ANTÔNIO SANTANA
+55 62 999679680
kleberantoniosantana@gmail.com
Aparecida de Goiânia, Goiás
Possuo experiência em projetos de edifícios de múltiplos pavimentos em plataforma BIM e arquitetura comercial e me interesso por planejamento urbano, processos colaborativos e pelos pontos de contato entre arquitetura e áreas correlatas. Sou perceptivo, dinâmico e dedicado e busco oportunidades nas quais eu possa contribuir com meus conhecimentos e me aproximar mais dos meus interesses.
• linkedin.com/in/kleberantonio
• issuu.com/kleberantoniosantana
IDIOMAS
Inglês • avançado
Francês • básico
2024
Isabel Jácomo Arq.
Analista de Projetos
Elaboração de projetos arquitetônicos de edifícios de múltiplos pavimentos em plataforma BIM, projetos executivos de interiores, arquitetura e paisagismo, compatibilização de projetos, desenvolvimento de detalhamentos e acompanhamento, resolução e coordenação interna das demandas do canteiro de obras.
Revit
2022
Estagiário
Participação em todas as etapas projetuais, desenvolvimento de maquetes eletrônicas, apresentações, projetos executivos, detalhamentos de projetos de arquitetura comercial e pesquisa de mercado.
Revit • Enscape • Illustrator
2021
T3MPO
Estagiário
Participação em todas as etapas projetuais, desenvolvimento de maquetes eletrônicas e projetos executivos e detalhamentos de arquitetura comercial.
AutoCAD
HABILIDADES
• Proatividade
• Desenho
• Organização
• Liderança
COMPETÊNCIAS
• Revit
• AutoCAD
Espanhol • básico
• SketchUp
• Enscape
• Adaptabilidade
• Colaboração
• Comunicação
• Pesquisa
• Pacote Office • Photoshop • Illustrator • InDesign
Universidade Federal de Goiás
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
Projeto de
Voluntário no projeto de extensão “Diagnóstico urbano como subsídio para Plano Diretor do município de Maurliândia-GO” que envolveu diagnóstico, produção de mapas, textos e diagramação de revista cujo conteúdo servirá de subsídio para o desenvolvimento do Plano Diretor de Maurilândia.
Projeto de
Voluntário no projeto de extensão “Fórum Permanente Projeto, Cidade e Processos #omundoemcasa”, vinculado à disciplina de Projeto 7, no qual fui responsável pela organização e mediação dos grupos de trabalho; condução, transcrição e edição de entrevistas; diagramação e pesquisa para o projeto “Goiânia (in)comum”.
FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Realização do curso “Climate Reality Leadership Corps Tranning”.
Realização do curso de aperfeiçoamento em Mobilidade Urbana Sustentável.
Realização dos cursos de Inglês intermediário e Francês básico.
Realização dos cursos “Design Gráfico em Computador” e “Formação AutoCAD”.
PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS
Menção honrosa com o TCC “Nosso Plano, Nossa Cidade”.
1º lugar na modalidade “Iniciativas de Responsabilidade Socioambiental” com o TCC “Nosso Plano, Nossa Cidade”.
TCC “Nosso Plano, Nossa Cidade”.
A REGIÃO DA RUA 44 NOSSO PLANO, NOSSA CIDADE
NOSSO PLANO, NOSSA CIDADE
O Plano Diretor, como é conhecido atualmente, resultou de um processo que envolveu movimentos sociais, discussões políticas e teóricas, a elaboração de uma nova constituição e a participação social. Entretanto, com a pandemia de Covid-19, os cenário político e os problemas estruturais e históricos do Brasil, o caráter participativo do Plano Diretor, conforme estabelecido no Estatuto da Cidade, não tem se concretizado em muitas cidades brasileiras. Isso destaca a necessidade de incentivar e efetivar o Plano Diretor Participativo, promovendo uma cultura urbana e conscientizando a população sobre seu direito à participação.
Nesse contexto, esse trabalho de conclusão de curso propôs a criação de um manual que apresenta o Plano Diretor, os instrumentos do Estatuto da Cidade e as possibilidades de participação de forma didática e acessível, especialmente para os jovens.
Para embasar o desenvolvimento do
manual, foi realizada uma revisão histórica e bibliográfica envolvendo o Plano Diretor, o Estatuto da Cidade e sua relação com os movimentos sociais e os processos participativos. Além disso, foram discutidas as dificuldades e os impedimentos à participação social no Brasil, bem como estratégias possíveis para efetivar a participação social conforme previsto na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Cidade.
O processo de desenvolvimento do manual incluiu o estudo de similares, a definição do público-alvo, a criação de uma identidade visual, a elaboração de personagens e a diagramação do manual propriamente dito, além da definição de estratégias de divulgação. Tudo isso com o objetivo de acessibilizar o conhecimento e conscientizar a população sobre seus direitos e sobre os instrumentos disponíveis para transformação das cidades brasileiras para melhor.
PANORAMA HISTÓRICO E LEGAL DO PLANO DIRETOR
Surgimento do termo “plano diretor” no Brasil
O termo plano diretor começa a cair em desuso
Movimentos populares começam a se articular nacionalmente
Constituição com artigos 182 e 183 e resgate do Plano Diretor
Lei 10.257, o Estatuto da Cidade
LINHA DO TEMPO DO PLANO DIRETOR NO BRASIL
EXPLICANDO O PLANO DIRETOR
O Plano Diretor é uma lei municipal que orienta o desenvolvimento da cidade e contém todo esforço futuro de organização, regulação e modificação do espaço urbano. Ele também estabelece como a propriedade urbana deve cumprir sua função social, garantindo acesso à terra urbanizada e o direito à moradia e aos serviços urbanos.
O PD tem como função: conferir transparência ao planejamento do Poder Público; possibilitar que a população repense sua cidade e colabore na construção de espaços urbanos de qualidade; estabelecer os objetivos a serem alcançados pelo município e definir as estratégias e instrumentos que serão utilizados.
Criação do Ministério das Cidades
Criação do Conselho das Cidades
ESTRATÉGIAS PARA EFETIVAR A PARTICIPAÇÃO SOCIAL
A participação social pode acontecer em diferentes níveis, como mostra o modelo adaptado de Arnstein, Innes e Booher. Por isso, fez-se um levantamento de estratégias para alcançar os níveis de poder cidadão, passando pela necessidade de divulgação, educação e fornecimento de assistência técnica e financeira, assim como estudos de caso de iniciativas e projetos participativos (Projeto Rede de Avaliação e Capacitação para Implementação dos Planos Diretores Participativos (REDE PDP); A experiência de Medellín, Colômbia and Urban Living Labs (ULLs), Rotterdam, Países Baixos)
PAINEL SEMÂNTICO DO MANUAL
A MARCA “NOSSO PLANO, NOSSA CIDADE”
PÚBLICO-ALVO E PERSONAS
Visando gerar impactos tanto a longo quanto a curto prazo, decidiu-se que os jovens, de 16 a 29 anos, são o público-alvo mais adequado para o manual.
As personas são uma ferramenta de design inventada por Alan Cooper e consistem em personagens criados para conferir subjetividade e ajudar a explicitar anseios, dores e expectativas do público-alvo, fazendo assim com que a marca gere identificação, atenda e se comunique melhor com seu público.
Arthur, João e Aline são as personas que o resumem e aprofundam o público-alvo do manual.
ARQUÉTIPOS E PERSONALIDADE
Para ajudar a definir uma personalidade para a marca, fez-se uso dos 12 arquétipos de Mark e Pearson.
Primeiramente, foi averiguado em qual arquétipo cada persona se encaixava. Arthur se encaixa no arquétipo do Inocente, João se encaixa no arquétipo do Cara Comum e Aline se encaixa no Arquétipo do Fora da Lei.
Assim, para dialogar eles, o arquétipo do Criador se apresentou como uma boa opção para a marca do manual.
A marca busca fornecer ferramentas, compartilhar conhecimento e informação, incentivar a inovação e construir novas possibilidades. Assim como tem domínio do assunto tratado, sugere novos caminhos e é adaptável e plural sem perder de vista seus valores.
CÍRCULO DOURADO
Por quê? Como?
O quê?
CÍRCULO DOURADO
Criado por Sinek, o Círculo Dourado é uma ferramenta que ajuda a definir os objetivos e motivações através de três perguntas fundamentais: “O quê?’, “Como?” e “Por quê?”. Com base nessa metodologia, definiu-se os objetivos e motivações do manual, da seguinte forma:
DIAGRAMA DOS ARQUÉTIPOS
O quê
Produzimos conteúdo, realizamos oficinas e incentivamos a mobilização social
Para quem Quando Onde
com foco em um público jovem capaz de transformar suas cidades.
Cotidianamente e quando surgem oportunidades de mobilização,
Como
estamos na internet, nas escolas, faculdades e em outros locais frequentados por jovens, promovendo a conscientização acerca do Plano Diretor Participativo e sua influência no desenvolvimento das cidades brasileiras de forma simples e interessante.
Por quê
Para juntos construirmos cidades mais democráticas, equitativas, sustentáveis e felizes.
Verde
R: 82
G: 145
B: 22
221
17
85
TIPOGRAFIA
Para o uso tipográfico da marca foram escolhidas duas fontes. Escolhidas por sua legibilidade, as fontes criam uma atmosfera amigável, atual e simples e garantem que o texto não entre em conflito com as ilustrações
Poppins
Tipografia de Títulos
Tipografia de Títulos
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Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh
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Hind Regular
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Família tipográfica dos textos
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Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh
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Nossa Cidade, Nosso Plano
Nossa Cidade, Nosso Plano
Plano
Diretor
Plano Diretor
Participativo
Participativo
O Plano Diretor Participativo é o principal instrumento de planejamento urbano municipal. Vamos conhecê-lo melhor?
O Plano Diretor Participativo é o principal instrumento de planejamento urbano municipal. Vamos conhecê-lo melhor?
Mobilizar!
Eu, você, todo mundo junto. Palavras-chave
Eu, você, todo mundo junto.
Palavras-chave
Plano Diretor Participativo, Participação social, Estatuto da Cidade, Manual, Conteúdo, Juventude
Plano Diretor Participativo, Participação social, Estatuto da Cidade, Manual, Conteúdo, Juventude
CONSTRUINDO O MANUAL
PERSONAGENS
RAFES
NOSSO PLANO. NOSSA CIDADE
O MANUAL
O Plano Diretor pode fazer muitas coisas e muitas delas costumam ser feitas através dos instrumentos de política urbana. Esses instrumentos são como ferramentas que nos ajudam a construir e consertar os mais diversos objetos e, assim como ferramentas, cada instrumento é mais adequado para desempenhar determinada tarefa e alcançar determinados objetivos. Conhecer esses instrumentos trazidos pelo Estatuto da Cidade é fundamental para saber como os objetivos almejados poderão ser alcançados. A seguir, conheceremos alguns dos principais instrumentos de política urbana.
vida
eles,
nos artigos 182 e 183 da Constituição de 1988 que tratam das questões da política urbana. Esses artigos resgataram o termo plano diretor e definiram que propriedade urbana deve cumprir sua função social.4
E o que significa “cumprir sua função social”?
Bem, segundo a própria Constituição, significa dizer que um terreno urbano deve atender às exigências do Plano Diretor.5 Ou seja, se no Plano Diretor consta que determinado lote é destinado à habitação, esse lote cumpre sua função social se tiver alguém morando nele.
g. Gestão orçamentária participativa
A gestão orçamentária participativa é um instrumento essencial para a gestão democrática da cidade, pois é através dele que a população ajuda a definir como o dinheiro público será utilizado pela prefeitura e quais serão as prioridades orçamentárias da cidade. O desenvolvimento do orçamento participativo deve obrigatoriamente incluir debates, audiências e consultas públicas que tratem do Plano Plurianual da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual da cidade e que devem ser previamente divulgadas no site e outros canais de comunicação oficiais da prefeitura. Caso o orçamento participativo ainda não seja uma realidade na sua cidade, você pode entrar em contato com a Câmara Municipal e propor a sua criação.
Sumário
3. Conhecendo o Plano Diretor Agora que já vimos como a Constituição de 1988, o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor foram consequentes, vamos conhecer um pouco mais do Plano Diretor em si, o que ele é, quais são suas competências e alcances, como ele é formulado e como ele pode ajudar a transformar objetivos e diretrizes em realidade.
Além desses três degraus de poder cidadão, podemos citar como uma outra forma de participação válida, os processos colaborativos, nos quais a população, o Poder Público e outros atores e instituições privadas se unem para propor soluções e chegar a consensos. Entretanto é importante destacar que nesses processos colaborativos é preciso que aqueles que dispõem de menos recursos recebam apoio técnico e financeiro para ajudar a equilibrar o poder de influência e convencimento dos atores envolvidos no processo.
Para ir além…
As reflexões e discussões envolvendo o Plano Diretor, o planejamento urbano e a realidade das cidades brasileiras não terminam por aqui. Por isso, aqui você encontra algumas recomendações e links úteis que podem te ajudar a continuar aprendendo sobre esses assuntos ou a se aprofundar mais em algum tema correlato de seu interesse.
Arquitetura na Periferia ativismo; moradia. Projeto que visa a melhoria da moradia para mulheres da periferia, por meio de um processo onde elas são apresentadas às práticas e técnicas de projeto e planejamento de obras e recebem um microfinanciamento para que conduzam com autonomia e sem desperdícios as reformas de suas casas. Site: arquiteturanaperiferia.org.br Instagram: @arquiteturanaperiferia
93
Além dos instrumentos apresentados nos capítulos Conhecendo o Plano Diretor e “Como participar?”, o Estatuto da Cidade nos fornece muitos outros. Aqui você encontra explicações resumidas de cada um deles, agrupadas em categorias.
I. Instrumentos de planejamento para além da escala municipal a. Planos nacionais, regionais e estaduais
São planos que podem abranger as escalas nacional, regional ou estadual e podem ser usados para organizar o território, estabelecer diretrizes de desenvolvimento econômico e social e prever programas. Todos eles devem estar alinhados ao plano plurianual.
b. Planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões Tendo em vista que o Plano Diretor
Notas
1. Introdução
1. Este manual foi produzido como parte do trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás e sintetiza o conteúdo contido no caderno teórico, disponível em: <https://drive.google.com/drive/folders/1WccqKUmKdsw4HiKXYDihs1ITKnA2rmga?usp=sharing>. Acesso em: 03 fev. 2023.
2. Como chegamos até aqui
2. VILLAÇA, Flávio. Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil. In: DEÁK, Csaba; SCHIFFER, Sueli Ramos (org.) O processo de urbanização no Brasil São Paulo: EdUSP, 1999a. p. 169 - 243.
3. MARICATO, Ermínia. O Estatuto da Cidade Periférica. In: CARVALHO, Celso Santos; ROSSBACH, Anaclaudia (org.) O Estatuto da Cidade Comentado 2ª ed. rev. atual. São Paulo: Ministério das Cidades: Aliança das Cidades, 2010. p. 5 - 22
4. BRASIL. Constituição Federal da República do Brasil Brasília,
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Art. 182 e 183.
5. Ibid. Art. 182. 6. MARICATO, Ermínia. O Estatuto da Cidade Periférica. In: CARVALHO, Celso Santos; ROSSBACH, Anaclaudia (org.) O Estatuto da Cidade Comentado 2ª ed. rev. atual. São Paulo: Ministério das
Cidades: Aliança das Cidades, 2010. p. 5 - 22
7. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. 121
1. Leituras técnicas e comunitárias
Nessa etapa, busca-se entender a realidade do município através de leituras técnicas e comunitárias. Além do diagnóstico técnico comum, deve-se fazer, juntamente com a população, uma leitura que construa mapas temáticos da cidade, que reúna registros fotográficos antigos e atuais e que resgate a história local, as subjetividades e outras questões relevantes para a população e defina coletivamente os conflitos, problemas e potencialidades do município. Deve-se gerar mapas que situem as informações levantadas pelos técnicos e pela população no município e ajudem a organizar as informações reunidas visual e espacialmente. Também deve-se analisar a dinâmica imobiliária do município, a legislação urbanística existente e levantar possíveis estudos existentes sobre a cidade.
Conversar com as pessoas sobre sua cidade e o Plano Diretor também é essencial. Para começar uma conversa, você pode enviar esse manual para seus amigos e familiares e juntos vocês podem começar a pensar e construir uma cidade mais agradável para todos. O futuro da sua cidade também está nas suas mãos!
NUVEM DE PALAVRAS
Elaborada com base nas impressões dos leitores a respeito da linguagem visual e escrita do manual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Plano Diretor como conhecemos atualmente é resultado de um processo que envolveu movimentos sociais, a redemocratização do país e processos participativos. Entretanto, a participação social vem sendo preterida e precisa ser incentivada.
Como verificado pelo teste, o objetivo de produzir um manual que conscientize a população, em especial os jovens, acerca da importância da participação social no Plano Diretor foi alcançado.
Além disso, pesquisa e o manual desenvolvido podem se desdobrar em oficinas, conteúdo para as redes sociais, aplicativo e versões adaptadas do manual, visando efetivar e eampliar o potencial educativo do material produzido.
A REGIÃO DA RUA 44
Projeto Urbano 2 • 2021
Desenvolvido em colaboração com Ana Beatriz Stringhini, Carla Esper e Marianne Tomaz
Localizada em uma área histórica e socialmente significativa de Goiânia, a região da Rua 44 representa o segundo maior polo comercial de vestuário do país e conecta diversos eixos de transporte da cidade. Sendo uma importante centralidade socioeconômica e cultural, a área apresenta uma ampla variedade de experiências espaciais que nem sempre coexistem pacificamente. Nela, conflitos, desconfortos e incongruências, são evidenciadas pelo intenso, e até caótico, tráfego de automóveis, pedestres e vendedores ambulantes.
Esse exercício de planejamento e desenho urbano, teve como objetivo melhorar a mobilidade urbana, os aspectos ambientais e a paisagem urbana do local. Para isso, realizou-se um diagnóstico que incluiu: análise histórica e de perfil dos usuários, avaliação de fatores ambientais, análise de cheios e vazios, usos e apropriações e aspectos relacionados à mobilidade urbana.
Os resultados desse diagnóstico foram organizados em três eixos (mobilidade, ambi-
ência e aspectos socioeconômicos) que orientaram a definição das diretrizes, relacionadas à infraestrutura viária, condições ambientais, infraestrutura urbana e diversificação de usos e horários, que tinham por objetivo priorizar o transporte público e os pedestres em detrimento dos automóveis e pensar soluções para as questões do local.
Assim, a proposta final incluiu: Promoção de novas formas de ocupação das calçadas, com a reformulação do perfil das vias e a priorização dos pedestres, criando mais espaço para eles e incentivando a integração com outros modos de transporte, como bicicletas e o BRT
Novas propostas para espaços degradados, como a Praça do Trabalhador, transformada em um espaço de convivência com infraestrutura e qualidade ambiental adequadas.
Readequação dos terminais de BRT, com o objetivo de integrá-los aos modos de mobilidade ativa e melhorar a qualidade ambiental de seu entorno.
DIAGNÓSTICO: PESQUISA
comércio de roupas
feira
hotelaria
PRINCIPAIS ATIVIDADES DA REGIÃO
MEIOS DE TRANSPORTE
ATRATIVOS
INCÔMODOS
EXPECTATIVAS
CARTOGRAFIA AFETIVA DA REGIÃO DA PRAÇA DO TRABALHADOR
DIAGNÓSTICO: FATORES AMBIENTAIS
LEGENDA
massas verdes cursos d’água
1. córrego capim puba
2. córrego botafogo
MAPA DE FATORES AMBIENTAIS
DIAGNÓSTICO: USOS E APROPRIAÇÕES
LEGENDA
comércio
feira hippie institucional
MAPA DE USOS E OCUPAÇÕES
educacional religioso misto
resindêncial hotéis áreas verdes
praça seca ed. abandonados ambulantes
DIAGNÓSTICO: MOBILIDADE
LEGENDA
vias de fluxo alto vias de fluxo médio vias de fluxo baixo
concentração de pedestres principais acessos à região
LEGENDA
vias com rota de transporte público vias com BRT sendo implantado raio de influência do transporte público para os pedestres
DE FLUXO E TRANSPORTE PÚBLICO
pontos de ônibus estação do BRT rodoviária
DIAGNÓSTICO:
MOBILIDADE
PROBLEMAS E POTENCIALIDADES
ponto de encontro de diferentes eixos e meios de transporte;
priorização do automóvel em detrimento do pedestre;
falta de ordenação e legibilidade espacial;
pouca área útil das calçadas para os pedestres.
DIRETRIZES
MOBILIDADE
integrar e estimular diferentes meios de transporte;
desincentivar o uso do automóvel;
integração do BRT com o entorno;
conectar a rodoviária ao demais espaços e meios de transporte;
repensar as áreas de estacionamento.
qualificar as calçadas.
AMBIÊNCIA
espaço amplo; intenso fluxo de pessoas;
desconforto térmico;
poucas áreas verdes e permeáveis;
espaço público degradado; carência de infraestrutura e mobiliário urbano.
AMBIÊNCIA
implementar áreas verdes, arborização urbana e infraestrutura verde;
aumentar a permeabilidade do solo;
qualificação de espaços públicos e áreas de permanência.
SOCIOECONÔMICO
Estação Ferroviária; importante centralidade econômica da cidade;
conflito entre comércio formal e informal;
sensação de insegurança; pouca variedade de usos e apropriações .
SOCIOECONÔMICO
criar espaços adequados para os vendedores ambulantes;
diversificar usos e horários
Assim, seguindo os três eixos do projeto (mobilidade, ambiência e socioeconômico), foram propostas três grandes intervenções na região:
1. Integração do BRT e da Rodoviária;
2. Requalificação do espaço público;
3. Modificação dos perfis viários
ESTUDO PRELIMINAR
LEGENDA
espaços compartilhados modificação dos perfis viários urbanismo tático diversificação de usos e horários requalificação do espaço público
1. Estação BRT
2. Rodoviária de Goiânia / Araguaia Shopping
3. Estação ferroviária / Atende Fácil
4. Câmara Municipal de Goiânia
PROPOSTA: LAYOUT
LEGENDA
1. estação BRT
2. Rodoviária de Goiânia / Araguaia Shopping
3. Estação Ferroviária / Atende Fácil
4. Câmara municipal de Goiânia
Integração da estação do BRT com o entorno.
Integração Praça do Trabalhador e Rodoviária.
Espaços multiuso.
Mobiliário urbano: iluminação, bancos, lixeiras.
Cruzamento das Av. Goiás e Independência.
Área modular para feira, com áreas verdes.
Caminho de água rasa com fontes d’água.
Rua livre para acomodar os vendedores ambulantes
Via compartilhada.
Jardins densos e caminhos sombreados.
Estação de bicicletas.
Ampliação do espaço do pedestre e reorganização de modais.
HABITAÇÃO VERTICAL ESTUDANTIL
Projeto 6 • 2020
Desenvolvido em parceria com Sabrina
Salviano
Localizado no Setor Universitário, este edifício, destinado à habitação estudantil, apresenta uma variedade de apartamentos e conta com espaços para mercado, academia, lavanderia, farmácia, lanchonete, café, gráfica e sala de estudos.
O processo de projeto teve início com a definição de um eixo que liga a Rua 236 à praça da região e cria uma passagem pública que possibilita a utilização do terreno não só pelos moradores do edifício mas também pelos transeuntes da região, promovendo uma atmosfera comunitária tipicamente estudantil.
Além do eixo principal, foram identificados pontos de acesso prioritários. O acesso principal para quem se dirige à torre é pela
Rua 225, enquanto a Rua 227-A concentra os acessos aos estabelecimentos comerciais. O objetivo deste exercício era aprender a desenvolver projetos de alta complexidade e usos mistos, considerando desde o início a integração entre os projetos arquitetônico e estrutural. Por isso, em seguida, foi proposta uma malha estrutural paralela ao eixo principal que ajudou a definir a passagem e o formato da lâmina.
Por fim, desenvolveu-se a volumetria do edifício, incorporando grandes planos de concreto aparente paralelos ao eixo principal que conferem ritmo e unidade à forma como um todo.
PARTIDO
LEGENDA
1. café
2. gráfica
3. farmácia
4. sala de estudo
5. acesso estacionamento visitantes
6. acesso estacionamento moradores
7. circulação vertical
8. portaria
9. sanitários
10. espelho d’água
11. carga e descarga
12. casa de gás e lixo
LEGENDA
1. mercado
2. academia
3. lavanderia
4. acesso estacionamento visitantes
5. acesso estacionamento moradores
6. circulação vertical
7. sanitários e vestiários
8. carga e descarga
9. casa de gás e lixo
LEGENDA
1. circulação vertical
A. apt 1 quarto
B. apt 2 quartos
C. quitinete
PLANTA PAVIMENTO TIPO
OBSERVATÓRIO
Projeto 2 • 2018
Localizado às margens do Córrego Caveirinhas e próximo ao Rio Meia Ponte, o Observatório Meia Ponte foi desenvolvido em conformidade com o Programa Institucional de Pesquisa da UFG, intitulado “Rio Meia Ponte: nosso futuro em suas águas” e tem por objetivo ser um centro educacional, comunitário e de pesquisa voltado para as questões ambientais e sociais intrínsecas ao Rio Meia Ponte.
O local de implantação do edifício desempenhou um papel fundamental no projeto, influenciando a definição de seus princípios e espaços. A ênfase na promoção da convivência resultou na criação de uma ampla praça e espaços de convívio, enquanto o respeito à natureza orientou as decisões formais, espaciais e de implantação.
LOCALIZAÇÃO
A estrutura do Observatório é composta por pilares, vigas e lajes nervuradas de concreto armado, além de uma extensa grelha metálica que marca as entradas principais, o hall de entrada e o café. Já as paredes de cobogós desempenham um papel importante ao bloquear a incidência direta do sol e proporcionar privacidade nas áreas necessárias.
Quanto à sua implantação, a parte frontal do edifício repousa sobre um mesmo nível, enquanto as demais áreas são sustentadas por pilotis, minimizando qualquer interferência no terreno.
Formalmente, o Observatório é definido por volumes regulares e planos, organizados de maneira a destacar a horizontalidade do edifício, em sintonia com a horizontalidade do cerrado.
PERSPECTIVA EXPLODIDA DA ESTRUTURA
IMPLANTAÇÃO
VISTA FRONTAL
LEGENDA
1. galeria
2. recepção
3. exposição provisória
4. café
5. foyer
6. auditório
7. sala de segurança
8. secretaria e acessoria
PLANTA
9. direção
10. almoxarifado
11. depósito geral
12. sala de aula
13. copa funcionários
14. dml
15. depósito do jardim
16. sala de convivência
17. laboratório de educação ambiental 18. laboratório de biodiversidade
19. laboratório de hidrologia
20. laboratório de socioeconomia
21. laboratório de análise do ambiente físico
22. laboratório de projetos
23. depósito dos laboratórios
24. sanitários
25. vestiários
CASA DIONISÍACA
Projeto 3 • 2019
Localizada no encontro dos setores Central, Sul e Universitário, a Casa Dionisíaca foi concebida para atender às necessidades de um jovem casal fictício, composto por uma produtora musical e um artista visual, de perfil “dionisíaco”, ou seja, um casal vibrante e extravagante que aprecia receber convidados e organizar festas.
Sendo assim, a casa foi pensada para ser um ponto de encontro para artistas goianienses e sua forma pouco comum contribui para essa finalidade ao destacar sua singularidade e identidade em relação às outras residências na região. Além disso, a casa conta com ambientes que atendem tanto às necessidades profissionais do casal quanto às dos seus muitos convidados.
Os quatro volumes irregulares que abrigam os ambientes centrais da casa possuem paredes de concreto armado, bem como cobertura e revestimento externo feitos de chapas de zinco, enquanto o paralelepípedo que os intersecciona é construído com paredes de alvenaria estrutural e uma cobertura de
laje impermeabilizada em concreto armado. As amplas aberturas dos prismas são, em sua maioria, feitas de vidro, com exceção da garagem, que possui um portão metálico basculante.
LOCALIZAÇÃO
CASAAPOLÍNEA
LEGENDA
1. hall
2. garagem
3. estúdio de pintura
4. estúdio de edição e mixagem
7.
8.