixe. — Mas eu quero... — Me deixe desfrutar de uma mulher. – insiste, para que eu me cale.

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Adivinha quem sou Uma mulher. Para ele eu sou apenas isso: uma mulher. Ele é gay e eu tenho que aceitá-lo! Mas aqui somos dois, dando-nos prazer, sem realmente chegar ao que eu desejo. De repente ouço vozes e Dylan me leva para uma lateral, onde o seu corpo e a escuridão escondem quem somos, enquanto seu dedo na minha vagina e minha língua em sua boca, não param. Um calor enorme sobe pelo meu corpo quando eu sinto seu dedo ir para o meu clitóris e quando ele pressiona, explodo de calor com ele, o meu prazer me faz desmanchar completamente em seus braços enquanto eu ouço ele dizer no meu ouvido: — Caprichosa. Assinto e sorrio. Depois de alguns minutos, quando ambos recuperamos a compostura, ele tira a mão dentre as minhas pernas e eu vejo que ele limpa com um lenço que ele retira do bolso. Eu não sei o que dizer. Eu não sei o que pensar. O que nós fizemos? Nossos olhos se encontram. Estou prestes a gritar de satisfação, quando de repente tudo acaba tão repentinamente como começou, e me olhando, Dylan diz enquanto me solta: — Isso não pode acontecer novamente. Olho para ele espantada e agitada, e declaro: — Você foi o único que começou. Mas... Ele olha para mim e, com um movimento seco com a mão, pede que eu me cale. Estamos a poucos centímetros um do outro e ele comenta:

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Adivinha quem sou — Espero que depois do que aconteceu hoje à noite, você não precise mais de Tomás. Dá um passo para trás e, com uma expressão que eu não sou capaz de decifrar, diz antes de sair: — Boa noite, Yanira. Com os olhos arregalados e o desejo ainda em mim, eu vejo como este homem incrível que alguns segundos atrás eu beijei e me masturbou com luxúria vai para longe de mim. Chocada com o que aconteceu, ergo o queixo, desligo a música do iPod e caminho pelo convés. Me encontro com Tony e Tito no caminho, sorrindo para mim, e devolvo os sorrisos. Vou diretamente para o meu camarote. Depois do que aconteceu, não quero mais encontrar Tomás, porque minha cabeça está dando voltas. O que eu fiz? Caminho como em uma nuvem e quando eu chego a minha cabine, ansiosa para falar com Coral, fico com cara boba ao ver que ela não está. Ela deixou um bilhete no meu beliche que diz: — Estarei de volta em uma hora. Descanse, fique bem. Bem! Pelo amor de Deus, estou péssima! Muito mal por causa de Dylan. Meu celular apita novamente. É Tomás. Me espera. Mas eu não quero ir, e depois de lhe enviar uma mensagem rejeitando sua oferta, eu desligo o telefone para não me incomodar mais e me deixar em paz. Eu tiro meu vestido, sapatos e deito em minha cama só de calcinha. Está quente, ou melhor dizendo, eu estou quente! Olho para o teto enquanto minha mente revive novamente o que aconteceu. Seu sabor. Seu toque. Seu ímpeto ao beijar-me. Me salta um gemido quando sinto meus seios nus arrepiarem.

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Adivinha quem sou Estou excitada. Dylan me deixou louca. Imagine o que poderia ter acontecido entre nós dois, se ele tivesse me desejado como um homem heterossexual faz, minha pressão subiria e aceleraria meu selvagem e descompassado coração. Fantasiar sobre ele me faz morder o lábio, onde eu ainda sinto o seu sabor, enquanto sinto um enorme desejo de me tocar e brincar. Eu fecho meus olhos e acaricio meu cabelo imaginando que é ele que está fazendo. Eu sinto. Eu gosto. Segundos depois, as minhas mãos, que são as suas, descem pelo meu pescoço, meus seios, até chegarem aos meus mamilos são duros e excitados. Eu os aperto. Massageio. Sem abrir os olhos, as mãos vão agora até a minha barriga, descendo devagar e depois seguem para o interior de minhas coxas e afasta minhas pernas. Ah, sim... Sim! Noto um calor intenso na minha virilha. Ofegante, me toco por cima da calcinha. A sensação é molhada. Abro os olhos. Eu já não posso mais. Eu me levanto, tiro minha mala do armário e busco na nécessaire até encontrar meu vibrador rosa, que eu chamo de Wolverine, em homenagem a Hugh Jackman. Enquanto eu tiro minha calcinha, murmuro: — Hoje você vai trabalhar, Wolverine. Em seguida, ligo o iPod e buscando canção sensual que dancei com Dylan no deck. Uma vez que a encontro, fecho meus olhos e a luxúria está de volta para mim. Eu deito na cama e acaricio meu clitóris com a ponta dos dedos e suspiro, lembrando-me de como ele fez comigo. Movimentos circulares me fazem suspirar, depois de ligar Wolverine, abro minhas pernas e grito ao colocá-lo onde Dylan me tocou. Descubro que cada movimento, cada pensamento, cada suspiro que sai da minha boca é por ele. Por Dylan.

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Adivinha quem sou Aumento a vibração e com ela meu prazer, minha alegria, minha loucura. Sussurro seu nome... Eu posso ouvi-lo me dizer: "Aproveite o momento.”. Lembro-me de seu rosto, seus olhos, suas mãos, a dureza entre suas pernas enquanto fantasio assim, eu me contorço na minha cama e convulsiono de prazer. O clímax toma o meu corpo mordo meus lábios, enquanto a sensual canção de Maxwell continua tocando. Recordo de como eu mordi seus lábios e suspiro ainda mais. O prazer explode em mim e sinto meu desejo encharcando minhas coxas. Quando deixo Wolverine cair na cama, eu sei que consegui o que queria, mas ainda desejo Dylan.

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Adivinha quem sou Capítulo 14 Valeu à pena

Na manhã seguinte, quando o despertador toca, eu sinto como se estivesse morrendo. Coral acorda como sempre cheia de energia e, uma vez vestida e arrumada, ela sai. Trabalhando em cozinha, seu turno começa cedo. Depois de fechar a porta, me aconchego de volta na minha cama e volto a dormir. Meu turno mudou e eu tenho que mudar também o meu horário. Quando o alarme tocar de novo, eu sei que é hora de movimentar. Coloco música e ouço a voz de Michael Bublé. Eu amo este homem! Ainda me lembro quando eu assisti a um dos seus concertos em Madrid com o meu irmão Argen. Economizamos por meses para a viagem, mas valeu à pena. Quando cantou You'll Never Find, eu cantarolava para ele do meu assento ao lado de Argen. Foi um dos momentos mais mágico da minha vida. Assim que eu estou limpa e arrumada, deixo a cabine. Eu tenho que encontrar com a orquestra na sala de estar para ensaiar, mas como eu tenho algum tempo, decidi ir para o convés para tomar um ar. Foda... Com o movimento do barco e começo a ter tonturas. Eu ando a passos firmes em direção ao salão, quando me surpreendo ao ver Dylan correndo com roupas esportivas. Ele não me vê e eu decidi assistir. Em um determinado momento, Tony e Tito se aproximam dele. Eles falam e riem e segundo depois Dylan continua sua corrida, enquanto os outros dois ainda estão rindo. Será que os três amantes? Eu continuo o meu caminho até que, de repente, vejo que Dylan está me olhando com um espetacular sorriso.

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Adivinha quem sou — Bom dia, Yanira. – me cumprimenta. Com roupas esportivas está incrível. Eu não posso nem imaginar como seria totalmente nu. Eu olho para suas mãos e coro. E pensar que a noite passada esses dedos entraram e saíram de mim me proporcionando um prazer incrível me deixa louca, mas eu tento manter o controle. Tem pernas fortes, estômago mais liso do que eu pensava e braços maravilhosos. Olho a tatuagem que envolve um deles e reprimo um inoportuno gemido de excitação que quase me escapam. Recomponho-me em décimos de segundo e, olhando para os seus grandes olhos, respondo a sua saudação, enquanto coloco as mãos nos bolsos da calça jeans. — Bom dia. Inclinando-se sobre as coxas para pegar o ar, Dylan olha para mim e pergunta: — Como você está? Estou prestes a dizer-lhe corcunda depois da noite passada, mas eu opto por responder mais contido: — Tonta. Do bolso traseiro tira uma cartela de pílula e diz: — Pegue isso. Garanto-te que a tontura vai desaparecer. Olho a caixa. Não reconheço o nome, mas antes de dizer qualquer coisa, ele acrescenta: — Confie em mim, teimosa. Eu sei do que falo. Você vai ficar bem. Nesse momento, duas mulheres passam ao nosso lado correndo e vejo como elas se olham entre elas e sorriem.

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Adivinha quem sou Eu sei o que isso significa. Sem dúvida, agora elas falam sobre como é bom Dylan. Como deve ser quente na cama. De sua bunda, a boca, os olhos. Foda-se ! Meu estômago cai e minha respiração se acelera. Eu fico com raiva e de repente eu percebo que eu estou com ciúmes. Eu ciumenta? Oh... Oh... Oh... O que está acontecendo comigo? Irritada com a minha reação, olho para o homem na minha frente que não tira olho de mim. Eu aceito as pílulas e agradeço antes de continuar o meu caminho. Mas ele agarra meu braço e, parando, pergunta: — Você vai voltar a ficar com raiva de mim? Ele franziu o cenho e me faz sorrir, olhando para chave que leva em torno de seu pescoço, eu falo, puxando o iPod do bolso: — Aqui, você deixou ontem à noite. Ele pega e volta a me olhar com sua cara intimidadora, mas quando vai dizer alguma coisa, me despeço: — Eu tenho que trabalhar. Ainda me segurando, ele responde: — Vejo você à noite. Eu franzo o rosto e chateada com o que me faz sentir, eu pergunto: — Para que? Dylan fica sério e eu, irritada com tudo, solto:

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Adivinha quem sou — Mas vamos ver o que você vai fazer? Apalpar-me, me beijar, me masturbar. Então você me dá abóboras e diz que isso não pode acontecer de novo, e agora... O que diabo é isso? Meu moreno, porque para mim é meu moreno, toma um fôlego e responde: — Eu sei o que eu disse ontem, mas... — Bom dia. – eu ouço alguém dizer ao nosso lado. Quando eu olho, fico horrorizada ao se tratar do Sr. Martinez. Foda o Rançoso parece que está nos vigiando. Eu respondo: — Bom dia, senhor. Dylan também o cumprimenta e me solta. E o memorando do chefe, porque não pode ser considerado de outra forma, diz ele, olhando fixamente: — São muitas vezes que eu vi-os juntos e é meu dever alertar. — Alertar? – Dylan pede gravemente. O Rançoso, mais tolo não pode ser, responde: — Estão proibidas as relações pessoais entre a tripulação. Implica em demissão imediata. Se você quiser verificar o que eu digo, olhe para seus contratos. Página dois, sete pontos. Bom dia. E sai, deixando nós sem palavras, mas, em seguida, Dylan diz: — Todos os dias eu gosto menos desse cara. Olhando afastar-se aquele amargado, aponto: — Eu também não gosto dele, mas olha, o que ele disse deixa claro o que pode fazer e o que não funciona. E apesar de eu não concordar com isso, que esclarece as coisas ainda mais. Então não. Não nós não nos veremos à noite.

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Adivinha quem sou Agarrando o meu braço de novo, ele pergunta: — Você vai ver Tomás? — Não é o seu problema. Pergunto-te eu se acaso você vai ver Tony ou Tito? Ele sorri e isso me deixa perplexa, então olha para mim e acrescenta: — Eu tenho que falar com você. — O que? — De certas coisas que... — Olha, Dylan – eu corto – acredito que o melhor é esclarecermos isso de uma vez. Você tem um segredo que eu sei e pelo que eu vi ontem à noite, o segredo é tão grande que você não conseguiu terminar algo que você começou comigo. Assim, é o fim da conversa. — Eu quero ver você hoje à noite, ok? – Se repete. Eu não respondo. Eu me recuso a responder. Ele viu meu gesto teimoso, acrescenta: — Hoje à noite eu estou de guarda no armazém. — Para mim, da igual se você pular no mar. — Yanira... – Diz baixinho, de modo que só nós escutamos. Ainda com a mão segurando meu braço, ameaço-o: — Eu tenho três irmãos e dois deles eu tenho lutado muito. Então, se você não quiser organizar uma bagunça na frente de todas essas pessoas que passam por aqui, me deixe ir ou você vai se arrepender, porque eu não ando com florzinhas, você entende? Ignorando-me, Dylan franze o rosto e sussurra:

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Adivinha quem sou — Teimosa... Isso me enerva e assobiou: — Mas você é estúpido ou se faz? — Escuta... — Não. — Yanira... — Não. — Se você continuar se comportando assim... — Você está me ameaçando? Seus olhos faiscando, mas eu me soltando finalmente de sua mão, digo: — Eu tenho que ir. — Nos vemos hoje à noite. – insiste. — Não. — Yanira... — Dylan... Enlouqueça com Tony ou quem você quiser, tudo bem, cara bonito? Eu estava com as veias fervendo. Eu comecei a andar... Apressei o passo... E quando eu estou ciente de que não me segue, amaldiçoei-me, aquecida pelos nervos. Mas o que me acontece com este homem?

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Adivinha quem sou Pelo amor de Deus, eu estou com ciúmes! Eu vou para a cozinha e procuro Coral. Ela está batendo ovos e me pergunta: — O que você tem? Pego um copo de água, eu tomo uma das pílulas que Dylan me deu e, sorrindo , respondo: — Nada, eu estou feliz. Agora eu vou ensaiar com a orquestra. — Esta é a minha menina. Aliás, dois lindos da tripulação perguntaram por você esta manhã. Eu acredito que os seus garganteados Mariah Carey os deixaram alucinados. E os caras eram muito bons de ver. Então, se você entrar, aproveite o momento. — Eu vou. – Eu acento e dissimulo meu mal estar.

Esse dia, ensaio por horas com a orquestra. O repertório que eles têm para cada uma das festas é grande e deve ser trabalhado. Em um par de ocasiões, Dylan entra na sala com caixas de refrigerante. Eu sei que ele está lá por mim. Eu sei que ele me procura, mas quando ele tenta chegar perto, eu me afasto. Durante o dia, tento me concentrar no trabalho e, de alguma forma ou de outra, consigo tirar da minha cabeça o acontecido na noite anterior. Aqueles olhos... Aquela boca... Aquelas mãos... A música... Tudo nele me esquenta e me põem a mil.

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Adivinha quem sou À noite, em uma das ocasiões em que entrei na cozinha para ver Coral, encontro Dylan conversando com duas ajudantes de cozinha. Ambas parecem muito interessadas nele e na sua linguagem corporal, sei que estão mais do que encantadas com sua atenção. O que tem sido claro! Lagartas. Eu tento não olhar e se concentrar em minha amiga. Eu tento não ouvir o riso das duas meninas, mas o ciúme me consome e quando me viro para sair, bufo. Dylan não me olha nem por acaso. Passa por mim. As horas vão passando e meu mau humor cresce e cresce diante a sua indiferença total. Não vem me ver no salão de festas e eu estou vibrando. Em um ponto, os meus olhos encontram os de Tomás, que sorri para mim enquanto eu canto El tiburón.

“Everybody muévelo. Todo el mundo grite ¡ohh! Sigue, sigue sin problemas pa’ que bailen esas nenas. No pares... Sigue... Sigue. No pares... Sigue... Sigue.” É isso que eu faço. Não paro e continuo cantando para as pessoas se divirtam e dancem, enquanto a minha cabeça está no “mundo do Dylan.”. Quando eu termino o meu desempenho, Coral me envia uma mensagem dizendo que tem um compromisso e não sabe se ela vai voltar para a cabine. Merda... Coral.

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Adivinha quem sou — Olá, querida, o que aconteceu ontem à noite? – Tomás me pergunta, ao meu lado. Não querendo dar explicações, eu respondo: — No final algo surgiu. Ele balança a cabeça e, mais perto, propõe: — Você vem hoje? — Não. Estou cansada e quero dormir. Sem outra palavra, eu vou embora. Quando eu estou com raiva, é melhor que ninguém fale comigo, mas o pobre Tomás não merece a minha reação. Chegando à minha cabine, peguei uma toalha e eu estou indo para os chuveiros das meninas. Quando entro há várias companheiras. Depois de cumprimentá-las, eu tiro a roupa e entro sob o jato do chuveiro. Uhh... Que prazer! Durante vários minutos, eu deixo a água deslizar pelo meu corpo e eu me esqueço de tudo. Só quero desfrutar desse momento relaxante de paz, quando de repente, Dylan e seus olhos novamente aparecem em minha mente. Pelo amor de Deus, o que eu tenho com ele? Eu esfregar o corpo vigorosamente e lavo meu cabelo, mas quando eu saio do chuveiro meu mau humor não desapareceu. Eu diria que tem crescido ao pensar que Dylan está brincando com as ajudantes de cozinha. Envolta em uma toalha, eu volto para minha cabine, onde eu coloco uma música. Toca Shakira e rápidamente canto:

“Yo soy loca con mi tigre.

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Adivinha quem sou Loca, loca, loca. Soy loca con mi tigre. Loca, loca, loca.”

Animada, começo a dançar na cabine estreita, movendo os quadris ao ritmo sensual da canção. Eu amo Shakira! Quando termina, sorrio enquanto eu derramo creme sobre a pele e desembaraço os meus cabelos. Depois abro uma gaveta para pegar algumas calcinhas e eu fico olhando para uma tanga muito... Muito sexy que eu tenho, mas nego com a cabeça. Não. Não penso em vacilar. Não, eu não vou colocar para ele. Mas a fio dental, que é tão bonita, olha para mim e parece dizer: Yaniraaaaaaaaaa... , Use... Não seja boba... Eu fecho a gaveta. Eu não vou fazer o que a fio dental me diz. Ele é Gay! Mas depois de dez segundos eu abro a gaveta novamente, pego a maldita fio dental e sutiã de seda preta e, enquanto visto, murmuro: — Eu não me importo o que você é, Dylan. Hoje eu quero guerra. Cega pelo desejo e ansiedade que me provoca, uso um vestido jeans umas sapatilhas. Nem glamour nem simples. Eu só preciso de um bom coque apertado na cabeça para parecer uma cigana do meu bairro. Deixo minha cabine minúscula e caminho a passos largos. Quando chego a um corredor, vejo Tomás conversando com uma garota. Eu me escondo. Eu não quero que ele me veja e eu decido tomar outro corredor. Darei mais voltas, mas pelo menos eu desviei.

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Adivinha quem sou Eu olho para o relógio, é 02h23 da manhã. Desço uma escada e eu me deparo com algumas pessoas que me cumprimentam, mas não diminuo os passos. Meu objetivo é o armazém onde Dylan supostamente fica de guarda. Eu vejo a porta no final do corredor. Caminho para a porta, quando chego seguro a maçaneta e abro com segurança. Diante de mim aparece um grande espaço, com centenas de caixas empilhadas e rotuladas com números. Fecho e me dirijo a uma espécie de cubículo de vidro lá na lateral. Há luz, então ali é o lugar onde deve estar Dylan. Ao chegar lá não tem ninguém, mas eu ouço a voz de Marc Anthony cantando Vivir lo nuestro. Olho para a mesa e reconheço o celular do homem a que eu vim procurar. Isso me faz sorrir. Ele não pode estar longe. Sem dizer nada, eu começo a buscar pelo redor do armazém até que eu o vejo no fundo, ao lado de caixas, apontando algo em uma pasta. Sexy! Essa é a palavra que o define vestindo um macacão azul, vestindo apenas até quadris e a parte superior de uma regata simples. Aproximo-me dele sem fôlego e então se vira e me vê. Eu não digo nada. Ele não diz nada. Só me olha com aquela cara de valentão que me deixa louca, e quando chego ao lado dele, o empurrou com força contra as caixas e me coloco na ponta dos pés para estar mais na sua altura e murmuro: — Tem me procurado e me encontrou. E com isso, eu aproximei minha boca na dele e beijei-o com atrevimento. Ele fica parado enquanto sou eu quem o ataca, e encurrala contra a parede à espera que se mexa e entre no jogo. Por vários segundos, não faz nada.

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Adivinha quem sou Somente eu me mexo. Eu o beijo. Eu o toco. Ele esta paralisado! — Vamos, Dylan. – espeto ele, sem solta-lo — Beije-me. Ele me olha. E pelo seu olhar vejo que ele este confuso e, segundos depois, uma mistura de raiva e vergonha me oprime. O que estou fazendo? — Você já esteve com uma mulher? – Eu pergunto. Seus olhos, aqueles olhos castanhos maravilhosos olha para mim e, finalmente, responde com uma voz contida: — A dúvida me ofende. Eu acredito que é um sim. Eu gostaria que fosse. — Ok, mas talvez você nunca chegou até o final, estou certa? Sem resposta. Eu vejo a chave em torno de seu pescoço, e disposta a continuar insisto: — Sejamos claros. Eu sei que em algo te atraio, mesmo que você me atrai ainda mais. E até que não consigo não vou parar. Eu não sei o que há de errado comigo, mas... — Mas o que? – Cortando minha pergunta. Sua expressão é impenetrável, seu olhar duro e decido responder: — Não estou pedindo amor eterno, ou que você se case comigo no Dia dos Namorados ou... — Eu odeio essa data. – diz ele. Divertida com suas palavras, murmuro, sabendo o que eu preciso:

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Adivinha quem sou — Peço apenas sexo. — Não. Eu me recuso a aceitar a sua recusa. — Por que? – Eu pergunto. E, ao não obter uma resposta eu insisto – Deixa comigo e relaxa. Isto é incrível. Eu estou perseguindo um pobre gay como eu nunca persegui ninguém na minha vida. Mas disposta a tudo, vou continuar falando quando ele coloca a mão na minha boca para me calar e pergunta: — Você não se importa por eu ser gay? Eu penso suspiro e, quando tira a mão, respondo: — É claro que eu me importo. Mas eu te desejo tanto que fica em segundo plano. Percebo que minhas palavras o impressionam. Solta o que tem nas mãos e murmura com voz tensa: — Tanto me deseja? — Você não tem ideia. Seu olhar se transforma felino. Deus... Isto é o que eu quero: acordar o tigre está dentro dele! Finalmente, descansa confortavelmente contra a parede e sussurra: — Tudo bem, você ganhou. Vamos jogar, mas você... — Vou fazer tudo. Não se preocupe. – corto. Estou impaciente. Ele esboça um sorriso. Deus... Como me deixa quando sorri com cara de presunçoso. Pena que não é heterossexual!

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Adivinha quem sou Ele olha para mim sem se mover, esperando por mim para começar o jogo. Decididamente, eu fico na ponta dos pés e ele me acolhe em seus braços. O beijo... E ele me beija. Eu toco... E ele me toca. Suspiro... E ele suspira. Com raiva de tudo o que ele me faz sentir, meu lado selvagem aumenta, explode! Nossas bocas se devoram. Nossas línguas enroscadas minhas mãos ansiosas de desejos vão para sua cintura e ele, me parando, pergunta: — Tem certeza, Yanira? Sem dar opção a não ser continuar o que eu comecei, sussurrando sobre sua boca como a uma grande tigresa, enquanto baixo o zíper do macacão para se livrar ele: — O que você acha? Minhas mãos continuam no seu caminho, e ele fica tenso, mas deixa. Eu preciso tirar de uma vez por toda essa tensão sexual que tenho acumulado por culpa dele. Ele sabe que me provoca. Sabe e tem que pagar. Quando o macacão cai, minhas mãos vão direto para sua virilha. Mas Dylan me para e, com uma voz que me faz tremer, pergunta: — Aqui?! Mordendo o lábio inferior para tê-lo à minha disposição, assento e o solto. — Aqui e você não vai me dizer que não. – respondo.

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Adivinha quem sou — Tem sujeira, caprichosa. Foda-se tudo o que se mexe! Ele já deixou sua veia gay e sussurro: — Aqui o único sujo é a minha mente. Cale a boca e me beija! Dylan sorri e com uma curiosidade que me deixa louca, pergunta: — Você tem uma mente suja? Eu digo sim para a cabeça e esclareço com palavras: — Tremendamente suja e eu não vou deixar você voltar atrás. Não sei o que fazem os homens e eu nem estou interessada, eu só quero que você deixe-me mostrar o que eu posso dar como mulher. — Yanira... — Ouça – sussurro acelerada — como diria Yoda, o maior herói do meu irmão Garret: "Viva o momento, não pense, use seus instintos e sinta a força.”. Deixo-o espantado. Yoda é assim, que geralmente deixa você sem palavras. Divertida por como me olha, insisto, sabendo que eu estou tendo mais de três pessoas. — Podemos desempenhar papéis, você quer? – Não se movendo eu continuo: — Você é um homem inocente que trabalha neste armazém e eu uma coelhinha exigente que persegue você para fazer sexo quente com você. O que você acha? A minha proposta, cheia de loucura, sexo e deboche, percebo que o surpreendo e ele gosta. Com um sorriso de gatuno finalmente responde: — Tudo bem, coelhinha. Consegui! Sem dizer nada, eu agarro seu pescoço e levou-o a me beijar de novo. Quando isso acontece, com todo o descaramento do mundo aproveito a oportunidade para colocar as mãos dentro de sua cueca.

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Adivinha quem sou Bem... Bem... Bem... O que tem este homem aqui! Sua ereção é enorme, enorme! O melhor de tudo é tudo meu! Eu o toco com a respiração entrecortada pelo desejo e calor que me dá, enquanto escuto sua respiração. Ele está excitado. Eu sei. Sem dar trégua, vai que mude de ideia, com os meus dedos trêmulos aperto seus testículos com uma mistura de cuidados e demanda. Arfa ao sentir o meu toque. Sua pele é macia... Sua pele é quente... Seu pênis está duro... É enorme e eu quero dentro de mim. — Quero desfrutar de você e vai me permitir, certo? – Peço com a voz insinuante. Dylan concorda. Sua força é dobrada e agora é ele que está me beijando com exigência. Aproveito e desfruto quando sussurra contra a minha boca: — Yanira... Escuta... — Não – o corto — Eu não vou deixar você estragar o jogo. Com cuidado, passo a minha mão sobre sua ereção e quando eu o aperto e mordo o seu queixo, múrmura, fechando os olhos: — Eu não poderia parar. Eu sorrio e feliz por conseguir a que eu vim buscar, eu digo: — Não pare, Dylan... Não pare. Sem responder, tira as botas e o macacão pelos pés. Então ele me carrega como uma pena e me leva para um corredor lateral.

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Adivinha quem sou Eu amo esta parte tão viril! Sentando-me sobre caixas onde leio “Tomate frito". Isso me faz sorrir e mais ao sentir que ficou em seu papel. Arfa com força. Suas mãos são exigentes. Sua boca irresistível. É um trem carregado com combustível e sinto que em breve vai se chocar contra mim. Protegido entre várias caixas, ainda olhando para mim, Dylan tira a camisa com pressa. Deus meu que abdômen! Quando a camiseta cai no chão, murmura, sem tirar os olhos do meu: —Tudo bem. Agora me diga, o que você gosta, minha caprichosa? Encantada com a luxúria descontrolada que eu vi em seus olhos, eu desabotoo os botões do vestido jeans e uma vez que este aberto. Pondero: — Uma mulher gosta que chupem os mamilos, que nos toquem e aqueça antes da penetração. Quando o meu vestido cai sobre a caixa de latas de tomate, eu fico louca ao ver como me come com o olhar. Ele gosta do que vê. O excita o que eu digo e isso ele não pode me negar. Aproxima sua mão morena ao meu sutiã de seda. Acaricia um momento e então desabotoa o fecho entre os meus seios, diz enquanto desliza-me pelos ombros: — Chupar. Tocar. Esquentar. Entendi. – conclui antes de trazer a boca para meus seios. Sua voz rouca e suas palavras me fazem suspirar e reprimir um leve grito quando os dentes roçam o meu mamilo e me belisca. Suas mãos me apertam mais contra ele para colocar mais profundo meu peito em sua boca enquanto ele suga e me lambe com prazer.

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Adivinha quem sou Eu fecho meus olhos e desfruto como estou há um tempo sem fazer isso, até que a gata selvagem que tenho escondida dentro de mim o agarra pelo cabelo atraindo seu olhar. — Uma mulher gosta que coloque a boca no nosso centro de desejo e nos possua sem moderação e loucura. – eu digo — Nos deixa louca, faz-nos sentirmos desejadas por um homem viril e você é. Você... Ele não me dá tempo para dizer mais nada. Minha linda tanga é rasgada em pedaços depois de um forte puxão e abrindo minhas pernas brusquidão, Dylan coloca a boca quente no meu sexo e, eu apoiando minha cabeça sobre as caixas, grito e me entrego a ele. Sua boca é exigente e sua língua dura entra e sai do meu centro, arrancando suspiros de prazer. Oh, meu Deus...! Eu estou cumprindo as seis fases do orgasmo! Eu não sei quanto tempo passa. Eu só sei que me faz amor com a boca como um amante perfeito. Introduz sua língua em mim e tira arrancando ondas de prazeres e gemidos. Após circular meu clitóris e dar ligeiros toques, enlouquecendo-me de novo e de novo até que eu o ouço perguntar: — Você gosta como faço, coelhinha? Aceno com a cabeça. Mas como não vou gostar disso, se você está me deixando louca de prazer? — Ah, sim... Assim... Você está indo muito bem. Continua e eu enterro meus dedos em seus cabelos, levanto os quadris e o obrigo a repetir o que ele estava fazendo segundos antes. Oh, sim, que prazer!

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Adivinha quem sou Estou louca e entregue quando sinto abandonar o meu sexo sentir, rastejando pelo meu corpo e abordar minha boca. Enquanto ele retira sua cueca diz: — Nós homens gostamos do vício, a masturbação, a posse, a luxúria. No sexo somos lobos famintos. Predadores. Suas palavras, seu cheiro e como o homem ficou no papel me fazem sorrir e responder: — Então agora eu quero ser seu vício, eu quero que você me masturbe que você me possua. Eu quero ser sua luxúria e você é meu lobo predador. Dylan me contempla. Tem a respiração tão agitada como a minha e ambos sorriram. Seus olhos me perfuram, me percorrem inteira e eu estremeço. Por enquanto ele está me dando tudo que eu peço e eu quero que continue. Me segura pelo rosto com uma mão e com cuidado e delicadeza que me deixo sem fala, me beija. Morde-me gentilmente os lábios e eu só posso me entregar a ele. Uma vez que a sua boca e a minha se separam, seus lábios continuam pelo meu corpo. Passa pelo meu ouvido e me suga, passa para baixo para o meu pescoço e mordisca, e, finalmente, chega até o meu ombro direito, mordendo com gosto e prazer, enquanto sua ereção bate em minhas pernas e me deixa louca. A cabeça está girando e eu começo a pensar: Plano A: Eu ataco. Plano B: deixe que ele me ataque. Plano C: seja tudo o que Deus quiser, mas eu não vou permitir que saia do armazém sem ter desfrutado a que eu vim buscar. Definitivamente, eu vou optar pelo plano C.

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Adivinha quem sou De repente me solta, da um passo atrás e me olhando exige: — Toque-se para mim. Boa... Bom... Bom... Mas que excitante! Sem demora, eu seguro os seios com as mãos, amasso e me massageado enquanto ele busca seu macacão, tira uma carteira do bolso e deixa em uma das caixas. Sem tirar os olhos de mim sem falar, olha para mim e eu murmuro: — Você é ótimo e me deixa louca. O corpo dele é incrível. Sua pele é excitante. Sua boca é perigosa. Dylan sorri, mas seus olhos estão estranhos. Eu não sei o que pensar e me desconcerta. Da carteira tira um preservativo e depois de rasgar a embalagem, ele é colocado com habilidade e fazendo-me descer das caixas diz: — Vire-se e coloque as mãos nas caixas. Oh... Oh... Eu acho que ele quer fazer alguma coisa que eu não quero e respondo: — Não. Ele olha espantado, mas com calma insiste com voz rouca. — Estamos jogando. Vire-se. Nesse momento eu perco a minha segurança. Acho que já tenho tentado muito minha sorte e agora vai se voltar contra mim.

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Adivinha quem sou Apesar da minha experiência sexual com outras pessoas, eu nunca fiz sexo anal e disposta a recusar, eu digo claramente: — Sexo anal não. Dylan levanta uma sobrancelha e eu adiciono em voz baixa: — Eu nunca fiz. — Me alegro. – afirma os olhos me perfurando. Assento. Eu entendo que, por causa de sua condição sexual, ele tentou fazê-lo, mas eu insisto: — Eu tentei uma vez e quase morri de dor. Eu não quero... Corta-me: — Isso é porque o homem que tentou não soube te preparar bem para ele. Vamos lá, vire-se e relaxe. Você disse que quer ser meu desejo, certo? Eu faço o que me pediu com relutância. Eu estou com medo, mas, ao mesmo tempo, o desejo do momento me faz obedecer. Ofego ao receber um açoito na bunda. Não sei o que me espera, mas eu sei que vai doer e eu estou permitindo. Eu sou uma idiota? Assustada e excitada, eu noto que ele se agacha atrás de mim e um guincho ridículo sai da minha boca quando ele me morde nas nádegas. — Tranquila, coelhinha... Basta jogar como você queria, mas agora o homem inocente do armazém se tornou um lobo. Lembre-se que Yoda disse: "Viva o momento, não pense usando seu instinto, sinta a força”. A merda com Yoda! Eu não posso falar...

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Adivinha quem sou Eu não posso responder... Minha respiração acelera quando ele passa um dedo através do ânus para cima e para baixo. Para cima e para baixo e ele enfia dentro de mim. Eu não quero... Não... Não queroooooooooo! Mordeu-me nas costelas. Chupa-me nas costas e na orelha. Ele me beija com prazer. Assim, durante algum tempo e quando nota que meus músculos relaxam em torno do dedo que ele tem dentro do meu ânus, fala no meu ouvido: —Te chupei como queria. Toquei-te como desejavas e te esquentei como ansiava. Agora o que vem depois? – Mas quando eu vou responder, ele acrescenta: — Tanto homens quanto mulheres desfrutamos de uma boa penetração, você não acha? Nós gostamos de perversão, sexo desinibido e, de certa forma, a loucura, você sabe? Assento. Claro que sim. Eu não sou estúpida. Mas não sei se ele se refere a um homem heterossexual ou não. Meu estômago encolhe enquanto seu dedo dentro de meu ânus me deixa louca. Provoca-me. Excita-me. Prepara-me. Ele se agacha e morde nos globos da minha bunda e quando sobe novamente murmura no meu ouvido: — Abra suas pernas e curve-se. Eu tremo. Sem lubrificante tenho medo que a penetração doa, e digo: — Dylan... Não temos lubrificante e... — Eu imaginei este momento centenas de vezes – me corta exigente — mas nunca como esta ocorrendo.

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Adivinha quem sou Assento. Suponho que se eu sou sua primeira mulher, tenha imaginado de outra forma. Estou atacada quando, sem tirar o dedo do meu ânus, percebo que com outro, esfrega meu clitóris. Ofego. Eu sinto sua respiração no meu ouvido enquanto ele murmura: — Minha intenção de ficar com você esta noite foi para desfrutar de você. — De mim? — Sim. De você. Um gemido escapa-me ao perceber como traça círculos no meu clitóris. — Eu não posso nem quero perder este presente que você me oferece, embora as medidas de higiene que haja aqui não são as mais adequadas. Eu rio aquecida. Ele me dá outro açoito na minha bunda e sussurra em meu ouvido, me enlouquecendo: — Só continuarei o nosso jogo, se você me prometer que na primeira parada que fizermos você vai ter um encontro comigo fora do barco. Minha risada congela. Um encontro? Mas o que ele está falando? E eu vou esclarecer: — Dylan, isso é o que é. Mas ele não se move. Continua a tocar meu clitóris e eu volto a ofegar. Em seguida, ele tira o dedo do meu ânus e passa o pênis pela entrada da minha vagina molhada. Provoca-me. — Eu quero um encontro com você e explicar certas coisas. Excitada e com tesão como nunca estive antes, respondo:

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Adivinha quem sou — Se te referes a sua condição sexual, da no mesmo. Eu só vim aqui pelo sexo. Vamos fazê-lo. – E com o meu lado selvagem mais enlouquecido do que nunca, insisto: — Você me tem nua, excitada e entregue para você fazer o que quiser. Faça! — Mmmmm... Caprichosa. – sussurra em meu ouvido. — Esse "para o que quiser" eu adorei. Escutar isso me deixou como uma moto. Ah, como o desejo! — Se vou ser a primeira mulher com quem você tenha relações sexuais. Aproveitemos. Percebo que sua respiração entrecorta ao ouvir-me. Ele está muito excitado. Ele se aperta contra mim, mas seu pênis ainda está fora de meu corpo. Oh, meu Deus...! Eu preciso faça isso agora! Eu bufei. Provoca-me. Mostra-me uma e outra vez o que tem para mim, mas não me dá. É cruel. Muito cruel. Minha vagina se lubrifica. Me curvo para que me penetre, mas isso não acontece. Meu desejo por ele cresce e cresce até que, agarrando meus quadris, sussurra em meu ouvido mais uma vez: — Uma cama... Jacuzzi... Você e eu... Eu estou perdendo minha mente. Deus... Deus... Deus... Que má eu estou ficando! — Nua em uma cama, te devoraria lentamente. Introduziria os meus dedos em você, morderia seus lábios e faria você gemer de prazer para gritar meu nome e implorar-me para não parar de te foder por horas.

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Adivinha quem sou Bem... Bem... Que me dê! Arrepia-me a pele. Minha respiração acelera. Mas o que acaba de me propor esse moreno? Chocada, viro a cabeça para ver sua proposta excitante, mas quando vou falar, sussurra: — E o jogo não termina aí. — Oh, não? – Minha voz é quase inaudível. — Não, coelhinha. – sussurra em meu ouvido. — Depois de ter seu clitóris inchado e você louca de tesão, te agarraria pelos quadris com força – ele faz — afundaria de novo e de novo dentro de você. – Ele pressiona contra minha bunda. — E assim seria até o meu corpo e seu desfalecerem de prazer e o Jogo acabaria em um grande orgasmo que deixaria ambos sem sentido. Um gemido que sai da minha boca. E ele desfruta! Imaginar o que ele me diz me enlouquece e eu estou quase ao ponto do orgasmo quando ele insiste: — O que você diz, Yanira, teremos um encontro? — Oh, meu Deus... — Você desfrutará de meu corpo e eu poderei desfrutar plenamente do que uma mulher quer. Farei com que goste do sexo anal como você ama o sexo tradicional. Eu serei seu brinquedo. Serei seu dono. Eu vou ser o que ambos queremos. Eu não respondo. Eu não posso.

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Adivinha quem sou O que aconteceu com a minha voz? Noto, sinto, percebo como passa a ponta do seu pênis duro com força e maldade pela minha vagina molhada e pelo meu ânus, provocando-me. Me curvo para recebê-lo e, finalmente, entra um pouco em mim... Ah, sim! Mas quando eu vou em busca de maior profundidade, ele retira e eu amaldiçoo. Ele ri. Eu o desejo. Desejo que me penetre. Desejo com toda minha alma e quando o meu corpo já não aguenta mais, ofego. —Trato feito. Temos um encontro. O impulso de seu pênis na minha vagina me faz soltar um grito de surpresa, dor e prazer enquanto ele me empurra contra a caixa. Introduz-se em mim em um único impulso e quando sinto seu saco escovar minha bunda, me curvo e não reprimo meus gemidos. Ainda bem que não foi sexo anal. E eu estou feliz em saber que Dylan não pensou só em si mesmo, como eu pensava. — Você está bem, caprichosa? – Ele pergunta. Concordo com a cabeça, enquanto seu enorme pênis duro se envolve em meu interior e a parede interna da minha vagina abre para recebê-lo e chupar. Ah, que prazer! Uma vez enterrado totalmente em mim, inicia uns movimentos circulares que ameaçam a me fazer perder a razão.

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Adivinha quem sou Oh, Deus... Eu adoro a forma como ele me faz sentir. Coloca uma mão em meu estômago para me segurar, enquanto a outra agarra meu cabelo e me puxa a cabeça para trás. Devagar, e pausadamente, entra e sai de mim, enquanto eu arqueio para receber de novo e de novo. Ele chupa o lóbulo da minha orelha e em um ponto ele murmura: — Eu não sou gay. Essas palavras me fazem reagir, mas o prazer que eu sinto é tão intenso que, sem parar de mover-me no ritmo dele pergunto: — Como? — O que você ouviu, linda. – Dá-me uma palmada na bunda, juntamente com um novo impulso que me faz gemer de prazer, e repete: — Eu não sou gay. — Oh... Deusssssss!! – grito ao ouvi-lo. Eu ouço sua risada junto com o esforço do ato e, em seguida, acelera sua investida. Toma meu corpo com prazer, fazendo-me tocar o céu com suas fortes penetrações. De repente, sem chegar ao orgasmo diminui sua intensidade e acrescenta: — Eu amo as mulheres. Eu não sei onde você tirou que eu sou gay, mas logo você vai me esclarecer. Agora quem está desconcertada sou eu. Mas eu não posso nem quero parar a maravilha que estou vivendo, enquanto Dylan retorna acelerar suas investidas com força. — Diga-me que pelo menos está feliz em saber o que eu disse. Fico feliz. É claro que eu estou feliz! Mas eu não posso falar.

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Adivinha quem sou Eu estou pensando quão ridícula pareci em toda minha vida, quando ele insiste, agarrando minha cintura e afundando cada vez mais: — Diga-me que você está contente. Minha respiração ofegante se torna um grito e solto: — Eu... Eu estou feliz. Eu o escuto rir. Muda o ritmo novamente e com as mãos me levanta do chão. Meus pés no ar e, separando minhas pernas, me faz apoia em duas caixas e sussurra no meu ouvido: — Deixe-me te foder como eu sempre quis. Oh, Deusssss, que rude soou isso! O prazer que me dá é tão grande, tão enlouquecedor, tão devastador que eu não posso protestar ou raciocinar. Eu posso apenas me deixar levar pelo momento e permitir que continue a penetrar-me com luxúria de novo e de novo, enquanto ofego e desfruto do que me faz sentir. — Tem-me louco, desde o primeiro dia que te vi em Barcelona, na Starbucks com sua amiga. Seu rosto, seus olhos, seu atrevimento. Sua voz. Suas palavras. Sua revelação. Suas mãos fortes nos meus quadris e sua penetração impaciente me enlouquecem. Eu tremo. Tudo em mim treme com satisfação e me curvo para receber o que eu exijo sem palavras. Suspiro profundamente e eu mordo meu lábio inferior enquanto Dylan me faz tocar o céu. Tira uma mão da minha cintura, busca com ela meu mamilo e me belisca. Uma dor gostosa faz mover-me e quando eu chego ao clímax,

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Adivinha quem sou Dylan acelera suas estocadas e, depois de um rosnado viril e sexy no meu pescoço, cai sobre minhas costas e envolve os braços em volta de mim. Durante de um par de minutos continuo olhando para as caixas que eu tenho à frente, enquanto minha cabeça roda e ouço a respiração rápida do homem atrás de mim. Acabo de conseguir o que desejei semanas e o melhor de tudo, não é gay? De repente, não sei se é para pular de alegria ou esbofeteá-lo por fraude. Mas, claro, ele nunca me enganou. Fui eu quem montou todo esse filme. A voz de Marc Anthony toca no armazém, cantando valió la pena e sorrio. Isso não tem importância. Definitivamente valeu a pena o que eu fiz. E faria mil vezes mais. Eu ainda estou em uma nuvem, riscando o céu. Esse plano de virar tigresa por um homem, como eu fui desta vez, foi uma bomba. Quando Dylan saiu de mim, me dá uma volta para me encarar e pergunta: — Ficou claro que eu não sou gay? Assento. É evidente que eu toquei no seu orgulho de macho e maliciosamente sugeri: — Bissexual? Dylan balança a cabeça com sua cara de malandro, explica: — Não. Eu só gosto de mulheres. Eu rio sem poder ajudá-lo e ele coloca seus olhos em branco. Ainda em uma nuvem pela descoberta, pergunto:

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Adivinha quem sou — Por que então você nunca esteve com uma mulher do barco? Ele muito safado sorri de uma forma que me deixa sem palavras e, tirando o preservativo, responde: — Quem disse que eu não estive? E antes de dizer qualquer coisa, ele acrescenta: — Há mulheres tão discretas como eu. Meu estômago cai e me enche de fúria. Quem esteve com ele no barco? Deve ser pela minha expressão que ele pergunta com um sorriso: — Ciumenta? Piscando para isso. Foda-se tudo o que mexe! Mas não querendo admitir o que eu nunca quis sentir, eu respondo: — De jeito nenhum. – E para mudar de assunto, eu acrescento: — Quanto ao que você fosse gay, eu disse a você que vi você na cabine 21 dias atrás. O passageiro pediu comida e... Dylan sorri novamente. Esse sorriso já me toca moral, mas, colocando um dedo na minha boca para que me cale. Explica: — Conheço o passageiro, Tony, certo? – assento e explica. — Havia quebrado a ducha da cabine. Ao arrumar me molhei e Tony o passageiro me deu uma calça. Não costumo trabalhar de cuecas. E sim, quando eu terminei, vi que havia pedido comida para três pessoas e agradeci o gesto. Nem todos se preocupam pelos funcionários do barco. - soltando uma risada, ele insiste: — Você achou que eu era gay só por isso? Um pouco confusa digo: — Eu já vi você algumas vezes com Tony e seu parceiro, é que vocês são amigos?

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Adivinha quem sou Dylan ri com vontade. Eu não sei onde ele vê a graça, mas finalmente explica: — O que faz você assumir que eles são um casal? Irritada com a risada dele, olho para ele e respondo: — Por favor... É só olhar pra eles para saber o que são, gays, é claro. Meu moreno continua rindo e adiciono: — Como havia evidência que indicavam que você também era. Dylan ficou sério. Oh... Oh... Acabo de ferir seu orgulho masculino de novo. Cortou seu sorriso. — Que provas? Relembrando tudo o que eu imaginava suspirei e respondi: — Você sempre está impecável, nunca parece sujo ou desarrumado, como muitos de seus pares. Certamente, Tony e Tito também sempre estão tão limpos e perfumados. — Eu gosto de estar limpo e eu imagino que eles também. — Você coloca creme nas mãos e usa luvas para trabalhar. Quem usa luvas de látex em seu trabalho? Ele sorri e diz, tocando meus seios: — Eu simplesmente cuido minhas mãos. Eu quero mantê-las macias, não calejada e áspera. Seu toque e como me olha enquanto me toca me deixa louca, mas prossigo: — Nenhuma mulher que eu conheça te levou pra cama. – Ele sorri maliciosamente e eu continuo: — desviou de mim quando eu tentei te beijar e...

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Adivinha quem sou — Se eu não tivesse desviado de você aquela noite, eu teria feito amor ali mesmo e não planejei ser visto nesta forma na cobertura. Ouvindo isso me aquece até a alma e continuo: — Bebe em copo, não no gargalo, como a maioria dos caras. Você diz que beber direto da garrafa ou lata não é higiênico e, para piorar as coisas, você bebe água de design e você sabe todas e cada uma de suas propriedades. — Sendo um homem culto é gay? Incomoda-me porque tudo ele rebate insisto: — E se adicionar tudo isso ao que você estava na ducha do camarote do Tony sem roupa, o que queria que eu pensasse? Dylan franziu ainda mais o cenho. Ele é tão sexy...! Vendo sua expressão, sorrio e ele me solta: — Eu não sei onde você vê graça. Eu não sou gay. Não querendo me debruçar sobre o acontecido, eu me aproximo desejosa de tudo, menos de discutir e beijo-o na boca, murmuro: — Você sabe, valeu à pena vir até o armazém atrás de você... Bombom. Olha-me. Esquece sua raiva fingida, porque eu achava que ele era gay e aceita meu beijo. Desfruta tanto quanto eu ao separar-nos, sussurra: — Você não correu perigo nem nada. Divertida com o seu comentário, respondo: — Muito. Principalmente porque eu geralmente consigo o que eu proponho.

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Adivinha quem sou — Quantos anos você tem? — Vinte e seis. Dylan inclina a cabeça e acena com a cabeça lentamente. Não sei o que esse gesto significa e pergunto: — Jovem demais para você? —Não. Se você não se incomoda. Sua resposta me chamou a atenção. — Quantos anos você tem? —Trinta e sete. Eu sorrio e me pergunta: — Muito velho para você? Rapidamente, balanço a cabeça e respondo: — Não. Se você não se incomoda. Além disso, eu sempre acreditei que a idade é importante apenas se você é queijo ou vinho. Acha graça da minha resposta. Dá-me um rápido beijo nos lábios e diz: — Vá, caprichosa, se vista. Ele se limpa com um lenço de papel que tira do bolso do macacão e quando acaba começa a vestir-se. — Vamos, senhorita. Pode entrar alguém a qualquer momento. Em uma fração de segundo, ambos estão prontos. Dylan me agarra pela cintura, me aproxima dele e beijando meus lábios, murmura: — O que aconteceu deve ser apenas entre você e eu. Prometa-me.

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Adivinha quem sou A pequena frase me incomoda. Será que diz isso a todas? No entanto, assento. Não quero que ele veja que o que ele disse me incomoda e soltandome, acrescenta: — Não se esqueça que você tem um compromisso comigo, coelhinha. Esse apelido ridículo me faz sorrir, como pode ter me ocorrido algo tão brega? Digo que sim com a cabeça. Como posso esquecer esse encontro? Na verdade, eu já estou ansiosa para que chegue para poder apreciá-lo novamente. Sem tocar-nos, caminhamos até o cubículo de vidro, onde há luz, e, quando me aproximo, escuto que toca uma nova musica de Marc Anthony. Qué precio tiene el cielo e canto: “Qué precio tiene el cielo, que alguien me lo diga, yo pago con mi alma sin temor a nada yo te doy mi vida...”

Encantada, eu assisto Dylan jogar no lixo o lenço de papel que levava na mão e quando o paro de cantar, eu pergunto: — Você gosta da música de Marc Anthony, certo? Ele balança a cabeça e responde: — Ele é uma boa pessoa e também a sua música é a melhor, você não acha? Isso me faz rir. — Agora que entendoooooooo. Maxwell, Marc e você são todos os três de Porto Rico. A faixa de terra, hein?

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Adivinha quem sou Dylan ri novamente. — Você dança salsa? – Me pergunta. Assento com convicção. Ainda que eu só tenha dançado salsa com meu irmão Argen! De repente, ele pega a minha mão e me puxa. Eu deixo. Surpreendida pelo Dylan que eu conheci esta noite na privacidade da loja, danço salsa com ele dentro do escritório e compreendo que é um grande dançarino. — Quem te ensinou a dançar? — Minha mãe. – Ele sorri e acrescenta: — Mas só danço em privado. De repente, vejo o homem calado, estranho e evasivo que eu achava que era não tem nada a ver com Dylan que eu tenho na minha frente. Este é alegre, engraçado, louco, ousado. Eu adoro! Nós rimos enquanto nos misturamos, dançamos salsa e esfregamos os corpos novamente e novamente com provocação e nós nos olhamos com desejo até que a música termina e Dylan me beija nos lábios e sussurra: — Foi um prazer estar com você... Caprichosa. Assento, deixando me levar pelo que eu sinto assento: — Digo o mesmo, bombom.

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Adivinha quem sou Capítulo 15 Contigo e sem você

Dez dias depois, melhorei, eu não sei se pelos comprimidos que Dylan me deu ou pelo que me faz sentir em nossos encontros incríveis, está desaparecendo lentamente e me sinto 100%. À noite nos procuramos e encontramos em diferentes pontos solitários do barco, onde fazemos amor como dois animais famintos. Como dois verdadeiros predadores. Completamo-nos bem no sexo. Ambos somos audaciosos, atrevidos e brincalhões. Gostamos de nos deixar levar pelas nossas fantasias. Às vezes, nossos encontros são doces, e em outras selvagens e cheios de luxuria. Tudo depende da coelhinha e do lobo. São eles quem mandam em nossa maneira de ver o sexo. Em muitas dessas noites, após unir nossos corpos, dançamos a luz da lua, com um fone para cada um, essa música de Maxwell que Dylan tanto gosta e que agora se tornou especial para mim. Muito especial. Tanto que percebo a proteção do meu coração começa a rachar. Isso me assusta. Eu tento me manter protegida, mas é olhar para ele enquanto dançamos juntos essa música e me desmancho. Sua melodia sensual, seu ritmo excitante e a voz do cantor faz com que nos beijemos e nos movamos em seu ritmo de novo e de novo. Nós somos pura curiosidade. Pura indulgência. Sabemos que começamos um jogo perigoso em todos os sentidos e que nenhum dos dois está disposto a desperdiçá-lo. De repente, todo o meu universo está contido no barco. Aqui eu tenho um trabalho que eu gosto e o homem que desejo, o que mais posso pedir?

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Adivinha quem sou Pensar em Dylan me faz ficar de bom humor. Coral mesmo disse, olhando para mim com uma cara de sabe-tudo, mas eu nego com a cabeça. Eu não quero mencionar a palavra "amor". Eu não quero isso. Quero acreditar que meu negócio com Dylan é sexo. Puro sexo. Sentir como me observa a noite enquanto canto, é estranho. E, inconscientemente, eu sei que minhas canções são dirigidas a ele. Como meus gestos e eu sei, quando estamos sozinhos, ele é todo meu. Ambos somos intensos e às vezes discutimos. Descobri que Dylan é ciumento, possessivo, e não gosta que outros homens sorriam e me elogiem no palco ou fora dele. Isso o incomoda e a mim, ainda que sua atitude me incomode, pela primeira vez na minha vida me dá um certo gostinho. Serei masoquista? Em nossas conversas noturnas, deixo claro que nada é para sempre e digo para não se apegar muito. Isso dói. Eu vejo isso em seus olhos. E ainda que queira dizer algo, se cala. Se cala e trinca os dentes. Mas com o passar dos dias, as minhas palavras se voltam contra mim, quando eu o vejo falar e rir com as meninas da cozinha que estão morrendo de vontade de levá-lo para cama. De repente, sou eu quem fica com raiva, enfurecida e doente só de pensar que cede aos desejos delas e lhes dá o que eu quero só para mim. Segundo a segundo, estou ciente de que algo acontece comigo. Eu tento rejeitar esse sentimento de posse que Dylan me provoca, mas eu não consigo evitar. Finalmente, ele percebe. Ele não diz nada, mas sorri e gosta da situação. Eu o fulmino com o olhar, mas interiormente também sorrio. Meu Deus como sou complicada!

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Adivinha quem sou Hoje à noite, a banda decidiu homenagear o grupo pop sueco Abba. Um grupo, que apesar dos anos que se passaram, tem uma música que as pessoas amam e as fazem dançar. Vestida com um macacão de prata sensual e um chapéu a condizer, canto junto com minha companheira:

“You are the Dancing Queen, young and sweet, only seventeen. Dancing Queen, feel the beat from the tambourine. You can dance, you can dance, having the time of your life...”

Berta e eu nos divertimos enquanto as pessoas dançam e nós cantamos felizes e contentes. Quando vejo Dylan encostado ao batente de uma porta, meu coração dispara. Ele me olha com tal desejo que eu não posso ver nada a não ser ele. Canto para ele, que sorri, enquanto os homens que estão ao meu lado direito começam a me elogiar. Vejo que os olha, ouve o que eles dizem e seu sorriso desaparece. Que ruim isso! Mas meu trabalho é entreter, cantar, rir, brincar e dançar com os passageiros e eu não posso fazer qualquer coisa, e como sempre, ele aceita. Por vários minutos, eu vejo meu bombom até que ele pisca para mim, se despede e sai do meu campo de visão.

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Adivinha quem sou Uma vez que ele vai, eu tremo. Eu sinto seu vazio e sua falta. O coração vai a mil por hora, enquanto eu canto e desejo que a atuação acabe para estar com ele. Nunca me aconteceu nada igual. Eu nunca me senti tão sozinha quando um homem não está comigo, ao meu lado, e logo eu percebo uma coisa. Perco o folego. Engasgo. Acabo de perceber que eu estou totalmente e completamente apaixonada por Dylan. Meu Deus, eu estraguei tudo! Hoje à noite, Coral está de plantão, e quando a primeira parte do show termina, eu vou a sua busca desesperada. Eu preciso vê-la. Como sempre sorri quando me vê. Ela pergunta se eu estou com fome e, ao responder que sim, ela me oferece uma omelete de espinafre. Enquanto falamos penso na melhor maneira de abordar o que esta acontecendo comigo. Eu não sei como dizer. Dá-me tanta vergonha! Eu, a antirromântica, a antinamoro de repente estou totalmente apaixonada por um cara. É incrível! Falamos de Tomás, do pesadelo que tenho ultimamente e quando acabo de comer a omelete pergunto. — Estou bem? Minha amiga olha para mim e diz: — Não. Tem verde entre os dentes. Sem demora, peguei a nécessaire de emergências que Coral e eu temos desde o começo na cozinha, abro o espelho e olho. Que horror! Tiro da nécessaire minha escova de dentes e corro para o banheiro. Quando termino, volto para a cozinha e deixo a nécessaire em seu lugar. Sento-me de frente a Coral e observando-a enquanto ela serve uma fatia de cheesecake e blueberries, solto:

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Adivinha quem sou — Eu acho que estou apaixonada. Ela me olha espantada. — É uma piada, certo? — Eu juro. — Aqui a romântica sempre tem sido eu e, desde já, te digo que não leva a lugar algum. Pense na validade dos iogurtes. Então, esqueça! Tomo meu lugar. Suspiro. Na verdade, tem razão. Apaixonar-se é besteira. O problema é que desta vez eu estou acreditando nessa besteira e o coração acelera. — Eu não posso, Coral. Eu acordo e penso nele. Deito-me e penso nele. Canto e penso nele. Tomo banho e penso nele. – Suspiro – Droga, o que está acontecendo comigo? Ela me olha. Ela enfia um pedaço de cheesecake na boca, mastiga, engole e, quando já acredito que vai gritar como uma louca, responde: — Você está estragando tudo mesmo, amiga. – E vendo que eu cubro o rosto com as mãos, acrescenta: – Mas vamos ver, você, a garota mais liberal que eu conheço, a única com o coração mais blindado que a própria Casa Branca , como pode se apaixonar? — Eu não sei. Eu só sei que quando o vejo, eu tenho palpitações, suor nas mãos... — Deus... Deus... Deus... Apaixonada é pouco! — Totalmente apaixonada. – afirmo da minha própria nuvem de algodão e, em seguida, murmuro sonhadora: – Me diz coisas lindas. Isso me faz acreditar que entre duas pessoas pode haver mais do que bom sexo. Com ele horas são minutos e eu nunca me canso de beija-lo, olha-lo e abraçá-lo... — Mãe do céu... Isso é grave!

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Adivinha quem sou — Muito? A especialista do amor olha para mim e diz que sim com a cabeça. — Sim, muito. Ou termina ou vai se manchar para sempre, você decide! Eu suspiro. A última coisa que eu quero é me separar do Dylan, muito menos sofrer. Tenho vontade de chorar. Como isso pôde acontecer comigo? De repente, o homem dos meus sonhos entra na cozinha, e deixo escapar um gemido quando eu sorrio como tonta e o coração acelera. Coral olha para mim e me dando um puxão de cabelo, sussurra: — Tira essa cara de boba, tulipana. — Eu não consigo. Da pra notar? Coral mete outra colherada de cheesecake em sua boca e responde: — Disfarça melhor esse seu estado de abobamento romântico ou essa história vai para no ouvido do Rançoso e, como você sabe, os dois vão parar no olho da rua. Deixo de olha-lo, mas sem poder evitar, o olhar vai em direção a ele. Dylan está apoiado numa mesa bebendo água. Nossos olhos se encontram. Ele sorri um pouco e pisca para mim. Que abusado! Eu desvio o olhar. Sinto-me quente, com dificuldade pra respirar e Coral me abana enquanto murmura: — Patético... Isso é patético.

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Adivinha quem sou Eu não sei o que dizer. Eu só sei que eu preciso vê-lo novamente. Disfarçando, dou uma olhada ao redor e quando eu vejo que ninguém nos percebe, eu olho e sou eu que pisco. Meu gesto o surpreende. Suspira e, depois de deixar o copo em uma das pias, com um sorriso malandro na boca, caminha até um dos freezers e me faz um aceno de cabeça. Bem... Bem... Bem... Está me pedindo para ir. O que eu faço? O que devo fazer? Coral, que se deu conta de tudo, me tira o prato de torta das mãos, me dá uma alface que pega em um balcão e diz com tom de desaprovação: — Dois minutos, nada mais. Entendido? Afirmo como um robô. Mataria para estar trinta segundos com ele. Com alface na mão, eu vou para onde eu sei Dylan está esperando. Quando entro na câmara e fecho a porta, suas mãos me puxam para si e, deixando de lado a alface, me beija. Faz frio, mas seu beijo é gostoso, maravilhoso, escandaloso, pecaminoso. — Está muito linda vestida assim, coelhinha. – sussurra, me apertando contra seu corpo. Eu sorrio e, ansiosa por mais, pergunto: — Nos vemos essa noite? Dylan fecha os olhos, pensa e responde: — Eu não sei. — Você não sabe? – Exclamo. — Amanhã chegamos a Marselha.

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Adivinha quem sou — E? Não gosto de sua relutância. Sinto-me mal. Como eu posso ser tão ingênua? Que estou fazendo pedindo para nos vermos? Eu sou um idiota? Eu deveria ter me calado. Decididamente, eu sou patética, como disse Coral. Deveria esperar ele me pedir para ficar comigo, mas eu não posso. Perco o desejo e resmungo: — Ok. Despreza-me. De repente, a câmara se abre e nos separamos. É Tomás! Nossa conversa é cortada instantaneamente. Mal humorada, pego a alface e a deixo com as demais de sua espécie, enquanto Dylan agacha e coloca algumas cenouras. Com o coração a duzentos por hora, deixo a câmara. Coral olha para mim com cara de "Sinto muito!", e eu pisco. Tomás sequer nos viu, e uma vez que tenha deixado o que quer que seja na câmara, me persegue pela cozinha: — Como você está, querida? Ainda sentindo nos lábios o saboroso beijo de Dylan, eu olho e respondo: — Bem. Um marasmo, como sempre, mas bem. — Onde você esteve ultimamente? Eu não te vejo nem na sala de descanso. Nesse momento vejo Dylan sair da câmara e ele para ao ver com quem estou falando. Ele não gosta de Tomás, e mais ainda desde que eu expliquei que eu tive algo com ele. Noto seu olhar desconfiado e isso me excita. Há um minuto tinha me recusado, disposta a fazer-lhe ciúmes, digo para Tomás. — A verdade é que eu não paro, por isso não me vê.

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Adivinha quem sou De pé ao meu lado, o jovem espera que um dos chefs entregue seu pedido e pisca, acrescentando: — Nós estamos tendo uma festa amanhã, você vai? — Uma festa? Aonde? — No barco, quando fazemos escala. Ouvindo isso, eu sorrio. Eu tenho um compromisso com alguém e eu não vou perder. Tomás pergunta: — Está livre quando chegar a Marselha? Encantada, respondo: — Sim... Até o dia seguinte, às três horas da tarde. — Ótimo! – Ele exclama, e, mais perto de mim, ele sussurra: – O navio vai ficar quase vazio e teremos algumas dependências apenas para os trabalhadores. Garanto-lhe que se você vier vai se divertir comigo. Eu encontrei um conjunto em que não haverá ninguém e onde eu gostaria de desfrutar do seu corpo, se você me deixar. Tomás não desperdiça uma oportunidade e, colocando a mão na cintura, insiste: — Eu acho que você e eu podemos nos dar muito... Muito bem. Eu ouço Dylan tossir. Não está muito longe de nós e, incapaz de não olhar, vejo Lola, uma das copeiras, se aproxima e enfia suas tetas XXL quase na cara. Ele sorri. Eu mato você! Como sempre que fico nervosa, fico com riso frouxo e Tomás pensa que é para ele e, animado, faz desenhos com seu dedo em minhas costas. Vejo que Coral olha para nós e, com as sobrancelhas levantadas, em silêncio, me perguntando o que eu estou fazendo.

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Adivinha quem sou Irritada com a atenção dedicada a Lola, pisco a lá Penélope Charmosa e pergunto a Tomás em um sussurro: — Como você e eu podemos ficar bem? Ele para. Fica alucinado com meu tom. Sorri. Lança-me um olhar lascivo, aproximando-se de mim, sussurra no meu ouvido: — Fazendo o que nos der vontade. Solto uma gargalhada e ouço uma voz que diz ao meu lado: — Onde posso obter um copo de suco de laranja? Sei de quem é essa voz rouca e irritante e dá-me arrepios por causa de sua proximidade. Sem olhar para ele, eu respondo: — Em cima da mesa está lá no final, você tem copos limpos, laranjas e máquina de espremer. Sirva-se! Mas Dylan não se move. Eu continuo a perceber sua presença atrás de mim. Seus olhos devem me perfurar, porque sinto minha nuca pegar fogo. Eu não quero olha-lo. Eu me recuso a fazer isso, mas, em seguida, diz: — Venha comigo. Sou muito desajeitado. Eu olho surpresa e rio. O que você está fazendo? Sua expressão é de raiva e meu sorriso incomoda até a mim. Por que eu tenho que rir num momento como este? — Olha, amigo. – diz Tomás intervindo – você pode se servir sozinho. Dylan olhou-o com um olhar tão desagradável que me deixa ao chão e, virando o pescoço, respondeu no mesmo tom: — Olha, amigo, que tal calar a boca e desaparecer?

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Adivinha quem sou Sua reação me impressiona. Eu nunca o ouvi falar assim com ninguém. Pelo seu tom de voz, Tomás desaparece em uma fração de segundo. Vai seu cagão! Faz-me rir, mas depois eu sinto a mão de Dylan no meu pulso. Me aperta. Boquiaberta, estou a ponto de reclamar, mas pra não fazer uma cena, começo andar para onde estão as benditas laranjas. Uma vez que chegamos, me solta: — Se você está comigo, você não está com ele. — Como é que é? — Você me entende perfeitamente, Yanira. Eu bufei. Claro que eu entendi e irritada, respondo: — Lembro-me que nem há cinco minutos você me disse que não queria me ver hoje à noite e... — Você ainda o vê? Eu olho espantada. — Eu não vou responder a isso, ok? Dylan coloca umas laranjas no espremedor e, ligando-o com um gesto de raiva, exclama: — Droga! — Droga, o quê? Nesse mesmo instante passa Lola, a copeira, e ele muito sem vergonha sorri um sorriso encantador e me diz: — Se brincamos, brincamos todos. E se vamos à festa, vamos todos. Ai, meu Deus, e eu que achava que eu era pretenciosa. Pergunto:

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Adivinha quem sou — Que baboseira é essa que você acabou de falar? Dylan abre um sorriso que eu não gosto e diz: — Só quero te avisar que também me convidam para festas. Como é que é? Bem... Bem... Bem... Com que humor acabou de me deixar. Quem é a mariposa que o provocou e convidou para a festa? É Lola? Ele sorri e eu faço o mesmo. Seu sorriso, tão cheio de censuras e indiferença, me excita. Penso no asfalto e me horrorizo. Então respondo, incapaz de conter minha língua e meu temperamento: — Se você quiser, podemos ir à festa os dois. Você com quem te propôs, e eu com quem você já sabe. Aceita, meu filho? O sorriso foi apagado de uma só vez. Sua expressão endurece e sussurra: — Faça o que quiser. — Claro, você não precisa me dar permissão. — Yanira... – rosna, enquanto aperta os punhos. — Só te informo – interrompo – se várias noites seguidas comigo são uma tortura, quando quiser podemos deixar de nos ver. Tenho certeza que não ficarei sozinha. Tome isso. Para dar um gelo! O meu comentário, cheio de malícia, não fez nenhuma graça e disposta a escapar do que tenho que responder, eu me viro. Mas ao ver Lola novamente perto de nós, com falsa inocência eu acrescento:

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Adivinha quem sou — Se você quiser mais suco, basta colocar mais laranja no espremedor, e se você não se acha capaz, Lola vai ajudar, né, Lola, você não faria de bom grado? Ela balança a cabeça com um sorriso, enquanto eu vejo como Dylan se contém. Não me segue e consigo escapar e sair da cozinha, de frente para a cara alucinada de minha amiga Coral. Mas o que eu acabei de fazer? Como eu sou tão estúpida? Incrédula com a minha própria imaturidade volto para o salão para continuar o show. Por uma hora e meia, nós cantamos, dançamos e nos divertimos e, quando termino, meus sentimentos não são os de antes e preciso encontrar Dylan. Eu assumo a minha paixão e eu tento apagar todas as minhas palavras. — Yanira, onde você anda? Eu só te vejo nos bastidores. Quando me viro eu me encontro com Tony. Bem penteado como sempre e respondo: — Trabalhando. Eu não estou de férias, como os outros. Ele sorri. É um encanto. Então sussurra: — Com esse macacão prata você esta incrível. — Obrigada. – respondo rindo. — O que você e Coral vão fazer amanhã, quando chegarmos a Marselha? Eu tenho que encontrar Dylan para falar sobre o nosso encontro em Marselha e digo a Tony: — Bem, pra ser sincera, eu ainda não sei. Estamos aguardando os chefes pendurarem a lista de quem vai estar de folga. Ele balança a cabeça e pergunta novamente:

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Adivinha quem sou — Se você descer, você vai sozinha ou terá companhia? Eu puxo a franja e eu estou prestes a responder, quando eu vejo Tito aparecer na porta e fazer um sinal com a cabeça para Tony. Ele o olha, cruzando um olhar e depois de piscar pra mim, diz: — Vou te deixar. Já falaremos se nos veremos. Surpresa, eu o vejo sair. Por que quer saber o que eu vou fazer amanhã? Por uma hora procuro por meu bombom por todo o navio, mas não o vejo. Eu ligo para o celular, mas não me atende. Insisto e continuo sem encontrá-lo. Eu não posso ir para sua cabine ou todos saberiam sobre nós. Será que ele ainda está irritado com a minha falta de tato? Finalmente eu desisto. Verá que eu liguei e espero que retorne. Volto à minha cabine, me troco, tiro a maquiagem, e inválida, me deito na cama enquanto penso nele.

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Adivinha quem sou Capítulo 16 Diga

A chegada em Marselha é um grande evento para todo mundo. Os passageiros estão felizes em poder sair do barco e andar sobre a terra firme durante algumas horas. Estou satisfeita. Livre e acho divertido. Eu olho para o meu celular, mas não tenho nenhuma chamada do homem que desejo. Eu amaldiçoo minha petulância e estou convencida de que eu deveria mudar meu jeito desafiante de falar. Dylan não é nenhum dos meus irmãos. Deitada na cama da cabine, eu penso nele. Lembrando seus beijos, seus abraços ou quando me chama de bebê ou caprichosa, me faz sorrir como uma tola e me desespero por não ter notícias dele. Enquanto eu estou deitada na cama, com a minha camiseta com o slogan "Eu troco um sorriso por um beijo”, Coral está se vestindo. Ela me conhece e sabe que eu estou mal. Vendo que eu não entendo e ainda não sei qual serão os meus planos, me encoraja: — Venha, venha com a gente. Podemos visitar a cidade e hoje à noite, depois do jantar, vamos a alguns clubes mais quentes. E ei... Quem sabe? — Quem sabe o quê? Ela ri e, sentando ao meu lado, responde: — Quem sabe você encontra um bonito ‘marselho’ para passar a noite e tirar toda essa bobagem de estar apaixonada. — Não me amole, Coral. Minha amiga ri de novo e, ao digitar no celular, diz:

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Adivinha quem sou — Vamos, mulher, vamos iluminar essa cara e brilhar. — Eu não posso. — Se Dylan não dá nenhum sinal de vida, você pensa em guardar luto por ele? – não respondo e ela insiste – Vamos lá, se vista. Acabei de dizer a Gina e a Rosa que estamos prontas. Vão nos buscar em cinco minutos. Eu cubro meu rosto com o travesseiro. O que eu faço? Eu vou com minha amiga, eu espero para ver se Dylan dá sinais de vida ou fico trancada na cabine, lendo e refletindo sobre minhas dores? Enquanto Coral se penteia olhando no espelho, alguém bate na porta da cabine. — Abra – diz ela – São as meninas. Desorientada, eu me levanto, fico presa no botão, estou usando minissaia preta, e ao abrir a porta, estou sem palavras para ver Dylan mais bonito do que nunca, com jeans, uma camisa marrom e uma mochila ao ombro. Olha-me, lê a mensagem na minha camiseta e diz: — Eu aceito a troca. Sorrio encantada. — Pronta para o nosso encontro? – pergunta. De repente, eu percebo que estou meio vestida e respondo: — Estou ligando desde ontem à noite, você ainda não viu as minhas chamadas? — Sim. Mas estava ocupado. Tome isso! Quem é agora ‘o cara’? Fico quieta. Isso me irrita. Eu tento manter meu temperamento sob controle e, embora seus olhos ainda acendam o pavio, eu posso manter minha boca fechada. Meu rosto deve ser um poema, mas Dylan me diz, provocando: — Se você prefere se divertir com seu amigo Tomás, para mim não há problema.

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Adivinha quem sou Já chega, já me encontrei! — Ei, como é que é? Com um sorriso que é de matar, responde: — já disse... Caprichosa. — Olhe, bonito – levanto minha voz – eu não sei que tipo de mulher está acostumado a tratar, mas eu não funciono assim, entende? Seu sorriso se congela. Franze o cenho e apoia as mãos de ambos os lados da moldura da porta. Está claro que o meu tom o incomoda e retruca: — Olhe, bonita, eu é que não funciono como o resto dos caras que dança na água para você. Adeus e aproveite o dia. Eu o olho indo espantada. Que idiota esse homem! Quando fecho a porta da cabine, Coral, que ouviu tudo, solta: — Mas você é burra? — Não. — Não?! – grita ela. Eu tento explicar: — Eu estive tentando falar com ele desde ontem à noite e... — E o que isso importa? — Eu me importo. – E sem levantar a voz para que ninguém nos ouvisse, eu continuo: – Eu não quero acreditar que estou babando por ele. Para que você ache que é só clicar os dedos, e já me tem. Coral sorri, aproximando-se de mim, murmura:

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Adivinha quem sou — E te tem, Yanira. Você mesma disse que se apaixonou, e contra isso, acredite em mim, você não pode lutar. — Merda... Merda... Merda... – Eu cubro meus olhos. Como cheguei a esse ponto? — Sinceramente – afirma Coral, a entendida – está perdida. Você não percebe? Eu percebo, claro que eu percebo. Mas com raiva, eu me levanto e digo: — Dê-lhe chouriço e, como diria meu irmão Garret, que a força o acompanhe! Eu vou com você para visitar a cidade e me ligar a um belo marselho. Coral, além de louca é a mulher mais sábia do mundo, sorrindo e sentando-se na cama para que me acalme, afirma: — Ele é o seu plano A. Eu sou seu plano B, pense nisso. — Não fale bobagens. Você é sempre meu plano A. – respondo irritada. Tê-lo visto tão bonito e disposto a manter o seu compromisso comigo me intrigou. — Eu sei, assim como você é para mim. Mas vamos lá, pense novamente, ele é o seu plano A SuperPlus com final feliz e veio do céu à sua procura. Você e eu somos amigas, e sempre seremos mesmo agora se você for com ele. — Não. Ela pega a minha mão e, me puxando para levantar, solta: — Merda, Yanira. Dylan é do quadro de trabalho do barco e você está apaixonada por ele. Esse morenaço vem buscar você, não à elas, e você vai e lhe dá as costas. Por acaso vai me dizer que não vai se incomodar que saia com qualquer uma das outras? Só de pensar me irrita. Só de imaginar fico louca e, finalmente, respondo cabisbaixa: — Eu já disse que não, ele se foi e...

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Adivinha quem sou — Saia agora mesmo daqui e vá buscá-lo ou eu te juro que eu vou buscá-lo e vou passar o dia com ele em Marselha. – me espeta Coral. — Você seria capaz? — Por um cara com aquela bunda, aqueles olhos e esse corpo eu sou capaz de muitas coisas, minha filha. – afirma ela. Sorrio divertida por seu comentário e em seguida chamam novamente a porta. — Esconda-se lá atrás – cochicha Coral — Eu direi a Rosa e a Gina que você já se foi. E faz o favor de se divertir ou eu juro que quando eu voltar se você não o encontrou, eu te mato! Mas quando abre, Coral permanece em silêncio e sai da sala sem fechar a porta. Eu a ouço sussurrar: — Trate-a bem. Fiquei chocada ao ver Dylan entrar na cabine. Fechou a porta e nós dois ficamos nos olhando sem dizer nada, até que ele deixou a mochila no chão e, dando um passo até mim, disse: — Nunca, em meus trinta e sete anos de vida, nenhuma mulher me tratou como você fez, ou que me fez sentir como você me faz sentir, caprichosa. Mas acabo de dar dois passos. Um para voltar para sua cabine e outro para ficar mais perto de você. Não sei por que eu fiz, mas o caso é que estou aqui e eu não quero ir sozinho. Como sempre, ‘o cara ao mar’. Sua veia romântica que cada vez eu gosto mais. Meu coração bombeia enlouquecido. Ambos estamos na mesma espiral de sentimentos, e dando um passo até ele, me aproximo, o rodeio ao redor de seu pescoço com os braços e murmuro: — Nunca, em meus vinte e seis anos de vida, nenhum homem falou comigo como você, nem me fez sentir o que sinto o que você me faz sentir. Mas acabo de dar dois passos. Um para mais perto de você e outro para te abraçar. E eu quero que você saiba que, se você não tivesse voltado, eu estava saindo para te buscar, porque eu não quero ficar sem você. Deus, desde quando eu tenho essa veia romântica também?

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Adivinha quem sou Concorda... Concordo... E, finalmente, meu morenaço diz: — Eu acho que eu estou louco, Yanira. Eu não consigo parar de pensar em você. Concordo... Concorda... E, estupefata, respondo: — Para mim, a mesma coisa acontece comigo. Eu acho que nós dois estamos loucos. Dylan sorri e trazendo sua boca com a minha, sussurra: — Eu quero você. Ele me beija. Com paixão, ele enfia sua língua em minha boca e faz amor com ela. Eu o agarro desesperadamente e eu pressiono contra seu corpo. Sabendo que, pelo menos, sintome louca precisando dele me confortando e eu gosto. E quando eu estou prestes a começar a desabotoar sua camisa, sussurra contra os meus lábios: — Me desculpa não ter respondido a suas chamadas. — Não importa. Eu não me importo. Eu só me importo em estar com ele, beijá-lo, que me beije, me toque e então que me deixe louca. Ao mover-se em minha cabine minúscula, ouve-se uma batida. Dylan dá de ombros e diz: — Eu acho que só abri a minha cabeça. — Não brinque. – digo, olhando para o local da sua cabeça onde rapidamente foi a batida.

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Adivinha quem sou Felizmente, vejo que não é nada grave, uma colisão leve. Carinhosamente beijando sua cabeça, eu indico: — Deite-se na minha cama. Ele se recusa e responde: — Vamos. — Onde? — Está livre até amanhã, as três, certo? — Como você sabe disso? Dylan sorrindo me abraça e murmura: — Eu tenho minhas maneiras de descobrir tudo o que quero. – em seguida ri – Eu ouvi quando eu você disse ao Tomás. — Quanto tempo você tem disponível? – Eu me pergunto. — O mesmo tempo. Eu sorrio e ele me beija, depois mordendo sussura na minha boca: — Eu amo a mensagem de sua camisa. — É a camisa das reconciliações. – o informo. — Mmmm... Agora eu gosto ainda mais. Solto uma risada e ele me beija de volta. Quando separado de mim diz: — Conheço Marselha. Eu estive várias vezes. Leve pouca roupa. Você não vai precisar e, por favor, não mude de camisa. Cautelosa, eu pergunto: — Onde é que você pretende levar-me? Após retirar uma mecha de cabelo dos olhos, sorri e sussurra:

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Adivinha quem sou — Um lugar melhor do que este, com uma Jacuzzi impressionante para duas pessoas e uma grande cama, onde conversaremos e desfrutaremos de 24 horas de sexo. Você e eu. — Minha mãe! Eu estou morrendo de vontade de estar lá. – eu respondo, e acrescento: — Além disso, degustaremos uma esplendida bullabesa, você sabe o que é? – nego com a cabeça, e ele explica – É a tradicional sopa de Marselha, feita com peixes diferentes. Você vai gostar. — Ok. — Depois de comer um delicioso ensopado de carne, regado com bom vinho e uma sobremesa maravilhosa, suflê de Grand Marnier. Quando acabarmos, te despirei e, durante horas, me dedicarei à arte do prazer que sou capaz de dar. O que você acha deste plano? — Ótimo. – rio animada e excitada. Minha reação deve lhe agradar, porque, dando-me um beijo rápido, me exorta: — Venha. Vamos! Rapidamente eu coloquei algumas coisas em uma mochila enquanto ele me olha, mas de repente paro e pergunto: — Tudo o que você tem planejado parece caro. Dividiremos o pagemento, ok? — Não. – responde risonho – Eu proprus, eu me encarrego dos gastos. — Dylan, – protesto – Não seja bobo. Podemos dividir... Sua boca cobre a minha e, depois de um beijo devastador que me faz querer estar naquele hotel que ele falou, diz: — Não vamos perder tempo. Disfarçadamente e a uma curta distância um do outro, deixamos o barco. Uma vez em terra, Dylan pisca pra mim e sigo-o até que perdemos pelas ruas de Marselha. Quando chegamos a uma rua movimentada, ele pega a minha mão com força, e me olhando, pergunta: — Posso?

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Adivinha quem sou Permito animada e, em seguida, ele, pegando a minha mão a leva até sua boca, beijando. Ugh... Como é romântico e cavalheiro. Seu celular toca. Ele olha e ignora a ligação. Não pergunto. Eu sinto que não devo fazer. Nós vagamos ao redor da cidade e eu estou surpresa ao ver o quão bem ele a conhece. Quando eu pergunto, diz ele que esteve lá mais vezes com outras embarcações. O celular volta a tocar. Ele faz um gesto com a mão para não me mover e dá um par de passos, atende. Eu vejo o lugar. É uma rua encantadora, com vários restaurantes. Quando ele retorna, volta a me levar

pela

mão

e,

vendo

sua

expressão, eu pergunto: — Está tudo bem? Ele afirma com a cabeça, me beija e diz: — Quando estivermos no hotel, você e eu, tudo será melhor. — Onde estamos? — No distrito de Saint Victor. Andamos mais alguns metros e eu estou sem palavras ao ver que nós entramos em um edifício com aparência de ser caro. Um desses hotéis que você sabe que até para respirar custa dinheiro. Isso me assusta. Nenhum de nós tem um saldo impressionante e cochicho: — Dylan, você vai deixar metade do seu salário para este lugar, você ficou louco? Mas meu morenaço sorri e responde: — Relaxa. Eu tenho um amigo, Garson, ele trabalha aqui, e sempre que venho para Marselha, ele consegue um quarto com um preço maravilhoso. Não se preocupe. Eu posso pagar. Agora só o que eu quero é que você goste.

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Adivinha quem sou Atordoada, sou eu quem lhe segura à mão para entrar no hotel impressionante. Caminhamos até a recepção, passando por um sofá redondo e rodeado por flores, Dylan, beijando minha mão de novo, me diz: — Espere aqui. Um pouco envergonhada pelo luxo que nos rodeia, faço o que me pede. Sento-me no suave e aveludado sofá enquanto eu o vejo ir até o balcão. Uma vez lá, eu vejo um jovem sobre ele e cumprimentá-lo com familiaridade. Eu acho que deve ser seu amigo Garson. Depois de conversar alguns minutos, despedem-se com um choque de mãos e me mostrando um cartão de ouro, meu morenaço se aproxima de mim e diz: — Você está pronta para se divertir? Saimos do elevador no último andar, e andamos em um salão de luxo para chegar ao quarto. — Ei... Não teremos problemas por estar aqui? – Eu lhe pergunto. Dylan sorri e sussurra: — Relaxa. Está tudo no controle. Em seguida, abre a porta e entramos em um lugar incrível. Modernismo e minimalismo em estado puro. Vejo uma cama redonda com lençóis negros e uma jacuzzi redonda também. Vemos o que na minha terra é chamado de uma escola de circo. Com os olhos arregalados, me aproximo da enorme banheira de hidromassagem e estou espantada ao ver algumas pétalas de rosa vermelha e branca flutuando na água, e ao lado, um balde com gelo e vinho branco. — Meu amigo preparou para nós. Sorrio feliz e aceito a taça de vinho que me oferece. Depois de um gole, eu me aproximo de Dylan e o beijo. Gosto de beijá-lo. Sua boca é macia, doce, maravilhosa. Degusto seus lábios e deixo-o morder os meus, enquanto a nossa respiração se acelera. Nós dois sabemos por que estamos aqui e o que queremos.

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Adivinha quem sou — Você não quer comer alguma coisa antes? Declino com minha cabeça, sem tirar minha boca da dele, respondo: — Com você eu tenho que começar com a sobremesa e depois vamos levá-la. Minhas palavras fazem-lhe graça e, sorrindo, depois de tomar o meu cálice das mãos e deixar em uma mesa, fico-me em seus braços e nosso beijo apaixonado nos aquece mais. Ergome e rodeio sua cintura com minhas pernas. Quando o desejo de devorar olha para dentro, murmuro olhando a jacuzzi: — O que acha de experimentar-mos? Dylan me deixa no chão e vai para sua mochila, retira um CD. Mostra-me, pisca um olho para mim e eu sorrio. Eu sei que ele vai colocar a música que ouvimos mil vezes. Till the cops come knockin, do cantor Maxwell. Ainda me lembro da noite em que dançamos na cobertura do barco, cada um com um fone de ouvido, enquanto aquela música soou. E me lembro da voz do Dylan me dizendo: “Algum dia farei amor com você com esta música”. Soa os primeiros compassos da melodia enquanto Dylan olha para mim com luxúria. Pega o copo de vinho, senta na cama e murmura, surpreendendo-me: — Seduza-me, coelhinha. — Quer que eu te seduza? – repito, de pé frente a ele. Dylan balança a cabeça e com a voz rouca, apontando para um sofá branco a direita do jacuzzi, diz: — Dispa-se. Sente lá e seduza-me, aqueça-me. Suas palavras me levam a cem. A coelhinha entra em ação. Com o olhar mais de lagartona que tenho, pego novamente o copo de vinho e me encaminho ao divã. Uma vez lá, dou a volta, eu o olho nos olhos e sorrio. Dylan bebe e sorri também. Deixo o copo no chão e retiro os sapatos. Incitadora, volto a olhá-lo e retiro a camisa que tanto ele gostou, ficando somente com minha minissaia preta e a lingerie. Sem saber o que fazer, deixo me levar pela música e volto para ele. Peço-lhe:

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Adivinha quem sou — Desabotoe o botão da saia. Dylan o faz e quando a saia cai no chão e ele vai me tocar, eu evito com um tapa. Ao ver seu cenho franzido, repreendo-o: — Não... Você me pediu para seduzi-lo e te aquecer. Eu o vejo sorrindo e virando-me, dou a volta para o sofá movimentando os quadris. Eu sei que ele olha meu traseiro, então eu abaixo e pego o copo de vinho lentamente, assim dou uma visão melhor dessa minha parte. Como sou safada! Bebo mais um gole da minha bebida e, sem olhá-lo agacho-me novamente para deixar o copo no chão, expondo mais uma vez minhas nádegas em sua visão. Eu me viro, vestindo apenas calcinha e sutiã e, sem demora, retiro essas peças, enquanto movo meus quadris quando danço a dança do ventre. O deixo ligado. Isso eu não esperava. Uma vez que eu estou nua diante dele, pego o copo de vinho e sento-me no sofá. — Eu já fiz duas das quatro coisas que você me pediu. – eu digo — Até agora, eu me despi e me sentei. Agora vou te seduzir e aquecer-te. Dylan bebe e noto que sua testa está suando. Estou deixando-o nervoso e, estou disposta a deixá-lo cardíaco, abro as pernas, descarada, e me acaricio entre elas, enquanto sorrio diante de seu olhar lascivo. Por um tempo, minhas mãos deslizam pelo meu corpo. Eu aperto meus seios, brincando com os meus mamilos, eu abro a minha vagina, chupo um dedo e me dou prazer. Dylan não tira o olho do que faço até que pergunto: — Você se excita comigo me acariciando na sua frente? — Sim. Sua safadeza me excita. Eu pressiono encantada e murmuro: — O que você acha de se aproximar e o fazer por mim? Por um momento, eu acho que ele vai se levantar e vir para o meu lado, mas depois de beber o copo de novo, abana a cabeça e murmura com intensidade:

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Adivinha quem sou — Aqueça-me mais. Isso me deixa nervosa. Eu nunca tinha feito algo para alguém, sem tocá-lo. Normalmente é entrar com alguém em um lugar e rapidamente meter a mão e ficar pronto, mas o que me pede Dylan é muito excitante e tento seguir jogando. Deixando-me levar de novo pela música, fecho os olhos e tento seduzi-lo, enquanto eu me toco e aproveito. De repente, eu me lembro da minha taça de vinho e a pego. Tomo um gole. Eu sorrio. Eu me levanto, sento-me na borda da banheira e coloco o meu dedo anelar no copo. Eu olho para Dylan e, sem desviar o olhar daqueles grandes olhos castanhos que me enlouquecem, eu coloco o dedo molhado de vinho no meu clitóris e me acaricio. Eu me movo. Hummmm... Que prazer. Eu sorrio. Sinto o olhar fixo e ardente de Dylan mórbido, erótico, sugestivo, sensual e, incapaz de ficar quieta, eu pergunto: — Você gostaria de jogar? Ele encantado com o que eu faço, esboça um sorriso malicioso e diz: — O que você quiser, caprichosa. Quando me chama assim, me deixa louca. Sou tola! Prossigo me tocando, mas Dylan não se move de seu lugar, assim que, disposta a saber mais sobre ele, pergunto enquanto continuo: — Você já fez sexo a três? Ele olha para mim um momento e, em seguida, responde com ansiedade: — Sim. Isso não me surpreende em um homem como ele é, em seguida, pergunta por sua vez: — E você? — Sim. A minha resposta faz com que ele franza o cenho. Vá... Ele é velho. Ele sim, mas eu não. Isso faz me rir. Eu olho e vejo sua virilha esticada sob o jeans. Eu sei que esta conversa o deixa tenso, então eu insisto:

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Adivinha quem sou — Duas mulheres e você ou um homem, uma mulher e você? — Ambos. — E dois homens e você? – provoco. — Não. – diz, sem rodeios – Eu já disse que eu sou heterossexual. Concordo e sorrio. — E no seu caso? – questiona Dylan. Sem deixar de me tocar descaradamente, respondo: — Dois homens e eu, outro dia uma mulher, um homem e eu. Sua expressão é grave. Agora eu não sei se ele está animado ou chateado. O silêncio nos rodeia e, finalmente, eu pergunto: — Você tem algum brinquedo sexual aqui? Ele balança a cabeça e, de pé, pego minha mochila, pego a necessaire e mostro-lhe o meu brinquedo preferido. — Apresento-lhe o Lobezno. Ele e eu tivemos alguns bons momentos juntos, e estou segura que me ajudará a seduzi-lo e aquecê-lo e, em especial, apagar esse cenho franzido. Sem sorriso. Segue com o rosto fechado. Por que os homens reagem muito mal a uma mulher que fala claramente sobre sexo? Quando eles vão perceber que o mundo mudou e evoluiu? Sei que minha conversa e meu brinquedo o surpreendem como ele me surpreendeu com a palavra “seduza-me”. Sentando-me novamente sobre a borda da jacuzzi, desta vez com as pernas fechadas, eu derramo o meu copo de vinho no meu monte e, em seguida, abro as pernas para que ele possa ver como o vinho escorre pelo meu sexo. Ele está me comendo pelo olhar. Isso é o que eu quero, que me coma e que deixe de bobagem. Quando consigo ter totalmente sua atenção concentrada em mim, decido ir para o divã e sentar-me, convencida de que sou uma grande estrela do sexo.

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Adivinha quem sou Subo os pés para o assento e erguendo o vibrador, olhando Dylan, murmuro: — Você quer que eu fale sobre minhas experiências? — Não. Esta resposta rápida me faz sorrir. Vê-se que há coisas intransponíveis para os homens. Ciente de seus olhos e eu não quero estragar o momento, eu decidi ignorá-lo. Não falar sobre o que ele não quer ouvir, mas disposto a continuar o nosso jogo estranho, eu explico: — Este aparelho não só me aquece... Mas me prepara. E como eu digo, eu coloquei a ponta do vibrador rosa no umbigo, e sem deixar de olhar para Dylan, eu estou indo para o centro do meu desejo, molhado de vinho branco. Uma vez lá, massageando o interior da minha vagina por alguns minutos, até que eu suba a potência e murmuro: — No dois, o calor começa a apoderar-se do meu corpo. Continuo me massageando, enquanto Dylan não pode tirar seus olhos de mim, encantada, eu aviso: — No três, está exatamente no ponto que meu orgasmo começa a se formar, e me deixa louca. É terrivelmente agradável. Eu fecho os olhos e me concentro no que eu busco e desejo. Esse calor, aquele velho amigo, começa como sempre pelos meus pés e, lentamente, sobe aos joelhos, coxas, fazendome morder os lábios. — No quatro – suspiro — o prazer é imenso, colossal, abrasador. Só se pode comparar a uma profunda e possessiva penetração. Meu vibrador vibra e eu já tenho clitóris inchado e latejando como eu gosto. O prazer que me deixa louca. O calor sobe através do meu estômago e assim quando chega à garganta, suspiro novamente e murmuro: — Sim... Ah, sim... Eu gosto da minha sexualidade, enquanto, com o canto do meu olho, eu vejo Dylan se levantar e se aproximar. Despe-se. Sua ereção é enorme, mas quando vai me tocar, eu peço:

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Adivinha quem sou — Agora não, por favor... Dê-me um segundo. Eu não quero que me toque. O clímax está prestes a chegar e quando o meu corpo fica tenso e eu grito de êxtase, Dylan se abaixa e me beija, enquanto eu, junto minhas pernas e tremo de prazer. Em seus olhos eu vejo a loucura do momento. Tira o vibrador de minhas mãos, se posiciona sob mim e enquanto minha vagina se contrai com os espasmos do orgasmo, ele fica entre as minhas pernas e me penetra sem a menor cerimônia. Ah, sim! O prazer é imenso, colossal, surpreendente e quando eu olho para Dylan que fecha os olhos, quando percebe como o interior de minha vagina o suga e o introduz mais e mais em mim. Sim! Mas ele quer mais e, ajoelhando-se no sofá, agarra meus quadris e me trás ao seu corpo novamente e novamente. Quando me arqueio para dar mais entrada ao seu pênis e grito, Dylan me morde o lábio inferior e, quando o solta, murmura: — Então... Então eu quero ver você desfrutar durante todo o dia de hoje. E assim é. Como um deus do Olimpo, ao longo do dia faz-me sua uma e outra vez. Nós fazemos amor duas vezes na jacuzzi, na cama, no chão, contra a parede, no chuveiro espaçoso. Somos insaciáveis, duas feras do sexo, e quando às duas da manhã, paramos, estamos famintos e sedentos. Dylan chama a recepção e, minutos depois, nos trazem comida e bebida. Precisamos recuperar nossa força. Nós nunca passamos tanto tempo juntos e a curiosidade é imensa. Enquanto comemos na cama, nos interessamos um pelo outro. Eu pergunto por sua viagem à Antártida e Dylan me fala dela até que me diz: — Diga-me sobre sua vida. — Eu trabalhava em uma creche. Eu amo crianças. Eu acho que eles são mágicos e trabalhar com eles é uma maravilha. Mas a crise obrigou os proprietários a cortar pessoal e fui

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Adivinha quem sou uma das despedidas. Então eu decidi me dedicar à música e fazer o que eu gostava. Consegui um emprego como cantora em um hotel de Tenerife até Coral dizer-me do barco e deixei tudo para viver esta aventura com ela. — E a sua família? Como eles estão? O pensamento deles torna a iluminar minha cara e explico: — Eles são barulhentos, engraçados e às vezes um pouco loucos. – Dylan sorri e eu continuo – Minha casa, quer dizer, a casa dos meus pais, é um caos contínuo. Em apenas setenta e cinco metros quadrados vivemos oito pessoas, dois cachorros e um pintassilgo. A avó Nira, a mãe de minha mãe, é típica avó sábia e beijoqueira, ela te beija todos os dias e prepara pratos maravilhosos. A avó Ankie é a mãe de meu pai, mas, não podemos chamar de avó! Ela quer que a chame por seu nome. É diferente da avó Nira, Ankie não é sábia ou dá beijos. Ela toca guitarra em um grupo de rock com umas amigas, se chamam Angevallen, que em espanhol significa Atacadas. — Sua avó toca guitarra? — Guitarra elétrica e você nem imagina o quão bem ela toca. AC/DC do seu lado são estudantes – digo brincando, e meu menino ri – Então temos meu pai. Um holandes alto, loiro, branquinho e detalhista. É um trabalhador natural e adora a todos de uma forma incrível. Minha mãe e ele tem uma das grandes e famosas lojas de souvenirs de Tenerife. Minha mãe é uma irlandesa encantadora e divertida. Fala pelos cotovelos e, se não a parar, te deixa louca. É uma mulher muito família e, junto com meu pai, cuidam de todos.

» Meus irmãos são outra história. Eles são Garret e Rayco, que são gêmeos. Garret é um nerd da Guerra nas Estrelas a níveis preocupantes. Só fala com frases dos filmes, como por exemplo: “Se alguém quiser saber o grande mistério da força, deve estudar todos os seus aspectos”. – Dylan solta uma gargalhada e eu prossigo – Rayco é o corajoso da família. Não há mulher na ilha ou turista que resista a ele. E depois há Argen – suspiro ao pensar nele – Ele é o irmão mais velho, e o melhor do mundo, me sinto muito ligada a ele. Ele é um grande lutador e não só porque tomou adiante sua empresa de cerâmica, mas sim porque desde a infância luta sua própria batalha com a tia Betty, que é como na comunidade diabética se chama a diabetes. Ele conseguiu levar uma vida completamente normal, apesar de seu problema.

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Adivinha quem sou »

E, finalmente, temos a cadela do papai, Pisiosa, uma incansável comedora de

chinelos, meias e tudo o que ela pode pegar; o cachorro de Garret, Chewbacca, o que nós pensamos que é gay, porque só quer montar sobre os machos; e um pintassilgo fêmea de minha avó Nira, que se chama Jesusina. — Tudo isso em setenta e cinco metros? Afirmo animada e respondo: — E isso sem contar os amigos dos meus irmãos ou os meus, que sempre estão por lá. O que você acha? — Incrível. – murmura espantado. Engraçado, eu vejo sua expressão alucinar e dizer: — E você? O que você me diz sobre a sua família? Percebo que a pergunta o incomoda. Depois de uma bebida do copo ao lado dele, toca a chave que leva em torno de seu pescoço e diz: — Minha mãe morreu há dois anos. Seu nome era Luisa e era maravilhosa. Noto seu pesar. Ele falou sobre sua mãe em várias ocasiões e sussurro: — Sinto muito, Dylan. — Anselmo, meu pai, é um pouco duro e às vezes intratável, mas quando o conhece você gosta. Embora, eu não vou mentir, não é fácil de conhecê-lo. – E com um sorriso que toca minha alma, ele continua — adorava a mamãe, apesar de que se divorciaram duas vezes e se casaram três. Ela era a única que conseguia fazê-lo entender as coisas e, mesmo que discutissem, ela não se intimidava com ele, e no final conseguia fazer o inimaginável. Eu acaricio seu rosto com carinho, e ele, com um gesto amargo, murmura: — Se você não se importa, eu prefiro não continuar falando sobre a minha família. Eu me importo, eu quero saber sobre ele, mas não insisto. Em seu rosto persiste a dor de falar de sua mãe e, aproximando-se dele, o beijo. Eu quero que ele me sinta perto. Percebi que eu começo a ver como ele responde, e depois de vários beijos quentes e doces, sussurra:

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Adivinha quem sou — Eu amo sua pele delicada. Concordo encantada. E eu olho para os nossos dois corpos se abraçando. Ele com seu moreno mulato de Puerto Rico, e eu com minha brancura holandesa. — Eu gosto da sua, é muito macia. — Você já esteve alguma vez antes com um homem como eu? — Não. Você é o primeiro. – e, rindo acrescento – Mas a partir de agora, posso dizer que o mito que circula entre as mulheres sobre mulatos é verdade! Nós dois rimos e, em seguida, ele pergunta: — Quantos trios que você fez? Sua pergunta me pegou de surpresa, especialmente porque ele não queria continuar falando disso. Eu respondo: — Alguns. Eu não sou um especialista em trios. Eu visitei vários bares de troca com um amigo, mas... — Qual amigo? — Um italiano que conheço e... — Qual italiano? É do barco? Surpreendida por esse terceiro round, sorrio e explico: — Não. Francesco vive em Portofino e... — Transava com ele? Não me deixa terminar as frases e a última pergunta me perturba. Quando eu vou responder, ele fala antes que eu possa abrir minha boca: — Você me disse que não fez sexo anal. Como, então, você pode fazer sexo a três?

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Adivinha quem sou — Fazer sexo a três com dois homens não significa ter sexo anal – respondo – Há beijos, carícias, curiosidade, penetrações e jogos, muitos jogos. Normalmente nós temos passado bem, os três, sem chegar a este tipo de sexo. Dylan concorda. Vejo pelo seu gesto que não lhe agrada o que ouve e pergunto: — Vamos ver, qual é o teu problema? — Merda. Você tem vinte e seis anos – exclama – Não posso me esquecer. — E? — Você tem que experimentar e, eu gostando ou não, você é muito jovem para mim. Sua resposta me surpreendeu. Eu não entendo por que ele diz isso, e retruco: — Você se divertiu nos trios? — Sim. — A idade influenciou você se divertir ou você atrair esse tipo de experiência? Depois de pensar um momento, responde: — Não. — Então, onde você vê o problema? Meu moreno finca seus olhos impactantes em mim, e com uma segurança que me excita e me deixa fora de órbita, revela: — O problema é que eu nunca poderia compartilha-la com ninguém. Não você. Espantada com o que ele disse, eu pergunto em voz baixa: — Por que? Em seus olhos eu vejo algo que eu não tinha visto até agora e, tomando o copo de vinho, diz após um gole: — Porque o que é meu, é só meu.

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Adivinha quem sou Eu rio. Desde quando sou sua? Vejo que minha risada o incomoda e, incapaz de escondê-la, esclareço: — Eu não rio de você. É que quando eu fico nervosa eu rio sem querer. — Mau momento para fazer isso, você não acha? Concordo. Este riso involuntário sempre me trouxe problemas. Na escola. Nos trabalhos. Com meus pais. Tentando relaxá-lo, murmuro, cercando-o: — Eu sou humana, tenho milhões de falhas. E esta é uma... — Também é caprichosa – diz ele. — Sim, você disse. — E muito ousada para ter apenas vinte e seis anos, você não acha? Bufo e respondo: — Eu sou adulta, Dylan, e... — E quem é esse italiano? Ao pensar em Francesco, eu sorrio e encolho os ombros, e respondo: — Um amigo que me ajudou a ter cabeça e a entender o que é desfrutar do sexo, sozinha ou acompanhada. — É alguém especial para você? — Ele é meu amigo – eu insisto — e espero vê-lo quando atracarmos em Genova. Dylan me olha fixamente, apertando o copo, responde, perdendo a paciência: — Espero que não. Isso toca minha moral. Quem é ele para dizer isso? — Quanto a Francesco, eu acho...

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Adivinha quem sou — Eu não me importo sobre nada dele, Yanira. Só me prometa que você não vai vê-lo. Indignada respondo: — Você me perguntou sobre ele e... — Eu disse que não queria saber nada de Portofino. Irritada por sua atitude, soco a cama, e silvo furiosa: — Pode, por favor, deixar-me terminar uma frase? Merda! Que mania de me interromper ou aqui somente você pode falar? Minha reação o surpreende e ficamos quietos. Como diria minha avó: “Acaba de passar um anjo!”. Dylan sai da cama e caminha até a janela. Está irritado. Eu também. Os sentimentos fervendo dentro de mim me sufocam, mas não vou ficar com raiva. Eu me recuso. O tempo que passamos aqui eu quero aproveitar. Então eu pego minha camisa, visto, me levanto e aproximo-me dele. Dou-lhe um tapinha nas costas para olhar para mim e quando o faz, eu digo: — Acabo de vestir a camiseta das reconciliações. Seu olhar muda e sorri. Eu também, e finalmente nos beijamos. Quando separa seus lábios maravilhosos dos meus, murmura com cautela: — Desculpe-me. Estou muito feliz e respondo: — Está desculpado, mas esteja ciente que eu não gostei desta atitude machista, você me dá a entender que é muito possessivo. Dylan concorda. Ele não nega, pelo contrário, sussurra: — Minha mulher é só minha. Você não vai ter a menor dúvida. Eu sou sua mulher?! Volto a rir e ele, irritado, se dirige para o banheiro.

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Adivinha quem sou Porra... Porra... Com a minha risada. Eu o sigo. Está a escovar os dentes. Agarro sua cintura por trás e me apoio nele, enquanto o olho pelo espelho. Este homem é fascinante até escovando os dentes e, uma vez que termina, pergunto: — Você diz isso por quê me considera sua? — Sim. – responde sem hesitar um segundo. Sai do banheiro, e eu fico sozinha como um cogumelo. Mas... Mas... O que é isso de que sou sua? Disposta a continuar falando sobre isso, eu o sigo para o quarto, enquanto ele coloca uma música, de costas a mim, eu pergunto: — E desde quando sou sua? Virando-se para olhar-me, responde, deixando-me sem palavras: — Em meus olhos, você era minha a partir do momento que eu vi você na Starbucks com sua amiga. Na minha mente, você é minha desde que você trabalhou na cozinha e eu vi você sorrir. Na minha cabeça, você é minha desde que eu provei o creme que você tinha em sua boca naquele dia em que você caiu. Em meu coração, você é minha, pois, como uma leoa, fez amor comigo na loja. E, na minha vida, você é minha, desde hoje, tenho você para mim e me dei conta de que você é minha mulher. Pisco. Bufo e respiro fundo. Deus, como é doce! Não poderia ajudá-lo, passa pela minha cabeça todas essas comédias românticas que eu já vi na minha vida com Coral e eu ri. Viva o amor! Aqueles homens que aparecem nelas existem e eu tenho diante de mim o mais bonito e sexy. Ele espera pela minha resposta e, como sempre, eu vou e rio. Sou uma idiota! Dylan coloca os olhos em branco, se desespera. Eu não tenho a sua veia romântica, me jogo em seu pescoço, me penduro nele e digo:

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Adivinha quem sou — Você é meu, minha variedade de beijos de chocolate, morango ou qualquer sabor que você goste, é e será sempre para você. Meu Deus, que brega eu disse! Para me matar. Mas eu vejo que ele gosta, porque sorri, e eu acrescento: — Eu nunca fui romântica, Dylan. Mas eu quero que você saiba que eu me tornei apaixonada por você no primeiro momento que eu vi você. Estou com medo do que você me faz sentir, porque eu nunca acreditei no amor, mas não posso negar que eu gosto de ouvir como você diz coisas boas e eu não quero parar de sentir o que você faz comigo. Sim... Sem dúvida este foi melhor do que a variedade brega de beijos. Olhamos-nos... Tremo... Estou com medo do que eu disse. Eu nunca disse e nem aceitei um relacionamento assim, mas perco o medo quando meu moreno sorri e trás sua boca na minha. Ele me beija com delírio, com paixão, com loucura, como só ele sabe fazer. Morde meus lábios com prazer, me deixando louca, e, sem deixar minha boca, sussurra: — Caprichosa. Assento. Pela primeira vez na minha vida eu concordo que sou caprichosa e que eu estou apaixonada. E desejosa de meu maior capricho, eu roço meu nariz com o dele, e mimosa sussurro: — E agora eu quero que você faça amor comigo, me beije com sua boca maravilhosa, diga-me coisas belas, românticas e sensíveis, e que me faça disfrutar das seis fases do orgasmo. — As seis fases de orgasmo? Eu digo sim com a cabeça, beijou-o e respondo: — Agora mesmo eu explico quais são. Não é preciso dizer mais.

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Adivinha quem sou Ambos estamos nus, e apoiando-me na parede, ele segura com uma de suas mãos o meu traseiro, enquanto com a outra guia a ponta de seu pênis ereto ao centro de meu úmido desejo e canta: — Vou fazer amor como você pede. Eu vou te beijar até deixá-la sem fôlego, e direi-lhe todas essas coisas tão bonitas e românticas que me provoca, mas não afaste teus olhos dos meus. Quero ver como suas pupilas se dilatam, por e para mim, durante essas seis fases do orgasmo. Uauuuuu! Sim é para comer. Se há algo que me apaixonei nele, é essa sensualidade que coloca em tudo que faz ou diz. Dylan começa a dizer coisas incríveis que nunca ninguém me disse e eu o olho. Eu gosto. Olhamos-nos nos olhos e, definitivamente, vejo que suas pupilas dilataram e imagino que as minhas também devem ter dilatado. Quando sua dura e gostosa ereção está toda em meu interior, ele retrocede e, abrindo-me mais, me pergunta com voz grave: — Eu quero mais profundo, posso? Assento. Claro que ele pode... Mas quando ele vai, dou um gemido. Ele para e pergunta: — Doeu? Aceno de volta, mas quando vai recuar, eu o paro e peço: — Continue. — Eu não quero machucar você, querida. — Não vai me machucar. – ofegante em voz baixa. — É uma dor prazerosa. Uma dor gostosa. Siga. Não pare, eu sou sua. Sua coelhinha. Sua caprichosa. Não me deixe assim. Minhas palavras reconhecendo a sua posse oenlouquecem. Eu vejo isso em seus olhos. Cuidadosamente Dylan move os quadris para frente reintroduzindo lentamente e meu corpo

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Adivinha quem sou está aberto para recebê-lo. Como ele continua me dizendo coisas maravilhosas. O que é um prazer! — Não se mova nem um milímetro – sussuro com a voz entrecortada. Oh, Deus. Estou na fase seis, à assassina! Se se move, eu o mato. Dylan assente e, brevemente, o interior de minha vagina treme. Ela suga. Ele leva a penetração ao extremo de um jeito que nunca havia experimentado antes e, uma vez que o faz, sou eu quem se move exigindo que ele o faça também. Vendo que a minha atitude mudou, meu morenaço se move. No começo ele vai com cautela, mas depois de alguns segundos, mais forte. Estou presa contra a parede e ofegante em êxtase para receber o seu ataque seco e perturbador. Ele faz amor como eu pedi, com seu olhar. Eu me rendo a ele como seus olhos me pedem que me entregue. E quando o vejo morder o lábio inferior, fechar os olhos e jogar a cabeça para trás, eu acho que vou morrer de sabor e prazer. Sem descanso, ele me possui e eu o possuo. Nos pertencemos. Nós apreciamos a nossa loucura, até chegar ao orgasmo em uníssono e ficamos exaustos, mas felizes nos braços um do outro. — Solta-me se quiser. Peso e... — Não quero te deixar ir. Você é minha. Com um sorriso cativante, em seus braços, ele vai comigo para o chuveiro. Nós ficamos debaixo dele, e enquanto a água cai em nossos corpos e nós rimos, penso que nunca ninguém havia me feito tão feliz.

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Adivinha quem sou Capítulo 17 Dormir com você

O retorno para o navio é difícil e, ainda mais quando antes de entrar no porto, temos que nos separar para que ninguém nos veja juntos. Eu sei que Dylan caminha a alguns metros atrás de mim e isso me deixa nervosa. Sem vê-lo, sei que está olhando para mim e tenho que respirar e concentrar-me para não cair. Meu celular vibra. Uma mensagem: “Amei dormir com você.” Rindo, eu respondo: “E eu contigo, mas você ronca.” Sorrio e imagino que ele também sorri, quando meu celular vibra novamente. “Ainda não chegamos ao navio e eu já sinto saudades.” Que lindoooo! Teclei: “Assim você me terá sempre que quiser.” O celular vibra: “Sempre?” Eu rio e respondo: “ Não duvide.” Meu celular volta a tocar. “Estou ansioso para voltar a desfrutar das seis fases. Especialmente a da assassina. Hummm... Seu olhar era tão excitante...”. Solto uma gargalhada.

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Adivinha quem sou “Sua fase assassina também é muito sexy. Adoro quando você morde seu lábio inferior.” Meu celular vibrou novamente. “Se me disser isso de novo, voltamos já para o hotel!” Nosso jogo me diverte, me aquece, mas finalmente respondo: “Agora você tem que trabalhar.” Estou feliz por sentí-lo tão perto, apesar dos metros que nos separam. Foram as melhores vinte e quatro horas da minha vida. Dylan é tudo, até mesmo romântico! O celular volta a vibrar. “Meu pai sempre conta que conquistou minha mãe dizendo-lhe: "Luisa, odeio te ver partir, mas amo ver como você vai." Segundo ele, seu jeito de caminhar o encantava.”. Solto uma gargalhada e me surpreendo por me contar coisas tão íntimas de seus pais. Quero olhar para trás, mas não devo. Contenho-me e escrevo: “Meu pai conta que se apaixonou pela minha mãe quando ela lhe disse: "Holandês branquelo, volte para o seu país". Segundo ele, neste dia soube que ela era a mulher da sua vida.”. Imagino Dylan sorrindo e então eu chego ao ancoradouro, onde encontro com Coral, que, ao me ver, me agarra pelo braço e sussurra: — E aí, namoradeira? Incapaz de não olhar para trás, vejo Dylan a poucos metros de nós. Passa ao meu lado, toca dissimuladamente minha cintura e sinto seu perfume. Eu adoro. Me excita. Quando se afasta, eu respondo, olhando para minha amiga. — Foi incrível! Assim que estamos a bordo, cada um volta as suas obrigações e, durante horas, não faço mais nada a não ser pensar nele. Única e exclusivamente nele. Nessa tarde ensaio com a

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Adivinha quem sou orquestra e peço-lhes para essa noite incluirmos uma música e eles aceitam na hora. Quando acabamos o ensaio e saio para ir para a minha cabine, ouço alguém me chamar. Quando me viro, vejo Tony, e um pouco mais além, vários homens de terno. Uau, carne nova! Rapidamente, me aproximo com um sorriso e ele pergunta: — Como foi o seu dia de folga? E não minta para mim, porque ontem perguntei por você e um de seus colegas me disse que tinha saído com sua amiga Coral. Eu sorrio sem dizer nada sobre seu engano, respondo: — Ótimo. Marselha é linda. — O que você viu? Bem... Bem... Bem, agora você me pegou! Na verdade eu tinha visto um belo quarto e um homem maravilhoso, mas não estou disposta a lhe contar o porquê eu não havia visitado a cidade, eu digo: — Um pouco de tudo. – E acrescento: O típico da cidade, mas para nomes de ruas, monumentos e outras coisas, sou muito ruim. Nós conversamos por um tempo até que de repente Tony diz: — A propósito, meu irmão juntou-se a nós em Marselha. Venha, eu quero te apresentar. O gesto me decompõe. Ainda me lembro das “belas” coisas que eu disse a esse homem pelo telefone e ele a mim, mas não tenho escapatória e nos aproximamos do grupo de homens de terno... Eu vejo um deles encostado na murada, olhando o mar. É alto e moreno e está vestindo um terno escuro. — Omar. – chama Tony. Quando se vira, não se parece em nada com o que eu esperava. Pensava que seria um homem de idade avançada e me deparo com um de pouco mais de quarenta anos, muito, mas

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Adivinha quem sou muito atraente. Diferentemente de Tony, que tem olhos claros, ele tem olhos castanhos. Por alguns instantes, nos olhamos com curiosidade, até que pergunta com voz rouca: — Quem é esta dama encantadora? Dama? Uau... Que galante. — Ela é Yanira. – diz Tony. — E pelo que entendi, você não foi muito gentil com ela em Barcelona. Me sufoco. Lembro-me que o chamei de idiota, além de outras coisas piores. Eu não acho que ele tenha esquecido, mas contra todas as probabilidades, pega minha mão e beijando-a murmura: — Sinto muito por ter sido desagradável com você naquele dia. Acho que me pegou de mau humor e... — Está tudo bem. – eu interrompo sem dar muita importância. — Espero que você deixe-me fazer algo para mudar a má impressão que eu te dei. Com a minha mão ainda entre as suas, eu não sei o que dizer, quando Tony explica: —

Yanira

canta

na

orquestra

do

navio

e

faz

isso

muito

bem.

Omar assente, me encara com seus olhos castanhos, e, inclinando-se um pouco para ficar da minha altura, pergunta: — Que tipo de música você canta? — Um pouco de tudo. – respondo um pouco tímida. — Estar em uma orquestra exige que se adapte a todos os tipos de música. Ele sorri e, em seguida, Tito chama Tony, deixandonos a sós. Por alguns segundos, nós permanecemos em silêncio, até que, finalmente, insiste: — Sério, Yanira, gostaria muito que você mudasse sua opinião sobre mim. — Não se preocupe com isso. – insisto. — Entendo sua preocupação. Já te disse que também tenho irmãos e, por eles, às vezes, tenha que agir de uma forma que não é a que eu mais aprecio.

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Adivinha quem sou Omar sorri e eu sorrio de volta. Nós conversamos por alguns minutos. Nosso assunto alterna-se entre o navio e o mar. Sinto que me ouve, que presta atenção em mim e eu gosto disso. Mas quando olho para o relógio e vejo que horas são, digo rapidamente: — Me desculpe, tenho que deixá-lo. Começo a trabalhar em uma hora e ainda não comi e nem me maquiei. — Maquiagem? Você precisa de maquiagem? Lisonjeda com seu elogio, eu respondo enquanto ando: — Acredite ou não, eu melhoro muito depois de passar pela chapinha e maquiagem. Vejo que ele sorri e eu corro para a minha cabine. Estou com pressa. Mas ao chegar vejo Dylan à porta. Sua expressão não é alegre. Pelo contrário, parece irritado e olhando para ambos os lados, diz: — Abra e entre antes que alguém nos veja. Uma vez na cabine, me jogo em seus braços disposta a beijá-lo, mas ele me afasta e pergunta: — O que estava fazendo falando com esse cara? Eu sei a quem se refere e respondo: — Ele é irmão de Tony. Embarcou no navio em Marselha e... — Fique longe dele, ok? Sua voz... Seu gesto irritado e fúria me fazem dizer: — Vamos ver, o que há de errado, querido? Dylan quase não pode se mover. A cabine é tão pequena que ao mover-se, arrisca a bater em alguma coisa. — Mantenha-se longe dele. – Repete.

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Adivinha quem sou — Pelo amor de Deus! – Eu protesto. — Você e eu começamos um relacionamento, mas não leve isso de que sou tua ao pé da letra, porque eu sou uma pessoa muito sociável e eu gosto de conversar com todo mundo, entendeu? — O que? — O que você ouviu, Dylan! Por favor, não vamos brincar com o que temos. Meu moreno me olha. Seu olhar me diz alguma coisa, mas sou incapaz de decifrar o que é. Respira e toma um fôlego. Não diz nada e, finalmente, eu o abraço e sussurro: — Eu gosto de você, você gosta de mim e nós estamos bem. Eu não preciso de ninguém mais. Só você, ok? Ele assente e percebo que seus ombros relaxam. Parece que lhe fica claro o que eu digo e beijando-me, diz: — Abra a porta e veja se tem alguém. Eu tenho que voltar ao trabalho. Faço o que ele pede e quando vejo que a barra está limpa, aviso e ele se vai depois de um beijo rápido. Eu sorrio, ainda que esteja preocupada com sua desconfiança.

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Adivinha quem sou Capítulo 18 Entre as minhas memórias

Passaram três dias e o humor de Dylan vai de mal a pior. Tudo o incomoda. Não há um só momento em que nos vemos e não acabamos discutindo, embora eu admita que ele é que vai adiante de mim. Explode como uma bomba, mas depois de um tempo se esquece e faz amor com paixão e doçura. Isso me deixa perplexa, porque quando eu fico com raiva, fico com raiva. Às vezes tenho a sensação de que há algo que não o deixa viver. Ele não me conta, e até que ele faça isso, eu não vou poder ajudá-lo. E eu quero fazê-lo. Eu tento perguntar da sua vida, mas ele se fecha. Não há nenhuma maneira de transpassar sua casca dura. Hoje à noite no barco tem uma Festa Branca. Isso significa que todos nós vamos de branco, trabalhadores, tripulação e passageiros. Para tentar trazer um sorriso ao seu rosto, eu envio uma mensagem para seu celular. Venha me ver às 23h30. A canção que eu vou cantar é para você. Durante uma hora canto com a orquestra e os meus colegas. Nós nos divertimos. Nós rimos, dançamos e as pessoas passam um grande momento. As 23:25, quando vejo Dylan chegar, eu sorrio. Não falhou. Veio ouvir a música que eu vou dedicá-lo. A canção que Berta está cantando acaba apenas alguns minutos mais tarde, e depois dos aplausos do povo, começam a soar as primeiras notas da música que vou cantar. As luzes se apagam e um foco me ilumina quando eu começo a mover os quadris em um ritmo sensual. Eu fecho meus olhos para imaginar Dylan deslizando as mãos em volta da minha cintura e começo a cantar, Sabor sabor, de Rosario Flores. Uma música que é uma mistura de bossa nova, flamenco e pop. Encanta-me a música e sempre que a canto coloco arte e sensualidade para interpretar.

“Oh, sabor sabor, a fresa y a limón, a mermelada de miel de abeja sabes hoy. Sabor sabor, de rojo melocotón sabe tu piel cuando te beso, sin saber que hablo de mis dulces sueños que reparto en cada parte de tu cuerpo”

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Adivinha quem sou Eu balanço meus quadris e as mãos para cantar, enquanto as pessoas dançam abraçadas. Eu me deixo inundar pela melodia, sentindo o olhar do meu céu, imaginando beijar sua pele de bombom, enquanto ele compartilha doces beijos por todo o meu corpo.

Eh, eh, sin saber que es una trampa con cepo cada rincón, cada línea es un verso.

A luz enche o salão ao aumentar a intensidade da música e sorrio ao ver meu menino em êxtase me observando, com os olhos fixos nos movimentos do meu corpo, enquanto escuta minha voz através dos alto falantes. Quero que sinta que fazemos amor, mesmo à distância e sua expressão me deixa saber que o sente. Isso me encanta e me excita. Nossos olhos se encontram por um segundo e vejo a curva dos cantos dos lábios. Ele sorri. Ele gosta da música. Compreende sua mensagem. Ele sabe que a canção é para ele e isso é muito para ambos. Eu estou feliz! Ele sorriu! Subo as mãos, toco o meu cabelo e sorrio também. Movo meus quadris e ombros no compasso da música e desfruto da sensação que Dylan e essa canção me provocam. Quando termino, as pessoas aplaudem. É a recompensa pelo meu trabalho, mas quando eu olho para onde estava o homem pelo qual estou apaixonada, ele se foi. Mas o que acontece com o meu amor? Quando fazemos o primeiro intervalo para descansar, Omar, o irmão de Tony, está ao meu lado e me oferece água. É muito detalhista. — Você tem uma voz incrível, Yanira. — Obrigada. – Digo sorrindo. — Você sempre atuou em cruzeiros? — Não. Esta é a primeira vez. Geralmente, eu trabalho em hotéis. — Tem uma demo gravada? Isso faz-me rir. Eu nunca tive dinheiro para isso e respondo: — Não. Omar acena com a cabeça e, para minha surpresa, explica:

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Adivinha quem sou — Eu tenho alguns amigos em Los Angeles, que são produtores musicais e eu acho que eles gostariam de ouvi-la. Quando eu voltar da minha viagem, vou falar com eles. Interessada na ideia? Meu Deeeeeeeeeeeeeeus... Produtores musicais? Como não vou estar interessada? Sorrindo, eu digo sim encantada. Se alguém da indústria me escutar seria uma grande oportunidade. — Te agradeceria muito, Omar. Tanto se disserem sim ou não. Omar sorri e vamos para o convés para continuar a falar. Estou ciente de que, se Dylan ver isso irá se incomodar. Tal como está ultimamente, qualquer um que respire ao meu lado lhe incomoda. Mas a conversa com Omar me interessa e ele vai entender, quer ele goste ou não. Por um tempo, conversamos sobre música. E eu quase caí quando ele disse que conhece os produtores de Ricky Martin, Marc Anthony e Seal. Eu já não dou pé com bola. Apenas mencionar esses astros fazem-me nervosa e um arrepio percorre todo o meu corpo. Vendo isso, Omar retira a jaqueta branca que está vestindo e educadamente e a coloca sobre meus ombros. — Melhor? Assinto e respondo: — Sim. Obrigada. Por um momento, nós nos olhamos em silêncio. Seu olhar me enerva e me faz lembrar de alguém. E nesse instante, como que do nada, Dylan aparece e se lança sobre ele. Ele dá vários socos e eu começo a gritar apavorada. Omar não fica parado e eles começam a se agredir sem piedade. Felizmente, alguns passageiros aparecem rapidamente, depois deles, Tito e Tony, que ao verem se metem no meio e os separam. Eu não sei o que fazer, estou confusa, e então eu ouço Dylan gritar descomposto: — Volte a se aproximar dela desse jeito e eu juro que te mato. Vários passageiros aparecem. Momentos depois, aparecem Rançoso e o chefe de Dylan. Merda... Merda... Merda... O desastre está feito!

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Adivinha quem sou Horrorizada, eu vejo o carrancudo rançoso olhar para mim e começa me pedindo explicações. Não sei o que dizer. Dylan não fala, somente fica olhando para Omar com ódio, enquanto todo mundo opina. De repente vejo o chefe de Dylan, trocar umas palavras com ele, pega rançoso pelocotovelo e o leva. Ufa! Momentos depois, Tito pede as pessoas para dispersarem. O show acabou. Mas eu estou espantada. O que aconteceu? Ficamos somente Omar, Tony, Dylan, Tito e eu. Eu olho perplexa. Eu não sei o que fazer! Sinto-me culpada por ter causado tudo isso. Dylan, com o lábio sangrando, não para quieto. Mal diz uma e outra palavra e grita com Omar que ele pediu por isso. Sua possessividade me assusta. A maneira como ele fala de mim para os outros, sinto que sou algo totalmente seu e intocável. Não. Definitivamente, eu não gosto do que estou ouvindo. De repente, eu percebo que eu sou invisível para eles. Discutem tanto em Inglês como Espanhol e, apesar de eu entender ambas as línguas, custo raciocinar perante seus gritos exaltados, até que ouço Omar dizer: — Você acha que não iria te encontrar? — Vai a merda, Omar... Eu lhe disse para me deixar em paz. Eu franzo a testa. Se conhecem? Mas ei, o que é isso de que já se conhecem?! — Eu não lhe disse. – diz Tony. — E nem Tito. Eu prometo a você, Dylan. Meu bombom, de aspecto selvagem e limpando o sangue em seu lábio, responde com cara de poucos amigos: — Eu acredito em você, Tony, não se preocupe. Mas faça-me um favor, eu preciso que desapareçam da minha vista o quanto antes. Especialmente ele. Omar solta uma gargalhada e murmura: — Você está sendo idiota, Dylan. Meu Deus, o chamou de idiota? Eu não sei o que fazer.

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Adivinha quem sou Alguém me explica o que está acontecendo aqui! Tony, que tinha até agora se mantido calmo, dá um passo a frente e diz: Se alguém aqui pode faze-lo voltar para casa, esse é Tito. Você, Omar, claro que não. Dylan solta um palavrão dos mais desagradáveis, que falta o ar. Eu olho para ele. Ele não parece me ver e, olhando para Tito, grita, levantando um dedo: — Eu já disse mil vezes que eu não vou voltar para casa. — Seu pai e todos os outros precisam de você, Dylan. Como?! Conhecem seu pai?! Eu vou dizer alguma coisa, mas as palavras me escapam. Cada vez estou mais confusa. Preciso que alguém me esclareça o que está acontecendo. Meu índice de aborrecimento está chegando ao topo e eu pareço estar vivendo uma novela, dessas como as que minha avó Nira seria a mulher mais feliz do mundo assistindo. Sei menos ainda o que pensar quando Tito diz: — Isso tem que ser resolvido de uma vez por todas, pessoal. Levamos esta situação há quase dois anos. Se continuar assim, vai matar o pai de vocês. Pai deles? Será que disse pai deles? — Com o pai falo ao telefone umas duas vezes por mês, Tito. – Dylan rosna e ao ouvi-lo, Omar remove o lenço que tem no nariz ensangüentado e assobia: — Papai foi quem pediu que te levassemos de volta para casa, idiota! Vamos lá... Vamos lá... Vamos me dar algo! — Você não fala comigo, Omar... – Grita Dylan, com raiva. O outro dá um pontapé em uma mesa de plástico, que disparou para o outro lado do convés e finalmente assobia: — Sentimos sua falta, é por isso que estamos aqui. — Eu disse para você não falar comigo! – Dylan grita. Vendo que meu bombom se lança sobre ele de novo, tento segurá-lo e, nesse momento Tony diz alterado: — Quando é que você vai parar com isso?! – E, olhando para eles, ele acrescenta: — Eu tenho vergonha de vocês dois. Somos irmãos. Nós três somos irmãos, caramba!

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Adivinha quem sou Oh, Deus! Eu fico enjoada. Eu acho que vou cair a qualquer minuto. Solto Dylan e sento em uma rede ou eu juro por meu pai que eu vou desmaiar. Ele, pela primeira vez está ciente de que estou aqui me interando de tudo, esclarece: — Meio Irmãos. Silêncio. Não há nenhum som exceto a brisa do mar. Dylan e eu nos olhamos sem falar e depois ouço Tito dizer: — Se minha irmã Luisa ouvisse isso, morreria de tristeza. Luisa. Esse era o nome da mãe de Dylan. Então Tito é tio de todos? Não é o amante de Tony? Cada vez mais perplexa e espantada, eu mal posso respirar. Isto é surreal, mas Tito continua: — O que aconteceu com vocês? Os Ferrasa eram um exemplo de família, irmãos, de união. Será que as suas diferenças são tão irreconciliáveis que...? — Sim. – Dylan grita com raiva. Então Omar levanta-se e apontando para ele, sussurra: — Você é um rancoroso, como o pai, e... Ele não pode terminar a frase, pois Dylan joga-se de volta contra ele e, tomando-o pelo peito, murmura totalmente fora de si: — Cala a boca, idiota. Eu tremo. Oh, Deus... Oh Deus... Cada vez eu entendo menos. No entanto, esquecendo de mim, eu saio da rede e ajudo Tony e Tito a separá-los. Não há tempo para desmaiar. Dylan me assusta. Ele parece completamente desconexo e quero que se acalme. Preciso que ele se acalme. No final, Tito leva Omar aos tropeções para fora e só restaram Tony, Dylan e eu, e incapaz de manter o silêncio, pergunto com um fio de voz: — São seus irmãos? — Meio irmãos. – Dylan insiste. — Irmãos de toda uma vida. Corta essa, Dylan, porra! Rosna Tony. Estou impressionada. Assustada. Atordoada...

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Adivinha quem sou Dylan levanta-se e, sem me permitir que o siga, sai deixando-me sem saber o que fazer. Quando eu fico a sós com Tony, eu olho e sussurro: — Agora mesmo você vai me dizer o que aconteceu aqui. Ele se senta em uma cadeira. Leva as mãos à cabeça e encolhe os ombros. Dá-me muita pena e corro para abraçá-lo quando ele começa a chorar. Ficamos assim por alguns minutos até eu conseguir que se acalme um pouco, e então ele diz: — Minha mãe, Rosa, morreu quando eu nasci. Omar tinha dois anos. Alguns meses depois, Luisa apareceu em nossas vidas. Meu pai e ela se apaixonaram e se casaram. Quando Omar tinha quatro anos e eu dois, Dylan nasceu. Nós sempre fomos uma família unida, porque a mãe era o elo entre todos, apesar de suas separações com o pai e suas muitas viagens. E o dia que ela morreu... Tudo desabou. Mamãe era... – Ele se emociona e murmura: — Ela insistiu na cirurgia, mas algo deu errado com a anestesia e... — Sinto muito, Tony. – Digo, tocando seu braço e para que não siga falando. Ele, enxugando as lágrimas, olha para mim e acrescenta: — Dylan... É médico. — O que?! — Cirurgião. — Cirurgião? — Especificamente, cirurgião cardíaco. Vendo a minha confusão, Tony balança a cabeça e continua: — O homem que você conheceu trabalhando na manutenção deste barco, pintando grades ou consertando chuveiros ou calhas ou lâmpadas é o Dr. Dylan Ferrasa. Um dos cirurgiões cardíacos de maior renome de Los Angeles. Dylan estava ausente quando a mãe decidiu adiantar sua operação e Omar o culpou de sua morte por não estar lá naquele dia. E eu sei que Dylan também se sente culpado por isso. Depois de um silêncio em que eu processo toda essa informação como eu posso, Tony acrescenta: — Desesperado pela morte da mãe, meu irmão deixou tudo e desapareceu. Eu encontrei-o há um ano em um navio na Antártida e ele se recusou a voltar. Mas meu pai ficou mais velho e todos precisamos que volte para casa para recuperar a normalidade em nossas vidas. Dylan não deve sentir-se culpado por algo que ele não tinha nada para fazer. Omar sabe disso também, mas eles são tão iguais que são incapazes de falar e resolver o mal-entendido. Assinto enquanto sinto que estou branca como um lençol. O cara que estou apaixonada, trocador de lâmpadas do barco e que me chama de caprichosa, que diz que eu sou sua, dança comigo no escuro e que há poucos minutos eu dediquei uma

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Adivinha quem sou música, é um cirurgião famoso. Então, quando me lembro de como se cuida e protege suas mãos, eu entendo tudo. Naquele momento minha parceira Berta aparece e, olhando para mim, prgunta: — Yanira, pelo amor de Deus. Estamos esperando há dez minutos. O que você está fazendo? A apresentação! Com toda essa confusão tinha me esquecido. Eu olho para Tony e, dando-lhe um leve beijo na bochecha, eu digo, antes de correr atrás de Berta: — Quando terminar o minha presentação, buscarei Dylan e falarei com ele. — Uma última coisa, Yanira. – aponta Tony — É o menos importante neste momento, mas quero que você saiba que nem Tito nem Dylan nem eu somos gays. Isso me faz sorrir, eu jogo um beijo e saio correndo. Quando subo no palco e a música começa a tocar, tento concentrar-me, mas não consigo. O que acabo de descobrir sobre meu menino é tão incrível que canto por inércia e, pela primeira vez na minha vida, não desfruto do que estou fazendo. Essa noite, quando acabo a atuação, chamo Dylan, mas ele está com o telefone desligado. Mando centenas de mensagens para me ligar, mas isso não acontece. Determinada a encontrá-lo de qualquer forma, pergunto a seus companheiros, mas ninguém o viu. Eu volto para o convés, onde eu estou sem saber o que pensar, intrigada. Ele não poderia ter ido embora. Estamos no meio mar e ele não é tolo o suficiente para se jogar. Preocupada, eu vou para a minha cabine e, ao chegar e fechar a porta, vejo que Coral não está. Deixou-me um bilhete que diz: Toda a cabine para você. Aproveite com seu bombom. Se ao menos eu soubesse onde ele está. Suspiro e deslocada, me sento na minha cama. Cirurgião? Cirurgião Cardíaco? Volto a ligar, mas nada, seu celular está desligado. Me dá agonia. Agora eu entendo a sua relutância em falar sobre sua família. Agora eu entendo o seu desconforto nos últimos dias ao ver Omar no barco. Agora que sei que não é quem eu pensava, o medo de perdê-lo começa a apertar. E se tudo que temos vivido é uma mentira? E se só desempenhou um papel? Olho para o relógio. São 03:12 da madrugada.

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Adivinha quem sou Preciso dormir ou amanhã estarei derrotada. Eu abro a necesseire, pego as toalhinhas demaquilantes e começo a limpar meu rosto e pescoço. Quando termino, tiro a roupa e coloco uma calça e uma camiseta de alças finas. No momento em que estou prestes a ir para a cama, alguém bate na porta. Sem me importar com minha aparência, abro a porta e meu corpo relaxa em vê-lo. Meu menino. Meu moreno. Meu Dylan. Sem falar, agarro a mão dele e o faço entrar para que ninguém nos veja. Uma vez que eu fecho a porta, Dylan me abraça e eu o abraço. Preciso que sinta meu calor e sentir o seu. Estou confusa e ele também. Eu sei. Percebo isso e de repente tenho medo. Nós continuamos abraçados por um tempo sem falar, até que, ao me separar dele, me fixo em seu lábio ferido e franzo a testa. Meu menino. Não sei o que dizer. Estou tão confusa com tudo o que eu nem sei por onde começar as minhas perguntas. Então ele murmura: — Eu sinto muito. Desculpe não ter dito a verdade sobre quem eu sou. Está tão confuso quanto eu e respondo: — Claro, você não é o cara de manutenção que eu pensava, mas o Dr. Dylan Ferrasa. Ao ouvir isso, meu moreno não gosta. Sua expressão é estranha. Desesperada. Eu sei que ele ainda está preocupado e tomando meu rosto em suas mãos, murmura: — Continuo sendo Dylan. A mesma pessoa que você conheceu, ok, querida? – Concordo com a cabeça e ele continua: — Ainda quero conhecer você e preciso dar explicações para o que tinha escondido e você descobriu hoje. Agora, se você quiser ouvir e... Claro que quero ouvir. - o corto. — Por que não iria querer? Seu sorriso se alarga. Sinto que a minha reação removeu um grande peso dele e ele sussura: — Meus sentimentos por você ainda são os mesmos de ontem ou anteontem. Isso não mudará nunca, certo? Assinto com a cabeçca. Não quero duvidar. Recuso-me! Deixo que me abrace, que me aperte contra ele, e, sem saber bem o porquê, o aconselho: — Deveria resolver o problema com seu irmão e seu pai. Eles... Seus músculos tensionam e noto que se afasta de mim. Enconsta-se na porta e, me cortando, me solta: — Não comece agora. Por hoje eu tive o suficiente.

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Adivinha quem sou Sua voz de comando e controle me faz calar a boca. Eu responderia, mas às vezes, como diz meu pai, uma retirada a tempo é uma batalha ganha, e eu acho que esta noite o melhor é ficar quieta. Mas ao ver que eu não digo nada e não deixo de olha-lo, Dylan pergunta: — O que acontece? — Nada. Nada acontece. — Por que você está me olhando assim? Seu tom de voz e seus olhos, deixam-me saber que vamos discutir. Ele deseja isso. Acho que sabe que não está me respondendo bem e digo: — Está nervoso. Deixemos por hoje e conversamos amanhã. Além disso, Coral vai passar a noite fora e tenho a cabine para mim... — Gostaria de pedir que não falemos do assunto. E suplico que, por uma vez em sua vida, você seja carinhosa comigo e diga-me algo agradável. Eu preciso disso. Suas palavras me tocam a moral, mas disposta a não discutir, me calo; no entanto, o meu sorriso aparece sozinho e ele lamenta: — Eu odeio quando você sorri quando não deveria. Foda-se! Ele está certo, não é hora disso. Eu vou pedir desculpas quando ele sentencia: — O que você fez é uma enorme falta de respeito. Minha paciência diminui a cada protesto dele. Percebe-se que tem que discutir, sim ou sim e, finalmente, bufo e resmungo impotente: — Você está me chateando. É isso que faço e Dylan explode como uma cafeteira. Descontente, começa a censurar-me por causa de Omar, inclusive que eu não deveria ter saído com ele para a cabine. Ouço alucinada até que ouço-o dizer: — Omar não te escutará cantar. Eu não me importo dele ser um produtor musical. Você não trabalhará para ele. Omar é um produtor musical? Novamente fico impressionada, mas como posso, respondo: — Dylan, quanto a isso... — Eu não vou permitir, ouviu? O sangue me ferve. Ah, não... Isso certamenteque não e grito:

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Adivinha quem sou — O que? — O que você ouviu. Você não vai para Los Angeles e muito menos trabalhar com ele ou qualquer um dos seus amigos. Tentando entende-lo e que me entenda, eu digo: — Ele e seus companheiros talvez possam ajudar a minha carreira musical e... — Não. Eu me recuso. Atordoada, estremeço e vocifero: — O que você recusa? Como você se recusa? – E, como um tufão prestes a destruir uma ilha, silvo: — Olha, bonito, você mentiu para mim sobre quem você é e o perdoei, porque eu gosto de você, e muito, embora não te diga palavras doces, como você quer. Você veio ao meu quarto, abri a porta e abracei você, mas não permito que me diga quais pessoas devo conhecer e quais não e ainda mais se tratando de minha carreira musical, entedeu? – Dylan não responde. Seu olhar é febril e continuo: — Se alguém aqui pode estar chateada ou com raiva sou eu. Você não me disse quem era. Você tem escondido sua profissão. Tendo seu irmão e seu tio no barco me fez acreditar que eram simples passageiros. Então, cuidado com o que você diz ou proibe, porque aqui se alguém tem que dizer alguma coisa ou reprovar algo sou eu, e não o contrário, entendido? Minhas palavras não lhe agradam. A mim as dele também não, e antes que possa contar até três, abre a porta da cabine e vai embora. E não. Eu não vou atrás dele.

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Adivinha quem sou Capítulo 19 Escondidos Às cinco da manhã, eu continuo me revirando na cama. Eu não consigo dormir. Não consigo parar de pensar no Dylan e em tudo que descobri sobre ele. Eu sinto fome e minha barriga começa a roncar. Sempre acontece quando eu estou acordada há essas horas. Eu tento ignorar, mas continua e continua... Então decido ir a cozinha procurar por algo, se eu não comer não conseguirei dormir. Ponho um vestidinho de algodão e me dirijo a cozinha. Quando chego cumprimento o cozinheiro e o camareiro que estão de plantão, eles me contam que a noite está tranquila, os dois estão meio sonolentos sentados em poltronas. Eu me despeço deles e ando na direção em que sei que estão as sobremesas, abro a geladeira e vejo vários tipos de tortas. Eu escolho a de nata, corto um pedaço, ponho num prato e saio. Está amanhecendo, mas a escuridão ainda reina ao meu redor. Eu estou sozinha e me apoio na grade da varanda para comer a torta. A primeira mordida tem gosto de glória. Definitivamente. Quando eu vou para colocar a segunda colherada na boca, noto que algumas mãos me agarram pela cintura e alguém diz no meu ouvido: — No jogo de hoje somos dois estranhos. Não há amor, nem palavras carinhosas, você é uma mulher e eu sou um homem com desejo de sexo que te leva a um lugar e se diverte com você. O que você acha? Arrepio-me. É Dylan. Ele bebeu. Não está bêbado, mas sua respiração me faz pensar que talvez tenha bebido demais. Sem esperar resposta, me pega pela mão e me leva a uma porta. Eu não me solto e deixo que ele me guie, entramos em um quarto onde há varias máquinas que produzem um barulho ensurdecedor e

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Adivinha quem sou cujas luzes verdes, amarelas e vermelhas iluminam ambiente. Vejo que Dylan fecha a porta por dentro e em seguida, vira-se apoiando na porta e pergunta: — O jogo que eu te proponho te excita? Hesito. Sua aparência é intimidante, me aproximo dele para que ele me escute apesar do ruído, busco uma explicação. — O que você realmente quer jogar? Ele sorri e sem se aproximar, percorre meu corpo com olhar de desejo. — Você me propôs um dia jogar o jogo dos personagens, lembra-se? Concordo com a cabeça e ele acrescenta enquanto se aproxima de mim: — Esta noite você vai ser uma coelhinha assustada e eu um lobo faminto por ação. Eu quero sexo, poder, prazer e ação. Nada de coisas doces e açucaradas. Eu vou abrir as suas pernas e vou-te foder até partir você em duas e nós dois vamos nos satisfazer porque esse é o jogo. Boquiaberta e excitada com o que ele propôs, eu vou falar quando ele tira o prato de torta da minha mão e me levanta me sentando sobre uma plataforma metálica e enquanto seu olhar passeia pelas minhas pernas pergunta: — Está preparada? Disposta a fazer isso, eu digo que sim com a cabeça e, em seguida, ele fala com uma voz dura: — Vamos, coelhinha, me beija! Sem saber o que fazer eu acaricio suas bochechas, pálpebras e o ouço suspirar, passo a mão pelo pescoço dele e delicadamente o trago até mim. Eu preciso disso, eu preciso do meu amor. Dylan olha para mim, me come com o olhar e eu o beijo. Dou centenas de beijos carinhosos no seu rosto, enquanto o ruído das máquinas continua e acelera, eu o beijo com ternura, docemente, ele tem um corte nos lábios e eu não quero machucá-lo.

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Adivinha quem sou Durante vários minutos ele não se mexe. Sou eu que me ocupo de mimá-lo, beijá-lo, acariciá-lo, até que de repente, ele me segura pelo cabelo e me imobiliza e, encostando sua boca sobre a minha, murmura: — Nós lobos beijamos assim. Ele enfia a língua na minha boca de maneira brutal. Com seu lábio ferido, acredito que esteja doendo. Ameaço me retirar, mas ele não deixa. Obriga-me a beijá-lo com a boca bem aberta, enquanto sua língua me invade e eu só consigo respirar. Quando ele enfim me solta, eu olho pra ele e vejo que sorri. Ele tira o meu vestido de algodão sem hesitar e o joga em um lado. Eu fico só de camiseta e shortinho. Dylan não diz nada, só me observa embriagado pelo momento, até que segura minha camiseta e rasga ela com um forte puxão antes de se lançar em meus peitos. Me morde, me chupa e , quando me queixo da sua ansiedade, me olha e, agarrando meu shortinho e também o rasga com precisão e, com um gesto de grosseria que me provoca e me deixa de sangue quente, murmura: — Assim que eu vou te rasgar por dentro quando te for foder, coelhinha. Aqui você pode gritar o quanto quiser. Ninguém vai te ouvir exceto eu, que morro por escutar você. Eu fico sentada com a camiseta e os short destroçados. Nossos olhares se encontram e, com o seu desafiante, pergunta, se aproximando de mim novamente: — Continuamos jogando? Assinto sem hesitar e Dylan exige: — Tira minha roupa. Desço do balcão que sentei e faço o que ele me pede. Para mim é um prazer peça a peça vai caindo ao lado do meu vestido. Tento beijá-lo, mas ele não deixa. Me proíbe e quando está nu e vê minha cara de prazer, diz, me dando um tapa seco no traseiro:

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Adivinha quem sou — A coelhinha tem que estar assustada com o que vê. Intimidada com as intenções do lobo, Isso faz parte do jogo de hoje. – Digo que sim com a cabeça e tiro o sorriso da cara, então ele ordena: — Deita. Faço que ele me pede. A plataforma de metal está fria e Dylan sabe, mas eu não desobedeço. Ele tira o resto da minha camiseta e short sem maiores esforços e, uma vez que estou nua, aproxima seu pênis da minha cara e murmura em voz baixa: — Não resista. Nossos olhos se encontram e eu sei que isso é o que ele quer. Resistência. Aperto os lábios. Dylan aproxima seu pênis da minha boca, mas eu não o aceito. Ele me da um puxão de cabelo. Isso me excita mais ainda quando, depois de forçar um pouco, seu pênis acaba entrando na minha boca, exige: — Chupa! Eu faço. Fecho os olhos e aproveito o nosso jogo selvagem. Dylan me inclina, me faz colocar uma perna no seu ombro e sem delicadeza, introduz dois dedos em mim. Eu suspiro enquanto noto o quanto estou úmida. Não sorri. Só me olha e começa a me masturbar ao mesmo tempo que move as cadeiras para introduzir mais o seu pênis na minha boca. Eu chupo ansiosa. Seus olhos me fazem ver o quanto ele está com tesão. O quanto ele gosta desse jogo rude. Enlouquecida, ponho uma das mãos em seu traseiro. É duro, firme. Desfrutando o que esta fazendo entre as minhas pernas, empurro sua bunda para que seu pênis entre e saia da minha boca uma e outra vez. Sua pele é suave e seu sabor é gostoso, estou ficando louca com a nossa festa. Ele é rude. Eu, suave. Mas eu gosto do jogo que ele propôs e não quero parar. Com ternura, mordo a ponta do pênis para logo colocá-lo inteiro na boca e apertá-lo com os lábios enquanto ele me masturba e exige que eu não pare. Que continue.

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Adivinha quem sou Com a mão livre segura minha cabeça, apertando ela contra seu pênis, e sinto que chega à garganta. Mas aguento, tolero essas investidas, enquanto ele me pede com a voz áspera que eu não me mexa. Quando enfim tira seu pênis da minha boca, quero mais. Dylan está duro, muito duro e gritando para que eu escute: — Agora, coelhinha, me mostre com doçura a sua intimidade, me seduza. Sei ao que ele se refere com “Me seduza”. Quero sorrir, mas não posso. Meu papel de coelhinha assustada tem que continuar, mas a coelhinha acordou. Vejo a torta que eu tinha antes nas mãos e, com o dedo, pego um pouco de nata. Esfrego um pouco no meu mamilo direito e depois no esquerdo. Logo pego mais nata, levo minha mão até entre as pernas e me masturbo com ela. Masturbo-me para ele, para mim, para os dois, enquanto, ofegando, vejo sua excitação. Dylan me olha, toca o pênis, abre mais minhas coxas e ordena: — Continua... Não para! Sua atitude é intimidante, severa, inflexível, mas me excita. Continuo me tocando, me masturbando, enquanto mordo os lábios até que não aguento mais e sussurro: — Sou sua. Dylan retira minha mão do meio das minhas pernas e encosta sua boca com grosseria na minha umidade. É o que eu quero. O que sem falar eu exijo e entrego. Chupa-me sem mimos e sem delicadeza. Morde meu clitóris. Devora me com violência e me faz chegar ao sétimo céu, enquanto aperta meus seios, me provocando uma mistura de dor e prazer. Não quero que pare. Quero que continue, enquanto me inclino na mesa improvisada me apoiando na coroa e nos calcanhares. Mmmmm... Que prazer!

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Adivinha quem sou Afundo os dedos no seu cabelo escuro, o aperto com ânsia contra mim e me rendo a sua boca. Sua quente e molhada língua traça círculos lentos e rápidos ao redor do meu clitóris já inchado e quando eu tremo e fico ofegante, a afunda dentro do meu sexo. Derreto-me. Acho que vou explodir em mil pedaços se ele continuar fazendo isso. Não para. Meus suspiros se transformam em gritos e me reviro sobre a plataforma enquanto ele continua seu maravilhoso e devastador ataque e me imobiliza para que eu não feche as pernas. Me tem a sua mercê, para o que queira e, sufocada pela sensação, grito e respiro entrecortado. Quando ele abandona meu sexo, procura de novo a minha boca, onde sua língua encontra a minha, e ao se encontrarem se entrelaçam apaixonadas, O escuto gemer, enquanto noto o sabor do sexo na minha boca e seu tremor sobre mim me deixa louca. Acho que ele vai alcançar o clímax, mas não, ele resiste, e quando os tremores passam noto que recuperou o controle do seu corpo, me olhando nos olhos murmura: — Isso vai ser muito intenso. Estou a ponto de gritar de alegria, mas não o faço. Tento

não

sorrir.

A

coelhinha

tem

que

estar

assustada

e,

inconscientemente, fecho as pernas para seguir com o jogo e negar acesso a ele. Dylan sorri ao perceber. Que ladrão! Mostra a língua e sem introduzi-la na minha boca, passeia com ela lentamente pelos meus lábios. Estou ardendo. Seus dedos apertam minha cintura e, aproximando-se do meu ouvido murmura: — No se preocupe, coelhinha, eu vou te foder como você gosta. Se abra para mim ou eu vou ter que te forçar e te ouvir gritar.

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Adivinha quem sou O que ele diz me excita. Que ele me force sabendo que é um jogo me põe a cem, mas decido ser condescendente e me abrir para ele. E quando acho que vai dizer algo mais, me penetra com um demolidor movimento de cadeira, ele ruge e eu grito surpresa. A penetração é tão forte e profunda que o ar abandona meus pulmões. O ruído das máquinas abafa nossos sons. Ali ninguém nos ouviria. Meu grito o excita. Eu vejo no seu olhar e sei que ele quer que eu grite mais. Me olha e, quando vê que eu recupero o ar, me arrasta mais até seu pênis e me apertar com violência. Eu cravo minhas unhas nas suas costas com desespero. Sua loucura me excita. Os dois queremos mais profundidade. Grito de novo de prazer, enquanto ele suspira e inclina a cabeça procurando minha boca. Seu corpo relaxa e o meu e prepara para uma nova investida. Esta chega e eu grito... Dylan sai de mim e volta a entrar com força. Suspiro... Ele abandona meu corpo e, antes que volte a entrar, grito exigindo mais. Uma ânsia feroz se apodera de nós e, como dois animais nos entregamos ao deleite de nossos corpos sem pensar em absolutamente nada que não seja dar-nos prazer como autênticos selvagens. Grito. Ele ruge. Não podemos e nem queremos evitar e desabafamos fazendo. Como regra geral, eu nunca me permito gritar assim. Eu não gosto que ninguém me escute, mas aqui eu posso fazê-lo. Aqui eu posso liberar essa adrenalina que o sexo duro com o meu amor me provoca e eu não hesito em disfrutar dessa liberdade como ele faz. Olho seus preciosos olhos e vejo que tem as pupilas dilatadas. Suponho que as minhas estejam igual e volto a gritar ao recebê-lo em meu interior.

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Adivinha quem sou A mistura de dor e prazer é indescritível. Nunca havia sentido algo assim. Nunca tinha feito amor com essa entrega, nunca quero deixar de fazer assim. Um novo impulso atinge o fundo do meu ser. Seu gemido bronco pelo esforço me arrepia, mais ainda quando murmura se apertando contra mim: — O jogo é pra aproveitar, coelhinha, está aproveitando? Não respondo. Não consigo. Um grunhido forte sai da sua garganta e Dylan acelera suas investidas. Enlouqueço. Não sei se posso mais. Logo, um delicioso choque de prazer nos percorre e trememos. O desafio do seu olhar deve ser como o meu. Excita-nos ver. E tenho certeza que ele, assim como eu, não quer que acabe. Dou-lhe um tapa, e logo outro e mais outro, enquanto gemo e abro a boca em busca de ar. Ele ruge enlouquecido. Queima. Enlouquecidos, nos apertamos um contra o outro. Estamos em uma pequena sala de máquinas sobre algo parecido com uma mesa de aço, mas isso não nos importa. Só nos importa nosso quente, erótico e excitante jogo. Nos falta ar. Suspiramos. Dylan repousa suas mãos nos meus ombros e depois de uma última investida estremeço enquanto um orgasmo devastador percorre nossos corpos e sinto como ejacula dentro de mim, nesse momento estou consciente de que não usamos preservativo. Minha vagina estremece, suga-o e ambos ofegamos em busca de ar. Pela primeira vez eu senti o roçar da sua pele íntima contra a minha e foi espetacular. Estou exausta. Ele sem ar. Nossos fluídos nos encharcam, correm pelo nosso corpo, mas não nos movemos. Não podemos depois do que aconteceu.

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Adivinha quem sou Pouco a pouco, nossa respiração se acalma, enquanto continuamos acoplados um ao outro. Até que Dylan me olha e, aproximando sua boca da minha, me beija com doçura e devoção e comenta: — Você disse que tomava pílula, certo? Confirmo. Não quero pensar nisso agora. Só quero saborear esse beijo lento e entregue. Tudo que ocorreu foi doentio. Tudo que ocorreu foi puro jogo. Tudo que ocorreu foi pura fantasia. Dylan separa seus lábios dos meus. Com cuidado de não me machucar, se levanta, e quando seu corpo libera o meu, expiro uma grande quantidade de ar. Me da a mão e me levanto com cuidado, mas ele não me solta. Quando vê que eu me sustento em pé, me abraça e sussurra no meu ouvido: — Eu me importo muito com você, Yanira. Muito. — Eu também me importo e me preocupo com você. Dylan balança a cabeça e se afasta de mim. Tira a chave que leva pendurada no pescoço, pendura em mim e, com uma perigosa e sedutora olhada, sussurra: — Te amo! Ai, Deus...! Ele acaba de dizer que me ama! Apesar da minha cara de alucinação, acrescenta: — Em um natal, quando éramos pequenos, minha mãe nos deu de presente uma chave para cada irmão. Segundo ela, era a chave do nosso coração. Nos fez prometer que entregaríamos a mulher que entrasse com força neles. E essa mulher pra mim é você, Yanira. – Conclui. Ai, ele me deu... Me deu!

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Adivinha quem sou Mas, como ele pode ser tão romântico? Como um robô, toco a chave que agora está no meu pescoço e que representa tanto para ele. Santo Deus, Ele acabou de me entregar o acesso ao seu coração! Emocionada, olho para ele e não sei o que dizer. Por trás do seu aspecto de durão, Dylan é o homem mais romântico, terno e protetor que eu conheci em toda minha vida e com ele eu estou desfrutando de algo que eu nunca pensei que poderia acontecer comigo. Ele espera que eu diga algo. Seus olhos castanhos me pedem que eu diga. Apoio a testa no seu peito com o coração acelerado e toco a chave que ele acaba de me dar de presente. Fecho os olhos e, quando os abro, me afasto, olho pra ele e afirmo com convicção: — Te amo! Amo-te tanto que não sei mais o que dizer. Deus! Eu disse! Acabo de reconhecer que o amo! Minha nossa! Estou totalmente perdida. Dylan sorri. Acaricia minha bochecha e me da um beijo doce. Quando se separa de mim, meu coração vai a mil pelo que confessamos e ele sussurra: — Adoro quando você me diz coisas carinhosas. – Eu sorrio – Te devo muitas explicações pela minha família. Amanhã, quando atracarmos no porto de Génova, prometo que respondo a tudo o que quiser me perguntar. Tudo bem, amor? – Olho pra ele apaixonada e respondo: — Tudo bem, carinho! Sei que ele gostou que eu também chamei ele de carinho. Beijamos-nos. Devoramos-nos mutuamente a boca com amor e, quando me separo dele murmuro com mimo: — Quero que saiba que o que acaba de acontecer antes desse maravilhoso “Te amo” me encantou.

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Adivinha quem sou Sua expressão me deixa saber que ele também gostou e cochicha: — Acho que eu e você nos completamos muito bem, coelhinha. Olhamo-nos com diversão e logo começamos a nos vestir. Recolho os restos da minha roupa rasgada, ponho o vestido e saímos da sala de máquinas. Dylan segura a minha mão em um gesto protetor. Deixo que ele faça. Eu gosto da sensação. Dirigimo-nos até o minha cabine, onde, depois de fechar a porta, voltamos a fazer amor, novamente com paixão.

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Adivinha quem sou Capítulo 20 Minha Solidão e Eu

Quando acordo no camarote, vejo que estou sozinha. Depois de uma tórrida noite de sexo com um homem que me deixa louca e que tem me dito palavras mágicas, sorrio feliz ao despertar nua na cama. Ao me mover me sinto dolorida e sorrio ainda mais. Depois do que fizemos horas atrás, é normal que me sinta assim, mas eu gosto. Adoro a força de Dylan, sua virilidade, sua posse. Encanta-me. Toco a chave que levo pendurada no pescoço. Olho de perto e me surpreendo ao ver que leva escrito: “Para Sempre”. Essas duas palavras me fazem estremecer. Quanto a mãe de Dylan devia amar os filhos para lhes dar algo assim. Para mim é um detalhe precioso. Fecho os olhos e recordo nosso joguinho da coelhinha e o lobo. Minha mãe, que tesão! Se tivessem me dito alguma vez que iria jogar com o estranho da manutenção, que mostrou ser um cirurgião de renome, romântico e encantador, nunca teria acreditado. Recrio o momento em que me disse “Te Amo” e sorrio admirada. Volto a ver como suas pupilas se dilataram em extase ao entrar em mim com força e exigência. Recordar me excita e desejo que voltemos com esse jogo gostoso. Meu celular toca. É Coral e leio: “Algo a contar?” Sorrio. Minha amiga deve ter ouvido algo sobre Dylan e respondo: “Muitas coisas. E você?” Dois segundos depois o celular vibra.

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Adivinha quem sou “Sexo... Sexo e sexo... O argentino é incrível. Atracamos em Genova. Vem. Estou na cozinha e conversamos.” Sem hesitação, me levanto e, depois de tomar um banho, me visto e vou me encontrar com minha amiga. Ao sair da cobertura, vejo que as pessoas desembarcam nessa bonita cidade e sorrio ao pensar em Dylan. Dentro de algumas horas caminharei ali de mãos dadas. Cruzo com vários passageiros. Reconhecem-me como a cantora do cruzeiro e todos sorriem para mim. Quando entro na cozinha, Coral pisca para mim. Aproximo-me dela, pegando uma magdalena (pequeno bolo), ela diz: — Acabei de fazer para você. Dou uma mordida. Olho minha amiga, que murmura: — Desembucha. Assinto e dou outra mordida. Tenho que contar-lhe mil coisas, mas antes, mostro a chave que levo no pescoço, e sussurro: — Eu disse a ele “Te Amo”. Ela leva a mão à boca e logo, me dá um tapa, me tira a magdalena e grunhe: — Menina má. Você é tonta. Como pode pensar em dizer-lhe isso? Da minha própria nuvem de algodão, a olho e, divertida, respondo: — Ele me disse primeiro. Disse-me coisas maravilhosas e depois me entregou a chave de seu coração. Sua expressão muda. Olha a chave e me pergunta: — É sério? – Concordo e ela diz em tom sonhador: — Deus, que romântico! Eu começo a rir. Como senti saudade dessa sua vozinha de apaixonada. Estou impaciente para contar tudo. Tiro-lhe a magdalena das mãos e dou outra mordida. Depois sento ao seu lado e começo a contar detalhadamente todo o acontecido. A

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Adivinha quem sou surpresa de Coral vai aumentando. Os olhos parecem que vão sair de suas órbitas à medida que sabe da história e, quando termino, digo: — E isso é tudo que sei por enquanto. — Cirugião? — Sim... Cirurgião cardíaco, para ser mais exata. – explico. Ela pisca. Está tão alucinada como eu quando soube e murmura: — Ai, Yanira... Não sei o que pensar. — Eu também não. Eu só sei que o amo e ele me ama. — Meu Deus, o que você conta é tudo tão romântico. — Eu sei. – Eu sorrio como uma tonta. — Você já procurou informações sobre ele na internet? Eu não tinha pensado e respondo: — Não! Coral se levanta da cadeira, pega o laptop que está em um balcão da cozinha e liga. Fico nervosa. Eu sei que vou encontrar coisas sobre Dylan que desconheço, mas eu não quero parar. Eu quero saber. Uma vez no Google, minha amiga digita: "cirurgião cardiologista Dylan Ferrasa”. Em seguida, centenas de links aparecem diante de nossos olhos. — Meu Deus! – Exclamo confusa. Eu

ainda

não

vi

nada,

mas

todos

esses

links

me

perturbam.

Coral clica rapidamente em um e aparecem centenas de fotos de Dylan no hospital, na rua, em um cinema, em um jantar, em uma festa beneficente. Engasgo. Por favor, está incrível de smoking!

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Adivinha quem sou Quando estou tirando os olhos da tela, eu mergulho novamente no Google e pisco espantada quando vejo que ele só tem se relacionado com as modelos mais impressionantes da face da Terra e com atrizes incríveis. É amigo de Marc Anthony, Maxwell, Luis Fonsi e assim por diante e a cada segundo me deixa mais sem palavras. — Que merda... Coral olha-me de relance e solta: — Foda! Suas ex- são Sienna Miller, Megan Fox, Jennifer Aniston... Minha mãe! Yanira ! Eu começo a rir. Estou nervosa! Meu coração bate a todo vapor. Dylan, meu Dylan, é um bombonzinho tentador para as mulheres e sem dúvida ele se aproveita de sua posição e magnetismo. Me caem sete desgraças e em seguida mais algumas. E o ciúme anuviando-me a razão. De repente estou consciente da dura realidade e me pergunto "Como ele pôde reparar em mim depois de estar com essas mulheres?”. Pelo amor de Deus, é impossível! Eu devo ser o seu plano Z. O plano desesperado da sua viagem no navio. Levanto-me e vou beber água. Respiro fundo, mas meu coração dispara quando ouço Coral dizer: — Fodeuuuuu... Como um furacão, olho de novo a tela do computador e volto a engasgar ao ler: "Os irmãos Ferrasa afundados após a morte de La Leona, a rainha da salsa portoriquenha e cantora do grupo Kodigo Salsa". — Oh, meu Deus! – murmuro incrédula. Espantada, olho a foto em que se vê Dylan e seus irmãos com um homem que, pela aparência, deve ser seu pai, aflito em um funeral, junto a uma grande foto de Luisa Fernandez, a grande rainha de salsa de Porto Rico, apelidada de La Leona.

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Adivinha quem sou Engasgo. Não consigo respirar. Coral corre para pegar mais água. Ela me dá e eu bebo tremendo. — Calma, Yanira..., calma. – sussurra ao ver meu estado. Não posso falar. Eu cantei músicas dessa mulher em algumas de minhas apresentações. E olhando minha amiga, digo desconsolada: — Pelo amor de Deus, Coral, a mãe de Dylan é a famosa Luisa Fernandez, La Leona? — É o que diz aqui, minha menina. Tudo está girando. Não sei o que pensar. Dylan foi uma grande descoberta para mim, mas agora sua família me sobrecarrega. Dá-me medo e não sei por quê. Tremo ao me dar conta da incrível realidade. Revira-me o estômago. Coral, que me conhece, me abraça, me acalma. Ela me diz para não me preocupar, que tudo ficará bem. Mas o que eu acabei de descobrir não é fácil de assimilar. Eu não sou ninguém em seu mundo. Eu não posso me comparar nem com sua mãe, nem com as mulheres perfeitas e lindas com quem ele tem estado. Dylan é o médico famoso Dylan Ferrasa. Filho da grande Luisa Fernandez e eu sou apenas uma simples cantora de orquestra que conheceu como garçonete. Mais cedo ou mais tarde ele vai voltar à sua vida, sua realidade, e sei que vai me esquecer. Eu sei. Eu sei que vai. — Yanira. Ouço a voz de Dylan atrás de mim e fecho o laptop com um tapa. Quando me viro para olhar para ele, seu sorriso me congela e eu ouço Coral sussurando: — Oh... Oh... Eu não gosto nada disso. Eu

entendo.

Eu

também

não

gosto

do

que

Meu sexto sentido me alerta de que aqui acontece algo, e que não será bom para mim.

Toca Traduções

vejo.


Adivinha quem sou Meus

olhos

encontram

com

os

bonitos

olhos

do

meu

moreno.

Minha mãe, como está lindo meu bombom de terno! Está acompanhado de Tony e Omar. Os três vestem ternos escuros e pela primeira vez estou ciente de que os formatos dos rostos são idênticos e os olhos de Omar e Dylan também. Vendo-os juntos, não se pode negar que eles são irmãos. Como não tinha notado antes? Este Dylan tão elegante não tem nada a ver com o homem com traje de trabalho pelo qual me apaixonei. Agora é o homem poderoso e importante que eu vi na internet, e isso me intimida mais do que quero reconhecer. Na cozinha, todos nos olham, fofocam, cochicham. Eles estão tão surpresos quanto eu ao vê-lo vestido assim. Nem Dylan nem eu dizemos nada, apenas nos olhamos. Nesse momento, vejo Rançoso entrar na cozinha. Ele fica parado e, como nós, em silêncio. Observa-nos. Já deve saber quem é Dylan. Digo a mim mesma que deveria reagir e não apenas ficar parada diante deles como uma estátua, então eu tomo ar e, sem me importar com os olhares dos outros, me levanto da cadeira e me aproximo do homem que amo e que disse que me amava. Por Deus, parece que está mais alto! Estou nervosa e intimidada, mas seu magnetismo e o que sinto me ajudam a não desmaiar. Dylan não se move. Sua expressão é séria. Olhamos-nos por alguns segundos e finalmente ele diz: — Aconteceu algo e eu tenho que sair com urgência. Meu sangue gela. Por que não estou surpresa que tenha que ir? Eu noto que meus pulmões estão sem ar, porém como posso, eu pergunto:

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Adivinha quem sou — O que houve? Quando Dylan vai responder, Tony se adianta: — Omar falou com nosso pai e por causa da emoção de termos encontrado Dylan, ele teve um infarto. – Meu estômago se contrai ao olhar para Omar, que baixa a cabeça. — Calma, está tudo bem. Não foi grave, mas todos temos que voltar. Eu entendo. Se meu pai tivesse um infarto, eu voltaria da Cochinchina para estar com ele. Ainda assim, não sei o que dizer. Estou atordoada. Só posso olhar Dylan, que a menos de um metro, me olha de uma forma estranha. Todos estão olhando enquanto os segundos vão passando. E de repente eu entendo. Está se despedindo de mim e não sabe como fazê-lo. Meu coração se parte em mil pedaços. Consciente de que eu não devo fazer uma cena, respiro fundo, absorvo sua bonita imagem e tento fotografar com a minha mente para recordar eternamente. Sei que eu vou sentir muita falta. Demais. Por minha cabeça passam mil perguntas que eu não posso fazer. Há gente demais ao nosso redor nos observando e não seria justo para ele nem para mim. Finalmente, ganho forças e consigo dizer: — O importante é que o seu pai está bem. – Omar e Tony concordam e, olhando para o meu amor, acrescento: — Nesse momento, só isso que importa, Dylan. Não se preocupe com mais nada. Por nada. Sorrio. Sabe que estou nervosa. Ele nem sequer pisca, somente me olha. De repente, dá um passo em minha direção, me pega pela cintura, me levanta, tira o cabelo do meu rosto e me beija. Sinto sua boca na minha com extrema doçura e sem me importar com os olhos que nos observam com curiosidade, respondo ao seu beijo, enquanto uma torrente de pensamentos, um pior que outro, me bloqueiam o cérebro. — Se você sentir saudade me ligue. – ouço dizer.

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Adivinha quem sou Concordo. Busco sua boca e voltamos a nos beijar e quando deixamos de fazê-lo, ele segura meu rosto com as mãos cuidadosas para que olhe apenas para ele e sussurra: — Eu sinto muito. Sinto muito, Yanira. Eu engulo as lágrimas e tento sorrir. Foi tudo tão bonito que era impossível que durasse. Levo minha mão até a chave que me deu e faço um movimento para tirá-la, mas ele me pára. Volta a me beijar, desta vez com desespero. Quando termina o seu beijo apaixonado, me solta, se vira, e seguido por seus irmãos, saem da cozinha sem olharem para trás. Quando a porta se fecha atrás dele não posso me mover, até que a mão fria de Coral me tráz de volta à realidade. Olho para ela e murmuro: — Está tudo acabado. — Não, não diga isso. Você não sabe. — Sim, eu sei. – afirmo — Ele se despediu de mim. Meu queixo treme, e ao ver, minha amiga me diz que não com a cabeça. Não posso chorar. Não devo fazê-lo. Ela está certa. Fazer uma cena diante de todos deixará evidente minha fraqueza e decepção, de modo que, logo engulo o nó que tenho na garganta e consigo tomar um sopro de ar, olho em volta, e com petulância e um sorriso, indago aos meus colegas: — Posso saber o que vocês estão olhando? Nenhuma resposta, porém tão pasmos quanto eu, todos retomam suas tarefas. A fofoca sobre Dylan e eu começará em uma fração de segundo, eu não tenho a menor dúvida. Maus dias me esperam. Eu não quero nem pensar! Assim que a cozinha volta ao seu ritmo, olho Coral totalmente pasma e murmuro: — Eu tenho que ir para o plano B, C e D com urgência. — Mas por quê?

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Adivinha quem sou Com toda a dor refletida nos meus olhos, murmuro, tocando a maldita chave que segue pendurada no meu pescoço: — Porque ele se foi para sempre. Naquele instante, Rançoso, que viu tudo em silêncio, se aproxima de nós e levantando a voz, diz: — Yanira, eu disse que era proibido relações entre os trabalhadores do navio. Você se lembra? – Eu não respondo, eu me recuso a fazê-lo, e ele continua: — Desnecessário dizer que você está despedida. Porra... Porra... Porra... Já não bastava o que tinha acontecido agora ainda o Rançoso! — O que?! Com um sorriso triunfante, meu chefe responde: — Eu já suspeitava há algum tempo, mas eu nunca os peguei, até hoje, assim como viram todos os seus colegas. – E apontando para a porta por onde Dylan saiu, acrescenta: — O homem que acabou de sair, o senhor Dylan Ferrasa, pode se permitir flertar com uma garçonete como você. Certamente você não é a primeira com quem ele faz isso. Se eu reagisse lhe arrancaria os olhos, e Rançoso continua: — Agora, ele se foi e em seguida você vai também. Com a diferença de que eleo fizera pela porta da frente e você vai pela porta dos fundos. — Você é uma pessoa ruim. – rosna Coral. Rançoso a olha... Eu pego a mão da minha amiga para acalmá-la e ele sorri. — Você é um demônio. E eu espero que algum dia alguém te coloque em seu lugar. – digo furiosa. Minhas palavras não lhe abalam em nada, e acrescenta: — Faça o favor de passar no meu escritório para assinar a liberação. Você desembarcará em Genova e você pagará sua passagem de volta para a Espanha.

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Adivinha quem sou — Mas o que você está dizendo, homem? – grita Coral descomposto. Por vários minutos, ficam envolvidos em uma discussão acirrada em que minha amiga mostra todo o seu gênio e o coloca no seu devido lugar. E eu, determinada a não ser deixada para Não

trás, há

dúvida

de

que

intervenho nós

duas

acabamos

de

também. começar

o

plano

B.

Rançoso fica cego de raiva. Tem a sua frente duas feras que estão discutindo tudo na frente de todos. Finalmente, Coral tira o avental e o chapéu e, jogando-os em sua cara, conclui: — Aliás, eu também vou, seu idiota! Não há como voltar atrás. Quando Rançoso sai, vários trabalhadores nos cercam, mas não sabem o que dizer disso. Nestor, Gina e seus companheiros que nos estimam se desesperam. Encontrar um emprego está muito difícil e odeiam não serem capazes de serem solidários conosco. Durante as horas seguintes nos despedimos de todos os colegas. Os da orquestra se chateiam muito. Tomás me abraça e me oferece dinheiro para o caso de eu precisar. Agradeço de todo o coração, mas não aceito. Graças à Deus, com o que tenho acho que posso viver até chegar a Tenerife. Com o canto do meu olho, vejo Coral dizer adeus a seu argentino e tranquilizo-me ao ver que ela sorri. Não está apaixonada como eu. Minha amiga é sagaz, eu não. Enquanto Coral acaba de se despedir, olho o mar. Eu pego o pingente que Dylan me deu e o guardo no bolso do jeans. Assim que saímos do navio, colocamos nossos chapéus e Coral propõe: — Que tal se formos comer uma boa pizza enquanto pensamos qual será nosso plano B? — Parece uma ótima idéia. Mas a excelente ideia é arruinada quando, depois do almoço e vários limoncellos (Licor à base de limão, álcool, água e açúcar; deve ser mantido no congelador e, consequentemente, bebido bem gelado.), dois enorme italianos com cara de bravos nos roubam em um beco e ficamos em

Genova, somente com a roupa do corpo. Adeus carteiras. Adeus malas. Adeus celulares.

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Adivinha quem sou Nos olhamos desesperadas até que começo a rir e Coral também. Quando conseguimos parar de rir, procuramos uma delegacia para relatar o que aconteceu e, enquanto esperamos a nossa vez, penso em Dylan. Se tentar entrar em contato comigo não conseguirá. Me dá agonia e me lembro de ter colocado a chave no bolso. Pego e sorrio ao vê-la. Mas meu sorriso se apaga ao lembrar que ele se foi e leio na chave: "Para sempre". Ele realmente foi embora para sempre? Quando chega a nossa vez, preenchemos como podemos os formulários de denúncia e tentamos compreender os policiais. Eles me perguntam se eu quero ligar para minha família. Penso em meus pais. Eles não se agradariam em saber o que aconteceu e então eu me lembro de Francesco. Sei onde ele trabalha, e a polícia, muito gentilmente me ajuda a localizálo em Portofino. Dez minutos mais tarde entramos em contato com ele, e, rapidamente, ao saber do que aconteceu, diz que virá nos buscar na delegacia. Uma hora depois vejo-o aparecer. Ainda tão bonito como antes, vendo-me, sorri e nos abraçamos. Eu o apresento a Coral e vamos os três até seu carro. Esta noite ficamos em sua casa. Quando eu vou para a cama ao lado de Coral, vejo que ela adormece em dois minutos. Que sortuda! Eu não posso. Penso em Dylan e me desespero quando percebo o quanto vai me custar esquecê-lo. No dia seguinte, Francesco nos empresta dinheiro. Nós falamos com nossa empresa de telefonia celular e, felizmente, recuperamos nossos números. Então compramos novos celulares e a primeira coisa que faço é ver se tenho chamadas perdidas ou mensagens de Dylan. Nada. Não tem nada. Isso me entristece. Mas ter um novo celular me tranquiliza para o caso dele me ligar. Então vamos comprar algumas roupas e Francesco insiste em dar-nos dois belos vestidos com sapatos combinando.

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Adivinha quem sou Essa tarde, convence-nos para que fiquemos alguns dias em sua casa. Coral aceita. Eu fico relutante, ao final cedo. A verdade é que não temos nada melhor para fazer, exceto regressar à Espanha e procurar trabalho. À noite, Francesco nos leva à pizzaria de um amigo e colocamos os vestidos que ele nos deu. Apresenta-nos a seus amigos, e por horas, desfrutamos de boa companhia. Francesco também nos apresenta a sua namorada, uma bela italiana chamada Giulia e não fico surpresa quando, durante o jantar, ela sussurra para mim que sabe que Francesco me conheceu em Tenerife e pisca para mim. Isso me faz saber que os dois são muito íntimos e sorrio. Depois do jantar, saimos para beber. Coral geme e murmura, olhando para o amigo de Francesco. — Minha mãe, como é um pacotinho! Eu começo a rir, porque o homem, muito legal e elegante, realmente está marcando pacote. — Ele chama-se Giacomo. – Eu corrijo. — Giacomo, o pacotinho. – diz Coral. Volto a rir. Durante horas, todos nos divertimos, bem, todos exceto eu. No entanto, eu tento sorrir e danço com Francesco, Sandro, Philipo e inclusive Giacomo o pacotinho, mas interiomente estou despedaçada. Dylan não liga. Não dá sinal de vida e eu não consigo parar de pensar nele. Eu não vou ligar. Nem louca. Se passam quatro dias e eu não recebo nenhuma notícia dele. Nem mesmo uma mensagem. Não sente minha falta. É claro que a separação foi o que foi e a raiva me consome por dentro. Estou passando de pena para raiva. Enquanto tomo banho, escuto o rádio e choramingo enquanto canto:

Te besaré, como nadie en este mundo te besó. Te amaré con el cuerpo y con la mente, con la piel y el corazón.

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Adivinha quem sou Vuelve pronto, te esperamos mi soledad y yo...

Lágrimas deslizam aos montes por meu rosto e soluços dolorosos rasgam minha alma, enquanto eu canto essa música do meu amado Alejandro Sanz. Finalmente, me permito chorar como desejo. Permito-me chorar de saudade. Recordo o que Dylan comentou sobre o que dizia sua mãe. Aquilo de que quando alguém está feliz escuta a música e quando está ferido ou desesperado entende a letra. Como ela estava certa! Eu, até esse momento, sempre que escutava música, eu cantava, dançava. Desfrutando e sentindo. Mas agora que eu tenho um coração partido, a compreendo, e cada canção que eu ouço parece escrita para mim. O desgosto é uma merda. Faz-te fraco, te nubla a razão e te deixa sem forças. Nunca devia ter me apaixonado. Nunca devia ter me deixado levar pela paixão. Definitivamente, tinha que ter feito como minha amiga e blindado meu coração. É verdade que nada é para sempre. Tal como iogurtes. No dia seguinte, Francesco, que me conhece melhor do que eu sabia, depois de comermos em sua casa, pega-me pela cintura e afastando-se de sua namorada e Coral, me leva para a varanda e pergunta: — O que te aconteceu? — Nada. Meu italiano sorri e, se aproximando de mim, sussurra: — Yanira... Yanira, sabe que seu nariz acaba de crescer alguns centímetros? Sorrio, divertindo-me com seu comentário, e depois de ofegar, respondo, tocando carinhosamente a chave que levo de novo no pescoço.

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Adivinha quem sou — Eu estou apaixonada por um homem que mentiu para mim e me dei conta de que não sente nada por mim. Feliz? — Tinha imaginado que era dor de amor – ele responde — mas eu queria que você me confirmasse. E ele está no barco que abandonaste? Nego

com

a

cabeça,

não

querendo

dizer

quem

é

Dylan.

Meu amigo olha para mim esperando que eu diga mais alguma coisa, mas não vou dizer. Eu não quero falar sobre Dylan e, finalmente, abraçando-me, Francesco diz: — Ouça, Yanira. Não sei quem é o homem que quebrou seu coração, mas se não voltar, é porque é bobo. E agora, dito isso, quero que você sorria. Quero que fique bem. Eu quero ver a loucura sensual que me enfeitiçou em Tenerife e... Eu tampo sua boca e, olhando em seus olhos, sussurro: —Não. Agora eu não posso. Depois de um momento que sei que Francesco tira as suas próprias conclusões, eu o vejo asssentir e, depois de me dar um doce beijo na ponta do nariz, responde: — Se tivesse me ouvido saberia que o amor é uma merda, Yanira. Desculpe não ter te preparado para isso. Isso me faz rir. Mais um igual a Coral. Lembro que ele me disse que tinha sofrido por amor e me dou conta de que, para os humanos, esse sentimento que nos faz flutuar nos afunda. E por suas palavras, concluo que Francesco está afundado. Quando vou dizer algo, Giulia se aproxima de nós. Por seu olhar malicioso sei o que busca, o que ela quer, mas ele, tomando-a pela cintura, beija o pescoço dela e sussurra: — Outra hora, querida. Giulia assente. Com essas palavras simples, nós três nos entendemos e voltamos para perto de Coral, que está na cozinha preparando um bolo maravilhoso para todos.

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Adivinha quem sou Capítulo 21 Nada é para sempre

Depois de uma semana em Genova, decidimos voltar para a Espanha. Nesse tempo, Coral havia chamado vários amigos e esses haviam conseguido uma entrevista para trabalhar em um hotel de Barcelona. Era claro que não queria voltar a Tenerife. Segundo ela, era muito pequena. Quando chegamos ao aeroporto de Barcelona, ela se recusa a me deixar e me acompanha até onde tenho que pegar o voo para Tenerife. Uma vez lá, temos que nos separar. Abraçamo-nos e Coral, consciente de como me sinto, me diz: — Quero te ver bem, Yanira. Por favor, me diga que vai ficar bem. Soltando um suspiro, eu respondo: — Acaso duvida? – Tentando minimizar, olho para um moreno que passa ao nosso lado e cochicho: — Você viu que traseiro tem esse bombom? — Essa é minha menina. Ambas rimos e, depois de dar um grande beijo, eu digo adeus à louca da minha amiga e ela sai. Uma vez que estou só na sala de embarque, ponho os fones de ouvido e escuto música no meu telefone. Isso é a única coisa que me sossega recentemente. Ponho também óculos escuros, para que ninguém veja meus olhos emocionados, enquanto toco a chave que sou incapaz de me livrar. Minha chegada a Tenerife é um acontecimento para toda minha família. Não sabiam que estava voltando, e quando me veem aparecer, gritam felizes. Não lhes explico que me despediram do cruzeiro. Simplesmente digo que o

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Adivinha quem sou contrato acabou em Genova e que, como não gostei da experiência de trabalhar em um navio, decidi não renovar. Minhas avós estão entusiasmadas e meus pais encantados. Sua menina, sua Yanira, está de novo em casa. Garret me abraça ao ver-me, e surpreende-me ao me dizer no ouvido: — Como diria Han Solo, não há recompensa igual a isto. Assombrada com o que o extravagante do meu irmão disse, eu vou responder quando Rayco também me abraça e sussurra: — Fico feliz em ter você novamente aqui, minha menina. Ai, assim choro. No que meu queixo treme e sei que vou chorar como uma Magdalena perante minha família. Argen, ao ver minha expressão, quando Rayco me solta, me abraça e murmura: — Seja o que for, superaremos juntos. Quando consigo controlar os movimentos do meu queixo e engulo as lágrimas, nos olhamos nos olhos. Peço-lhe tempo com meu olhar, e ele com seu sorriso caloroso, sei que vai me dar. O dia seguinte, depois de uma noite que dormi como há dias não fazia, Argen me desperta com almofadadas e eu rio a gargalhadas. Como perdi isso... Logo me visto, e pouco depois, nós dois saímos da casa dos meus pais e entramos no carro em direção à praia, dispostos a surfar. Ao longo do caminho, falamos de mil coisas enquanto ouvimos música. Quando chegamos, estacionamos, colocamos nossos trajes de neoprene e nos lançamos ao mar com as pranchas.

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Adivinha quem sou Pela primeira vez em muitos dias, enfim sorrio de verdade e me sinto feliz. Voltei a minha ilha, ao meu mar, ao meu mundo, com minha gente e isso me faz ter de novo os pés na Terra. Durante horas, pego ondas com meu irmão e seus amigos e quando estou cansada saio e me sento na praia, a desfrutar da paisagem sob o sol da minha Tenerife. Minutos depois, meu irmão também deixa a água. Finca a prancha ao lado da minha e vai para um quiosque tomar umas cervejas. Ao retornar, me dá uma, e depois de brindar me olhando nos olhos, diz: — Muito bem. O que aconteceu? Desabafo com ele. Lhe conto como conheci Dylan e tudo que aconteceu entre nós, exceto a parte do sexo, embora sei que imagina. Enquanto eu digo, busco informações de Dylan no meu celular para mostrar quem é. Meu irmão me olha com curiosidade, e uma vez que termino meu relato, murmura: — Como pôde ser tão boba? — Boba? — Sim, Yanira, boba. Irritada com seus comentários olho em seus olhos e protesto: — Eu não queria me apaixonar, nem se quer sabia quem era ele, Argen! Quando o conheci era simplesmente Dylan, alguém da manutenção. Nunca imaginei que fosse um famoso cirurgião de Los Angeles e filho da famosa Luisa Fernández. E menos ainda que me enganaria e usaria para se divertir. Minha voz deve soar desesperada. Eu estou desesperada Vendo meu estado, Argen passa um braço por meus ombros em cumplicidade. Eu apoio a cabeça e murmuro num silvo de voz. — Ainda que me doa dizer, eu passei uns dias incríveis ao seu lado. Pela primeira vez eu senti que um homem me satisfazia por completo. Argen,

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Adivinha quem sou se o tivesse conhecido, Dylan o teria feito cair muito bem, porque é... Muito especial. — Você acha? Sorrio. Penso em meu morenaço, e enquanto a canção Nada és para siempre, de Luis Fonsi, soa nos alto-falantes do quiosque, respondo: — Estou totalmente convencida disso.

Os dias passam e pouco a pouco minha vida volta à rotina. A chave segue pendurada no meu pescoço, meu coração não me deixa afastar dela. Dou-me conta de que cada vez que penso em Dylan, a toco e sorrio. Não sei se é bom ou ruim. Só sei que necessito fazer. Após vários dias de vagabundear, ouvir canções românticas que me partem ainda mais o coração, chorar as escondidas e ruminar minha dor, minha avó Ankie obriga-me a acompanha-la a alguns de seus shows. Segundo ela, já chega de estar assim. Concordo. Faço o que disse e me dou conta de que enquanto estou no palco com ela e suas amigas, as dores suavizam e consigo sorrir. Encorajada por meu pai, deixo currículos nos hotéis da ilha, enquanto volto a trabalhar na loja de souvenires. Tento esquecer Dylan, mas suas recordações são tão fortes que me deixam louca. Ainda sim, me proponho que tenho que conseguir. Não há noite que não pense nele, nem canção que não me lembre dele, mas como dizem meus avós, a vida continua e eu tenho que continuar com ou sem ele. Dois dias depois me chamam em um hotel para um teste. Estou feliz. Vestida com jeans e camiseta rosa, entro com um passo seguro no local e sou recebida pelo diretor da orquestra. Depois de me apresentar aos músicos, que são da minha idade e são muito gentis comigo, me pede para cantar alguma

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Adivinha quem sou coisa. Eu falo com o pianista e o baixista e indico uma canção. Eles acenam encantados e o baixista toca os primeiros acordes. Eu começo a cantar Todo Combió, de Camila. Um tema que sempre gostei. Olho para o diretor e os músicos. Quando começo a cantar, vejo que gostam da minha voz e o baixista inclusive pisca para mim. Eu prosigo feliz:

“Me sorprendió todo de ti De blanco y negro a color me convertí. Sé que no es fácil decir te amo, Yo tampoco lo esperaba. Pero así es el amor Simplemente pasó y toda tuya ya soy”

Fecho os olhos enquanto a letra sai de meu interior, carregada com um sentimento que me arrepio, e continuo aumentando o tom de voz no refrão:

Antes de que pase más tiempo contigo, amor, Tengo que decir que eres el amor de mi vida. Antes de que te ame más, escucha por favor. Déjame decir que todo te di y no hay, como explicar, para menos si tu estás. Simplemente así lo sentí, Cuando te vi...

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Adivinha quem sou Quando termino a canção se faz silêncio ao meu redor. Sorrio e vejo que me observam alucinados. Acho que foi o teste que fiz com mais paixão na vida e sei pelo modo como se olham. O diretor aplaude e, levantando-se, me pergunta: — Pode começar esta noite? Digo que sim encantada, e ele dirigindo-se ao guitarrista, diz: — Temos essa canção no nosso repertório? O guitarrista nega com a cabeça e o diretor ordena: — Inclua. É uma maravilha. E agora que temos uma cantora nova, eu quero que revisem o livro de músicas. Eu acho Yanira pode atualiza-lo. Isso me encanta. Atualizar o repertório de uma banda com euforia. Poder cantar as canções que gosto e que eles se moldem a mim me enche de alegria. Quando o diretor se vai, o guitarrista murmura: — Por fim canções novas. Eu sorrio e durante toda manhã trabalho com os músicos na sala do hotel. Sendo da minha idade, sugerem músicas que me agradam também. Às seis da tarde, depois de mais de oito horas de trabalho, temos o novo repertório. Despeço-me deles e volto a minha casa para mudar de roupa antes da apresentação. Essa noite, quando as luzes se acendem no palco, volto a ser eu. Eu canto, danço, me envolvo com o público e, quando vejo que estão onde quero, os faço dançar, aplaudir, divertir-se. É algo que gosto e desfruto. Se pode pedir algo mais? Sim... Dylan.

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Adivinha quem sou Capítulo 22 Quando me apaixonei

Os dias passam. Dylan está se tornando uma lembrança. Uma lembrança maravilhosa do passado em que me jogo sozinha e com ela me excito. Passeio pela praia com os cães da família e, por horas, me jogo na areia para olhar o horizonte, perdendo-me nele. No meu celular tenho uma foto de Dylan que baixei na internet. Está lindíssimo, sorrindo. Na época em que estivemos juntos, nunca tiramos uma foto de nós dois, não sei por quê. Já fazem três semanas sem vê-lo e sem saber nada dele, e apesar de sentir muito sua falta, noto que começo a ressurgir a partir de minhas cinzas e entender que tudo aquilo foi um sonho. Um bonito e por sua vez maligno sonho. Uma manhã, depois de surfar com meu irmão, fico chocada ao ver que Argen está no quiosque com Patricia, a garota que ele gosta tanto, e, deixando-me totalmente surpresa, se aproxima dela e lhe dá um beijo na boca. Uau meu irmão! Ele parece perceber o meu olhar e vira para mim e sorri. Decido não interromper e fico sentada na areia junto com nossas pranchas, a espera de quê volte com as cervejas geladas. Sem poder parar de sorrir depois de vê-lo todo meloso, ponho os fones de ouvido e decido escutar música enquanto espero. Pelo menos ele triunfa no amor, o que me enche de alegria. O mar está mais agressivo do que o normal e me encanta olha-lo. Eu deito na praia. O sol aquece e eu preciso que sua energia me recarregue. Por mais de uma hora, eu desfruto da brisa do mar e da música. — Vamos, Yanira... – Diz Argen, de repente. Ao ouvi-lo, tiro os fones de ouvido e, olhando pra ele, pergunto: — E a cerveja?

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Adivinha quem sou — A tomaremos em casa. Me levanto e assinto, mas incapaz de não dizer nada, solto: — O amor é uma merda, Argen. Tenha isso em mente e não esqueça. Meu irmão entende o que estou dizendo e, pegando meu rosto em suas mãos, responde: — Não, Yanira. O amor é a coisa mais maravilhosa do mundo. Não seja negativa e pense que mais vale ter amado e ter sido amada, do que nunca ter conhecido esse sentimento. Eu sorrio. Essa é outra maneira de olhar. Talvez tenha razão, não deveria ser tão negativa. E, depois de um beijo no rosto, sorrio e digo: — Ok, Argen, e agora, o que tem para me contar? Ele sorri de volta e sem dizer nada, mas, vendo que Patricia vai embora em seu carro, insisto: — Você finalmente decidiu dizer algo? Enquanto caminhamos juntos para o nosso carro, ele responde: — Eu teria dito antes, mas como você não estava bem por causa desse cara... Eu paro e, abrindo os olhos, murmuro: — Você e ela...? É sério? Meu irmão assente e eu me jogo em seus braços. Sinto-me feliz por ele. A garota de seus sonhos e Argen estão finalmente juntos. Ele ri e eu pergunto: — Como pôde me esconder isso? — Você não estava pronta para ouvir sobre casos amorosos, irmãzinha. Ele está certo. Mas voltando a rir, encorajo-o:

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Adivinha quem sou — Diga-me tudo agora mesmo. No caminho de volta, Argen me conta sua bonita história. Por fim Patricia, essa deusa que para ele é essa menina, pediu para sair com ele. Olé para ela! Eles se encontraram no hospital, quando Patricia foi visitar um amigo, que passou a ser o endócrino do meu irmão. Estou muito feliz. Argen merece ser feliz e Patricia, com sua coragem em tomar a inciativa, ganhou o meu respeito e meu coração. Essa noite, como todas as noites, a orquestra e eu desfrutamos cantando e tocando para os hóspedes do Hotel, que dançam encantados com nossa música. Incluo músicas novas e a noite que escolho You'll never find, de Michael Bublé, enquanto com os olhos fechados imagino Dylan ao meu lado, e as pessoas enlouquecem. Sem dúvida, eu sou feita para cantar canções românticas. Três noites depois, em plena apresentação, me surpreendo ao ver meu pai na platéia. Sorrio. Encanta-me vê-lo ali e pisco para ele. Ele, feliz, atira-me um beijo que eu recolho e levo para o coração. Quando acabamos de cantar Mamma Mia, do grupo Abba, eu me aproximo dos meus colegas e peço-lhes para alterar a próxima música. Quero dedicar para o meu pai a canção de Rosa que tanto gosta; quando soam as primeiras notas, eu o vejo sorrir e começo a cantar. Nesse momento minha mãe se aproxima dele e isso me surpreende ainda mais. Será que eles fecharam a loja para virem me ver? Mamãe me cumprimenta com a mão e sorri. Eu pisco para ela e os olho, feliz de tê-los aqui. Desde que voltei, toda a minha família, incluindo os gêmeos, estão atentos às minhas necessidades. Todos parecem perceber que eu tenho o coração ferido e cuidam de mim como se eu fosse uma porcelana da china. Eles são ótimos! Meus pais dançam abraçados na pista, enquanto eu canto:

“Sigue besándome las veces que me besas

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Adivinha quem sou y dame mil caricias locas de esas que borran lo que ayer viviste tú...”. Sem poder evitar, ao fechar meus olhos penso em meu amor desesperado. Ainda me lembro da noite que ele me pegou cantando essa música na plataforma e sentou-se para ouvir-me.

“Nunca yo averigüé las veces que te diste ni cuántos tiempos bellos repartiste. Hoy me amas y te amo, se acabó...” Realmente, acabou. Mas suas lembranças também me fazem sorrir e desfruto disso enquanto canto. E nesse momento, me dou conta de que Argen tem razão: o amor é algo bonito e só tenho que olhar meus pais para me dar conta disso. Quando a performance termina, as pessoas aplaudem. Meus pais se aproximam do palco e sorriem. Eu, incapaz de não fazê-lo, me abaixo e dou-lhes um beijo. E nesse momento, mamãe me diz ao ouvido: — Nós amamos você, querida. Eu sei que me amam. Não precisam me dizer. Mas me emociono ao ouvir e tento reprimir a vontade de chorar. Procuro esconder o que as palavras e o olhar de meu pai me faz sentir e tento sorrir apesar da minha tristeza, até que, de repente, olhando para um lado da sala, o sorriso congela quando meus olhos encontram os de alguém que não esperava: Tito. O que faz aqui o tio de Dylan? Percebendo que eu o vi, ele pisca para mim e, inconscientemente, toco a chave que eu tenho ao redor do pescoço.

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Adivinha quem sou Soam as primeiras notas da canção seguinte e tento me concentrar no que tenho que fazer. Meu parceiro começa a cantar e, como posso, respondo, mas custo a concentrar-me no que tenho que fazer. Pelo amor de Deus, Tito está aqui! Meus pais voltam para o mesmo lugar onde estavam quando chegaram. Não se aproximam de Tito. Felizmente não devem saber quem é. Isso me tranquiliza, mas ao mesmo tempo me sinto inquieta. Ao ver que falho nos passos de dança, meu parceiro me olha de forma estranha. O que eu tenho? Tento dissimular olhando para outro lado para não voltar a ver Tito, e em seguida vejo Tony, com meu irmão Argen e Patricia. O que? Eu vou ter algo! A partir desse momento, eu ajo presa em um caos emocional. Nem mesmo sei o que canto! Sobrevivo canção após canção, o que não é pouco. Canto como posso e quando vejo que meus pais se juntam com Tony, Patricia e Argen e em seguida todos se sentam junto com Tito, meu coração quase sai do peito. Mas o que aconteceu que eu perdi? Olho meu irmão em busca de explicações, mas ele apenas sorri e pisca. O que me deixa mais nervosa. Eu vou matá-lo. Quando por fim a apresentação termina, as pernas mal me sustentam e eu tremo toda. Não entendo nada. Quando Tony e Tito chegaram?E, especialmente, como é que conhecem minha família? Estou histérica. Transpiro, tenho palpitações. Eles se levantam e começam a caminhar calmamente para mim. O que eu faço? Plano A: Espero para ver o que me dizem.

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Adivinha quem sou Plano B: Fujo e me escondo até voltar a ser dona da minha vontade. Sinto-me péssima e escolho o plano B: Fujo! Olho os bastidores e corro para o camarim. Meus companheiros de equipe me olham estranhando. Não entendem o que estou fazendo. Mas preciso me acalmar antes de enfrentar o que quer que esteja acontecendo. Ofegante, estou chegando ao camarim quando alguém cobre meus olhos por tras e me diz com uma voz rouca e emocionada: — Adivinha quem sou? Meu sangue congela nas veias e acho que até o meu coração vai parar ao reconhecer a sua voz. Meus joelhos fraquejam e o coração começa de repente a bombear a toda a velocidade como se fosse sair do peito. A beira de me dar um ataque cardíaco! Depois de alguns instantes que parecem eternos, Dylan retira as mãos dos meus olhos. Não posso me mover, não posso olha-lo, e então se coloca na minha frente e sussurra: — Olá, querida! Estou sem fôlego. Ele veste um terno escuro e uma camisa cinza sem gravata. Está impressionante. Alto, bonito, incrível, fascinante, erótico, poderoso, sensual, possessivo e eu tento não desmaiar. Plano A: Eu não sei. Plano B: Eu não sei. Plano C: Eu ainda não sei. Sem dúvida, sua proximidade, sua presença, sua visão anula minha capacidade de pensar. Seus olhos me percorrem até o meu pescoço e ao ver a chave sorri e murmura: — Você não sabe o quanto eu desejei que ainda a estivesse usando.

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Adivinha quem sou Da um passo em minha direção. Eu, incrivelmemente, consigo dar um passo atrás. Seu olhar me paralisa. Ele dá mais um passo em minha direção e desta vez eu não posso me mover. Rodeia-me com seus braços fortes na minha cintura, trazendo aqueles lábios que eu adoro aos meus finalmente me beija. Oh, Deus... Oh, Deusssssssssssss! Eu estou paralisada. Carinhosamente, sua língua encontra seu caminho em minha boca até que sua exigência, sua paixão, seu gosto me faz reagir e eu devolvo o beijo com igual fervor. Dylan está de volta! Meu amor veio para mim! Sem me importar que os meus colegas e familiares passem por nosso lado, parem e nos olhem, eu continuo beijando o homem que eu adoro, quero e amo com toda minha alma e, quando separamos nossos lábios, o ouço sussurrar com um sorriso: — Você não sabe quanta saudade eu senti, caprichosa. Isso me surpreende e prossegue antes que eu diga qualquer coisa: — Te procurei no barco e me disseram que seu maravilhoso chefe havia demitido Coral e você no mesmo dia em que eu saí. Por que você não me chamou para me dizer? Estou atordoada, pasma. Eu não posso falar. Só posso olha-lo enquanto ainda sinto seu gosto em meus lábios. Não sou capaz de censura-lo por não ligar, por não saber nada dele, dizer-lhe que eu era apenas um brinquedo e que ele me deixou. Não sou capaz de nada apenas olha-lo, eu me apaixono mais e fico com cara de boba. Meu Deus, Dylan, meu bombom, meu amor, meu moreno está diante de mim. Quando recupero a voz e o senso comum, respondo como posso o que me perguntou: — Eu não te chamei porque não achei importante. Seus olhos se arregalam surpresos e responde irritado:

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Adivinha quem sou — Yanira, você é a coisa mais importante na minha vida. Por acaso não deixei claro? Não. Definitivamente, não deixou claro. — Seu pai está bem? – pergunto. — Sim. Depois de um silêncio em que nós dois não tiramos os olhos de cima, finalmente pergunto a ele: — Por que você não me ligou? Por que você desapareceu? Dylan coloca as mãos nos bolsos e responde: — Eu também precisava saber se você sentia minha falta. Não te deixei por decisão minha. Você sabe que era por problema médico de meu pai. Eu fiquei louco por você não me chamar e me forcei a não ligar. Mas finalmente eu estou aqui. Volto a dar meus passos até você. Eu entendo a sua última frase e sorrio. Sem dúvida tem razão. Eu também poderia telo chamado, mas respondo: — Você disse: “Sinto muito" antes de sair. Eu pensei que você estava se despedindo de mim para sempre. — O que?? Sua expressão endurece, torna-se implacável, mas eu prossigo: — Procurei informações sobre você na internet e vi... Que... Bem... Você sabe... Eu pensei... Que o nosso para você... Eu não sou elas. Eu não sou famosa. Por isso eu não chamei, ainda mais em Genova nos roubaram, e bem... — As roubaram em Genova? Vejo como seu rosto se transforma por segundos e rapidamente lhe acalmo: — Calma. Não nos aconteceu nada. – E olhando meus olhos nos dele, acrescento: — Não te chamei quando nos despediram porque pensei que aquele “sinto muito” fosse um adeus definitivo e não queria te incomodar.

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Adivinha quem sou Franze o cenho. Maldição. Tira suas mãos dos bolsos e as levanta para o céu e depois, com um gesto desesperado, toma o meu rosto e murmura: — Bebê, pensei que tivesse deixado claro que você é importante para mim. Meu coração bate acelerado e respondo: — Dylan. Eu pensei... — Eu lhe dei a chave do meu coração. – Insiste. Meu Deus, que tola eu fui, por que não o chamei? Começo a rir. Dylan me solta. Eu olho para o meu pai, que está a poucos metros de distância, com os demais, e me repreende por rir. Dylan franze ainda mais o cenho e resmunga: — Essa sua risada vai me matar. Eu rio ainda mais quando vejo meu irmão Argen sorrindo. É dos meus. Quando está nervoso, sorri. De repente, Dylan volta a me agarrar, aproxima sua boca da minha e sussurra: — Por mais que eu me irrite, nunca deixe de sorrir. Prometa-me? — Ok. Prometo. – Assinto encantada e acrescenta: — Eu não pude deixar de pensar em você nem por um momento. Você tem pensado em mim? Bufo. Estou ciente de que todos estão ouvindo o que falamos. Nesse momento, meu irmão Argen diz: — Vamos, Yanira, não minta. E lembre-se, o amor é uma merda! Suas palavras me acalmam e, olhando para o homem que amo, respondo: — Todos e cada um dos instantes que tem o dia. Dylan sorri. Gosta da minha resposta e diz:

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Adivinha quem sou — Me deixou louco. Mas movi céu e terra para estar contigo. Nesse momento se separa um pouco de mim e seu tio lhe dá uma caixa de veludo cor de vinho. Vejo que meus pais se emocionam. Isso me dá arrepios. Acho que vou viver um dos grandes momentos da minha vida e, como sempre, começo a rir. Mas desta vez junto com o pânico.

Meu morenaço abre a caixa diante de mim. Vejo que contém um incrível anel de diamante branco e minha boca fica seca. É a pedra mais impressionante que eu já vi na minha vida. Fico sem ar e quando eu volto a olhar para Dylan, ele se justifica: — Sei que nos conhecemos há pouco mais de dois meses, mas... — Dylan... O que você vai fazer? – O corto com um fio de voz. Segurando minha mão, me faz calar a boca e continua: — Nunca na minha vida eu fiquei tão mal por estar longe de alguém. Nunca na minha vida eu pensei 24 horas por dia em uma mulher e só teu sorriso e sua lembrança me faziam seguir a diante. Esse anel é importante para mim e minha família, porque era de minha mãe. Ela sempre dizia que o dia que aparecesse a mulher da minha vida, teria calafrios quando a deixasse e minha vida não seria completa até voltar ao seu lado. E tudo isso me aconteceu com você. – Ele sorri. Eu, no entanto, sofro alucinações. — Eu sei que sou um pouco mais velho do que você, e as prioridades que tenho na vida que não são as suas. Apenas nos conhecemos porque eu não fui honesto com você no barco e tão pouco tentei te conhecer mais além do que o nosso desejo exigia naquele momento. Mas quero que saiba que o pouco que conheo de você me faz saber que estou totalmente e completamente apaixonado e por isso naquele dia te dei a chave do meu coração. Ao meu redor ouço um “Ohhhh!” generalizado. Deus, como é romântico o meu amor!

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Adivinha quem sou A minha família, os seus familiares, os músicos. Assistindo a tudo encantados. Sinto-me aquecida! — Eu sei que talvez seja uma loucura o que vou te pedir, seus pais e seu irmão assim o acreditam e assim têm me dito, mas eu vim até seu país para te buscar. Eu percebi que eu quero passar o resto da minha vida com você e desejo que o resto da minha vida possa começar o mais cedo possível. E assim eu te pergunto se me daria a honra de ser minha esposa. Estou tonta. Como sempre, suas palavras não poderiam ser mais românticas. Acaba de me pedir para casar com ele? Agarro-me ao seu braço ou eu caio sentada. — Você é a mulher da minha vida, case-se comigo! – Ele murmura, implorando-me. Eu quero responder, mas é como se a minha língua tivesse adormecido e não pudesse fazer isso. Sem dúvida alguma, Dylan também é o homem da minha vida e me olha aguardando uma resposta, mas eu estou bloqueada. Apenas posso respirar ou engolir. Ele, vendo a minha condição, faz piada e dizendo: — Seu irmão me aconselhou não me ajoelhar para lhe perguntar, por que não gosta dessas coisas, mas se é necessário que eu faça à moda antiga, com certeza, querida, eu faço. Eu não sei desde quando minha família está lidando com Dylan, mas nesse instante é o que menos importa e murmuro, olhando para o homem dos meus sonhos: — Não há necessidade... Você não precisa. Ao responder, volto à vida. Olho para a pedra impressionante que tenho diante de meus olhos e então olho para o meu amor. Ele sorri esperando uma resposta e esse sorriso, ligado à locomotiva que tenho no coração, me fazem saber que devo dizer sim.

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Adivinha quem sou Assim que sorrio e, sem me importar com outros nos olhando, assinto e, enquanto com uma mão pego a chave e com a outra agarro sua dele, respondo: — Sim, Dylan. Quero casar com você. Ambos sorrimos. Minha felicidade é a sua felicidade, e vice-versa. Nós nos beijamos e desfrutamos deste doce e romântico momento juntos, enquanto as pessoas batem palmas de alegria ao nosso redor. Olhamos-nos radiantes enquanto Dylan retira o anel da caixa e coloca em mim. Eu, mais feliz do que poderia, me jogo em seus braços e o beijo. É o momento mais maravilhoso e especial da minha vida. Eu cubro-o com beijos enquanto ele ri e sussurra contra minha boca: — Caprichosa, eu te amo.

Esta noite não vou para casa dormir. Fico com Dylan. Desde que nos reencontramos não paramos de nos beijar, nos olhar, nos tocar, nos abraçar e eu estou tão feliz, tão contente, tão maravilhada que eu acho que vou explodir. Depois do jantar, quando todos saem, ele me propõe dar um passeio pela praia. Eu aceito. É mais de meia-noite e a praia está vazia. Muito vazia. Caminhamos abraçados pela areia enquanto ele fala do quanto sentiu minha falta e eu sorrio ao ouvi-lo. Quando água molha nossos pés, nós paramos. Olhamos-nos e lhe peço: — Beija-me!

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Adivinha quem sou Ele faz. Devora-me. Sua língua procura a minha e, envolvendo-me em seus braços faz amor só com a boca, enquanto envolvo sua cintura com minhas pernas e suas mãos deslizam debaixo da minha saia, segurando-me pela bunda. Nossa respiração se acelera. O desejo explode em nós e Dylan murmura contra minha boca: — Faria amor com você agora mesmo. Eu sorrio. Sem dúvida ambos desejamos o mesmo e respondo: — Faça-o. Surpreso com a minha resposta, me olha e acrescento sorridente: — Você me deseja, eu desejo você. O que o resto do mundo pensa não me importa. Com um gesto engraçado, Dylan me beija e sussurra: Caprichosa... Não me tente. Disposta a fazer exatamente isso, eu desabotoo a camisa. Então eu subo o sutiã para mostrar meus seios e murmuro: — Eles são seus. Pegue-os. Sem me soltar, Dylan inclina a cabeça e coloca a boca nos meus mamilos. Suga-os com prazer e o ar da praia os endurece. Estou em êxtase. — Não sabe o quanto eu senti sua falta. Minha voz e o que digo o cativa. A vontade que ele tem de mim e seu gemido de prazer assim me dizem e, enquanto segue com o seu ataque particular, sugiro: — Vamos pra trás daquelas redes. La ninguém vai nos ver. Dylan se afasta do meu peito e me olha. Seu desejo é imenso e finalmente sorri e aceita minha loucura. Caminha até onde eu indico, e quando chegamos me solta e diz desabotoando a calça:

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Adivinha quem sou — Será algo rápido. Caprichosa! Assinto e sorrio. Seja o que for, o quero e o quero agora! E mais ainda quando vejo sua ereção crescente. Minha nossa, minha nossa! O faço se sentar na rede e, com cuidado, me ponho a cavalgar sobre ele, enquanto seu maravilhoso pênis ganha espaço no meu interior. Oh, sim... Como eu preciso dele! Beijo o canto dos seus lábios com ternura, mas a sua ansiedade é tanta que pega a minha cabeça e, com desejo desenfreado, me beija até me deixar sem ar. — Yanira... – Murmura com voz rouca, me apertando contra ele. — Não pare! – Eu exijo. Move-se no meu interior e um gemido afogado nos faz perceber que enfim nossos corpos estão juntos novamente. Cavalgo sobre ele devagar, enquanto nos olhamos nos olhos e uma voraz explosão de fogo louco nos consome. Um novo gemido de prazer escapa de nós dois e Dylan, apertando minha bunda com suas mãos fortes e cuidadosas, me aperta de novo contra ele enquanto diz: — Nunca saberá o quando eu senti a sua falta. Assinto. Eu sei, e levada pelo desejo respondo: — Você sentiu minha falta tanto quanto eu senti a sua. Eu sei. Olhando nos olhos, mexo as cadeiras para me encaixar ainda mais nele. O deleite que sentimos é tão intenso que paramos e desfrutamos do momento sem afastar o olhar um do outro e nos comunicamos sem mover nem um só músculo do corpo, até que o meu amor posa as suas mãos na minha cintura e me aperta de novo contra ele. Eu me arqueio. Que prazerrrrrrrrrrrrrrrrrr!

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Adivinha quem sou Um ofegar apaixonado sai do meu interior o fazendo saber o quanto desfruto. A partir desse instante, nossos movimentos refletem o nível de loucura e necessidade que temos um do outro e antes que a gente quisesse, um orgasmo devastador se apodera do meu corpo e eu tremo com volúpia. — Sim, carinho, sim... – escuto ele murmurar enlouquecido. Sua boca procura a minha, que me beija com paixão. Sem se importar com nada nem ninguém, meu amor desfruta de mim como sempre gostou e isso me deixa feliz. Agarrado a minha cintura, se afunda uma e outra vez em mim em busca do seu clímax e quando um forte gemido sai da sua boca e um tremor percorre seu corpo, sei que o prazer o alcançou e nos abraçamos. Permanecemos assim vários minutos, sentindo a brisa do mar que nos acaricia e nos da energia para continuar. Seu cheiro... Seu sabor... Sua essência... Todo ele volta a ser meu, e não penso em me separar de Dylan nunca mais. Depois de alguns minutos, noto que ele passa o nariz pelo meu pescoço e murmura: — Ainda não consigo acreditar que eu tenho você nos meus braços, carinho. — Você tem... Você tem. – Afirmo encantada. Com cuidado, me levanto de suas pernas e ambos sorrimos ao ver o que aprontamos. A calça de Dylan está ensopada dos nossos fluídos, mas não nos importa. A única coisa que nos importa somos nós dois. Nada mais. — Eu tenho terra até no branco dos olhos. – digo, tocando meu rosto. Ele sorri e responde: — Quando chegarmos ao hotel tomaremos uma ducha.

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Adivinha quem sou Após nos ajeitarmos um pouco e fazer com que Dylan vista a camisa por fora para esconder a mancha, caminhamos até o hotel de mãos dadas. No caminho nos beijamos e pronunciamos milhares de promessas de amor. Quando chegamos, sem me soltar e com segurança, ele me guia até os elevadores. Quando as portas se fecham, me aproximo louca de amor, e meu morenaço me pega em seus braços com verdadeira devoção. — Caprichosa, quanto mais eu te olho mais bonita você fica. Sorrio. Quanto eu senti falta do seu galanteio. Sem me soltar, chegamos ao quarto e, uma vez dentro, me olha e confessa: — Senti tanto sua falta, coelhinha. Começo a rir. Não esqueceu esse nome ridículo e respondo: — Tanto quanto eu senti a sua... Lobo. Agora é ele que sorri. Sem duvida alguma, esses nomes ridículos vão nos acompanhar pelo resto das nossas vidas e nós dois estamos encantados. O olhar apaixonado, excitante e quente do meu amor me arrepia. Ele me solta, me joga contra a parede e desabotoa minha camisa, tira e joga no chão. — Eu quero você nua e no chuveiro, disposta pra mim, só pra mim. — Tira minha roupa só pra você. – eu o animo, ansiosa por sexo. Sem demora ele desabotoa minha saia, que também cai no chão, e quando fico só de calcinha e sutiã, me beija e murmura, enquanto tira a roupa também: — Eu diria pra você me seduzir como naquele dia em Marsella, mas estou tão quente, tão louco e desejoso de você que eu não poderia sequer fazer um movimento. Sorrimos. Me pega pela mão e entramos no banheiro luxuoso. Uma vez lá dentro, ele abre a ducha, e sem me soltar, murmura, beijando a mão em que eu levo o anel que ele me deu de presente.

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Adivinha quem sou — Você não tem mais escapatória. É a próxima senhora Ferrasa. Minha Mulher. A água da ducha corre pelos nossos corpos e, me jogando contra a parede, Dylan volta a me beijar. Seus beijos são loucos... Saborosos... Seus beijos são os melhores do mundo... Rendida a ele, desfruto da sua paixão, enquanto a minha própria se desata e me deixo levar. Passeio minhas mãos pelo seu molhado e musculoso corpo e, parando em seu traseiro duro, sussurro: — Você tem o traseiro mais duro e bonito que eu toquei em toda a minha vida. Dylan sorri e me levantando, responde, enquanto introduz seu pênis na minha vagina: — E você tem o rosto, – me beija o rosto — o cabelo, – me beija o cabelo, — a boca, – me beija — e o sorriso mais bonito do mundo. E o melhor, você toda, é absolutamente minha. — Para sempre. – Assinto, extasiada pelo quanto ele me faz sentir especial. — Para sempre. – Ele repete, se afundando em mim.

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Adivinha quem sou Capítulo 23 Como a vida é bela

Meus pais estão impressionados com o que aconteceu. Ainda não conseguem acreditar que eu vou me casar. Eu também não! Quando a minha avó Ankie descobrir quem é a mãe de Dylan, se assustará. E embora a princípio diga para eu não abandonar os meus sonhos por um homem, como ela fez por meu avô, conforme os dias passam suas mensagens mudam e me encorajam a lutar pelo meu amor, e ser feliz com ele. O que tiver que ser, será. Minha avó Nira é outra história. Ela sempre quis que me casasse, agora lamenta, pois se me caso com Dylan, estarei muito longe dela. Quando soube que Los Angeles fica na América, se entristeceu e chorou, mas Dylan tranquilizou-a dizendo-lhe que sempre que desejar ver a sua neta, ela irá. E agora ela tem mais um neto. Minha avó, definitivamente caiu rendida a seus pés. Os gêmeos contemplam Dylan entusiasticamente. Desde o primeiro minuto eles simpatizaram com ele, Garret especialmente, quando Dylan lhe disse uma frase de seu amado Yoda. Argen, meu Argen, sorri feliz. Ele diz que, incontestavelmente, somos feitos um para o outro. Que ele é uma ótima pessoa e que finalmente conheci alguém que combina comigo. Eu me limito a ser apenas feliz. Como a vida é bela! Dias depois Tony e Tito vão à Los Angeles, mas prometem não dizer nada ao pai de Dylan, e deixar que seja este que lhe dê a notícia do casamento. Eu entendo. Se fosse ao contrário, também gostaria de contar aos meus pais.

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Adivinha quem sou Antes de irem, Tony e Tito repetem mil vezes que não são gays. Eu deixo pra lá, eles não. Eles também me confessaram que acompanharam o Dylan, só para ver se era verdade que ele me pediria em casamento. De acordo com eles, Dylan, era o anti casamento da família, mas ao me conhecer ele mudou. Que máximo! Ligo para Coral para dar-lhe a notícia, ela quase tem um ataque cardíaco. Primeiro me assusta, me chama de estúpida, louca, etc, etc, mas quando eu lhe conto tudo o que aconteceu, minha amiga se descontrola e chora emocionada. Mostra sua veia sentimental de sempre, e pede que eu seja muito feliz, que ame Dylan e que me deixe ser amada por meu grande amor. Depois de uma semana na qual me aconteceu a coisa mais romântica que eu nunca pensei que me aconteceria na vida, Dylan já é mais um da minha família. Todos o aceitaram com prazer e o tratam com muito carinho. Ele fica na minha casa, e dorme comigo no meu quarto. Vê-lo o tão entrosado com minha família, é uma das coisas mais bonitas que já me aconteceu e eu não consigo parar de rir quado nos acompanha a um dos concertos da vó Ankie e sua banda. No início, sua expressão, como todos que veem minhas avós pela primeira vez, é de ceticismo. Mas então, quando entram ação, a surpresa é total. Nestes dias, meu amor e eu conversamos muito. Dedicamos-nos a nos conhecermos. Ele fala de sua mãe e, em geral, dos Ferrasa. Todos, com exceção dele, que se formou em medicina, e seu pai, que é um advogado, trabalham com música. Como já sei, sua mãe era cantora,

seus

tios,

incluindo

Tito, músicos. Tony é compositor e Omar produtor musical. Eu já sabia. A Internet serve para o bem e para o mal, e eu descobri quando procurava informações sobre ele. Mas estou inquieta. Entrar para sua família me deixa nervosa. Muito nervosa. Eu sei que com eles tenho a oportunidade de uma carreira musical e pensar nisso me dá medo. Na verdade não falo disso, nem mesmo com Dylan. É uma questão que ele, de sua parte, se omite,

e,

por

enquanto,

decido

respeitá-lo.

Eu

ele porque eu o amo, não para conseguir nenhuma vantagem profissional.

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estou

com


Adivinha quem sou Dylan me mima dia e noite. Faz todos os meus desejos e tenta se integrar totalmente no meu mundo. Já conheceu Luis, Arturo e o pequeno Marco. O dia em que eu digo a Luis que ele é o homem do barco que eu achava que era gay, meu amigo ri muito. Ele diz que Dylan exala heterossexualidade em abundância. Eu digo que no barco minha vista e meu radar estavam atrofiados. Aparentemente, nada do que Dylan descobre sobre mim o desaponta. Ao contrário, meus amigos lhe parecem interessantes e jovens, e isso me faz rir. Às noites me acompanha ao meu trabalho no hotel. Ele assiste ao show sem perder nenhum detalhe dos meus movimentos e, depois, tomamos alguma coisa e fazemos amor na praia ou onde der, com verdadeira paixão. Desejamos-nos. Quando descobre meu lado surfista, algo que ele também pratica, fica boquiaberto. Ele não esperava por isso. Encantada, eu o levo para a praia das Palmeras, ao Callao, ao Conquistador, Almaciga... E surfamos juntos, e apresento-lhe mais amigos. Inclusive o levo ao Siam Park, onde curtimos assistindo os que surfam em ondas artificiais. Nestes dias, fica claro que a cozinha não é minha área. Dylan se diverte ao descobrir. Cozinha muito melhor do que eu. Mas, graças à minha avó Nira e minha mãe, ele prova o choco, as batatas amassadas, as batatas com molho picante, o rancho canário, coelho no gaspacho e intermináveis pratos que ele gosta e come com prazer. Eu o mostro Tenerife. Caminhamos ao longo das praias, pelos bairros, tais como Salud, Los Gladiolos ou Miramar e nos beijamos em quase todos os cantos. A atração que sentimos um pelo outro é descontrolada e amamos. Nós conversamos sobre o casamento. Dylan está ansioso para eu definir uma data, mas prefiro esperar. Eu o amo... Eu o adoro..., mas com algo assim, acredito que a pressa não é boa. Pergunto por Omar e fico contente em saber que tudo mudou, e que já voltaram a ser os irmãos Ferrasa unidos de sempre. Certa manhã em que estamos na praia, depois de surfarmos e cravarmos nossas pranchas na areia nos sentamos e ele me diz:

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Adivinha quem sou — Eu acho que já está na hora de ir para Porto Rico conhecer meu pai. O que você acha? — Bem, – respondo um pouco intimidada – mas, o que pareceu para seu pai nossos planos? Dylan sorri amargamente e responde: — Eu não vou mentir. Como um bom advogado e ogro oficial, – isso me faz rir — ele não será fácil, mas acho que quando te conhecer irá te adorar. Bom, apesar de que o fato de você ser cantora como minha mãe, vai nos dar mais dor de cabeça. — Por que? — Porque o trabalho de minha mãe foi a causa de seus dois divórcios e seus três casamentos. — Não me diga! — Ambos eram muito apaixonados. – explica-me. Surpresa com essa revelação, eu o vejo sorrir com tristeza e me beijando, propõe: — Podemos passar algumas semanas com o meu pai, como eu estou passando com sua família e, em seguida, ir para Los Angeles. Eu quero a nossa vida se normalize e assim posso retornar ao trabalho antes do Natal e... — Espera... Espera... Espera... Dylan olha para mim. Sua expressão endurece e diz: — Yanira, eu vim te buscar. Se fosse por mim, amanhã nos casaríamos. Não quero me separar de você, e minha intenção é que não nos afastemos. Isso me perturba. Eu pensei que ele iria voltar para Los Angeles e depois de um tempo... Mas não. Eu vejo que estes não são seus planos. Eu o olho perplexa. Isso significa deixar tudo e não ver minha família por um tempo. Dylan, me olha, intuindo o que eu penso e diz: — Vamos voltar sempre que puder, eu prometo.

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Adivinha quem sou Ao olhar para ele, meu coração dói. O que devo fazer? Se ele se for, e eu não o tiver ao meu lado, sei que sofrerei, que ficarei mal. Se eu for, e não ver minha família, também ficarei mal. Fecho os olhos. Deixo o sol bater no meu rosto e meu coração dá a resposta. Quando abro os olhos, já está claro o que devo fazer. Se Dylan me deixar, vou morrer de tristeza. Eu realmente quero estar com ele e nos separarmos não será fácil. Determinada a fazer a maior loucura da minha vida, o beijo e quando me separo de sua boca, digo: — Tudo bem. Eu vou com você. Ele suspira aliviado e beijando-me, murmura: — Não vai se arrepender, querida. Aproveitaremos a vida, viajaremos e te mostrarei os lugares mais bonitos do mundo e... — Um momento. – eu o interrompo – Eu quero fazer tudo o que você diz, mas eu também quero deixar claro que não vou desistir do meu sonho... — Eu não quero que faça isso – responde sério, ao entender sobre o que estou falando — Eu só peço um tempo para mim. Para nós. Eu sei que você não entende agora, mas quando estiver dentro do furacão que é uma vida artística, você entenderá. Eu não sei o que dizer. Ele viveu toda a sua vida entre músicos e certamente sabe do que está falando. Fazendo-me cócegas para mudar a minha expressão séria, pergunta: — Você já pensou em uma data para o casamento? Sua insistência me faz rir. Todos os dias ele me pergunta, e ao me lembrar de uma conversa que tivemos no barco, respondo brincalhona: — O que acha de 14 de fevereiro? Ele fica pasmo. — O Dia dos Namorados? – pergunta. Essa data é muito típica e sei que ele odeia, mas é divertido ver sua cara, assinto e, para deixá-lo bravo, digo:

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Adivinha quem sou — Você não acha romântico nos casarmos neste dia? Dylan olha para mim. O “anti casamento” se casando em 14 de fevereiro? Mas logo a seguir diz que sim com a cabeça. — Tudo bem. – diz ele — Nós nos casaremos neste dia, em Los Angeles. Pelo amor de Deus, ele levou a sério? — Eu disse de brincadeira, Dylan. — Mas, eu não. – ele ri. Incomodada com sua segurança, insisto: — Mas, meu filho, como vamos casar neste dia? Deitando em cima de mim, ele me beija e levando-me onde ele quer, ele responde: — Vamos nos casar nesse dia, baby, porque eu te amo, você me ama e é um dia maravilhoso para se casar. E quanto a Los Angeles, você escolheu a data e eu proponho o lugar. Eu cuidarei de todas as despesas de viagem de sua família. Não se preocupe com nada. Agora, não pense mais nisso e beije-me, caprichosa... Eu faço isso. Como sempre, sua boca me faz perder a cabeça e, em seguida, afasta-se de mim e diz: — Amanhã eu vou ligar para Tony e pedir-lhe para organizar a viagem para Porto Rico para daqui uma semana. Ficaremos lá por quinze dias e depois vamos para Los Angeles. Tenho que voltar ao trabalho. Vou me casar e tenho que manter a minha mulherzinha. Ambos sorrimos. Mas me assusta o que ele diz, porém estou tão feliz que eu não posso resistir. Vou conhecer Puerto Rico e Los Angeles! Além disso, eu vou viver em Los Angeles! Que legaaaal!

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Adivinha quem sou Estou animada pensando nisso, quando Dylan, olhando sério e acariciando minha mão, diz: — Você vai ter que falar com o seu chefe no hotel e dizer que vai deixar o seu emprego. Assinto. Isso me entristece e corta o romance. Adoro cantar com a banda. — Quando chegarmos a Los Angeles. – insisto – Eu quero trabalhar em algo ou... Dylan me beija, e sem me deixa terminar a frase, murmura: — Você não tem porque trabalhar, querida. Posso mantê-la. Eu tenho condições e você sabe disso. — Não falo de trabalhar cantando em hotéis. Eu estou falando sobre... — Não. – respondeu sem rodeios. — Dylan... — Ouça, Yanira, – diz tomando meu rosto em suas mãos – Vamos começar uma nova vida. Deixe-me ser egoísta por um tempo. Eu preciso de você. Eu quero você só pra mim, só pra mim, ok? Não sei o que ele quer dizer. Eu já sou dele e ele sempre me terá só para ele. Mas eu estou tão apaixonada que respondo: — Você vai ficar mais tranquilo se eu comprar uma chave do meu coração e te dar? Dylan sorri e toca a chave pendurada entre os meus seios, assente com a cabeça murmurando: — Sem dúvida, sim. Naquela noite, quando chegamos à casa dos meus pais durante o jantar, informamos a data e o local do casamento. Minha família se emociona, e Garret, observando-nos com sua camisa Han Solo, diz, fazendo todos rirem:

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Adivinha quem sou — Eu tenho algo a dizer. Vocês são uns patetas escolhendo 14 de fevereiro.

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Adivinha quem sou Capítulo 24 Detalhes

Uma semana depois, quando chegamos ao aeroporto Luis Muñoz Marín em San Juan de Puerto Rico, estou com sono, mas rapidamente desperto. Lá Tony nos espera com seu carro. Os dois irmãos se abraçam, contentes em se ver, e depois me abraça e, quando se afasta, murmura: — Lembrando-lhe que não sou gay. Caso tenha esquecido. Lhe dou um soco fictício no estômago, enquanto Dylan solta uma gargalhada e, eu rindo também, reclamo: — Ah, sim, chato. Isso eu já sei. — Bem-vinda a Porto Rico, a Pérola dos Mares. – diz Tony — Vamos, te mostraremos algo da ilha antes de ir para a casa do Ogro. — Bem – protesto — Por que chamam seu pai assim? Os dois irmãos se olham e, com expressão de desagrado, Dylan responde: — Você mesmo vai comprovar. Isso me inquieta. Será tão intratável como dizem? Mas feliz de estar neste lugar maravilhoso, me sento no banco de trás do carro de Tony e sorrio. Quando sai, o ar frio me bate no rosto. Dylan se vira, pega minha mão e me conta curiosidades dos lugares por aonde vamos passando, como fiz quando mostrei Tenerife. Tudo é lindo. Insular. Maravilhoso. Encantador.

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Adivinha quem sou Puerto Rico cheira a música, a vida, a alegria, a salsa. Paramos em um lugar chamado Pueblo Viejo para tomar algo. Lá, Dylan e Tony me apresentam alguns amigos e passamos um tempo agradável com eles. Então, quando estamos de volta no carro, sou informada que o nome oficial da cidade onde foram criados e onde seu pai vive é San Antonio Del Dorado, embora seja conhecida como El Dorado. Um município do litoral norte da ilha. Depois de uma hora e de atravessar alguns bairros, Tony para o carro em frente de uma bonita praia. Leio “Rua Kennedy”. Dylan abre a porta, desce e estende a mão para mim. — Minha mãe, que lugar incrível! – exclamo, enquanto desço também e vejo a bela praia com suas árvores tropicais. Feliz ao ver como olho ao meu redor, meu amor murmura: — Querida, bem-vinda à casa da família. Olho para onde ele aponta e vejo um portão preto com um letreiro quadrado que anunciapomposamente: “Vila Melodia”. Que nome tão bonito para uma casa. Sem me soltar, me aproximo do portão, que abre sozinho. Diante de mim aparece um jardim impressionante e, ao fundo, vejo um casarão de infartar, desses que minha avó vê nas revistas. — Você foi criado aqui? Dylan concorda e eu acrescento: — Vamos, igualzinha a casa dos meus pais, de setenta e cinco metros quadrados. Meu amor sorri, e me aproximando dele, responde:

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Adivinha quem sou — Não se deixe impressionar pelo material, carinho. Isso é o que tem menos valor para mim. Assinto. Não duvido que nao tenha valor para ele, mas certamente, o que não pode negar é que viver como tem vivido não é algo que todos os mortais possam se permitir. — Vamos, pombinhos... Subam no carro. – Tony nos estimula. O fazemos e Dylan me senta no banco da frente, em suas pernas, enquanto me agarra com força pela cintura. O trajeto é curto e me garante que dentro do terreno não há perigo. Encantada, aceno pra várias mulheres e homens com os quais cruzamos e Dylan explica: — São os trabalhadores do meu pai. Vivem nas casas que vê ao fundo da propriedade. Eu irei te apresentar. Quando Tony para o veículo, nós três descemos e alguns homens se aproximam e abrem o porta-malas para pegar nossa bagagem. Um deles pergunta: — Fizeram boa viagem, senhores? — Uma viagem estupenda, Pascual. - Dylan responde sorrindo. Nesse momento, aparece uma mulher mais velha que, com um sorriso caloroso, desce as escadas e, abrindo os braços, diz: — Meus homenzarrões voltaram! Tony a pega nos braços e a beija. A mulher ri e protesta igualmente e, quando a solta, Dylan a abraça enquanto ela fecha os olhos e exclama: — Bem-vindo de volta, meu coração. Então, Dylan me pega pela mão e me apresenta: — Tata, essa é Yanira. Yanira, essa é minha Tata. A mulher de cabelos grisalhos e eu nos olhamos. Nós fazemos uma varredura como só as mulheres sabem fazê-lo em busca de informações e vejo seus olhos param em minha mão, onde tenho o anel que Dylan me deu. Sorri e me abraça enquanto diz:

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Adivinha quem sou — Me alegra muito ver que meu menino já escolheu. Sou a Tata e espero que goste de mim tanto quanto já gosto de você. Sua afetividade, seu abraço e seu sotaque caribenho me encantam, no que respondo sorridente: — Obrigada, Tata. — Qualquer coisa que você precise, não hesite em me pedir. – me assinala — E quanto ao Ogro, fique calma. É difícil no começo, não será fácil, mas não come ninguém. Ele gosta de dar medo. Meu estômago cai. Todos falam dele como o Ogro e eu já não sei o que pensar. É tão ruim? Vou dizer algo, quando Dylan diz a mulher: — Tata... Tony, sorrindo por minha cara de espanto intervem: — Tata, não a assuste. A mulher revira os olhos e, me olhando, sussurra: — Lembre, paciência e não se intimide. É como você ganhará o mal-humorado. Apenas acaba de dizer isso, quando ouço uma voz rouca que grita: — Já era hora de chegarem. Informaram-me que o avião de vocês aterrissou tem horas. Aonde vocês se meteram, garotos? Ao levantar os olhos, no alto da escada vejo um homem sentado em uma cadeira de rodas. Isso me surpreende. Dylan não tinha me dito. Sua pele é mais escura do que a dele e tem o cabelo grosso e negro. Seus olhos, no entanto, são claros. Olha-me sério e intimidador. Minha mãe o que me espera com o mal-humorado...!

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Adivinha quem sou — Papai, o que faz na cadeira? – Lhe repreende Dylan. — Bem, já chegou o doutor. – replica seu pai. — Tata, – Dylan continua — quero a cadeira para já! — De acordo, filho, de acordo – concorda a mulher sorrindo diante da cara de desconforto do seu chefe.

Então, me puxando, Dylan me faz subir os degraus e, me colocando na frente de seu pai, diz: — Papai, eu apresento Yanira Van Der Vall. Yanira, meu pai, Anselmo Ferrasa. O olhar incisivo do homem se crava em meus olhos, com os nervos, eu começo a rir. Tento me conter, mas sou incapaz. Ele pergunta muito sério: — Eu sou engraçado? Nego com a cabeça. Minha mãe, que mau pressentimento. E tentando ser correta, murmuro: — Não, senhor. Mas quando fico nervosa eu rio. Me olha alguns segudos e finalmente alfineta, ainda sério: — Curioso o nervoso seu. Vou abaixar para lhe dar dois beijos, mas ele me corta estendendo a mão. Tento que não note minha decepção e lhe estendo a minha. Ao pega-la, repara no anel que uso e sua cara se contrai. O olha por alguns segundos em que eu acho que vai dizer algo a respeito, não precisamente agradável, mas depois de me dar um apertão, me solta e pergunta: — Por que demoraram tanto? — Mostramos um pouco da ilha para a Yanira, papai. – responde Tony.

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Adivinha quem sou Enquanto conversam, vejo ao lado do homem um pug (raça de cachorro) pequeno, compacto e cor de areia, de cara chatada e enrrugada. Que lindoooooooo! Encantada, estendo a mão para tocá-lo e, se não a tiro, me arrancava. Fico quieta olhando-o alucinada, quando ouço o pai de Dylan dizer: — Cuidado com Pulgas, jovem, ele não gosta de estranhos. Se olhares matassem, eu me cabaria de socar o chato do Pulgas e seu dono. Bem os dois! — Te fez alguma coisa, querida? – Dylan pergunta preocupado, pegando minha mão. — Não, calma. Não aconteceu nada. Durante alguns instantes que para mim parecem eternos, seu pai e eu nos olhamos nos desafiando até que o velho diz: — A comida está esfriando. Vocês têm cinco minutos para se lavarem. Vamos, Pulgas. E sem dizer mais nada, faz a cadeira de rodas girar e desaparece no interior da casa, seguido pelo cão. Ofego e respiro fundo, quando ouço Tata exclamar: — Maldito cão. Sorrio e tentando amenizar o assunto, repito: — Calma. Não aconteceu nada. Dylan, que sinto que tem problemas com seu pai, me dá um beijo na cabeça e murmura: — Não se preocupe. Tudo vai ficar bem. Convencida de que o Ogro pretende desfrutar às minhas custas, sorrio e respondo:

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Adivinha quem sou — Não dúvido! — Tata, mostre o quarto para que ela se refresque. – ordena então à mulher. E, dito isso, ele sai com Tony. Ela e eu entramos na impressionante casa. A primeira coisa que me chama a atenção é o silêncio. Um silêncio denso, incômodo. Um silêncio que não gosto nada. Mas o lugar é impressionante. Mármores no chão, luxo e elegância aonde olhe. Subimos uma majestosa escadaria e, ao chegar ao patamar, vejo um corredor com várias portas. Tata abre uma e me informa: — Este é o seu quarto. O de Dylan é a segunda porta à direita. – Me pisca um olho e sorrio. — Refresque-se e depois vá para a sala de jantar. Esperamos-te. Quando estou sozinha no quarto, olho ao redor. O quarto é lindo, mas me incomoda não dormir com Dylan. Sem tempo a perder, entro no banheiro, lavo meu rosto e as mãos e decido me apressar. Não quero que o pai de Dylan me esmague. Desço a escadaria que acabo de subir e, e ao chegar na porta da sala, ouço a voz do homem dizendo: — Você tinha que dar-lhe o anel de sua mãe? — Sim, papai. - ouço Dylan responder. — Anselmo, – intervém Tata — o anel é do menino e ele pode dar a quem ele quiser. — Mas era de sua mãe. – insiste o mal-humurado. Apoio-me na parede, assustada. Está claro que isso será difícil. E não posso fugir daqui, não tenho para onde ir! — Mamãe me deu esse anel como a Tony e Omar deu-lhes outros. – ouço Dylan dizer – Ela sempre disse que só deveríamos entregar a mulher que acreditássemos que teria nosso coração. E Yanira tem o meu. Portanto, o carregará como mamãe teria gostado.

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Adivinha quem sou Estremeço ao ouvi-lo dizer isso. É um amor! — Olhe seu irmão Omar. – continua a voz do pai — Cada divórcio tem nos custado uma dinheirama. As mulheres com quem tem se casado tem sido todas umas aprovei... — O que faz ou deixe de fazer Omar com sua vida ou suas mulheres não me incumbe. – Dylan o corta — Eu só me importo com a minha futura esposa. Com nada mais. Olé meu garotão! Sua resposta me dá forças e tomo ar para entrar na sala. Seja o que Deus quiser. Entro com passos seguros e vejo que Tony não está. Só Dylan, seu pai e Tata. Ao me ver, meu moreno, se aproxima de mim, pega a minha mão e, depois me beija, me olha como se me dissesse para não me enervar. — Nós nos casamos em 14 de fevereiro em Los Angeles. Yanira será a próxima Sra. Ferrasa. Tata aplaude e, feliz, nos abraça e felicita. Mas eu não posso afastar o olhar do homem que nos observa de sua cadeira de rodas. E finalmente digo: — Senhor, asseguro-lhe que estou apaixonada por seu filho e... — Veremos quanto tempo dura esse suposto amor. – me corta ele. — Papai... – murmura Dylan, raivoso. — Anselmo, por favor. – intervém também Tata. Mas ele, cego e sem se importar com o que penso, continua, olhando seu filho: — Loira e cantora. Você a conheceu no navio onde você estava, claro. O que faz pensar que ela é a mulher da sua vida e não uma que se aproveita da sua posição para ter sucesso na música? — O que?! – Sussurro espantada.

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Adivinha quem sou — Calma, querida, – me pede Dylan e, olhando seu pai, grunhe — Nem todo mundo é tão desconfiado como você. Às vezes você tem que se deixar levar pelas percepções e sentimentos. Por que... — Não comece a falar de sentimentos como sua mãe. Dylan bufa e eu não dou crédito. Finalmente, responde: — Ela se deixou levar por sentimentos e por isso se casou três vezes com você. Deveria entender do que falo, você não acha, papai? Sem um pingo de piedade, eu o vejo pegar uma pasta de cima de uma mesa e, jogando-a sobre a mesa da sala de jantar, diz: — Aqui, descubra quem é essa garota. Espero que aqui você encontre seus “sentimentos”. Atonita, olho a pasta que diz "Yanira Van Der Vall”. Solto um grito de indignação. Cravo meus olhos em Dylan, mas ele me pede silêncio. Olha para o pai e diz com voz calma: — É sério que tem investigado Yanira? O homem assente e o rosnado do cão me faz olha-lo. É repulsivo o fodido animal...! Apoiando-se na mesa, o ogro se levanda da cadeira de rodas e, com uma expressão que assustaria até mesmo o diabo, grunhe: — Você duvida? – Dylan almadiçoa e seu pai continua: — Por Deus, tem 26 anos e você 37. Você a conheceu a menos de três meses. Onde está a cabeça, filho? Casar com ela? Você enlouqueceu? Nesse momento recordo isso de que a idade só importa em vinho e queijo, mas não me parece ser o momento de dizer o que penso, assim me calo enquanto o homem grita:

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Adivinha quem sou — Sua família tem um negócio de que vivem todos, embora, pelo que tenho visto não vai mal. Ela canta em hotéis e... — Papai, basta! – lhe corta Dylan, cego. Pulgas late e vejo que Tata lhe dá um pontapé. Por todos os Santos! Se me furam, não sangro! Que situação o Ogro e seu mascote. Grande hospitalidade! Uma menina loira e cantora de banda é a mulher que quer para você? Será que posso saber no que está pensando? Eu pensei que você era diferente de seus irmãos, e que buscava outra coisa, como a Dra. Caty Thomson, de Los Angeles. Caty é o tipo de mulher que você precisa para te dar estabilidade e filhos. E inumeras vezes demonstrou que ama você, sempre ao seu lado e esperando. Esta não é nada mais do que uma cantora que mal conhece. Pelo amor de Deus, filho, já não teve o bastante com uma mãe cantora? Pedaço de dardo envenenado que acaba de me atirar o velho ao mencionar essa Caty. Seu comentário é, um pouco, ofensivo para mim, que sou a cantora loira. Ah... e uma menina! Observo como Dylan o confronta e penso em Caty Thomson. É a primeira vez que eu ouço falar dela, mas estou segura de que não será a última. Tata também se mete na discussão e, quando não posso mais, me coloco na frente do homem desagradável que me olha amargamente e digo: — Acho que é muito rude o que você está fazendo. Tenho 26 anos, sim, e eu sou loira e cantora, mas isso não quer dizer estúpida, nem aproveitadora. E quanto a investigar sobre

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Adivinha quem sou mim ou minha família como se fossemos criminosos, me incomoda, me irrita e me faz querer trazer o pior em mim. — Se te incomoda ou irrita, não importa nenhum pouco. É um bastardo, o sujeito! — Querida, não se incomode... — Oh, bendito Deus. – sussurra Tata. — Tenho uma família trabalhadora e descente, – prossigo, ignorando as palavras de Dylan — que nunca ofenderam ninguém como você está fazendo. E quanto a minha voz, eu... — Não me conte histórias, loira. – ele me interrompe — Dinheiro e fama são muito apetecíveis para muitas mulheres. Eu simplesmente vejo pelo bem do meu filho. Olho a mesa e me contenho para não pegar uma faca e laçar-me sobre ele. — Meta seu fodido dinheiro onde lhe caiba. – grunho, perdendo os papéis. — Yanira! – Dylan grita. — Devolverei a Dylan o anel de sua mãe. – continuo furiosa — Não preciso de nenhuma jóia para amar o seu filho. Amava-lhe sem este anel eu ainda posso amá-lo sem ele. Com gesto raivoso, tiro o anel e o jogo sobre a pasta onde supostamente minha vida está escrita em algumas folhas. Dylan me olha incredulo e então seu pai solta: — E ainda por cima respondona? Com vontade de estrangular esse antipático, me volto com toda minha fúria espanhola e respondo, enquanto contenho minha raiva: — Respondona com as pessoas que o merecem. E você merece. Olho para Dylan, seu rosto está tão descomposto quanto o meu, e digo:

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Adivinha quem sou — Vou embora daqui. Saio quase correndo da sala, mas antes de chegar à porta, seus braços me rodeiam e me param. Sussurra maravilhosas palavras de amor. É o que eu necessito. Ficamos assim algum tempo e em seguida me beija na cabeça e se desculpa: — Sinto muito, querida. Eu sabia que seria difícil, mas... — Eu quero ir embora daqui. – o corto, prestes a chorar. — Shhh... Amor. Calma. Respiro com dificuldade e sinto que estou me afogando, mas os mimos que Dylan me dá me tranquilizam. Eu nunca me senti tão mal com ninguém. Se passaram apenas dez minutos, mas foram o suficiente para saber que esse homem me odeia... Por ser jovem, cantora

e

loira.

Tenho vontade de chorar, mas eu não vou fazer. De repente, vejo seu pai atrás de nós e me assusto. — A comida está esfriando. – ele nos diz — Vamos, entrem. Dylan e eu o olhamos. O homem, de novo sentado na cadeira de rodas, nos olha com semblante impassível. A raiva me corrói por dentro quando vejo qua dá a volta e desaparece no corredor. Dylan, ofuscado e se importar com nada, pega a minha mão e me puxa para a porta da rua. Saímos e o ar fresco me bate no rosto. Respiro aliviada. E nesse instante Tony chega, que sobe os degraus de dois em dois e pergunta: — O que ocorre? — Vamos embora. – responde Dylan. Seu irmão o agarra pelo braço e pergunta:

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Adivinha quem sou — Não será pelo que imagino... Dylan assente e ouço Tony soltar um palavrão e toca o cabelo escuro. Olha para a direita, bufa, e depois, olhando seu irmão, diz: — Já o conhece. O que esperava que fizesse? Ele não responde e eu, incapaz de me calar, pergunto, me soltando de sua mão: — Por que me trouxe aqui sabendo o que ia acontecer? Vejo os irmãos se olharem. A dor atravessa seus rostos e Dylan responde: — Porque ele é meu pai e ele tinha que conhecê-la mais cedo ou mais tarde. O olho espantada. Agora eu entendo a paciência que Tata me pediu que tivesse. Começo a rir, e Tony que conhece o motivo desta, diz: — Isso é o que meu pai precisa. Rir dele. Mostre-lhe que você também tem caráter e assim o ganhará. Se deixar que te vença, nunca te respeitará, como nunca respeitou as mulheres de Omar. — Tony, – murmura Dylan, desconfortável — tenhamos a festa em paz. Tem sido bastante inconveniente e tudo para... — Permite que ria dele? – o corto de repente. — Não... Foda. Não quero que ria do meu pai. Ok, eu entendo. Eu tampouco iria querer que rissem do meu, mas insisto: — E esta batalha? Dylan bufa. Não sei o que dizer e finalmente responde:

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Adivinha quem sou — Ouça, querida, já o conheceu. Podemos ir daqui e não tem que vê-lo novamente até o dia do casamento. Não pretendo que entre em seu jogo absurdo, desnecessário. Eu sei que você me ama e você sabe que eu te amo, não preciso de mais nada! Furiosa com o que esse velho fodido é capaz de fazer para incomodar os que têm por perto, ergo o queixo e, olhando o homem maravilhoso que está ao meu lado, proponho: — Vamos voltar para a sala de jantar. — O que?! Tony sorri, se aproxima de mim e me dá um beijo na bochecha. E antes de entrar na casa, me anima: — Dê ao velho o que ele merece, Yanira! Quando se vai nos deixando sozinhos, tomo ar e, olhando para Dylan com segurança, digo: —Não suporto ter investigado minha família e quero que você saiba que nem ele nem ninguém pode comigo. Prometo-te que irei controlar todas as minhas respostas e não cairei na grosseria ou vulgaridade. Seu pai acabou de encontrar de frente quem desejava. Ele vai saber como são as espanholas loiras, se você me permite. Minhas palavras o desconcerta, mas finalmente sorri e responde: — Permito se você me disser algo carinhoso. Ao entender o que se refere, reviro os olhos e murmuro: — Eu te amo, querido. Dylan sorri e, me beijando, concorda: — Vamos, Caprichosa, vamos mostrar ao Ogro como é minha linda esposa.

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Adivinha quem sou Tomando ar e contendo as lágrimas, o beijo, o agarro com força pela mão e deixo que me leve de novo a sala de jantar. Tata, Tony e o pai de Dylan nos esperam. Sobre a mesa segue a pasta com as informações sobre mim, e também o anel. Tony pisca para mim. Tata, ao passar do meu lado, aperta minha mão por um momento para me incentivar e me sinaliza uma cadeira ao seu lado. Corajosamente, eu pego a pasta e o anel. O Ogro me olha e eu olho também, desafiador, enquanto coloco o anel lentamente. Então eu volto para Dylan, que me observa, e lhe entregando a pasta, digo: — Aqui, querido, depois o lemos juntos. Certifique-se de descobrir coisas sobre mim que nem eu sabia. O Ogro franze o cenho. Certo. Eu gosto disso. Dylan sorri e me aproximo de Tony, o abraço por trás e, depois de dar um beijo na bochecha, lhe digo no ouvido: — Você é o amigo mais maravilhoso que eu conheço e se eu não tivesse me apaixonado por seu irmão, eu teria me apaixonado por você. Depois me aproximo da cadeira que está à direita de seu pai e nela está Pulgas. Sem socos, tiro o cão com um tapa e o animal rosna. Uma vez a cadeira livre, eu sento, olho o dono do bicho e, depois de piscar, digo: — Tenho uma fome terrível, com o que vou me deliciar, senhor? Anselmo Ferrasa me olha intrigado. Ele não esperava essa reação de mim e não responde nada.

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Adivinha quem sou Momentos depois, umas mulheres do serviço entram na sala e me olham estranhas ao me verem sentada ao lado de seu senhor. Eu sorrio. Colocam pratos distintos sobre a mesa. Observo a comida encantada. Saladas, frango, ovos com maionese, vegetais. Tudo parece bom e me sirvo. Comemos em silêncio. As refeições em minha casa são puro caos e uma oportunidade para conversármos. Eu acho que eu nunca estive em uma refeição onde todos estão em silêncio. Mas nesta casa se calam e comem e eu decido fazer o mesmo. Dissimulando, observo como o pai de Dylan me olhar comer. O tenho hipnotizado. Embora ter o estomago cerrado pelos nervos por causa da situação, devoro como uma possuída até que o ouço dizer: — Tem um bom apetite. Isso me faz olhar para ele e, sorrindo, respondo: — Quando me desafiam me da fome, à você não? Meu comentário não sei se o incomoda ou gosta, porque não sorri. Mas ao ver seus olhos, sei que achou graça e afirma: — Não costumo me equivocar. — E se o faz pede desculpas? — Depende. Talvez por algumas coisas. O olho, sorrio e, com um dos meus olhares, sentencio, antes de meter um pedaço de carne na boca: — Comigo o fará por todas.

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Adivinha quem sou Com o canto do olho, vejo que, finalmente, os cantos de seus lábios se curvam ligeiramente, enquanto come um pouco de salada. Já sei com quem Dylan se parece. É esculpido pelo mesmo padrão de seu pai.

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Adivinha quem sou Capítulo 25 Rejeitada

No dia seguinte, quando abro meus olhos e me vejo sozinha naquele quarto enorme, eu quero morrer. Não quero estar aqui. Eu não quero ter de enfrentar o pai de Dylan e não quero discutir, nem com ele nem com ninguém. Por que eu concordei em ficar? Depois de tomar um banho, eu coloco jeans, uma camisa, as lentes e deixo o quarto. A casa está tranquila e isso me deixa nervosa. Parece um mosteiro. Quando eu chego à cozinha, vejo uma mulher que não conheço. Ela se apresenta como Elsa e eu sorrio e me apresento também. Então a porta se abre e entra Tata, que me abraça quando me vê. — Oi, linda, como dormiu? — Bem. Muito bem. Sorrio ao lembrar que Dylan veio ao meu quarto no meio da noite e fez amor comigo com luxúria. Lembrar como mordeu meu lábio inferior enquanto me penetrava contra a parede do banheiro me excita, e balançando a cabeça para parar de pensar nisso, pergunto: — Tem Cola Cao (achocolatado) ou Nesquik? A mulher assente. Pega de um armário um pote de Cola Cao, e enquanto Elsa deixa a cozinha, oferece: — Quer um copo de leite? Para não fazer feio, eu digo que sim. Dois segundos depois, deixa o copo de leite, o pote de Cola Cao e uma colher na minha frente. Sem hesitar, eu pego a colher, abro o pote e enfio uma colher de cacau na boca. Mmmmm... Eu amo isso!

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Adivinha quem sou A mulher me olha espantada, e então, eu ouço uma voz forte dizer à minha direita: Pelo amor de Deus, por que fazer essa vergonha? Eu engasgo, tusso. Afasto o copo de leite, e Cola Cao sai pelo meu nariz. — Oh, Deus. – sussurra Tata. O pai de Dylan me olha furioso, enquanto eu me sinto mais ridícula, com a boca e lábios sujos de chocolate. Rapidamente, Tata limpa com uma toalhinha o leite que derramei no balcão e eu tomo um copo de água para conseguir respirar. Senhor, estou me afogando e ninguém percebe! — Tata, acho que terá que ensiná-la comer também. – diz o homem. Nossos olhares se encontram. É claro que não vai tornar tudo fácil para mim. Quando ele se vira e sai da cozinha, Tata me diz: —Você está bem, querida? Eu assinto. De repente ouço um grunhido. Olho para os meus pés e Pulgas, que estava lambendo o leite do chão, me olha e me mostra os dentes em desafio. Afasto-me para longe dele. Não confio neste cão. Vou para o jardim e vejo Dylan sentado com seu irmão, Tony. Aproximo-me deles, me acomodo nas pernas de meu menino e esqueço o que aconteceu. Nós conversamos por um tempo e, entre risos, me contam travessuras de quando eram pequenos. De repente, ouço o choro de uma criança. Movo a cabeça para saber de onde vem, e vejo uma mulher segurando uma garotinha pela mão. A mulher pára, se abaixa e sacode a criança, que chora ainda mais. Isso me revolta e pergunto: —Quem é essa mulher? Tony e Dylan olham e o seu semblante se fecha. Ele diz:

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Adivinha quem sou — É Elsa, uma das cozinheiras da casa, com sua sobrinha. É a mulher que eu acabei de conhecer na cozinha. A sigo com o olhar, até que a perco de vista, logo esqueço e volto a me divertir com o que meu menino e seu irmão me contam. À noite, depois do jantar, Tony sai, Tata vai dormir e o ogro desaparece. Dylan e eu sentamos na confortável sala de estar e decidimos ver um filme. Nós olhamos a programação do canal pago e escolhemos Homem de Ferro 3. Tanto ele quanto eu gostamos de filmes de ação. — Você sabe se Tata tem pipoca na cozinha? — Não sei, eu vou olhar, mas não me surpreenderia. Às vezes eu a vejo fazendo para sobrinha da Elsa. – Dylan responde, e me beijando, acrescenta antes de levantar — Não saia daqui. Já volto. Enquanto espero, brinco com controle remoto da TV e procuro a MTV. Miley Cyrus está cantando sua famosa Wrecking Ball e eu cantarolo. A ex- garota da Disney mudou radicalmente seu estilo e não só seu modo de vestir. Encantada, canto a música, e quando me canso, busco a MTV Latina e pulo de alegria ao ver Paul Lopez interpretando sua famosa ‘Vi’ e canto com ele. “Dime si hoy se acaba el mundo, corazón, dime qué vas llevarte, dime qué me llevo yo.” Me entreto tanto com a música que esqueço onde estou. Levanto-me e, com o controle remoto da TV na mão como um microfone, canto e me deixo levar pela melodia desta música fantástica, enquanto danço, canto e desfruto, até que, de repente , ouço um barulho e, ao virar-me, vejo Dylan com uma tigela de pipoca na mão e seu pai ao seu lado. Caralhoooooo! Paro de cantar imediatamente e desligo a TV. Ninguém diz nada, mas os dois me olham. Finalmente, o ogro diz a seu filho: — É hora de dormir, que escândalo é esse?

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Adivinha quem sou Era meu clipe com a música! Envergonhada, murmuro sem deixar Dylan falar: — Tem razão, senhor. Peço desculpas. Com uma cara azeda, ele olha para Dylan com raiva. — Isto é o que você deseja para si mesmo, filho. Ela cantando e você trazendo-lhe pipoca. E sem mais, se vira e sai, deixando-nos sem palavras. Olho para o meu menino e vejo que está sério. Coitado... Levou uma bronca por causa da minha loucura. Ele se aproxima de mim e deixa a tigela de pipoca na mesa. Pensa por um momento e depois diz: — Ouça, querida, agradeceria muito se na próxima vez que cantasse, controlasse o tom de voz, ainda mais sendo essa hora. Ele está certo. Estou arrependidísima, mas de repente ele me beija, sorri e sussurra: — Adoro ouví-la cantar. Cinco minutos depois, mergulhamos em Homem de Ferro 3 e desfrutamos do filme, embora o comentário do Ogro continue dando voltas na minha cabeça. Na manhã seguinte, quando desço para a cozinha, me encontro com Elsa. Ela me olha e me dá bom dia. De repente, a porta que vai para o jardim se abre e entra uma menina que rapidamente

identifico

como

a

que

chorava

ontem.

A pequena me dá um belo sorriso e fico perplexa quando Elsa se aproxima dela, lhe dá uma sonora bofetada que me aperta a alma e grita: — Vá para casa agora mesmo. Quantas vezes tenho que dizer que não pode entrar aqui? A menina faz beicinho, mas não se move. Com sua pequena mão, toca o rosto e murmura: — Eu não quero ficar sozinha.

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Adivinha quem sou Indignada com o que acabo de ver, eu me aproximo dela e pego-a nos braços. Dou-lhe um beijo para acalmar e depois digo a Elsa, zangada: — Mas que forma é esta de tratar uma menina? A imbecil me olha e não gosto de sua expressão. — Ela é minha sobrinha. – responde secamente: — E por que é sua sobrinha você tem que tratá-la assim? Rudemente, Elsa tira o avental e murmura algo. Vira, arranca a menina de meus braços e, me olhando, resmunga: — Eu tenho que ir em minha casa por um momento. Boquiaberta e impotente, não digo nada. Se eu fizer será para dizer-lhe cobras e lagartos

sobre

o

que

fez.

Sem

mais,

a

mulher

abre

a

porta

e

sai.

Assim que fico sozinha na cozinha, eu amaldiçôo. A atitude desta mulher me irrita. Eu olho em volta e lembro-me onde a Tata guarda o Cola Cao, quando acho, pego uma colher e sento em um banquinho no balcão. Abro a lata e olho para ambos os lados. Não há nenhum ogro ao redor. Com gosto, coloco uma colher cheia na boca e saboreio. Enquanto eu faço, olho para o meu celular. Eu tenho uma mensagem de Coral. “Eu vou para a Suécia alguns dias. Eu conheci um gato deslumbrante. Eu vou te contar.” Solto uma risada. Sem dúvida, minha amiga ainda está em fase devoradora. Deixo o celular e pego alguns cookies de iogurte que estão maravilhosos. Através da janela, vejo Elsa chegar ao que deve ser sua casa. Abre a porta e vai para dentro com a menina. Por que será que a trata assim? Neste momento, Pulgas entra na cozinha e olha para mim com sua cara feia. — Algo errado? – lhe pergunto.

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Adivinha quem sou O animal move o pescoço e a cabeça. Sorrio. Lembro-me do que os cães que estão na minha casa gostam e decido tocá-lo. Eu vou para a geladeira, abro e bisbilhoto. Quando eu vejo um pacote de salsichas de Frankfurt, pego uma e, olhando para o animal, digo: — Você quer? Pulgas fica nervoso e parece olhar para os lados, como eu fiz antes. Isso me faz rir. Parto a salsicha em pedaços e lhe dou um. Ele vem até mim e o toma. Pedaço por pedaço, consigo que me dê uma pata, depois a outra e, finalmente, come da minha mão. Está claro que os cães gostam mais disto do que eu do meu cacau em pó. Quando a salsicha acaba, o

animal

se

vai.

Eu rio. Se o pai de Dylan descobre que seu cão e eu temos confraternizado dessa maneira, ficará com raiva. Nesse momento, a Tata entra na cozinha, me olha e, com um sorriso encantador me cumprimenta: — Bom dia, querida. Eu me aproximo dela e lhe dou um beijo. Na minha casa nós nos beijamos ao deitarmos e levantarmos, e eu preciso desse contato. A mulher sorri e, tirando um envelope do bolso da saia, diz: — Dylan deixou isso para você. — Ele saiu? – Pergunto assustada. — Ele teve que sair. Ansiosamente, abro o envelope e leio: Bom dia, querida: Fui com Tony tratar de alguns papéis da minha mãe. Espero chegar antes do almoço. Quanto ao meu pai, fique longe dele, não cante muito alto e te garanto que não te incomodará. Eu te amo,

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Adivinha quem sou Dylan

Leio a carta mais duas vezes. Por que não me disse para ir com ele? — Calma, o ogro também saiu. Saber que ele não está me tranquiliza e ao lembrar do que aconteceu com Elsa, comento com Tata, que diz: — Maldita Elsa, que dano está fazendo a essa menina! Durante algum tempo, nós conversamos sobre isso. Vejo sua indignação, e percebo que quando fala da menina, ela o faz com carinho. Mas também percebo certa raiva em suas palavras. Ela coloca um copo de leite na minha frente, senta e pergunta: — Ontem à noite, era você que cantava? — Sim. Ela solta uma risada e diz: — Vamos, beba o leite. É bom para os ossos. Tem bastante cálcio. Eu bufo. Outra como minha mãe... Coloca duas colheres de chá de Cola Cao e insiste: — Vamos, fará bem. Beba-o. Eu bebo para não fazer feio. Tomo um gole e ela diz: — Foram meses sem ouvir alguém cantar nessa casa e garanto que amei. A música sempre esteve muito presente na "Vila Melodia" até que a senhora morreu. Então, o malhumorado proibiu todo tipo de música. – Vendo minha cara, acrescenta: Cante algo, por favor. Sorrio e disposta a agradá-la, pergunto, retirando o copo de leite: — O que quer que eu cante? — O que você quiser, querida. Qualquer coisa será bem-vinda. Canto Cry Me Out, que eu amo.

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Adivinha quem sou Tata move a cabeça animada enquanto eu desfruto como sempre quando canto. Quando acabo, aplaude e, aproximando-me o copo de leite, diz: — Que voz linda! E agora, alguma musiquinha em espanhol? Penso. Depois de cantar tenho sede. Bebo o leite e sorrio. Tata sorri também. E nesse momento, me vem à mente uma música de Chenoa que eu gosto e canto:

“Dibujo todo con color y siento nanananana en mi corazón. Ya nadie más puede pasar... Dibujo cosas sin dolor y siento nananana sin ton ni son. Qué bueno es sentirse bien y romper las rutinas que ciegan mi ser.” A mulher me escuta extasiada, e quando eu termino aplaude novamente e diz: — Que voz você tem filha... ! Não me admira que Dylan se apaixonou por você. Seu comentário me faz sorrir. Tata me faz lembrar minha avó. Carinhosa, atenciosa, entregue. De repente, ouvimos um estrondo e o pai de Dylan grita: — Pelo amor de Deus, isso é horrível. Cale-se! Nós duas nos olhamos. Eu fico branca, mas ela balança a cabeça. — Não dê ouvidos a ele! – me aconselha. Meu coração quase sai do peito. Como não vou dar ouvidos ao pai do meu noivo? Dois segundos depois, aparece na porta da cozinha e, me olhando fixamente nos olhos, me ordena: — Vem. Quero lhe mostrar uma coisa. E dito isso, ele se vira e vai embora. Por duas vezes ele me pegou cantando a plenos pulmões. Que horror! Tata sorri e encolhendo os ombros, me estimula:

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Adivinha quem sou — Vá, vá, querida, ele não vai te comer. E calma, se não gostasse de sua voz, teria mandado parar antes de terminar a canção. Decidida, caminho para a porta e, ao sair da cozinha, vejo que está me esperando. Ahhhh, uau me assustou! E que cara amarga! — Siga-me. Eu o faço sem hesitar. Qualquer um vê que ele não está nada amigável. Vejo que tem dificuldade para caminhar, mas não dou um pio. Ele para diante de uma porta, e quando a abre, vejo que a escuridão reina dentro. Não entro. Não me movo. E se me prende ali com vários asssassinos? Eu

desconfio.

Este

homem

não

me

causa

uma

boa

sensação.

Ele entra, acende as luzes e vejo que o lugar se ilumina. Enfio minha cabeça, e Deus santooooooooooo! Eu fico espantada ao ver o que está dentro. — Este era o escritório de Luisa, minha esposa. Entro com a boca aberta e olho o aposento decorado em vermelho e roxo. Vejo centenas de fotos. Imagens da artista com seus filhos. Fotos do ogro e ela se beijando. Pôsters de concertos. Discos de ouro e platina pendurados nas paredes. Centenas de presentes cada um mais esquisito, e ao fundo, uma vitrine repleta de pequenos gramofones. — Estes são prêmios Grammy? – pergunto. Não responde . Eu o olho inexpressivamente e ele finalmente assente. Encantanda, me aproximo da vitrine e leio "Melhor Álbum de Fusão Tropical”, “Melhor Álbum do Ano", "Melhor Gravação do Ano”, “Melhor Artista”. Alucinada, conto mais de 20 e me emociono. Não os toco. Os olho como alguém que olha um diamante de muitos mil quilates, quando o pai de Dylan diz: — Os que estão a sua direita são prêmios Billboard.

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Adivinha quem sou Curiosa leio neles, "Prêmio de Música do Ano", "Prêmio de Artista do Ano”, “Prêmio Grupo Tropical do Ano”, "Prêmio Carreira Musical" e, como os Grammy, há um monte. Incrível! Isso é incrível. Eu observo tudo com os olhos arregalados e sorrio. Eu olho para o homem que está ao meu lado sem se mover e comento maravilhada: — Sua esposa era uma cantora excepcional. Não me admira que deram-lhe tantos prêmios. — Você também tem uma bela voz. – responde, me surpreendendo. — Obrigada – eu digo, completamente e totalmente chocada. Sua expressão se suaviza. Acredito que vai dizer algo agradável, mas de repente, pegando um dos prêmios, pergunta: — É isso o que você está à procura? — O que?! — Isso é o que você quer, certo? Surpresa, não sou capaz de responder. Meu semblante muda e ele continua: — Posso encontrar um empresário e um produtor. Posso deixar que você escolha entre vários para que produzam seu álbum e tenha sucesso. Em troca, só tem que deixar Dylan e não se casar com ele. Uau. Está me subornando? Dou um passo para trás. Ele, sem tirar os olhos, acrescenta: — Amanhã mesmo você pode ter o empresário e o produtor se me disser que sim e sair da vida do meu filho. Meu sangue ferve. Plano A: Pego um Grammy e bato em sua cabeça.

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Adivinha quem sou Plano B: Pego um Grammy e bato em sua cabeça. Plano C: Pego um Grammy e bato em sua cabeça. Eu bufo. Tomo ar e descarto meus planos A, B e C, enquanto mordo minha língua. Se disser o que penso, este velho não só me expulsará da sua casa, mas a polícia me expulsará do país algemada. Como pode ser uma pessoa tão má? Como pode fazer isso com Dylan? Por um momento, ao me levar ao santuário de sua esposa, acreditei que tinha assinado uma trégua comigo. Mas não. Ele tinha tudo planejado. Minha mãe! — Se engana comigo. – digo, depois de me acalmar. — Para mim, é mais importante seu filho do que um produtor ou um disco. Você não me conhece. Nem tão pouco quer conhecer. Como pode pensar assim de mim? Que tipo de pessoa acha que sou? — O tipo de pessoa que vai machucar meu filho. — Por que você acha isso? Com um olhar sombrio que me permite ver dor dentro dele, murmura: — Porque eu fui casado com uma cantora. Então, eu sei. E você não gosta de mim. Não pense que vai arrancar dinheiro do meu filho, loira tingida... Eu não quero vê-lo com um piolho grudado. Loira tingida? Mas o que disse? O que significa isso? Eu bufo. Planos A, B e C de tacar-lhe o Grammy na cabeça volta a me tentar. Será que Dylan ficará muito zangado se eu fizer? Estou prestes a responder, a chegar ao seu nível, mas fecho meus olhos e penso. Prometi a Dylan que não seria rude ou boca-suja e devo cumpri-lo. O que este homem quer é

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Adivinha quem sou me fazer perder a calma e eu não vou permitir. Não por mim, mas por Dylan e, finalmente, eu respondo: — Se fosse por mim, eu diria as coisas mais horríveis que uma mulher jamais lhe disse. Mas justamente porque amo e respeito o seu filho, me calarei, vou sair e esquecer que esse fato desagradável aconteceu. — Você rejeita a minha tentadora oferta? Ai, no final eu bato... Vou embora ou bato. Eu não respondo. Saio do escritório com raiva e subo as escadas de dois em dois. Vou para o meu quarto, tiro minha roupa, e entro no chuveiro para tentar acalmar os nervos e a ansiedade que esse homem sombrio me provoca. Quando Dylan retorna, vejo que está de bom humor. Não comento o que aconteceu. Fazer isso lhe causaria sofrimento e isso é a última coisa que quero. Essa noite, no meu quarto estou tensa. Lembro o que aconteceu com o ogro e amaldiçoo. Vá a merda! Lembrar do que pensa de mim e o que queria fazer para me separar de seu filho me enoja e parte meu coração. Olho para o relógio. São 23:17 e sei que Dylan em breve entrará no meu quarto. Mas estou ansiosa para vê-lo. Eu preciso dele ao meu lado hoje à noite e decido ir em sua busca. Vestida com uma camisola creme de seda e renda, abro a porta, enfio a cabeça e ao não

ver

ninguém,

corro

até

seu

quarto.

Abro

e

entro

rapidamente.

Uma vez dentro, olho em volta e vejo que ele não está, mas ouço música no banheiro. Deve estar tomando banho. Me aproximo com discrição e sorrio ao ouvir a água e Dylan cantarolando. Que lindo é meu futuro marido! Sem fazer barulho, eu fico ouvindo por alguns segundos. Sua voz me embriaga...

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Adivinha quem sou Sua voz é um bálsamo para mim... E quando a ansiedade me oprime, abro a porta e entro no banheiro. Ao ouvir o barulho, Dylan se vira e, ao me ver, diz com um sorriso: — Olá, querida. — Olá. Eu olho encantada e ele explica: — Pensava em ir ao seu quarto após o banho. Assinto. Sem duvidar. Sem falar, eu tiro os sapatos, e com a camisola de seda, abro a porta do box e entro com ele debaixo da água. A camisola se encharca em dois segundos. — O que você está fazendo? Dylan pergunta, surpreso. — Tomando banho com você. Ele sorri. Observa como o tecido fica colado em meu corpo e sussurra: — Wepaaaa. Eu sorrio como essa expressão de sua terra e o ataco como um animal selvagem. Dou um passo até ele e beijo-lhe. Meu moreno reage rapidamente e me abraça. Nossas línguas se encontram e dançam rapidamente, enquanto o êxtase cresce, como um prelúdio do que vai acontecer. Com beijos cúmplices, Dylan tira minha roupa. A camisola encharcada cai no chão do chuveiro, e depois, minha calcinha. Sem afastar nosso olhar e sem deixar de nos beijar, coloco uma mão em seu peito e muito... Muito lentamente vou descendo. Toco sua barriga lisa e me delicio com seu tablete de chocolate. É incrível como é bom! Meus movimentos, lentos e perturbadores, o deixam louco e o fazem estremecer, e quando abandono sua boca, pego um de seus mamilos endurecidos.

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Adivinha quem sou Mmmmm... Eu amo isso! O chupo com prazer, o rodeio com a língua, e extasiada, o ouço gemer. Desço minha boca, minha língua continua a sua jornada e ajoelho-me diante de sua ereção dura e perfeita. Dylan se apoia na parede e murmura: — Sou todo seu... Caprichosa. — Eu adoro saber. – Sorrio. Meu menino, inquieto, animado e excitado pela minha paixão e entrega, responde: — Mas eu gosto de ser. Sorrio com luxúria ao ouví-lo e peço: — Abra suas pernas. Obedece minha ordem imediatamente e sua respiração fica mais rápida quando eu beijo o interior de suas coxas e dou algumas mordidas que o fazem sorrir. O deixa louco me ver assim. Com uma mão agarro seu pênis com carinho, apertando suavemente. Ele suspira e estremece. Eu o tenho a minha mercê. Eu sei. Seus olhos e a movimentação de seu corpo me dizem. Como uma dominatrix, sorrio. Eu amo lhe aplicar essa doce tortura. Nossa tortura sexual. Eu o toco. O olho. Passeio seu pênis úmido em meu rosto molhado, pronta para fazer sua excitação aumentar até os limites da loucura. Mas quando a minha própria excitação vai explodir, eu abro a minha boca e coloco seu pênis nela, sentindo seus tremores. — Bebê, você me deixa louco. – ouço dizer.

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Adivinha quem sou Comigo presa na boca e seu corpo totalmente entregue a meus desejos, eu me sinto perversa, poderosa e começo a chupar com desejo essa parte do seu corpo que tanto prazer me dá, enquanto meu menino morde o lábio inferior e move seus quadris. Suas mãos envolvem meu cabelo molhado e o ouço sussurrar: — Não pare, não pare... Coelhinha. Eu faço o que me pede enquanto lhe acaricio os testículos. Sei que gosta que o toque ali e estremece enquanto minha boca chupa seu pênis e minha língua o acaricia. Sentindo-me a dona absoluta do corpo de meu futuro marido, não paro e cada segundo me apodero mais dele. Movo minha cabeça para trás e para frente para colocá-lo dentro e fora da minha boca, enquanto minha paixão se mistura com seu desejo alimentando nossa loucura. Dylan estremece e suspira enlouquecido e eu não paro. Continuo. O faço meu. Seu desejo e minha paixão crescem em nosso interior selvagemente, até que Dylan não aguenta mais, solta um grito brutal, e agarrando meu pulso, me pega, me levanta em seus braços, e apoiando-me contra a parede, murmura: — Eu preciso te possuir agora! Sorrio. Meu olhar o provoca me beija com luxúria, afeição e ansiedade. Eu fico louca! Sem parar, coloca seu pênis na minha boceta molhada e com uma investida se enfia totalmente em mim, enquanto tapa minha boca para abafar meu grito. Mordo sua mão, e ele, encorajado por minha reação, murmura: — Vou te foder com dureza, pelo que acaba de fazer. Oh, sim... É definitivamente o que eu quero. Sem mais, volta a se introduzir novamente em mim e me remexo em seus braços, animada. Meus gritos loucos o agitam e, com estocadas cada vez mais selvagens, leva-me a total luxúria, enquanto meu corpo se abre para recebê-lo.

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Adivinha quem sou Nesse momento, o romantismo é posto de lado e nos tornamos dois animais no cio para nos darmos o maior prazer. Investida após investida, o recebo, me uno, eu desfruto. Cada vez que sinto seus quadris recuarem, me preparo para recebe-lo e sua resposta é colossal. A música que toca no rádio e o som da água do chuveiro atenuam nossas respirações agitadas e gritos, e eu sinto que meu prazer e meus orgasmos são infinitos. Dylan não me olha. Com sua boca na minha clavícula, simplesmente me dá o que eu preciso e toma o que anseia, até que chegamos ao clímax e sinto seu sémen me preencher, depois de uma última investida que nos deixa quebrados e exaustos.

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Adivinha quem sou Capítulo 26 Que Preço Tem o Céu Dois dias depois, estou com Dylan desfrutando de uma manhã de sol na piscina. O Ogro não voltou a me tentar com nenhuma nova oferta. Além disso, acho que ele está surpreso que eu não tenha contado nada a seu filho. Nós rimos, nos afundamos e nos beijamos. Nossa felicidade parece completa, mas ambos notamos que quando seu pai aparece, as boas vibrações param de flutuar na atmosfera. De repente, lembro de algo e digo: — O que significa para vocês "Loira Tingida"? Dylan, surpreso, olha para mim e pergunta: — Quem te disse isso? Pela sua expressão eu sei que não é nada bom, e com um sorriso sincero, beijo-o e respondo: — Ninguém me disse, querido. Mas ouvi alguns homens no outro dia, quando fomos tomar alguma coisa, e me chamou a atenção. Chateado com o que tem que dizer, responde: — Esta expressão é como chamar uma mulher de puta no seu país. Engasgo. Me sinto sufocada. O Ogro me chamou de puta? Porra... Porra... Porra... Mas eu não estou disposta a estragar esse belo dia que tenho pela frente com Dylan, então eu sorrio e dissimulo. Puta que o pariu! Nossos jogos continuam e meu amor me tira da água jogada sobre um ombro. Logo me põe no chão e pergunta: — A câmera está aqui?

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Adivinha quem sou — Está no quarto. – E colocando os sapatos, acrescento: — Não se mova. Vou buscá-la e em dois minutos estou de volta. Enrolando-me em uma toalha, vou para o meu quarto. Tiro a câmera da bolsa e, ao sair, ouço música e a voz de uma mulher em um dos quartos. Me aproximo com cautela. A música e as vozes vêm do quarto do Ogro. A porta entreaberta me convida a dar uma olhada. O faço e me surpreende ver o pai de Dylan, que agora eu sei me chamou de puta, assistindo a um vídeo caseiro. Nele, Dylan e seus irmãos pequenos, riem enquanto se jogam na piscina. Junto a eles está uma mulher com um turbante azul que as crianças chamam de mamãe e eu identifico como a grande diva Luisa Fernandez. Ao lado, vejo o Ogro sorrir enquanto brinca com ela. Uau... Ele sabia sorrir! O filme termina e outro começa. Neste eu vejo os três meninos perto de uma árvore de Natal abrindo um monte de presentes, enquanto o ogro e sua esposa, sentados em um dos sofás na sala, os observam abraçados e fazendo carícias. Eles se beijam com amor e, vendo que estão sendo gravados, riem e protestam. Mais uma vez o filme termina e outro começa e desta vez os pais de Dylan aparecem com roupas de gala, no jardim da casa, dançando no meio da multidão. Eles parecem se divertir. E adoro ver a enorme doçura com que a olha. Um barulho me distrai do que estou vendo e eu noto que o pai de Dylan limpa os olhos com um lenço branco. Ele está chorando? O Ogro tem sentimentos? Sem dúvida, os vídeos que está vendo comovem seu duro coração e isso me surpreende.

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Adivinha quem sou Decido parar de fofocar e, em silêncio, vou embora e volto para a piscina. Dylan me espera e eu sorrio ao ver que ele tira a câmera das minhas mãos e começa a tirar fotos de mim. Na mesma noite, me leva para jantar em um local encantador em El Dorado e me apresenta a vários de seus amigos. São todos da sua idade e me olham sorridentes. Ele, ao ver como me olham, deixa totalmente claro com seu olhar para que tenham cuidado. Seu instinto possessivo me faz sorrir. Todos são encantadores e temos uma noite maravilhosa, ao ouvir a apresentação de uma orquestra. Dylan não me pede para cantar, nem mesmo menciona que é isso que faço. Não me importo que ele não o faça. Essa noite quero aproveitar ao seu lado como os outros fazem e ele agradece-me com um olhar. Voltando de madrugada no carro, Dylan desvia por um caminho e, quando para em uma praia deserta, pergunto: — Você gostaria de tomar um banho? Ele sorri e, com voz zombeteira, responde: — Porto-riquenhos não tomam banho, se limpam. Eu rio. Ele também, e sem demora nos despimos e corremos para a praia, levando apenas um par de toalhas. Quando chegamos à margem, Dylan pega a minha mão e me arrasta até o mar. A água está fria e solto a minha toalha, que flutua. Mergulhamos rindo enquanto nos beijamos. — Quero uma variedade de seus maravilhosos beijos. Amorosa, me aperto contra ele e pergunto: — De Chocolate... De morango... De caramelo? Agarrando-me pelo pescoço ele me aproxima de sua boca e afirma: — Eu quero todos.Perdida em seus braços, meus beijos sortidos tornam-se a cada momento mais pecaminosos e, perante a nossa nudez, fica

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Adivinha quem sou claro que nós dois nos desejamos. Cada canto da minha boca é seu e sua boca é minha, enquanto sua ereção cresce a cada momento e sinto bater nas minhas coxas. Coloco-me a cem. — Você é incrivelmente sexy. — E você é incrivelmente ardente e possessivo. Nos olhamos. Às vezes, os olhos dizem mais que palavras e meu amado sussurra: — Eu vou fazer amor com você na água. Desejosa dele concordo e respondo: — Espero ansiosa. Ambos sorrimos e noto como seus dedos começam a brincar com meu clitóris. Minha respiração acelera, e para, deixando-o saber o quanto eu o desejo. O quanto eu preciso dele. Meus mamilos estão enrijecidos e Dylan, levantando-me na água, os morde. Aperta sua boca contra meus seios e eu o deixo fazer. Gosto que ele domine a situação. Amo quando seu impulso viril me faz saber que eu sua. Ele morde os mamilos, os suga. Os lambe enquanto eu me rendo a pura diversão sem pensar em mais nada. Nesse instante, nesse momento, estamos só ele, eu e esse lugar incrível e paradisíaco. — Do que você quer brincar, caprichosa? — Do que você quiser... O que quiser... Dylan sorri. Vê minha entrega total e, olhando nos meus olhos, guia a ponta do seu pênis duro na minha umidade quente. Então, lentamente, muito, muito lentamente, entra em mim, enquanto sussurra: Assim, querida... Lentamente. Mas eu desejo mais. Quero tê-lo inteiro dentro de mim e esse desejo me permite. Mas ele não permite e continua lenta e pausadamente.

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Adivinha quem sou Quando finalmente sinto seu pênis dentro de mim, um gemido inebriante sai de minha alma e Dylan prende em sua boca. Ele me beija enquanto me aperta contra seu corpo e percebo como seu pênis lateja no meu interior. Levando-me em seus braços, caminha até a praia e, quando a água atinge os quadris, sussurra com uma voz rouca: — Recline e deixe-se flutuar. Faço o que ele me pede, enquanto ele me segura pelos quadris e me puxa contra seu corpo para que não saia de mim. Oh, Deus, que prazer! Dylan move os quadris para aprofundar-se em mim. Movimentos de rotação que me enlouquecem e me fazem arquear as costas à procura de mais. Por alguns minutos, aguento nessa posição, mas a excitação me faz mover e afundo. Rapidamente, ele me levanta e sussurra, enquanto eu cuspo água: — Não, querida. Não quero que você se afogue. Nós começamos a rir, enquanto tiro a água do rosto e os cabelos dos olhos. Sem me soltar nem sair de mim, Dylan caminha em direção a margem. Ao longo do caminho, pego a toalha que ainda estava flutuando e quando já estamos fora e ele me coloca no chão, murmuro: — Que tal se fazermos na areia, como naquele filme antigo, From Here to Eternity? Ele sorri e, sem hesitar, responde: — Se o fizermos, amanhã estaremos ambos assados. Solto uma gargalhada. Ele está certo. A areia entraria em partes do nosso corpo que, com a fricção, irritariam. Nota-se que ambos vivemos na praia então nós sabemos o que significa.

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Adivinha quem sou Chegamos ao carro. Dylan tira minha toalha encharcada das mãos e a coloca sobre o capô. Então me senta em cima e deita-se sobre mim, sem dizer nada, introduz seu pênis duro em meu interior. Imobiliza-me sobre o carro e, fazendo graça, sussurra: — O jogo de hoje, é fácil: desfrutar. Suspiro. Eu não quero que pare. Suas penetrações vigorosas me fazem perder a cabeça. Eu não consigo falar. Eu não consigo responder. Só consigo apreciar o que me faz sem que eu faça absolutamente nada, exceto desfrutar do que me dá. Mete em mim uma e outra vez, enquanto com prazer e cuidado morde um dos meus mamilos. Eu olho para a lua e gemo. Suspiro. Dou-lhe o que quer. Se aprendi algo no tempo que estamos juntos é que Dylan gosta de ouvir o meu prazer enquanto fazemos amor. Quando ele solta o meu mamilo, ele se contém, mas não para suas investidas. Ele agarra meus quadris com força e o olho. Apenas vejo o seu rosto; no entanto, ele sim vê o meu iluminado pela lua. Gotas de seu cabelo caem sobre mim e ouço o seu tesão em cada uma das suas investidas. Assim estamos até que o fogo nos consome e sinto que derrama seu calor dentro de mim. Ambos chegamos ao clímax e, exausto, Dylan cai sobre mim. Quando se recupera, sua boca procura a minha e, segurando nos braço, propõe: — Vamos nos refrescar. Sem me soltar, me leva de novo até a praia. Nós nadamos por alguns minutos, até que ele aponta para uma pedra e diz: — Isso que você vê é a rocha Ojo de Buey. Diz a lenda que guarda o tesouro abandonado pelo pirata Cofresi. Ninguém pode se aproximar dela ou o mar o mata. Olho com curiosidade para onde apontou. Nem louca eu iria aquele lugar.

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Adivinha quem sou Minutos depois, caminhamos até o carro de mãos dadas. Dylan tira algumas toalhas limpas da mala e nos secamos. Então nos vestimos e voltamos para a casa grande, onde fazemos amor de novo, mas desta vez eu peço que ele não se mova e ele obedece.

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Adivinha quem sou Capítulo 27 Agora mesmo

A cada dia acordo mais cedo. Estou tão inquieta nesta casa que mal posso dormir. Todas as manhãs eu tento pensar que tudo vai mudar. Tudo tem que mudar por Dylan. Mas quando eu vejo o seu pai, e o cumprimento tentando me aproximar dele, apesar de tudo, uma vez ou outra ele ignora a minha presença. De mim. Outras manhãs em que está lendo o jornal, junto com meu namorado ou Tony no salão, quando eu entro se levanta e sai. Dylan olha para mim e pisca com cumplicidade. Eu sorrio, mas o que eu queria mesmo era falar umas poucas e boas para esse velho. Que raiva! Numa tarde, quando eu estava olhando para uma das janelas, o vejo tropeçar e corro para ajudá-lo. A princípio se agarra a mim para não cair, mas quando se dá conta que sou eu, me solta como se tivesse se queimado. Se vê que chamo o Pulgas, ele prende a coleira e não o solta para que o animal não se relacione comigo. Se eu for para a sala e por acaso está falando com alguém que tenha ido visitá-lo, com voz dura me apresenta como a noiva do seu filho Dylan, mas depois consegue me fazer desaparecer. O Incomodo. Este homem me deixa perplexa. Às vezes, quando estou com Dylan e ele ri em voz alta por algo que eu digo, sua expressão se suaviza. Parece alegrar-se de ver seu filho rir. Mas quando percebe que o olho, franze a testa novamente. Outras vezes, quando Dylan e eu voltamos da praia com nossas pranchas de surf, nos olha com expressão serena. Eu acho que às vezes até sorri, mas quando eu abaixo a guarda em especial quando seu filho não pode ouvir, me machuca e isso cada dia me cansa mais. O velho é um autêntico grosseirão. Isso me dá uma cal e areia, mas me calo. Eu penso em Dylan e não quero sobrecarregá-lo. Em breve vamos embora e, é claro, eu nunca vou voltar.

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Adivinha quem sou Certa manhã, quando estava em silêncio na cozinha, comendo Cola Cao ao ler um livro, de repente eu ouço do meu lado: — Outra vez fazendo a mesma coisa? Vendo a sua expressão de ogro, me engasguei com o cacau e não poderia remediar ao tossir em cima dele. Seu rosto é um poema; o meu, outro, como sempre, eu caí na risada enquanto penso, "Isso é por me chamar de puta". Meu riso que aperta os seus botões. Me dedica algumas palavras indelicadas que me tocam a alma e deixa a cozinha com muita raiva. Minutos depois, enquanto eu estou limpando a bagunça com a ajuda de Tata, que eu disse o que aconteceu, Dylan vem a mim e me pede para explicar. Eu tento explicar-lhe, mas é olhar para Tata e voltar a rir. Meu menino não riu de tudo. Nós duas tentamos parar, mas não conseguimos. Finalmente, Dylan sai com raiva. Agora eu tenho dois Ferrasa com raiva de mim. Quase nada! Os dias passam e, apesar do muito que me custa, eu começo a entrar no jogo do velho. Ele tem uma língua afiada e às vezes muito cruel e eu notei que isso fica ainda pior quando seu filho não está presente. Diante de Dylan discutimos, mas quando ele não está, podemos dizer coisas terríveis. Mas eu também percebi uma coisa: Lhe incomoda me ver rir mais do que com raiva. Então rir é o que vou fazer! Pulgas e eu chegamos a um entendimento. Dou salsicha secretamente a ele e ele é meu amigo. Pobre cão, o dia em que seu amo perceber que é infiel comigo, espere uma boa. Às vezes, quando estou sozinha no período da tarde no jardim, eu vejo a garota que veio aquele dia na cozinha. Deve retornar da escola. Traz uma pequena mochila e acena com a mão. Um dia, enquanto Dylan fala pelo telefone dentro da casa, eu estou deitada na rede, tomando sol e ouvindo música no meu iPhone. Cantarolando baixinho: Não chore mais, minha preciosa. Você não chore mais, você verá a minha tristeza. Não chore mais, minha preciosa...

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Adivinha quem sou De repente, a menina vem correndo e fica na minha frente. Eu tiro os meus fones de ouvido e sento na rede, eu sorrio. Ela caminha, toca meu cabelo loiro e murmura: — Eu preciosa? Deve ter me ouvido cantar e respondo: — Sim. Você é preciosa. Ela solta uma gargalhada e, como tem sido, se vai. Eu a sigo com o olhar e vejo que corre para a casa onde eu vi naquele dia ela desaparecer com sua tia. Volto a por meus fones de ouvido e continuo cantarolando enquanto eu sorrio pelo ocorrido com a menina. Naquela tarde, Tony mostrou-me o lugar onde fica. É uma casa além da casa principal. Confessou que prefere ficar lá. A regra do seu pai de não ouvir música o incomoda e mudar para aquela casa, longe da grande, permite-o fazer o que quiser. Atordoada, eu olho para os prêmios que recebeu por suas canções e agora eu entendo melhor essa sensibilidade que mal interpretei quando o conheci. Além disso, desde que eu vim para a ilha e sai à noite com os irmãos Ferrasa, pude ver o seu sucesso com as mulheres. Dylan não abordam, porque se alguma fizer isso vou arrancar seus olhos, mas o Tony sim, eu desfruto ver o conquistador nato que é. Ele não perde uma. Como diria minha mãe, onde se mira, se acerta. Em seu refúgio particular, toca para mim o piano e canta a última música que compôs. É magnifica, romântica e falando naturalmente de um coração partido de amor. Eu escuto encantada enquanto ele toca com os olhos fechados; quando acaba aplaudo e exclamo: — Que canção mais bela. — Wepaaaaaa. Me encanta que você goste. – Eu o olho divertida — Por que você sempre diz isso: “Wepaaaaaaa"? – Tony ri. — Vem de um rap que diz: "Se você realmente é Boricua grita, Wepaaa!”. –Nós dois rimos e, em seguida, ele olha para mim e diz: — Espero que algum dia deixe-me compor uma canção para você. Sem dúvida, a música vai ser um sucesso. Eu tenho um bom olho para isso e Omar também. Ouvir ele dizer isso me ruboriza . É algo que, no futuro, eu espero que sim e eu respondo:

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Adivinha quem sou — Uma não. Todas! Para mim seria uma honra. Com Dylan meu relacionamento é perfeito. Vem para o meu quarto a cada noite e juntos nós desfrutamos do que nos tira a razão, mas fazemos em silêncio. Meu garoto é excitante, quente e possessivo e isso eu gosto cada vez mais. Há ocasiões em que eu vendo os seus olhos e não o deixo opinar ou tomar as rédeas do jogo, ele fica louco com a minha possessão. Minha relação com Pulgas também vai de vento em popa, algo que eu não posso dizer do Ogro. Depois de vê-lo lamentar naquele dia em seu quarto, olhando filmes, meu pequeno coração se compadeceu dele. Nosso trato não ficou melhor, mas eu tento entender por que sua amargura. No entanto, sou incapaz de fazê-lo. Se ele amava a sua esposa e seus filhos, por que está sempre com raiva? Uma manhã em que Dylan o acompanha ao médico, depois de falar com a minha mãe ao telefone e deixá-la saber que eu estou como uma rainha para ela não se preocupar, eu começo a ler em um dos belos terraços que tem na casa, quando eu ouço que a Tata consola alguém. Sento-me na rede surpresa, vejo que consola a menina. Está inconsolavelmente chorando, abraçando-a caminha para cima e para baixo com a pequena em seus braços, sussurrando palavras em seu ouvido. Eu me levanto, vou até elas e pergunto: — O que aconteceu? – Com gesto oprimido, Tata responde: — Oh, bendito Deus. A menina estava sozinha na praia e uma onda a derrubou. Eu a vi do terraço e fui buscá-la. Naquele momento apareceu Elsa com uma cara de desgosto. Se aproximou e vendo a menina chorar pergunta, depois de dedicar um de seus olhares malignos: — O que aconteceu? — Olha, louca – diz Tata fora de si, surpreendendo-me — acontece que a menina estava sozinha na praia. Como pode isso ? Por que não estava no jardim de infância enquanto você estava trabalhando? — Hoje ela perdeu o ônibus e eu não podia levá-la – desculpando-se. — Bem, nesse caso você podia me dizer – Tata a censurando — E buscaremos uma solução, certamente não pode uma menina tão pequena ficar sozinha.

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Adivinha quem sou Elsa amaldiçoou, enquanto eu vejo a criança se escondendo atrás das saias de Tata. Isso me faz entender o medo que ela tem dessa bruxa e meu sangue ferve. Finalmente, sem a menor cerimônia, estende a mão para pegar a pequena, algo que não pode fazer, porque a pequena se move com velocidade. Então diz: — Dê-me a menina. Vou trancá-la em casa enquanto eu estou trabalhando. Vai trancar a garota? Tata deve ter pensado o mesmo que eu, e diz: — A menina não pode ficar em casa sozinha trancada. É muito pequena e... — Não... Sou não. – Resmunga a menina. Quebra meu coração. Mas Elsa, que tem menos coração que uma lagosta, murmura: — A má vida que você me dá, maldita merdinha. — Ah, Senhor. Elsa, pelo amor de Deus, não diga isso para a pequena! –Tata protestou. Logo depois, eu entendi que "merdinha" é como dizer cocô e estou protestando. Discuto com aquela mulher odiosa, mas não a impressiono. Ela sabe que o Ogro não me engole e se aproveita disso. — Chega! – Tata grita para nos calar e olhando para Elsa em silêncio, ela diz — a menina não pode continuar. Algum dia vai acontecer alguma coisa e, em seguida, vêm as lamentações. — O que você quer que eu faça, Tata? – Gritou a mulher. — Não é a minha filha. É a bastarda da minha irmã, mas essa sem vergonha se foi deixando-me este fardo para carregar. Agora estou tendo que lutar com ela todos os dias e trabalhar para mantê-la. Pisco. Eu não acreditei quando eu disse: — Eu posso levar a menina comigo para a piscina, enquanto você trabalha. — Não, Yanira. Isso não é uma boa idéia – diz Tata. Sem entender o que há de errado com o que eu proponho, eu pergunto: — Por que? O que ocorre? – As duas mulheres se olham e Elsa responde:

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Adivinha quem sou — O senhor Ferrasa não gostará de um detalhe. – Eu sorrio. O senhor Ferrasa não gosta de nada, mas eu insisto: — Por que não vai gostar? –Os olhos de Tata fecham, e quando abre, sussurra: — O senhor não gosta de crianças na piscina. — Piscinaaaaaa! – Aplaude a menina, deixando de chorar. Eu olho para ela com ternura. Tem belos cachos escuros, camisa e calças verdes fosforescentes, é linda. Ignorando o que me dizem, eu tomo a mãozinha dela e digo: — Tata, vou leva-la comigo. Elsa, sem mudar sua expressão azeda, sorri e murmura: — Depois não diga que eu não avisei para não levar a Preciosa... Senhorita. — Seu nome é Preciosa? – Elas assentiram e eu sorri. Agora eu entendo a reação da criança. Quando me ouviu cantar, pensou que eu estava falando dela. Ainda mais ansiosa para levá-la, eu digo: — Vamos lá, não falem mais nada. A menina vem comigo. Elsa sorri. A Tata não. Eu pego-a em meus braços, que não pesa nada e pergunto: — Preciosa, devemos ir para a piscina? – Ela acena com a cabeça que sim, sorrindo feliz. E se há algo de belo neste mundo é a risada de uma criança. Por algum tempo nos divertimos brincando na água e fiquei surpresa quando com suas poucas palavras, me pede que lhe cante a canção do outro dia. Eu canto e cada vez que eu digo: “Não chore mais, minha preciosa” – ela sacode a cabeça e murmura: — Não choro! Vejo vários trabalhadores agrícolas perplexos olharem para nós e me faz pensar, o que acontece para que todos nos olhem assim? Depois de um tempo Tata vem com a intenção de levar a criança. Eu me recuso. Estou me sentindo genial com este bombonzinho carinhoso.

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Adivinha quem sou Cinco minutos mais tarde, ela retorna com refrescos e sanduíches, mas Preciosa não quer comer nada. Falo com Tata. Eu não posso acreditar que a sua própria tia a chamou de "Merdinha" pobrezinha é tão amorosa e bonita, apesar de estar tão magra. Eu acho que não come bem, e na minha opinião, é também está bastante negligenciada em termos de higiene. A Tata me dá razão e vejo em seus olho que se desespera. Quando ela vai, eu ainda estou brincando com a menina, até que de repente o Ogro aparece seguido de Dylan e grita: — O que faz a menina na piscina? Oh... Oh... Ele nos pegou! Preciosa estava assustada e permaneceu paralisada enquanto eu respondo: — Eu a convidei para banhar-se comigo. Se fez um silêncio tenso e vejo Tata vir correndo apressada. Sem dizer nada, puxa a menina. Dylan diz sem se aproximar. — Tata... Leve-a. — Eu quero ela fora da minha vista agora! – grita o Ogro fora de si. Depois de olhar para mim e soltar seu usual "Oh, Deus bendito! " Tata a leva e o bico de Preciosa me parte o coração. Por que todo mundo é tão ruim com essa pobre garota? Uma vez que eles saem, eu saio da piscina, me enrolo na toalha e Dylan começa assim: — Querida, escute... — Quem você pensa que é para convidar alguém nesta casa? – Seu pai o corta. — Pai, deixe-me fazer isso... — Não, não deixo. É a minha casa! – Dylan bufa e como pude, eu respondo: — Você está certo, é a sua casa . Mas estava quente e eu pensei...

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Adivinha quem sou — Bem, nunca pense. Vê-se que não é coisa sua pensar loira – conclui o ogro, dando a volta. Quando se vai, seguido por seu cão, olho para Dylan, que me observa taciturno e pergunto: — Mas o que eu fiz de errado? Aproximando- se com um gesto semelhante a ira do seu pai, ele respondeu: — Há muitas coisas que você não sabe. A partir de hoje não volte a convidar essa menina para a piscina. Entendeu? Sua resposta não me vale e eu insisto: — Por que? Seu pai tem um paraíso incrível aqui que não gosta e não vejo por que essa menina não pode desfrutar. — Yanira, – murmura contendo-se — limite-se a fazer o que te digo e não me pergunte mais. E dito isso, ele se vira para ir embora, mas eu não vou manter esse mau gosto na boca, então me coloco na frente dele e insisto mais uma vez: — Diga-me o que acontece. Você não pode me pedir para cumprir ordens, sem saber por que e ficar completamente calma. Não seja como o seu pai e me esclareça as coisas. Eu vi que todos os trabalhadores agrícolas me olhavam estranho enquanto eu estava na piscina com a Preciosa. Qual é o problema? Dylan parece cada vez mais irritado e respondeu: — E mesmo vendo como eles olhavam não podia imaginar que havia algo de errado? — Mas é apenas uma garotinha, Dylan... Droga, o que pode estar errado? Ele faz que vai continuar andando, mas eu volto a cortar o seu caminho e, finalmente, murmura com raiva: — A irmã de Elsa tentou entrar para a minha família. — Como?!

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Adivinha quem sou — Ela disse que a menina era filha de Omar. O que?!! Isso me faz entender muitas coisas, mas pergunto: — E é? – Dylan olha por cima de minha cabeça e responde: — Não sei, nem quero saber. Meu irmão disse que não é e não se falou mais disso. Só sei que a mãe, ao ver que não conseguia o seu propósito, se foi e deixou a pequena aos cuidados de sua irmã Elsa. Dois meses mais tarde, soubemos que tinha morrido de um assalto, em Miami. Minha mãe sofreu muito com isso e sei que ajudou Elsa a sua maneira dando algum dinheiro, mas quando ela morreu, meu pai decidiu esquecê-la, mas lhes permite viver aqui. Bem... Bem... Bem... Acabo de descobrir o que acontece e pergunto, com risco de deixá-lo ainda mais irritado: — Eu entendo que o seu pai quer esquecer o assunto, mas Omar não quer saber se realmente é sua filha? Mesmo seu pai, não quer saber se é sua neta? Ou você, sua sobrinha? Acredito que os Ferrasa tem dinheiro e meios para sabê-lo, certo? – Dylan sorri. Mas não é um sorriso verdadeiro e responder com uma voz que eu não gosto: — Omar diz que não é sua filha e sua palavra nos vale. Infelizmente, isto não é o primeiro a ser neto atribuído a meu pai, nem o filho de um dos três Ferrasa. Se fôssemos a todas as mulheres que afirmam ter filhos do meu irmão ou meu, eu lhe asseguro que seriamos uma grande família. Agora você é uma Ferrasa, Yanira, e você tem que estar do nosso lado, entendeu? – Não assenti. Não pude. Suas palavras e suas suposições não são engraçadas. Tão mulherengo é Dylan? Eu vou dizer mais, quando ele me corta bruscamente: — E agora, se você não se importa, se acabaram as confidências. Vou ver como está meu pai. E por favor, a partir de agora, pergunte antes de fazer alguma coisa ou convidar alguém, entendido? O mando para a merda ou me calo? Só me resta perguntar aos Ferrassa se eu posso respirar. Deixei passar por mim sem dizer nada e sem pará-lo. Estou indignada. Quando fico sozinha, tento entender o que aconteceu e me esforço para ficar do lado de quem eu suponho que devo estar: da família Ferrasa. Mas eu não posso. Se estes três

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Adivinha quem sou irmãos são mulherengos mesmo, que aguentem as consequências do que acontece com eles. Eu fico com raiva e praguejando ao pensar na pobre menina. Apenas quatro anos está pagando pelo erro dos mais velhos, sem que ela não entenda nada, e isso me irrita. Quando chega o horário das refeições e eu me encontro com Elsa, vejo que sorri. Sua sem coração! Ao entrar na sala de jantar, a expressão do Ogro me espanta. Valha-me Deus! Está claro que hoje ele me prejudicará. Suspiro e estou disposta a darlhe um tapa. Se ele mexer comigo... Hoje o dia não está bom e juro que se ele mexe comigo eu respondo. Ah se respondo! — Alguma objeção, jovem? – Ao ouvir isso, eu o olho e desejo dizer "Vai se foder!" como tanto dizem por aqui, mas eu me contenho e pergunto: — O que você acha? – O silêncio cai de novo sobre a “Vila Monastério” até que ele volta para o ataque: — Já me disse meu filho que te deixou as coisas bem claras. — Anselmo... – intervém Tata. Eu bufei. Mas que pentelho é este homem! Vejo que não o contrario ou não me deixará em paz. Então eu olho para Dylan e pergunto: — O que é suposto que você me deixou claro? Ele está desconfortável, eu posso ver isso em seus olhos, e então seu pai responde por ele: — Eu deixei claro quem é que manda. — Pai, por favor, não comece. – murmura Dylan com expressão de bravo. Eu solto uma risada. O que este velho tenta é surreal. — Do que você está rindo? – Pergunta. Balanço a cabeça e não respondo. Penso em dedicar a palavra "Merdinha" para ele, mas me calo por educação. Apesar de que dois segundos depois ele insiste:

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Adivinha quem sou — Quem ri por último, ri melhor, loira. Lembre-se. Bufo de volta. Posso sentir a minha adrenalina começando a acelerar. Respiro fundo. Meu nível de tolerância com este homem começa a desaparecer. Acho que todo mundo tem um limite e o meu, infelizmente, está muito próximo. Dylan sabe. Com o olhar, pede que eu não me exalte, não diga nada. Suplica que me cale. Grita que está tão farto de seu pai, mas tem que aguentá-lo. Decido fazer. Por ele farei o que for. Mas seu Dom Anselmo Ferrasa, que é um maldito, continua a insistir: — Diga o que você tem a dizer. Vamos... Se atreva... Plano A: eu digo e é fatal. Plano B: calo-me e ele acha que eu tenho medo. Plano C: Passá-lo! Como diria minha avó Nira "Não há melhor desprezo que não apreciar.". — Oh, Deus bendito, Anselmo. – Tata protesta — Será que você pode fazer o favor de parar de oprimir Yanira? — Tata, – Ogro levanta sua voz — quer fazer o favor de calar a boca? Estou em minha casa e eu posso dizer o que eu quiser com quem eu quiser. Não se esqueça quem você é aqui. Eu fico olhando, sem acreditar no que ouço. Nesse momento, Dylan solta um rugido, olha para o seu pai e grita furioso. — Já chega, pai! Não volte a falar assim com Yanira ou Tata. Você já passou do limite. Eu não sou Omar, nem Tony. Eu não vou aguentar tanta tolice. No final, o que você vai conseguir é que saiamos por aquela porta e não voltamos mais. — Não vou fazê-lo... — Meu nome é Yanira. – o corto dando um tapa na mesa.

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Adivinha quem sou Desde que eu cheguei nesta casa, eu nunca fui chamada pelo meu nome. Sou sempre "loira", "jovem" ou "Esta", e começa a mexer com minha moral, para não dizer o contrário. Eu sei que ele faz isso de propósito. Eu sei que ele quer me incomodar e agora ignorando-me diz: — Dylan, Caty ligou outro dia e... — Pai, eu disse que acabou! – Ele grita. O Ogro sorri. Mas como ele pode ser tão mau? Está claro que desfruta do dano que causou. Tata desesperada, levanta-se e sai da sala chorando. Pobre mulher. Quão boa ela que é e tem que aturar isso. Eu vou levantar-me para ir atrás dela, mas Dylan me impede de fazê-lo. O silêncio reina na sala de jantar quando estamos sozinhos e então, este homem ímpio diz: — Você pode passar a bandeja de salada? Se eu passar a estampo em seu nariz, assim respondo: — Não. Minha recusa o pegou de surpresa e quando eu o olho, digo: — Recentemente, tive um chefe que chamavamos de Rançoso, ninguém suportava ele. E acabo de me dar conta de que o senhor é igual. São uns amargos que só se sentem feliz se amargam quem estão ao seu redor. – Dos seus olhos e os meus saem fogo, eu prossigo. — Dylan está suportando tudo o que o senhor diz ou faz, porque quer, você não percebe? Você não percebe que se continuar assim ele vai embora e não vai voltar a vê-lo? Faça o favor de parar. Caso contrário tenho certeza que vai se arrepender. — Você está me ameaçando, loira? — Hoje não me chamou de loira tingida? – Ele me olha, e eu digo — Eu sei o que isso significa e é muito triste que você me chamou de algo assim. Mas relaxe, Dylan não sabe. Eu não disse. – O Ogro olha para mim surpresso e vai responder quando eu adiciono — Seu filho tem limites. E mais uma coisa, eu não ameaço. Deitando o vinho no copo, toma um gole. Pensa e depois diz: — Antes que sua mãe morreu, Dylan estava namorando uma mulher com que ele deve envelhecer e tudo e ela definitivamente poderia lhe dar uma vida melhor do que você está dando a ele. Caty Thomson é um pediatra de renome, que poderia dar-lhe um lar e crianças

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Adivinha quem sou como Deus planejou. Apenas o que meu filho precisa e eu tenho certeza que você vai negarlhe. Falar da ex do meu namorado me põe a dois mil por hora, mas nesse momento, Dylan entra com raiva e grita: — Chega, pai! O que você está procurando? O velho não responde e meu garoto assobia: — Caty é passado. Assume de uma santa vez. Ela e eu nunca vamos ter nada, exceto um bela amizade. — Filho, você esqueceu a regra número um? Dylan está em silêncio e olho para ele. "Qual é a regra número um?" Depois de uma pausa constrangedora, toma fôlego e responde: — Não, pai. Eu não esqueci. Mas eu estou apaixonado por Yanira e... — Você me prometeu, Dylan. Você prometeu que nunca iria se casar com uma cantora! Ah. Já sei qual é a regra número um. — Mamãe e Yanira são duas pessoas diferentes. E parece incrível que você, tendo casado três vezes com ela, diga isso. Emoção toma conta da sala. Os olhos de Dylan e seu pai estão brilhantes pelas lágrimas e o velho diz: — Quero que não passe pelo que eu passei. Você sabe que eu adorava a sua mãe acima de todas as coisas, mas a sua carreira sempre foi mais importante para ela do que nós. E você sabe que se... — Você acaba de admitir, pai. Basta de ofender a mulher que eu amo pelo simples fato de que não é o que você quer para mim. Se você continuar assim, vai acabar sozinho nesta casa e aí sim você vai se arrepender. Olho o velho com cara de "Eu te disse!".

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Adivinha quem sou Olé meu garoto! Estou prestes a levantar e dar um grande beijo por suas palavras, quando seu pai continua: — Você vai se casar com ela, mas cometerá um erro. Eu conheço você e você não vai apoiar uma mulher como esta. Eu sei, filho... E eu sei porque você é como eu. À procura de uma outra vida, não a vida de um artista. E o que me irrita mais é que você sabe. Você sabe, Dylan! Mas você não está dando crédito e você vai sofrer como eu sofri. A expressão de Dylan se aperta e me assusta. Espero que diga que está errado, mas não. Fecha os olhos desesperado. Estou prestes a ficar parda. Mas, inexplicavelmente, nesse momento eu me lembro do meu irmão Garret e digo: — Só o Senhor Negro dos Siths conhece a nossa fraqueza, se informarmos o Senado, nossos oponentes aumentarão. (De Star Wars) De repente, os dois olham para mim espantados. Até não entendo o que eu disse. Eu ri muito e encolhi os ombros, esclareci: — Disse Yoda, o baixinho orelhudo de cor verde de Guerra nas Estrelas. O velho, confuso não sabe o que dizer e vejo que Dylan curva o canto dos lábios e olha para mim com amor. Comemos em silêncio e a Tata volta. Com seus olhos me fazem saber que está mais tranquila e eu aceno com a cabeça. A atmosfera é calma e quando eles trazem a sobremesa, o pai de Dylan diz: — Hector e Joaquin ligaram. Chegam no fim de semana. Querem conhecer sua namorada. Como segunda-feira você está indo para Los Angeles, eu pensei que já que você está aqui, fazer uma festa sábado a noite para apresentá-la aos amigos. Uau... Eu de repente sou a namorada. Não sei se me alegro ou corto os pulsos. — Que idéia maravilhosa. – Tata aplaude.

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Adivinha quem sou Pai e filho se olham por alguns segundos. Duelo de Titãs. Temo que começar de novo com injúrias, mas, finalmente, o meu menino responde: — Sim, é uma excelente ideia, pai. Obrigado. — Tata, cuide de tudo. Avise Tito e diga para ele vir. Em seguida ligue para Omar, e diga que o quero aqui no sábado, com ou sem a tonta da esposa, ele que decide. Suspiro. Pobre mulher do Omar. O que tem suportado. — Ok, Anselmo. O silêncio reina novamente no lugar e, olhando para Dylan, pergunto: — Quem são Héctor e Joaquín? — Meus tios. Os dois são irmãos de minha mãe. O garfo cai da minha mão. Santo Deus, sabem quem são?! Héctor é trompetista e Joaquín é o que toca os bongos. Fazem parte de uma banda famosa com a cantora Luisa Fernandez, os Kodigo Salsa. Juntos, eles ganharam muitos prêmios. Lembro-me de já ter visto na televisão, juntamente com Celia Cruz e Tito Fuentes. Vendo minha expressão, o Ogro sorri e em um tom que deixa muito a desejar, murmura olhando-me: — Eu espero que você saiba se comportar. — Merda... Aqui vamos nós de novo... – Dylan protesta. Eu levanto a mão. Eu já estava esperando este ataque e sem enervar-me, respondo: — Calma, senhor. Meus pais me educaram bem. — Eu espero que sim. Vendo como me olha, eu pergunto sarcasticamente: — E você, seus pais o educaram bem? — Yanira... Você não vai começar agora. – Dylan rosna. Levanto-me e dou um novo tapa na mesa.

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Adivinha quem sou Foda-se, acaba de me destruir! Mas sem demonstrar, olho para Dylan e vendo seu rosto confuso, eu digo: — Se você me dá licença... Vou antes de dizer algo realmente doloroso.

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Adivinha quem sou Capítulo 28 Desejo Ao sair do quarto, ouço que Dylan discute com o pai. Não é pra menos. Vou para o meu quarto e aproximo-me da janela, enquanto massageio a mão. Aspiro amplamente o ar marinho que entra. Como este homem pode ter tudo e viver tão amargo? Penso em meus pais. O amor que eles demonstraram para Dylan desde o início e eu me desespero. Por que eu não recebi isso também? Estou começando a acalmar, quando a porta do quarto se abre. É Dylan, que fechando numa batida, dispara: — Se você continuar assim, nós vamos! — O que?! — O que você ouviu. É muito desconfortável estar no meio de vocês e... — Não diga isso a mim, diga a ele. Você sabe perfeitamente bem que o seu pai que está buscando isso continuamente e... — Bem, você sabe que ele é mais esperto. Não vá para o seu jogo. — E deixar-me afundar? O que me incomode? O que eu faço? – Respondi irritada. — Inferno, Dylan... Com pouco e conhece para esperar isso de mim. Aproximando-se de forma intimidadora, sibila: — Espero que sabedoria, maturidade, equilíbrio. Você não se deu conta? Irritada com seu tom de voz, eu me afasto e respondo: — Não fale como ele. Eu não sou uma tonta. — Bem, às vezes... O cortei com o impulso de um tsunami.

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Adivinha quem sou — Você ia dizer que vocês se parecem? – Dylan não respondeu. Se cala e como uma fera grito: — Acabou! Quero sair daqui agora mesmo! Rendo-me. Seu pai tem estado comigo. Foda-se o seu dinheiro, o casamento e tudo mais. Eu não posso continuar! Dylan não se move. Só me olha e, aproximando-me dele em atitude intimidante, eu sigo: — Não é fácil ver como o pai da pessoa mais importante na minha vida me despreza continuamente, fala mal de mim, me humilha, me desacredita, porque ele acredita que só quero o seu dinheiro ou que me lance ao estrelato como cantora. Não é fácil ouvir que a tal Caty é a mulher ideal para você. Por que você nunca me contou sobre ela? — Porque ela é passado, Yanira. Eu não perguntei por seus ex-namorados. Não estou interessado. Ele está certo. Nunca me perguntou e eu continuo: — Segundo seu maravilhoso pai, ela é a mulher perfeita para você. Ela vai fazer você feliz e eu uma porra miserável. Como você acha que eu me sinto quando ouço isso? – Dylan não responde e continuou: — Não é fácil não mandar o seu pai se foder cada vez que ele abre a boca, e me difama. — Ok, querida, acalme-se. Seu tom de voz me faz saber que está se segurando. Tenho a boca tensa e poupo contar o episódio desagradável em que seu pai tentou me chantagear com uma carreira musical para deixá-lo, a Loira Tingida ou todos os desagrados que me faz todos os dias. Contar-lhe causaria muitos danos, mas eu gritei furiosa: — Seu pai não é um ogro, ele é um bastardo! — Yanira, não exagere. — Não exagero, Dylan, desito! – eu digo com raiva. — Desde que eu cheguei, eu tento entender que é especial, mas se comporta como uma diva! Quando a diva era sua mãe! –Te dói que a mencione, mas eu não posso voltar atrás. — Tudo o que faço ou digo é questionável, reprovável. Reconheça que ele me tenta... E embora eu tente manter a minha língua, meu

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Adivinha quem sou gênio e meu temperamento controlado por você, se eu ficar aqui, eu acho que a má víbora em mim vai sair e aí sim você vai me odiar. Então, me tire dessa casa! Tenta me abraçar, mas eu o empurro. Dirijo-me para longe dele e não deixá-lo vir para mim o afeta. O irrita. Dylan, que deve estar tão doente como eu, explode e estamos envolvidos em uma tremenda discussão em que nenhum de nós coloca freios em suas censuras ou reclamações. Aos gritos, Dylan admitiu que tem dúvidas que eu quero continuar com a minha carreira de cantora. Eu respondo as suas dúvidas são infundadas e ele me respondeu que ele viveu com uma cantora e sabe tudo sobre isso. Seus comentários depreciativos me ferem. Vejo a vontade de seu pai se realizando e a dúvida enerva-me ainda mais e eu fico como uma fera. Ele não está longe atrás de nós e quando não podemos dizer mais nada, abre a porta e vai embora. Como sempre, me deixando sozinha. Desesperada, eu olho para fora da janela e vejo se mover em direção a garagem. Ouço o motor do carro e pouco depois que se vai. Deito na cama e choro de angústia por um tempo. Quando me tranquilizo, não sei o que fazer ou para onde ir. Enquanto olho ao redor do quarto, eu vejo meu celular. Ocorre-me uma coisa. Pesquiso no Google sobre Caty Thomson, pediatra. Rapidamente aparecem várias páginas, abrindo uma delas vejo uma pequena clínica pediátrica em Los Angeles. Bem! Todos os três estarão na mesma cidade. Eu me desespero. Busco fotos e as encontro. Caty é de pele escura e, para piorar as coisas, de Porto Rico, como eles. Agora entendo por que Anselmo me chama desdenhosamente de loira. Claro, eu não estou morena, como sua amada Caty. Leio vários artigos em que ela está com Dylan, junto à Luisa e Anselmo em vários eventos de caridade. Eles parecem felizes. Fala-se sobre o seu suposto romance, mas nunca confirmado. Embora em outra série de fotos são vistos na praia, se beijando. E pensar que a está beijando como me beijou, quebra o meu coração. Irritada com a minha curiosidade absurda, atiro o celular sobre a cama e volto a chorar.

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Adivinha quem sou A dor na mão alivia e durante horas aguardo o retorno de Dylan, mas ele não volta. Fico com dúvidas. Com ciúmes. Faz-me sentir terrível. Não desço para o jantar, embora Tata me peça. Eu me recuso. Não quero estar na mesma sala com aquele velho rabugento. Choro e me desespero e às duas da manhã , quando eu sei que todos estão dormindo, desço à cozinha para beber água. Entro no escuro e penso em meu irmão Argen. Eu preciso falar com ele e, sem hesitação, me deixo cair no chão em um canto da cozinha e, depois de calcular a diferença de horário, o chamo ao telefone. Ouço dois toques e então: — Oi, minha meninaaaaa. Sua voz amorosa me emociona e começo a chorar. Argen se preocupa. Pede que, por favor, pare de chorar e fale com ele. Rapidamente me recomponho. Eu não posso fazer isso com o meu irmão e enxugando as lágrimas, lhe faço saber: — É isso aí... E eu perdi. — O que está acontecendo, Yanira? Eu preciso ser honesta, dizer a verdade e murmuro: — Tudo está uma bagunça, Argen. Tudo está dando errado. — Você está mal com Dylan? — Com Dylan não, a porra do seu pai! Esse maldito Ogro acha que eu estou com ele por dinheiro. Não acredita que estou apaixonada. Chama-me de loira com desprezo. Entende que tenho 26 anos e não tenho um cérebro. Rejeita-me por ser uma cantora e insiste em que seu filho não vai ser feliz comigo e que ... E que... devo deixá-lo. Meu irmão bufa e diz: — Relaxe, Yanira. Se esse homem diz é porque não te conhece. Se te conhecesse... — Ele não quer saber de me conhecer, Argen – lamento desesperada. — Só quer me desesperar, humilhar e tira-me do sério por discutir comigo em todos os momentos e que seu filho me odeie e finalmente me deixe. Hoje nos enfrentamos como nunca e eu... Agora não sei onde Dylan está e...

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Adivinha quem sou De repente, ouço a minha mãe, que tira o telefone de meu irmão e disse: — Querida, como você está? Engolindo o nó de emoções que não me deixa viver, eu respondo: — Oi, mãe. Eu estou bem... Muito bem. — Como esta a família de Dylan? — Bem, mãe a família de Dylan está muito bem. — E o seu pai, minha filha, está melhor? Meu estômago encolheu. Eu tenho que mentir: — Sim, mãe, Anselmo está melhor. Tomou a medicação que foi receitada e está se tornando cada vez mais forte. Agora, até mesmo anda normalmente. — Como é, querida? É como o seu pai? Comparar o meu pai com este homem é como comparar um Gucci com os chineses. Claro, meu pai é Gucci, e chinês é o outro e respondi: — Ele é um cavalheiro muito gentil. Ele ama seus filhos e é muito carinhoso. Por certo, manda lembranças. Ouço minha mãe rir. Como eu a amo! — E está comendo bem, querida? — Sim, mãe, como bem. Inclusive tomo leite, que sabe que eu não gosto, mas tomo por você. Não se preocupe, tudo bem, mamãe? Conversamos mais alguns minutos e finalmente passa para o meu irmão. Quando Argen pega o telefone, murmura: — Perdoe-me, Yanira. Mamãe chegou agora e pegou o telefone de minhas mãos. Você contou algo a ela?

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Adivinha quem sou — Não, eu não disse nada. Só que tudo bem aqui e o pai de Dylan é muito carinhoso. Ah... E que tomo leite. Isso nos faz rir tanto e, em seguida, meu irmão me pergunta: — Você quer que vá buscá-la? Eu posso pegar o primeiro vôo e estarei aí amanhã. Eu penso. Não sei o que responder e tentando clarear a mente, eu respondo: — Deixe-me pensar e falamos amanhã, ok? Digo-lhe adeus, eu fecho o telefone e cubro o rosto com as mãos. O que devo fazer? Uns passos chamam a minha atenção. Pulgas acaba de entrar na cozinha e vem para mim. Vem sobre mim com o nariz no rosto e me dá uma lambida. Ah, que bonitinho, meu Pulguinha! Eu me levanto às escuras, eu abro a geladeira e dou o que eu sei que ele está me pedindo. Uma vez que come sua salsicha, eu ordeno que saia, mas não quer. Ele deita no chão da cozinha e dorme. Quando encontro um pouco de força, eu vou para o jardim. Está lindo, iluminado pela lua. Penso no que falei com o meu irmão e percebo que estou brava com Dylan e não quero vê-lo. Acho que seu pai está conseguindo o que quer: nos separar. Está minando a nossas forças, cria dúvidas e inseguranças em mim e no final um dos dois vai acabar com tudo. Incrível raposa velha! Caminho pelo jardim e me aproximo do muro para ver o mar. A vista é espetacular. Abro o portão lateral e saio. Vendo o sinal onde diz "Vila Melodia", murmuro com amargura: — Eles devem mudar para 'Vila Monastério' ou 'Vila Casulo'. Atravesso a rua e de repente vejo luzes se aproximando de um carro e me escondo. O coração acelera ao ver que é Dylan. Não parece bem e eu estou preocupada. Embora a minha aparência também não deve estar boa. Quando o carro desaparece, respiro aliviada. Ele não me viu.

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Adivinha quem sou Ele irá para o meu quarto ou ele irá para o seu? Saio de trás da árvore e vou até a praia, mas de repente ouço atrás de mim: — O que você está fazendo aqui acordada a essa hora? Eu gritei assustada. Mas me acalmo ao encontrar Tony. Aliviada, sem pensar que estava em seus braços, e quando me separo dele, digo: — Hoje eu tive um dia terrível, Tony. — Tata me disse algo por telefone. – comenta olhando para mim. — Venha, relaxe. Andamos pela areia da praia e pergunto: — O que está fazendo aqui? Ele aponta para o seu carro, estacionado em um lado, e explica: — Eu gosto de andar à noite ao longo da praia. Minha mãe fazia quando estava em casa e eu acho que o seu passatempo agora é meu. Para ser uma mulher, de acordo com o Ogro, antecedida de sua carreira para a sua família, seus filhos tem muito boas lembranças dela. — Posso perguntar como era a sua mãe? Tony sorri e, agarrando o meu braço, me diz enquanto nós caminhamos ao longo da praia: — Ela era uma pessoa divertida e atenciosa, amorosa, ajudou a todos que podia e, acima de tudo, era grande artista e mãe. Viajava a trabalho mais do que nós gostavámos, mas quando voltava, era a bomba! – Ele sorri. — Nunca fez diferenças entre Dylan, Omar e eu. Para ela, os três eram seus filhos e se em uma entrevista tocavam neste tema, mostrava suas garras de leoa para defender seus três filhotes da mesma forma. Sabíamos muito bem e, a seu modo, nos recompensava por suas ausências. Parece que foi ontem, quando tivemos longas conversas à noite aqui nesta mesma praia. Meus irmãos e eu adoravámos esses momentos com ela. Eles eram especiais. Eles eram apenas nossos. — E com seu pai, se davam bem?

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Adivinha quem sou — Sim e não. Na verdade separou duas vezes, mas como você sabe, se casaram três. Eles se amavam com a mesma intensidade com que se odiavam e meu pai sempre atribuía à diferença de idade. — Eram muitos anos? — Não. Apenas dez. Mas... — Oh, Deus bendito! – eu digo, ao me conscientizar de outra coisa que o velho odeia em mim. — Dylan me leva 11 anos. Começo a rir. Madita seja! Tony, ao entender o meu desespero diz: — Não se deixe prender por isso agora. – assinto não muito convencida e ele continua: — papai não aguentava as suas ausências. Foi ele que teve de se preocupar com nossas notas, nossas aulas particulares ou ir nas reuniões da escola. Nunca perdeu uma, mas todos nós sabemos que mamãe sentia falta dele e que azedou o seu caráter. Todos os anos, no Natal, ele a fazia prometer que no ano seguinte iria se aposentar. Isso nunca aconteceu. A vida de minha mãe era sua carreira, algo que meu pai com seu trabalho como advogado nunca se apaixonou, e da mesma forma que começou a ficar um pouco mais em casa, decidiu fazer uma cirúrgia para ficar mais bonita e bem... Aconteceu o que aconteceu. — Deus... Eu sinto muito, sinto muito, Tony – murmuro desculpas. — Eu sei, Yanira, eu sei. – E, olhando para mim com tristeza, acrescenta: — E o engraçado é que a história volta a se repetir com o meu irmão e você. Dylan, apesar de ser o menor dos três, sempre foi o mais focado, o mais sério, nunca quis saber sobre o mundo do entretenimento, mais parecido com o pai, e pelo amor de Deus, ele se apaixona por uma garota como mamãe. Uma cantora. Sorrio amargamente. Agora eu entendo um pouco melhor por que o Ogro se recusa a aceitar. Não quer para seu filho a solidão que ele tinha de viver. Está claro que eu nunca vou ser o objeto de sua devoção e digo: — Tive uma terrível discussão com Dylan por causa de seu pai. Ele diz que...

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Adivinha quem sou Tony não me deixou terminar. Corta-me e assovia — Droga... Com meu pai. Certo. — Eu acho que isso não vai funcionar, Tony. Vamos cometer um erro e cada vez vejo isso mais claro. É melhor voltar para a Espanha. — Não. — Preciso desaparecer – insisto desesperadamente. – Seu pai está me deixando louca. Chamando-me de Loira Tingida... — O meu pai está te chamando assim?! Concordo angustiada, digo-lhe tudo. Tony, atordoado, não acredita no que ouve, quando acrescento: — Havia tentado uma proposta vergonhosa para que eu deixe Dylan. Ele já está quente, e olha para mim com sua mandíbula tensa, e pergunta: — Que tipo de proposta? Horrorizada com o que acho que eu tenho dado a entender, esclareço: — Nada sexual, calma... Calma. – Respira aliviado e explico: — Algum dia atrás me pegou cantando. Ele me convidou para visitar o escritório de sua mãe. Eu pensei que nós estávamos indo “fazer as pazes” e quando estava emcionada adminirando os prêmios ao longo de sua vida, diz-me que pode me encontrar um produtor musical para lançar a minha carreira ao estrelato, mas, em troca, eu tenho que deixar Dylan e desaparecer O gesto de Tony se decompõe. — Mas o que é o velho bastardo. Idiota! Eu não digo nada em respeito, mas acho o mesmo que ele. Ou pior.

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Adivinha quem sou — Você já disse a Dylan? Eu balancei minha cabeça e Tony fala: — Você tem que dizer. Ele só vê que você contesta ao nosso pai, entrando na briga, mas se ele se intera disto ou as outras coisas que você me disse, eu acho que... — Farei danos, Tony, e a última coisa que quero é machucá-lo. Medita por alguns segundos o que digo, e , finalmente, com uma onda de tristeza diz: — Meu irmão é louco por você. Não deixe que meu pai estrague. Se você for, vai fazer danos ao Dylan e ele vai fugir. — Mas se eu ficar vai causar danos também. Você não vê? — Não. Dylan não é estúpido, Yanira, fale com ele. — Hoje foi horrível. Dissemos tudo e... O telefone de Tony começa a tocar e eu reconheço a melodia de uma canção de Maxwell. Me mostra a tela que diz "Dylan ", embora sem vê-lo eu sabia que era ele. Eu balancei minha cabeça e fiz um sinal com a mão para não dizer nada. Ouço Dylan gritar e Tony, depois de dizer com tranquilidade que está comigo, cortando a ligação. — Está te procurando e está histérico. Eu ouvi. Mas agora eu não posso enfrentá-lo. Eu não tenho forças. O telefone começa a tocar novamente. Novamente é Dylan. Tony, vendo o meu estado, propõe: — Vamos. Vou levá-la para um lugar para beber. Concordo. Preciso para me acalmar. O telefone toca novamente. Tony tira o som. O que agradeço. Entramos em seu carro e quando ele vai colocar a chave na ignição, noto algo pendurado no chaveiro e pergunto: — Essa é a chave para o seu coração?

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Adivinha quem sou Ele sorri, acena com a cabeça e diz, tocando-a com carinho: — Sim. Coisas de Mamãe. Ela era muito romântica e... — E você, como Dylan, é assim, certo? Meu bonito cunhado olha para mim e confessa: — Uma vez pensei que tinha encontrado a pessoa certa para lhe dar. O nome dela era Paola, mas ao contrário de você, ela foi persuadida pelo dinheiro do meu pai. – E com um sorriso triste, ele acrescenta: — aceitou a tentação. Ela com certeza era uma oportunista. Você não. E você está indo para mostrar ao velho. Deve fazê-lo por Dylan e você. Meus olhos se enchem de lágrimas. Saber que Tony sofreu por amor redobra meu desejo de chorar. Sem dizer outra palavra, ele liga o motor do carro e ao fazê-lo o rádio liga. A música preenche meus sentidos e sorrio. Engulo as lágrimas como ele se alinha a estrada da praia e olho para o mar. Meia hora depois, fica mais lento e eu vejo estacionar em um bar com luzes coloridas. Parece música alegre e eu adoro isso. Isso é o que eu preciso, divertir-me! Seu telefone continua vibrando. Ambos sabemos que é Dylan, mas nenhuma resposta. Eu aprecio isso. Ao entrar, Tony pega a minha mão e vamos para uma mesa. Feliz, eu olho para a orquestra que toca salsa enquanto as pessoas dançam. Dois segundos depois vem uma garçonete. Tony me apresenta. Chama-se Emy, um encanto, e pergunta: — Eu trago um par de chichaítos? Não sei o que é e Tony explica: — Run com licor de anis. É forte. Concordo. Preciso de algo assim. Minutos depois, ela nos traz um par de copos iguais e Tony pergunta: — Preparada, cunhada?

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Adivinha quem sou — Claro. Tomamos nossas bebidas e, quando eu dou um trago, sinto minha garganta queimar. — Santoooooooooooooooo Deus! — Wepaaaaaaaaa! – Tony grita. Quando coloco o copo na mesa, eu tusso. Ele ri e me aconselha: — Vá com calma, amanhã você não poderá sair da cama. Digo sim com a cabeça, enquanto os olhos choram por causa do rum. — Como é Caty? – pergunto. Tony olha para mim e não vendo nenhuma fuga, respondeu: — Uma boa menina, embora rara. — Rara! — Há algo nela que não gosto e tenho certeza que acontece a mesma coisa com meu irmão. – Da outro gole em sua bebida e ele continua: — Ela sempre foi apaixonada por Dylan, apesar dele se envolver com outras mulheres. — Dylan a traía com outras? — Meu irmão nunca quis nada sério com ninguém. Nem com Caty. Mas sempre que acabava com algum caso, lá estava ela, a carinhosa Caty, para mimar. Que se tornou algo normal e os meus pais a levaram com carinho. — E Dylan a queria? Tony, desconfortável com a conversa, responde: — Não, ele nunca a quis como ela desejava e que me consta sempre deixou isso bem claro. – Assenti e ele, agarrando minha mão, acrescenta: — O conheço muito bem e te garanto que o que ele sente por você nunca sentiu por ninguém. Você é o seu amor. Sua mulher. Sua vida. Não tenha a menor dúvida.

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Adivinha quem sou Emocionada por essas palavras, murmurei: — Suas palavras me fazem ver o quão romântico você é. Tony sorri e diz: — É a maldição dos Ferrasa. Românticos e teimosos. — Tenho certeza de que um dia aparecerá esta menina que não vai decepcionar você e poderá lhe entregar a chave do seu coração. — Duvido. Agora eu o tenho blindado. Ouvindo isso me faz rir e tomar num gole minha bebida, olho para Emy e peço: — Mais dois chichaítos. Quinze minutos depois, notei que estava mais relaxada. Os chichaítos começam a fazer efeito e eu esqueço meus problemas e aproveito a noite com Tony. A orquestra é grande. Encanta-me como tocam.Tem um ótimo ritmo e um cantor de voz quente. As pessoas dançam e tem um bom tempo. — Dançamos? – Tony propõe. Aceito animada e sigo como posso. Aqui todos dançam que é um escândalo e logo ele me mostra que é um especialista. — A sua mãe ensinou você a dançar também? Ele sorri e responde: — Sim, senhora. Meus irmãos e eu tivemos como professora nada menos do que a Rainha da Salsa de Puerto Rico. E, divertido, acrescenta: — Ê... Cunhada, você não dança mal! Deixamos-nos levar pelo ritmo, dançamos em várias partes do ambiente numa alegria contagiante. Quando nos sentamos, nós estamos suados, felizes e exaustos. O celular continua vibrando. Dylan deve estar desesperado, mas não quero falar com ele. Não quero vê-lo. Trazem mais chichaítos e Tony pergunta:

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Adivinha quem sou — Você quer cantar? Nego com a cabeça. O grupo é muito bom e eu não sei se estaria a altura. Tony pisca para mim e chamou um da orquestra, e um par de minutos mais tarde estou no palco. A adrenalina toma conta do meu corpo e eu sei que vou gostar. Depois de falar com os músicos e dizer-lhes que tenho cantado em orquestras, me convencem a cantar salsa. No final, o povo pede e me diverto em fazê-lo. O cantor e eu nos lançamos com Vivir lo nuestro, de Marc Anthony e La India . “Desde una montaña alta, alta como las estrellas, voy a gritar que te quiero para que el mundo lo sepa.” O ritmo entra em mim e de repente começo a desfrutar como a muito tempo não fazia. Cantar me relaxa. Senti falta disso. Isso me faz esquecer as dores e olhando para Tony, que me ouve encantado na mesa, enquanto aponta na dança: “Y volar... volar... tan lejos donde nadie nos obstruya el pensamiento.”

Preciso disso, que nada obstrua o pensamento. Aproveito enquanto a canção dura, enquanto danço e canto no palco com a banda desconhecida para mim, mas a qual consigo me unir como sempre, facilmente. Quando a canção chega mais e o ritmo me envolve completamente. Quando sob o cenário exclamo: — Wepaaaaaaaaaaaa! Tony sorri e quando me sento, peço: — Dois chichaítos, Emy. — Você não deve beber mais ou amanhã você vai pagar.

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Adivinha quem sou — Que desçam mais quatro chichaítos, Emy – grito, fazendo-o rir. Um par de horas mais tarde, eu estou bêbada, todavia ainda sei o meu nome, Yanira Van Der Vall, danço com qualquer um que propõe isso e eu movo meus quadris e seios como nunca em minha vida. Açúcarrrrrrrrrrr! Tony, que está mais sóbrio do que eu, tenta várias vezes para partirmos, mas me recuso. Quero continuar dançando, bebendo e me divertindo! Viva os chichaítos! O tempo passa. Eu danço, danço e danço... Até que de repente mãos fortes me param no meio da pista de dança. Arrancam-me dos braços de um cara, dá-me uma volta e encontro com os olhos e o rosto irritados de Dylan. Solto uma risada. Incrível reação tem o amigo! — Emy, coloque mais três chichaítos. – grito. Com expressão total de raiva, Dylan assovia: — Você não acha que bebeu o suficiente por hoje? Mas, me soltando dele, eu continuo a minha dança e exclamo: — Weppaaaaaa! Ele me olha imóvel. Passo por ele e continuo dançando, enquanto os quadris se movem e grito a la Celia Cruz. — Açúcarrrrrrrrrrrrr! Vejo que Tony se levanta, vai para o seu irmão e o ouço dizer: — Ela precisava desabafar. Mas agora não sei o que fazer para tirá-la daqui e é por isso que te chamei. Desculpe, mano. Olhei para o Tony e estalo em voz alta:

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Adivinha quem sou — Você está fugindo, dedo duro! Eu continuo a dançar, enquanto vejo como eles discutem. De repente, meus pés saem do chão e Dylan me joga por cima do ombro e me leva pra fora. — Solte-me, idiota! – grito enquanto bato de volta. Estou desajeitada. Noto que os meus movimentos estão lentos, apesar de minha tentativa de acelerar. Minha mãe, posso andar! Quando Dylan me coloca no carro, eu tento sair. Quero dançar salsa! Mas ele me imobiliza, toma meu queixo e assobia, olhando nos meus olhos: — Yanira, fique quieta para que eu possa colocar o cinto. — E o Tony? – Me preocupo. Eu olho para a direita e o vejo ao nosso lado. — Tony, deixe o seu carro aqui e sente-se atrás. – diz Dylan. — Não está em condições de dirigir. — Eu não quero voltar a "Vila Monastério". – protesto enfaticamente. Tony ri, e divertida grito ao ver meu moreno com cara irritada. — Vamos, homeeeeeem.É um desmancha-prazeres, Dylan! Uma vez que eu coloquei o cinto e seu irmão se sentou, ele também entra no carro. Ligo o rádio e coloco a todo o volume. Dylan desliga. Volto a ligar. Ele desliga novamente. Ficamos assim um tempo até que, olhando para mim, ameaça: — Fique quieta se não quiser que amarre suas mãos. Começo a rir com o que diz e pergunto: — Me dá um beijo? Dylan se aproxima de mim, porém eu, me afastando gritando:

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Adivinha quem sou — Acabei de fazer a cobraaaaaaa. Eu devia! Tony ri alto e, finalmente, apesar da minha brincadeira, vejo que o meu menino sorri. Coloca o carro em movimento e o ronco do motor me acalma. Fecho meus olhos e apoio a cabeça no encosto. — Estou tonta. — Avisa se vai vomitar – m adverte. O ar fresco me bate no rosto, enquanto ele dirige. Não vejo para onde vamos. Estou tão cansada e bêbada que apenas consigo abrir os olhos. A escuridão da noite nos envolve e, quando chegamos, vejo que a casa está iluminada. Não sei que horas são, quando Dylan me tira do carro e me coloca em seus braços, ouço: — Vão dormir. Vamos falar com eles amanhã. Reconheço a voz do pai de Dylan e abro os olhos. Olho para ele e, passando ao seu lado, dou uma passada de mão pelos cabelos e murmuro com toda a minha raiva: — Você é um pé no saco, velho amargo e um pedaço de merda. A risada de Tony chega aos meus ouvidos e eu também rio. Acabo-me de rir. Dylan não diz nada, só me leva até o quarto. Uma vez lá, no escuro, me coloca na cama e quando ele está saindo, agarro sua camisa e murmuro: — Diga a avó Ankie para parar de tocar guitarra. Eu ouço Dylan rir e não me lembro mais nada.

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Adivinha quem sou Capítulo 29 Esquecer-me de você

Na manhã seguinte, quando acordo, meu corpo não é meu. Penso nos chichaítos e uma náusea me faz sentar imediatamente na cama. Tudo está girando. Olho para o chão e ele se move. Bebi muito rum? Toco minhas pálpebras. Querido Deus, não removi as lentes! Devo estar com os olhos enormes. Coloco um dedo em um olho e eu quase tiro. Tento novamente e não encontro a lente. Desesperada, procuro no outro olho e nada. De repente, paro, olho para frente e percebo que não vejo com clareza. Sobre a mesa consigo distinguir a caixinha onde guardo as lentes. Pego, abro e suspiro ao ver que eles estão lá. Dylan teve que tirá-las. Como é fofo! Minha bexiga está estourando e tento me levantar para ir fazer xixi. Tudo se move e murmuro: — Estou péssim... Olho para a porta do banheiro. Está próxima. Levanto-me, mas perco o equilíbrio e, depois de dar um tropeço, caio diretamente contra a parede. Na minha queda levo a mesinha e a lâmpada e a bagunça está feita. Toco minha cabeça. Que dor...

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Adivinha quem sou Atordoada e no chão, olho em volta, quando a porta se abre e Dylan entra. — Querida! – grita ao me ver no chão. — Eu caí. Tive uma pequena queda. Levantando-me com cuidado, olho para seu rosto distorcido. Juro que ele está preocupado e pergunta: — Você se machucou? Mas não há tempo para explicações e murmurou: — Eu me... Eu meeeeee. Ele me pega nos braços, me leva para o banheiro, levanta a tampa do vaso sanitário, baixa minha calcinha e me senta. Oh, Deus. Sou anti-glamour. A que ponto chegamos! Sem querer olhar em seus olhos, faço xixi sentada no vaso sanitário e enquanto este não pára... E quando por fim termino, pego o papel e me limpo sozinha. Tento me levantar, mas não posso. O que acontece? Tudo ao meu redor gira. Noto as mãos de Dylan e dou um tapa enquanto grito: — Deixe-me e vá embora. Ele não se move e depois de alguns segundos, rosnou: — E quando puder me levantar, vou para minha casa. Não quero me casar com você. Eu... Eu não quero que a pessoa que esteja ao meu lado seja infeliz e se você já pensa isso antes do casamento, porque você vai ser. Começo a chorar, despenteada e com os cabelos no rosto, choro sem me importar como devo estar. — Não chore, querida.

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Adivinha quem sou — Deixe-me em paz! — Acalme-se, por favor. – insiste com carinho. Mas não me tranquilizo. Choro como um urso e ao final Dylan me levanta, sobe minha calcinha e me leva de volta para a cama num piscar de olhos, enquanto eu protesto entre soluços. Uma vez lá, me deito e retirando o emaranhado de cabelo do rosto diz: — Não quero ver você chorar. Mas eu sou como a cara de um palhaço. Minhas lágrimas brotam sozinhas, sou incapaz de pará-las e ouço Dylan me dizer: — Te amo, você me ama e vamos nos casar. — Não, não vamos fazer isso. Nossos olhos se encontram. Olho para ele através das lágrimas. Tem o rosto pálido e se vê agoniado. Em seguida, pegando a chave que tinha em torno de seu pescoço, murmura: — Você é a única que tem a chave do meu coração. Meu grito ao ouvir isso é devastador. Como você pode me dizer algo tão bonito e romântico sempre? Quando, cinco minutos depois me tranquilizo, meu menino, com a paciência de um santo, pergunta após secar minhas lágrimas com um lenço de papel: — Onde você machucou quando caiu? Apontei para minha cabeça, que dói muito e ouço dizer depois de inspecioná-la: — Saiu um pequeno galo. Ele me beija na testa e faço um biquinho.

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Adivinha quem sou — Vou até a cozinha pegar gelo. – me informa — Isso reduzirá o inchaço. Dois segundos depois, estou sozinha no quarto. Lágrimas escorrem, pelo meu rosto. Sinto-me triste. Muito triste. Minha família está longe. A resmungona se aproxima e antes que meu amor retorne, me encolho na cama, fecho os olhos e volto a cair nos braços de Morpheu. Não sei quanto tempo passou quando acordei. A luz que entra pela janela já não tem a mesma força. Agora é alaranjada. Mexo-me na cama e me estico até que noto que minha cabeça dói. Sento-me como posso. Tudo gira e toco o enorme galo murmuro: — Porra... O que é isso aqui? — Você deu um bom golpe contra a parede, querida, e tem um grande galo. – ouço que Dylan responde, se sentando ao meu lado. Olho-o e aperto os olhos para vê-lo melhor. Ele retira novamente o cabelo do meu rosto e me sento como se tivesse passado uma multidão de formigas vermelhas e assassinas por acima. Encontro-me melhor do que antes e pergunto: — Tony está bem? Dylan sorri e diz: — Ele está acostumado aos chichaítos. Você não. Ouvi-lo mencionar a bebida me faz levar as mãos à boca. Que náuseas! — Não quero ver você chorar mais, ok? – Dylan diz. Quando vou responder a porta se abre e Tata entra com uma vasilha. Ao me ver pergunta:

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Adivinha quem sou — Você está bem coração? – Concordo, ela grunhi — Já disse quatro coisas a Tony. Mas como ele pode levar você para beber chichaítos. Mais uma vez eu cubro minha boca com as mãos. Dylan sorri. Quando passa a angústia, Tata deixa a bandeja sobre a cama e me aconselha: — Coma alguma coisa. Fará bem e você vai se recuperar rápido. Quando ela sai, Dylan me olha com um sorriso doce e sentando-se ao meu lado, oferece: — Vem. Eu vou te dar a sopa. Torço o nariz. Não posso tomar nada ou vomitarei com certeza. — Não... Não... Não... Dylan. Não desce. — Você tem que tomar. – E quando vou protestar novamente ele insiste — Querida, confie em mim. Esta sopa mágica da Tata vai ajudar você a se recuperar. Pense que vivemos aqui e sabemos o que enfrentamos. Pego o guardanapo da bandeja e coloco relutante em torno do meu pescoço. Dylan coloca uma colher de sopa na minha boca. Eu entro em agonia, mas quando vou para protestar, docemente me diz: — Outra colherada mais, amor. Abro a boca e ele coloca outra colherada. Eu quero morrer, como me sinto mal, mas ele insiste: — Mais uma. E assim continua. Quando não posso mais ameaço: — Se me obrigar tomar mais uma colherada, eu juro que te mato. Dylan sorri e deixando a colher e a vasilha na bandeja afirma:

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Adivinha quem sou — Seu corpo vai agradecer em breve. Você vai ver. Deitando-me novamente, murmuro: — Duvido. A sopa gira como uma máquina de lavar em meu estômago e não sei quanto tempo vai ficar lá. Fecho meus olhos e mesmo com eles fechados sinto que Dylan me observa. Não tenho força para olhá-lo. Adormeci e quando acordei Tony está na minha frente. — Olá, dançarina. — Wepaa! – zombo sem forças. Tony sorri. Eu levantando os braços, peço que me abrace. Ele faz isso com carinho. — Obrigada por me suportar ontem. Obrigada... Obrigada... — Não me agradeça, cunhada. Você me terá sempre que quiser. — Que fofo você é. Vejo-o cabecear, em seguida, pergunta: — Não me odeie por ter convidado...? — Não se atreva a dizer o nome. – corto. Ambos rimos e de repente percebo que estou muito melhor. Meu corpo se recupera e controlo meus movimentos. A tontura desapareceu. Eu olho pela janela e vejo que está totalmente escuro. Espantada, pergunto a Tony: — Tenho dormido o dia todo? — Eu lhe disse para beber devagar. – respondeu.

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Adivinha quem sou De repente, milhares de imagens passam pela minha mente. Os chichaítos, a salsa, o baile, Dylan, seu pai, os insultos! Tudo volta à minha mente com clareza e com medo, eu pergunto: — Tony... Me diga que ontem à noite não falei a seu pai o que estou lembrando. Ele olha para mim, acena com a cabeça e murmura: — Wepaaaaaaaaa. Horrorizada pego um travesseiro e cobrir o meu rosto com ele. Eu quero morrer! — Porra. Não posso nem imaginar o que ele pensará de mim agora. — Essa é a última coisa que você tem que se preocupar neste momento e muito menos depois de como ele tratou você. Ao ouvir a voz de Dylan, fico com o travesseiro no rosto, viro a cabeça e o vejo apoiado na parede. Nossos olhos se encontram. Oh, Deus, como eu o quero! Tony me dá um beijo na testa, se levanta da cama e caminha até a porta. — Tenha uma boa noite. – me deseja — Amanhã venho te ver. Quando ele sai do quarto e Dylan e eu estamos sozinhos, fico em silêncio. Não sei o que dizer. Ele continua encostado na parede, sem tirar os olhos de mim. Com cara de presunçoso que eu gosto de repente pergunta: — Por que não me pede um abraço, como pediu ao Tony? — Não. — Por que?

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Adivinha quem sou Ao pensar sobre as coisas que me disse ontem, respondo: — Estou com raiva de você. Se você realmente acha que o que você disse ontem, não sei por que estou aqui. Não sei por que você quer se casar comigo. O silêncio retorna novamente e nenhum de nós dois diz nada. Dylan me olha e eu o observo, através das pestanas, até que de repente, me desconcertando pergunta: — Você viu a camiseta que está usando? Com curiosidade olho para baixo e ao ver mexo a cabeça: — Por que estou usando a camiseta das reconciliações? – Rosno. Dylan sorri e sem se mover, murmura: — Porque eu preciso de você, meu amor. Oh, Deus, por que você sempre faz ou diz apenas o que toca meu coração? — Por que você não me contou? – Ele diz de repente. Não respondo. Não acho que isso significa que o que eu penso, e acrescenta: — Tony me contou sobre a conversa. Nunca imaginei que meu pai poderia dizer-lhe coisas tão terríveis. Mas calma, eu falei com ele e ele não me negou. Ele admitiu seu erro. Novamente horrorizada, volto a pegar o travesseiro e cobrir o meu rosto. Por que tudo é tão difícil? Por quê? A cama se afunda e notou Dylan sentado ao meu lado. Tira o travesseiro e nossos olhos se encontram. Não sei o que dizer. Com amor, ele afasta os cabelos de meus olhos.

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Adivinha quem sou — Eu amo o seu cabelo. É lindo. Sem deixar de me olhar, passa a mão pelo meu rosto e murmura: — Não quero ver você chorar e muito menos que você saia do meu lado. Eu fui um tolo ao deixar me influenciar pelos medos do meu pai, mas acredite quando eu lhe digo... — Não posso estar com alguém que sempre me observa atento para ver se o decepcionarei ou não. – o corto — Não sei se chegarei a ter sucesso no mundo da música, só sei que quero tentar seguir meu sonho, como talvez você tenha lutado pelos seus para ser um cirurgião. Ele me olha emocionado. Entende o que eu digo. Eu sei. Eu vejo em seus olhos. Ele acaricia minha bochecha e sussurra: — Troco um beijo por um sorriso. Derreto-me. Pode comigo! — Preciso de você, Yanira. Alcançará seu sonho, mas, por favor, fique comigo. Como fiz com Tony minutos antes, eu abro meus braços. Dylan sorri ao ver meu gesto e feliz me abraça enquanto fala: — Como gosto da sua camiseta das reconciliações. Eu sorrio. Eu gosto dela. Durante alguns minutos, estamos em silêncio nos braços um do outro, até que abrindo meu coração, digo sem que ele me peça: — Eu te amo, querido, nunca duvide disso. Sei que minhas palavras chegam ao coração. É pouco provável que eu diga algo tão carinhoso e o emociona. Sua boca procura a minha, mas evito e digo em voz baixa:

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Adivinha quem sou — Devo estar com um gosto desagradável. Guarde este beijo para depois do banho. Dylan finalmente sorri e isso me relaxa. —

Eu

liguei

para

o

Argen.

Estava

preocupado

com

você.

Aparentemente, tinha que ter ligado para dizer se ele viria para buscá-la. – Vejo que dizer isso dói — Falei com ele e disse que não me preocupar, mas ele não acreditou em mim. Você deve ligar para ele. Pega meu celular da bolsa e me dá. Entendo que se não ligar, Argen aparecerá como uma fera em Porto Rico e depois de dois toques, ouço sua voz: — Yanira! Pelo amor de Deus. Estava preocupado. Você está bem? Sorrio e olho para Dylan, que está ao meu lado, e respondo: — Sim. Mas deixe-me dizer para nunca beber chichaítos. Eles são devastadores! Ouço meu irmão rindo e meu amor faz o mesmo. — Você resolveu tudo? Quer que eu vá buscá-la? Olho para o meu homem, que me observa com amor, e respondo: — Eu estou bem, Argen. Fique tranquilo. Tudo foi resolvido. Depois de falar com ele por um tempo, desligo o telefone e deixo em cima da mesinha. — Falei com o meu pai e acho que tudo ficou esclarecido. – diz Dylan. — Desculpe... — Não sinta nada, querida. – fala carinhosamente — Se alguém tem que sentir algo sou eu. Não soube como proteger você como merecia, mas a partir de agora o farei e se você quiser, nós sairemos agora mesmo desta casa. Cancelaremos a festa que organizamos e...

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Adivinha quem sou — Não. Participaremos da festa. Dylan sorri, beija minha testa e sussurra: — Se você não é bem-vinda, eu também não sou. Nunca duvide disso. Ouvir isso faz com que meus olhos se encham de lágrimas e voltamos e nos abraçar. Adoraria ir embora. Não voltar a ver a velha raposa, mas não seria justo com Dylan. É seu pai e sei que ele o ama. Com carinho, cravo meus dedos em seu cabelo e me olhando ele murmura: — Mas na segunda-feira, como dissemos, nós vamos para Los Angeles! — Estou ansiosa para conhecer sua casa. — Nossa casa. – Retifica. Dito isso se deita ao meu lado e, por horas, planejamos o que vamos fazer quando chegar a Los Angeles.

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Adivinha quem sou Capítulo 30 E se fosse ela.

Na manhã seguinte, quando acordei estava sozinha na cama. Sento-me com cuidado e vejo que estou muito melhor. Toco minha cabeça e eu vejo que o galo diminuiu, mas ainda está lá. Coloco meus pés no chão e ao fazê-lo me vem à mente que o gesto obsceno que fiz ao pai de Dylan e as duras palavras que eu disse. Meu Deus... Meu Deus, como eu pude dizer isso? Depois de pensar horrorizada sobre o meu mau comportamento, decidi pedir desculpas ao Ogro. Meus pais não gastaram uma fortuna na escola para que eu seja tão mal educada. Envergonho-me. Quando saio do quarto, ‘Vila Monastério’ como sempre está em silêncio. Desço as escadas com medo do que vou encontrar e ouço Dylan conversar na porta de casa. Escuto entre as colunas e surpresa, vejo que está falando com Tony e Omar. Quando este último chegou? Sem deixar que me vejam que os escuto. Riem. Parece certo que eles acabaram com a guerra e isso me enche de felicidade. Quando eles se distanciam a caminho da garagem, subo as escadas e olho a sala. Não há ninguém. Respiro aliviada. Não quero ver o Ogro. Não saberia o que dizer. Ao ir para a cozinha, encontro com Pulgas, me abaixo, o acaricio o animal parece feliz em me ver murmurou: — Olá, lindo. Também estou feliz em te ver.

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Adivinha quem sou Depois de alguns minutos de carinhos neste animal, que cada dia parece mais bonito, continuo meu caminho para a cozinha quando ouço passos. Reconheço-o e me sinto mal. Conto até cinco e finalmente me viro. O Ogro está a poucos metros de mim, com seu gesto habitual de sou um deus. Tem sua cara de zangada. Plano A: o cumprimento sem esperar resposta. Plano B: não o cumprimento. Plano C: mostro novamente o dedo. Sem duvidar escolho o plano A. É o melhor. Seu olhar como sempre é gelado. Fico arrepiada e respiro fundo. Estou prestes a desistir do meu plano A e continuar meu caminho, mas não, eu não sou assim, e, finalmente, digo: — Bom dia! Sem mover um músculo, ele está me olhando. Preparo-me para sua explosão matinal apesar dos gestos e das doces palavras que eu disse, me surpreende respondendo: — Bom dia! Eu olho espantada. Pelo amor de Deus, ele me desejou bom dia! Isso é o mais amável que me disse desde que cheguei aqui. De repente, meu estômago ronca e eu me assusto. Deus, estou com fome!

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Adivinha quem sou O pai de Dylan, ouvindo isso, fica tão surpreso quanto eu e levantando uma sobrancelha, sugere: — Vá à cozinha e tome o café da manhã, algo mais que cacau. Concordo. Vou virar para sair, mas antes de fazer digo: — Queria pedir desculpas pelo gesto que eu fiz... — Gesto? Ao ver que ele não entendeu, eu sorrio e explico: — O gesto obsceno que fiz com o dedo na outra noite senhor. – Repito envergonhada e ele assente — Realmente, senhor, me desculpe por fazer este gesto tão feio e pelas terríveis palavras que disse. Eu bebi demais e... — Sim. Já me disseram que tomou vários chichaítos, certo? Confirmo. Para que negar isso e adicionei: — Eu realmente sinto muito. Não sou tão mal educada. Além disso, se minha avó descobrir o que eu disse, eu lhe garanto que lavaria minha boca com um esfregão. Ela nunca gostou que seus netos dissessem palavrões e eu acho que exagerei com você. Seu olhar fixo me atravessa e então diz: — Está desculpada, desde que você me desculpe também. Meu Deus... Ainda estou bêbada? Mas ao estar ciente de que não, eu respondo sem hesitação: — Claro, senhor, está desculpado. Olhamos-nos os dois de pé no meio do corredor e eu não sei o que dizer. Essa conversa é difícil. Nesse momento, ele limpa a garganta e diz:

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Adivinha quem sou — Meu nome é Anselmo. Esse senhor me incomoda. Estou em choque! O Ogro me dedicou algumas frases agradáveis em apenas alguns minutos. Será febre ou tomou algum cogumelo alucinógeno? Olhamo-nos. Desafiamos-nos sem falar e sem tirar os olhos, jogo e respondo: — O chamarei de Anselmo desde que você me chame de Yanira. Tome isso!!! Nesse momento, meu estômago ronca novamente. Deus que oportuno. O Ogro me olha, franze o cenho e me preparo para o seu ataque iminente. Mas antes de se virar com sua bengala diz: — Vá tomar café, Yanira. Então conversaremos. E, por favor, tome leite como sua mãe quer. Vejo-o afastar-se e estou pasma. Alucinada! O que aconteceu aqui? Tivemos uma conversa? Ele disse para eu beber leite? Como sabe que minha mãe quer que eu faça? Sinceramente, parece com Arquivo X. Na cozinha, ainda perplexa com o que aconteceu preparo um café com leite. Preciso e sorrio ao ver que estou tomando leite. Pego uns muffins e começo a comer, enquanto minha mente não para de pensar. Tenho uma fome voraz. Quando estou terminando, Tony entra na cozinha e me olhando com um gesto brincalhão, sorri e sem dizer nada, batemos as mãos e soltamos:

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Adivinha quem sou — Wepaa! — Metida na farra é um perigo, cunhada. — Olha quem está falando, cunhado! Nós rimos e pergunta se sentando ao meu lado: — Como está o galo? Levando minha mão a cabeça, toco e respondo: — Bem. Eu vou sobreviver a isso. Ele me olha engraçado. Eu bebo um gole do meu café com leite e, então, pergunta: — Você, pelo menos, teve um bom momento comigo? — Sim, muito. Foi divertido e espero repeti-lo, mas sem chichaítos. — Você está mais tranquila? — Sim. Tony sorri e nesse momento, a porta se abre e entra Omar e Dylan. Meu rapaz também sorri e meu coração dispara. Estou apaixonada por ele não..., o seguinte. Omar vem até mim com um sorriso no rosto e depois de me dar dois beijos nas bochechas, cumprimenta: — Olá, farrista. Já me disseram que você gosta muito de chichaítos. Sorrio. Dylan me beija nos lábios e responde por mim: — Acho que Yanira ficará um bom tempo sem prová-los. Isso me faz rir. Omar se senta ao meu lado, pega um muffim e diz:

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Adivinha quem sou — Me informaram que você está lutando sua própria batalha contra o Ogro, verdade? Sorrio ao ouvi-lo e sem saber por que, respondo: — Não chame seu pai assim, coitado! Dylan me olha, surpreso com as minhas palavras e pergunta: — O que eu perdi? Dando de ombros sorrio, mas não conto nada. Não quero criar esperanças. Certa que quando cruzar novamente com ele volte a me chamar de tudo menos de Yanira. Neste momento, entra uma jovem da minha idade, e loira! Com salto alto, uma minissaia e diz: — Bebê, estou aqui. Omar sorri, pega a mão dela e apresenta: — Yanira, esta é minha esposa, Tifany. Tifany, esta é Yanira, noiva de Dylan. A cumprimento encantada, mas meu sexto sentido me faz entender que a pobre é mais burra do que um pedra. Tata entra na cozinha e se junta à conversa. Está feliz e uma vez que termino meu café, nos incentiva a ir à praia. Todos mudam de roupa e vamos alegres.

Quando chegamos à praia, eu ouço: — Bebê... Que horror de areia!

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Adivinha quem sou Tifany reclama quando a areia entra entre as unhas dos pés. Omar, atordoado, olha e responde: — Na praia tem areia, querida. O que você quer? — Estragará o desenho de florzinhas que eu fiz nas unhas. Tento não olhar para Dylan e Tony. Ouço os dois rindo e se eu olhar soltarei uma gargalhada. De repente Dylan me pega em um piscar de olhos, me coloca por cima do ombro e correndo me joga na água com ele, molhando a bermuda que estou usando. Tony nos segue. Felizes, nós três brincamos, quando paramos, Tony olha para Dylan e diz: — Bebê... Nunca deixe eu me apaixonar por uma mulher como Tifany. Dylan solta uma gargalhada e depois de bater nos bíceps, responde: — Duvido que você faria, irmão. Depois de um tempo, Tony sai da água e vai se sentar ao lado de Omar e sua esposa. Ao ficarmos sozinhos, Dylan me olha, me pega em seus braços e diz: — Se meus irmãos não estivessem, faria amor com você agora. Sorrio. Seus olhar me deixa saber que fala sério e murmuro para seduzilo: — Faça-o. Ela me olha alucinado e aproximando minha boca da sua, sussurro: — Suas mãos debaixo da água podem fazer o que quiser. Sorrindo responde: — Não me tente.

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Adivinha quem sou Descaradamente coloco a mão dentro da sunga e o toco. Quando percebo que sua ereção começa a crescer, o provoco: — Vamos, faça-o. A coelhinha está mandando. Meu amor sorri. Ele gosta que eu seja sem vergonha no sexo com ele. Ele me pega nos braços, me colocando de tal forma que seus irmãos e ninguém da praia podem ver meu rosto. Coloca sua mão dentro da calcinha do meu biquíni e após a introduzir um dedo em meu interior, aproxima sua boca da minha e sussurra: — Rodeie-me com as pernas. – Quando eu faço, ele diz — Assim... Muito bem. Agora você não pode se mover querida. Se fizer, todos que estão na praia vão perceber o que estamos fazemos. — Não vou me mexer. — Você tem certeza? Dou um salto quando Dylan coloca dois dedos. Dengosa, me abro para ele e cochicho: — Eu sou sua, lembra-se? Um gemido de prazer escapa de sua boca e com olhos brilhantes, me diz: — Caprichosa... Quer me deixar louco? Confirmo. Dylan sorri e enquanto me masturba me pede para olhar em seus olhos. O sol. Água. O olhar do meu homem e o que ele me faz me levam ao sétimo céu. — Xiii... Não se mova, coelhinha. Deixe-me fazer. Solto um gemido e meu amor assente, enquanto seus dois dedos entram e saem do meu corpo, enchendo-nos de luxúria.

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Adivinha quem sou — Oh, Deus! – suspiro — Isso não foi uma boa idéia. — Por que, querida? Deixo escapar um novo gemido e respondo: — Porque agora quero mais e não podemos. Dylan sorri e me olhando com sua cara de presunçoso, sussurra sem deixar de me acariciar: — Caprichosa. Assinto. Abraço-me mais a ele e aproveito. Dylan me beija. Coloca sua língua em minha boca e faz amor com ela e com seus dedos debaixo da água ao mesmo tempo. A experiência de fazê-lo aqui é delirante, mas não posso me mover. Não posso gritar ou todos saberiam. Quando o calor sobe pelo meu corpo e sei que meu orgasmo está prestes a chegar, mordo meu lábio inferior e então o solto, o beijo para abafar meu gemido de prazer. Quando meus tremores cessam, ele me beija no pescoço e me avisa: — Agora temos que esperar um pouco para sair. — Por que? Com um gesto gracioso, olha para baixo e pergunta: — O que você acha? Gargalhamos e cinco minutos depois, quando ele me diz que já está em condições de sair da água, o fazemos e vamos para onde os outros estão. Tony joga duas toalhas que pega de uma bolsa e Dylan e eu nos secamos. Em seguida, estendemos as toalhas na praia e nós deitamos sobre elas. Por um tempo, conversamos os cinco, até que de repente sinto que um

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Adivinha quem sou pequeno corpo se joga sobre minhas costas. A expressão de Dylan e de seus irmãos muda e eu entendo o porquê ao ver que se trata da pequena Preciosa. A menina, alheia ao que os mais velhos pensam dela, ao me ver veio correndo em minha direção . Omar muda o gesto e com raiva pergunta: — Que diabos você está fazendo aqui? Tifany, que não sabe nada, comenta com sua voz estridente: — Que menina mais fofa. Que moreninha! Não sei o que dizer. Não sei o que fazer. Mas o que está claro é que não vou tirar a menina lá a pontapés. Os três irmãos Ferrasa me olham em busca de explicações e finalmente pergunto: — Dylan, você está vendo Elsa na praia? Olhamos procurando a mulher, mas a não vemos. A expressão de Omar é impagável e observando-o, digo: — Ok. Já sei o que aconteceu. Não me olhe assim. — Onde está sua tia, Preciosa? – pergunta Dylan. A menina se senta conosco nas toalhas e responde: — Não sei. — Você veio sozinha para a praia? – Tony pergunta surpreso. A menina confirma e eu digo chocada: — Como pode uma menina tão pequena vir sozinha para a praia?

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Adivinha quem sou — Há crianças que crescem na rua. – aponta Tifany — A empregada da minha mãe tem netos e você teria que ver como eles são autênticos selvagens! Omar, desconfortável com a situação, se levanta, pega a garota pelo braço, levanta a toalha e sussurra empurrando: — Vamos. Corre para sua casa agora. Isso me irrita. Por que fala assim com a pequena? Vou me levantar, mas não posso. Dylan segura meu braço. Um pequeno mal estar foi criado em décimos de segundo. A menina me olha com os olhos cheios de lágrimas e colocando o dedo na boca, foge. Vejo-a andar e meu coração aperta. Omar volta a sentar na toalha e afirma: — Quero-a longe de mim. Olho-o boquiaberta e incapaz de ficar de fora, murmuro: — Que triste o que você disse. — Mais triste são as sem vergonhas que tentam tirar proveito do dinheiro dos demais. – responde mal humorado. — Exato. Isso é muito triste – afirmo — Mas culpá-la de algo que não faz, garanto que é ainda mais. O clima ruim vai crescendo. Este é Omar que eu conheci por telefone. Duro. Impiedoso. Sem sentimentos. Dylan me pede para ficar quieta, mas não posso. É injusto como tratam a pequena Preciosa e por isso eu digo a todos. — Esqueçamos essa menina e continuemos a nos divertir. Na verdade, bebê, outro dia vi na minha joalheria preferida um anel que adorei e quando voltarmos para Los Angeles quero que você compre para mim, Ok? – Tifany diz.

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Adivinha quem sou Mas nem os três irmãos nem eu podemos esquecer o que aconteceu e que a mulher insiste. — Você está me ouvindo, bebê? — Sim. Vamos comprá-lo. – assente Omar com gesto desconfortável. Ele, como eu, olha para a menina, tão pequenina, tão indefesa, correr sozinha pela areia e volto a cobrar: — Como você pode ser tão duro com ela? Que culpa tem do que sua mãe fez no passado? Ninguém responde, eu mesma notei que Tifany não pergunta por que intui do que falo e olhando para Dylan, prossigo: — Ela só tem quatro anos. — Você está certa, querida. – Dylan responde — Mas é melhor que deixemos assim. Furiosa com a situação olho para a menina, que continua correndo distante e, incapaz de deixá-la ir assim, dou um puxão e solto a mão de Dylan, me levanto e grito: — Preciosa, espere! Mas ela não me ouve. Corro atrás dela. Vejo que vai a direita na estrada. Fico angustiada e volto a gritar, enquanto acelero o passo como posso. — Preciosa, pare! Pare! Não atravesse a estrada. Ela me ignora e só posso ver que cada passo está cada vez mais perto da estrada e eu serei incapaz de chegar para pará-la. De repente, os três irmãos Ferrasa se adiantam a passos largos. Eles também viram o que vai acontecer. A menina vai atravessar sem olhar e vêm

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Adivinha quem sou vários carros. A angústia cresce, enquanto grito e ouço Dylan, Tony e Omar gritarem para que pare. O som de uma freada seca me deixa sem ar. Não... Não... Não... Não pode ter acontecido! Não vejo o que acontece e quando chego e passo entre as pessoas, ela chora nos braços de Dylan. Omar a pega e a abraça, mas ela ao me ver, estende suas mãozinhas. Seguro-a, enquanto Dylan, sem fôlego, murmura me tranquilizando: — Nós a pegamos a tempo. Ela está assustada. Agradeço-o com o olhar e depois beijo com carinho a cabeça da menina, enquanto ela, assustada, chora e o motorista do veículo dá graças a Deus por não ter a atropelado. Sento-me no acostamento a embalando enquanto minha respiração se normaliza e Tony fala com o motorista. Omar nos olha ainda ofegante. Não digo nada. Só quero que Preciosa pare de tremer e de chorar e aproximando minha boca de seu ouvido, canto. Não chore mais, minha preciosa. Não chore mais que acende minha pena. Não chore mais, minha preciosa, Não chore mais, que o tempo se esgota entre lágrimas quebradas pela solidão. A menina fica em silêncio. Pisca e me escuta. Não está acostumada que alguém a embale. Que alguém cante ou dê carinho. Dylan me olha e logo vejo que Omar e Tony também. Os três ficam parados ouvindo. Sem deixar de balançar continuo cantando e quando sorri e seus tremores se acalmam, beijo sua bochecha e pergunto:

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Adivinha quem sou — Você gostou da música? — Sim. — Onde você fez o dodói? A menina sinaliza o joelho. Tem um pequeno arranhão, sem importância e faço o que costumava fazer quando trabalhava na creche e uma criança caía. Passo a mãos sobre o machucado, sem tocar e cantando: Sara, sara, se não curar hoje curará de manhãzinha. Depois dou um beijo no joelho e sorrio. Preciosa faz o mesmo. Nesse momento, saem Tata e Elsa pelo portão da propriedade. Alguém as avisou o que ocorreu e Tata grita nervosa: — A menina... Ah, bendito seja Deus, a menina está bem? Omar ao vê-la tranquiliza. — Está bem, Tata. Não se preocupe, Preciosa está bem. — Graças a Deus... Graças a Deus... – diz a mulher olhando para mim. Elsa, com cara feia, se aproxima de mim e grita: — Vou ter que fechar as janelas com chave também. – Quando vou responder, sussurra — Só me dá problemas e desgostos esta inútil. Mas quando vê os irmãos Ferrasa a observando, suaviza o semblante e diz: — Vem com a tita, Preciosa. A pequena se agarra a meu pescoço. Não quer ir com ela. Começa a tremer de novo e eu, sem deixar que a toque, digo bem claro:

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Adivinha quem sou — Olha, Elsa, não sei como são as leis neste país no que se refere às crianças, mas garanto que se você se atrever a tocar na menina ou tratá-la mal, vou colocar em prática minha própria lei e eu juro por meu pai que vai se arrepender. Ela dá um passo para trás, enquanto eu me levanto do meio-fio do acostamento. Tata se aproxima, estende os braços para a menina e diz ao ver como olho para Elsa: — Fique tranquila, Yanira. Ela estará comigo. Prestarei atenção. Quando vão andar, agarro o braço de Elsa e sussurro: — Estou avisando, se você tocar na menina, eu te mato. — Wepa... Que gênio, cunhada. – comenta Tony quando elas se vão. Levanto uma sobrancelha, coloco os braços em jarras nos quadris e olhando para os três irmãos, digo muito séria: — Entendo que vocês estão zangados com a mãe dessa menina pelo que quis fazer. Mas façam o favor de serem adultos e pensar que essa menina não tem que pagar pelo que a desmiolada de sua mãe fez e mais se ainda a abandonou com a bruxa má de sua tia. — Você que sabe, Yanira? – protesta Omar. Aproximando-se dele respondo: — Na verdade, não sei nada. Mas o que sei é o que vejo e o que vejo é uma pequena abandonada por sua mãe, assustada e intimidada por sua tia. Vejo também que três gigantes como vocês, não fazem nada por ela. Acaso tem que ter sobrenome Ferrasa para que estendam a mão? — Sua mãe...

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Adivinha quem sou — Tony, – o interrompo — sua mãe não é ela, assim como você não é o seu pai. Quando é que vai se dar conta? Até quando vai deixar que inocentes paguem pela culpa de outros? Faz-se um silêncio, e logo, Omar murmura: — Eu fiz o teste de paternidade. Ao ouvir isso, Tony e Dylan olham para seu irmão. Eu também. Queremos que continue e finalmente diz: — Cada mês, passo a Elsa uma quantidade para que cuide. É tudo o que posso fazer por ela. Dylan pisca incrédulo e pergunta: — É sua filha? Omar assente com a cabeça. — Os resultados dos testes confirmaram. Todos ficamos calados, até que Tony mal-humorado diz: — Sem sabendo se era sua filha ou não, eu já dava dinheiro para sua tia cuidar dela. Eu disse a Elsa que não contasse a ninguém. Não queria problemas com você. — Sem vergonha. – sussurro ao ouvi-lo — Tornou-se muito rentável isso de não cuidar de sua sobrinha. Omar dava dinheiro. Tony também e... — Eu também. – diz Dylan, deixando-nos sem palavras — Assim como vocês dou uma quantia de dinheiro mensalmente para a menina e pedi discrição. Os três irmãos se olham incrédulos e, de repente, começam a falar sobre a menina pela primeira vez e não acreditam no que ouvem. A tia da pequena tem montado um bom negócio com ela.

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Adivinha quem sou — Ou seja, – os corto — os três dão dinheiro para Elsa e a cara-de-pau não dá um pouco de carinho, a deixa trancada em casa e sabe-se mais o que. — Que a tranca? – gritam Omar e Dylan. Assento. Não me dão crédito e continuo: — Bastou alguns dias aqui para ver o que esta mulher faz com a menina. Em todo esse tempo, a única pessoa que vi dar carinho a essa pequena foi a Tata. Mas, claro, a pobre mulher vive com o Ogro e está de mãos atadas para ser capaz de fazer qualquer coisa por ela. Omar se desespera. Tony pragueja e Dylan se aproximando de mim diz: — Querida, eu acho... — Olha, Dylan, me deixe terminar. – digo o olhando — Zangue-se comigo, se quiser, mas essa garota só procura carinho em uma casa onde ela é rejeitada por algo que ela não tem culpa. E enquanto estou aqui, esse carinho não posso negar, mesmo que não goste o safado do Anselmo Ferrrasa, ou quem quer que seja. Não sei o que posso fazer por essa menina, se falar com a assistente social ou com quem, mas sem dúvida algo tem que ser feito. Preciosa não pode continuar a viver assim. Os três irmãos não pareciam desconfortáveis e grito: — Mas não viram como é carinhosa esta pequena comigo? Somente me viu duas ou três vezes e me abraça com desespero. Ninguém fala. — E por fim, – concluo — vou dizer uma coisa mesmo que fiquem aborrecidos comigo, não conheci pessoalmente a mãe de vocês, mas pelo que vocês me contaram dela, tenho certeza que não gostaria nada com o que está acontecendo aqui. – E apontando para Omar, acrescento — E mais sendo você o pai.

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Adivinha quem sou Ele abaixa a cabeça. Tony concorda e Dylan admite: — Você está certa, Yanira. Sabendo o que sei agora, minha mãe deve estar muito zangada. Isso deve ser solucionado e... — Diga-me, – interviu Omar — o que eu poderia fazer com a menina? Vivo em Los Angeles. Sou um produtor musical. O que eu poderia fazer? – repete. Tony olha para ele e responde: — Claro, cuidar melhor do que você tem, sem dúvida. Seu irmão se lastima e Dylan intervém: — Ela é uma Ferrasa, Omar, e agora que sei isso não vai ficar assim. Concordo orgulhosa, olhando o desesperado pai da criança, dizendo: — Omar, se não quer viver com ela, não o faça. Mas certifique-se de ter uma boa qualidade vida e não a vida de merda que leva com a imbecil de sua tia. Depois de alguns segundos de silêncio, Omar me olha, depois, olha para a praia, onde Tifany toma sol com tranquilidade e afirma categoricamente: — Eu farei. Garanto a vocês que farei. — Sua família tem dinheiro e meios para ajudar essa menina a ser feliz. – Todos os três me olham e concluo — Faça isso, por ela, por sua mãe e por vocês mesmos. Depois que termino me sinto tão agitada. Acabo de puxar por meu corpo para o resto da raiva que ficava. — Você ficou cansada. – observa Dylan , pegando a minha mão. — Você não sabe o quanto.

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Adivinha quem sou De repente, eu dou risada dura. Eu já sentia falta dela! Dylan sorri e Tony exclama novamente: — Cunhada, que grande gênio! — Sou uma Van Der Vall, você acha que só os Ferrasa tem gênio. Dando um passo em minha direção, Omar põe a mão no meu ombro e diz: — Obrigado por sua sinceridade. Você é como mamãe e gostemos ou não, precisamos de uma mulher como você ao nosso lado para perceber o verdadeiro significado das coisas. Emociono-me. Ai, vou chorar. Começo a tremer o queixo e me dou o ar com a mão. Ao me ver assim os três me abraçam. Sinto-me protegida por estes três grandes homens e eles brincam até me faz sorrir. Quando finalmente me acalmo, voltamos à praia, onde nos espera Tifany, e Dylan, sem soltar minha cintura, me beija na cabeça e orgulhoso afirma: — Van Der Vall e Ferrasa, boa combinação!

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Adivinha quem sou Capítulo 31 Sozinha outra vez

Nesse dia, quando chega o horário de comer, todos voltamos a ‘Vila Melodia’. Quando entro na casa, a primeira coisa que faço junto com os três irmãos e Tifany é procurar por Tata. Ela nos leva para seu quarto, onde a pequena Preciosa dorme e todos nós a olhamos. Como é linda! Quando saímos do quarto, comentamos por alguns minutos o que vai acontecer e vejo que Omar está envolvido, mas Tifany está alheia. Não gosta do que ouve. Não diz nada. Isso me faz saber que não concorda com o plano de seu marido. Dylan me olha, percebe que observo e aperta minha mão. Tata está deslocada com o que ouve, mas assente. Faz-nos saber que podemos contar com ela para o que for. Inclusive comenta que se os três meninos a ajudarem sairá da casa com a menina e deixará o Ogro. Rapidamente, os três se recusaram. A menina e ela continuarão lá. Definitivamente acordaram e se deram conta da realidade. Essa menina é um deles e vão defendê-la com unhas e dentes. Finalmente, Dylan toma as rédeas do assunto, como sempre, controla a situação. Ele falará com seu pai. O Ogro é um bom advogado e pode ajudá-los. Ao entrar na sala, Anselmo já está sentado à mesa e nos olha com atitude intimidadora. É claro que, se tivesse sido ator, como mal e vilão não teria preço! Olho Tifany e vejo que ela não o olha. Está intimidada e quando vamos nos sentar, me agarrar e cochicha: — Não se sente lá!

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Adivinha quem sou — Por que? – pergunto no mesmo tom. A jovem olha para ver se alguém nos ouve e sussurra: — Este era o lugar de Luisa, a mãe. Fico desconcertada. Todos esses dias estive sentada onde não deveria? Estive desafiando o Ogro todos esses dias sem saber? Isso me aborrece muito. Por que Dylan ou outra pessoa não me disse nada? Uma vez que sei, procuro outro lugar, mas quando vou me sentar do outro lado da mesa, Anselmo me olha e pergunta: — Yanira, por que você vai se sentar aí? Opa! Chamou-me pelo meu nome? Todos me olham, coço a cabeça e dando de ombros, invento: — Eu pensei que Omar se sentaria e... — Este é o seu lugar – ele diz — Vem. Sente-se. Novamente todos me olham e Dylan, surpreso, franze o cenho, enquanto percebo que ele notou que o Ogro me chamou meu nome. Sem dizer nada, volto a me sentar no mesmo lugar onde me sentei todos esses dias e sorrio como uma boba. Minutos mais tarde, para não variar em Villa Monastério comemos em silêncio e, para espanto de todos, Anselmo não diz nada. Olho para Dylan esperando que diga algo sobre Preciosa, mas com o olhar, me diz para ser cautelosa. Ele buscará o momento certo. Assento. Ele tem razão. De repente, Anselmo diz:

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Adivinha quem sou — Sua mãe se remexerá em seu túmulo ao ver os tolos que temos sido todo esse tempo. – Todos olhamos e ele continua — Yanira tem razão temos que resolver a situação dessa menina e deixá-la longe de sua tia bruxa. Tome isso! Não posso acreditar que o Ogro disse isso! Olho para Dylan que não me olha. Só olha para o pai. — Papai, eu tinha pensado... — Omar, – corta o Ogro, levantando a voz — se sabia que ela era uma Ferrasa deveria ter me dito. Envergonha-me ter dado esse tratamento a um neto meu e me envergonha ainda mais saber que você sabia que era sua filha e tratou assim. Ouço Tifany tossir. Ela não gosta da conversa. Anselmo a olha e pergunta: — Tem algo a dizer, minha jovem? Ela nega com a cabeça e o velho continua, nos olhando: — Sei o que aconteceu na estrada. Aproximei-me, ao ouvir a freada e não pude evitar de ouvi-los falar. Especialmente Yanira. Fecho os olhos. Vou levar uma bronca. Vejo que os três irmãos se olham e Dylan tenta se desculpar: — Papai, se quiser podemos falar mais tarde e... — Não há nada para falar filho. – responde com voz cansada — Preciso dos testes de paternidade do desmiolado do seu irmão e tentarei resolver essa bagunça o mais rápido possível. Tata, você se encarregará dela enquanto trato. Não a quero ver nas mãos de sua tia. E quanto a essa sem vergonha, enquanto arrumam os papéis, a quero fora de ‘Vila Melodia’. — Sim, Anselmo. Eu mesma a expulsarei. – responde a mulher, sorrindo.

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Adivinha quem sou Omar olha para seu pai e sussurra: — Papai, perdão. Sei que o que fiz foi errado e... — Mais do que a mim, peça perdão a sua mãe e a essa menina. Certamente elas sofreram mais do que você e eu. O silêncio retorna a sala de jantar e eu olho para todos. Estão sérios. Isso foi muito forte e finalmente, Omar diz nos surpreendo: — Eu cuidarei de tudo. É minha filha. Todos o observam e Tifany fala: — Bebê, em nossa vida não há lugar para uma menina. A casa não está equipada e... — Pelo amor de Deus, – grunhi Anselmo — Pare de chamar meu filho com esse nome ridículo! — Eu vou cuidar dela. – continua Omar — Ela é minha filha e viverá comigo você goste ou não. – Olha para a sua esposa e deslocado, acrescenta — Quando vi que poderia ter terminado debaixo das rodas daquele carro, me assustei. Percebi tantas coisas que... — É bom se dar conta dos erros. – corta seu pai, me olhando, e suavizando a voz, continua, olhando para o filho — Fique tranquilo, Omar. Vamos resolver. Mas acho que até que a pequena tenha carinho por você, deve viver nesta casa. Será criada como merece. É uma Ferrasa e não se fala mais nisso. Vamos comer. Estou chocada! Não acredito no que acabo de ouvir e percebo que os demais estão tão espantados como eu. Estou a ponto de aplaudir. De dar quatro beijaços no Ogro, mas temo que mude de idéia se fizer isso. Então olho para Dylan. Ele pisca um olho, feliz, como e calo até que o patriarca me olha e pergunta: — Gosta da comida, Yanira?

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Adivinha quem sou Eu sorrio e respondo amável: — Sim. A carne é muito saborosa, o que é? E Tata responde rapidamente: — Pequenos filés bovinos. Aqui se chama de bife acebolado. — Para minha família sempre o melhor. – afirma Anselmo. E depois acrescenta – Yanira, depois comer, gostaria de falar com você. Sinto um calafrio. O que tem para falar comigo? Mas sem querer me acovardar, cruzo um olhar com Tony, que pisca para mim e assento. — Ok, Anselmo. Busco a proteção de Dylan. Preciso dele ao meu lado para falar com seu pai e ele, ao ler meu desespero no olhar, se oferece: — Eu a acompanharei. Anselmo assente sem dizer nada e continuar comendo. Tata sorri e me pergunta sobre as refeições de minha terra. Eu respondo com prazer, enquanto os demais também estão envolvidos. Pela primeira vez, conversamos ao redor da mesa enquanto comemos e algumas risadas ecoam na estância e vejo Anselmo sorrir. Não diz nada, mas ao menos sorri. — O que você acha de preparar uma comida espanhola um dia desses? Dylan sorri alegre. Sabe que não tenho idéia de como cozinhar e responde: — Parece-me uma excelente ideia.

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Adivinha quem sou Eu rio. Como pouco os envenenarei. Percebendo o olhar de seu pai, pergunto: — Anselmo, você acha uma boa ideia? — O que cozinhará para nós? – ele pergunta. Penso rapidamente. Minhas especialidades são ovos fritos com batatas e bacon, omelete de batatas com cebola, pastéis, croquetes congelados e pouco mais. Em minha casa, com minha mãe e minhas duas avós tão boas cozinheiras, Não me preocupei em aprender. Mas determinada a não me deixar intimidar digo: — O que você gostaria de experimentar da comida espanhola? Ele me olha. Examina-me com seu olhar de aço e responde: — Quando Luisa e eu viajamos para a Espanha há anos, provamos muitas coisas, – E se deixando levar pelas memórias, sorri e esclarece — a saborosa paeja. Pratos maravilhosos com grão de bico, feijão ou carne. E me lembro de um peixe nome bienmesabe*, que comemos no Cádiz, que era delicioso. * Bienmesabe – também pode ser chamado de como cação marinado ou cação à milanesa. Bienmesabe? Que peixe é esse? Acho que eu nunca provei, mas assento e murmurou: — Ah, sim... É ótimo. Um dos melhores pescados que tem – E ao ver como todos me olham acrescento — Sem menosprezar os que têm aqui, é claro. Anselmo me olha e pergunta: — Que tal se você preparar no sábado para comermos? Tito, Hector e Joaquim estarão aqui e poderíamos ter uma refeição familiar antes da noite de festa.

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Adivinha quem sou Minha segurança quebra. Acho que me lancei muito inconscientemente ao ringue e o touro vai me pegar, mas ao ver como todos me olham aceito: — Ótimo! Parece-me excelente. — Você cozinhará Bienmesabe? – pergunta Anselmo. Mãe... Mãe... Mãe, mas em que confusão estou me metendo, sozinha? Respiro fundo, penso e respondo: — Se eu encontrar, claro que sim! Você verá como me saio bem. Dylan sorri. Não acredita em minhas palavras, mas eu, disposta a conseguir meu objetivo, concluo: — Bem, no sábado, vocês já sabem, comidinha espanhola! Quando terminamos de comer, conversamos com Tata sobre o almoço de sábado. Estou amedrontada. Depois de um tempo, Dylan pega minha mão e me leva para o jardim. Preciso de ar. De repente, começo a dar risada. Isso é surreal. Meti-me em um babado sozinha e agora não sei como vou sair dele. Dylan, me beijando, cochicha: — Caprichosa... Em que problema você voltou a se meter? Meia hora mais tarde, a Tata nos chama. Anselmo quer Dylan e eu em seu escritório. Nervosa e sem soltar a mão do meu homem, entro no mausoléu onde nunca tinha ido. O escritório do Ferrasa pai, é, no mínimo, impressionante. Uma vez estando os três sentados, o pai de Dylan diz: — Gostaria que vocês não me interrompessem tudo bem? Nós assentimos. — Como previu no primeiro dia em que se sentou à minha mesa, algum dia teria que pedir desculpas por tudo e isso é o que vou fazer, Yanira. – Olho

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Adivinha quem sou surpreendia e ele continua — Minha vida com Luisa não foi fácil por causa de sua profissão e nunca quis essa vida para nenhum dos meus filhos. E menos ainda para Dylan, que é o mais parecido comigo e o que mais fugiu das câmeras, flashes e da. – Toma ar — Sem você saber, Yanira, cada vez que você me enfrentava, via minha Luisa e isso, ainda que me desesperasse, me agradava. Se tem algo que eu sempre gostei era a sua humanidade, sua paciência comigo para me fazer ver as coisas de outra forma, sua sensibilidade e saber que, se algum dia acontecesse algo comigo, ela lutaria por nossos filhos como uma leoa que era. E você não fica atrás. Durante dias, você enfrentou minha intolerância e minha falta de educação de uma forma que não posso criticar. Eu era o ogro que todo mundo vê em mim, e ainda assim, aqui está você, com uma maturidade que deixa a minha no chão – Ele sorri e eu também — Neste tempo, você não só amou meu filho, mas também a Pulgas, a Tata e todos os que entram nesta casa. Eu fiz uma proposta muito feia e muito tentadora que rejeitou e naquele dia percebi que você não era como eu pensava. Depois desse dia me dei conta que, por amor, você não tinha dito nada a meu filho. Porque não queria fazê-lo sofrer e enfrentar a mim. Na outra noite ouvi você falando no telefone com seu irmão e sua mãe. Eu estava na cozinha no escuro, e você não me viu. E fiquei surpreso quando, ao falar com sua mãe, você disse que eu era amável, bom e muito carinhoso com todos. Aí, garota... Naquele momento, percebi que minha atitude com você tinha que mudar. Mas então você chegou com vários chichaítos e foi impossível conversar com você, embora Dylan se encarregou de fazer e me colocar no meu lugar. – Respira fundo e, em seguida, continua: — Estou envergonhado, Yanira. Se Luisa pudesse, retornaria do céu e me daria umas boas broncas por ser um velho intolerante e bastardo – Ele sorri e inconscientemente, eu também faço — Tive três filhos. Três homens e acho que estou percebendo que um dos meus problemas é que não sei como tratar uma mulher. Minha Luisa era minha esposa, uma leoa! Mas você é outro tipo de mulher, minha filha, a partir de agora, e não sei como tenho que te tratar para que se sinta bem. Estou morrendo de vergonha por ter me comportado com você como não merece, e espero que me dê a oportunidade de poder começar do zero e obrigá-la a beber leite, que já sei que não gosta, mesmo que você minta para sua mãe. – Observo-o emocionada — E, para concluir, graças a você, todos os

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Adivinha quem sou Ferrasa abriram os olhos a respeito de Preciosa e a verdade apareceu, apesar do meu filho desmiolado Omar se preocupar em esconder. Minha respiração está tão acelerada que não consigo falar. Olho para Dylan. Ele sorri e pisca para mim e ao olhar novamente para seu pai e este reitera: — Peço desculpas por tudo, Yanira, como você disse. E eu te agradeço por tudo. Porque você merece. Sem dúvida alguma, sua chegada a esta casa marcou esta família em um antes e depois e agora só espero que o meu filho e você me perdoem e sejam muito felizes juntos. Ele se cala e me olha esperando que eu diga algo. Mas estou tão nervosa que não sei o que dizer e como sempre, começo a rir. O Ogro e meu homem sorriem. Isso me tranqüiliza e quando consigo recuperar o controle, segurando a mão de Dylan, digo: — Eu nunca pensei que algum dia ouviria você dizer coisas tão lindas, Anselmo. Claro que está perdoado e faço ideia de que essa situação não tem sido fácil para você. De repente, seu filho, esse que prometeu que nunca iria se casar com uma cantora, aparece e diz que vai fazê-lo justo com uma delas. Eu entendo, de verdade. – Ambos rimos e acrescento — Eu também peço desculpas por tudo que disse e que possa ter incomodado você. — Está perdoada, filha. Totalmente perdoada. E agora que tudo ficou claro entre nós, quero pedir uma coisa. – Assento e acrescenta — Estou certo de que com essa voz que você tem e a família que vai formar, será bemsucedida no mundo da música. Só peço que não esqueça quem é agora e quem te ama como você é agora, não quando seja famosa. Mantenha os pés no o chão e tudo vai ficará bem. — Eu prometo, Anselmo. Eu prometo que ficará bem. Então o homem se levanta, abre os braços e sem a necessidade de dizer nada, sei o que quer e eu dou. Nós derretemos em um maravilhoso abraço. Dylan, que se manteve em silêncio todo esse tempo, nos observa. Eu olho e sei que agora está totalmente feliz.

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Adivinha quem sou Naquela noite, quando meu amor e eu fechamos a porta do meu quarto, me lembra do que ocorreu na parte da manhã, quando estávamos no mar. Sem demora coloco a música, a que sei que ele gosta: Maxwell. Dylan sorri. Aproximo-me dele, o beijo na boca e instantes depois ele murmura enquanto morde meus lábios: — Você pediu o que queria, coelhinha, e agora eu peço. — O que você quer? – sussurro, beijando seu pescoço enquanto minhas mãos vão direto para sua virilha. Sorrimos. Ele olha desde sua altura com essa cara de presunçoso que me deixa louca. Excitada, dou um tapa, desabotôo o jeans e colocando a mão dentro, murmuro: — Oh, sim... Assim que eu quero, sempre para mim. – E, me separando alguns milímetros, ordeno, enquanto me sento na beira da cama — Tire a roupa. Lembro-me neste momento algo que li uma vez e decido colocar em prática. Sob seu olhar atento, busco minha bolsa, abro e sorrio ao encontrar o que eu procuro. Rapidamente, volto para cama e ao ver meu rosto, Dylan pergunta: — O que você pegou? Alegre, mostro uma bala de menta. Ele levanta as sobrancelhas e explico: — Li em alguns lugares que isso aumenta o prazer. Sorrimos enquanto desembrulho a bala e coloco na boca. O forte sabor da menta me faz estremecer. Com sua atitude tão masculina, que como sempre me deixa extasiada, meu amor se livra dos sapatos, tira a camisa, as calças e a cueca.

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Adivinha quem sou Enquanto chupo a bala, com um dedo faço sinal para que se aproxime. Ele faz. Dylan é poderoso, grande, devastador. Para em minha frente. Sua ereção fica frente ao meu rosto e, sem tocá-la, coloco as mãos em seus quadris. Abaixo até seus joelhos e, em seguida, volto a subir. Depois as levo até seu bumbum. Deus, que bundinha tão dura ele tem! Toco-o. Sorrio e ciente de que com o olhar está me pedindo a gritos digo: — Você me deixa louca, querido, e quero que hoje você experimente as seis fases do orgasmo, por isso vou te beijar aqui. – beijo o umbigo — Aqui. – beijo abaixo do umbigo — Aqui. – beijo a ponta do pênis — Aqui. - beijo sua coxa direita — Aqui. – beijo sua coxa esquerda. E quando pego seu pênis com as mãos, sorrio e sussurro - E aqui. Ao beijá-lo ouço suspirar e abrindo a boca, o mordo suavemente, com amor e paixão. Dylan treme. Agarro seu membro ereto e passo em meu rosto. Passo por meus olhos, bochechas, nariz, e quando chego a minha boca, roço com os lábios, até que, abrindo coloco a bala de um lado da boca e o rodeio com meus lábios. — Deus, querida. – o ouço dizer. Definitivamente ele deve sentir o mesmo frescor que eu sinto. Que excitante! Movo a bala na minha boca e pressiono contra a glande. Dylan ofega. Treme. Sinto a intensa sensação que produz e aproveito tanto quanto ele. Suas mãos voam para o meu cabelo. Toca-o, emaranhando. Ele gosta do que faço. E depois de alguns minutos em que noto que seus pelos estão eriçados, olho para cima e ouço dizer com a voz rouca: — Não pare ou te mato, coelhinha. Bem!... Você chegou a fase homicida do orgasmo, penso animada.

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Adivinha quem sou Com meus lábios, aprisiono seu pênis ereto e aperto. Um gemido escapa de sua boca e sorrio. Por vários minutos, me dedico a chupar, lamber e fazer soltar doces e viris gemidos. Lido com a situação. Sou eu quem define o ritmo. A que faz ele pedir mais. Sou a única que chupa e lambe sua tremenda ereção e é ele que está em minhas mãos. Deus, como eu amo tê-lo submetido a mim! Nossa respiração acelera. Decido tirar a bala da boca, não sei com tanto movimento e com a emoção do momento posso engasgar e acabamos na emergência. Quando eu faço, Dylan me empurra de volta na cama e me olha com o perigo. Fico excitada ainda mais. Sei que acabou tê-lo submetido aos meus caprichos, mas agora, sem uma palavra, coloca minhas pernas em seus ombros, cobri minha boca com a mão e com um forte impulso me penetra. Arqueio-me na cama ao recebê-lo, e meu grito é silenciado por sua mão. Quando segundos depois, retira da minha boca a murmura: — Não grite, coelhinha. Não quero que ninguém te ouça. Imobilizado por como me tem submetida, concordo enquanto ele começa a entrar e sair de mim. Oh, Deus, que delícia! Estou extremamente molhada, o que facilita a penetração. Um... Dois... Três... Vinte vezes se afunda em meu interior me enlouquecendo enquanto mordo meus lábios para não gritar de prazer. Dylan, que me conhece, sorri e volta a fazer. Acelera o ritmo. Empalame sobre ele e em seguida para. Quero que continue! Abaixa minhas pernas de seus ombros pernas e me arrasta para o chão. Fico sentada, montada sobre ele, com o pênis ainda dentro.

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Adivinha quem sou Estamos frente a frente. Olho para sua boca, seus lábios adoráveis. Ele sorri. Sabe o que penso. Coloca-os sobre os meus e sussurra, como se tivesse me ouvido: — Você sim é realmente linda. Mexo-me. Tenho o controle novamente e exijo: — Diga-me que gosta disso. Concorda e se aperta contra mim. Ambos gememos e quando para, sussurra: — Claro que eu gosto, querida. — Mais? — Sim. Volto a me mover e ele volta a me apertar contra seu corpo enquanto eu arqueio de prazer. Vejo seus lábios. Esses lábios carnudos que sempre me deixam louca e me jogo neles. Durante vários minutos, nosso jogo quente e apaixonante continua, enquanto ambos suspiramos um sobre o outro. Sua boca sobre a minha tampa nossos suspiros. Ninguém pode nos ouvir. Nossas pupilas se dilatam e como sempre, nos deixamos levar pelo prazer. Algumas horas mais tarde, depois de três rodadas cada uma mais devastadora, Dylan me abraça no escuro do nosso quarto e decidimos dormir. Mas minha mente lembra da frase que ele como seu pai me disseram em momentos diferentes - Mantenha seus pés no chão.

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Adivinha quem sou Capítulo 32 Vivo por ela Como previu Dylan, na sexta-feira à tarde eu estava morrendo de medo. Vou ao mercado com Tata e Preciosa e não encontro nada do que a minha mãe pediu quando liguei para ela para pedir ajuda com a comida. Não disposta a me render, compro grãos de bico. Eles não são viscosos, como ela me disse, mas são grãos de bico. Compro um peixe que me falaram que é parecido com bienmesabe (um tipo de peixe que é temperado com um molho que tem azeite, vinagre e outros temperos) e um contra-filé para fazer o ensopado da minha avó Nira. Depois, vamos comprar roupa para Preciosa. A menina desfruta de estar conosco e nós desfrutamos ainda mais de estar com ela. Ela está feliz e não solta em momento nenhum das nossas mãos. Quando a vestimos com um vestido de cetim azul, ela nos dá um belo sorriso. Sem dúvida alguma ela está gostando da nova vida. Quando chegamos à cozinha da casa, não sei por onde começar. Pego os grãos de bico e coloco-os na água para cozinhá-los para o dia seguinte, o peixe eu ponho para marinar numa mistura com água, vinagre e uns molhos que cheiram muito bem. Coloco a carne no congelador. Elsa já não está na casa. Sei que falaram com ela e o jogo sujo acabou. Segundo o que Dylan me disse, não pôs nenhuma dificuldade em nada e renunciou a custódia da menina por uma modéstia quantia. Que desgosto de tia. Não desejo nada de ruim a ela, mas tampouco nada de bom. Tata me olha com curiosidade, tenho certeza que está pensando se serei capaz de preparar o que me foi proposto. E eu, finjo tanta certeza que até eu acredito que farei. No sábado pela manhã, quando me levanto, estou muito nervosa e digo para a nova cozinheira que saia da cozinha até que eu termine. Aqui hoje mando eu.

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Adivinha quem sou Quando consigo que Tata e ela saiam, quase arranco os cabelos. Porém o que estou fazendo?? Na panela de pressão, coloco os grãos de bico, bacon, frango, um pouco de presunto e linguiça. De acordo com a minha mãe, quando a válvula começasse a dar voltas em grandes velocidades, conto 45 minutos e estará pronto. Ponho no fogo e nesse momento a porta se abre: É Dylan com Tito e dois homens que rapidamente suponho que são seus tios. Tito me abraça e me apresenta aos seus irmãos Héctor e Joaquim, que são uns amores. Eles se interessam por mim. Perguntam-me como estou na ilha e, divertidos, ficam rindo do Ogro. Eu evito dar gargalhadas dos seus comentários, porém, ao ver que Dylan ri, eu acabo rindo também. Tito, que me conhece a mais tempo, sussurra no meu ouvido : — Me falaram que você colocou a vida do Ogro de cabeça pra baixo e que tem feito muito bem. Parabéns, Van Der Vall! Isso me faz rir. Então, Héctor, olhando para as coisas que tenho sobre a bancada, comenta: — Anselmo nos falou que irá preparar uma comida espanhola. Assinto e olho para Dylan e ao ver que ele está rindo, tenho vontade de matá-lo, mas respondo: — Estou! Quando saem da cozinha, começo a tremer justo no momento que a válvula da panela de pressão começa a dar voltar. Olho para o relógio. A partir de agora, quarenta e cinto minutos. Pico a carne, salteando, coloco água e ponho um caldo de carne como minha mãe me falou. Ponho pra cozinhar. Uma vez que tenho isso também no fogo, começa a descascar as batatas. Vou fazer três tortillas (uma panqueca típica espanhola)

de batata, que eu sei fazer muito bem. Pico as batatas

e deixo cozinhar com as cebolas, bato os ovos e, quando as batatas estão prontas, tiro e misturo-as com ovo e formo a massa das tortillas. Adoro como cheiram. Logo decoro-as com pimentão vermelho por cima. Que bonita que ficaram! Olho o relógio e grito. Rapidamente, tiro a panela de pressão do fogo e xingo ao ver que ela ficou uma hora e meia ao invés de 45 minutos.

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Adivinha quem sou Quando perde a pressão, abro e quase começo a chorar. Ali não tem grãos de bico nem nada. A única coisa que se pode ver é uma massa marrom que dá nojo de ver. Bato com a cabeça na parede. Dez minutos mais tarde, já recuperada do meu fracasso com os grãos de bico, provo a carne temperada. Está dura como pedra e sem sabor. Xingo, coloco sal e ponho de volta no fogo. Olho para o relógio e meu estômago embrulha ao ver que em menos de uma hora terei os piores jurados na sala de jantar, a espera da minha comida. Penso no que poderei fazer para estragar essa bagunça. Abro a geladeira e vejo o peixe. Deeeeeeus, eu tinha esquecido. Pego-o, Tenho nojo dele e xingo. A porta da cozinha se abre e vejo Dylan. — Tudo bem por aqui, querida? Quero lhe dizer que sim apesar de que estou a ponto de cortar meus pulsos com o garfo, mas carrancuda, murmuro desesperada: — Sou um desastre. Dylan sorri, entra na cozinha, se aproxima de mim e sussurra: — É um maravilhoso desastre e por isso estou louco por você. Beijamos-nos e, quando seus grossos lábios se separam dos meus, olha ao redor e pergunta: — Necessita de ajuda? Com desespero e num sussurro respondo: — O que necessito é de um milagre, Dylan. Meu menino sorri. Eu não. Pisca um olho. Eu não. Até que me pede para não me mover e sai da cozinha. Ele se vai? Me deixa assim? Ainda não estou acreditando, quando vejo que entra na cozinha com enormes bolsas marrons e deixa sobre a bancada. — Não se ofenda, querida, porém imaginei que passaria por isso. — Pois imaginou bem. – respondo — Estou pensando em preparar uns ovos fritos com batatas para eles. Isso eu sei fazer, mas creio que eles esperam algo mais. Dylan sorri, me beija de novo e fala:

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Adivinha quem sou — E se te digo que o que eu trouxe nessas bolsas salvará sua reputação de mestre cuca? Meu coração salta. — Nesse caso... Te encho de beijos. Quando vou olhar o que tem nas bolsas. Dylan não me deixa e cochicha: — Isso sim, esse favor eu te cobrarei muito caro. Fico rindo e, ao entender o que seria esse favor, afirmo carinhosa: — Serei sua coelhinha obediente quando, como e onde quiser. Ele morde meus lábios e pergunta: — Tem certeza? Hmmm... Adoro quando faz isso. Me aproximando mais dele, afirmo e, com a voz travessa, falo: — Te prometo, querido. Olhamos-nos em silêncio. Pelas nossas cabeças se passam mil imagens quentes e eróticas e, finalmente, Dylan se afasta e me fala: — Vamos... Jogaremos fora a comida que você fez que eu levarei as bolsas e depois tiraremos a comida que eu comprei e colocaremos nos recipientes. Aplaudo. Bem! Enquanto eu vasculho as bolsas, ele me explica rindo: — Ontem eu perguntei a Tata o que haviam comprado no mercado: Grãos de bico, carne e peixe. Pois bem, aqui tem isso tudo e cozinhado a espanhola. Plano A: Me ofendo. Plano B: O encho de beijos. Sem dúvidas o plano B. O beijo e Dylan ri. Uma vez que consigo me separar dele, começo a organizar o que o

amor da

minha vida

me

trouxe. A

carne

com

tempero

cheira

maravilhosamente bem. Os grãos de bico cozidinhos, o melhor! E o bienmesabe... Perfeito! — Escuta, querida – Dylan diz, lendo uma notinha — Rita disse que...

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Adivinha quem sou — Quem é Rita? – Pergunto com curiosidade. — A mulher de um amigo. Ela é espanhola e cozinha num dos melhores hotéis de El Dourado. – Uma vez que explicou isso, prossegue lendo anota. — Aqui diz que tem que colocar os grãos de bico em fogo baixo durante mais ou menos quarenta minutos. E quanto à carne temperada, diz que tem que pôr depois copos de agua para esquenta-la e que retire do fogo assim que a água ferver. O peixe já veio frito, não tem que fazer nada a não ser colocá-lo numa bandeja. Rapidamente, faço o que ele me disse, e Dylan tira os restos do desastre de comida que eu preparei. A única coisa que salva, são minhas tortilhas. Parecem magníficas e eu fico orgulhosa delas. Uma vez que tenho tudo no fogo. Dylan me entrega outra bolsa que eu não tinha aberto e dou um grito. O ponto máximo da minha felicidade é quando eu vejo um pote cheio de batatas calabresas e, em outros potezinhos, molho verde e molho vermelho. Olho para Dylan e ele diz: — Encomendei as batatas da sua terra faz uns dias e Rita as cozinhou. Pediu-me para que te falasse que os molhos ela mesmo fez, para não se preocupar, porque estão deliciosos. Emociono-me. Esse homem está em tudo e, soltando os potes com molhos, abraço-o e confesso: — Você é o melhor, sabia? Dylan sorri. Adoro quando ele sorri e, me beijando, fala: — Eu deixaria essa comida de lado e te levaria lá pra cima para tirar a sua roupa e fazer amor. Mas creio que depois de todo esse esforço, minha família deveria desfrutar da comida. Não acha? Eu rio e digo que sim com a cabeça. — Estou esgotada. Acredite ou não, a cozinha me cansou. — Agora, vamos pôr tudo em pratos bonitos e colocaremos na mesa. – Disse Dylan quando já estávamos com tudo preparado — A família espera. Sem me preocupar, deixo que Tata e a cozinheira entre na cozinha, elas me olham boquiabertas. Coloco todos os pratos sobre a mesa e o cheiro da comida se espalha por toda a casa. Tata, surpresa, se aproxima de mim e cochicha, olhando as batatas calabresa:

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Adivinha quem sou — Me deixou sem palavras. Você que fez tudo isso? Eu rio. Não quero mentir para ela, e piscando um olho, falo: — Dylan sim que me deixa sem palavras. Graças a ele eu consegui. Divertida, ela move a cabeça e sorri. Sei que guardará meu segredo.

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Adivinha quem sou Capítulo 33 Apenas um sonho Uma vez que está tudo sobre a mesa de jantar, saio para o jardim para dizer que todos podem entrar. Seremos sete homens, a mulher do Omar, Tata e eu. Quando o pai de Dylan aparece apoiado em sua muleta e com a pequena Preciosa segurando sua outra mão, meus olhos se iluminam. Ao me ver, a pequena corre para meus braços e eu a pego no colo. Ver a menina me faz feliz, eu olho e pisco pra Anselmo. Ele pisca para mim também e depois vejo que olha com curiosidade o que está na mesa. Logo me olha e me pergunta com sua habitual atitude desafiadora: — Tem certeza que não vai nos envenenar? Eu aperto os olhos e respondo: — Tranquilo. Será tão lento e sutil que nem sofrerá. Ele sorri e Dylan, agarrando-me pela cintura, diz com orgulho: — Família, vamos comer o que a minha futura mulher nos preparou! Minutos depois, seus tios me parabenizam. Eles adoram tudo o que comem. Meus cunhados devoram a comida, Tifany petisca aqui e ali para não engordar e Tata desfruta junto de Preciosa. Comemos entre risadas e enquanto conversamos. Isso me emociona. Observo Anselmo de rabo de olho. Ele está ocupado com a menina e sorrio quando ela coloca um grão de bico na boca dele. O velho sorri e come e logo a pequena come um também. Incrédula, contemplo o mau humorado Anselmo em sua recente estreia como avô e me derreto. Sem dúvida, esta pequena Ferrasa será a menina mais invejada de todo Porto Rico. terminamos, todos estamos cheios. Omar, Tífany e Tony se levantam para ir embora, antes, Omar abre os braços para Preciosa e esta o abraça sem reclamar. Está claro que está disposta a dar amor a todos que oferecem carinho. Durante uns instantes, observo Omar e vejo que ele sorri com a sua filha em seus braços. Tífany, no entanto, está mais séria. Sei que ela não gostou da aparição da menina, mas isso pouco me importa no momento.

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Adivinha quem sou Pouco depois, Tata leva a menina para dormir a tarde e ficamos Dylan, seus tios, seu pai e eu. — O que você mais gostou, Anselmo? O homem dá um gole no café e responde: — Os grãos de bico estavam muito bons e o peixe também. – Eu assinto — Porém o melhor foi a tortilha de batata. Reconheço que você saiu muito bem. Isso me faz feliz, por que foi a única coisa que eu preparei e aplaudo porque esse homem foi capaz de me fazer um elogio sem ele saber. — A carne temperada, espetacular! – Afirma Tito, sorrindo. Os tios de Dylan são maravilhosos. São músicos por vocação e isso pode ser notado na maneira de falar, expressar-se, inclusive para interpretar algum pedacinho de música para mim. Estou emocionada, porém fico nervosa quando escuto Tito dizer: — Esta jovem tem uma voz incrível. Tens que escutá-la. A mão de Dylan que estava sobre a minha, fica tensa. Eu olho para ele confusa, mas ele não move nenhum músculo quando Héctor diz: — Verdade, Tito me falou que cantava na banda de um barco. Começo a suar. Tenho diante de mim, um dos grandes da música que receberam todo o tipo de prêmios e respondo: — Sim. Cantei com diferentes bandas. — Cantar com bandas é um grande aprendizado, Yanira. O melhor – Assegura Joaquim e, me olhando ele fala: — Esta noite, na festa, espero te ouvir cantar. Fico nervosa. Quem está me pedindo pra fazer isso são músicos mundialmente famosos e isso me intimida. Não sou tímida, mas no momento, tudo treme. Durante um tempo, falamos de música, ritmos e melodias até que percebo que Dylan está incomodado e digo: — Talvez esta noite seja melhor que eu não cante. Dylan e seus tios me olham e Tito pergunta: — Por que? Tocando a garganta de modo a me desculpar, murmuro: — Estou quase sem voz e não quero que tenham uma má lembrança de mim e, além disso, terá muita gente.

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Adivinha quem sou O pai de Dylan que até o momento estava calado, sorri. E seu sorrisinho não me dá uma boa impressão. — Muitas bebidas com Tony há alguns dias Puta que Pariu! Dylan solta uma gargalhada. Vejo que o bom humor do seu pai lhe influencia e beijando minhas têmporas intervém: — Esta noite, estou certo que deixará todos boquiabertos. Sua voz é tão bonita como ela. Com certeza o encherei de beijos, abraços e tudo o que é possível. Seus tios aplaudem, seu pai sorri e eu confusa, olho para ele que me pisca um olho. Minutos depois, Anselmo se levanta e diz: — Vamos, Héctor, Tito e Joaquim. Deixemos que eles fiquem um momento a sós um pouco antes da festa. Joaquim e Tito se levantam e piscam os olhos para mim. Héctor se levanta também, sorri para Dylan e fala divertido para que só a gente escute: — Não vejo a hora de ver você deixar o Ogro sem palavras. Sua confiança em mim mesmo sem sequer haver me ouvido cantar me faz rir e quando Dylan e eu ficamos sozinhos eu falo: — Por que me incentivou a cantar essa noite se você não gosta que eu faça? — Porque sei que isso te faz feliz e eu quero que você seja. Sua resposta, como sempre, é perfeita, romântica e maravilhosa. Rapidamente, me pega nos braços e me coloca no seu colo. Beija-me com amor e, quando se separa de mim, comenta: — Alguns convidados vão te surpreender. — Por que? — Porque te conheço e eu sei – diz. — Quem são? — Amigos da família. – e, me beijando de novo, fala — Vai deixá-los maravilhados. Você verá. Seu apoio e sua confiança em mim me deixa maravilhada, com vontade de outro tipo de intimidade, falo: — No momento, quero deixar você maravilhado, senhor Ferrasa. Escolhe um jogo e sua coelhinha sexy aceitará sem dúvidas.

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Adivinha quem sou Ele gosta da minha proposição e pergunta: — Eu escolho? Com um gesto provocado e luxuoso eu afirmo. — Um jogo quente? Volto a afirmar. Dylan sorri e levantando, me dá um tapa e com a voz sensual propõe: — Vamos jogar. Só teremos umas horas antes que comece a festa. Corremos escada a acima e esta vez ele me arrasta para o seu quarto. — Está certa que quer um jogo quente? — Muito quente. – Afirmo. Beija-me. Deixo que ele explore minha boca com paixão e murmura, sem se afastar. — O que você acha da gente fazer algo diferente hoje? Digo que sim. Não sei o que ele vai propor, mas independente do que for, eu quero. Ele sorri e põe a mão debaixo da minha saia curta. — Tenho um amigo que iria gostar também... Surpreendida, me afasto um pouco da sua boca e pergunto: — Você quer fazer um trio? Dylan não responde na hora. — Você quer? – Pergunta. Estou excitada, quente, desejosa e disposta a fazer tudo o que ele quiser. — Nesse momento, faria qualquer coisa com você. É o seu jogo. Você decide. Quando for o meu jogo, eu decidirei. — Caprichosa, você é um perigo. – Ele morde meu lábio inferior, enquanto eu tiro meus sapatos. Então, ele para e, me olhando, me diz: — Senta na cama. Tira a calcinha e abra a as pernas. Sua ordem me excita e ao ver que olho para ele, insiste com a voz rouca e manda: — Vamos... Estou esperando. Não o faço esperar. Sento-me na cama e tiro a calcinha de forma sensual, enquanto abro as pernas para ele. Suas pupilas se dilatam ao ver o que eu ofereço sem reservas e murmura: — Excitante.

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Adivinha quem sou Aproxima-se de mim, se inclina e passa um dedo pelo meu úmido sexo, e diz: — Iremos à casa de uma pessoa que eu conheço e faremos ele olhar enquanto eu te faço minha. O que você acha? O que eu acho? Surpreende-me sua proposta. Minha respiração se acelera. Nunca fiz nada assim como ele, mas sua proposta me excita, me perturba e respondo: — Excitante e erótico, meu amor. Introduz, então, o dedo na minha vagina e, aproximando sua boca da minha sussurra: — Será somente minha. Eu desfrutarei de você, te foderei e a outra pessoa somente olhará e desfrutará de você sem te tocar. — Minha respiração dificulta e movo a cintura para que Dylan coloque o dedo mais profundamente, porém ele tira e se levanta. Sigo-o com os olhos enquanto ele se move pelo quarto e vejo que ele abre um caixa e tira uma nécessaire. Abre outra caixa. Vejo que é um minibar, onde pega uma garrafa d’água. Ele se senta na cama, abre a nécessaire e tira quatro bolas redondas, unidas por um fino fio. Abre a garrafa, molha as bolas com agua e fala: — Colocarei uma a uma e você não falará que não. Não, não vou dizer que não. Claro que não! Põe a primeira... Sorrio. Põe a segunda... Sorrio. Põe a terceira... Arquejo. Põe a quarta... Arquejo. Enlouquecidos, nos olhamos e eu fico louca quando introduz, também, um dedo e mexe. Sua fricção me faz morrer de prazer. A vibração das bolas é excitante. Dylan sorri travesso. Esse sorriso me leva a mil! Pede para que eu me levante. Quando eu faço, ele me veste com minha calcinha. Uma vez que estou com elas, ele abaixa minha saia e, desde sua imponente altura, sussurra: — Aguente com elas aí dentro até chegarmos ao nosso destino. E sem mais, pega a nécessaire, me dá a mão e abre a porta do quarto. As bolas batem na minha vagina e eu mal posso andar. Dylan me apressa:

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Adivinha quem sou — Vamos, estou impaciente. Ele para na porta do meu quarto e fala: — Ponha os sapatos com os maiores saltos que você tenha. Abro o armário e vejo os que vou levar essa noite na festa e coloco. Damos as mãos, descemos as escadas e saímos para a rua, enquanto me excito por causa da vibração das bolas. Nunca antes senti algo assim. Quando sento no carro, um gemido me escapa. Ao escutá-lo, Dylan sorri. Passa as mãos pelas minhas pernas. Eu as abro e quando a palma da sua mão chega à minha calcinha, aperta e murmura: — Disfrute me deixe saber. Ele me provoca. Eu o provoco. Quando ele liga o carro, a música de Maxwell toca e saímos pela estrada. Cada buraco do chão me faz arquejar. Cada aceleração me faz gemer. Cada freada me deixa louca. Agarrada ao cinto de segurança, fecho os olhos e aproveito a sensação que essas bolas estão causando. Aperto as pernas e a pressão aumenta. Abro os olhos e fecho, Dylan que sorri atrás de seu óculos de sol. Estou muito excitada. Chegamos a um edifício muito moderno, ele entra com o carro na garagem e, uma vez que desliga o carro, me olha e diz: — Abra as pernas. Faço o que ele me pede. Sua mão volta a subir pela minha perna e quando chega de novo ao tecido da minha calcinha, aperta e murmura: — Está molhada. Molhada? O que estou é quente e excitada. Como posso saio do carro. Andar com essas bolas no meu interior a cada instante se torna mais difícil e, quando chegamos ao elevador, volto a arquejar. Dylan aperta o botão do sétimo andar e quando o elevador começa a subir, se aproxima de mim e, me cercando contra a parede, fala: — Você é a minha coelhinha sexy e vai me dar prazer. Assinto. Olha-me com um gesto sério, me beija e quando se afasta da minha boca, diz com voz rouca: — Repita o que você é o que vai me dar.

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Adivinha quem sou — Sou sua coelhinha sexy e vou te dar prazer. O elevador para e as portas se abrem. De mãos dadas, atravessamos um longo e luxuoso corredor de cor branca. Quando chegamos a uma porta, Dylan pega um cartão e coloca na porta, fazendo-a abrir. Excitada suspiro, enquanto noto que minha calcinha está empapada. Oh, Deus... O que essas bolas estão fazendo comigo? Entramos. Dylan fecha a porta e deixa a nécessaire sobre uma mesa negra. Vejo que se segura nela e, me olhando, murmura: — Yanira, estou tão excitado que estou com medo de te machucar. Aproximo-me dele, e desejosa de continuar com o jogo, respondo: — Não fará. Nunca permitiria. Nos beijamos. Sua respiração está ofegante. Me solta e me fala: — Vamos ao banheiro tomar banho. Deixo ele me guiar. Não conheço o lugar. Não sei onde está nada e quando entramos no banheiro, fico parada. Ali, sentado num banco, um homem da idade de Dylan nos espera com um caderno e um lápis na mão. Ao nos ver não se levanta e nem fala. Só nos olha e Dylan ordena: — Tira a roupa e coloque-a no banco roxo. Sem demora, desabotoo a camisa e vejo que Dylan e o desconhecido se cumprimentam. Não vai me apresentar? Depois de uns segundos, percebo que não e deixo a camisa sobre o banco roxo. O indivíduo não tira a roupa. Só me olha. Tem as pupilas dilatas e noto que ele gosta do que vê. Tiro o sutiã, os sapatos, a saia e a calcinha. Uma vez que estou totalmente nua, Dylan me chama, me coloca na frente do homem e fala: — É suave, cálida e deliciosa, porém é minha. Você só olhará porque é o que você gosta, o que te dá prazer. O outro homem concorda. Minha respiração acelera e eu arquejo. Dylan começa a me tocar na frente dele. o atenta. Mostra-me para ele enquanto sussurra no meu ouvido: — Entre na ducha.

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Adivinha quem sou Faço o que ele pede e ele entra atrás de mim. Dylan abre a torneira, molha meu cabelo, tira do meu rosto com delicadeza e, beijando-me, diz contra minha boca: — Você é linda. Sorrio e o beijo. A água corre por nossos corpos e ele põe uma mão entre as pernas. Eu as separo e arquejo ao sentir um de seus dedos junto das bolas. Não me importa o homem que está nos olhando. Só quero aproveitar do meu amor e deixá-lo se aproveitar de mim. Sua boca busca a minha outra vez. Encontra. E devora. Sua mão agarra uma das minhas pernas e me pede para coloca-la envolta da cintura. Obedeço, mas ao fazer, as bolas se movem dentro de mim e grito. Dylan sorri. Volta a levar sua mão até a minha vagina e, introduzindo uma bola que quer sair, murmura: — Ainda não. Fecho os olhos enquanto me move sobre seu corpo. Passa um joelho contra meu sexo e, quando me aperta, solto um gemido. Ele faz várias vezes até que fecha a torneira e saímos da ducha. Ao fazer isso, percebo que o homem já não está mais ali, e meus sapatos tampouco. Mas ao entrar no moderno quarto, totalmente escuro, volto a vê-lo junto da cama. Como se ele não estivesse ali, Dylan me põe nela. Ambos estamos molhados, ensopados, mas ele não parece se importar. Beija-me, chupa meus lábios. Lambe meus mamilos e seca as gotas de água enquanto o homem nos olha e se move ao redor da cama para ter o melhor angulo de visão do que quer para poder desenhar. Dylan para, pega minhas mãos e, coloca umas algemas de couro, me prende nos ganchos que tem na cabeceira da cama. Levanta-se, sorri e fecha as cortinas. Tudo fica escuro, e logo, uma luz íntima e violeta se acende sobre a cama. Observo que o homem lhe dá meus sapatos de salto e Dylan coloca em mim. Logo me venda os olhos com um tecido escuro e eu já não vejo mais nada. — Advinha quem sou. Sorrio e meu amor me beija.

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Adivinha quem sou Quando separa seus lábios do meu estou acelerada, úmida, excitada. Meu coração se altera e mais, quando o escuto dizer: — Se lembra daquele dia no barco em que o jogo era que a coelhinha estava medrosa? – Concordo e escuto sua risada enquanto murmura: — Hoje quero ver uma coelhinha sexy. Muito sexy e entregue. Entendido? Digo que sim com a cabeça. Suas mãos voam pelo meu corpo, enquanto, presa a cama, fecho as pernas e fico louca. As bolas esquentam minha vagina e, quando sinto que suas mãos param entre minhas pernas, abro-as para ele e sussurro: — Sou sua. Como um lobo faminto se lança a minha boca. Entrego-me a ele e, quando coloca a língua na minha boca com ansiedade, respondo a ele arquejando. Não vejo nada, o que me dá outra visão desse tórrido momento. Cega e presa, as sensações se intensificam. Sua mão toca a parte interna da minha coxa e me faz tremer. Atiça-me. Movo-me desejosa de que me faça sua e, quando introduz um dedo na minha quente umidade, arqueio enlouquecida. — Sim, querida... Quente... Assim. Sua voz é puro dinamite, pura luxúria, pura loucura e me enlouquece. Logo sinto que se levanta da cama e dois segundos depois toca uma música. Não é Maxwell. A cama afunda outra vez. Toca-me. Reconheço suas mãos. Passa sua língua pelo meu queixo e ,quando chega ao meu ouvido, murmura: — Just a dream, de Eric Roberson. Essa música sensual invade o quarto. — Abre as pernas para mim, querida. Seu pedido é excitante e minhas pernas abrem sozinhas enquanto escuto a bonita melodia. Sinto vários beijos na parte interna da minha perna e gemo sem medidas, sem ocultar o quanto eu gosto. Num momento, eu solto um grito ao notar como o meu amor tira uma das bolas da minha vagina. Respiro acelerada ao notar a mão de Dylan sobre meu ventre e o ouço murmurar: — Respire com tranquilidade. Tento fazer, e seus doces beijos voltam para a parte interna da perna e ele volta a tirar uma outra bola. O prazer é imenso e mais quando me beijo no monte de vênus.

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Adivinha quem sou Quero tocá-lo, mas não posso. Estou algemada e ele tira outra bola. Antes que eu possa me recompor ele volta a tirar e tira a última. Nesse instante, ouço um zumbido. Arqueio. A bonita canção se acaba e começa outra que não conheço. É outra voz. Dylan não me fala quem canta, em troca, me ordena: — Dê a volta e fique de quatro. Ainda presa e sem poder ver o que faço, necessito da sua ajuda para fazer e me excito ao imaginar a imagem que nesse momento devo oferecer ao meu amor e ao outro homem. Logo eu noto algo cremoso no meu ânus. Está frio e pergunto: — O que é? — Lubrificante. Assusto-me. Sei o que vai fazer e murmuro: — Dylan.... — Tranquila, meu amor... Tranquila. Tento estar, quando ele abre minha bunda e coloca mais desse gel. Movo-me nervosa. Dylan coloca uma das suas mãos nas minhas costas e a abaixa, fazendo com que eu levante a bunda. Continuando ele fala: — Relaxe e deixe acontecer. Sinto como seu dedo joga com meu ânus. Movo-me e ele ordena com doçura: — Não se mova. Facilitará-me a tarefa. Faço o que ele me pede e pouco a pouco sinto que meu ânus se acostuma a essa intromissão. Dylan coloca e tira o dedo e quando me escapa um gemido, sussurra: — Bom, coelhinha... Estamos indo bem. A esse dedo, ele coloca mais um. Está apertado e digo: — Dylan... — Lembre-se que nunca te machucaria. – E parando, pergunta: — Continuo? Tento confiar nele. Tento crer nele e confirmo. — Sim. Pouco a pouco, seus dedos entram em mim com delicadeza. Deus, que prazer!

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Adivinha quem sou — Você gosta? — Sim. – respondo com sinceridade. Ouço sua risada e arqueio quando seus dedos vão fundo no meu ânus. — Imagina o dia em que eu possa estar totalmente dentro de você, coelhinha. Pegarei com força você de trás e te foderei uma e outra vez e você ficará louca e me deixará louco. Digo que sim com a cabeça. Já desejo isso. Minutos depois, Dylan sai do meu traseiro. Dá-me uns beijos nas nádegas e me fala: — Fica de novo de barriga pra cima, meu amor. — Já? – pergunto, chateada por já ter acabado com meu ânus. — O sexo anal se aproveita indo pouco a pouco, querida. – murmura no meu ouvido — Se não tivéssemos uma festa essa noite, certamente continuaria até que você mesma me pedisse para te foder, mas não quero que esteja dolorida. — Tem razão. Nossa festa é esta noite e não quero estar mal. Ajudada por ele, dou a volta e ouço que me diz: — Não feche a perna, coelhinha. Não quero que feche. Excitada pela sua voz e pela sua ordem, faço o que ele me pede, porém minhas pernas tremem e ele exige levantando a voz: — Te proíbo que feche. A excitação me deixa louca. Abro tudo o que consigo. Nunca pensei que Dylan pudesse jogar assim, porém eu gosto. Coloca-me a mil. — Este não é Lobezno (referencia ao vibrador dela). – diz agora, sem que eu possa ver nada — Eu comprei para você e vamos usá-lo agora mesmo. Suas cálidas mãos abrem as dobras do meu sexo. Eu arqueio, sinto a vibração perto do meu clitóris e ele fala: — No um com o quanto você está excitada é pouco para você, não é, querida? — Sim. – concordo. — No dois, a vibração é mais intensa e regular. — Sim – Arqueio.

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Adivinha quem sou — No três... Hmmm... Você gosta, não é? – O zumbido do vibrador, acompanhado com a vibração delirante que me provoca, me faz morder os lábios. As pernas se fecham e Dylan exige: — Abra. Eu faço. Excita-me e sussurra: — Demonstre para mim o quanto está aproveitando. Grite. O quarto é a prova de som. Meus gemidos sobem de tom e incessantes gritos de prazer saem da minha boca enquanto meu menino, meu moreno, meu amor, me masturba e me impede de fechar as pernas. Ondas de prazer tomam meu corpo enquanto eu desfruto da situação de dominação a que estou sento submetida pelo homem que amo. Tira-me a venda dos olhos e por fim posso ver. Seu amigo está atrás e desenha sem perder um detalhe. Um novo gemido sai da minha boca ao sentir o prazer do vibrador no meu clitóris e jogo a cabeça pra trás. O zumbido para. Olho para Dylan, que, colocando-se sobre mim, diz, cravando seu olhar em mim: — Crava seus saltos em mim quando eu te penetrar. Ah, Deus! Ele coloca com urgência entre minhas pernas. Sua investida é tão forte que, ao mover meu corpo, sinto como cravo os saltos na parte traseira das pernas. Um gemido bem alto escapa da minha boca ao sentir aquela tremenda posse. Enlouquecido, Dylan bate fundo uma e outra vez até que me ordena: — Grita, quero te ouvir. Faço. Meus gritos, acompanhados dos roucos gemidos dele, nos excitam. Segue batendo em mim com toda sua força e eu, cravando os saltos nele. Uma série de investidas rápidas segue de outras mais lentas e precisas. Não sei quais eu prefiro. Só sei que não quero que pare. — Estou vindo. Estou tão excitado que estou vindo. Ouço-o dizer. Quero abraça-lo. Quero cravar as unhas nas suas costas, mas com as algemas não posso. Meu corpo se retorce de prazer, escravo dele. Olho para o seu amigo. Já não está atrás de Dylan, está apoiado na parede, se masturbando, enquanto nos observa fazer amor como loucos.

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Adivinha quem sou Sobe-me um calor e Dylan bate uma e outra vez em mim e, quando não posso mais, explodo e grito, me deixando ir. Ele não para. Segue duro no meu interior enquanto eu sinto que meus sucos molham nossos corpos. Aberta para ele, o recebo desejosa enquanto minha vagina treme, até que, com um grunhido viril, se deixa cair sobre mim e o sinto tremer também. Num segundo, quando creio que está tudo terminado, Dylan me beija, me desata das algemas e eu o abraço. Permanecemos assim uns minutos até que, levantando-se, me dá uns lenços de papel e ambos nos secamos. Seu amigo sumiu. Já não está. Só tem um desenho sobre uma cadeira. Dylan pega, me entrega e vejo que somos nós fazendo amor. — O que você achou? — Incrível. – Digo, enquanto olho. Sem dúvida alguma, o desenho é sensual e Dylan, me olhando, fala: — Pedi para que fizesse para nós. Quando deixo o desenho de novo sobre a cadeira, olho para o meu amor e digo: — Gostei da primeira canção que tocou antes. — A de Eric Roberson? – Confirmo. Dylan levanta um dedo, se aproxima do aparelho de música e instantes depois volta a tocar a bonita e sensual melodia. Abro os braços para recebê-lo e começamos a dançar com nossos corpos nus. Dizem que eu canto bem, mas o que não me deixa dúvida nenhuma é que Dylan dança maravilhosamente bem. Seu corpo se move lenta e pausadamente no compasso da canção e sabe me levar com ele. Noto sua respiração no meu pescoço. Dá-me vários beijos nele, na minha orelha, na minha bochecha e, quando chega à minha boca, murmura: — Estou louco por você, querida. Sorrio, ofereço a ele meus lábios e ele aceita. Beijamos-nos lentamente, ao compasso da música, até que Dylan me pega nos braços e me leva para o banheiro, onde fizemos amor de novo. Penetra-me e eu recebo gostosa. Sem chegar a finalizar, voltamos para o quarto. A luz segue sendo violeta. Dylan me deixa sobre a cama e começa a lamber meu sexo com fervor.

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Adivinha quem sou Extasiada, ponho os dedos no seu cabelo enquanto ele passa sua língua por todos os lados e meus fluídos me molham. Sua posse e seu jeito áspero me fazem gozar. Abre-me para ele. Expõe-me para ele. Contorço-me, arqueio, gemo. Com uma mão me segura pela bunda. Aperta e eu grito quando percebo que um de seus dedos entra no meu ânus. Entra e sai de mim ao mesmo tempo que não para de chupar o meu clitóris. Meus gemidos passam a ser gritos de prazer, e sinto que estou perdendo os sentidos. A loucura do momento se apodera de mim e peço para que ele faça. Peço para que ele penetre pelo ânus. Dylan resiste, se nega, mas eu insisto. Ao final, muda minha posição de forma brusca. Põe-me de quatro e, me aperta com uma mão contra a cama, aproxima seu pênis duro da entrada do meu ânus, mas não penetra. — Faça. – Exijo, e escuto sua respiração rápida. Dylan introduz um pouco, mas não o suficiente. Grito, ordeno que coloque, e quando creio que ele irá fazer, ele pega o meu cabelo, tira de trás e, penetrando-me pela vagina até o fundo, murmura: — Hoje não. Solta meu cabelo e me pega pela cintura. Com uma forte investida, entra de novo em mim por completo. Eu grito extasiada. Sai completamente de mim e volta a penetrar com um golpe. Isso me dá muito prazer e peço: — Mais... Mais... — Caprichosa... – Escuto-o dizer. Enlouquecido pelas minhas exigências, sinto que me invade, me empala, me penetra com toda sua força, e eu grito e exijo mais. Quero tê-lo dentro de mim eternamente. Quero que não pare. Sem descanso, meu amor me faz dele. Sem descanso, me entrego a ele e ele se entrega a mim. Sem descanso, as penetrações se tornam mais fortes até que, uns segundos depois, temos juntos um orgasmo fenomenal. Incrível! Esgotado, Dylan se deixa cair num lado da cama e eu caio de bruços sobre ela. Minha respiração é rápida, porém a dele está muito mais. Olho-o. Vejo que está suado e ainda um pouco molhado do banho e pergunto: — Está bem?

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Adivinha quem sou Ele concorda, fecha os olhos e, quando recupera o fôlego, murmura: — Melhor que em toda minha vida. Solto uma gargalhada e Dylan fala: — Quase me convence. Menos mal que eu tenha mantido o controle. Volto a rir. Estou cheia de desejo. Quero sexo anal como nunca. Ele me abraça. Beija-me e, me olhando nos olhos, diz: — Caprichosa, cada dia estou mais louco por você.

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Adivinha quem sou Capítulo 34 Com os anos que me restam

Horas depois, estou em frente para o espelho do meu quarto, me arrumando para a festa que será para nós. Ainda tenho o sabor de Dylan e a lembrança do que fizemos umas horas atrás em minha boca e no meu corpo e sorrio enquanto me olho no espelho. Coloquei o cabelo num coque alto mas despenteado que minha mãe sempre diz que fico bem. Olho-me, deslumbrada com o vestido preto curto de plumas. Dylan nunca me viu vestida com ele, mas estou certa de que ele gostará. Ainda mais quando ver que estou com os sapatos dessa tarde. Escuto umas batidas na porta e ao virar vejo que quando abre, entra o homem que estou pensando. Fico sem palavras. Está lindo com esse terno. Seu olhar me faz saber que ele também gosta do que está vendo e, fazendo um sinal com o dedo, me pede para dar uma volta. Faço e, quando termino de dá-la, já o tenho do meu lado, me beijando. — Está linda e elegante, querida. Eu suspiro e contesto: — Pois você está lindo e tentador. Dylan sorri e, sem me soltar, fala: — Não sei se quero que te conheçam ou não. — Por que? – Pergunto divertida. Segurando o meu pescoço ele responde: — Conheço eles. Vão querer dançar com você e te afastarão de mim. Manhosa, me abraço mais a ele e digo: — Porém você tem exclusivamente o que eles nunca terão. Meus beijos, meu corpo, meu gemidos. Relaxa, bobo, sua coelhinha só te quer.

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Adivinha quem sou Ele solta uma gargalhada e, dando um delicado tapa no meu traseiro, afirma: — Vamos sair daqui antes que eu decida te comer. Descemos as escadas entre risos e gargalhadas e me surpreende ver a casa já cheia de gente. Vejo-me no meio desse mar de pessoas que não conheço e que estão encantados de me conhecer. Meus cunhados sorriem ao me ver e quando vejo Anselmo, lhe digo: — Está lindíssimo. Ele gosta do elogio e, beijando minhas mãos, fala: — Você é a mais bonita da festa. Sem me soltar nenhum segundo, Dylan me beija na frente de todos e pergunta: — Papai, porque acha que vou me casar com ela? Nesse momento, Preciosa se lança em meus braços. Com seu vestidinho de cetim azul, é uma boneca. Durante vários minutos, nos conta emocionada e da sua maneira o que comeu, até que Tata leva-a, tirando-a dos meus braços. Escuto a música e quando olho para Anselmo, que não parou de me olhar, ele diz: — Uma festa sem música não é uma festa! Vila Monastério se converteu para Vila Melodia. De mãos dadas com meu menino, saio para o jardim, onde vejo mais gente e, sobre um palco, vários músicos tocando salsa. Encanta-me! — Como vê, papai segue implorando seu perdão. – Dylan cochicha no meu ouvido. Isso me comove e, olhando para Anselmo, que fala com uns desconhecidos, exclamo: — Pobrezinho, mas já o perdoei! A partir desse momento, tudo se torna uma loucura. Todos querem me conhecer e Dylan não me solta. O agradeço. Nesse momento, um homem para na nossa frente e eu fico sem fala. Pelo amor de Deus é Marc Anthony! Os dois se cumprimentam com intimidade e Dylan me apresenta. Marc acaba por ser muito normal e adoro sua profundidade ao falar do seu senso de humor. Logo, dou uma volta e meu coração para: Acabo de ver Ricky Martin, que cumprimenta Omar e Tony. Dylan, ao vê-lo, me pega pela mão e me leva até ele.

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Adivinha quem sou Oh, Deus. Não posso acreditar! Estou nas nuvens. Os Ferrasa me apresentam a Juan Luis Guerra, Chayanne, Gloria Estefan, Luis Fonsi, Thalia, e vários jogadores de basquete, cada um mais lindo. E creio que terei um infarto quando vejo Bisbal. Oh, senhor, meu David Bisbal está aqui. Ainda que não fosse eu quem cantava suas canções ! Ao me apresentar a ele e lhe dizer que sou espanhola. David fica contente e conversamos um bom tempo. Isso é o máximo! E quando descobre que estive cantando em bandas, como ele, conversamos sobre isso, enquanto, divertido, Dylan nos escuta contar umas piadas. Quando

começa

o

jantar,

estou

como

doida.

Deslumbrada.

Profundamente impressionada. Tenho os olhos arregalados por me ver cercada por todas essas pessoas. Dylan me diz no ouvido: — Maxwell não pode vir. Tem um show essa noite e te manda oi. Apresentarei-te quando estivermos em Los Angeles. — Sério? – Ele sorri. Deve ser de me ver cheia de emoção do que estou vivendo e esclarece, aproximando de mim: — Relaxa, querida. São tão pessoas como eu e você. — Mas, Dylan, são meus ídolos! Fui aos seus shows e ainda tenho guardada como ouro em pano uma camiseta que Ricky Martin autografou e a entrada de quando Bisbal veio tocar em Tenerife. Dylan sorri e comenta: — Pois se acostume a tratá-los como iguais. E lembre-se, eles não são mais que você. Só fazem seu trabalho como qualquer pessoa faz o seu. Concordo. Tento aceitar o que ele me fez, mas me parece incrível ver meus ídolos sentados nesse bonito jardim, festejando que iremos celebrar nosso casamento. Quando contar aos meus pais ou a Coral, não vão acreditar! Fotos. Necessito de fotos com todos eles e, olhando pra Dylan falo: Seria ruim que eu pedisse para eles tirarem fotos comigo? Meu amor limpa a boca com um guardanapo, solta uma gargalhada e responde: — Não. Logo tirarão uma foto com você. Agora come.

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Adivinha quem sou Porém não consigo. Só consigo olhar e sorrir quando sorriem para mim. O jantar termina, nos levantamos das mesas e vamos para onde está o cenário com os músicos. Uma vez que chegamos ali, Anselmo sobe no palco e diz umas bonitas e breves palavras dedicadas a Dylan e a mim. Não estende e a emoção lhe consome. Quando termina, todos aplaudem e chega o momento dos tios de Dylan. Divertidos, falam dele e de mim e todos riem, até que se emocionam ao lembrar da sua irmã. Todos levantamos as taças e, olhando para o céu, brindamos por Luísa. Ao que parece era um gesto que ela fazia para brindar pelos que já não estavam aqui. Olho para Dylan e o vejo emocionado. O beijo e ele sorri. Depois olho pra Tony e para Omar, que estão do meu lado e ao vê-los com a mesma reação de Dylan, belisco o braço deles para chamar a atenção. E esse gesto os fazem sorrir e eu lhes pisco um olho. — Esta canção – prossegue Hector, do palco — Era uma canção muito especial para minha irmã e para o zangado do meu cunhado. – Todos riem e, olhando para o céu, conclui — Essa é para você, Leona! A música começa. Rapidamente reconheço a canção. É uma bonita canção de Porto Rico que se chama Lamento Boricano. Eu sei cantar! É tão bonitaaaaaaa! Cercada por quatro emocionados homens Ferrasa, sei que tenho que fazer algo para tira-los da tristeza. Assim, para chamar atenção de todos e para fazê-los pensar em outra coisa, olho para Anselmo e, falo: — Me concede essa dança? Ele me olha assustado e antes que não fale nada, insisto: — Vamos, sogro. Não pode me dizer não. O homem sorri. Pisco um olho para Dylan, e vejo que Omar e Tony estão sorrindo. Uma vez que saio para a pista, abraço o homem que fez minha vida impossível durante um tempo e lhe digo: — Isso. O plano A é que ninguém vai te ver chorar como neném ou perderá o titulo de zangado oficial do reino. Anselmo solta uma gargalhada e reconhece:

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Adivinha quem sou — Eu gosto do seu plano A. — Muito bom... – Sorrio enquanto danço com ele e os músicos cantam: Y alegre,el jibarito va pensanso así, diciendo así,cantando así,por el caminho. Si yo vendo la carga,mi Dios querido, un traje a mi viejita voy a comprar. — Certo, Anselmo, quando chegar a parte rápida da salsa, o que você acha de fazermos uma dancinha? Ele me olha atordoado. — Estou um pouco enferrujado, Yanira. Eu rio, pisco o olho e respondo: — Não desanime! Sendo um Ferrasa tens esse dom naturalmente. O homem morre de rir. Ele esqueceu a tristeza e, enquanto dançamos, eu falo e falo e não paro de falar bobeiras para que ele não pare para pensar tristezas. Quando chega a parte da salsa que ambos esperamos, ele sorri e me deixa boquiaberta ao ver o quão bem dança o fodido Ferrasa. Os convidados aplaudem e meu sogro e eu dançamos uma salsa que deixa a todos sem palavras. Quando a música acaba e todos aplaudimos, contentes, Anselmo, aliás, o Ogro, diz: — Nunca esquecerei desse momento. Vamos até onde está Dylan e seus irmãos, que aplaudem a seu pai. Este que ri divertido e eu rio com ele. Me dá um beijo na bochecha, diz, olhando para seu filho: — Esta jóia vale seu peso em ouro. Mantenha com você. — Eu sei papai. Eu sei. – Admite Dylan, enquanto eu rio. A música muda de ritmo. Salsa bailona (um tipo de salsa mais animada). Tony me pergunta: — Dançamos, cunhada? Aceito sem duvidar e aproveito nos braços do meu lindo cunhado, enquanto me deixo levar, noto o orgulho no olhar do meu futuro marido. Dylan prefere dançar a sós, por isso que não espero que ele dance comigo essa noite.

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Adivinha quem sou A partir desse instante, todos querem dançar comido e eu aceito e, quando Marc Anthony me anima a subir ao palco para cantar com ele, creio que vou morrer. Ai. Deus, como diria Tata. Dylan pisca um olho e Marc me pergunta que música quero cantar. Eu rapidamente lhe digo Valió la pena. Ele sorri e diz para os músicos. Antes de começar, olho para Dylan, pisco um olho e digo sem palavras, Para você! Esta é a música que tocava quando fiz pela primeira vez amor com ele no armazém do barco. Marc começa a cantar e eu olho para ele alucinada. Por Deus, vou cantar com Marc Anthony! Quando me sinaliza, dando-me a vez para cantar, creio que vou sofrer um infarto. Fecho os olhos e respiro fundo e, quando os abro, sei que a partir desse momento tudo sairá bem. Canto dado a réplica a Marc e aproveito. Quando ele vê que estou mais tranquila, me pega e começa a dançar salsa comigo enquanto continuamos cantando. Não fico com medo e o sigo, enquanto os demais aplaudem encantando. O primeiro, meu Dylan. O segundo, meu sogro. Quando terminamos a canção, Marc e eu nos abraçamos e, a partir desse momento, não volto com Dylan. Quando não é um é outro e no final, canto com todos. O ritmo é frenético e desfruto da calorosa recepção que me fizeram. Cada vez que subo ao palco, meus olhos e os do meu amor se encontram e nos seus vejo desejo e felicidade. Um desejo incrível e isso me provoca, me esquenta e me fascina. Me dá uma felicidade que enche meu coração. Uma das vezes que saio do palco, depois de cantar com Bisbal sua canção Dígale, umas mãos me agarram com força pela cintura. Ao olhar, vejo que é Dylan. Com um sorriso encantador, se aproxima, me beija e diz contra minha boca: — Siga-me. Não contesto. O seguiria até o fim do mundo. Tira-me da festa e me leva até a parte de trás da casa, onde não tem ninguém e, ao chegar junto de uma parede, me pressiona contra ela e me beija. Devora-me com loucura. Quando se separa de mim, sem dizer nada, me

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Adivinha quem sou faz entrar na garagem. Ali, sem luz, iluminado unicamente pela lua que entra pela janela, vejo seu carro estacionado. Apoia-me no seu carro e volta a me beijar. Toca-me, me provoca. Ofereço a minha língua e ele a saboreia delicadamente, até que o ouço dizer: — Tira o vestido e a roupa íntima se não quiser que eu rasgue tudo. — Aqui? — Sim. Aqui. Ao ver sua excitação, não duvido. Rapidamente tiro a calcinha (estou sem sutiã), e me desfaço do vestido. Não quero que ele rasgue. Seria muito embaraçoso, voltar para festa com o vestido rasgado. Uma vez que estou nua, meu amor beija as minhas bochechas, o pescoço, lambe meus peitos e chupa meus mamilos, me fazendo desfrutar. Me pega como uma boneca e me debruça sobre o capô do carro. Está frio, mas não reclamo, mas o bom é que o calor que ele me provoca, esquenta. Sem falar, me beija no ventre, no umbigo e crava as mãos na minha cintura, chega ao meu púbis. Oh Deus!!! Cheira-me, aspira meu cheiro e, quando volta a me olhar, murmura com voz rouca, enquanto desabotoa a calça. — O lobo está faminto de você, querida. Com a respiração a mil e a adrenalina a dois mil, desejando alimentar meu predador, separo as pernas e sorrio. Dylan se aproxima, me pega pela cintura e, ficando sobre mim, me penetra. Eu ponho minhas pernas envolta da cintura dele para não deixa-lo sair. Com delicadeza, me beija nos peitos enquanto se move dentro da minha vagina e eu gemo de prazer. Oh sim! Um imenso gozo, carregado de sentimento, luxúria e descontrole se apodera de nós dois. Não falamos. Somente aproveitamos. Nossos gemidos se mesclam, enquanto Dylan me faz sua uma e outra vez e eu o faço meu até que nossos corpos se tencionam ao mesmo tempo e, depois de um gemido, nos deixamos o prazer vencer. Sorrio.

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Adivinha quem sou Com carinho, me beija os ombros, o pescoço, as bochechas, e eu entreabro a boca para receber um beijo cheio de ternura e amor. Aproveito, saboreio até que ele sai de dentro de mim e eu escorrego pelo capô do carro. Me pega e, uma vez que me põe de pé, me solta. Abre seu carro, tira um pacote de Kleenex (lenço de papel) e nos limpamos. Quando me visto e ambos estamos apresentáveis, olho para ele divertida e pergunto: — O que aconteceu? Dylan sorri e, negando com a cabeça, fala: — Te ver e não poder te tocar é uma agonia para mim. — O que quer fazer agora? – Pergunto outra vez sorridente. — O que eu quero fazer tem que esperar até depois da festa, querida. – sussurra. — Voltaremos para a festa então? — Não tem mais remédio, ainda que eu não saiba quantas vezes te trarei aqui. Voltamos rindo e nos unimos à diversão. É nossa festa de compromisso e tem que ser inesquecível.

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Adivinha quem sou Capítulo 35 Coisa mais linda

Na segunda as oito da manhã chegaram ao aeroporto Luis Muñoz Marín de Porto Rico e Anselmo diz: — Terá que voltar rápido. Esta visita foi curta. Dylan sorri e eu, encantada pois como tudo mudou, respondo: — Prometo, Anselmo. Tenho que te desafiar para um duelo de “chichaítos”. Ele ri e me abraça. Tifany, que está ao nosso lado, nos observa. Ela não fala com ele. Nem sequer se aproxima. Deixa claro que não quer nada com o velho e eu a respeito. Tal como Anselmo a ignora para não querer nada com ele. Preciosa sorri nos braços de Omar e ouço que ele lhe explica: — Papai tem que ir trabalhar, porém na sexta voltarei para te ver. Certo? — Sim. – Ela assente. Sorrio encantada ao ver a cena. Sem dúvida alguma, Omar levou a sério ser papai e Preciosa soube se adaptar a sua nova vida com facilidade. Está claro que as crianças nos vencem quanto às adaptações. Porém, quando olho para Tifany, sei que para Omar as coisas não serão fáceis. Uma vez que nos despedimos de Anselmo, Tony, Preciosa e Tata. Omar, Tifany, Dylan e eu embarcamos rumo a Los Angeles. O voo é direto. Como sou das que enjoam no avião, tomo um remédio e, como sempre, durmo. Dylan, ao meu lado, sorri e pede para a aeromoça uma manta para mim, me beija e murmura: — Dorme bem, querida.

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Adivinha quem sou Oh, sim. Não há necessidade de me dizer isso. Antes de decolar, já estou totalmente apagada. Noto que alguém me beija com doçura no rosto e escuto o que fala: — Acorda, caprichosa. Estamos a ponto de chegar. Abro os olhos surpresa. Já?! Uma vez que desembarcamos e pegamos nossas malas, nos despedimos de Omar e Tifany. Porém essa se empenha em ficar para jantar essa noite em um lugar badalado. Insiste tanto que no final Dylan e eu aceitamos. As oito num lugar chamado Open. Já no taxi, depois de dar o endereço ao taxista, Dylan me abraça. Somos felizes e isso ninguém vai nos tirar. Encantada, olho tudo com curiosidade, enquanto meu amor explica por onde estamos passando. Tudo é alucinante. Estou em Los Angeles! Olho entusiasmada pela janela como uma criança com sapatos novos, e dou um pulo e grito como uma adolescente quando vejo nas montanhas a placa de Hollywood. Dylan sorri. Meia hora mais tarde, chegamos a uma rua chamada Devon Avenue. Percebese que é uma zona cara e quando o taxista para numa cerca branca, entendemos que chegamos ao nosso destino. Depois, de tirar as malas e Dylan pagar, o homem vai embora e meu amor me olha, me abraça pela cintura e sorrindo diz: — Bem vinda a sua casa. Sorrio emocionada. Dylan aperta um controle que tira do bolso e a cerca branca abre. Observo com curiosidade a casa de aspecto minimalista que aparece na nossa frente. Não tem nada a ver com a de Anselmo em Porto Rico. Essa é um edifício branco como dois cubos unidos. Tem grandes janelas e, sinceramente, mais feia não poderia ser! Moderna demais para o que eu considero um lar. Porém não digo nada.

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Adivinha quem sou Quando entramos, Dylan tecla uns números no painel da entrada. Imagino que esteja desativando o alarme e no mesmo momento, todas as persianas começam a subir e as luzes acendem. Olho para ele alucinada, ele me esclarece: — É uma casa moderna, querida. Assenti e olhei ao redor, na entrada. Tudo está niquelado (coberto com um banho de níquel para ter resistência), limpo e em seu lugar. O lugar perfeito para que, em quatro

dias, se não for cuidadosa, para ele serei uma bagunceira. — Estou há mais de 2 anos sem vir aqui. — Sério? – Dylan assente e comenta: — Tony disse que se hospedou aqui quando veio a Los Angeles por assuntos de trabalho e meu pai algumas vezes também ficou por aqui. Espero que Wilma tenha cuidado bem da casa. — Quem é Wilma? — A mulher que vem limpar. Está comigo há uns anos e é um encanto. Já irá conhecê-la. Uma vez que Dylan entra com nossas malas, segura minha mão e diz: — Vem, te mostrarei a casa. A casa é dividida em dois andares. Está claro que ali vive um homem solteiro. O lugar grita isso. A cozinha é incrível. Preta e vermelha. Armários até o teto. Eletrodomésticos integrados e uma impressionante ilha central com uma bonita bancada de ao menos 3 metros em quartzo vermelho. Porém, vejo algo na geladeira que me irrita, mas não digo nada. Me mostra a sala, com uma enorme televisão e um impressionante equipamento de música. Mesas de cristais, cadeiras negras. Um par de poltronas mega modernas de cor cáqui, e um grande puff negro. Minimalista. Linhas simples e puras, mas ao olhar para o aparador, vejo umas fotos que me deixam irritada. Mas não digo nada.

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Adivinha quem sou Minha visita prossegue pelos três cômodos dessa curiosa casa. É a mais moderna. Vermelha. Verde. Azul. Camas grandes. Poucos móveis e decorada com bom gosto, isso não vou negar. Dylan comenta que comprou a casa de uma estrela de Hollywood faz uns anos. Eu assenti. Parece como as típicas da revista. Mostra-me também uma bonita sauna, uma academia e, em um dos incríveis banheiros, vejo um body azul com brilhos pretos ali, pendurado. Não digo nada. Voltamos pro primeiro andar e ele me mostra seu escritório. A diferença do resto da casa, é que nesse a decoração é clássica. Isso me chama atenção, porém me chama mais atenção ainda uns desenhos eróticos, que me lembram do que fizemos uns dias. Isso me tira do sério, mas ainda não falo nada. A casa é bonita e perfeita. Tão bonita e perfeita que já que não poderei ajudálo. Calo-me. E sigo sem falar nada. Dylan, encantado, me leva até seu quarto. É espaçoso e tem uma cama enorme que olho com suspeita. Igual ao seu banheiro. Imaginar todas as mulheres que já passaram por aqui está me matando. Porém não digo nada. Quantas estiveram aqui montando no meu garotão! Quando abre a porta de correr do terraço, vejo algo tampado com uma lona e ao seu lado uma jacuzzi rodeada de madeira de teca (um tipo de madeira) escura. Dou um silvo de aprovação e ele diz: — Por fim algo que você gosta! Seu comentário me chama atenção. — Por que diz isso? – Pergunto. — Ele se aproxima me abraça e responde dengoso: — Te conheço, caprichosa, e quando você não diz nada isso não é um bom sinal. Vamos, me diz o que acontece. Com um sobrancelha levantada estilo Cruella de Vil (personagem do desenho animado 101 dálmatas), pergunto:

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Adivinha quem sou — Tem certeza que quer saber? Dylan assente e eu suspiro. Aqui vão minhas reprovações. Afastando-me dele, vou até um móvel e pego o porta retrato e saio do quarto. Dylan me segue. Vou ao banheiro, pego o body e ele murmura: — Querida... Não escuto e prossigo. Do escritório pego os desenhos eróticos, da cozinha a foto da geladeira e ao chegar à sala, eu jogo tudo sobre a mesa, pego as fotos e, quando tenho tudo junto, olho para Dylan e o recrimino: — Se eu tivesse te levado alguma vez a minha própria casa e tivesse estas coisas nela, eu teria tido a delicadeza de tirá-las para evitar problemas. Sabe bem o que sofri na casa dos seus pais ao ouvir falar da encantadora Caty, e agora tenho que suportar ver as fotos de vocês abraçados e sorridentes por todas as partes. Ele observa as coisas que eu falo e assente. Logo se aproxima de mim, mas eu não permito. Afasto-me. Ele levanta as sobrancelhas. Eu também. Ele não gostou. Dou um passo para trás. Ele dá um para mim. Volto a dar um outro passo para trás, E ele volta a dar um para mim. — Não, Dylan, não me toque. Estou irritada. — Tudo tem sua explicação. Dou outro passo para trás. — Oh, claro que sim... Não duvido! Minha bunda esbarra na poltrona preta. Já não posso mais dar passos para trás e Dylan, que está literalmente sobre mim, murmura com o rosto sério: — Te falei ao entrar que estou a mais de dois anos sem estar na minha própria casa, você não me escutou? Tem razão. E ele acrescenta: — Estas fotos estavam aqui quando eu fui embora. Caty as colocou.

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Adivinha quem sou — Oh... – A emoção me domina. — Me sinto envergonhada. — Querida, não lembrava dessas coisas, porque se lembrasse, eu realmente nunca haveria permitido que continuassem onde estavam. Enquanto ao body, não tenho nem ideia de quem seja, porém tenho certeza que Tony tem alguma explicação para ele. Quer que eu pergunte? Sigo sem responder e Dylan, aproximando sua boca da minha, murmura: — Por acaso acha que eu sou tão idiota para te trazer aqui e não tirar essas coisas que para mim não significam nada e que eu sei que para você te chatearia? Pisco. Fito seus olhos e sei que está sendo sincero e, murchando como um balão, digo, colocando os braços no seu pescoço: — Estou com ciúmes, Dylan. Com muito ciúme. Meu amor sorri, me beija e me senta sobre o encosto do sofá, me pergunta em voz baixa: — O que posso fazer para que minha preciosa namorada relaxe? — No momento, tirar tudo isso da minha vista. Sem questionar, Dylan pega tudo e desaparece na cozinha. Imagino que tenha ido jogar no lixo. Segundos depois, aparece, volta a me abraçar e sussurra: — Algo mais? Começo a rir e respondo: — Não sei... Ele levanta uma sobrancelha. Vejo ele sorrindo e colocando as mãos sobre meus joelhos, ele fala: — Pedi para comprarem algo junto com a jacuzzi. Um presente para nós. Algo para jogar e passar bem. Quer testar? — Vou gostar?

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Adivinha quem sou Meu moreno sorri e responde: — Creio que sim, mas para testa-lo tenho que tirar sua roupa. Solto uma gargalhada e, como um flash, ele tira meu vestido, deixando-me só com calcinha e o sutiã, me pegando no colo, me leva até um dos sofás redondos e, com delicadeza, me deixa ali. Logo em seguida, tira minha calcinha, me beija no monte, respira e se levanta. Sem dizer nada, dá a volta no sofá e quando chega atrás de mim, diz: — Encosta. Eu faço, olho-o com desejo. Deus, como eu desejo. E ele volta a pedir: — Abra as pernas e apoie sobre os abraços do sofá. Sem dúvidas eu faço e então Dylan atrás de mim murmura: — Que bela vista que me oferece, querida. Preparada para desfrutar as seis fases do orgasmo? Minha respiração acelera e estou a ponto de gritar: Oh, siiiiiim! Estou nesse sofá, sem calcinha e aberta para tudo o que ele quiser. Instantes depois, ainda atrás de mim, meu amor se inclina e leva sua boca diretamente até a minha intimidade, enquanto com suas mãos me segura para que eu não feche as pernas. Oh, Deus... É maravilhoso! Durante um bom tempo, ele me chupa, me lambe, e joga com meu clitóris e eu me entrego a ele. Vou alcançando cada fase do orgasmo. Grito. E, quando chegamos a fase homicida, eu peço para que ele não pare, ele continua. Quando solto mais um grito de prazer, ele começa a jogar com meu ânus sem retirar a língua do meu clitóris e eu arqueio enquanto escuto–o rir. Presunçoso! Num instante, para, se recompõe, da volta no sofá, me levanta e fala olhando para mim:

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Adivinha quem sou — Nunca volte a duvidar da minha fidelidade com você. — Tá bom. Sua boca volta a beijar meu lábios e quando se separa ele diz: — Se alguém me deixa louco de desejo e me tira o sono, essa é você. E se alguém vai encher essa casa de fotos e lembranças, somente será você. Entendido? Assinto. Logo em seguida, me pega no colo e me leva rapidamente até seu quarto. Uma vez ali, me deixa no chão e, ao ver como olho para sua cama, sussurra: — Redecoraremos a casa de cima até embaixo, ok?! Sorrio, me parece uma grande ideia. Se vai ser minha casa, quero sentir minha por completo. Dylan tira sua roupa com rapidez. Já não posso olhar para outro lado e, quando termina vejo sua ereção, minha boca ressaca. Ele tira meu sutiã e ordena: — Vem, siga-me. Leva-me pelas mãos até sairmos no terraço. É coberto, ninguém pode nos ver e Dylan, mostrando uma enorme lona, tira e aparece uma espécie de poltrona negra de couro. Olho para ele. Em minha vida, não vi algo igual. Não sei o que é e, entrandome uma caixa fechada, diz: — Abra. Sem demora, faço o que ele pede enquanto ele me olha com o rosto divertido. Uma vez que abro, encontro uma espécie de rolo redondo e vários pênis de distintos tamanhos e cores. Desconcertada, olho para ele e pergunto: — Para que isso? Dylan, rindo ao ver minha cara, tira o rolo das minhas mãos, coloca numa lateral da poltrona de couro e eu vejo que pode escolher a altura. Pega um pequeno e fino pênis de silicone, toca-o e faz com que eu toque e pergunta: — Parece suave?

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Adivinha quem sou Digo que sim com a cabeça. Ele molha-o na jacuzzi, põe no centro do rolo e conecta o cabo na tomada. Aperta um pequeno botão e aquilo começa a rodar. Eu fico rindo. Dá-me um folheto onde vem as instruções e me surpreendo ao ver as fotos. — Como pode ver, também pode utilizar sozinha. Eu olho a foto em que se vê uma mulher sobre a cadeira, arqueada, e um grosso pênis entrando na vagina. Aperta outro botão e o mini pênis muda o ritmo e começa a entrar e sair devagar do rolo. — Dylan... Está muito louco. Ele solta uma gargalhada, e mostro uma outra foto que vejo, com vergonha pergunto: — Olha, você também pode usar. Dylan olha a foto. Nela se vê um homem inclinado, enquanto se deixa penetrar o ânus por um pênis. Ele olha, me olha, nega com a cabeça e fala: — Nem louco. Eu rio. Ele aperta de novo o controle e o pênis se acelera, entrando e saindo do rolo com maior rapidez. Eu olho alucinada. Que legal! Dylan sorri, para e, deita sobre essa estranha poltrona de couro negro, se inclina e fala: — Vem, senta sobre mim. Faço o que ele me pede e olhando-o divertida, pergunto: — Está pensando em fazer isso de verdade? Ele assente risonho e beijando-me, fala: — Só se você quiser. Claro que eu quero! Com meu amor eu quero fazer tudo, absolutamente tudo o que desejamos. — Uma das manhãs que sumi da casa do meu pai foi para ir comprovar o seu funcionamento. Eu tinha visto num canal de tele loja e pensei que eu e você

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Adivinha quem sou poderíamos passar muito bem com isso. Encomendei. Trouxeram faz três dias e eu disse para Wilma colocar aqui. Fico rindo e falo: — O que você inventa para não fazer um trio como Deus manda. — Nós faremos, querida. – Diz ele, levantando-se um milímetro para me penetrar. Uma fez que tenho seu já duro pênis dentro, prossegue: — Tenho que estar preparado para te compartilhar e, neste momento, posso te compartilhar com está máquina. — Mmmm... Excita-me quando fala isso. – sussurro sentindo ele. Movo-me sentada, escancarada sobre ele. Balanço os quadris pra frente e pra trás e ambos gememos de prazer. Apoio as mãos em seu peito moreno e ficamos um tempo assim, beijando-nos, provocando-nos e desfrutando o momento, até que Dylan pega um pequeno pote de lubrificante que está no chão, enquanto ele abre eu me movo sobre ele e ele murmura: — Incline-se sobre mim. Eu faço e com suas mãos cheias desse incolor gel me unta o traseiro, joga com ele e finalmente e com cuidado, coloca um dedo no ânus — Mmmm... – gemo — Você gosta? Assinto. Sem dúvidas, meu ânus está querendo cada vez mais recebê-lo. Enquanto beijo–o no pescoço, ele solta o lubrificante e pega o pequeno controle, aperta e um ruído toca atrás de mim. Ao olhar, vejo que aquele pequeno pênis está girando. — Você quer testar? Digo que sim com a respiração acelerada e Dylan prossegue, parando-o:

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Adivinha quem sou — Segure-se bem sobre meu peito. Quando eu faço, ele se move um pouco sem sair de mim, e, quando me tem como deseja, me olha e pergunta: — Se algo te incomodar, me diz e eu pararei. — Ok. Sorri e com o controle na mão, fala: — Isto é para jogarmos, não para passarmos um tempo ruim. Certo, querida? Assinto e Dylan me pega pela cintura e, sem sair de mim, me coloca sobre o pequeno pênis. — Sente? — Sim, sinto. Ele aperta o controle e o pênis de gel começa a rodar. Fico rindo. Faz-me cosquinhas e digo: — Sinto como se eu fosse perfurada com uma broca. Dylan sorri: — Tua imaginação me deixa sem palavras. Noto que ele abre as bandas da minha bunda e me aperta com delicadeza contra o pênis de gel. Ao sentir como entra em mim lentamente, me movo e Dylan, olhando para ver se estou bem, fala: — Vamos jogar com essa máquina como se fossemos três. Um gemido sai de mim ao notar como esse pênis do tamanho de um dedo entra em mim e gira. Meu corpo se abre gostando e eu desfruto. Arqueio a cintura para me juntar a ele, enquanto meu amor não para de me olhar e com um silvo pergunta: — Como você está, querida? — Bem...

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Adivinha quem sou Dylan se aperta contra mim. Sinto-me tremer, seu pênis duro no interior da minha vagina. Olhamo-nos, nos beijamos e ambos gememos de prazer. Lentamente, meu ânus se ajusta a esse objeto e meu corpo se relaxa e esquenta, querendo mais. — Te dou aos dois. – Fala Dylan, ao me sentir relaxada — O pênis entrará e sairá de você enquanto eu posso desfrutar sem me preocupar com ele. — Faça. Quando Dylan me dá aos dois, o movimento do pênis muda. Já não gira mais sobre ele mesmo. Agora ele entra e sai lentamente e, eu olho para Dylan e confesso: — Eu gosto. Ele sorri e sem soltar as bandas da bunda, segue me abrindo e sussurra: — Também gosto de te ver disfrutando, caprichosa. Tua boca é uma delícia e quando abre desse jeito, eu tenho vontade de meter mil coisas nela. – Gemo e ele prossegue — Está sendo penetrada por dois lugares, amor. Pela vagina e pelo ânus. Como se sente? — Bem... Sinto-me bem. Assim ficamos um bom tempo. O momento é excitante para os dois. Dylan me penetra e ao mesmo tempo, me tendo aberta, permite que esse aparelho também me penetre e logo minha bunda já está no topo do rolo, fazendo que a gente saiba que o pênis entra e sai totalmente de dentro de mim. — Ah... – Exclamo ao senti-lo e olhando para Dylan, digo excitada: —Logo provaremos com outro pênis mais grosso. Tudo bem? — Deus, querida... – Ele treme ao me ouvir. Cada vez que sinto o topo do rolo no meu traseiro, a sensação é de uns tapinhas e eu sei que quando meu menino sente que aperto contra ele, isso o deixa louco. — Sobe para o três. – Exijo. — Tem certeza?

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Adivinha quem sou — Absoluta, faz! Dylan aperta o botão e a máquina acelera sua entrada e saída de mim e os tapinhas são mais rápidos. Mais secos. Mais aniquiladores. Oh, Deus, que prazer! Incapaz de ficar quieta, me movo em busca do orgasmos e meu amor, enlouquecido, com as mãos na minha cintura, me ajuda a empalar-me contra o pênis de gel. Recostada sobre ele, o beijo enquanto a máquina faz o seu trabalho e Dylan treme a cada investia que me dá e que ele sente. O momento é erótico, excitante e quente, porém mesmo passando um tempo eu necessito me mover e lhe informo: — Querido... Vou ter que parar. — Dói? Nego com a cabeça e tirando com cuidado esse pênis de silicone do meu ânus, me sento escancarada sobre o maravilhoso pênis do meu amor e murmuro, enquanto começo a mexer a cintura: — Não dói. Porém nada pode se comparar a isso. Invisto apertando os músculos contra seu corpo e um gemido sai das nossas bocas. Dylan me pega pela cintura e me ajuda a mover sobre ele. Arqueia-se. Sinto-o tremer e vejo que morde os lábios. Mordo os meus também e desfruto da sua entrega e da visão que me proporciona estar sobre ele dessa maneira. É tão sexy! Sem parar, seguimos com nosso maravilhoso e glorioso jogo. Meu amor me dá alguns tapas na bunda e me incita a mexer a cintura com movimentos secos, investidas perturbadoras e choques energético. — Ahhhhhh... – Geme quando eu faço. Ele gosta dos meus movimentos rápidos e contundentes. Grita. Arqueia. Treme e enlouqueço. Eu volto a repetir uma e outra vez, seus gemidos e a forma como as veias do pescoço estão tensas me fazem saber que está gostando. Adoro vê-lo assim. Adoro faze-lo desfrutar. Aumento a fricção de nossos corpos, minha molhada vagina suga seu pênis e nós gememos com luxúria. O calor é imenso, apaixonado e delicioso. Nossos

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Adivinha quem sou movimentos são frenéticos, exigentes, possessivos e, quando meu corpo treme sobre o de Dylan sinto o seu tremer de baixo do meu, um explosivo clímax se apodera de nós dois e caio derrubada sobre meu moreno, enquanto ele me aperta com força contra seu corpo eu o ouço murmurar: — Você é a minha vida, Yanira... Abraçamos-nos com a respiração entrecortada, enquanto escutamos o som de nossos corações acelerados e o rápido movimento da máquina que jogou com a gente. Olhamo-nos e rimos. Sem dúvida, temos que descobrir milhões de coisas juntas e esta foi uma delas.

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Adivinha quem sou Capítulo 36 Voltarei junto a você

Essa noite, quando chegamos ao restaurante onde ficamos com Omar e Tifany, nos sentimos muito felizes. Passamos uma tarde estupenda sozinhos, sem ninguém nos incomodando, fazendo o que mais gostamos amor de mil maneiras diferentes. Dylan é o meu vício, meu amor, minha perversão, minha vida. E o melhor de tudo isso é que eu sou também para ele. Nunca pensei que uma felicidade como essa que estou vivendo com esse homem poderia ser possível, mas sim, a felicidade existe e Dylan é isso para mim. Quando vemos Omar e Tifany nos aproximamos e sentamos juntos com eles. Tifany sem dúvida está na sua área. Ela gosta desse luxo e, pela primeira vez, eu a vejo disfrutar sem reclamar. Bebemos champagne e brindamos por um futuro juntos. Dylan me beija e eu recebo seu beijo com gosto. Está feliz. Vejo no seu rosto e estou segura que ele também vê felicidade no meu. A comida é maravilhosa e eu fico rindo quando Dylan pede para o garçom trazer uma garrafa de água. Ele nos serve e, levantando o copo, me pergunta: — Brindamos? Eu sorrio e digo: — Dá azar. Dylan sorri também. E, finalmente, esquecendo minhas superstições, brindamos com água. Nada pode sair mal. Tudo é mágico e, quando vamos voltar a nos beijar, ouvimos atrás de nós: — Dylan, é você?

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Adivinha quem sou Ao ouvirmos a voz, nos voltamos e meu sorriso logo murcha. A reconheço em décimos de segundos, é Caty, sua ex. A pediatra. — Caramba, que coincidência! Exclama ela. Sem dúvida alguma penso eu, enquanto resmungo por ter brindado com água. Com a quantidade de lugares que deve ter em Los Angeles nós tínhamos que nos encontrar logo ali, justo na primeira noite. Dylan, ao vê-la, tira o guardanapo que tem sobre as pernas, se levanta e a abraça encantado. O abraço dura mais do que o normal e eu tento entendê-lo. Foi sua namorada, compartilharam muitas coisas. Omar a cumprimenta também e depois Tifany. Quando cumprimentou todos da mesa, Caty me olha e Dylan me pegando pela mão nos apresenta: — Caty, essa é Yanira, minha prometida. Sem perder o seu sorriso, a mulher de olhos negros como a noite me olha. Olha-me de cima a baixo com a mesma cara de pau que eu e, quando se dá por satisfeita, se aproxima e me dá dois beijos e diz: — Prazer em te conhecer. — Eu também. – Respondo amável. Logo depois nos apresenta ao seu acompanhante. Um homem mais jovem que ela e muito bonito, noto que se sente deslocado, mas sorri. Sabe que Dylan e ela foram namorados? Uma vez que já cumprimentamos todos, Dylan convida para que eles se sentem conosco. Caty aceita sem contar com seu acompanhante e os garçons colocam mais dois pratos e trazem duas cadeiras para eles. Tifany me olha. Sem dúvidas pensa o mesmo que eu, mas ambas ficamos caladas. Devo ser cortês. Porém, quando voltarmos pra casa, vou dizer umas coisinhas sobre esse ato de reflexo para o meu Ferrasa. Uma coisa é conhecer a sua ex, a famosa Caty, cumprimentar ou sorrir e outra é ter que jantar com ela. Que mal pressentimento!

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Adivinha quem sou Porém durante o jantar, mudo de opinião: Caty é encantadora e divertida. Falo e ela me conta que tem trinta e cinco anos e adora trabalhar na sua clínica pediátrica. Eu comento que trabalhei durante um tempo em um berçário e isso lhe chama atenção. Falamos de crianças e fica claro que as duas gostam. Omar diz que sou cantora e isso a surpreende. Olha para Dylan, que sorri. Sem dúvida alguma, conhece sua regra número um contra estar com uma cantora e descobrir isso parece deixá-la irritada. Durante a janta falamos de mil coisas e quando vê o anel que levo em meu dedo, reconhece-o e, com um agradável sorriso, diz: — É lindo, não é? – e adiciona quando eu assinto — Fico contente que Dylan encontrou alguém para dá-lo. Com certeza ele te quer. Sorrio e agradeço suas palavras e quando termina a janta, a ideia que tinha dela no princípio da noite já mudou completamente. Essa mulher não me olha como uma rival e nem faz nada inapropriado para que eu me sinta mal. Ao invés, seus olhos se amaciaram e parece feliz por nosso próximo passo. Quando terminamos de comer, decidimos ir juntos tomar alguma coisa. Caty sugere o Cheers e me surpreendo quando seu acompanhante se despede. Sem dúvidas ele não estava gostando da companhia. De longe vejo que Caty fala com ele. Tenta convencê-lo e finalmente consegue. Cada par se dirige ao local do seu carro. Dylan está tão feliz que eu não falo nada. Falarei com ele em outro momento sobre esse assunto. Ao fim, Caty demonstrou ser uma mulher encantadora e civilizada. Quando chegamos ao Cheers, meu menino se encontra com alguns colegas do hospital. Vários médicos cubanos nos cumprimentam e ficam felizes de saber que Dylan voltará a exercer em breve e que logo irá se casar. Todos brindam conosco sobre nosso próximo passo e ele, levantando-me em seus braços como um troféu, me faz rir. Sua alegria é tanta que até dança comigo na pista uma bela dança e, apaixonados, nos beijamos enquanto meu Ferrasa me diz as coisas mais românticas e belas que qualquer mulher queria escutar.

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Adivinha quem sou Passamos muito bem e me sinto totalmente integrada falando com seus amigos e com sua ex. São encantadores. Em um dado momento, as mulheres vão ao banheiro, enquanto passamos brilho nos lábios na frente do espelho, Caty diz, me olhando: — É a chave do seu coração. Não é? Assinto com um sorriso e toco a chave que levo no meu pescoço. Ela, com um sorriso condescende, murmura em tom baixo, para que só eu escute: — Sim, algo que me fez gostar dele é o apaixonado que ele é para todos. Romântico, cavalheiro e ardente, esse é meu Dylan. O comentário me deixa irritada e fico olhando para ela. O que é isso de SEU Dylan? Meu gesto irritado e desafiante deve ser muito eloquente, porque acrescenta com um sorriso que eu não gosto nada: — É claro, mulher, agora é seu. Bom... Bom... Por que brigarmos afinal? Plano A: Arranco a cabeça. Plano B: Tiro esse sorriso de gato. Plano C: Não digo nada e tento me tranquilizar. Escolho o plano C. O A e o B me trariam problemas e não só com Dylan. De repente, Caty dá volta e sai do banheiro. Eu respiro e me tranquilizo, pela minha cabeça passam as palavras: Verme, porca, parasita, cobra, cachorra, cadela e não sigo se não vou explodir. Já sei que entre eles houve algo, mas não me parece bom o seu comentário. Com um frio e irritado sorriso assinto para o espelho. Guardo meu gloss no bolso e decido não falar nada ou, se eu abrir a boca sairá tudo o que tem dentro, deixo-a fechada.

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Adivinha quem sou Porém meia hora mais tarde, meu nível de estresse sobe, sobe e sobe quando a muito porca, porque não tem outro nome, começa a contar para as meninas do grupo detalhes de como ela e Dylan escolheram a bancada vermelha da cozinha da casa, porque decidiram a cor amêndoa para as paredes da sala ou como estrearam o colchão do quarto principal da casa. Meu gesto já não é simpático e creio que todas se deram conta menos ela. Suas anedotas fora de lugar me deixaram farta. E, das duas uma: ou vou embora, ou acabo com essa gorda. Gordíssima! Olho pra Dylan, que fala com seus companheiros e com Omar e Tifany, e sorri alheio ao que Caty conta. Porém quando nosso olhar se cruza, sabe que aconteceu algo comigo. No mesmo instante, começa a tocar Sobreviveré, de Mónica Naranjo, e as mulheres, consciente da provocação, saem e se lançam na pista para dançar. Caty segue-as. Eu me contenho. Se faço, me irritarei na frente de todos e em plena pista. Dylan se aproxima de mim, me pega pela cintura e sussurra no meu ouvido: — O que aconteceu, querida? Virando-me para ele, para que ninguém me escute, respondo: — Quero ir embora agora! E quando digo agora é agora. Sem perguntar nada, concorda. Despedimos-nos dos que estão próximos de nós e Omar e Tifany aproveitam e vão conosco. Está tarde e estão cansados. Olho para a pista e o olhar de Caty com o meu se cruza. Parasita! E olho para ela dizendo “Cuidado comigo!” e, de mãos dadas com Dylan, nos vamos sem nos despedirmos dela. Que absurdo! Ao sair do local, caminhamos uns metros e nos despedimos dos meus cunhados, que cruzam ao outro lado da rua para ir até o seu carro, enquanto nós nos dirigimos ao nosso. — Maldita bruxa de merda!

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Adivinha quem sou Dylan que não sabe o que aconteceu, me olha e diz: — Tá querida, o que aconteceu? Irritada, paro e sibilo: — Tua ex, essa diaba com cara de anjo, teve a pouca vergonha de me dizer, para me tirar do sério, que SEU Dylan é romântico, cavalheiro e apaixonado. E isso foi pouco, não perdeu a oportunidade de me contar e contar para todas as mulheres dos seus amigos, por que escolheram a bancada vermelha da cozinha, o porquê da cor amêndoa das paredes e para finalizar, a nojenta ainda ficou falando que no dia que levaram o colchão da cama do quarto principal vocês fizeram uma estreia. — Ela comentou isso? — Sim. – afirmo — ela fez. Não sei com quem essa cachorra quer jogar, mas que ela tenha cuidado comigo. Ele está desconcertado com minhas palavras e fala: — Tá, querida, fique calma. — Ficar calma. Claro que fico calma! – grito — Porém o que você acharia de um ex meu, diante de um grupo de homens, ficasse falando o quão bem passou comigo numa cama, na sua frente. Ficaria irritado? Sem dúvidas ele ficaria. Basta ver como seu rosto fica quando diz: — Vamos, acompanha-me. — Aonde vamos? Com um gesto mais que irritado, Dylan sibila: — Falar com Caty. Soltando-me de sua mão, protesto: — Passo. Não quero ver a cara dela ou te juro que no final vamos brigar. Ele insiste. — Me acompanha. Está tarde e não quero te deixar sozinha na rua. Vem.

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Adivinha quem sou Sorrio por causa do seu instinto protetor. — Com o mau humor que estou agora – replico — fica tranquilo que ninguém vai me fazer nada. Ou irá embora pior do que como chegou. Dylan sorri com as minhas palavras, pisca um olho e murmura, enquanto se dirigi ao pub: — Demorarei dois minutos. Não saia daqui. Olho-o entrando no local. Se algum ex fizesse isso, eu direi umas palavras bem ditas. Cachorra maldita! Pela minha mente começam a passar as piores coisas que uma pessoa poderia dizer. Eu adoraria falar todos para ela. Porém não. Melhor me calar. Tenho certeza que o que o Dylan disser será mais que suficiente. — Yanira. Ao escutar a voz de Omar, olho para o outro lado da calçada e o vejo com Tifany em seu carro. — O que faz sozinha aqui? Sem querer contar a verdade para ele, sorrio e respondo: — Dylan esqueceu algo no pub. Sairá daqui a pouco. Omar desliga o motor, sai do carro e diz, ignorando Tifany: — Esperaremos com você. Não quero que fique sozinha na rua. Sorrio. Esse é o charme dos Ferrasa. Encantada por isso, começo a cruzar a rua para me juntar a eles enquanto sorrio. Tenho certeza que Dylan esta colocando aquela nojenta na linha. Num instante, um carro acende as luzes a uns metros de mim. Olho-o e prossigo meu caminho, porém um som estridente de aceleração me faz voltar a olha-lo e me detenho.

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Adivinha quem sou Meus pés parecem colados e o carro se aproxima. O medo me paralisa e nesse momento vejo Dylan sair do local. Nosso olhar de encontra e o ouço gritar desesperado: — Yanira!!!!!!!

Continuará...

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