VOXMMXIV - A metamorfose digital da humanidade.

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Paulo Carvalho & Othon Carvalho

Em meados de 2014 um astrofísico sitiado no Brasil consegue fazer uma incrível descoberta científica. Através de experiências envolvendo ocultismo e eletromagnetismo, conseguiu transpor o segredo de 7 mil anos, sobre a existência de outros planos de vida além do nosso, neste planeta e sua presença sólida em nosso estado atual de consciência. Mesmo sendo perseguido por vários inimigos, como alienígenas, mutantes e religiosos, consegue manter uma comunicação digital com um habitante do século XX. Este segredo chamado The Key (a chave) é tornado público através de um livro produzido eletrônicamente em vários formatos para toda a humanidade. O objetivo desta viagem no tempo é de convocar e preparar guerreiros para grande e final batalha terrestre chamada VOX MMXIV. “Mal são os homens de gênio que tentam fazê-los pensar”.

VOX MMXIV A metamor fose digital da humanidade

Arion Therion

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Transmissão: 11 de maio de 2014 às 12h11min7s Chegada: 11 de novembro de 1999 às12h11min7s



Fortaleza, CE 2004


FICHA CATALOGRテ:ICA

M200e

Paulo Carvalho, Othon Carvalho VOXMMXIV / Paulo Carvalho, Othon Carvalho, Fortaleza: Grテ。fica, 2004. 294 p. 1. VOXMMXIV

. CDD. 357.9331



Copyright © 2004 by Paulo Carvalho & Othon Carvalho

I MAGEM

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Titulo: Take Off Autor: Bambi Martantio País: Indonésia Software: Softimage XSI I MAGEM

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Titulo: Jupiter Impact Autor: Andrew Stewart País: United Kingdon Software: Softimage XSI R EVISÃO

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Konpax do Brasil P ROJETO G RÁFICO

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E DITORAÇÃO E LETRÔNICA

Konpax do Brasil

Impressão e acabamento


Este livro é dedicado à minha noiva Hérika, que tanto me apoiou, lutou,sofreu, desanimou, reanimou, mas nunca deixou-me só por nenhum momento, e a minha mãe que sacrificou boa parte da sua vida em pró da minha alegria e do meu sucesso. Mais próximos sempre estarão do meu coração e do meu universo,com todo amor e carinho. Paulo Carvalho

Dedico este livro à minha filha e as pessoas que tiveram grande parcela de contribuição nesta dificil caminhada, mas que valeu todo suor desprendido.. Othon Carvalho



SUMÁRIO Prólogo .........................................................................................10 Prefácio .......................................................................................13

CAPÍTULO I O AMBIENTE TERRESTRE 1 Os enigmas das religiões ............................................................. 25 1.1 A chegada ..................................................................................... 26 1.2 O Universo .................................................................................... 28 1.3 Deus .............................................................................................. 29 1.4 A arqueologia, filologia e as escrituras sagradas ........................ 31 Bibliografia .............................................................................................. 40

CAPÍTULO II O AMBIENTE INVISÍVEL 2 Os habitantes inumanos ............................................................. 41 2.1 Planos de energia ......................................................................... 42 2.2 O Bem e o Mal .............................................................................. 42 2.3 Elementais Artificiais .................................................................... 49 2.4 Egrégoras ...................................................................................... 50 2.5 Cascões ......................................................................................... 51 2.6 Elementais Naturais ..................................................................... 53 2.7 Anjos e demônios .......................................................................... 61 2.8 As Flamas ...................................................................................... 63 2.9 Anjos ............................................................................................. 64 2.9.1 Arcanjos ..................................................................................... 65 2.9.2 Os Elohim ................................................................................... 66 2.9.3 Os Melachim ............................................................................... 66


2.9.4 As Falanges .............................................................................. 67 2.9.5 Os Tronos .................................................................................. 67 2.9.6 Os Esplendores ......................................................................... 68 2.9.7 Os Querubins ............................................................................. 68 2.9.8 Os Serafins ................................................................................ 69 Bibliografia ........................................................................................... 72

CAPÍTULO III O GOVERNO SECRETO DO MUNDO 3 Dossiê Orion ................................................................................ 73 3.1 O segredo a respeito dos OVNIS .................................................. 74 3.2 The Jasons Scholares (MJ12) ....................................................... 81 3.3 O assassinato de John Kennedy .................................................. 83 Bibliografia .............................................................................................. 88

CAPÍTULO IV A METAMORFOSE DIGITAL DA HUMANIDADE 4.0 Singularidade ............................................................................ 89 4.0.1 ASCI PURPLE e o BLUE GENE/L .............................................. 90 4.0.2 Projeto eLisa .............................................................................. 93 4.0.3 Humanos feitos de silicio .......................................................... 95 Bibliografia .............................................................................................. 98


CAPÍTULO V O ARMAMENTO HAARP 5.1Uma visão tenebrosa da tecnologia de controle do clima .......... 99 5.1.2 Vandalismo de alta frequência nos céus .................................. 108 5.1.3 O HAARP cozinha a atmosfera superior .................................... 109 5.1.4 A história do HAARP........................................................113 5.1.5 A manipulação mental ............................................................... 116 5.1.6 Bolha de particulas elétricas .................................................... 120 5.1.7 Fatiando a ionosfera.........................................................121 5.1.8 Cordas mal tocadas ................................................................. 121 5.1.9 Terra febril ............................................................................... 122 5.1.10 Chuva eletrônica caindo do céu........................................123 5.1.11 Controle do clima ................................................................... 124 5.1.12 Quarenta anos de ataques no céu? ......................................... 125 5.1.13 Pequenas interferências, grandes efeitos...........................127 5.1.14 Poderiam eles provocar um curto circuito na terra?...............128 5.1.15 A revelação .............................................................................. 131 5.1.16 Fatos verdadeiros ................................................................... 135 Bibliografia............................................................................138

CAPÍTULO VI A HISTORIA DE ARION 6 O inicio da história................................................................213 6.1 O nascimento ................................................................................ 213 6.2 A adolecência ................................................................................ 219 6.3 A Faculdade ................................................................................. 225 6.4 A teoria em cima dos tópicos dados ............................................. 227 Bibliografia.................................................................................. 237


CAPÍTULO VII A TEORIA DO UNIVERSO HOLOGRAFICO 7 O mundo é digital?..............................................................240 7.1 A mente funcionando como um holograma ................................... 241 7.2 As similaridades da vida real com ambientes computacionais .... 245 7.3 O universo Holográfico ................................................................ 248 7.4 A transcedencia mental ............................................................... 253 7.5 Desaceleração da atividade cerebral .......................................... 257 Bibliografia ......................................................................................... 263

CAPÍTULO VIII AS DIMENSÕES INVISÍVEIS DO UNIVERSO 8.1Os multiversos .................................................................... 241 8.2Teoria das cordas ................................................................. 245 8.3Matéria Escura ..................................................................... 253 Bibliografia .......................................................................................263

CAPÍTULO IX AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS E O ANTIGO EGITO 9.1O Egito ................................................................................. 248 9.2A Cultura ............................................................................. 253 9.3A Religião ............................................................................. 257 Bibliografia .......................................................................................263

CAPÍTULO X MAGIA E MEDITAÇÃO 10.1Pranayana .......................................................................... 241 10.2Dayhana ............................................................................. 245 10.3Samadhi ............................................................................. 248 10.4 Descoberta ........................................................................ 257 Bibliografia .......................................................................................263


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PROLOGO Há muito tempo um filme não mexe tanto com a cabeça da comunidade científica como a trilogia Matrix. A possibilidade de num futuro próximo as maquinas dominarem o planeta, e pior, usarem os seres humanos como bateria bio-energética, pode se tornar realidade mais cedo do que se imagina. Segundo a teoria da Singularidade(terminologia científica utilizada para explicar fatos que não podem ser matematicamente resolvidos), o poder computacional cresce em uma escala assustadora. 1200 1000 800 600 400 200 0 2000 2010 2020 2028 2060

Poder Computacional

Em 2004 a IBM lançou o super computador Blue Gene/L com 70,72 trilhões de cálculos por segundo. O resultado foi conseguido com o software Linpack, que soluciona uma série de complexas equações matemáticas servindo para simular o envelhecimento e o funcionamento das armas nucleares norteamericanas, garantindo a segurança e a confiabilidade do arsenal nuclear dos EUA, sem a necessidade de testes subterrâneos. A máquina é movida por mais de 32.768 micro-processadores em mais de 200 computadores interligados por uma autopista de dados de alta velocidade capaz de trocar informações a mais de 100 gigabytes(o equivalente a 14 filmes completos de www.vox2014.com.br


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DVD) por segundo. Em 2005 o Blue Gene/L será o primeiro computador do mundo a aproximar-se do homem. O provável poder de processamento do cérebro humano é de cerca de 100 teraflops, aproximadamente cem trilhões de cálculos por segundo, de acordo com Hans Morvec do Instituto de Robótica da universidade de Carnegie Melon. A estimativa se baseia no número de neurônios do cérebro humano, que é de 100 bilhões, cada um com mil conexões com outros neurônios, sendo que cada uma delas é capaz de realizar 200 operações por segundo. Imaginem softwares de inteligência artificial escritos em linguagem Java por exemplo, simulando uma realidade virtual melhor que a nossa própria realidade. Enquanto hibernamos em cabines, como é retratado no filme Matrix. Afinal!! Os computadores um dia serão mais inteligentes que os seres humanos? “Depende do que você acha que é um computador e o que você acha que é um ser humano” afirmou Ray Kurzweil, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts - USA, e um dos principais pesquisadores americanos segundo a revista TIME na atualidade. “Na segunda metade deste século, não existirá uma distinção muito clara entre ambos”. Será que realmente já estamos vivendo em uma realidade virtual e não damos conta que estamos interagindo com maquinas? É muito provável que não, mas vale a pena entender como o ser humano evoluiu a capacidade de processamento dos computadores, a ponto de se tornar escravo de sua própria criação, afinal quem consegue viver hoje sem computadores e celulares? Descubra nas próximas paginas este mundo mági-

• PRÓLOGO


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co da evolução da mente humana, e como estamos perdendo o controle sob as energias sutis que estão em nossa volta, fazendo com que as máquinas pouco a pouco transforme-nos em simples bípedes implumes. Para interrompermos esse processo, temos que fazer uma higiene mental em nosos cérebros e acabarmos com todo misticismo religioso, que castrou a humanidade durante milênios através dos seus temores sobrenaturais.

Ano 2004 2014 2024 2060

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EXPLOSÃO DE BITS COMPUTADORES PESSOAIS Poder de processamento Inseto Rato Cérebro Humano Todos os cérebros humanos juntos

A velocidade dos computadores cresce de forma exponencial e, por isso, teremos em alguns anos uma evolução aceleradíssima. Para o pesquisador Ray Kurzweil, um computador de US$ 1000 acompanhará a evolução acima descrita. A maior parte dos caminhos propostos para a singularidade passa pela bio-tecnologia - e a incrível velocidade com que ela tem evoluído, possibilitará a conexão de nosso cerébro a computadores no intuito de unir nossa criatividade com o poder de processamento deles. A possibilidade de criar máquinas capazes de se fundir a sistemas orgânicos e estender as nossas capacidades motoras, seria uma das formas de acelerar nosso desenvolvimento. Outra seria avançar a nanotecnologia a ponto de construir objetos átomo por átomo. Há quem acredite que poderemos montar um cérebro humano inteiro ou até quem sabe um Homem inteiro em breve.

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PREFÁCIO A MAGIA E A CIÊNCIA A magia é a ciência e arte de fazer com que Mudança ocorra de acôrdo com a Vontade.( Exemplo: é minha vontade informar o Mundo de certos fatos que eu conheço. Portanto eu tomo “armas mágicas” - pena, tinta, papel ou um teclado de computador; eu escrevo “encantamentos” - estas sentenças - na lingua “mágica”, aquela que é compreendida pela gente que desejo instruir (português); eu invoco “espíritos”- tais como editores, gráficas, livrarias, etc - e os constrinjo a transmitir minha mensagem aquela gente. A composição, impressão e distribuição deste livro é assim um ato de MAGIA. Qualquer mudança requerida pode ser efetuada pela aplicação do tipo apropriado e quantidade apropriada de força, da maneira apropriada, e através de um meio de transmissão apropriado, ao objeto apropriado. No presente estado do nosso conhecimento e poder, algumas mudanças não são possíveis na prática; não podemos produzir eclipses, por exemplo, ou tranformar o chumbo em estanho, ou criar homens de cogumelos. Mas é teoricamente possível causar em qualquer objeto qualquer mudança de que aquêle objeto, seja capaz por natureza. O primeiro requisito para se causar qualquer mudança é uma completa compreensão qualitativa e quantitativa das condições. (Exemplo):”A causa mais comum de fracasso na vida é a ignorância de nossa própria Verdadeira Vontade, ou dos meios pelos quais aquela Vontade pode ser realizada”. Um homem pode se imaginar pintor, e desperdiçar www.vox2014.com.br


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sua existência tentando se tornar um; ou êle pode realmente ser um pintor, e no entanto fracassar em compreender e medir as dificuldades peculiares àquela carreira. O segundo requisito para se causar qualquer mudança é a habilidade prática de pôr em movimento as forças necessárias. (Exemplo):”Um banqueiro pode ter um conhecimento perfeito de uma certa situação, no entanto faltar-lhe a qualidade de decisão, ou capital, necessários para aproveitar a ocasião”. “Todo homem e toda mulher é uma estrêla”. Isto é. todo sêr humano é intrínsecamente um indivíduo independente, com seu próprio caráter e órbita. Todo homem e toda mulher têm um curso, dependendo em parte dêles mesmos e em parte do meio ambiente, um curso que é natural e necessário para cada um. Quem quer que é desviado de seu curso próprio, seja por falta de auto-compreensão, seja por oposição externa, entra em conflito com a ordem universal, e sofre em consequência. (Exemplo):”Podemos pensar que é nosso dever agir de um certo modo, tendo feito uma pintura imaginária de nós mesmos, em vez de investigar nossa verdadeira natureza. Uma mulher pode ser infeliz a vida inteira por julgar que ela prefere o amor ao prestígio social, ou vice-versa. Uma pode permanecer com um marido que ela não ama, quando na realidade seria feliz num sotão com um amante”. Os instintos de um menino podem impeli-lo para o mar, enquanto seus pais insistem que êle se forme em medicina. Em tal caso, êle será tanto mal sucedido quanto infeliz na medicina. Um homem cuja sua vontade consciente está em

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luta com sua Verdadeira Vontade está desperdiçando sua força. Êle não pode esperar influenciar seu ambiente com eficiência. (Exemplo):”Quando uma guerra civil explode em um país, êsse país não está em condições de invadir outros países. Um homem com câncer emprega sua nutrição tanto para seu próprio uso como para uso do inimigo que é parte dêle mesmo. Depressa êle se torna incapaz de resistir à pressão do seu meio ambiente. Na vida diária, um homem que está fazendo aquilo que sua consciência lhe diz que está errado, o fará com muito pouca habilidade”.A principio: Um homem que está fazendo sua Verdadeira Vontade tem a inércia do universo ao seu favor. (Exemplo):”A primeira condição de sucesso na evolução é que o individuo seja fiel à sua própria natureza e ao mesmo tempo se adapte ao seu meio ambiente”. A natureza é um fenômeno contínuo, se bem que não sabemos em todos os casos como as coisas se ligam umas as outras. (Exemplo):”A consciência humana depende de ínumeras condições físicas peculiares a este planêta; e este planêta é determinado por equilíbrio mecânico do universo material inteiro. Nós podemos então dizer que nossa consciência está causualmente ligada com as galáxias mais remotas; no entanto não sabemos sequer como ela surge de - ou - qual - mudanças moleculares no cérebro elas atuam”. A ciência nos habilitará a tomar vantagem da continuidade da Natureza pela aplicação empírica de certos princípios, cuja interação envolve diferentes ordens de idéias relacionadas umas com as outras de uma maneira além da nossa compreensão presente. (Exemplo): “Nós somos capazes de iluminar cidawww.vox2014.com.br


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des usando métodos totalmente pragmáticos. Nós não sabemos o que a consciência é, ou como ela se relaciona com a ação muscular; não sabemos o que a eletricidade é, ou como ela se relaciona com as máquinas que a geram; e nossos métodos dependem de cálculos que envolvem idéias matemáticas que não têm qualquer correspondência no universo tal como nós o conhecemos”. O homem desconhece o alcance inteiro de seu próprio ser e poderes. Mesmo sua idéia de suas limitações está baseada em experiências passadas, e todo passo em nosso progresso expande nosso império. Não existe portanto qualquer motivo para decretarmos limites téoricos quanto ao que o homem pode ser, ou pode fazer. (Exemplo):”Faz apenas poucas décadas, era considerado teoricamente impossível que o homem pudesse chegar a conhecer a composição química das estrêlas. Sabemos que os nossos sentidos estão adaptados para perceber somente uma fração infinitesimal da escala de vibrações possíveis. Mas instrumentos modernos nos têm habilitado a determinar alguns dêsses supra-sensíveis por meios indiretos, e até a usar suas peculiares qualidades a serviço da humanidade, como no caso dos raios Hertz e Rontgen. Como disse Tyndall, o homem pode a qualquer momento aprender a perceber e utilizar vibrações de todos os tipos concebíveis e inconcebíveis”. O problema da palavra Magia é o problema de descobrir e empregar forças naturais até agora desconhecidas. Nós sabemos que tais existem, e não devemos duvidar da possibilidade de instrumentos mentais ou físicos capazes de nos colocarem em relação com elas. Todo homem está mais ou menos cônscio de que sua individualidade inclui diversas ordens de existên-

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cia, mesmo quando êle crê que seus princípios sutis são meramente sintomáticos, das mudanças no seu veículo grosseiro. Podemos assumir que uma ordem análoga de coisas se estende através da natureza inteira. (Exemplo):”Nenhum de nós confunde dor de dentes com a deterioração que é sua causa. Objetos inanimados sentem certas forças físicas, tais como condutividade elétrica ou térmica; mas nem nós nem nêles--tanto quanto sabemos--há qualquer percepção direta e consciente destas forças. Influências imperceptiveis estão portanto associadas com todos os fenômenos materiais; e não há motivo por que não devamos agir sôbre a matéria através dessas forças sutís, como fazemos através de suas bases materiais. De fato, nós utilizamos a força do magnetismo para mover o ferro, e a radiação solar para reproduzir imagens”. O homem é capaz de ser, e de usar, tudo que êle percebe, pois tudo que êle percebe é, em certo senso. parte do sêr dêle. Êle pode asim subordinar todo o Universo de que êle está cônscio à sua Vontade individual. (Exemplo): “Nós temos usado a idéia de Deus para ditar nossa conduta pessoal, para obter poder sôbre os nossos semelhantes, para desculpar nossos crimes, e para inumeráveis outros propósitos, inclusive aquêle de nos realizarmos a nós mesmos como Deus. Nós temos usado as concepções irracionais e irreais da matemática para nos auxiliarem a construir mecanismos. Nós temos usado nossa força moral para influenciar a conduta mesmo de animais selvagens. Nós temos empregado o gênio poético para fins políticos”. Tôda força do Universo pode ser transformada em qualquer outra força através dos meios apropriados. Existe pois um reservatório inexaurível de qualquer tipo parwww.vox2014.com.br


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ticular de força de que possamos necessitar. (Exemplo):”O calor pode ser tranformado em luz e força quando é usado a impelir dínamos. As vibrações do ar podem ser usadas para matar homens, se organizadas num discurso de modo a inflamar paixões guerreiras. As alucinações relacionadas com as misteriosas energias do sexo resultam na perpetuação da espécie”. A aplicação de qualquer força afeta tôdas as ordens de existência incluídas no objeto ao qual a força é aplicada, não importa a qual dessas ordens a força seja diretamente aplicada. (Exemplo):”Se eu firo um homem com uma adaga, a consciência dêle, e não apenas seu corpo, é afetada por meu ato; sem bem que a adaga, como tal, não têm nenhuma relação direta com a consciência dêle. Da mesma forma, a força do meu pensamento pode agir de tal maneira na mente de outra pessoa que pode chegar a produzir profundas mudanças físicas nessa pessoa, ou em outras pessoas através dela”. Um homem pode aprender a usar qualquer força para qualquer fim, tomando vantagem dos teoremas acima. Êle pode atrair para si qualquer força do Universo fazendo de si mesmo um receptáculo apropriado a ela, estabelecendo uma conexão com ela, e arranjando as condições de forma que a natureza dela compila a fluir em direção a êle. (Exemplo): “Se eu quero beber água pura, eu cavo um poço num lugar onde haja água subterrânea; eu calafeto as paredes do poço; eu tomo vantagem do fato que a água obedece às leis da hidro-estática para encher o poço”. O senso que o homem tem de si mesmo como separado de, e oposto ao, Universo, impede-o de conduzir as

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correntes dêste. (Exemplo):” Um lider popular tem tanto mais sucesso quanto mais se esquece a si próprio e pensa apenas na causa, o amor-próprio egendra ciúme e cisões. Quando os orgãos do corpo declaram sua presença ao conciente, isto é sinal de que estão doentes. A exceção única é o orgão de reprodução. E mesmo nêste caso, sua auto-asserção é testemunha de sua insatisfação consigo mesmo, pois êle não pode satisfazer sua função senão quando completado por sua contraparte noutro organismo. O homem pode apenas atrair e empregar as fôrças para as quais êle está realmente apto. (Exemplo):’Quem nasceu para dez réis não chega a vintém. O verdadeiro cientista aprende de qualquer fenômeno. Mas a natureza é muda para o hipócrita, pois nela nada existe de falso”. Não existe limite ao alcance das relações de qualquer homem com o Universo; pois tão cedo o homem se identifica com qualquer idéia, os têrmos de comparação deixam de existir. Mas seu poder de utilizar aquela idéia está limitado pela força e capacidade mentais dêle, e pelas circunstâncias do seu meio ambiente humano. (Exemplo): “Quando um homem se apaixona, o mundo inteiro lhe parece ser amor imanente e ilimitado; mas seu estado místico não é contagioso; seus semelhantes ou se divertem ou se entediam com êle. Êle pode comunicar a outros os efeitos que seu amor tem sobre êle apenas através de suas qualidades físicas e mentais. Assim, Cautullus, Dante e Swinburne fizeram de seus amores uma poderosa alavanca para mover a humanidade em virtude do poder que êles tinham de expressar seus pensamentos sôbre o asunto em linguagem musical e eloquente. www.vox2014.com.br


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De novo, Cléopatra e outros em posições de autoridade moldaram o destino de muitas outras pessôas ao permitirem que o amor influenciasse sua conduta política. O magista, por mais que tenha sucesso em estabelecer contato com as fontes secretas de energia na Natureza, pode usá-las apenas no âmbito permitido por suas qualidades intelecutais e morais. O contato de Maomé com Gabriel foi efetivo apenas por causa da habilidade de militar e estadista de Maomé, e do seu sublime comando da língua árabe. A descoberta de Hertz dos raios que nós agora usamos para comunicarmos, permaneceu estéril até ser refletida através das mentes e vontades de gente capaz de tomar a verdade dêle, e transmiti-la ao mundo da ação através de meios mecânicos e econômicos. Este texto foi retirado Do livro quatro parte III - A MAGIA EM TEORIA E PRÄTICA. (Aleister Crowley)

Dispusemos deste prefácio como forma de desmistificar esta palavra que nada têm de semelhança com coisas prejudiciais ou maléficas. Apartir de agora você terá acesso a um manual de exclarecimento sobre tudo que é considerado fora do alcance da maioria dos seres humanos. E com as novas descobertas cientificas aprenderá que MAGIA já não faz parte das páginas negras das religiões e sim experiências facilmente identificadas pelos pesquisadores sérios em todo o mundo, e por incrível que pareça, nossa maior arma contra o avanço das maquinas.

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(...) O principal ingrediente do Universo é a energia escura, que consiste na constante cosmológica, ou no campo quântico conhecido como quintessência.Os outros ingredientes são formados de matéria escura, composta por partículas exóticas elementares, a matéria convencional(o que conseguimos ver e a energia luminosa), consiste em apenas 0,5 % de todos os ingredientes(...). Jermiah & Paul J.

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JEREMIAH P. OSTRIKER e PAUL J. STEINHARDT, Professores de Princeton University, têm colaboração a oito anos. A previsão que fizeram da expansão da aceleração, em 1995, antecipou, em vários anos, os inovadores resultados da supernova. OSTRIKER foi um dos primeiros a perceber o predomínio da matéria escura e a importância do gás quente intergaláctico. Ganhou em 2000, a US NATIONAL MEDAL OF SCIENCE. STEINHARDT foi um dos criadores da teoria da inflação e do conceito de quase - cristais. Ele reintroduziu o termo “Quintessência” após seu filho mais novo Will e sua filha Cindy terem-no escolhido entre várias alternativas.

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CAPÍTULO I O AMBIENTE TERRESTRE



ARION Em meados de 2014 um astrofísico sitiado no Brasil consegue fazer uma incrível descoberta científica. Através de experiências envolvendo ocultismo e eletromagnetismo, conseguiu transpor o segredo de sete mil anos sobre a existência de outros planos de vida além do nosso neste planeta e sua presença sólida em nosso estado atual de consciência. Mesmo sendo perseguido por vários inimigos, como alienígenas, mutantes e religiosos; consegue manter uma comunicação digital com um habitante do século XX. Este segredo chamado The Key (A chave) é tornado público através de um livro produzido eletrônicamente em vários formatos para toda a humanidade. O objetivo desta viagem no tempo é de convocar e preparar guerreiros para grande e final batalha terrestre chamada VOX2014. Mal são os homens de gênio que tentam fazê-los pensar.



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OS ENIGMAS DAS RELIGIÕES



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1.1 A CHEGADA Inicio da transmissão 12:00 - 11 minutos - 7 segundos “6-5-4-3-2-1-0”. CONSEGUIMOS! Data atual: 11 de maio de 2014 e.v. Data de chegada: 12 de novembro de 1999 e.v. Acabamos de transpor a barreira fractal do tempo e enviar o primeiro e-mail para zona temporal referente ao final do século XX, ou seja, para o passado. Sabemos da dificuldade de interpretar este fato, mesmo assim, esperamos que o fator científico agregado a este texto possa ser útil como forma de pesquisa séria. Temos apenas 60 segundos antes de sermos rastreados, por isso nossas transmissões ocorrerão em intervalos de 15 a 30 dias a contar desta data (tempo suficiente para se deslocarmos na mata amazônica com segurança). Meu nome é Arion o terceiro guardião - Sou o humano responsável pelas pesquisas sobre os estímulos dos pares neurais responsáveis pelo pensamento abstrato, raciocínio lógico e o eletromagnetismo orgânico (Corpo Elétrico). Desde o AEON de Osíris (era de Vigo Pices) nossa raça sobrevive dentro do modelo escravista relativo ao Deus Sacrificado e amparado pelas antigas crenças tribais de que o sol morria e ressuscitava todo dia. Apesar de sabermos o quanto a estupidez desta crença atrasou o progresso referente aos estados de consciência de nossa espécie, sentimos o fato de até hoje os romanos de Constantino ainda controlarem a religião ocidental baseada neste conceito. Após a codificação do Genoma humano ocorrida no final do século XX toda a comunidade científica e iniciativa privada se dedicaram ao desenvolvimento de novos seres como:

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Homos Clone Andróides Orgânicos (IA) Homos Alien Comprovamos a interação eletromagnética entre as redes neurais orgânicas e os circuitos integrados dos novos bio-processadores implantados nos seres humanos.Graças aos nossos conhecimentos básicos de bio-eletrônica e física quântica, conseguimos entrar e sair dos mainframes server, sem sermos descobertos pelos órgãos de inteligência americanos e israelenses. Atualmente somos perseguidos por vários inumanos e apesar de estarmos num estágio de consciência equivalentes aos Mestres do Templo (no conceito Telêmico), ainda não conseguimos transpor o Mahattattwa (Universo Material de Krishna). Os ataques astrais são cada vez mais fortes e descobrimos com isso, que a única forma de continuar a preservação de nossa espécie é treinar nossas mentes no passado (este treino consiste no desenvolvimento do Akasha, ou seja, o quinto elemento, responsável pela organização e direção dos quatro elementos básicos água, fogo, terra e ar) e dar aos seres humanos de todo o planeta, as máquinas de guerra para grande batalha final chamada VOX2014. Acreditem! Nem todos são humanos Poucos são microcosmos A maioria não são de nossa galáxia. Agora vale a pena entender a nossa concepção dos segredos que sobrecarregam as costas dos homens durante milênios e com ajuda da ciência e a sobriedade da matemática, estão acessíveis a qualquer mente que queira conhecer um pouco da verdade sobre o universo e Deus.

• CAPÍTULO I – O AMBIENTE TERRESTRE


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1.2 O UNIVERSO

O universo pode conter uma infinita variedade de idéias inacessíveis à apreensão humana. Para isso mesmo, tais idéias não existem para os propósitos desta discussão, o Homem, no entanto possui alguns instrumentos através dos quais ele pode obter conhecimentos; podemos assim, definir o Macrocosmo (Universo) como a totalidade de coisas que o Homem pode perceber. A medida que a evolução desenvolve nossos instrumentos de percepção, o Macrocosmo e o Microcosmo se ampliam, mas sempre mantém sua relação mutua. Nenhum dos dois pode possuir qualquer significado a não ser em termos do outro. Nossas “descobertas” são tanto de nós mesmos quanto da natureza, afinal o Brasil e a eletricidade existiam, em certo, senso, antes de nos tornarmos cônscios delas. A ciência profana está comicamente limitada pelo fato que não temos acesso a não ser da maneira mais indireta, a qualquer corpo celeste senão o nosso. Nos últimos anos, gente semi-educada adquiriu a impressão de que sabemos muito sobre o universo, e o principal motivo desta impressão usualmente é ou o Sputnik ou a bomba atômica. É triste lermos a bombástica tolice escrita sobre “progresso” por jornalistas e outras pessoas que desejam evitar que os homens pensem. Nós sabemos pouquíssimo sobre o universo material, nosso conhecimento detalhado é tão exíguo que quase não vale a pena mencioná-lo, a não ser pelo fato de que talvez nossa vergonha nos estimule a novos esforços.

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O pouco conhecimento que temos é de caráter abstruso e genérico, de caráter filosófico e quase diríamos, mágico. Consiste principalmente nas concepções da matemática abstrata. É, portanto quase legítimo dizermos que a matemática abstrata é o nosso elo com o resto do universo e com “Deus”. 1.3

DEUS

Deus não é uma pessoa. Mil e uma dificuldades surgiram porque o homem sempre considerou Deus como uma pessoa. Todos os problemas com os quais a teologia se preocupou são apenas exercícios fúteis-basicamente porque Deus é tomado como uma pessoa. Deus não é uma pessoa não é; e permita que isso penetre o mais fundo possível em você, pois esta será uma porta, uma abertura, a chave (The Key).Lógico que sabemos o quanto é difícil para maioria das pessoas, principalmente para os que foram educados como judeus, cristãos e muçulmanos conceber Deus como qualquer coisa que não seja uma pessoa - isso se torna um fechamento. Pensar em Deus como uma pessoa é antropocêntrico. Na própria Bíblia está escrito: “Deus criou o homem à sua imagem”, mas a verdade parece ser exatamente o contrário - o homem criou Deus à sua própria imagem. E os homens diferem, é por isso que existem tantos deuses no mundo. A medida que o homem tem buscado mais e mais, isso vem se tornando cada vez mais claro: Deus como uma pessoa cria problemas, porque então as pessoas estão sempre em conflito com outros deuses. É por isso que existe Deus judeu, o Deus hindu, o Deus muçulmano, o Deus cristão - isso é um absurdo total! Como Deus pode ser diferente a cada religião, são

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diferentes porque os homens são diferentes em suas idéias sobre Deus. As formas mudam constantemente para os opostos e Deus é forma e ausência de forma, neste sentido não é possível comunicar-se com Ele como pessoa. Você só consegue numa dimensão diferente - a dimensão da energia, a dimensão da consciência (nada existe p/ você enquanto não se encontra devidamente consciente por algum dos seus sentidos a não ser pela matemática). Deus é energia. É consciência absoluta.Deus é graça, é extase; indefinível, ilimitado e incensurável; não tem começo nem fim; para todo o sempre, eterno, atemporal, além do espaço - porque Deus significa totalidade. (O Sol é uma grande bola de plasma e nós mesmos que não passamos de estrelas resfriadas, não conseguimos ainda nem fazer uma pesquisa séria sobre o corpo bioplásmatico de cada ser vivo deste planeta). Justamente por causa do conceito de Deus como pessoa, tivemos de criar um Diabo contraposto a Deus, devido a todas as negatividades! - afinal, onde você as colocaria? Você tem que criar alguém quem seja possível jogar todas as negatividades. Então o seu Deus torna-se falso, e o seu Diabo também se torna falso, pois o negativo e o positivo coexistem (se atraem), não estão separados (princípio do eletromagnetismo). Mas tudo o que você gosta põe do lado de Deus, e tudo que não gosta põe do lado do Diabo. (A divisão é sua, e isto se deve ao fato que o homem conseguiu dominar todos os seus predadores naturais, e ao sobrar a si próprio, se tornou seu próprio predador). Demonstra-se a fragilidade em que o Homem tem ao encarar essa difícil realidade, e assim para não se culpar a si próprio, obriga-se a ter que por a culpa em um Diabo que se existi-se deveria estar dando risadas com tanta estupidez junta em uma mesma espécie.

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1.4 A ARQUEOLOGIA, FILOLOGIA E AS ESCRITURAS SAGRADAS A disputa entre a ciência e religião pela posse da verdade é antiga. No Ocidente, começou no século XVI, quando Galileu defendeu a tese de que a Terra não era o centro do Universo. Essa primeira batalha foi vencida pela Igreja, que obrigou Galileu a negar suas idéias para não ser queimado vivo. Mas o futuro dessa disputa seria diferente: pouco a pouco, a religião perdeu a autoridade para explicar o mundo. Quando, no século XIX, Darwin lançou sua teoria sobre a evolução das espécies, contra a idéia da criação divina, o fosso entre a ciência e religião já era instransponível. Nas últimas décadas, a Bíblia passou a ser alvo de ciências como a filologia (o estudo da língua e dos documentos escritos), a arqueologia e a história. E o que os cientistas estão provando é que o livro mais importante da história é, em sua maior parte, uma coleção de mitos, lendas e propaganda religiosa. Primeiro livro impresso por Gutenberg, no século XV, e o mais vendido da história, a Bíblia reúne escritos fundamentais para as três grandes religiões monoteístas; Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Na verdade, a Bíblia é uma biblioteca de 73 livros escritos em momentos históricos diferentes. O velho Testamento, aceito como sagrado por judeus, cristãos e mulçumanos, é composto de 46 livros que pretendem resumir a história do povo hebreu desde o suposto chamamento de Abraão por Deus, que teria ocorrido por volta de 1850a.C. (Nos mapas desenhados em pergaminho na Idade Média, Jerusalém figura como o centro do mundo. Era então - e ainda é - a cidade das três principais religiões do ocidente citado anteriormente. Para cada uma delas, Jerusalém era palco de importantes acontecimentos que estabeleciam o vínculo entre Deus(Iavé) e o Homem - o primeiro dos quais foram os preparativos de Abraão para o sacrifício de seu filho

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Isaac num afloramento de rocha agora oculto por uma cúpula dourada. Abraão era um nômade rico originário de Ur, na Mesopotâmia, que cerca de 1.800 anos antes de Cristo, por ordem de Deus, mudou-se do vale do Eufrates para o território habitado pelos cananeus situado entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo. Ali, como recompensa por sua fé no Deus único e verdadeiro, foi contemplado com aquela terra”em que jorram leite e mel”e prometeu uma prole incontável para povoá-la. Abraão estava destinado a ser o pai de uma multidão de nações, e, para selar seu pacto, ele e todos os homens de sua tribo tiveram que ser circuncisados, prática que deveria continuar “geração após geração”. Essa promessa de posteridade era problemática, porque Sara, a mulher de Abraão, era estéril. Quando se deu conta de que passara da Idade de engravidar, Sara convenceu Abraão a gerar um filho em Hagar, sua serva egípcia, que no devido tempo deu à luz Ismael. Alguns anos mais tarde, enquanto Abraão estava sentado à entrada de sua tenda, no maior calor do dia, surgiram três homens, os quais lhe disseram que Sara, então com mais de 90 anos, teria um filho. Abraão riu, e Sara também julgou tratar-se de um gracejo.” Agora que estou velha e velho também esta meu senhor, terei ainda prazer?”. Mas verificou-se que a profecia estava correta: Sara concebeu a luz Isaac. Ela então se voltou contra Ismael, a quem via como um concorrente à herança de Isaac, e pediu a Abraão que mandasse o menino e a mãe embora. Deus tomou o partido de Sara, e Abraão, sempre submisso às ordens de Deus, mandou Hagar e Ismael para o deserto de Bersabéia com um pouco de pão e um odre de água. Quando a água acabou, Hagar, que não suportaria ver o filho morrer de sede, pensou em abandoná-lo sob um arbusto. Mas Deus guiou os passos dela até um poço e prometeu que seu filho fundaria uma grande nação no deserto da Árabia (Islamismo). Depois desses acontecimentos, Deus pôs Abraão

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a uma derradeira prova, ordenando-lhe que oferecesse “teu filho, a sacrifício, e na hora H Deus voltou atrás e o consagrou por esta prova de fé dando-lhe a benção dali em diante.)”. Terá Abraão de fato existido? Isto veremos depois, mas o fato que de lá até a conquista da Palestina pelos exércitos de Alexandre Magno e as revoltas do povo judeu contra o domínio grego, por volta de 300 a.C. até chegar aos nossos dias, esta região nunca conheceu a paz. Os 27 livros do Novo testamento abarcam um período bem menor: cerca de 70 anos que vão do nascimento de Jesus à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O coração do Velho testamento são os primeiros cinco livros, que compõem a Torá do Judaísmo (a palavra significa “lei”, em hebraico). Em grego, o conjunto desses livros recebeu o nome de Pentateuco (“cinco livros”). São considerados os textos “históricos” da Bíblia, porque pretendem contar o que ocorreu desde o início dos tempos, inclusive a criação do homem - que segundo alguns teólogos, teria ocorrido em 5.000 a.C. O Pentateuco inclui o Gênesis (o “livro das origens”, que narra a criação do mundo e do homem até o dilúvio universal), o Êxodo (que narra a saída dos judeus do Egito sob a liderança de Moisés) e os Números (que contam a longa travessia dos judeus pelo deserto até a chegada a Canaã, a terra prometida). Das três ciências que estudam a Bíblia, a arqueologia tem se mostrado a mais promissora. “Ela é a única que fornece dados novos”, já dizia o arqueólogo israelense Israel Finkelsein, diretor do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv e autor do livro The Bible Unearthed (A bíblia desenterrada), publicada em 2002. A obra causou um choque em estudiosos de arqueologia bíblica, porque reduz os relatos do Antigo Testamento a uma coleção de lendas inventadas a partir do século VII a.C.

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O Gênesis, por exemplo, é visto como uma epopéia literária. o mesmo vale para as conquistas de David e as descrições do império de Salomão. A ciência também analisa os textos do Novo Testamento, embora o campo de batalha aqui esteja muito mais na filologia. A arqueologia, nesse caso, serve mais para compor um cenário para os fatos do que para resolver contendas entre as varias teorias, onde o núcleo central do Novo Testamento são os quatro evangelhos. A palavra evangelho significa “boa nova” e a intenção desses textos é clara: propagandear o Cristianismo. Três deles (Mateus, Marcos e Lucas) são chamados sinóticos, o que pode ser traduzido como “com o mesmo ponto de vista”. Eles contam a mesma história, o que seria uma prova de que os fatos realmente aconteceram. Não é tão simples. O problema central do Novo Testamento é que seus textos não foram escritos pelos evangelistas em pessoa, como muita gente supõe, mas por seus seguidores, entre os anos 60 e 70, décadas depois da morte de Jesus, quando as versões estavam contaminadas pela fé e por disputas religiosas. Nessa época, os cristãos estavam sendo perseguidos e mortos pelos romanos, e algum dos primeiros apóstolos, depois de se separarem para levar a “boa nova” ao resto do mundo, estavam velhos e doentes. Havia, portanto, o perigo de que a mensagem cristã caísse no esquecimento se não fosse colocada no papel. Marcos foi o primeiro a fazer isso, e seus textos serviram de base para os relatos de Mateus e Lucas, que aproveitaram para tirar do texto anterior algumas situações que lhe pareceram heresia. Em Marcos, Jesus é uma figura estranha que precisa fazer rituais de magia para conseguir um milagre “, afirma o historiador e arqueólogo André Chevitarese”.

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Para tentar enxergar o personagem histórico de Jesus através das camadas de traduções e das inúmeras deturpações aplicadas ao Novo Testamento, os pesquisadores voltaram-se para os textos que a Igreja repudiou nos primeiros séculos do Cristianismo, ignorados alguns desapareceram. Mas os fragmentos que nos chegaram tiveram menos intervenções, não se sabe ao certo quem os escreveu, fazem parte de uma biblioteca cristã do século IV descoberta em 1945 em cavernas do Egito. Os evangelhos estavam escritos em língua copta (povo do Egito). O fato de esses textos terem sido comprovadamente escritos nos primeiros séculos da era cristã não quer dizer que eles sejam mais autênticos ou contenham mais verdades que os relatos que chegaram até nós como oficiais. Pelo contrário, até, os coptas, que fundariam a Igreja cristã etíope, foram considerados hereges, porque não aceitavam a dupla natureza de Jesus (humana e divina). Para eles, Jesus era apenas divino e os textos apócrifos coptas defendem essa versão. Mesmo assim, eles trazem pistas para elucidar os fatos históricos. A tentativa de entender o Jesus histórico buscando relacioná-lo a uma ou outra corrente religiosa judaica também foi infrutífera, como ficou demonstrado no final da tradução dos pergaminhos do Mar Morto, anunciada recentemente em 2001. Esses papéis, achados por acaso em cavernas próximas do Mar Morto, em 1947, criaram a expectativa de que pudesse haver uma ligação entre Jesus e os essênios, uma corrente religiosa asceta, cujos adeptos viviam isolados em comunidades purificando-se à espera do messias. O fim das traduções indica que não há qualquer ligação direta entre Jesus e os essênios, a não ser a revolta comum contra a dominação romana.

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O resultado é que, depois de dois milênios, parece impossível separar o verdadeiro do falso no Novo Testamento. O pesquisador Paul Johnson, autor de A história do Cristianismo, afirma que, se extrairmos, de tudo o que já se escreveu sobre Jesus, só o que tem coerência histórica e é consenso, restará um acontecimento quase desprovido de significado. “Esse “Jesus residual” contava histórias, emitiu uma série de ditos sábios, foi executado em circunstâncias pouco claras e passou a ser, depois, celebrado em cerimônia por seus seguidores.”. O que sabemos com certeza é que Jesus foi um judeu sectário, um agitador político que ameaçava levantar os dois milhões de judeus da Palestina contra o exército de ocupação romano. Tudo mais que se diz dele precisa da fé para ser tomado como verdade. Assim como aconteceu com Moisés, David e Salomão do Velho Testamento, a figura de Jesus sumiu na névoa religiosa. Choque das versões - O que dizem a Bíblia e a arqueologia sobre os eventos do Velho Testamento. O DILÚVIO UNIVERSAL - O QUE DIZ A BÍBLIA? Segundo o Gênesis, um grande dilúvio destruiu a Terra. Noé e sua família, avisados, construíram uma arca para salvar um casal de cada espécie animal. O DILÚVIO UNIVERSAL - O QUE DIZ A ARQUEOLOGIA? Ruínas achadas no Mar Negro, próximo da Turquia, mostram que houve uma enchente catastrófica por volta de 5.600 a.C. O nível do Mar Mediterrâneo subiu e irrompeu pelo Estreito de Bósforo, inundando a planície de terras férteis, com um lago. Sobreviventes dessa catástrofe migraram para a

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Mesopotâmia. Assim teria surgido a história do dilúvio no texto sumério de Gilgamesh. Os Hebreus conheceram a história quando estiveram cativos na Babilônia. A LIBERTAÇÃO DO EGITO - O QUE DIZ A BÍBLIA? No êxodo, Deus escolhe Moisés como libertador do povo hebreu, envia as Dez Pragas e divide as águas do Mar Vermelho. No Monte Sinai, já a caminho da Terra Prometida, Moisés recebe as tábuas dos Dez Mandamentos. A LIBERTAÇÃO DO EGITO - O QUE DIZ A ARQUEOLOGIA? Não há qualquer registro da existência de Moisés ou dos fatos descritos no Êxodo. Aliás, boa parte dos reinos e locais citados na sua jornada também não existiam no século XIII a.C. e só surgiram 500 anos depois. A escolha do lugar que passou a ser conhecido como Monte Sinai ocorreu entre os séculos IV e VI d.C. por monges bizantinos. A CONQUISTA DE CANAÃ - O QUE DIZ A BÍBLIA? Depois da libertação do Egito, Moisés conduziu os hebreus até a entrada da Terra prometida. Ali, os israelitas enfrentam os nativos cananitas com ajuda divina: ao toque de suas trombetas, as muralhas de Jericó desabam miraculosamente. A CONQUISTA DE CANAÃ - O QUE DIZ A ARQUEOLOGIA? Jericó nem tinha muralhas nesse período. Na verdade, a tomada de Canaã pelos hebreus acontece de forma gradual, quando as tribos hebraicas trocam o pastoreio pela agricultura dos vales férteis. A história da conquista foi escrita durante o

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século VII d.C. mais de 500 anos depois da chegada dos hebreus aos vales cananeus. A GUERRA ASSÍRIA - O QUE DIZ A BÍBLIA? Por volta de 700 a.C., o rei Ezequias, de Judá, revolta-se contra os assírios. Judá é atacada e a cidade de Lachish é completamente destruída. A GUERRA ASSÍRIA - O QUE DIZ A ARQUEOLOGIA? Os fatos são narrados com precisão histórica. Achados arqueológicos permitiram reconstruir o cenário da batalha descrita na bíblia. Além disso, a destruição de Lachish pelos assírios foi expressa num relevo em Nínive, a capital assíria, e as imagens batem com a narrativa bíblica. A SAGA DO REI DAVID - O QUE DIZ A BÍBLIA Após derrotar Golias, David firma-se como rei dos hebreus submetendo primeiro a tribo de Judá e, posteriormente, todas as 11 tribos israelitas. A SAGA DO REI DAVID - O QUE DIZ A ARQUEOLOGIA? Em 1993 foi encontrada uma pedra de basalto datada do século IX a.C. com escritos que mencionam a existência de um rei hebreu chamado David. Mas não há qualquer evidência das conquistas de Davi narradas na Bíblia. David pode ter sido o líder de um grupo de rebeldes vindos de camadas pobres dos cananeus que, nessa época, atacava as cidades do sul da Palestina.

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O IMPÉRIO DE SALOMÃO - O QUE DIZ A BÍBLIA? Salomão sucedeu a seu pai, David, fez alianças com reinos vizinhos e construiu o Templo de Jerusalém. Em seu reinado, os israelitas alcançaram opulência e poder. Salomão construiu palácios e fortalezas em Jerusalém, Magiddo, Hazon e Gezer. O IMPÉRIO DE SALOMÃO - O QUE DIZ A ARQUEOLOGIA? Não há sinal de arquitetura monumental em Jerusalém ou em qualquer das outras cidades citadas. Tudo leva a crer que Salomão, como David, eram apenas pequenos lideres tribais de Judá, um Estado pobre e politicamente inexpressivo. Marcos relata Jesus como um estranho, pois necessitava de rituais para fazer suas curas. Afinal, o que Jesus sabia que os outros não tinham conhecimento? Isto nem a Igreja saberá responder, mas é fato a existência de outros planos de energia ou estados diferentes de freqüência molecular, chamada de dimensões ou sephiras pelos cabalistas Judeus, ou multiversos pelos cientistas modernos. São objetos de interesse de vários segmentos da física e conseqüentemente da matemática. Estes planos são alvo de desestabilização provocado pela quantidade de eletricidade na qual o ser humano mantém contato todo o dia, a dependência das maquinas esta desvinculando o homem dos planos de consciência conhecidos como dimensões na teoria das cordas. E para que isso não aconteça, temos que tomar conhecimento de sua existência e domina-la. Bem vindo ao mundo paralelo, ao mundo dos inumanos.

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BIBLIOGRÁFIA The Bible Unearthed - Israel Finkeistein e Neil Silberman, Free Press, 2001. What Did the Biblical Writers Know e When Did They Know it ? - William G. Dever, Erdmans, 2001. Excavating Jesus: Neneath the Stones, Behind the texts - John Dominic Crossan e Jonathan L. R, Harper San Francisco , 2001. The Oxford History of the Biblical World - MIchael D. Coogan, Oxford University Press, 1998. The Cambridge Companion to the Bible - Howard Clark Kee, Eric M. Meyers, John Rogerson and Anthony Saldarini, Cambridge University Press, 1997. Os Templários - Piers Paul Read, Imago, Rio de Janeiro. Magick and Mysticism Vol 4 - Aleister Crowley. Harmonia Oculta, Discursos sobre os fragmentos de Heráclito - Bhagwan Shree Rajneesh, Editora Pensamento. Revista Super Interessante

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OS SERES INUMANOS



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2.1 PLANOS DE ENERGIA Existem nos planos de energia sutil(multidimensionais) diversos tipos de seres em evolução, exatamente como neste plano. O folclore de todos os povos e de todos os tempos menciona esses seres sob diversos nomes: gnomos, silfos, salamandras, ondinas, fadas, gigantes, ogres, anjos, demônios, etc.. A quantidade de nomes e descrições parece infindável, mas deve ser atribuída ao fato de que o Astral(plano sutil) é tão plástico, e tão disposto a assumir as formas do nosso desejo ou do nosso medo. Os apetites e atitudes culturais das diversas nações humanas produzem modificações na maneira ou no aspecto com que as espécies vivas dos planos sutis se manifestam à imaginação das crianças, dos visionários, ou dos artistas dessas nações. Aquilo que os escandinavos chamam de “troll”, por exemplo, é o mesmo tipo de entidade que os alemães chamam de ögres, os franceses de gigantes , os árabes de äfrit, os indígenas brasileiros de curupira ,e os antigos escravos nas senzalas chamavam de sacis ;fazem parte daquele tipo de entidade que o moderno candomblé denomina de exus. Essas entidades eram chamadas de elementais pelos antigos ”rosacruzes“, porque habitavam determinados sub-planos do Astral correspondente a um dos elementos místicos Fogo, Água, Ar e Terra.

2.2 O BEM E MAL Antes de entrarmos mais a fundo num estudo dessas criaturas e seu relacionamento com a humanidade, é preciso tocarmos rapidamente no assunto de “MAL” e “BEM”. Todo mundo interessado em ocultismo

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e ciência já deve ter ouvido dizer que o “MAL” não existe; todos os escritores sérios sobre o assunto são unânimes neste ponto, e esta é a maior causa de divergência entre religionários e os ocultistas, porque os religionários acreditam no “DIABO”, ou “SATANÁS”, como criatura hostil à humanidade, e dedicada à sua destruição. Recentemente, o “Papa” Paulo VI chegou a ponto de afirmar publicamente a existência do “DIABO”, sem o qual, naturalmente, não pode haver “CRISTO”; pois, se não houve um pecado original provocado pela malícia do “DEMÔNIO”, que necessidade haveria do sacrifício de “JESUS”. O raciocínio do papa é sem dúvida razoável; mas os religionários não ponderam que, se “o Filho Único de Deus Pai” foi sacrificado há dois mil anos para “salvar” a humanidade do “demônio”, o sacrifício parece não ter tido o mínimo resultado: a maioria dos seres humanos continua tão burra, tão egoísta, e tão mesquinha quanto era; principalmente os religionários! Há quem diga, até, que o procedimento dos religionários tem sido bem pior que os romanos e gregos “pagãos”; e nós hesitaríamos em contestar essa opinião. Está muito bem negar a existência do “Mal”, e a maioria dos diletantes em ocultismo deve se sentir muito feliz em saber que não existe um poder maligno no Cosmo deliberadamente buscando oprimir a espécie humana; mas essa mesma maioria não reflete que, se o “” Mal “não existe, tampouco existe o ”Bem“, e não há um poder cósmico deliberadamente buscando salvar a espécie humana das conseqüências da estupidez. A situação foi muito bem expressa em um curto, mas profundo poema de um escritor norte-americano, Stephen Crane”: Um homem disse ao Universo: Cavalheiro, eu existo! - Sem dúvida - replicou o Universo. - Mas o fato “Não desperta em mim” Qualquer senso de responsabilidade para consigo.

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Esta é dura realidade iniciática: tanto o “Bem” quanto o “Mal” não existem no Universo a não ser em termos da conveniência pessoal de cada ser vivo. Para o tubarão, “Mal” é o arpão do pescador: para a aranha caranguejeira, “Mal” é o ferrão da vespa caçadora que faz dela, ainda viva, mas paralisada, alimento para as larvas da vespa. Para os homens estúpidos, “Mal” são os homens de gênio que tentam fazê-los pensar. Sem dúvida, na Judéia intolerante e irritada pelo domínio estrangeiro, o Jesus evangélico, se tivesse existido, poderia ter sido executado; aliás, na Judéia atual, ele provavelmente teria tido o mesmo fim. Mas na Rússia moderna ele seria colocado num manicômio ou, no pior dos casos, seria degredado para Sibéria. Nos Estados Unidos da América ele provavelmente emigraria para Califórnia, onde qualquer místico arranja meios de fundar um culto (com tanto mais facilidade quanto mais idiota for o místico); no Brasil, com tantos milagres, milagreiros e mensagens, ele era bem capaz de passar desapercebido.* * Talvez não: faz alguns anos, apareceu numa cidadezinha do norte um homem anunciando que era Jesus Cristo voltado a terra; quando a polícia interveio, a população estava preste a crucificá-lo pelos pecados do mundo, calorosamente encorajada por ele.

O “Diabo” representa aqueles aspectos do Universo que provocam apreensão, medo, repugnância, ou sejamos francos, ódio. Existe, por exemplo, um axioma em antropologia: o deus de uma tribo conquistada sempre se torna o diabo da tribo conquistadora. Isto faz parte do processo de absorção da cultura vencida pela vencedora: desde que a religião de um povo exprime suas ambições de auto expressão e autonomia, é necessário destruir-lhe a religião e substituí-la por aquela dos conquistadores. Ás vezes o tiro sai pela culatra, como aconteceu na Índia durante séculos seguidos, porque a religião dos www.vox2014.com.br


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conquistados é tão mais sofisticada que a dos conquistadores, que estes acabam adotando-a e sendo, aos poucos, assimilados na cultura que haviam pensado derrotar. Tal foi também o caso da conquista da china pelos nômades mongóis. Tomemos, por exemplo, Belzebu, um tradicional demônio na mitologia judaica. O nome vem da frase hebraica Ba’al Zebuh, que significa Deus das Moscas, e fazia parte originalmente de uma invocação de Al, “deus” em hebraico, contra as moscas, que numa região quente e seca como o Oriente Médio podiam se tornar bastante incômodas. Acontece que Ba’al era o nome de deus entre uma das muitas outras tribos semitas do Oriente Médio. Nessa nação, os mortos não eram enterrados; eram cortados em pedaços e a carne era espalhada nos campos de plantio, onde apodrecia e pululava de moscas. Os judeus, que ambicionavam - e eventualmente adquiriram, através do método usualmente recomendado pelos profetas de “Jeová”, o genocídio.

As terras dessa tribo adotaram o nome desse deus, como um lembrete do ato que repudiavam, entre a sua hierarquia demoníaca. Ba’al Zebuh eram as palavras iniciais de uma oração: Ó Deus das moscas! Entre os judeus, isto passou a significar “O deus das moscas”. Era uma forma de se referirem à divindade da tribo derrotada e exterminada. Um hábito muito comum entre tribos que praticavam o sacrifício humano(veja-se Carta a um Maçom). Os tibetanos, embora não praticassem sacrifícios humanos, também abandonavam os cadáveres aos processos ecológicos. Mas parece ironia, na realidade é um efeito de karma racial, que os judeus tenham sofrido nas mãos dos nazistas exatamente o mesmo tipo de infâmias que impunham aos “gentios” na época em que estavam conquistando a Palestina a ferro e fogo.

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Examinemos, no entanto, a psicologia por trás dessa medida: significa que o “deus”, ou força ou potência, que seja capaz de proteger um animal tão nojento e insignificante quanto é a mosca não pode ser um “deus”, ou força, ou potência “respeitável”; tem que ser um “demônio”!... Há nisto uma decisão, por parte de meros homens (e estes, fanáticos de mãos sujas de sangue), quanto às criaturas que são de deus e as criaturas que “não são”. Mas se as moscas não são de “Jeová”, então existe algo na criação que não pertence a “Jeová”; e se existe algo na criação que não pertence a deus, então existe mais de um Deus. E assim, antes que percebamos o fato, caímos na religião simplista dos antigos persas, com Ormuz, o “deus da luz”, personificando o criador de todas as coisas “agradáveis”, e Arimã, o “deus da escuridão”, personificando o criador de todas as coisas que ofendam os nossos preconceitos. Muito prático muito confortável: aquilo que nos agrada e afaga os nossos egos vem de “Deus”; aquilo que nos contraria, que nos incomoda, que nos irrita, que nos humilha que nos torna ridículos ou fracassados, vem do “Diabo”. Então vemos na idade Média (e essa idade sombria perdura até hoje em certas partes do mundo) nações que vão à guerra invocando o mesmo Deus de amor e misericórdia queimando vivos os seus semelhantes, ou trucidam mulheres, velhos e crianças; que em nome de um Deus que consideram onipotente, onisciente matam, condenam e perseguem aqueles pioneiros em seu próprio meio que descobrem algo novo, que tentam ampliar a concepção do Universo (e, portanto do Criador do Universo) além dos limites do medo e da intolerância dos teólogos e dos pastores. Galileu é torturado e condenado por dizer que a terra não é o centro do Universo; será que o sábio não

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percebeu que ao dizer isto estava dizendo que o homem não é a criatura favorita nem a mais nobre das criações de Deus? Satã é uma palavra que vem do hebraico Satan, que significa o opositor, aquele que discorda de nós; e esta palavra hebraica, Satanás no latim, não é mais que uma corrupção da palavra sânscrita Sanatanas, que significa eterno, e que até hoje, na tradição hindu, ainda é aplicada às três pessoas da Trimurti (Brama, Shiva e Vishnu) e às três divindades femininas que lhes correspondem. Os antigos judeus tinham, é claro, contato cultural e comercial com países do oriente; e procurando desesperadamente conservar a sua existência como tribo, a sua consciência cultural, através de suas peregrinações e vicissitudes, temiam acima de tudo as religiões das nações mais avançadas com que entravam em contato, pois sentiam instintivamente que eram mais nobres e mais amplas que a sua.* * Toda aspiração religiosa é inicialmente uma projeção das frustrações do religionário numa forma em que seus desejos frustrados se realizam, ou em que uma consoladora explicação de seus fracassos é provida.

Daí a associação da palavra Sanatanas com idéia de um adversário, ou inimigo. A rejeição pelos judeus do conceito hindu da divindade foi um ato político; e a imposição do seu conceito muito mais grosseiro da divindade, de um Deus Pai puramente masculino e solitário, sobre a cultura ocidental foi uma operação mágica através da qual o povo judeu até hoje domina moralmente a filosofia e a ética da Europa e das Américas. O cristianismo, afinal de contas, não é mais que um ramo, ou extensão, do judaísmo. Queremos dizer com isto que o Satã teológico não existe? Sim. Queremos dizer, é claro, entidades de outras linhas de evolução às quais podemos chamar de

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demônios mas é pueril e, em certos casos, até insultuoso, pensar que as criaturas que ocultistas chamam de demônios se manifestam conforme as teorias da teologia cristã, e principalmente as dos evangélicos fundamentalistas. Os “demônios” que obcecam os “possessos” do catolicismo romano ou do protestantismo, por exemplo, são elementais artificiais, ou cascões, e até mesmo projeções telepáticas (isto é, personificações) dos recalques dos “possessos” ou dos “exorcistas”; raramente são demônios no senso que ocultistas atribuem a esta palavra. E quando são, trata-se sempre de entidades menos evoluídas, em outras palavras, das crianças daquela determinada forma evolutiva que chamamos de demônios. Estão brincando. À nossa custa, é claro. Mas não temos nós também crianças que brincam à custa de outras formas de vida? Ou há quem pense, que pendurar uma lata velha no rabo de um gato ou de um cachorro; é menos incômodo, para o infeliz animal, do que ter um demônio a tiracolo nos atazanando é para um assim chamado ser humano?... Talvez seja conveniente darmos aqui uma definição das principais formas de vida que podem ser encontradas no “Plano Astral”. Embora muitas destas definições tenham sido dadas antes, talvez possamos contribuir algum esclarecimento aos leitores além do que eles já possuem de outras fontes. Temos, porém, que fazer duas ressalvas. Primeiro, nossa classificação absolutamente não é definitiva; a medida que o conhecimento se amplia, novos tipos de entidades são adicionados à lista; e à medida que nós mesmos, como seres humanos, evoluímos, nossa percepção dessas entidades, mesmo aquelas com as quais mantenham contato há milhares de anos, se amplia.

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* A palavra “demônio”, aliás, vem do grego daimonion, e significava simplesmente aquilo que os cristãos mais tarde chamaram de Anjo da Guarda. Era uma entidade que inspirava os seres humanos, e tanto podia ser “boa” quanto “má”. Segundo, a classificação será feita do ponto de vista iniciático, em ordem crescente de importância. Os iniciados definem a “importância” de uma forma de vida em termos da capacidade que essa forma de vida tem de compreender e controlar o seu meio ambiente. Esta, aliás, é a definição de Darwin, que (na sua linha) foi um dos maiores Adeptos de nossa raça.

2.3 ELEMENTAIS ARTIFICIAIS Elementais artificiais: Este tipo de entidade não foi, que nós saibamos, descrito anteriormente no Brasil. O elemental artificial é uma forma criada por um magista no plano astral. É criada pela vontade e imaginação do magista, e insuflada com uma parcela da energia vital de seu criador. Serve-dependendo da força, da intenção, e do grau de evolução espiritual (isto é, da maturidade moral) do magista - como arma de ataque, como espião, ou como vigilante ou protetor de alguma pessoa ou coisa em que o magista está pessoalmente interessado. Entidades formadas desta maneira não têm existência individual: elas são parte do magista que as criou, da mesma forma como nossos olhos, braços, ou pernas, são partes de nós. É justamente este laço mágico com seu criador que as torna pontos vulneráveis na armadura deste; mas não há como negar que elas podem ser bastantes úteis. Suponhamos que um magista tenha executado uma operação mágica e queira observar seus resultados, mas ao mesmo tempo tenha outros afazeres: ele cria um elemental artificial e o deixa vigiando os resultados da

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operação, com ordem de chamar a atenção do seu criador em caso de necessidade. Isto poupa muita energia que poderia, de outra forma, ser desperdiçada se o magista mesmo fosse forçado a manter sua atenção fixada em sua obra.

2.4 EGRÉGORAS Uma sub-variante do elemental artificial é o egrégora. Este é um elemental artificial que, projetado no astral, é adotado por outros magistas (ou outros seres humanos em geral) como foco da imaginação e da vontade, e cresce em poder de geração a geração. As imagens astrais dos “deuses” dos homens são sempre egrégoras que se manifestam naquela experiência mística que os hindus chamam de Dhyana. Egrégoras estão sempre relacionados com a religião em que crescemos, ou com a cultura por cujos valores fomos condicionados. Místicos que se deixam obcecar por estas imagens passam a dinamizá-las com sua energia. Muitos egrégoras, atingindo um certo nível de concentração de força, se tornam vampiros. Tais casos devem ser cuidadosamente diferenciados do verdadeiro vampirismo: o egrégora não “tenciona” vampirizar, porque o egrégora não tem vontade própria. Quando somos vampirizados por um egrégora, tornamonos vítimas de nossa própria imaturidade psíquica, de nosso próprio desejo por um “porto seguro” para a nossa existência. O caso é semelhante àquele do gato da fábula, que lambia uma lima apenas pelo prazer de sentir o gosto do próprio sangue. Nenhum gato seria tão estúpido na vida real! Mas muitos seres humanos o são. A masturbação (tanto masculina quanto feminina) não é provocada por egrégoras, que se alimentam normalmente da nossa www.vox2014.com.br


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energia devocional mas o ato masturbatorio toma o egrégora como centro de concentração da mente, esta energia também pode ser absorvida pelo autômato, que assim espande sua existência em outros planos, e se torna ainda mais perigoso. Sacrifícios rituais de animais ou seres humanos têm exatamente o mesmo efeito. Neste senso, enfaticamente, todo ser humano têm o mesmo efeito. * Veja-se Carta a um Maçom, onde a origem e desenvolvimento do egrégora de “Jesus Cristo” são claramente traçados.

2.5 OS CASCÕES Em via de regra, os cascões são restos em decomposição dos corpos astrais de seres humanos desencarnados. Mas os cascões também podem ser vestígios, no astral, de entidades de outras linhas de evolução que atingiram o mesmo grau de coesão psíquica que o ser humano. A principal diferença entre um cascão e um elemental artificial é que o cascão pode, portanto, existir simultaneamente em diversos sub-planos do astral. O cascão é uma espécie de cadáver: ele conserva a forma do seu ex-ocupante durante tanto tempo quanto a energia que o formou perdurar. Este espaço de tempo pode variar consideravelmente. Quanto mais apegada aos planos grosseiros tiver sido uma alma humana, tanto mais tempo o seu cascão persistirá em existência nos planos mais baixos após a morte. São cascões que se manifestam em sessões espíritas como alma dos mortos. O cascão de uma pessoa de baixa moralidade é freqüentemente mais perigoso que qualquer demônio. No caso de iniciados avançados, a força que vitaliza os veículos sutis é quase imediatamente absorvida e transmutada nos planos mais altos (relacionados com aquele sub-plano do Astral que os hindus chamam de

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Buddhi e os cabalistas hebreus chamavam de Neschamah). O iniciado avançado, portanto, não deixa vestígios no Astral inferior. As pessoas que alegam estarem em contato com as almas dos grandes gênios responsáveis pelo progresso da humanidade estão enganadas ou enganando. No melhor dos casos (se enganadas!) estão em contato com algum elemental artificial criado pelo Adepto, ou com algum egrégora criado por adoradores da imagem lendária do Adepto. No pior dos casos, estão em contato com algum elemental brincalhão, que se diverte à custa de credulidade e da preguiça moral do ser humano. A única forma de obter contato legítimo com a essência espiritual dos grandes iniciados é através de Samadhi. O perigo que um cascão representa depende, geralmente, da importância que atribuímos ao cascão, e da nossa afinidade com o tipo de apetites que o cascão expressava enquanto seu possuidor estava vivo. Pessoas de mentalidade baixa e de apetites grosseiros se tornam focos de atração para cascões, e se laços de empatia se formarem, tais cascões se tornam àquilo que ocultistas chamam de “larvas”, isto é, vampiros alimentando-se da energia vital dos seres humanos que os acolhem em suas auras. Não existe no Universo uma entidade estranha à humanidade que esteja dedicada especificamente ao progresso humano; mas a Hierarquia espiritual da nossa espécie é formada por membros de nossa própria espécie que progrediram ao ponto de perceberem que seu avanço individual posterior depende do avanço da espécie como um todo. O propósito dos Mestres ao nos “auxiliarem” (e Eles efetivamente nos auxiliam!) é puramente egoísta: eles querem aperfeiçoar sua percepção e sabem que dependem, para este fim, do aperfeiçoamento coletivo.

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Eles sabem que enquanto o ser humano médio não evoluir acima de uma certa gama vibratória, eles, os Mestres, não poderão passar ao Grau evolutivo seguinte. Em seu esforço por acelerar a sua própria evolução. Aliás, eles seriam mais imbecis que um teólogo se tivessem qualquer outro motivo: por acaso é a espécie humana mais importante para o movimento Universal do que, por exemplo, as saúvas? Quem quiser, pois, entrar em contato legítimo com os Mestres, deverá fazê-los naquelas mais elevadas esferas dos planos sutis, chamada de Budhi, Atma e Nirvana pelos hindus, e de Binah, Chokhmah e Kether pelos antigos cabalistas hebreus. Qualquer coisa abaixo desse plano será fatalmente falsa e prejudicial a não ser que a concepção que ela desperta na mente humana seja imediatamente cancelada pelo seu oposto.

2.6 ELEMENTAIS NATURAIS Elementais propriamente ditos. Estas entidades, que os “rosacruzes” medievais descreveram sob o nome de Salamandra (Fogo), Ondinas (Água), Silfos (Ar) e Gnomos (Terra), variam, como já dissemos, de aparência astral de país a país, e de núcleo cultural a núcleo cultural da raça humana. Torna-se aqui conveniente fazermos um parêntese para explicar, ou tentar explicar, a concepção que os místicos medievais tinham dos Quatro Elementos. Eles associavam certas formas de manifestação de substâncias materiais com certas gamas vibratórias, ou sub-planos, do Astral. Por exemplo, um rio pertencia ao Elemento Água; mas o mesmo ocorria com qualquer outra forma de líquido. Substância sólidas eram associadas com o Elemento Terra; gases de qualquer tipo, inclusive o vapor d’água e a fumaça, com o Elemento Ar; e qualquer forma

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de combustão, inclusive explosões, era atribuída ao Elemento Fogo. Não havia nisto qualquer intuito de uma classificação científica dos elementos, no senso que a moderna química dá à palavra elemento: esses místicos estavam interessados na aparência material das coisas apenas como uma assinatura de certas forças sutis que eles percebiam em si mesmos e no seu meio ambiente. O paralelo entre os Quatro Elementos dos místicos medievais e os Tatwas dos hindus é perfeito: Agni ou Tejas corresponde ao Fogo, Apas à Água, Vayu ao Ar, e Prithvi a Terra. A classificação dos hindus, entretanto, ia mais longe, e eles admitiam mais três elementos místicos, Akasha, Adhi e Anupadaka. Destes, os místicos medievais revelaram apenas o Akasha*, ao qual eles chamavam de Quintessência, ou Elemento do Espírito. •energia escura na física moderna

Na realidade, o Akasha não é o Elemento do espírito. Sua principal função é servir de coordenador e (num certo senso) de fonte dos Quatro Elementos inferiores. Sua principal qualidade consiste em harmonizar as quatro forças “cegas” (isto é, puramente reflexas, ou automáticas) em uma rede energética. Nisto, sua propriedade é muito semelhante à do elemento químico que reflete a ação do Akasha no plano físico, o carbono. Os verdadeiros Elementos Espirituais são Adhi e Anupadaka.* Eles correspondem aos “chakras” (ou plexos nervosos) Ajna e Sahashara, enquanto Akasha corresponde a Visudhi, o plexo cervical. * Isto é, no nível atual de nosso conhecimento. É bem provável que haja gamas vibratórias ainda mais sutis e profundas.

Os elementais, existindo e movendo-se em gamas vibratórias específicas, têm a capacidade de estimular o ser humano na direção em que eles vibram. Isto é devido ao fato de que sua presença ou proximidade

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acelera a circulação das nossas energias através dos plexos que lhes correspondem. O contato com os elementais, portanto é fascinante: Mas é impossível, entretanto, atribuir cada um dos cakkram a um Elemento em particular com exclusividade, pois todos os Elementos estão presentes simultaneamente nos cakkram físicos, associados e harmonizados (o grau de harmonização depende do grau iniciático do ser humano individual!) pela energia do Akasha. De uma forma muito geral, entretanto, podemos atribuir Manipura (o Plexo Solar) ao Fogo, Anahatta (o Plexo Cardíaco) ao Ar, Svadisthana (o Plexo Umbilical ) à Água e Muladhara ( o Plexo Sacro ) a Terra. O processo iniciático estimula a manifestação dos sub-elementos complementares em cada um desses vórtices de força: a Serpente Kundalini é o símbolo desta transmutação e interação dos elementos. O assunto foge aos limites deste tratado. As salamandras estimulam nossa coragem e nossa sexualidade positiva; as ondinas estimulam os nossos sentimentos e a nossa sexualidade negativa (ou receptividade sensual); os silfos aguçam o nosso intelecto, e os gnomos desenvolvem o nosso senso da proporção relativa das coisas. Há perigo no contato com elementais para seres humanos cuja vontade não está desenvolvida, pois a Vontade é justamente a faculdade humana correspondente ao Elemento do Espírito, ou Akasha: ela é a nossa capacidade de reunir as Forças “cegas” do nosso meio ambiente e organizá-las em formas que nos sejam úteis como seres humanos. Esse estímulo que o contato com os elementais provê é análogo ao estímulo provido por drogas psicotrópicas. As pessoas que não têm suficiente equilíbrio anímico para dominarem as reações puramente reflexas provocadas em seu sistema nervoso por tais substâncias correm grande risco de se tornarem

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viciadas em seu uso. O mesmo ocorre com o relacionamento com elementais. Como disse Elifas Levi, “o amor do mago por tais entidades é insensato, e pode destruí-lo”. Magistas que estabelecem “pactos” ( isto é, formam laços magnéticos de natureza pessoal e íntima ) com um elemental, só têm duas alternativas a partir desse momento: ou assimilar o elemental à sua estrutura anímica, ou perder a coesão das forças elementais em seu próprio ser, sendo pouco a pouco absorvidos na tônica vibratória do intruso. Em tais casos o elemental age de forma análoga à de um vampiro, mas não deve ser responsabilizado pelo processo, que é puramente automático. O elemental pode não ter qualquer intenção de destruir o ser humano, ao qual provavelmente até ama, na medida de sua capacidade de experimentar tal emoção; mas pela natureza mesma do seu ser, ele terá um efeito desequilibrante sobre a constituição de um ser humano que a ele se abandone. Existe uma enorme quantidade de elementais encarnados em forma humana; isto é devido ao fato de que raramente um casal mantém relações sexuais com o desejo consciente de engendrar um ser humano. As uniões puramente sensuais freqüentemente atraem apenas elementais à encarnação, pois seres humanos desenvolvidos necessitam de certas gamas vibratórias de ordem mais elevadas para adquirirem forma.* * Isto absolutamente não quer dizer, como pretendem certos teólogos imbecis, que o ato sexual só deva ser praticado para procriação da espécie, como é o caso entre os animais; a refinação do gozo físico só ocorre em sociedades onde o sexo é considerado como um apetite pleno de satisfação, ele é um ritual digno de ser praticado até como uma forma de oração e mantra.

Tais pseudo-humanos formam a legião dos “bípedes implumes” de Diógenes. Não deve ser pensado que basta ter forma humana para sermos humanos. Os iniciados definem como seres humanos apenas aquelas criaturas www.vox2014.com.br


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suficientemente desenvolvidas para funcionarem como microcosmos, isto é, como estrelas (ou Pentagramas) encarnadas. Nós temos desta definição, qualquer “ser humano” abaixo do Grau de Adeptus Minor da A.A. (ou o seu equivalente em outro sistema) é humano, quando muito, apenas em potencial. A principal diferença entre um elemental e um humano de baixo grau evolutivo é apenas que o humano contém em si um determinado elemento, qualquer elemental daquele elemento sempre terá mais capacidade para agir naquele elemento, e mais conhecimento daquele elemento, do que o ser humano. Poderíamos dizer, por analogia, que o ser humano está para o elemental assim como um mergulhador profissional está para um peixe. Isto não obsta a que o mergulhador, em que pese à sua incapacidade inerente de se mover no oceano com a mesma comodidade que o peixe, seja uma forma viva superior ao peixe, de acordo com a definição de Charles Darwin (e a nossa) da superioridade de uma forma viva sobre outra. Certos autores classificam os elementais como mais adiantados ou mais atrasados na escala evolutiva em termos do elemento ao qual eles pertencem: dizem que os gnomos são os mais atrasados, porque pertencem ao Elemento Terra, que é tão denso; as salamandras são os mais adiantados, porque pertencem ao Elemento Fogo, que é tão sutil. Isto é perfeita tolice: os elementais são mais ou menos adiantados em si, da mesma forma que seres humanos. Há gnomos sovinas, grosseiros, brutais, que são atraídos à vizinhança de seres humanos que exibem os vícios correspondentes em sua própria aura. Por outro lado, há gnomos pacientes, prudentes, profundos e sábios, que gravitam para a vizinhança de geólogos, paleontólogos, pensadores e pessoas que exibam as qualidades morais correspondentes à desses gnomos. Há salamandras irrequietas, sequiosas por uma sucessão de emoções e paixões intensas e efêmeras,

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que procuram afinidade com homens e mulheres superficiais, coléricos, impacientes, agitados; e há salamandras que anseiam por sentimentos e volições refinados, as quais naturalmente tendem a simpatizar com homens e mulheres de caráter nobre, sentimentos elevados, e aspirações puras. Neste assunto, mais que em qualquer outro, dizeme com que andas, e te direi quem és. Os elementais sentem instintivamente que são criaturas incompletas; e mesmo os mais grosseiros sempre aspiram a fazer parte de um microcosmo. Para eles, é natural gravitar para atmosfera energética de seres que tenham a capacidade de funcionar como microcosmos. As pessoas que irradiam energia nos planos sutis tenderão a atrair a atenção e a colaboração espontânea de elementais; e o tipo de elementais que atrairão, dependerá sempre do grau de desenvolvimento anímico da pessoa, e não do elemento a que o elemental pertença. Quanto mais adiantado o ser humano, maior será a delicadeza, a sensibilidade, a beleza plástica e anímica, e a profundidade do desejo por harmonia e saber dos elementais que buscarão entrar em contato com esse ser humano. Seria errôneo da parte de Aspirantes, dar preferências sempre a elementais mais adiantados sobre os mais atrasados, entre aqueles que se oferecem para servi-los: para trabalhos mais pesados, os elementais mais grosseiros estarão mais capacitados. Você não pede a um pianista de concerto que trabalhe na enxada, nem coloca um brutamonte pouco inteligente como embaixador. Existem certos rituais mágicos, chamados Rituais dos Elementos, que são utilizados por ocultistas para estabelecer contato com as forças elementais. Estes Rituais não são “melhores” ou “piores” que, por exemplo,

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os rituais do candomblé. O tipo de entidade que atende ao chamado dependerá sempre do grau de evolução da pessoa que esta chamando. A vantagem de um ritual mágico sobre outros é que os Nomes e Sinais usados selecionam automaticamente o grau de desenvolvimento das entidades invocadas: elementais maliciosos ou perversos não ousarão se apresentar. Por outro lado, gente pouco desenvolvida espiritualmente que utilizar esses rituais provavelmente não obterá resultado algum, pois as forças invocadas, reconhecendo a aura de um profano, desdenharão de se aproximar. Para nós impormos a seres desenvolvidos é necessário provar que somos pelo menos tão desenvolvidos quanto eles. Só os brutos se deixam impressionar moralmente pela força bruta. Certos autores fazem questão de desaconselhar um contato sexual íntimo com elementais encarnados em forma humana: eles afirmam que o elemental é incapaz de proceder com “moralidade”. Dizem que o elemental não tem “consciência”, é incapaz de amor e dedicação, e exibe malícia à mínima oportunidade. Tais afirmativas são muito relativas. O elemental é uma criatura altamente ética, se definirmos ética como consistência entre nossas palavras, nossos pensamentos, e nossos atos; mas a ética de um elemental não é a ética humana. Quando um elemental se encarna em forma humana, ele precisa tentar controlar quatro formas de energia simultaneamente. Ele fica na situação de um cavaleiro montado simultâneamente em quatro cavalos, cada um dos quais tenta galopar numa direção diversa. O ser humano não tem preferência por nenhuma das quatro, e, portanto instintivamente busca equilibrá-las em volta do Centro*.

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* Se as quatro forças “Cegas” se manifestam em igual intensidade e em direções diametralmente opostas, o centro está em “Queda Livre”. É o olho do ciclone ou a voz do silêncio.

Enquanto o elemental, devido à sua própria natureza, prefere uma direção particular. Conseqüentemente, nunca conseguirá equilibrar seus quatro cavalos em torno de um centro estável. Não é justo, portanto, condenar um elemental encarnado por conduta “indecorosa”, “inética”, ou “imoral”. Um elemental tentando funcionar em forma humana está numa posição de tão grande desvantagem que merece nossa paciência, e até nossa simpatia. Suponhamos, por exemplo, um caso muito comum: o casamento de um ser humano com um elemental encarnado em forma humana. Não é verdade dizer que o elemental não nos amará; mas é inútil esperar que ele nos seja “fiel” no senso romano alexandrino da falsa pudicía. O elemental é naturalmente atraído por todas as experiências intensas: a força mais importante para ele é sempre a que lhe está mais próxima. Um marido elemental virá dos braços da amante para os da esposa, e demonstrará tanto mais afeição por esta quanto mais tiver sido estimulado pelo seu contato com a amante. Ele ficará extremamente perplexo se a esposa o acusar de falsidade e desamor. Ele ama a esposa; prova é que está com ela! Ele esteve com outra? Mas o que importa é que ele está com a esposa agora. Cada momento foi feito para ser vivido com toda a intensidade possível. Essa vida material é tão curta! Este ponto de vista é bastante semelhante ao de uma criança, e é assim que devemos encarar o elemental encarnado: como uma criança. Aliás, não existe uma certa poesia, uma certa beleza, e até mesmo uma lição de sabedoria, nesta atitude de agarrar a vida com ambas as mãos enquanto ela dura?

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Seres humanos que assumem esta atitude têm a imensa vantagem sobre o elemental de poderem assumila nas quatro direções, em vez de só em uma; e podem adquirir muita experiência, e absorver muita vivência, no curto espaço de uma encarnação apenas.

2.7 ANJOS E DEMÔNIOS Pode parecer estranho aos profanos que classifiquemos juntos estes dois tipos de entidade, mas acontece que tanto anjos quanto demônios pertencem à mesma espécie astral, e as diferenças entre eles são ao mesmo tempo muito mais simples e complexas do que imagina a teologia cristã. É errôneo, e até perigoso, encarar os anjos automaticamente como “bons” e os demônios automaticamente como “maus”. A melhor descrição das características gerais de anjos e demônios e das diferenças entre eles está num poema em prosa de um grande místico poeta e pintor inglês do Século XIX, William Blake chamado “O Casamento do Céu e do Inferno”. Em geral, pode-se dizer que os anjos são convencionais formalistas. Para um anjo, a letra da lei - qualquer que seja a lei - é sagrada. Já os demônios são criativos, críticos e pragmáticos. Os demônios estão sempre dispostos a interpretar a lei - qualquer que seja a lei - de acordo com a conveniência de cada particular ocasião. Anjos não têm inteligência original: eles são dogmáticos, e escrupulosamente fiéis aos princípios adotados. Um anjo que aceitasse o dogma romano alexandrino (por exemplo) levaria a sua aceitação até à última conseqüência: aprovaria a Inquisição Romana, e encararia a tortura e imolação de seres humanos em praça pública como um ato necessário para satisfazer o enunciado do dogma.

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Demônios são rebeldes e individualistas. Um demônio poderia aceitar a Inquisição Romana, e até colaborar com ela; mas faria isto apenas para se divertir. Muitos dos demônios têm prazer em destruir a estrutura física da existência humana, que eles consideram um distúrbio da ecologia terrestre; ou simplesmente gostam de ver um ser humano sofrer. Os anjos não gostam de causar sofrimento; mas não se perturbam em causá-lo, se assim fazendo puderem comprovar seus dogmas ou crenças. À medida que tanto anjos quanto demônios se desenvolvem e sobem na escala evolutiva, eles tendem (como qualquer entidade dotada de semente da inteligência) a absorver os pontos de vista de outras entidades, e a compreendê-los melhor; eventualmente, até a harmonizá-los com os seus. Conseqüentemente, tanto os anjos quanto os demônios mais evoluídos estão dedicados ao progresso espiritual da espécie humana, e se formam em certas Falanges (ou “Bandas”, na nomenclatura do candomblé) nos planos sutis a fim de cooperar com a Hierarquia Humana na evolução de todas as espécies do sistema solar em termos das necessidades de nossa galáxia, a Via Láctea. Isto é claro, sem detrimento das necessidades do Cosmos como um todo. O Livro da Lei, Liber AL vel legis, publicado em O Equinócio dos Deuses, chamado pelos demônios de “a bíblia do Inferno” (porque é a primeira Lei humana que os demônios consideram que podem aceitar juntamente com os anjos), é o primeiro passo para uma formulação, no plano físico, das leis que regem o Sistema Solar dentro do Cosmos. Nada do mesmo tipo foi anteriormente dado à humanidade; todas as leis prévias foram apenas uma preparação para o Livro da Lei, o qual será, naturalmente, seguido eventualmente por outras formulações ainda mais amplas e mais cogentes.

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Num certo senso, e muito limitadamente (mas que talvez esclareça a alguns leitores a diferença principal entre anjos e demônios no presente momento evolutivo), os anjos podem ser relacionados com o processo anabólico de agregação de força, e os demônios com o processo catabólico de dispersão de força. Mas devemos nos lembrar de que tanto anabolismo quanto catabolismo são aspectos do metabolismo, e que todo organismo sadio necessita manter um equilíbrio entre ambos para se conservar saudável. À medida que eles aumentam em compreensão e perspectiva, tanto os anjos quanto os demônios percebem a necessidade dos pares de opostos, e a essencial harmonia atrás do Princípio de Polaridade. Vamos detalhar, a seguir, as Hierarquias chamadas “angélicas” pela cabala hebraica. Elas foram adotadas pelo cristianismo. Devemos lembrar aos leitores que, ao contrário do que pensam os cristãos, estas hierarquias incluem tanto entidades dedicadas à “construção” quanto à “destruição”; ou, na palavra vulgar dos teólogos, tanto “anjos” quanto “demônios”, e que a atividade dessas criaturas não deve ser automaticamente associada em nossas mentes quer ao conceito do “Bem”, quer o conceito do “Mal”.

2..8 AS FLAMAS As flamas, que correspondem à primeira esfera de consciência iniciática, ou Malkuth, são Elementais que atingiram suficiente percepção para compreenderem que sua aspiração a se tornarem Microcosmos pode ser melhor (isto é, mais facilmente) realizada através de uma aliança com a espécie humana. São chamados de Flamas porque freqüentemente assumem este aspecto na percepção de videntes.

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É a forma mais rarefeita de cada elemento.* * Cada elemento místico está subdividido em cinco sub elementos. Por exemplo, o elemento Terra está subdividido em cinco elementos. Por exemplo, o elemento Terra está subdividido em Terra de Terra, Ar de Terra, Água de Terra, Fogo de Terra e Espírito de Terra. O Elemento do Espírito é “negro”, isto é, absorve toda manifestação em si mesmo; a forma mais rarefeita em que a substância elemental pode se manifestar é como um Flama, a qual varia de cor de acordo com a energia elemental básica. A confusão entre o Elemento Fogo e o Elemento Espírito decorre disso, e a letra Shin, a tríplice língua de fogo, em hebraico, acumula as correspondências mágicas de Fogo e Espírito. A fonte espiritual de todo elemento mais baixo que o Akasha é de natureza afásica - e invisível. Veja-se AL i 60 e AL ii 49-51 em O EQUINÓCIO DOS DEUSES. A verdadeira Luz dos iniciados é a escuridão dos profanos.

2.9 ANJOS Anjos. (propriamente ditos). Estas entidades correspondem à Esfera de Jesod, ou o Fundamento. Em sua maioria, são estágios mais avançados de Elementais, porque se uniram à estrutura anímica de algum Ser Espiritual do nível dos Microcosmos; mas raramente se tornam microcosmos, eles mesmos, nesse estágio. A aparência que assumem varia muito, dependendo dos preconceitos dos seres humanos que entram em contato com eles.* * O desejo de se comunicar pressupõe a adoção de um veiculo, ou símbolo inteligível, que facilite a comunicação. Um anjo, portanto, se manifestará como uma criatura refulgente e de asas brancas, ou como uma criatura de asas de morcego, chifres, e rabo em ponta, a uma pessoa que tenha preconceitos próprios dos seres humanos de outras religiões.

Também, em certos casos eles se manifestam diretamente à consciência da pessoa com quem entra em contato, sem assumir qualquer forma (Rupa), porque

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essa pessoa não tem idéias preconcebidas quanto à forma em que eles “devam” se manifestar.

2.9.1 ARCANJOS Arcanjos, que correspondem à Esfera de Hod. Mesmo os Arcanjos raramente são Microcosmos em si mesmos; a maioria está aliada à estrutura anímica de algum hierofante do passado. Aqueles entre os Arcanjos que conquistam autonomia anímica freqüentemente têm um nome tradicional, e um conjunto de tradições e lendas relacionadas com sua manifestação. Tal foi o caso do Gabriel que se manifestou a Maomé, o qual não deve ser confundido com o Gabriel que normalmente aparece quando o magista realiza certos rituais*. A “diferença” entre os dois, entretanto, só se torna aparentemente a iniciados de um certo desenvolvimento. * Quanto maior a nossa compreensão espiritual, mais profunda a nossa percepção, e mais ampla a nossa perspectiva. As entidades mais evoluídas vêem “Deus” em todas as coisas, mesmo as que são coisas “feias” ou “maligna”.

Na Kabalah hebraica os Arcanjos são chamados de Filhos de Deus (Benin Elohim), ou “príncipes”. Isto porque Kether, a Coroa, é chamada de “Rei” e representa “Deus” - e os Filhos do Rei, naturalmente, são príncipes...

2.9.2 OS ELOHIM Os Elohim, ou Deuses. Estas entidades são chamadas de “Príncipes” pelos teólogos cristãos (o que pode causar confusão com a classe anterior, que tem o mesmo nome em hebraico ); também são chamadas de “Principalidades” ou “Princípios”. Estão relacionadas com a Esfera de Netzach. Mesmo os Elohim raramente atingem a dignidade de Microcosmos, mas em sua esmagadora maioria são

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absolutamente leais e serviçais à evolução da espécie humana.

2.9.3 OS MELACHIM Os Reis, ou “Melachim”, estão relacionados com a Esfera de Tiphereth. São conhecidos na teologia por dois nomes diversos: “Virtudes” e “Poderes”. As “Virtudes” são de natureza “Angélica”, isto é, conservadoras; os “Poderes” são de natureza “demoníaca”, isto é, criadores ou ativos. Em sua maioria os Melachim atingiram a dignidade de microcosmos. Eles se manifestam, em via de regra, diretamente na estrutura anímica de pessoas com quem entram em contato; e muito raramente entram em contato com qualquer ser humano que não tenha atingido o grau iniciático (ou plano de consciência) que em nomenclatura telêmica é chamado de adeptado. A palavra “rei, usada no Livro da Lei, refere-se ao tipo de entidade que atingiu o grau de evolução dessa Falange, e não aos ridículos” reis “criados por diversas religiões (principalmente a cristã!) a fim de manterem, por aliança ao poder político e econômico, controle sobre um determinado povo. *”. * Tiphereth, a Consciência Humana, é o Centro de Ruach, e as Entidades Angélicas que correspondem a essa esfera de consciência são chamadas de Reis porque Tiphereth recebe um raio direto da coroa, Kether, através da influência chamada a Grã-Sacerdotisa, a qual representa o Sagrado Anjo Guardião, ou Adonai (veja-se os diagramas em EQUINOCIO DOS DEUSES), mas do ponto de vista das Supremas, estes “Reis” não deveriam ser chamados de reis e sim de príncipes, está claro; e assim são denominados em certos sistemas de simbolismo. A confusão decorre de que poucos seres humanos até agora atingiram suficiente adiantamento para lidarem com essas entidades; mas a experiência prática evita enganos. O assunto, novamente, está além dos limites deste tratado.

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2.9..4 FALANGES A Falange relacionada com a Esfera de Geburah (que corresponde ao Grau de Adepto Maior no sistema telêmico) são os Domínios, chamados na cabala hebraica de Serpentes de Fogo. (A analogia com Kundalini não é coincidência.) Estas entidades também, em sua grande maioria, atingiram a dignidade de microcosmos, e são de natureza “demoníaca”, isto é, ativa ou inovadora.

2.9.5 OS TRONOS As falanges seguintes são os Tronos, que correspondem ao Grau de Adepto Isento e a Esfera de Chesed, cujo símbolo é um rei sentado em seu trono. Estas entidades são de natureza “Angélica”, isto é, conservadoras e receptivas. Mas Chesed é o “Deus-Pai” cristão: é a imagem simbólica desta Sephira que os místicos cristãos obtinham em seus Dhyanas. Já Geburah representa um rei combatendo: seu título em trechos do Velho Testamento é: “Senhor dos Exércitos”. (Os diversos “nomes” ou “títulos” de “Deus” utilizados no Velho testamento estão sempre relacionados com as Esferas de Consciência da cabala hebraica.) Chesed, também chamado de gedulah, é a “Misericórdia Divina”. Tradicionalmente, pedia-se clemência ou favores a um rei quando este estava sentado na sala do trono, concedendo audiências. Geburah é a “Severidade” ou “Cólera” de “Deus”; e não se considerava prudente pedir favores ou clemência a um rei no fragor de uma batalha!...A Visão do “Amén”, no Apocalipse, é uma tentativa de unir os dois Dhyanas, Geburah e Gedulah, em um só símbolo.

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2.9.6 EXPLENDORES A classe seguinte de entidades é na cabala hebraica chamada de Esplendores, e atribuída a Binah; mas os Esplendores são entidades da mesma espécie que os Tronos, porém agindo de forma “demoníaca”, isto é, dinâmica; ou da mesma espécie que os Domínios, porém agindo de forma “Angélica”, isto é, conservadora, nessas Sephiroth respectivas. A confusão é, novamente, devida a pouca experiência prática da maioria, tanto de cabalistas, quanto de teólogos. É pura tolice atribuir “esplendores” a Binah, que sempre se manifesta sob a forma de Shivadarshana, isto é, escuridão ou aniquilação, e é sentida por místicos menos desenvolvidos como uma influência “opressora” e “maligna”.

2.9.7 QUERUBINS Os Querubins, chamados de “Rodas Vivas” na cabala hebraica, são a verdadeira Falange de Binah. Eles são descritos como criaturas de quatro cabeças, porque representam um equilíbrio completo no Akasha das Quatro Direções da Cruz; e são chamados de Rodas porque o seu equilíbrio é dinâmico: eles exercem as Quatro Forças em todas as direções. A tradição de que um Querubim guarda a entrada do Paraíso refere-se a um segredo iniciático. As imagens hieráticas das divindades hindus e tibetanas têm freqüentemente uma multiplicidade de braços como raios de uma roda, e quatro cabeças, uma em cada direção do compasso. Novamente, não se trata de mera coincidência. Os Querubins são normalmente atribuídos a Chokhmah, e não a Binah; mas isto é confusão devida a que (naturalmente) a força deles emana daquela Sephira. www.vox2014.com.br


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2.9.8 OS SERAFINS Os Serafins, ou Santas Criaturas Vivas, normalmente atribuídas a Kether na cabala hebraica, são na realidade a Falange de Chokhmah. Kether, indiferenciado, além de todos os pares de opostos, não é ainda suficientemente conhecido pela espécie humana para especularmos sobre a sua manifestação. A Entidade que lhe corresponde é sempre o Senhor (ou Senhora) do Aeon, a Divindade que ocupa, por uma estação, ou fase, do Movimento Universal, o “trono de Ra”. Neste Aeon, é Heru-ra-ha. Veja-se liber Al, Capítulo I, v. 49; Capítulo III, v. 61, em O EQUINÖCIO DOS DEUSES. Quanto menos falarmos sobre Ele, melhor, pois assim diremos menos tolices! Um dos muitos aspectos de sua manifestação é abordado no Oitavo Poema de O GUARDIÃO DE REBANHOS, de Fernando Pessoa. Antes de finalizarmos esta parte, seria prudente fazer uma observação sobre o conceito de Microcosmo. Dissemos que certas entidades inumanas atingiram o mesmo grau de evolução da nossa espécie, e são microcosmos, da mesma forma que nós; mas muitos anjos e demônios atingiram a estruturalização do Akasha sem que possam ser considerados iguais dos seres humanos, pois (como já dissemos) a influência do Akasha é automática: ele coordena os Quatro Elementos porque este é o seu poder. Uma criatura dos mundos sutil pode, portanto, aparentar todos os sintomas de individualidade sem ser um indivíduo, no senso em que um ser humano é um indivíduo. Sem uma infusão dos dois elementos acima do Akasha, isto é, Adhi e Anupadaka, nenhuma entidade pode ser considerada como do nível de um ser humano. A percepção da genuína existência espiritual das entidades com quais entramos em contato faz parte das ordálias iniciáticas.

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A outra ressalva deve ser feita: a classificação que acabamos de fazer dessas entidades “angélicas” e “demoníacas” se refere apenas ao o mais baixo plano de manifestação, chamado de Assiah pelos cabalistas hebraicos. À medida que ampliamos a nossa percepção, compreendemos que certas entidades (que considerávamos adiantadíssimas) estão num estágio rudimentar de desenvolvimento; enquanto outras entidades (que considerávamos atrasadas) estavam expressando uma sabedoria e uma elevação além da nossa capacidade de percepção na época em que entramos em contato com elas pela primeira vez. Assim, por exemplo, a tradição de que cada país da terra está sob tutela de um “Ärcanjo” Não deve ser interpretada literalmente. Os místicos cristãos, naturalmente confusos por virtude da ineficiência do seu sistema de pesquisa, tendem a chamar de “arcanjos” quaisquer entidades que eles percebessem ter autoridade sobre “anjos”. No caso do Brasil, Ishmael ( SHMOAl em hebraico) tem a numeração 441, que soma 9, o número de Jesod, o Fundamento; mas é evidente que uma Entidade capacitada para representar espiritualmente as energias que criam e mantêm um país deverá estar num plano de consciência bastante acima de um “anjo”normal. pode ser que Ishmael seja um Arcanjo; mas se assim for, não se trata de um arcanjo de Assiah, no senso em que o Gabriel que se manifesta em certos rituais é um arcanjo. Mas estas subdivisões e minuncias são de valor puramente relativo. Como já dissemos, quanto mais adiantada é uma entidade—qualquer entidade—mais ela tende a ver “Deus” (ou se preferirdes, o Espírito) manifestando-se em todas as coisas e em todos os seres. Faz parte do Juramento do mestre do Templo interpretar todo fenômeno como “um tratado particular entre Deus e a sua alma”.Existe um velho ditado em inglês que

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podemos traduzir por: “A beleza está no olho de quem a vê”.Por isto tudo quanto existe é santo e divino para os verdadeiros santos.* * Sem confundirmos os planos, claro. O valor espiritual da dor de dentes ou a santidade intrínseca do arsênico não significa que não devamos consultar um dentista no caso de uma, ou evitar uma ingestão altamente concentrada no caso do outro!...

Agora já podemos raciocinar melhor sobre os fatos atuais. Desde da década de 50 do século passado o governo americano mantém um relacionamento intimo com os alienígenas provenientes da estrela Betelgeuse (Constelação de Orion). Desta parceria surgiram inovações tecnológicas que nossa sociedade escrava usufrui até hoje, principalmente o plugamento ocorrido em 2011 responsável pelo implante em massa de chip’s para comunicação com servidores sem necessidade de hardware. Este controle do estado de consciência relacionado ao plano físico proporcionado pelos implantes impossibilita que o ser humano (microcosmo) atinja os estados de consciência acima relacionados. Neste caso, nossa raça começa a se transformar em vegetais orgânicos ou EC (escravos cibernéticos). O controle das religiões dos séculos que antecederam ao século XXI serviram de preparação para esta simbiose.

BIBLIOGRAFIA Ataque e defesa astral - Marcelo Motta, Impresso pela Loja Nuit OTO.


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DOSSIÊ ORION



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3.1 O SEGREDO A RESPEITO DOS OVNIS No final da década de 80, o intransponível segredo a respeito dos OVNIS - adotado pelos governos mundiais - começou a ruir. Um número cada vez maior de cientistas, ex-agentes dos serviços de Inteligência (Espionagem) e militares norte-americanos que haviam trabalhado nos projetos secretos tecnológicos relacionados aos alienígenas, começaram a falar o que sabiam. Na verdade, essas revelações vieram fechar o “quebra-cabeças” do maior segredo da história da humanidade, pelo menos, para todo o pesquisador verdadeiramente capacitado para lidar com algo tão além de nossas estreitas concepções dos fatos, que faz com que a ficção científica pareça monótona e sem imaginação. Os Ovnis acompanhados por helicópteros da Força Aérea dos EUA, as mutilações de animais em regiões sobrevoadas por discos voadores, as abduções (seqüestros) de pessoas em todo o mundo que retornam apresentando as marcas de exames e cirurgias (implantes de microchips e coleta de amostras de sangue e esperma) realizados pelos ET’s, e as penalidades impostas a pilotos (civis ou militares) e astronautas que relatem seus “encontros” no espaço foram alguns dos integrantes aspectos da ufologia devidamente esclarecidos. Esses depoimentos vieram “iluminar” toda a questão do “porque” de tanto sigilo, de tanta sabotagem e perseguição - uma verdadeira “caça as bruxas” desferida sobre os contatados e políticos e pesquisadores que se “aproximassem demais da verdade...” Os pioneiros nesse processo de abertura foram o militar da Marinha dos EUA, Milton William Cooper, o físico nuclear Bob Lazar e o piloto de provas da Força Aérea dos EUA, John Lear (filho do dono da “Lear Jet”) Posteriormente, aos

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poucos, foram surgindo mais e mais depoimentos feitos pelo pessoal diretamente envolvido na questão como, Mike Hunt, Phil Schneider, Thomas C., Marion Leo Willians, Richard Boylan e outros todos colaborando e expandindo os anteriores. É provável que alguns deles estejam (consciente ou inconscientemente) cumprindo um programa de liberação de informações para o público estabelecido pelo próprio governo americano, incluindo a apresentação de fotos, filmes e documentação, geralmente trazendo consigo alguma coisa truncada ou incompleta, a fim de que “sempre fique algo no ar”. Eis um resumo dessas informações: Quem ao meu ver, apresentou o maior número de revelações bombásticas (posteriormente comprovadas, uma a uma), foi Milton W. Cooper. Ele nos diz que entre janeiro de 1947 e dezembro de 1952, pelo menos 156 naves alienígenas caíram ou foram derrubadas em nosso planeta. Em dois desses acidentes, no Novo México, um total de 17 corpos alienígenas e pelo menos 1 ET vivo foram recuperados. Igualmente importante foi a descoberta de um recipiente contendo órgãos humanos, reunidos dentro de ambas as naves. A partir daí, a paranóia tomou conta dos integrantes do governo, que tinham acesso à documentação, e o acobertamento do episódio tornouse um assunto classificado militarmente como “Above Top Secret” (acima de ultra-secreto) e considerado cinco pontos acima do sigilo da bomba atômica (Projeto Manhattan). Em 4 de novembro de 1952, o Presidente Truman criou a supersecreta “Agência de Segurança Nacional” (NSA) que tinha como objetivo reprimir a divulgação do segredo das visitas e da presença alienígena na Terra. Em 1953, o novo presidente dos EUA, o general Dwight Eisenhower e seu amigo e companheiro membro de “Relações Estrangeiras” Nelson

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Rockfeller planejaram a estrutura secreta da organização, cuja missão seria a de supervisionar os alienígenas. Assim surgiu o “Majestic 12” ou “MJ-12”. Mais tarde, em 1954, foi firmado um acordo entre os EUA e uma civilização alienígena originária de um planeta situado ao redor de uma estrela vermelha da constelação de “Orion”, chamada por nós “Betelgeuse”. O primeiro contato oficial deu-se na Base Aérea de Holloman, enquanto que o acordo assinado pessoalmente pelo presidente Eisenhower (considerado anticonstitucional e, portanto ilegal) foi efetuado na Base Aérea de Edwards. Os termos desse acordo eram claros e bilaterais. A face de Marte é uma imensa edificação encontrada nas proximidades da região marciana designada Cedônia. Os ET’s, por seu lado, teriam permissão para permanecer em nosso planeta (alegaram que seu planeta estava morrendo) e, em troca, nos forneceriam tecnologia avançada e nos ajudariam em nosso próprio desenvolvimento tecnológico. E só nos determos um pouco no “salto tecnológico” dado por nossa humanidade nos últimos 40 anos que a coerência da informação nos salta os olhos... Cooper informa que os Ets comprometeram-se a manter esse acordo exclusivamente com os EUA e, em troca, manteríamos em segredo sua presença e visitas. Em troca dessa exclusividade, foi-lhes permitido que continuassem a raptar seres humanos - como já vinham fazendo - mas em bases limitadas e com propósito de realizarem exames médicos e científicos para monitorar o nosso desenvolvimento psicofisiológico. Os alienígenas providenciariam para que as pessoas não se lembrassem dos seqüestros, enquanto o “MJ-12” receberia um cronograma com a relação dos humanos contatados e raptados por eles.

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Hoje, nós podemos entender a eficiente tarja “desequilibrado mental” imediatamente aplicada pelas autoridades (e reforçada pela ignorância da imprensa e do povo em geral) a todo aquele que relatava os sofrimentos sofridos nas mãos dos Ets. Cooper nos alerta para o fato de que, nesse meio tempo, outros alienígenas, de aparência semelhante à humana e pertencente a uma “Confederação dos Mundos da Galáxia” contatou o governo dos EUA espontaneamente, alertando-os contra esse acordo. Disseram que seriamos incapazes de lidar pacificamente com a tecnologia que passaríamos a ter, e que já estávamos a caminho de nossa própria destruição; que deveríamos parar de nos matarem, de poluir a Terra e os recursos naturais do planeta. Ofereceram ajuda espiritual (não tecnológica) com a condição de que desmontássemos nosso arsenal nuclear. Porém, o desarmamento não foi aceito e o tratado, portanto, rejeitado. O acordo tratou também das instalações e espaço físico que os Ets utilizaram em nosso planeta. Seriam construídas bases secretas subterrâneas nas reservas indígenas nos estados de Utah, Colorado. Novo México e Arizona; uma seria construída em Nevada numa área conhecida como “S4”, próxima de outra área, chamada de “Área-51”, ou “Dreamland”. Quem apresentou extensos relatórios falando de sua própria experiência como funcionário do governo norte-americano, trabalhando nessa base com a função de readaptar espaçonaves e alienígenas para nossos pilotos, foi o físico Bob Lazar. Ele nos diz, entre outras coisas, que houve, recentemente, um cancelamento do acordo dos EUA e Ets no campo de testes de Nevada. Tais seres pertenciam à espécie “Alfa-cinzenta” (outra civilização envolvida no acordo), cujo lugar de origem era “Zeta Reticuli 2”, que nos têm visitado há mais de

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10 mil anos. Um dos responsáveis pela nossa evolução dirigida pela “bioenergética”, uma de suas bases está em Dulce, Novo México. Quem nos dá detalhes minuciosos sobre o que está envolvido nesse nosso “salto tecnológico” é o Dr. Richard Boylan, médico, Phd, e diretamente ligado aos altos escalões do governo dos EUA. Ele nos diz que são os complexos militares industriais secretos onde os discos voadores feitos nos EUA são desenhados, manufaturados e testados em vôo. Ele revela que o “Comando de Defesa da Força Aérea”, em Tonopah, Nevada, mantém quartéisgenerais na área, apesar na “Base de Nellis” estar próxima. Essa área é parte de uma organização para o desenvolvimento e melhoramento de armas do “Departamento de Energia dos EUA”, integrando o “Laboratório Nacional de Sandia”, em Albuquerque, que é mais uma das empresas da AT&T criadas com o pressuposto da defesa. Sandia está totalmente envolvido com o sistema de defesa “Star War” (criado no governo Reagan) que, entre outras funções, rastreia asteróides em rota de colisão com a Terra para tentar explodi-los com mísseis nucleares, com sistemas de fusão nuclear, armas de pulsação eletromagnética, raios de partículas, campos magnéticos, investigação laser, etc. Convenientemente, o campo de testes de Sandia está localizado a apenas 100 kms da “Área-51” e é lá onde são testados os discos de “Groom Lake” (Área-51) e do Lago Papoose “(S-4). Em “Los Álamos” é investigada a relação existente entre os campos magnéticos e gravitacionais. Na porção do “Deserto de Mojave”, estão localizadas as dependências secretas subsidiadas pelo orçamento negro do governo)fundos não explicados nos projetos secretos). Milton Cooper, por sua vez, nos diz que a solução encontrada pelo governo secreto relativo ao arrecadamento de fundos para a construção das bases

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Ets/EUA foi o tráfico de drogas controlado pela CIA: “O motivo principal é velado na guerra do Vietnã foi o controle de drogas na região conhecida como “Triângulo Dourado”, na Tailândia e Birmânia. Os que acharem isto extravagante devem ver o documentário feito pela TV norte-americana e exibido no Brasil pela CNT, emissora de TV a cabo intitulado “Dealing With Demon” (A Aliança Maldita), baseado no best-seller de Alfred McCoy “The Politics of Heroin in Southeast Ásia”. Não ficam dúvidas quanto ao envolvimento da CIA com as drogas. O Dr. Richard Boylan também nos diz que essas dependências seriam das companhias “Lockeed” (Helendale), “McDonel-Douglas” (liano) e “Northrop” está localizado no “Téjon Ranch”, nas montanhas “Tehachapi”, perto da boca do vale “little Oak”. Esse é o lugar onde os chamados “discos voadores feitos na América”, estão sendo construídos. O complexo industrial dos EUA, segundo Boylan, está “encalhando uma frota de discos voadores cujas capacidades operacionais tornam obsoletas às do bombardeiro Strealth-F-117”. Recentemente, o documentário americano “Dreamland”, também exibido no Brasil pela CNT, nos mostra imagens da “Area-51” e dos discos voadores nela sendo testados em vôo. Temos também, além das declarações dos físicos Satanton Friedman, Bob Lazar e Bruce MacCabbee, do Coronel Wendelle Stevens e do político britânico Nick Pope - todos se referindo a essa monstruosa conspiração que já dura meio século - o depoimento de uma operadora de radar da base que, após ter presenciado um teste com discos voadores, recebeu injeções na nuca e sugestões hipnóticas para que não se lembrasse do fato. Na seqüência, temos o depoimento de um engenheiro que trabalhou por 16 anos num simulador de disco voador - para treinamento de nossos políticos - orientado telepáticamente por um ET chamado “Jarod”, Ao ser

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perguntado pelo entrevistados do programa sobre corpos de Ets, responde: “Corpos, não... Ets vivinhos entre nós; milhares de Ets cinzentos!”. Sabe-se, hoje, que alguns programas foram criados pelo governo secreto do mundo e um deles foi o “Projeto Redlight” que realizava experiências e provas com naves alienígenas em vôo. Um outro projeto, designado “Snowbird”, foi formado com a tarefa exclusiva de dar explicações e satisfação à população e à imprensa, de cada avistamento que fosse feito por populares das naves testadas pelo projeto “Redlight”. O “Snowbird” construía e usava naves feitas com tecnologia convencional, que voavam exclusivamente para dar shows à imprensa e “explicar” alguns verdadeiros avistamentos públicos de naves alienígenas. Com isso diminuíram sensivelmente as declarações de observações de UFOs. A troca de tecnologia atualmente ocorre no local conhecido como “S-4” que recebeu o nome código de “The Dark Side of The Moon”. O exército dos EUA formou uma organização supersecreta para treinar e fornecer o pessoal de segurança para todas as bases alienígenas. Esta organização foi chamada de “Organização Nacional” (NRO) e é baseada em Forte Carson, Colorado. As equipes encarregadas de segurança do projeto eram chamadas de “Delta”. Thomas C., o oficial de segurança da base de Dulce, novo México, nos afirmou que existem mais de 18 mil pequenos Ets cinzentos em Dulce, e também alguns grandes “reptóides”, ou “humanóides reptilianos”. São andróginos e reproduzemse por “partogênse”. A maioria trabalha nos níveis 6 e 7 e mora no nível 5. No nível 2 ficam os trens, os transportes, as máquinas de cavar túneis e os discos voadores. No nível 4 pesquisase a “aura humana”, a telepatia, a hipnose e os sonhos. Os pesquisadores já sabem como “separar o corpo bioplásmatico do homem, do corpo físico, para colocarem

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uma entidade alienígena no homem, depois de removida a matriz da força da alma”. O nível 6 abriga os laboratórios genéticos, onde se realizam experimentos com focas, peixes, pássaros e ratos, que têm suas formas originais alteradas. No nível 7, de maior segurança, ficam as celas onde milhares de cobaias humanas aguardam a vez, geralmente drogadas e confusas, e onde embriões humanóides são mantidos em geladeiras. Milton Cooper nos diz que em 1955 os alienígenas decepcionaram o general Eisenhower e quebraram o acordo firmado ano antes. Corpos humanos mutilados por tais seres foram encontrados juntos a animais, também mutilados, em todo o canto do EUA (hoje em dia, em todo o mundo, intensificado pelo “Fenômeno Chupa-Cabras”, limitados até então, aos animais).

3.2 THE JASONS SCHOLARES (MJ12) Os agentes do “MJ-12” descobriram que o acordo havia sido feito também com a ex-União Soviética, que os ET’s estavam manipulando populações inteiras através de sociedade secretas, feitiçaria, magia e movimentos religiosos e que estavam escondendo suas listas de vítimas seqüestradas ou do “Conselho de Relações Exteriores” (FRC) que pertenciam a uma sociedade secreta de acadêmicos que se auto-intitulavam de “Sociedade Jason” (conhecidos como “Os Acadêmicos Jason” ou “Jasons Scholars”). Eles recrutavam os membros de sua equipe das sociedades operantes dentro de universidades como Harvard e Yale. Este grupo, por sua vez, era formado na época, por Nelson Rockfeller, o diretor da CIA, Allen Welsh Dulles, o secretário de Estado Jonh Foster Dulles, o secretário de Defesa Charles F. Wilson, o Almirante Arthur Redford, o diretor do FBI, J. Edgar Hoover, além de mais 6 homens

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com número de 12, por isso o nome de “MJ12”, e era formada por oficiais e diretores do “FRC”, e mais tarde, por membros da “Comissão Trilateral”. Homens como Gordon Dean, George Bush(pai) e Zbingniew Brzezinski estavam entre eles. Esse comitê sobrevive até os dias de hoje: com Eisenhower e Kennedy foi chamado “Comitê 5412”, na administração Johnson, “Comitê 303”; nos governos Nixon, Ford e Carter, “Comitê 40”; e, com Reagan tornouse “Comitê PI-40”. Cooper também informa que o “MJ-12” descobriu (através dos relatos de seqüestrados) que os Ets estavam usando humanos e animais para obterem informações sobre secreções glandulares, enzimas, secreções hormonais, sangue, etc. e estavam realizando horríveis experimentos genéticos, esclarecendo, assim, as mutilações. Quando questionados a respeito, os Ets explicaram que sua estrutura genética havia se deteriorado, que tinham se tornado incapazes de se reproduzir e que se fossem incapazes de restabelecer sua estrutura genética, logo deixariam de existir. Quanto ao programa espacial oficial dos EUA (impulsionado pelo presidente Kennedy), Cooper esclarece que este programa possibilitou concentrar somas de dinheiro para os verdadeiros projetos espaciais secretos. Na verdade, uma junta formada pelos alienígenas hóspedes dos EUA, uma delegação soviética e outra dos EUA, construiu uma base na Lua antes mesmo que Kennedy desse sua famosa (e muito ingênua) ordem. Desde o início da exploração espacial norte-americana, todas as atividades dos astronautas eram acompanhadas por naves alienígenas. A base lunar secreta “Luna” foi avistada e filmada pelos astronautas da missão “Apollo”. Nas fotos aparecem cúpulas, cones, altas estruturas circulares que pareciam silos, imensas naves em forma de “I”, usadas na

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mineração lunar e que deixavam rastros na superfície da Lua, e pequenas naves extraterrestres. O programa espacial oficial é uma farsa, um inacreditável esbanjamento de dinheiro, e a maioria dos astronautas da NASA ficaram severamente abalados com o que viram no espaço. Isso reflete a importância da revelação de tamanhos segredos e o efeito da ordem de se manterem calados a todo custo (ou sofreriam graves penalidades; a morte não estava descartada). Além disso, muito antes dos êxitos espaciais dos EUA, em 22 de maio de 1962, uma sonda espacial pousou em Marte e confirmou a existência de um ambiente favorável à vida humana. Não muito tempo depois, foi iniciada a construção de uma colônia no planeta Marte. Hoje, existem cidades naquele planeta, habitada especialmente por pessoas selecionadas de diferentes culturas da Terra. Para se camuflar toda a atividade espacial secreta, foi criada uma idéia de intensa concorrência entre os russos e americanos por todos esses anos. Na verdade, ambos são grandes aliados. Nossos pilotos têm feito vôos interplanetários nas naves que são produto de nossa interação com os alienígenas. Estiveram na Lua, em Marte e também em outros planetas (Vênus). Aliás, sobre a Lua, os governos que já colocaram homens e máquinas em sua superfície, nuvens foram observadas e filmadas. Algumas dessas fotos foram publicadas no livro de Fred Stecling. “Nós descobrimos bases alienígenas na Lua”. O governo dos EUA, a fim de ocultar isso, disse que pretende construir uma base na Lua (que descobriram água dentro de uma cratera) e uma colônia em Marte...

3.3 O ASSASSINATO DE JOHN KENNEDY No entanto, o segredo não pôde ser mantido para sempre, já que o presidente Kennedy descobriu alguns

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fatos em relação às drogas e aos alienígenas. Deu, então um ultimato ao “MJ-12”, em 1963, ameaçando os seus integrantes; se eles não esclarecessem os fatos ao público, ele mesmo o faria. Assim, foi ordenado o seu assassinato e a ordem foi cumprida em Dallas, no Texas, como é sabido. O presidente John Kennedy foi morto pelo agente que dirigia o seu carro no desfile, e o ato - o momento do crime - está plenamente claro no filme (acompanhe as atitudes do motorista, não as de Kennedy, quando assistir novamente ao filme). Todas as testemunhas que estavam bem perto do carro e viram o agente William Greer atirar em Kennedy, foram assassinadas até dois anos após o acontecido. O agente usou uma pistola, eletricamente operada, alimentada a gás, especialmente desenvolvida pela CIA para matar pessoas a pequenas distâncias. Ela dispara uma espécie de pílula explosiva que injeta uma grande quantidade de poção de marisco no cérebro. Tanto é que nos documentos oficiais está declarado que o cérebro de Kennedy foi removido; o cérebro, na verdade, desapareceu e a razão disso era para esconder os fragmentos da poção em seu cérebro que poderiam provar definitivamente que Lee Oswald não era o assassino. Ele, de fato, jamais disparou um tiro sequer; foi só a cobaia... Isso fica claro no documento intitulado “JFK - The Tapes of Jim Garrison”, baseado no relatório do juiz Jim Garrison que processou o governo norte-americano por conspiração e assassinato do presidente Kennedy. Nesse filme, entre muitas outras evidências do complô governamental, vemos, o cidadão Lee Oswald, na porta do prédio da biblioteca de onde se diz que ele atirou, assistindo tranqüilamente ao desfile presidencial. Milton Cooper frisa que todos os filmes sobre o assassinato possuem um segmento cortado e que nós

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podemos comprovar isso prestando atenção numa pessoa que estava em segundo plano; ela estava correndo junto, acompanhando o carro, para cima... e, subitamente, ela aparece correndo na direção oposta, para baixo. Isso acontece porque na maioria dos clipes de TV e nos filmes uma parte foi cortada! Felizmente, ou não, eu, pessoalmente, pude constatar a veracidade da afirmação de Cooper ao assistir um filme sobre as profecias do vidente Michel de Nostradamus. Esse filme pode ser encontrado em algumas locadoras de vídeo e vai mostrar a todos, com certeza, o quão fácil é “enrolar opinião pública através dos meios de comunicação”. Mas, no meio de tanta sujeira e manipulação, talvez o fato que mais revolta provoque nos que tiveram acesso a essas informações diz respeito aos programas “Alternativa 1,2 e 3”. Em 1957, num congresso que reuniu os maiores cientistas mundiais da época, chegouse à conclusão de que a Terra se auto- destruiria por volta do ano 2100 - isso devido á poluição, superpopulação, guerras, epidemias, cataclismas naturais, etc. - fazendo com que o general Eisenhower ordenasse aos “Jason Scholars” que fizessem um estudo e recomendações a respeito. Eles não só confirmaram as previsões dos cientistas como criaram o conjunto de planos conhecidos como “Alternativas”. A “Alternativa 1” consistia no uso de um dispositivo nuclear capaz de fazer um furo na estratosfera, através do qual a poluição e o aquecimento escapariam para o espaço (gerou o buraco de ozônio e o conseqüente Efeito Estufa - Ver Armamento HAARP). A “Alternativa2”, consistia em construir uma vasta rede de cidades subterrâneas, ligadas por túneis, nas quais uma representação selecionada de cada cultura da Terra seria escolhida para preservar a raça humana em caso de uma III Guerra Mundial. O resto da

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humanidade seria deixada na superfície (essa idéia foi abordada de forma cômica no filme “Dr, Fantástico, de Stanley Kubrick)”. Já a “Alternativa 3”, selecionava um grupo de pessoas para deixar a Terra e estabelecer colônias no espaço exterior. Isto incluía despachos de escravos humanos para serem usados no trabalho manual da construção de bases e estações (Lua e Marte). De qualquer modo, como todas as três alternativas seriam ações demoradas, elas incluíam controle de natalidade, esterilização de mulheres e a introdução de bactérias mortais (guerra biológica) para controlar ou tornar mais lento o crescimento populacional da Terra. A “Aids” é apenas um dos resultados desses projetos. Há outros. Milton W. Cooper nos alerta que foi decidido pelos “arquitetos biológicos” governamentais, como ele os chama, que a população deveria ser reduzida e controlada - e isso visava livrar-nos dos elementos indesejáveis de nossa sociedade (segundo eles) tais como, prostitutas, drogados e homossexuais. O geólogo e engenheiro Phil Schneider, que trabalhou na construção de várias bases secretas dos EUA, pois era perito em explosivos, foi assassinado em 1996, depois de ter sido brutalmente torturado. Ele estava convencido de que o programa “Star War” (Guerra nas Estrelas) existe para prevenir um ataque alienígena (isto também foi colocado para o público, de uma forma um tanto jocosa, no filme “Indepedence Day”). Disse também, pouco antes de morrer, que a “AIDS” foi preparada pelo “National Ordinare Laboratory”, em Chicago em 1972, como arma biológica. Ele diz que a razão pela qual sabia disso era a que tinha visto a documentação do “Gabinete de Serviços Estratégicos” e que, para criarem o vírus, usaram excreções glandulares de animais, humanos e humanóides alienígenas. Ele afirma que quanto a esses

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alienígenas com os quais o governo mantém relações amigáveis, não existe defesa contra seus germes; são armas biológicas terríveis. Através de outras fontes somos informados de que o vírus da AIDS foi deflagrado numa campanha de vacinação contra hepatite em homossexuais efetuada pelo Hospital de Bethseda, nos EUA. Recentemente, mais uma vez constatei, pessoalmente, a veracidade dessas bombásticas informações ao assistir a uma reportagem da TV norteamericana intitulada “BadBlood”, onde ficava provado que os maiores laboratórios farmacêuticos do mundo “recolheram sangue contaminado de homossexuais para distribuí-lo como plasma para hemofílicos”. Já é hora de sairmos desse topor alienante imposto pelos governos através da manipulação de mídia, estamos sendo controlados e guiados com mentiras astuciosamente disseminadas pôr indivíduos que sabem como condicionar, cada vez mais, o “grande rebanho humano”, que é como eles consideram o ser humano. Nós somos conhecidos também como os not-plugged (Humanos sem chip), procurados em todo o planeta. Existem várias espécies de alienígenas, sendo os mais perigosos “Os Reptilianos” responsáveis pela separação do corpo bioplámastico dos seres humanos. E também pela produção da primeira leva de mutantes que vivem como eremitas se deslocando na nossa direção. A grande batalha é traçada nos sub-planos do astral referente aos elementais naturais e artificiais, os artificiais são a grande maioria, pois independem de material orgânico para criação já os elementais naturais só podem ser invocados por humanos e a comparação pode ser feita com as antigas religiões africanas e seus poderosos Orixás. O fato de estarmos na selva e conhecermos tais rituais facilitam a harmonia para o aprendizado destas

• CAPÍTULO III – O GOVERNO SECRETO DO MUNDO


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quatro forças cegas, grande trunfo ainda não aperfeiçoado por eles. 2/3 de nossa espécie pode ser extinta em 2028, graças ao meteoro 1997 FX que chegará em agosto deste mesmo ano, apesar de existir um aparato militar capaz de destruir qualquer corpo celeste que se aproxime da terra, principalmente os que vêm da direção do sol, ainda existem receios. A ISS (Estação internacional) serve como base de comando para tais operações. As colônias de marte e da lua já abrigam uma comunidade de humanos pré-selecionados em caso de catástrofe maior. E não fica por aí, além das experiências com o corpo bio-plásmatico que impossibilitará ao ser humano ter acesso às experiências místicas em um futuro próximo. Temos também a grande evolução tecnológica que esta unindo homem as máquinas pouco a pouco. Daqui para frente aconselhamos aos leitores que por algum motivo detenham uma identificação com algum dogma, que não continue esta leitura, algo como o Cult MATRIX “Pílula azul e pílula vermelha”. Cuidado! A liberdade pode ser mais dolorosa que à própria escravidão para mentes não evoluídas...

BIBLIOGRAFIA O governo secreto do mundo - Milton Botelho RJ, 1997

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CAPÍTULO IV A METAMORFOSE DIGITAL DA HUMANIDADE



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SINGULARIDADE



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4.0.1 ASC PURPLE EO BLUE GENE/L Vocês perceberam o avanço tecnológico obtido pelos americanos durante o período descrito no capitulo anterior, principalmente a questão sob o poder computacional que aterroriza nós humanos até a data de hoje, e o grande pulo computacional que se deu em 2004 quando a IBM anunciou planos para construir dois supercomputadores tão rápidos e poderosos que detinham algumas funções parecidas com as do cérebro humano. Até essa época os computadores mais rápidos do mundo não eram nada quando comparados ao poder de processamento do cérebro humano, mas não foi por muito tempo.Um dos primeiros a notar isso foi o engenheiro Gordon Moore, um dos fundadores da INTEL, que formulou aquela que ficou conhecida como a lei de Moore. Segundo a tal lei, o número de transistores em um mesmo espaço(e por conseqüência a capacidade de processamento dos chips) dobra a cada 18 meses. Ou seja, é progressão geométrica. Um computador de US$1000 dólares tem hoje a mesma inteligência de um inseto. No futuro por volta de 2010 se igualará a de um rato, em 2028 a de um Homem e finalmente em 2060 a de toda humanidade. O Departamento de Energia dos EUA anunciou numa terça-feira 19/11/2002 que a IBM vencia uma concorrência de US$ 290 milhões para construir os dois primeiros computadores capazes de igualar a capacidade teórica de processamento do cérebro. O poder combinado de processamento das duas máquinas era de meio guatrilhão (500 trilhões) de operações matemáticas por segundo, mais de uma vez e meia o poder de processamento combinado de todas as 500 máquinas

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presentes na lista dos maiores supercomputadores do mundo nesta época. O ASCI Purple, que ficou pronto em 2003, foi o primeiro computador de mais de 30 teraflops do mundo, capaz de processar dados três vezes mais rápido que os supercomputadores da época. O provável poder de processamento do cérebro humano é de cerca de 100 teraflops, aproximadamente cem trilhões de cálculos por segundo, de acordo com Hans Morvec, do Instituto de Robótica da universidade Carnegie Mellon. A estimativa se baseia no número de neurônios do cérebro, que é de 100 bilhões, cada um com mil conexões com outros neurônios, sendo que cada uma delas é capaz de realizar 200 operações por segundo. O segundo novo supercomputador do departamento, chamado Blue Gene/L, era ainda mais rápido que o ASCI Purple. Quando concluído, o que aconteceu em 2004, era capaz de funcionar a 70 teraflops. Mas o cérebro humano ainda é melhor que os supercomputadores em muitos aspectos. O Blue Gene/ L terá 140 terabytes (trilhões de bytes) de memória, enquanto Morvec estima que nosso cérebro tenha uma capacidade de 100 terabytes. Cérebros são portáteis. O ASCI Purple, por sua vez, ocupava 197 caixas do tamanho de refrigeradores, com um tamanho total equivalente a duas quadras de basquete, e pesará 197 toneladas. Em média, o cérebro humano ocupa 917 centímetros cúbicos e pesa um quilo e meio. O ASCI Purple consumia até 4,7 milhões de megawatts por dia, o bastante para iluminar 4 mil casas. Um cérebro humano consome cerca de 10 megawatts por dia. Além disso, o cérebro humano se distingue pela

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capacidade de pensar e criar em vez de apenas processar informações com rapidez, dizia Wise Young, diretor do laboratório Keck de neurociência da Universidade Rutgers, em Nova Jersey. Mas o ASCI Purple e o Blue Gene/L fariam coisas que nenhum cérebro pode fazer, como prever mudanças climáticas globais e estudar o comportamento dos superexplosivos. Os supercomputadores foram usados por três laboratórios - Los Alamos, Sandia e Lawrence Livermore (Coincidência com os relatos anteriores) - e pelos participantes da Aliança Universitária da Iniciativa de Computação e Simulação Avançadas. O propósito inicial do ASCI Purple era simular o envelhecimento e o funcionamento das armas nucleares norte-americanas, garantindo a segurança e a confiabilidade do arsenal nuclear dos EUA sem a necessidade de testes subterrâneos. A máquina foi movida por 12 544 microprocessadores contidos em 196 computadores interligados por uma autopista de dados de alta velocidade capaz de trocar informações a 100 gigabytes (o equivalente a 14 filmes completos em DVD) por segundo. Seu sistema operacional será o AIXL, da IBM. Já o Blue Gene é uma experiência na construção de computadores de grande potência e ocupam menos espaço e consomem menos energia. O Livermore instalou em 2005 um sistema quatro vezes maior do que o anterior desenvolvido em 2004, passando a ter a capacidade de processamento superior ao cerebro humano. A partir deste momento nosso Blue Gene começou a ser chamado pelo nome de GOD(o criador das maquinas inteligentes).

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4.0.2 PROJETO ELISA Em 2001 a IBM lançou um projeto denominado eLiza conduzido por Greg Burke, que trabalhou sob a direção de Irving Wladawsky-Berger vice-presidente de tecnologia e estratégia da empresa na época. O nome Eliza – abreviatura de Electronic Lizard( Lagarto Eletrônico ) veio de uma referência feita por WladawskyBerger em seus discursos a um livro de Ray Kurtzweil, The Age of Spiritual Machine ( A era da Maquinas Espirituais ), que estima que o antigo supercomputador da IBM, o Deep Blue, tinha aproximadamente a inteligência de um lagarto médio. Kurtzweil determinou isso comparando a quantidade de dados que o cérebro de um lagarto poderia processar com a quantidade média processada pelo Deep Blue em um segundo. “E o que tudo isso nos diz é que talvez o mundo lá fora seja realmente uma grande selva, e para que um pobre lagarto possa sobreviver por alguns milhões de anos e estar apto a caçar moscas, evitar predadores, encontrar um par e o que quer que os lagartos façam, isso vai precisar de um verdadeiro poder de supercomputação”, disse Wladawsky-Berger. Realmente foi exatamente isto que aconteceu, Deep Blue/Asc Purple/Blue Gene é conhecido atualmente como GOD o maior inimigo de todos os humanos e outros seres do planeta. Para explicar melhor, vamos colocar alguns fatos. eLiza nada mais é que um sistema que auto-gere todos os processos de uma rede de computadores, com ele a presença humana para administrar, defender os sistemas e otimizar todo trafego de dados, fica praticamente nula. Da para imaginar que um sistema onde não necessita de presença humana tende a obter de independência.

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Mas como um sistema autômato pode ter conseguido tal feito? Resposta – Nanotecnologia e IA( Inteligência Artificial ) A busca por computação em escala nanométrica andava paralelamente as outras pesquisas e empreitadas dos laboratórios da IBM, os físicos do Instituto Thomas J. Watson da IBM anunciaram em 2001 a nanofabricação da primeira série de transistores feitos com tubos nanométricos de carbono. O anúncio lembrou muito as inovações dos anos 40 do século XX, quando os cientistas começaram a desenvolver o transistor bipolar, o dispositivo que deu a largada para a era dos microchips. Como os seus antecessores dos pós guerra, os cientistas da IBM – Phillip G. Collins, Michel S. Arnold e Phaedon Avouris – comprovaram um importante princípio. “É um grande passo adiante “, disse Richard Amalley, da Rice University e vencedor na época do Nobel, em parte por seu trabalho pioneiro com nanotubos. Na época a inovação tinha um problema fundamental na eletrônica de escala molecular: o material mais sensível para computação existia tipicamente em um fluido. Apesar do silício, sem duvida, ter sido a base da computação tradicional, a tecnologia deste material estava aproximando-se de um beco sem saída. O tipo de transistor que poderia ser feito com nanotubos consiste hoje em apenas algumas centenas de átomos, enquanto os materiais semicondutores da época nem mesmo se aproximam desse nível de miniaturização. Hoje os fios de nanotubos são essenciais nos circuitos nanométricos. “Na verdade eles iniciaram o que hoje é a coisa mais natural, conduzir eletricidade em circuitos práticos em escala nanométrica com ar e água ao seu redor no mundo real”. Como são mil vezes mais fortes que o aço, servem tanto como transistores

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quanto fios, os nanotubos foram o último passo definitivo em tecnologia de computação convencional, apesar de estarmos adiantados nas pesquisas sobre computação quântica. Afinal o que são nanotubos ? São moléculas ocas, longas e cilíndricas compostas de carbono, que normalmente têm a espessura de apenas 10 vezes o tamanho de um átomo. Eles foram descobertos no século passado em meados de 1991, e em 1998 várias equipes de pesquisa começaram a investigar a possibilidade que eles continham para servirem como transistores, os elementos básicos de qualquer computador convencional. Anteriormente, todas as tentativas de se criar um circuito com nanotubos envolveu o trabalhoso processo de escolher os transistores desejados uma a um com um microscópio de força atômica. O que a equipe de Collins fez, no entanto, foi juntar os dois tipos de nanotubos em um circuito e explorar o fato de que os nanotubos metálicos se despedaçam quando através deles passa uma corrente elétrica suficientemente forte. Entenderam de onde vem tanto poder de processamento!. Agora imaginem esses super chips implantados dentro de um corpo humano, poderíamos elevar o poder de armazenamento de memória e aceleramos a velocidade do pensamento a ponto de conseguirmos poderes antes tidos como paranormais.

4.0.3 HUMANOS FEITOS DE SILÍCIO Em 1998 John Ray de 53 anos conseguia no máximo balançar levemente sua cabeça e os olhos. Um derrame sofrido dois anos antes havia tirado quase todos os seus movimentos e, apesar de continuar perfeitamente lúcido, não conseguia falar ou escrever nenhuma palavra.

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De repente diante de um computador, algumas letras começaram a aparecer na tela colocada sobre seu leito. Um “P”, depois um “H”, lentamente, apareceu um “Phil” no monitor. Era uma homenagem ao neurologista Philip Kennedy, da Emory University, em Atlanta, Estados Unidos, o homem que desenvolvera o sistema que permitia a Ray movimentar um cursor de computador apenas com a força do pensamento. A pesquisa de Philip consistia em implantar eletrodos do tamanho de uma ponta de caneta no córtex cerebral de Ray, mais especificamente na parte responsável pelo controle dos movimentos do corpo. Quando Ray pensava em mover a mão, a atividade elétrica ao redor do eletrodo aumentava e era captada pelo aparelho, que enviava a informação para um computador. Depois de processados, esses sinais se traduzem no movimento do cursor, que podia ser controlado pelo paciente para acionar ícones ou formar frases lidas em voz sintéticas. “Pessoas que estavam imóveis podem agora falar e até navegar na internet”, dizia o neurologista ( hoje isso é brincadeira ). Assim como Philip, diversos pesquisadores ao redor do mundo buscavam aliar máquinas a sistemas orgânicos. Médicos, biólogos e engenheiros se juntaram na tarefa de entender e reproduzir em mecanismos artificiais as propriedades dos seres vivos. Um híbrido de homem e máquina poderia ser assustador para muitas pessoas, para esses cientistas era apenas um desafio. Na época fizeram a seguinte pergunta: Os computadores um dia serão mais inteligentes que os seres humanos ? “Depende do que você acha que é um computador e o que você acha que é um ser humano”, afirmou Ray Kurzweil, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e um dos principais inventores

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americanos segundo a revista Time em sua época. “Na segunda metade do século XXI, não existirá uma distinção muito clara entre ambos “. Em agosto de 2000, quando o neurobiólogo brasileiro Miguel Nicolelis, que trabalhava na Duke University, na Carolina do Norte, Estados Unidos, conseguiu ligar o cérebro de um macaco a um braço artificial. Ele introduziu diversos eletrodos na cabeça do animal e coletou durante dois anos, os sinais cerebrais emitidos durante o movimento dos braços. Essas informações foram enviadas a um computador e deram origem a fórmulas matemáticas que “traduziram” os movimentos em linguagem binária. Dessa forma, foi possível entender os deslocamentos do braço do animal e enviar as informações para um robô, que repete esses movimentos em tempo real. Os mesmos sinais foram enviados, via internet, para um laboratório localizado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, a quase 1000 quilômetros de distância, onde controlaram outro braço mecânico. “A pesquisa mostrou que conseguiram extrair informações do cérebro e as transformaram em movimentos simples, mesmo ainda sem saberem como o sistema nervoso opera para chegar a esses resultados”, dizia Miguel. O passo seguinte dado por esses cientistas foram as próteses capazes de enviar informações diretamente para o cérebro, para que tetraplégicos recuperassem o sentido do tato. Sabemos hoje que vários andróides são controlados por pensamento, direto dos departamentos de inteligência de vários países. Nesta mesma época cientistas iniciaram as pesquisas que transformariam neurônios em chips de computador. Peter Fromherz, do Instituto de Bioquímica Max Plank, em Munique, Alemanha, fez células cerebrais crescerem de maneira organizada em circuitos de silício, o material do qual são feitos processadores.

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Ao mesmo tempo, desenvolveu um método para que neurônios consigam trocar eletricidade com circuitos metálicos sem que as células sejam destruídas no processo. Esperavam criar uma rede de milhões de neurônios igual a do cérebro, mas que conseguisse funcionar em harmonia com alguns elementos inorgânicos, como transistor de computador. “A experiência abriu caminho para construção de computadores feitos de neurônios e para implantação de chips em nosso cérebro."Uma empresa americana chamada Applied Digital Solutions lançou comercialmente em meados de 2001 um processador que, colocado sob a pele enviariam informações como temperatura, pulsação e pressão sanguínea para uma estação de controle. Um sistema de posicionamento por satélite nele embutido permitia rastrear a localização da pessoa no caso de uma urgência médica. Mas o pior esta por vir, com o final da guerra fria e a queda do muro de Berlim, os americanos e russos iniciaram a construção de uma arma ainda mais perigosa que a Bomba atômica. Com ela será possível causar catátrofes econômicas como apocalipticas. Essa arma poderá exterminar boa parte da humanidade ou melhor ainda, matar de fome boa parte da população, deixando para as maquinas uma tarefa mais facil no futuro, ou seja controlar os que sobrarem. Um dos testes mais eficazes dessa arma, foram feito no litoral de Santa Catarina - Brasil e no interior da Alemanha, ambas presenciaram o surgimento de furacões(antes jamais vistos). Das alternativas 1,2,3 para a realidade.

BIBLIOGRAFIA REVISTA WIRED REVISTA SUPER INTERESSANTE www.vox2014.com.br



CAPÍTULO V O ARMAMENTO HAARP A TORMENTA ESTA CHEGANDO



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UMA VISテグ TENEBROSA DO CONTROLE DO CLIMA



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A TORMENTA ESTA CHEGANDO As temperaturas do planeta aumentaram 0.6 graus centígrados durante os últimos 140 anos. Esta quantidade pode ser aparentemente insignificante, mas se as temperaturas continuarem aumentando neste ritmo, as conseqüências em 2050 seriam catastróficas. De fato, alguns cientistas estão prevendo um aumento de 6 graus centígrados durante este século. Suas conclusões são fáceis de serem entendidas: um efeito dominó das mudanças climáticas poderia significar uma devastação generalizada nos nossos tempos. Inundações, o avanço do deserto através da Europa, terremotos, ondas gigantescas são alguns dos desastres que poderiam acontecer. AQUECIMENTO GLOBAL Nosso planeta tem esquentado gradualmente desde a última Idade do Gelo que terminou há 10.000 anos atrás. Até o momento, as temperaturas têm aumentado um quarto de grau por cada 1.000 anos. Durante os últimos 100 anos, as temperaturas aumentaram o dobro em relação a esta quantidade. Para piorar esta situação alarmante, os dias mais quentes foram registrados durante esta última década. Os experts prevêem agora que as temperaturas estão destinadas a aumentarem até 6 graus durante o próximo século, o que poderia trazer conseqüências devastadoras.O que está acontecendo e o que estamos fazendo para prevenir o desastre? EFEITO ESTUFA Os termos “aquecimento global” e “efeito estufa” transformaram-se em temas importantes durante os

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anos 80. Cientistas ambientalistas que trabalhavam no Hawai descobriram que o dióxido de carbono tinha aumentado 8% entre 1959 e 1983. Eles atribuíram este aumento ao uso cada vez maior dos combustíveis fósseis. Os cientistas determinaram que os gases nocivos dos carros, da indústria e da agricultura eram a causa da desgraça do nosso planeta. Entretanto, o aquecimento global e o efeito estufa são essenciais para a vida na terra. Quando o sol esquenta a terra, alguns gases da atmosfera atuam como o vidro de uma estufa, absorvendo o calor e conservando o planeta cálido o suficiente para manter a vida. Sem eles, nós estaríamos vivendo em temperaturas frias de 18 graus centígrados. O problema aparece quando acontecem mudanças sutis que afetam o equilíbrio. Os cientistas determinaram que as concentrações cada vez maiores de vapor de água, CFC, metano e dióxido de carbono estavam afetando o nosso meio ambiente. Grande quantidade dos “gases estufa” isolam efetivamente a terra e evitam que o calor escape, fazendo com que as temperaturas do planeta aumentem a níveis alarmantes. CAMADA DE OZONIO Alguns gases estufa, como o dióxido de carbono, aparecem naturalmente na atmosfera. Mas os CFC (abreviatura de clorofluorocarbono) são o resultado direto do processo industrial e da engenharia mecânica. Os CFC podem ser encontrados nos aerozóis, líquidos refrigerantes e ar condicionado; muito mais nocivos do que qualquer gás estufa. Acredita-se que os CFC são responsáveis pela destruição de uma parte da atmosfera conhecida como camada de ozônio. Situada a uma altitude aproximada de 10 Km. O ozônio é uma capa protetora que reduz a quantidade de raios ultravioletas que o sol envia para a

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terra. Além de ser prejudicial para a nossa pele, os raios ultravioletas (raios UVA) também contribuem para o aquecimento global. A pesar da ameaça dos CFC, o dióxido de carbono é ainda mais nocivo para o nosso meio ambiente, pois é produzido em maior quantidade. De fato, os níveis de carbono na atmosfera terrestre têm aumentado em mais de 30% desde que o homem começou a depender dos combustíveis fósseis a partir da revolução industrial, há 160 anos atrás. Os automóveis são agora responsáveis por cerca de 15% ou 400 milhões de toneladas da nossa produção total de carbono. Os cientistas sabem que se a quantidade de carros aumentar na mesma proporção atual, existirá mais de um bilhão em circulação no ano de 2025. PRESSÃO ATMOSFÉRICA Todos sabemos que os animais inalam oxigênio e exalam dióxido de carbono (CO2). As plantas e os microorganismos, como o plâncton do oceano, fazem exatamente ao contrário; transformam o CO2 em oxigênio através da fotossíntese. Estima-se que a fotossíntese transforma ao redor de 60 bilhões de toneladas de dióxido de carbono todos os anos. De fato, esta é a maneira mais efetiva de reduzir os níveis de carbono, equilibrando a quantidade de CO2 que exalam os animais. Esta é a razão pela qual a destruição das selvas auxilia na alteração do ecossistema terrestre. Mais de 50% das selvas que existiam no final da última Idade do Gelo desapareceram. As selvas da América do Sul, Ásia e África foram eliminadas dez vezes mais rápidas do que o processo de reflorestamento das

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nações do primeiro mundo. Não é preciso ser um gênio para perceber que a situação atual é insustentável. RISCOS GEOLÓGICOS Bill McGuire é professor de Riscos Geológicos, uma ciência dedicada a prever as mudanças ambientais ao redor do mundo, e lidera o maior centro de investigação da matéria na Europa. McGuire e outros cientistas como ele acreditam que o aquecimento global trará conseqüências que só podemos imaginar agora. Em 2000, uma de cada 30 pessoas ao redor do mundo foi afetada por catástrofes naturais. Mc Guire e seus investigadores consideram que muitas aconteceram devido ao clima e que a situação vai piorar no futuro. Segundo McGuire, dentro de 50 anos todos serão atingidos por tormentas de vento, inundações e secas. “Ninguém está a salvo em nenhum lugar”, disse McGuire com pessimismo. ”Não haverá nenhum lugar onde poderemos correr para evitar o impacto do aquecimento global”, alerta. OS RISCOS PARA CIDADES COSTEIRAS O aumento das temperaturas e as mudanças das correntes oceânicas farão com que os gelos polares se derretam. Um dos maiores exemplos é a capa de gelo Larsen B da Antártica. Um pedaço de gelo de 3.250 quilômetros quebrou em março de 2002. Imagine milhões de quilômetros quadrados de gelo de centenas de quilômetros de largura misturando com os oceanos do mundo inteiro. Estima-se que os níveis dos mares do mundo aumentariam como água numa bacia. Modelos computadorizados prevêem que isto terá um efeito dramático, especialmente nos pontos de pouca

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altitude e em áreas costeiras densamente povoadas, como estuários e deltas. Um crescimento de apenas um metro poderia transbordar o Delta do Nilo no Egito e deixar 20% de Bangladesh debaixo dágua. Em 2050, os países baixos poderiam alagar-se e uma parte de Londres e o sudeste da Inglaterra ficarem submergidos. As flutuações na corrente do Golfo e a largura do Oceano Atlântico poderiam ocasionar um transtorno muito sério nos sistemas climáticos da Europa. Se as temperaturas continuarem aumentando nos próximo 50 anos, os desertos poderiam se expandir pelo norte da África e através da Europa. O PIOR ACONTECE NO MAR Nossos oceanos possuem um papel importante no controle do clima da Terra. Pela água ser 1.000 vezes mais densa do que o ar, retendo quatro vezes mais o calor, os oceanos armazenam grandes quantidades de calor. As correntes do oceano transportam calor ao redor do globo, semelhante ao sistema de calefação das casas. Mas os mares quentes devastam os ecossistemas submarinos. As crescentes temperaturas estão tendo um efeito desastroso nos corais. Em 1998, os cientistas anunciaram que as maiorias dos corais estão morrendo. Grandes faixas de corais já desaparecem na costa da Florida. Os recifes coralinos são produzidos por pequenas criaturas marinhas chamadas de pólipos. Elas possuem esqueletos externos rígidos feitos de cálcio, formando vastas colônias através dos anos. O coral forma-se ao redor do mundo nas águas cálidas a mais de 20 graus centígrados e geralmente em profundidades menores que 50 metros. A Grande Barreira de Coral é o maior e mais conhecido recife coralino que existe.

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Estima-se que mais de um quarto de todos os peixes que estão ao redor dos recifes coralinos ocupam apenas 0,02% dos oceanos do mundo. Isto poderia explicar porque os recifes de corais são chamados em algumas ocasiões de selva do oceano. Como 15% de toda a pesca mundial de peixes é feita nestes lugares, isto traz sérias conseqüências para e economia mundial. Mas esta perda é muito mais profunda. DANOS DA TORMENTA A barreira atua como um quebra-mar que protege as ilhas e as costas das violentas tormentas do mar aberto, principalmente durante a temporada de furacões. É evidente que a temperatura dos oceanos também gera os furacões; as tormentas mais poderosas e temidas do trópico. Os furacões são enormes sistemas rotativos de baixa pressão; grandes o suficiente para serem vistos desde o espaço. Eles trazem consigo chuvas torrenciais, tormentas e ventos muito fortes. Os furacões elevam ao mesmo tempo o nível do mar e freqüentemente causam inundações nas costas baixas. Este fenômeno é conhecido como “grande onda de tormenta” e pode alcançar até 4 metros de altura. As condições devem ser precisas para que um furacão seja formado; a superfície marinha deve estar acima dos 26.5 graus centígrados. Para poder serem classificados como furacão, tufão ou ciclone, como são conhecidos na Ásia, a velocidade do vento deve ser superior a 117 km/hora. Cerca de 50 tormentas tropicais são classificados como furacão a cada ano. Se os oceanos esquentarem mais, esta cifra poderia se duplicar. Os atóis tropicais como as Maldivas, que se elevam menos de 1.8 metros sobre o nível do mar, poderiam desaparecer para sempre junto com sua população de 270.000 pessoas.

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TERREMOTOS E TSUNAMIS Os geólogos acreditam que o crescente nível do mar terá complicações que poderiam ser mais decisivas do que o clima. O peso adicional de milhões de quilômetros cúbicos de água poderia causar tensão nos pontos mais fracos da crosta terrestre, conhecida como litosfera pelos especialistas. Isto poderia precipitar os terremotos, erupções vulcânicas e falhas geológicas, causando devastação local e enviando gases nocivos e escombros à atmosfera. Podem acontecer também riscos de tsunamis. Estas ondas gigantes são geradas por terremotos submarinos e podem viajar milhares de quilômetros ao redor do oceano a 800 km/h. Elas aparecem sem avisar com ondas de até 30 metros de altura. Os geólogos prevêem que o vulcão de La Palma das Ilhas Canarias poderia explodir em algum momento no futuro. Conseqüentemente, o desastre poderia enviar um mega tsunami de 500 metros de altura pelo Atlântico que engoliria partes do Reino Unido. O aquecimento global é um fenômeno mundial, continentes, países, cidades e comunidades poderiam estar a milhares de quilômetros de distância, mas ninguém vive totalmente isolado. As repercussões da conduta irresponsável do homem e os desastres naturais nos afetam e afetarão a todos. O FUTURO O panorama atual com o aquecimento global não é dos melhores e infelizmente vai piorar. Espera-se que a população mundial aumente de 6 a 8 bilhões nos próximos 50 anos. Estas pessoas, inevitavelmente, aumentarão a pressão sobre os recursos terrestres que já estão espremidos.

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É essencial para os especialistas entender como funciona o ciclo global do carbono para que possam prever como comportaria nosso clima no futuro. Nos ajudariam a entender quais medidas precisamos tomar para reverter a destruição do mundo. Não é um processo simples, mas prever o futuro nunca foi fácil. MODELOS COMPUTADORIZADOS Os experts do Centro Hadley, um braço experimental do escritório MET, enfocam-se em assuntos associados com as mudanças climáticas e previsões. Sua investigação está dedicada a entender a física, a química e os processos biológicos dentro do sistema climático. Através de fundos do governo e um par de poderosos computadores Cray T3E, os especialistas monitoram as mudanças climáticas globais e as nacionais. Os cálculos matemáticos utilizados são tão complexos que só podem ser realizados por computadores. Programas de última tecnologia têm sido desenvolvidos para resolverem estas fórmulas. Estes são os chamados “modelos climáticos”. Vários tipos de modelos são usados para determinar a grande gama de previsões. Isto inclui: * Química atmosférica. * Circulação Oceânica. * Clima Regional. * Emissões de carbono e outros gases estufa. Os programas de modelos climáticos simulam representações detalhadas em 3-D das mudanças no clima global durante os últimos 100 anos. Eles também ilustram os tipos de variações climáticas que podemos esperar para o próximo século. O Centro Hadley admite que seus modelos climáticos estão sempre sujeitos a um grau de incerteza, só podem ser tão bons quanto à informação fornecida.

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UM PANORAMA QUE PODE MUDAR Entretanto, o lançamento de um relatório realizado em conjunto com o Centro Hadley e o Centro de Investigações de Mudanças Climáticas Tyndall, expôs algumas previsões preocupantes. Em 2080, a temperatura anual média no Reino Unido poderia aumentar de 2 a 3.5 graus centígrados. Nossos verões serão cada vez mais freqüentes e os invernos escassos. Também se estima que devido à redução de 40% da umidade do solo na Inglaterra, a agricultura atravessará sérias dificuldades. O nível do mar ao redor do Reino Unido está também destinado a subir entre 26 a 86 cm. Isto significa que lugares como o sudeste da Inglaterra estará mais susceptível a ondas grandes e inundações. EVITANDO A TENDÊNCIA Para reverter os efeitos do aquecimento mundial, a grande maioria dos cientistas e os governos concordam que é necessário tomar medidas drásticas. É preciso reduzir as emissões de carbono do mundo, recortar a produção de CFC e outros químicos destruidores da camada de ozônio e deter a devastação. Em dezembro de 1997, as Nações Unidas celebraram em Kioto, Japão, a Convenção sobre a Mudança Climática. O Tratado de Kioto obriga legalmente as nações industrializadas a reduzirem a emissão de gás estufa numa média de 5.2% para o ano de 2012. Mas em menos de quatro anos após o Convenção, o Presidente do Estados Unidos, George W. Bush, retirou-se do acordo de Kioto, causando grande comoção. Uma pequena versão do acordo foi aprovada posteriormente, dando concessões aos países que ajudarem a outros a reduzirem suas emissões. Segundo

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alguns críticos, isto abriria a porta ao abuso dentro do sistema, permitindo inclusive que alguns países aumentem sus emissões. Eles também argumentam que os gases podem permanecer na atmosfera por um ou mais séculos. As emissões deveriam ser reduzidas aproximadamente em 60% para que a diferença apareça. Isto teria um efeito benéfico ao nosso meio ambiente e um impacto significativo nas economias globais. Janeiro, fevereiro, março e abril foram os meses mais quentes até agora registrados. A bomba do tempo está ativada. 4.1 UMA VISÃO TENEBROSA DO CONTROLE DO CLIMA A idéia que está por trás do Controle do Clima é simples, quando você pensa de forma simples. Quando presencia um forte temporal, com muitos relâmpagos e trovões, qual fato o deixa mais intrigado? Você não fica impressionado com a poderosa exibição de descarga de energia? A energia é o ingrediente básico que está por trás das tempestades. Portanto, você precisa acreditar que, talvez, se a energia for o fator externo dominante em todos os tipos de tempestades, então pode ser também o fator-chave para a criação delas. Assim, quanta energia é necessária para criar e depois direcionar as tempestades? A resposta a essa pergunta depende de muitos fatores, mas vamos lhe dizer quanta capacidade foi construída na recente central de transmissão de energia criada no remoto Alasca. Essas torres de transmissão de energia não são torres típicas, pois foram projetadas para gerar energia de um modo tal que ela é irradiada na ionosfera em uma quantidade imensa. “O projeto de trinta milhões de dólares do Pentágono, eufemisticamente chamado de HAARP

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(High Frequency Active Auroral Research) é feito para projetar mais de 1.7 GW (gigawatts) de energia radiada na ionosfera - a camada eletricamente carregada que está acima da atmosfera da Terra. Basicamente, o aparelho é o inverso de um radiotelescópio - apenas transmite em vez de receber. Ele ‘faz ferver a parte superior da atmosfera’. Após aquecer e interferir com a ionosfera, as radiações são refletidas de volta para a Terra, formando longas ondas que penetram em nossos corpos, no solo e nos oceanos.” [Angels Don’t Play This HAARP, pg 8] Permitamos que o Dr. Begich explique esse conceito. “... o invento propicia a capacidade de colocar quantidades sem precedentes de energia na atmosfera da Terra em locais estratégicos e manter o nível de injeção, particularmente se o pulso aleatório for empregado, de uma maneira muito mais precisa e melhor controlada que até aqui realizada pela arte anterior...” “... o objetivo é aprender como manipular a ionosfera em uma escala muito maior do que a União Soviética pôde fazer com suas instalações similares. HAARP seria o maior aquecedor ionosférico no mundo, localizado em uma latitude mais favorável para colocar a invenção de Eastlund em prática.” Além disso, a partir dessa latitude ao norte, a energia poderia ser direcionada à ionosfera para que fosse refletida de volta para a Terra exatamente onde os cientistas querem que ela caia. O segredo é aprender como e onde direcioná-la para atingir a Terra onde eles querem que ela caia, criando o tipo de desastre ou condição climática que desejarem. Em resumo, esse é o núcleo do conhecimento adquirido recentemente para controlar o clima. Derramando energia medida que foi focada em certas partes da ionosfera, os cientistas podem criar todos os tipos de tempestades, como furacões, chuvas fortes,

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inundações, tornados e seca. No artigo N1118, “UN Treaty Proves Weather Control is Real”, citamos artigos publicados na imprensa que informaram que a Malásia contratou um empresa russa de Modificação do Clima para criar um furacão que fosse direcionado bem perto para limpar a poluição atmosférica das cidades malasias sem realmente vir até a terra e causar devastação. Essa companhia russa forneceu a solução e a Malásia limpou seus ares. Nossas fontes de informações também nos dizem que não somente furacões podem ser criados, mas podem ser desmantelados se os cientistas desejarem. E, eles certamente podem ser levados ao oceano exatamente como dirigimos nossos carros nas estradas. Portanto, precisamos perguntar por que os cientistas americanos permitem que um número sem precedentes de furacões, como o Andrew, venham ao continente? Por que os cientistas estão permitindo grandes danos e perdas de vidas nas recentes tempestades sem precedentes, se têm a capacidade de manter essas tempestades longe de nós? O governo não tem nossos melhores interesses em vista? Mantenha essa idéia em mente ao examinarmos outros aspectos dessa tecnologia HAARP que está lançando uma enorme quantidade de energia na camada superior da atmosfera. Os pesquisadores rapidamente descobriram que essa tecnologia poderia ser usada de outras formas que não apenas para controlar o clima. Descobriram que tinham tropeçado em uma arma que poderia ser utilizada de forma muitíssimo eficiente, para destruir, destruir e destruir, sem que a vasta maioria da população mundial saiba o que está acontecendo com ela. Afinal, a maior parte das pessoas hoje ainda acredita que o controle do clima básico do planeta esteja fora do alcance da humanidade.

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Os cristãos acreditam que Deus pode controlar o tempo, e encontram grande conforto nessa crença. Afinal, sabemos que a Terra é um planeta pequeno movendo-se no vácuo de um espaço frio e inóspito a mais de 100.000 Km/h. A maioria de nós instintivamente sabe que somente podemos confiar em um Deus Onipotente e Sábio que controla os sistemas básicos de operação do planeta Terra. Se imaginarmos que o homem, com toda sua inerente iniqüidade, puder tomar o controle dos sistemas básicos de operação da Terra, todo o planeta poderá ser arruinado pela deliberada impiedade humana ou por sua falta de compreensão do poder que ele agora tem em suas mãos, e veríamos o pânico em uma escala nunca imaginada antes! A Terra poderia ser destruída e tornar-se inóspita para a vida humana se erros fossem cometidos acidentalmente. Os cientistas e autores de Nova Era que escreveram o livro Angels Don’t Play This HAARP estão preocupados exatamente com esse tipo de dano acidental à Terra. Estão preocupados que os seguintes danos possam ser feitos à Terra, alguns dos quais poderiam tornar o planeta desabitado. Se você é um cristão que crê literalmente nas Escrituras, sabe que Deus nunca permitirá que a Terra se torne desabitada, pois não permitirá que o homem destrua completamente aquilo que ele criou e declarou bom. Entretanto, também sabemos que o livro do Apocalipse prevê uma destruição sem precedentes que Deus ordena ou permite, para “destruir os pecadores” [Isaías 13:9-13]. Deus julgará os homens ímpios ao mesmo tempo em que limpará a terra para que Jesus Cristo retorne e inicie seu reino milenar. Estamos muito interessados no fato que muitos dos “sinais e maravilhas” do Anticristo possam ser encenados por meio da tecnologia HAARP. Além disso, muitos dos atos físicos de julgamento contidos no livro de Apocalipse

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e em passagens paralelas nos profetas do Antigo Testamento, poderão ser criadas por meio dessa tecnologia HAARP. Dado o coração desesperadamente corrupto do homem, talvez o maior estrago possível seria Deus permitir que o homem obtenha capacidade e poder sem precedentes em suas mãos, e depois remover o poder de restrição do Espírito Santo do caminho para que o homem possa tratar seus semelhantes da forma como seu coração corrupto quiser! Achamos muito interessante que o fraseado de Deus no Apocalipse parece apoiar essa interpretação que Deus permitirá que o homem detenha poder tecnológico que possa usar contra os outros homens, de acordo com a malignididade de seu coração. Veja o fraseado em algumas dessas passagens. A palavra ‘dado’ em cada um destes versos é o item G1325, “didomi” na Concordância de Strong, o que signfica ‘dar’, ‘conceder’, ou ‘receber’. Em outras palavras, estas Escrituras estão dizendo que Deus permitirá que os homens do Anticristo recebam capacidade que nunca possuíram antes. Essas capacidades serão então usadas para trazer o julgamento de Deus sobre a população rebelde da Terra. ·

Apocalipse 6:4 - Essa passagem fala sobre o primeiro cavaleiro que cavalga após o aparecimento do Anticristo, simbolizando seu aparecimento na Terra. “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” Nesse caso, a humanidade receberá a capacidade de envolver os habitantes da Terra em uma guerra sem precedentes.

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Apocalipse 6:8 - Essa passagem diz que os homens receberão uma capacidade de matar uns aos

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outros de uma forma sem precedentes. “E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhe dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome e com peste, e com as feras da terra.” - Demonstraremos que a tecnologia HAARP pode oferecer esse tipo de arma aos moradores da Terra. !

Apocalipse 13:5 - O Anticristo recebe uma capacidade sem precedentes de Deus para reinar com um nível de malignidade e audácia nunca visto antes na história. “E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deuse-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.” Embora HAARP não possa dar ao Anticristo essa boca para proferir blasfêmias, dar-lhe-á a capacidade de projetar seus discursos para todo o mundo, e as pessoas poderão ver a imagem dele refletida no céu, falando com elas em seu próprio idioma!

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Apocalipse 13:7 - O Anticristo recebe o poder de matar os santos de Deus. “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.”. Acho altamente instrutivo que a mesma capacidade sem precedentes que o Anticristo receberá para governar a humanidade e matar os santos de Deus é o mesmo tipo de capacidade tecnológica sem precedentes que Deus dará ao homem nessas outras passagens.

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Apocalipse 16:8-9 - HAARP pode criar esse flagelo do grande ardor do sol! “E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram

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abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.”. Acho muito instrutivo que, embora a última parte dessa passagem diga que Deus retém poder sobre essa pragas, a primeira parte da passagem diz que Deus “dará” aos homens ímpios poderes sem precedentes por meio dos quais os outros homens serão julgados! Em outras palavras, embora Deus permitirá que Satanás revele novas capacidades aos cientistas humanos para infligir morte e sofrimentos aos homens ímpios, Deus reterá o controle final. Agora, vamos examinar algumas das preocupações desses cientistas de Nova Era a respeito do dano que HAARP poderá infligir à Terra. Essa tecnologia pode: - Criar terremotos quando e onde forem desejados na Terra., falam sobre o uso de HAARP para criar terremotos. Entretanto, as forças armadas americanas descobriram acidentalmente como criar terremotos usando uma tecnologia ligeiramente diferente. “Os engenheiros tentaram substituir uma seção 10x40 Km da ionosfera com um “escudo de telecomunicações” de 350.000 agulhas de cobre lançadas em órbita... quando os militares enviaram uma faixa de pequenos fios de cobre para a atmosfera para orbitar o planeta de modo a ‘refletir as ondas de rádio e tornar a recepção mais clara’, tivemos o terremoto de 8.5 graus no Alasca e o Chile perdeu uma boa parte da sua região costeira. Aquela faixa de fios de cobre interferiu com o campo magnético da Terra.” - Manipular os sistemas climáticos globais, alterando os padrões do tempo, a incidência de chuvas, ou secas. - Fazer a Terra sair de seu ciclo normal de rotação. - Redirecionar as correntes de ar na atmosfera

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- Redirecionar o fluxo de Electrojet Stream . Magnificar e focalizar a luz solar, um efeito chamado de skybusting. Esse processo poderia provocar buracos nas camadas protetoras de ozônio, permitindo assim que uma luz solar intensa atravesse a atmosfera e provoque queimaduras graves nas pessoas .Leia Apocalipse 16:8, citado anteriormente. - Controle da mente. Usando o bombardeio de ondas de freqüência extremamente baixas, na mesma faixa de freqüência que o cérebro humano opera, você pode mudar os pensamentos e emoções de uma pessoa. Deus nos ajude quando e se os homens ímpios aperfeiçoarem esse tipo de armamento! - HAARP pode criar explosões da mesma magnitude de uma bomba nuclear, mas sem a radiação! Esse processo está protegido pela patente 4.873.928. Essa poderia ser a “grande espada” portada por uma das forças do Anticristo em Apocalipse 6:4. Como essa arma, seria possível atacar alvos com grandes explosões, mas sem lançar mísseis com ogivas nucleares, ou usar aviões, ou porta-aviões!! Essa descoberta poderá tornar todos as estratégias militares sobre como se defender de um ataque inimigo totalmente inúteis. Subitamente, tenho algumas idéias luminosas! Compreendo por que os negociadores russos e norteamericanos puderam chegar a um acordo sobre a destruição de tantas ogivas e mísseis nucleares. Cada lado até mesmo permitiu que equipes de inspeção supervisionassem a destruição das ogivas e mísseis do outro. O mundo sentiu-se muito mais seguro. Entretanto, as ogivas nucleares transportadas por mísseis estão obsoletas!! Se ambos os lados podem criar explosões da mesma magnitude de uma bomba nuclear sem criar radiação, por meio das torres de transmissão de rádio do tipo HAARP, os mísseis com ogivas nucleares não serão mais necessários. Como você se defende de

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um ataque de magnitude nuclear que está sendo iniciado por ondas de rádio ELF silenciosas e invisíveis? Como se defende de um ataque de magnitude nuclear que está sendo iniciado por ondas de rádio ELF geradas no território inimigo, que sobem até a ionosfera e depois são refletidas para o seu território para criar a explosão? Claramente, o mundo entrou em uma era de guerra totalmente nova, que ninguém antes concebeu nem imaginou muito bem. Além disso, esse assunto nos traz à próxima capacidade de HAARP e da tecnologia de ondas de rádio similares. Esses transmissores de rádio de ELF podem formar um escudo impenetrável contra os mísseis e aviões invasores, ou qualquer coisa que tente penetrar no espaço aéreo! Então, por que estamos tentando aperfeiçoar um míssil antimíssil que pode realmente abater outro míssil no ar? Por que as forças armadas americanas estão se movendo rapidamente em conjunto com as forças armadas israelenses para trazer esse míssil antimíssil mais eficiente a Israel para oferecer melhor proteção contra os mísseis sírios e egípcios? Eles provavelmente não querem que muitas pessoas saibam que os EUA possuem esse tipo de eficiente escudo de mísseis em qualquer campo de batalha, seja estratégico ou tático. Quando os árabes se envolverem na luta contra os israelenses na próxima guerra, poderão ficar chocados com o tipo de armas que os aniquilará! A existência desse tipo de capacidade militar também é a razão por que os EUA estão fornecendo armamentos aos governos árabes para lutarem contra Israel na próxima guerra. Os árabes não compreendem que as forças armadas israelenses já obtiveram uma vantagem decisiva na capacidade de aniquilação! Na verdade, parece que a Infantaria estará obsoleta nas próximas guerras.

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O maior preocupação do autor e cientista de Nova Era Nick Begich, em seu livro Angels Don’t Play This HAARP é que os cientistas e militares são muito arrogantes no uso ignorante e inconseqüente da energia que está sendo disparada na ionosfera. Os cientistas militares falam sobre “colocar essa coisa em quinta marcha e ver o que acontece”! Essa atitude é de uma total arrogância. E se eles iniciarem uma reação não intencional na atmosfera que não puder ser controlada ou paralisada? Realmente, penso em alguns dos julgamentos preditos no Apocalipse possam advir desse tipo de erro de cálculo dos cientistas. O simples fato de Deus ter permitido que o homem obtivesse esse conhecimento que o capacitará a criar essas temíveis armas de destruição me faz entender que verdadeiramente estamos no final dos tempos.Autor: David Bay (http://www.cuttingedge.org), Tradução: Jeremias R D P dos Santos (www.espada.eti.br) 4.1.2 HAARP: VANDALISMO DE ALTA FREQUÊNCIA NOS CEUS ( Resenha do livro Angels Don’t Play This HAARP, por Nick Begich e Jeane Manning ) Techononet, a forma de protesto dos anos 90: fazer piquetes nas estradas de informação. Por exemplo, um grupo de homens e mulheres, que vem crescendo rapidamente em todo o mundo, está usando a internet ( introduzida pelos militares norte – americanos para transferência e troca de informações que nunca eram interceptadas) para chamar atenção para um questionável projeto militar no Alasca.Esse pessoal adepto da Internet, de correios eletrônicos e do fax está abrindo buracos no muro de segredos do Departamento de defesa dos Estados Unidos utilizando o próprio sistema do governo.A parte impressa do protesto se

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iniciou quando Dennis Specht, ativista antinuclear que na época morava no Alasca, enviou uma noticia para a Nexus sobre o tema HAARP – sigla em inglês para Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta freqüência. Naquela época, um ativista político e pesquisador científico alasquiano de Anchorage, Nick Begich, entrou em contato, via internet, com Patrick e Gael Crystal Flanagan, autodescritos como “technomonges”moradores de Sedona, Arizona, que lhe disseram, para checar naquela revista australiana. Begich ficou surpreso ao ver uma notícia de sua cidade natal em Nexus e imediatamente foi à boblioteca local para desvendar os documentos citados no artigo. Essa pesquisa conduziu à elaboração de artigos e ao livro Angels Don’t Play this HAARP: Advances in Tesla Technology ( Os Anjos Não Tocam Esta HAARP: Avanços na Technologia de Tesla ), com 230 páginas de informações detalhadas sobre esse projeto que interfere no meio ambiente terrestre. Este artigo apresentará apenas os pontos de maior interesse. Apesar da quantidade de pesquisas ( 350 notas de rodapé ), no fundo trata-se de uma história sobre pessoas comuns que assumiram em desafio extraordinário. 4.1.3 O HAARP COZINHA A ATMOSFERA SUPERIOR O HAARP ataca a atmosfera superior com um raio eletromagnético concentrado e passível de ser controlado. Trata-se de um modelo avançado de um “aquecedor ionosférico.”( A ionosfera é a esfera eletricamente carregada que circunda a atmosfera superior da terra. Eleva-se a cerca de 64 a 700 km da superfície da terra ).

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Em termos simples, a aparelhagem do HAARP é uma inversão de um rádio telescópio: antenas enviam sinais em vez de recebe-los. O HAARP constitui a série de testes que têm por objetivo desenvolver uma tecnologia de ondas de rádio super-poderosa que eleva áreas da ionosfera concentrando um raio e aquecendo essas áreas. As ondas eletromagnéticas então voltam para a terra e penetram em tudo – vivo e morto. A publicidade do HAARP passa a impressão de que Projeto de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freguência constitui principalmente um projeto acadêmico, com o objetivo de modificar a ionosfera para melhorar as comunicações para nosso próprio bem. Contudo, outros documentos militares dos Estados Unidos são mais claros: o HAARP visa aprender a “ explorar a ionosfera tendo em vista as finalidades do Departamento de Defesa”. A comunicação com submarinos é apenas uma dessas finalidades. Informações encaminhadas à imprensa e outras informações dadas pelos militares sobre o HAARP constantemente minimizam o que ele poderia fazer. Documentos publicitários insistem que o projeto HAARP não é diferente de outros aquecedores da ionosfera que estão operando com segurança em todo o mundo em lugares como Arecibo, em Porto Rico; Tromso, na Noruega; e locais na ex-União Soviética. No entanto, um documento de 1990 do governo sugere que o ataque do potencial de freqüência de rádio (fr) levará a ionosfera a apresentar atividades não naturais: “Nos potenciais de alta freqüência mais elevados disponíveis no Ocidente, as instabilidades normalmente estudadas estão se aproximando de sua máxima capacidade de dissipação de energia de fr, além da qual os processos plasmálicos “resvalarão“ até que seja atingido o próximo fator limitante”.

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Caso os militares, em cooperação com a Universidade do Alasca, em Fairbanks, consigam demonstrar que essa nova tecnologia “Guerra nas Estrelas” terrestre é segura, os dois saem ganhando. Os militares podem dispor de um escudo de defesa relativamente barato e a universidade pode se gabar da manipulação geofísica mais surpreendente desde as explosões atmosféricas de bombas nucleares. Depois de testes bem-sucedidos, eles conseguiriam os megaprojetos militares do futuro, além de imensos mercados para o gás natural de North Slope, no Alasca. Ao observarmos os outros inventos patenteados baseados no trabalho do físico texano Bernard Eastlund, fica óbvio o uso que os militares pretendem dar ao transmissor HAARP. Também tornam-se menos dignas de crédito as negativas do governo. Os militares sabem como tencionam utilizar essa tecnologia, e deixaram sua intenção clara em seus documentos. Eles deliberadamente enganaram o público por meio de sofisticados jogos de palavras, artifícios e absoluta desinformação. Os militares dizem que o sistema HAARP poderia: 1) Fornecer aos militares uma ferramenta para substituir o efeito de pulsação eletromagnética dos aparelhos termo nucleares atmosféricos ( pelo menos até 1986, eram considerados uma opção viável ): 2) Substituir o gigantesco sistema de comunicação submarina de Freqüência Extremamente Baixa em operação em Michigan e Wiscosin por uma tecnologia mais nova e completa: 3) Ser usado para substituir o sistema de radar alémdo-horizonte, antes planejado para se situar na localização atual do HAARP, por um sistema mais flexível e preciso;

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4) Proporcionar a eliminação das comunicações sobre uma área extremamente grande, e ao mesmo tempo manter os próprios sistemas de comunicações militares em funcionamento; 5) Fornecer uma tomografia de penetração da Terra em uma grande área que, caso combinada com a capacidade de processamento dos computadores EMASS e Cray, tornaria possível investigar vários signatários de acordos de não proliferação nuclear e de paz; 6) Ser uma ferramenta na sondagem geofísica para prospecção de jazidas de petróleo, gás e minérios sobre uma grande área: 7) Ser usado para detectar aviões e mísseis de baixo nível que estejam se aproximando à alta velocidade, tornando obsoletas outras tecnologias. As capacidades descritas acima parecem ser uma boa idéia para todos os que acreditam numa sólida defesa nacional e para os que estão apreensivos com o corte de gastos. Contudo, os possíveis usos não explicados pelos relatórios HAARP, e que podem ser encontrados apenas nos relatórios da Força Aérea, do Exercito, da Marinha e de outros órgãos federais dos Estados Unidos, são alarmantes. Além disso, os efeitos da utilização imprudente desses níveis de potencia em nosso escudo natural – a ionosfera – poderiam ser catastróficos, segundo alguns cientistas. Uma alasquiana diz isso sem rodeios. Clare Zickubr, uma das fundadoras do movimento NO HAARP ( Não ao HAARP ), afirma: “Os militares vão dar um grande pontapé na ionosfera para ver o que acontece”. Os militares não disseram ao público que não sabem exatamente o que acontecerá, mas um artigo científico de Penn State se vangloria dessa incerteza. Ciência de macho? O projeto HAARP utiliza os níveis mais altos de energia com os quais já se brincou, aquilo que Begich e

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Manning chamam “os garotões com seus bringuedos novos”. Trata–se de um experimento no céu, e os experimentos são conduzidos para se descobrir algo ainda desconhecido. Cientistas independentes disseram a Begich e Manning que um “arrasa-céu” do tipo HAARP com seus efeitos imprevistos poderia ser um ato de vandalismo global. 4.1.4 A HISTÓRIA DO hAARP As patentes descritas a seguir formavam o pacote de idéias originalmente controladas por ARCO Power Technologies Incorporated ( APTI ), subsidiaria de Atlantic Richfield Company, uma das maiores companhias de petróleo do mundo. AAPTI foi a empreiteira que construiu as instalações do HAARP. A ARCO vendeu sua subsidiária, as patentes e o contrato da segunda fase de construção para E-Systems em junho de 1994. A E-Systems é uma das maiores empreiteiras de serviços de inteligência do mundo, prestando serviços para a CIA, organizações de Inteligência de defesa e outras. Dezoito bilhões de dólares de sua receita se devem a essas organizações, com US$ 800 milhões em projetos negros tão secretos que nem mesmo o congresso do Estados unidos é informado sobre como o dinheiro está sendo gasto. A E-Systems foi comprada pela Raytheon, uma das maiores empreiteiras de sistemas de defesa do mundo. Em 1994, a Raytheon aparecia em 42o lugar na relação das 500 empresas das revista Fortune. A Raytheon possui milhares de patentes, algumas das quais serão valiosas para o projeto HAARP. Doze patentes constituem a espinha dorsal do HAARP, e estão, agora entre milhares de outras patentes mantidas no nome da Raytheon.

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A patente americana número 4.686.605 de Bernard J. Eastlund, “Método e Aparelhagem para Alteração de uma Região da Atmosfera, Ionosfera e/ou Magnetosfera da Terra”, ficou lacrada durante um ano por uma ordem governamental de sigilo. O aquecedor ionosférico de Eastlund era diferente: a irradiação de freqüência de rädio (fr) era concentrada e focalizada em um ponto da ionosfera. Essa diferença lança uma quantidade sem precedente de energia na ionosfera. O aparelho de Eastlund permitiria uma concentração de um watt por centímetro cúbico, em comparação com outros aparelhos com capacidade de liberação de apenas um milionésimo de watt. Essa enorme diferença poderia produzir a elevação e modificação da ionosfera necessárias para se criar os efitos futuristas descritos na carta-patente. Segundo a carta-patente, o trabalho de Nikota Tesla no Inicio dos anos 90 formou a base da pesquisa. Qual seria o valor dessa tecnologia para a ARCO, proprietária das patentes? A empresa poderia ter obtido lucros enormes irradiando a força elétrica, sem fios, a partir de uma usina elétrica nos campos de gás para o consumidor. Durante certo tempo, os pesquisadores do HAARP não conseguiram provar que esse fosse um dos futuros usos do sistema. Em abril de 1995, contudo, Begich descobriu outras patentes relacionadas a uma lista de “pessoal-chave” para a APTI. Algumas dessas novas patentes da APTI constituíam, de fato, um sistema sem fios para transmissão de energia elétrica. A patente de Eastlund dizia que a tecnologia pode confundir ou destruir completamente os sofisticados sistemas de orientação de aviões e mísseis. Além disso, essa capacidade de difundir ondas magnéticas de freqüências variáveis em grandes áreas da terra – e de controlar mudanças nessas ondas – torna possível a

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desativação das comunicações em terra ou no mar, bem como no ar. A carta-patente dizia: “Dessa maneira, esta invenção proporciona a capacidade de introduzir quantidades inéditas de energia na atmosfera da terra em locais estratégicos e de manter o nível de injeção de energia, em particular se houver o emprego de pulsação aleatória, de forma bem mais precisa e mais bem controlada do que a conseguida até agora pela tecnologia anterior, em especial pela detonação de artefatos nucleares de várias potências em várias atitudes... “É possível não só interferir nas comunicações de terceiros como também aproveitar uma ou mais irradiações para estabelecer uma rede de comunicações, embora o restante das comunicações do mundo estejam interrompidas. Em outras palavras, o que é utilizado para destruir as comunicações dos outros pode ser empregado ao mesmo tempo, por um conhecedor dessa invenção, como uma rede de comunicações... “Grandes regiões da atmosfera poderiam ser erguidas a altitudes inesperadamente elevadas, de modo que os mísseis se deparassem com forças de atração repentinas e imprevistas com sua consequente destruição... “É possível modificar o clima. Por exemplo, alternando-se os padrões de ventos da atmosfera superior, por meio da construção de uma ou mais formações de partículas atmosféricas que atuarão como uma lente ou aparelho focalizador... Podem ocorrer modificações moleculares da atmosfera, de modo que efeitos ambientais positivos possam ser alcançados. Além de realmente modificar a composição molecular de uma região atmosférica, uma molécula ou moléculas em particular podem ser selecionadas para ter uma predominância cada vez maior. Por exemplo, as concentrações atmosféricas de ozônio, nitrogênio e

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outros gases poderiam ser artificialmente aumentadas...” Begich descobriu outras onze patentes da APTI. Elas diziam como realizar “Explosões de proporções Nucleares sem Radiações,”construir sistemas de irradiação de energia, radares além-do-horizonte, sistemas de detecção de mísseis com ogivas nucleares, pulsações eletromagnéticas previamente produzidas por armas termonucleares e outros truques de “Guerra nas Estrelas.” Esse grupo de patentes é o sustentáculo do sistema de armas do HAARP. 4.1.5MANIPULAÇÃO MENTAL Pesquisas relacionadas a esse assunto realizadas por Begich e Manning desvendaram esquemas bizarros. Por exemplo, documentos da Força Aérea dos Estados Unidos revelaram que foi desenvolvido um sistema de manipulação e destruição dos processos mentais humanos por meio da irradiação de freqüência oscilante de rádio ( a matéria – prima do HAARP ) sobre extensas áreas geográficas. O material mais impressionante sobre essa tecnologia procedia de textos escritos por Zbigniew Brzezinski ( conselheiro de Segurança Nacional do presidente Carter ) e por J.F. Macdonald ( conselheiro científico do presidente Johnson e professor geofísica na UCLA – Universidade da Califórnia ), sobre o uso de transmissões de irradiações de energia em operações de guerra geofisica e ambiental. Os documentos mostraram como esses efeitos podem ser provocados e os efeitos negativos na saúde e no raciocínio humano. As possibilidades de o HAARP causar destruição mental são muito preocupantes. Mais de 40 páginas do livro, com dúzias de notas de rodapé, relatam o trabalho de professores da universidade de Harvard, de projetistas

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militares e cientistas planejando e testando essa tecnologia eletromagnética. Por exemplo, um dos trabalhos que descrevia essa utilização era proveniente da Cruz Vermelha internacional de Genebra. O trabalho fornecia até as variações de freqüência em que esses efeitos poderiam ocorrer – as mesmas variações que o HAARP tem capacidade de irradiar. A afirmação a seguir foi feita há mais de 25 anos num livro escrito por Brzezinski quando era professor na Universidade de Columbia: “os estrategistas políticos estão tentados a explorar a pesquisa do cérebro e do comportamento humano. O geofísico Gordon J.E. MacDonald – especialista em questões relacionadas à guerra – diz que batidas eletrônicas precisamente ritmadas e artificialmente ativadas poderiam levar a um padrão de oscilações que produz níveis relativamente altos de energia sobre certas regiões da terra. Dessa maneira, seria possível desenvolver um sistema que prejudicaria seriamente o desempenho cerebral de populações muito grandes em regiões selecionadas em um período prolongado de tempo.”Não importa o quão perturbadora, para certas pessoas, seja a noção de se usar o ambiente para manipular o comportamento e assim obter vantagens para o país, é bem provável que a tecnologia que vai tornar possível tal uso se desenvolva nas próximas décadas”. Em 1966, MacDonald era membro da Comissão Consultiva Científica da Presidência da República e mais tarde foi membro do Conselho da Qualidade Ambiental da Presidência. Ele publicou trabalhos sobre o uso de tecnologias de controle ambiental para fins militares. O comentário mais importante feito por ele na qualidade de geofísico foi: A chave para as operações de guerra geofísica e a identificação de instabilidades ambientais nas quais a adição de pequena quantidade de energia liberaria quantidades muito maiores de energia.”

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Se os geofísicos do passado previram os avanços da atualidade, será que os administradores do projeto HAARP estão produzindo essa visão? Os geofísicos reconheceram que a adição de energia ao caldo ambiental poderia provocar extensos efeitos. Contudo, a espécie humana já acrescentou quantidades substanciais de energia eletromagnética ao nosso ambiente sem pensar em que quantidade poderia constituir a massa crítica. O livro de Begich e Manning propõe questões. Essas adições não tiveram efeito. ou existe uma quantidade cumulativa que, se ultrapassada, pode provocar danos irreparáveis? O HAARP representa outro passo numa jornada sem volta? Estamos prestes a nos envolver em outro experimento de energia que liberta outra legião de demônios da caixa de Pandora? Já em 1970, Zbigniew Brzezinski previu o surgimento gradual de uma “sociedade mais controlada e orientada,” ligada à tecnologia. Essa sociedade seria dominada por um grupo de elite capaz de impressionar os eleitores com um conhecimento científico supostalmente superior. Angels Don’t Play This HAARP faz citações de Brzezinski: “Liberta das restrições dos valores liberais tradicionais, essa elite não hesitaria, para atingir seus objetivos políticos, em usar as mais recentes técnicas modernas para influenciar o comportamento do público e manter a sociedade sob rígida vigilância e controle. O impulso técnico e científico então se alimentaria da situação que ele mesmo explora.” Suas previsões se mostraram corretas. Hoje, estão surgindo inúmeras novas ferramentas para a “elite,” a tentação de usá-las aumenta constantemente. As políticas que tornam possível a utilização das ferramentas que já estão prontas. Como os Estados Unidos poderiam ser transformados, pouco a pouco, na tecnosociedade altamente controlada profetizada? Entre

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os “degraus” que levam a esse estado, Brzezinski previu as crises sociais persistentes e o uso das comunicações de massa para ganhar a confiança do público. Em outro documento elaborado pelo governo, a Força Aérea dos Estados Unidos afirma: “As aplicações potenciais de campos eletromagnéticos artificiais são bem abrangentes, podendo ser usados em muitas situações militares ou semelhantes...Alguns desses usos potenciais incluem lidar com grupos terroristas, controle de multidões, controle de falhas de segurança em instalações militares e técnicas antipessoais em operações táticas de guerra.. Em todos esses casos os sistemas eletromagnéticos (EM) seriam empregados para produzir perturbação psicológica desde branda até grave ou distorção da percepção ou desorientação. Além disso, a capacidade de os indivíduos exercerem suas funções poderia ser diminuída a tal ponto que eles ficariam inutilizados para combate. Outra vantagem dos sistemas eletromagnéticos é que um único sistema pode proporcionar cobertura sobre grandes áreas. Eles são silenciosos, e pode ser difícil desenvolver contramedidas para combatê-los...Uma última área em que a irradiação eletromagnética pode mostrar certo valor é no aumento das capacidades de indivíduos para fenômenos anômalos.” Esses comentários sugerem que já existem casos desenvolvidos em certo grau? O autor do relatório do governo se refere a um documento anterior da Força Aérea sobre os usos da irradiação de rádio-freqüência em simulações de combate. (Aqui Begich e Manning observam que o HAARP é o maior e mais versátil transmissor de rádio-freqüência do mundo). O Relatório Parlamentar dos Estados Unidos ocupase do uso do HAARP para penetração na Terra com sinais lançados da ionosfera. Esses sinais são usados para observar o interior do planeta a uma profundidade de

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muitos quilômetros para localizar depósitos de munições, minerais e túneis subterrâneos. Para 1996, o Senado dos Estados Unidos reservou US$15 milhões para desenvolver somente este poder: tomografia de penetração da Terra. O problema é que a freqüência necessária para radiações que penetrem na Terra encontra-se nos limites de freqüência mais citados por provocar a perturbação das funções mentais humanas. Pode também apresentar profundos efeitos em padrões de migração de peixes e animais selvagens que contam com um campo de energia calmo para encontrar suas rotas. Como se não bastassem as pulsações eletromagnéticas nos céus e a pertubação mental, Eastlund se gabava que o aquecedor ionosférico superpoderoso podia controlar o clima. Begich e Manning revelaram documentos governamentais que indicam que os militares possuem tecnologia de controle do clima. Quando o HAARP for finalmente posto a funcionar em potência máxima, poderá criar efeitos climáticos sobre hemisférios inteiros. Caso um governo faça experiências com os padrões de clima do mundo, o que for feito em um lugar terá impacto em todos os habitantes do planeta. Angels Don’t Play This HAARP explica um princípio por trás de algumas das invenções de Nikola Tesla - a ressonância - que afeta os sistemas planetários. 4.1.6 BOLHA DE PARTÍULAS ELÉTRICAS Angels Don’t Play This HAARP inclui entrevistas com cientistas independentes como Elizabeth Rauscher. A doutora Rauscher tem uma longa e impressionante carreira em física de alta energia, bem como trabalhos publicados em periódicos e livros científicos de prestígio. Rauscher comentou a propósito do HAARP: “Vocês estão bombeando uma energia tremenda para o interior de www.vox2014.com.br


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uma configuração molecular extremamente delicada, composta por essas camadas múltiplas que chamamos de ionosfera”. A ionosfera é propensa a reações catalíticas, explicou ela: se uma pequena parte for modificada, pode ocorrer uma grande alteração no sistema. Ao descrever a ionosfera como um sistema delicadamente equilibrado, a Dra. Rauscher partilhou sua imagem mental dela: uma esfera semelhante a uma bolha de sabão circundando a atmosfera da Terra, com movimentos circulares sobre a superifície da bolha. Caso ocorra uma perfuração muito grande na bolha, a Dra. Rauscher prevê que ela pode estourar. 4.1.7 FATIANDO A IONOSFERA O físico Dr. Daniel Winter de Waynesville, Carolina do Norte, diz que as emissões de alta freqüência do HAARP podem se combinar com pulsações de ondas longas (de freqüência extremamente baixa ou FEB) utilizadas pela malha da Terra para distribuir informações na forma de vibrações para harmonizar o bailado da vida na biosfera. Daniel denomina essa ação geomagnética “a corrente sangüínea de informações da Terra” e diz ser provável que essa combinação das alta freqüências do HAARP com as FEB possam causar efeitos colaterais imprevistos e desconhecidos. David Yarrow de Albany, Nova York, é pesquisador com experiência em eletrônica. Ele descreveu possíveis interações das radiações do HAARP com a ionosfera e a malha magnética da Terra: “O HAARP não queimará ‘buracos’ na ionosfera. Isso é uma atenuação perigosa do que o gigantesco raio de gigawatt do HAARP fará. A Terra gira em relação a finos envoltórios elétricos da membrana de múltiplas camadas da ionosfera que

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absorvem e protegem a superfície da Terra da radiação solar intensa, inclusive das tempestades de partículas carregadas dos ventos solares provenientes do Sol. O giro axial da Terra indica que o HAARP - numa emissão que dure alguns minutos - cortará a ionosfera como uma faca de microondas. Isso não produz um buraco e sim um corte longo - uma incisão.” 4.1.8 CORDAS MAL TOCADAS “Segundo conceito: à medida que a Terra girar, o HAARP cortará o fluxo magnético...uma bobina de cordas magnéticas em forma de rosquinha - como os meridianos de longitude [nos mapas]. O HAARP talvez não “corte” essas cordas no manto magnético de Gaia, mas fará pulsar cada corda com altas freqüências estridentes e desarmônicas. Esses impulsos barulhentos farão vibrar linhas de fluxo geomagnético, enviando vibrações por toda a teia geomagnética. “Vem à mente a imagem de uma aranha em sua teia. Um inseto pousa, e as vibrações da teia alertam a aranha sobre uma possível presa. O HAARP será uma cutucada de microondas, feita pelo homem, na teia, no mínimo emitindo sinais desorientadores, se não rasgar buracos nas cordas. “Os efeitos dessa interferência com as sinfonias da harpa geomagnética de Gaia são desconhecidos e, desconfio, muito pouco considerados, se o forem. Mesmo que sejam considerados, a intenção [do HAARP] é aprender a explorar quaisquer efeitos, e não tocar em harmonia com as sinfonias globais.” 4.1.9 TERRA FEBRIL Entre outros pesquisadores, encontra-se Paul Schaefer, de Kansas City. É diplomado em engenharia

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elétrica e passou quatro anos construindo armas nucleares. Diz ele: “Mas a maioria das teorias nas quais os cientistas nos ensinaram a acreditar parecem estar desmoronando.” Schaefer fala dos desequilíbrios já provocados pela era industrial e atômica, em especial pela irradiação de grande número de partículas minúsculas de alta velocidade “parecidas com diminutos piões girando” em nosso ambiente. O nível artificial de movimento de partículas altamente energéticas na atmosfera e em cinturões de radiação que circundam a Terra é o vilão das perturbações do clima, de acordo com o modelo que descreve uma Terra descarregando seu acúmulo de calor, aliviando a tensão e readquirindo uma condição de equilíbrio por intermédio de terremotos e atividades vulcânicas: “Pode-se comparar o estado energético anormal da Terra e de sua atmosfera à bateria de um carro que ficou sobrecarregada com o fluxo normal de energia comprimida, tendo como resultado locais aquecidos, formação de arcos elétricos, fissuras físicas e turbulência geral, à medida que a energia encurralada tenta encontrar um lugar para ir.” Numa segunda analogia, Schaefer diz: “A menos que desejemos a morte de nosso planeta, devemos parar com a produção de partículas instáveis que estão gerando a febre da Terra. Uma primeira prioridade para impedir essa tragédia seria fechar todas as usinas nucleares e interromper os testes com armas, artefatos eletrônicos de guerra e o “Guerra nas Estrelas.” Enquanto isso, os militares constróem o seu maior aquecedor ionosférico de todos os tempos, com a intenção deliberada de criar mais instabilidade numa enorme camada de plasma - a ionosfera - e acelerar o nível de energia de partículas carregadas.

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4.1.10 CHUVA ELETRÔNICA CAINDO DO CÉU Os militares publicaram trabalhos sobre a precipitação de elétrons da magnetosfera (os cinturões externos de partículas carregadas que flutuam em direção aos pólos magnéticos da Terra) causada por ondas eletromagnéticas de freqüência muito baixa produzidas pelo homem.”Essas partículas precipitadas podem produzir ionização secundária, emitir raios X e causar perturbações na ionosfera inferior.” Dois cientistas da Universidade de Stanford, estudiosos de radiações, apresentam provas do que a tecnologia pode fazer para afetar o céu ao produzir ondas na Terra. Eles mostraram que freqüências de rádio muito baixas podem fazer vibrar a magnetosfera e fazer com que partículas de alta energia caiam em forma de cascata na atmosfera de Terra. Ao ligar ou desligar o sinal, eles conseguiram interromper o fluxo de partículas energéticas. 4.1.11 CONTROLE DO CLIMA Avalanches de energia desalojadas por tais ondas de rádio poderiam nos atingir com violência. O trabalho [dos pesquisadores de Stanford] sugere que técnicos poderiam controlar o clima mundial emitindo “sinais” relativamente breves para o cinturão de Van Allen (anéis de radiação ao redor da Terra). Assim, os efeitos da ressonância de Tesla podem controlar energias enormes por meio de minúsculos sinais ativadores. O livro de Begich e Manning pergunta se esse conhecimento será usado por cientistas interessados na guerra ou por cientistas interessados na biosfera. Os militares tiveram cerca de 20 anos para trabalhar em métodos de operações de guerra ligados ao clima, que chamam eufemisticamente de modificação

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climática. Por exemplo, a tecnologia de produção de chuvas foi testada algumas vezes no Vietnã. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos pôs em prática estudos de manipulação de raios e furacões no Project Skyfire (Projeto Fogo do Céu) e no Project Stormfury (Projeto Fúria da Tempestade). Também examinaram algumas tecnologias complexas que produziriam grandes efeitos. Angels Don’t Play This HAARP cita um especialista que diz que os militares estudaram tanto raios laser como substâncias químicas que, segundo seus cálculos, poderiam causar danos à camada de ozônio sobre uma área inimiga. Analisar formas de provocar terremotos, bem como de detectá-los, era parte do projeto chamado Prime Argus, há várias décadas. As verbas para esse projeto vinham do Departamento de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (sigla em inglês DARPA, atualmente abreviada para ARPA). Em 1994, a Força Aérea dos Estados Unidos divulgou seu plano mestre Spacecast 2020, que inclui o controle do clima. Os cientistas têm realizado experiências com o controle do clima desde os anos de 1940, mas o Spacecast 2020 observava que “é proibido usar técnicas de modificação ambiental para destruir, causar danos ou prejudicar outro estado.” Dito isso, a Força Aérea afirmou que o avanço tecnológico “conduz a um reexame desse tema importante e potencialmente arriscado.” 4.1.12 QUARENTA ANOS DE ATAQUES AO CÉU? Em 1958, o principal consultor da Casa Branca para alterações do clima, Capitão Howard T. Orville, disse que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos estava estudando “formas de manipular as cargas da Terra e do céu, influenciando, assim, o clima “mediante a utilização de um raio eletrônico para ionizar ou desionizar a atmosfera sobre determinada área.

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Em 1966, o professor Gordon J. F. MacDonald era Diretor Adjunto do Instituto de Geofísica e Física Planetária da Universidade da Califórnia, Los Angeles, e membro da Comissão Consultiva de Ciência da Presidência, tornando-se mais tarde membro do Conselho de Qualidade Ambiental da Presidência. Ele publicou trabalhos sobre o uso de tecnologias de controle ambiental para fins militares. MacDonald fez um comentário revelador: “A chave para as operações de guerra geofísicas é a identificação de instabilidades em que a adição de pequena quantidade de energia liberaria quantidades muito maiores de energia.” MacDonald, cientista de renome mundial, tinha inúmeras idéias para a utilização do ambiente como um sistema de armas, tendo contribuído para o que foi, na época, o sonho de um futurista. Quando escreveu seu capítulo “Como Destruir o Ambiente” para o livro Unless Peace Comes (A Menos que Venha a Paz), ele não estava brincando. Nesse capítulo, ele descreve o uso da manipulação do clima, da alteração do clima, derretimento ou desestabilização das calotas polares, técnicas de diminuição de ozônio, engenharia de terremotos, controle de ondas oceânicas e manipulação de ondas cerebrais usando os campos de energia do planeta. Ele também disse que esses tipos de armas seriam desenvolvidos e, quando utilizados, não seriam detectáveis de modo algum por suas vítimas. Será o HAARP essa arma? A intenção dos militares de realizar engenharia ambiental está bem documentada. Audiências da subcomissão do Congresso sobre os Oceanos e o Ambiente Internacional examinaram as alterações do tempo e do clima conduzidas no início dqs anos de 1970. “O que surgiu foi um quadro impressionante de pesquisas e experimentos abrangentes realizados pelo Departamento de Defesa sobre as maneiras pelas quais a interferência no

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ambiente poderia ser usada como arma,” disse outro autor citado em Angels Don’t Play This HAARP. Os segredos divulgados surpreenderam os legisladores. Será que um inquérito sobre a situação da tecnologia da manipulação eletromagnética surpreenderia os formuladores de leis hoje? Eles talvez descubram que as tecnologias desenvolvidas a partir dos experimentos HAARP noAlasca poderiam tornar realidade a visão de Gordon MacDonald, pois os cientistas mais importantes descrevem o clima global não apenas em termos de pressão atmosférica e sistemas térmicos, e sim como um sistema elétrico. 4.1.13 PEQUENAS INTERFERÊNCIAS, GRANDES EFEITOS O HAARP ataca a ionosfera nos pontos onde ela é relativamente instável. Deve-se lembrar que a ionosfera constitui um escudo elétrico ativo que protege o planeta do bombardeio constante de partículas de alta energia vindas do espaço. Esse plasma condutor, em conjunto com o campo magnético da Terra, captura o plasma elétrico do espaço e o impede de ir diretamente para a superfície da Terra, diz Chalies Yost de Dynamic Systems, Leicester, Carolina do Norte. “Se a ionosfera sofrer uma grande perturbação, a atmosfera abaixo dela será perturbada.” Outro cientista entrevistado disse que existe uma ligação elétrica poderosíssima entre a ionosfera e a parte da atmosfera na qual nosso clima faz sua encenação: a atmosfera inferior. Um efeito elétrico fabricado pelo homem - a ressonância harmônica das linhas de transmissão de força - provoca a precipitação de partículas carregadas do cinturão de Van Allen (radiação), e os íons cadentes ocasionam os cristais de gelo que precipitam as nuvens

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de chuva. E o HAARP? A energia lançada para o alto a partir de um aquecedor ionosférico não é muito grande se comparada ao total existente na ionosfera, mas os documentos sobre o HAARP admitem que se pode liberar quantidades mil vezes maiores de energia na ionosfera do que a quantidade injetada. Como acontece com a “chave das operações de guerra geofísicas” de MacDonald, os efeitos “não lineares” (descritos na literatura sobre o aquecedor ionosférico) significam pouca interferência e grandes resultados. O astrofísico Adam Trombly disse a Manning que se pode analisar os possíveis efeitos de pulsação de multigigawatt da ionosfera utilizando-se um modelo de acupuntura. Se o HAARP atingir certos pontos, essas partes da ionosfera poderiam reagir de formas surpreendentes. Aquecedores ionosféricos menores como o de Arecibo localizam-se sob regiões relativamente calmas da ionosfera, se comparadas à movimentação dinâmica existente próximo dos pólos magnéticos da Terra. Esse fato soma mais uma incerteza ao HAARP: a atmosfera superior imprevisível e agitada nas proximidades do Pólo Norte. Os experimentos do HAARP não impressionam alasquianos de bom senso como Barbara Zickuhr, que diz: “Parecem meninos brincando de cutucar o traseiro de um urso adormecido com uma vara.” 4.1.14 PODERIAM ELES PROVOCAR UM CURTO CIRCUITO NA TERRA? A Terra, na qualidade de um sistema esférico elétrico, constitui um modelo bem aceito. Contudo, esses pesquisadores que desejam realizar ligações de energia artificiais entre certas partes desse sistema podem não estar pensando nas possíveis conseqüências. Pode-se fazer com que motores e geradores elétricos oscilem

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quando seus circuitos são afetados. Será que as atividades humanas poderiam provocar uma mudança importante no circuito elétrico ou no campo elétrico do planeta? Um trabalho publicado na respeitada revista Science trata da ionização produzida pelo homem a partir de materiais radiativos, mas talvez também possamos estudá-lo tendo em mente os arrasa-céu do tipo HAARP: “Enquanto as mudanças no campo elétrico da Terra resultantes de uma condutividade moduladora de labaredas solares podem ter um efeito meteorológico quase imperceptível, a situação talvez seja diferente no que diz respeito a mudanças de campo elétrico provocadas pela ionização produzida pelo homem.” A meteorologia, é claro, é o estudo da atmosfera e do clima. A ionização é o que acontece quando um nível mais elevado de energia é injetado em átomos, expulsando os elétrons dos átomos. As partículas carregadas resultantes são a matéria-prima do HAARP. Paul Schaefer, ao comentar as tecnologias de tipo HAARP, diz: “Uma única olhada no tempo deveria nos dizer que estamos no caminho errado.” Angels Don’t Play This HAARP: Advances in Tesla Technology trata do plano dos militares para manipular o que pertence ao mundo: a ionosfera. A arrogância do governo dos Estados Unidos nesse assunto não é sem precedentes. Os testes nucleares atmosféricos tinham objetivos semelhantes. Mais recentemente, a China e a França utilizaram de forma destrutiva o dinheiro de seu povo, realizando testes nucleares subterrâneos. Há pouco tempo, noticiou-se que o governo dos Estados Unidos gastara US$3 trilhões em seu programa nuclear desde seu início nos anos de 1940. Que novas descobertas na ciência da vida poderiam ter sido realizados com todo esse dinheiro gasto na morte? Begich, Manning e outros acreditam que as democracias devem ser baseadas na franqueza e não

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nos segredos que cercam tanto a ciência militar. O conhecimento utilizado no desenvolvimento de armas revolucionárias poderia ser usado para curar e ajudar a espécie humana. Por serem usadas em novas armas, as descobertas tornam-se sigilosas, sendo abafadas. Quando realmente aparecem no trabalho de outros cientistas independentes as novas idéias são com freqüência frustradas ou ridicularizadas, enquanto os laboratórios de pesquisa militar continuam a construir suas novas máquinas para os campos de matança. No entanto, o livro escrito por Manning e Begich dá esperança de que o Golias militar-industrial- acadêmicoburocrático possa ser influenciado pelo poder combinado de determinadas pessoas e da imprensa alternativa. Informar-se é o primeiro passo para a capacitação. Notas: O DR. NICK BEGICH É UM PESQUISADOR INDEPENDENTE DE ANCHORAGE, NO ALASCA, ATIVISTA E EX-PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE PROFESSORES DO ALASCA E DO CONSELHO EDUCACIONAL DE ANCHORAGE. JEANE MANNlNG É REPÓRTER E EDITORA E MORA EM VANCOUVER, CANADÁ. UMA DÉCADA DE PESQUISAS SOBRE TECNOLOGIAS DE ENERGIA NÃO CONVENCIONAL CULMINOU EM SEU FUTURO LIVRO “THE COMING ENERGY REVOLUTION” - A FUTURA REVOLUÇÃO DA ENERGIA - (AVERY PUBLISHING GROUP, NEW YORK, 1.996). ELA CONTRIBUIU PARA O LIVRO “SUPRESSED INVENTIONS AND OTHER DISCOVERIES” -INVENÇÕES ESCONDIDAS E OUTRAS DESCOBERTAS - (AUCKLAND INSTITUTE OF TECHNOLOGY PRESS, NEW ZEALAND). BEGICH E MANNING ESTÃO COLABORANDO NO FUTURO LIVRO “TOWARDS A NEW ALCHEMY: THE INCREDIBLE INVENTIONS OF DR. PATRICK FLANAGAN” -

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RUMO A UMA NOVA ALQUIMIA: AS INCRÍVEIS INVENÇÕES DO DR. PATRICK FLANAGAN. 4.1.15 A REVELAÇÃO Ao contrário da maioria das portas de escritórios, esta se fechou com um som abafado, pois era pesada e à prova de som. A curvilínea secretária entrou e recebeu olhares breves dos poucos homens sentados às mesas, passou então a ser ignorada quando tomou seu lugar e se preparou para transcrever a reunião. Foi em meados da década de 1980 em algum lugar da Virgínia. Os cientistas da ARCO Power Tecnologies Incorporated estavam se reunindo em segredo com altos oficiais da Marinha e da Força Aérea num local seguro. Não havia uniformes presentes, pois há muito haviam aprendido que a imprensa observa as idas e vindas de oficiais de alta patente. A ordem do dia eram ternos de negócios, escondendo as estrelas do general da Força Aérea e os galões largos do almirante. Os homens de alta patente estavam levemente constrangidos sem o uniforme e ficavam se mexendo nas cadeiras. Os ternos ocultavam a patente dos ajudantes também, e era difícil dizer quem batia continência para quem nesse encontro. Os homens da ARCO estavam preparando alguns slides e gráficos. “Vamos direto ao assunto,” disse um dos cientistas. “Vocês todos sabem, de contatos anteriores, que transformamos as patentes de Eastlund (físico texano) e Tesla (Nikola Tesla, inventor e engenheiro eletricista croata radicado nos Estados Unidos) em um sistema viável.” Todos os olhos se voltavam para os cientistas, pois, até então, alguns militares de alta patente não haviam realmente ouvido toda a história. Um deles bocejou, antecipando outra reunião tediosa.

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“Cavalheiros,” continuou o cientista. “E se eu lhes dissesse que temos em nosso poder a capacidade de destruir qualquer míssil voando rumo aos Estados Unidos num raio de cerca de 6.437 km de nosso litoral sem disparar um tiro?” O general da Força Aérea sorriu. “Além disso, Almirante, e se lhe dissesse que, usando a mesma tecnologia, poderíamos nos comunicar com qualquer submarino a qualquer profundidade imediatamente em tempo real em alto e bom som sem necessidade do sistema submarino lento de uma letra por vez que vocês usam agora?” O almirante exibia o rosto impassível característico forjado por anos de experiência sentado diante de quem queria algo. Não demonstrou nenhuma emoção. “Isso não é tudo, cavalheiros,” continuou o cientista de modo pretencioso. “Acreditamos que essa tecnologia possa também nos dar a capacidade de enxergar vários quilômetros para o interior do solo, dependendo da composição geológica, mostrando-nos depósitos nucleares, silos – como um raio X de toda a topografia do inimigo. E tem mais.” O cientista levantou-se da cadeira e se aproximou do projetor elevado. “Acreditamos firmemente, com base em experiêmentos já em andamento, que, por meio dessa mesma tecnologia nova, acabaremos por conseguir manipular o clima sobre qualquer campo de batalha da Terra.” O almirante, ainda com as palavras sobre comunicação submarina soando nos ouvidos, falou primeiro. “Qual é o custo?” O cientista estava pronto para essa pergunta. “Almirante,” disse ele, “todo nosso programa para os próximos dez anos nos custará menos do que a metade do custo de um submarino nuclear. E…” ele fez uma

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pausa para produzir mais efeito, “as verbas do Congresso para os experimentos iniciais já estão à disposição.” “Isso é exeqüível?” perguntou o almirante em tom cético. “Sem dúvida,” replicou o cientista. “E patenteado.” “Qual a tecnologia?” perguntou ele. “Vamos injetar energia de rádio de alta freqüência na ionosfera para criar antenas virtuais imensas de baixa freqüência [FEB – freqüências extremamente baixas]. Então, podemos concentrar a energia desse espelho de ionosfera para provocar a destruição dos mísseis em rota de entrada – de fato, podemos destruir qualquer aparelho eletrônico. Fazemos isso aquecendo regiões da ionosfera superior e inferior, literalmente cozinhando-as, para criar um tipo de lente eletrônica. Provém daí a capacidade do foco de energia de se comunicar com os submarinos, Almirante – ou derrubar os mísseis que estão se aproximando, General.” Ele continuou sem esperar resposta. “O aquecimento seletivo da atmosfera, cavalheiros, também é o fator que pode modificar o clima. Potencialmente, poderíamos criar inundações, secas – muito útil para nossos militares.” O cientista aguardava agora uma reação. “O senhor ainda não me disse o que é essa tecnologia,” afirmou o almirante. “Estamos utilizando técnicas de transmissão, controle e pulsação dispostas em fase,” disse o homem da ARCO. “O senhor entende…” “Tecnologia escalar,” interrompeu a alta patente da Força Aérea, “diretamente da época de Tesla. Nossas pesquisas estavam incorretas, enquanto as da União Soviética iam a todo vapor. O sistema secreto Pica-Pau deles era apenas uma variação dessa tecnologia, e enlouqueceu nossas comunicações.” “Isso parece ser o santo graal da tecnologia de defesa para todos nós, em qualquer uma das forças

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armadas.” O general assentiu e continuou. “Mas qual é o outro lado? Com que rapidez podemos conseguir isso, e quanto ao sigilo?” Como se a pergunta fosse uma deixa, as luzes da sala diminuíram, e o projetor elevado começou a funcionar. “Deêm uma olhada nisto, cavalheiros.” A tela mostrava uma instalação rodeada por uma cerca. Dentro dela havia alguns barracões de aparência inocente e 36 antenas espigadas parecidas com varais de roupa, dificilmente a arma ameaçadora imaginada pelos militares. Havia neve e gelo por toda parte e um homem solitário vestindo um casaco com capuz estava nos degraus de um dos barracões como se posasse para a câmara. “Deêm uma olhada no que o público vai ficar conhecendo como HAARP – sigla em inglês para Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência. Para o público, parece um pequeno experimento científico, cavalheiros, na elegante floresta negra no Alasca central, distante de qualquer população.” O slide mudou para um esquema ilustrado da ionosfera da Terra. “No final, teremos 360 antenas. Quando iniciarmos as experiências no início de 1997, começaremos a aquecer ou ativar orifícios de 48 km de diâmetro diretamente acima do experimento, como um forno de microondas gigantesco. Furaremos outro, etc. Acreditamos que levará cerca de três meses para cada orifício se fechar e os dados passarão a nos contar mais sobre como focalizar nosso eventual espelho virtual.” Houve um momento de silêncio, então o almirante falou. “E o meio amibiente?” perguntou. “Não é preciso ter relatórios sobre o impacto ambiental? Quando mudamos um quartel no ano passado tivemos que avaliar o efeito nas minhocas! Como contornar este tipo de coisa?”

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O homem da ARCO pegou uma pequena valise e de lá tirou um relatório grosso, atirando-o na mesa de modo que ele escorregou e parou exatamente na frente do almirante. “Esse RIA (relatório sobre impacto ambiental) foi elaborado pela Força Aérea!” disse ao almirante. “Sinto muito, Almirante,” disse o general da Força Aérea, “tivemos uma emergência há cerca de um ano.” O almirante encarou longamente o general. Ele abriu o relatório de impacto ambiental e leu: “…as transmissões do instrumento de pesquisa ionosférica (IPI), normalmente orientadas para o alto, podem aumentar a temperatura corporal interna das pessoas nas proximidades; atear fogo nas lanternas dos porta-malas de carros trafegando pelas estradas, detonar munições aéreas usadas em detonadores eletrônicos e embaralhar as comunicações de aviões, os sistemas de navegação e de controle de vôo.” “Inacreditável!” disse o almirante, fechando o relatório. “Não sei como vocês conseguiram aprovar isso. E os efeitos desconhecidos? E a camada de ozônio? Não poderíamos causar danos irreparáveis à nossa própria atmosfera?” “Não sabemos,” respondeu o homem da ARCO, enquanto se voltava para continuar a apresentação. “Mas vamos descobrir.” 4.1.16FATOS VERDADEIROS O HAARP talvez seja o mais perigoso experimento para a defesa de nosso país, com exceção da primeira explosão da bomba atômica. Os que já eram nascidos nos anos de 1940, talvez lembrem que nossa atitude de guerra permeava tudo; a maneira como vivíamos girava, na verdade, em torno do esforço de guerra. A consciência dos militares naquela época era semelhante à da reunião

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sobre a qual vocês acabaram de ler. Em Los Alamos, antes da explosão da primeira bomba atômica, perguntaram aos físicos o que eles achavam que iria acontecer. Houve as mais fantásticas especulações, desde “fracasso” até “queimar a atmosfera da Terra”.Eles simplesmente não sabiam – mas fizeram mesmo assim! Na qualidade de canal de Kryon, sentei-me diante de um grupo de delegados das Nações Unidas em novembro de 1995, na cidade de Nova York. Eles tinham me convidado para canalizar na Sociedade para a Iluminação e Transformação, um grupo de meditação dentro das Nações Unidas. Kryon disse: Há cientistas trabalhando em métodos de transmissão de energia. Agora, trata-se de uma ciência válida, e vai funcionar. Não é novidade, já foi feito. Mas, oh, vocês possuem tal poder em seus instrumentos. Pedimos a vocês para irem com calma, pois ainda não entendem os fatores de ressonância do manto e da crosta da Terra. Em novembro, não tinha conhecimento do HAARP, mas quando comecei a estudá-lo, percebi que era exatamente sobre isso que Kryon falava. A tecnologia escalar usada para a transmissão de energia. E isso é perigoso! Este artigo não é técnico, e não vou me deter nos atributos técnicos desse experimento militar disfarçado de simples pesquisa. Esse artigo é um apelo para todos os que o estiverem lendo para que descubram, por si mesmos, mais a respeito do HAARP, de forma que possam entender a realidade e o alcance desse projeto. Já foi publicado um livro que apresenta uma pesquisa boa e bem fundamentada dos aspectos técnicos desse experimento. Angels Don’t Play This HAARP (Os Anjos Não Tocam Esta HAARP) é de autoria de Jeane Manning e

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do Dr. Nick Begich. Os interessados não devem deixar de lê-lo. A revista Popular Science de novembro de 1995 apresenta uma reportagem sobre o HAARP. Essa revista, normalmente alegre e divertida, condenou com muita veemência o que está sendo construído no Alasca. A reportagem diz que o HAARP está sendo controlado pelo USAF Phillips Laboratory e pelo Departamento de Pesquisas Navais. O equipamento é fornecido pela Advanced Power Tecnologies, uma subsidiária com sede em Washington D.C. da E-System de Dallas, fabricante de longa data de aparelhos eletrônicos para projetos ultra-secretos como o “avião do dia do juízo final” E-4B do presidente. A reportagem continua: “Richard Williams, físicoquímico e consultor do laboratório Sarnoff da Universidade de Priceton, está apreensivo. Especulações e polêmica cercam a questão de se o 1,7 gigawatt (1,7 bilhão de watts) de potência efetiva irradiada na faixa de freqüência de 1,8 a 10 Mhz do HAARP poderia causar danos duradouros à atmosfera superior da Terra. O HAARP vai despejar quantidades enormes de energia na atmosfera superior e não sabemos como isso acontecerá. Com experimentos nessa escala, poderiam ser causados danos irreparáveis em pouco tempo. Há necessidade premente de discussões abertas. Qualquer outra coisa seria um ato de vandalismo global.” E o que pensa o Alasca? Novamente de acordo com o Popula Science: “A representante do estado Jeanette James, cujo distrito circunda o local do HAARP, perguntou várias vezes sobre os projetos aos oficiais da Força Aérea e sua reposta foi que não se preocupasse. Diz ela: ‘Lá dentro, tenho a impressão de que isso é assustador. Estou cética. Acho que eles não sabem o que estão fazendo.’”

• CAPÍTULO V – O ARMAMENTO HAARP (A TORMENTA ESTÁ CHEGANDO)


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O que se pode fazer? A Internet já está zunindo com informações e sugestões úteis. Vocês talvez se surpreendam ao saber que não apenas os Estados Unidos estão se esforçando para interromper ou diminuir o ritmo desse experimento – o esforço é global. Se tiverem acesso à Internet, explorem a WEB para obter informações. Caso queiram informações sobre a meditação Internet referente ao HAARP (é isso mesmo pessoal, meditação internecional pela Internet), podem entrar em contato com Steve Rother em ROTHERENT@AOL.COM. Estão acontecendo meditações regulares! E se você não tiver acesso à Internet? Nos seminários Kryon, estamos incentivando os interessados a escrever um simples cartão postal para o “60 Minutes” ou “20/20”, importantes programas de televisão. Caso tenha êxito, isto vai provocar muita percepção por todo o mundo – muito mais rápido do que escrever a um senador. Escreva uma linha para eles dizendo: “Ouvi falar do HAARP. É perigoso? Obrigado.” Não lhes diga tudo sobre o programa, apenas mostre que está interessado. Esses programas querem fazer quadros que atinjam alto índice de audiência, e que sejam interessantes para muita gente. Mostre a eles que você quer saber. Se muitos de nós fizermos isso, eles terão a idéia. Ofertando em amor, Lee Carroll, canal Kryon. Por LEE CARROLL, baseado numa canalização KRYON na ONU. Publicado na Revista Metafísica AMALUZ . A tormenta esta chegando - www.discoverybrasil.com

Bibliografia www.farolbrasil.com.br Resenha do livro Angels Don’t Play This HAARP, por Dr. Nick Begich e Jeane Manning. Reproduzido de Magazine, P.O. Box 177, Kempton, IL 60946. www.vox2014.com.br



CAPÍTULO VI A HISTORIA DE ARION



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AO INICIO DA HISTÓRIA



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6.1 O nascimento 04 de Abril de 1964 cheguei a este mundo em uma pequena cidade da Florida chamada Hollyood, e logo no primeiro ano de vida meus pais saíram da América devido à perseguição sofrida na América, e embarcaram para um país que estava caminhando para ditadura, chamado Brasil. Diziam ser a terra do samba, da tranqüilidade e do desprendimento, mas o que achamos foi um regime militar recém empossado com o apoio do governo americano e capacitado pela CIA. Logo no desembarque fomos abordados pela migração e orientados a tomar precauções de segurança, que pouco serviram já que a perseguição vinha da minha própria nação. Meu pai chamava-se Yuri Molav, um cientista russo especialista em transistores e programação PASCAL, trabalhava para o governo Francês e morava em Portugal até conhecer uma linda matemática americana chamada Suzan Oak( minha mãe ) especialista em algoritmos. Isto ocorreu em meados de 63, e logo apos eu nasci. Fomos morar em Copacabana próximo a praia do Leme no Rio de Janeiro, apesar do paraíso carioca, a apreensão tomava conta dos olhos de meus pais ao dormir toda a noite, afinal, não seria muito difícil serem localizados no meio da confusão política que se encontravam os países latinos americanos. Passou-se seis anos, e a copa do mundo no México chegou, todos paravam para assisti-la desde o pedreiro ao mega empresário, realmente o futebol causa uma grande fascínio na mente dos Homens(parece-me que substitui as arenas que tanto divertiam as pessoa em tempos remotos). No dia da final da copa, meu pai apareceu em nossa casa um pouco pálido, nervoso e tenso (surpreendentemente tenso), repentinamente ele me pega pelos braços com forca, e grita: www.vox2014.com.br


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- Temos que sair daqui Suzan, e tem que ser agora! - Nos acharam não e? - Estão com oficiais do exercito brasileiro, a poucas ruas daqui, perguntando por dois gringos e um bebe. Nesse exato momento meu pai olha pela janela do apartamento e reconhece os agentes e militares subindo no prédio, rapidamente pega um cobertor sobe dois andares e coloca-me delicadamente no armário onde guardam o lixo. Seus olhos inchados e prestes a lacrimejar observam-me com um certo ar de alegria inexplicável para situação, ao mesmo tempo chega minha mãe beija-me e diz: -Você será o terceiro guardião meu filho, onde estiver não descansarei até que alcance a sua verdadeira vontade. Afastaram-se, e logo depois escutei gritos de dor, por parte de minha mãe. Fui encontrado por um casal jovem sem filhos, que estavam de férias no rio naquele período, alugaram umas daquelas kitinetes por temporada e estavam de lua de mel em nosso prédio. Logo depois. lá estava eu em São Paulo na zona Norte em um bairro chamado Casa Verde, conhecido como a terra dos ladrões de bancos, fui crescendo tentando apagar da minha psique aqueles fatos do passado, contados nos mínimos detalhes pelos meus pais adotivos. Fui crescendo sem irmãos, tinha poucos amigos e era muito tímido, gostava de empinar papagaios e jogar bola, sendo assim logo aos 10 anos fui chamado para jogar no dentinho do time do bairro. Aprendi desde pequeno que sempre temos que observar a nossa volta antes de tomar qualquer decisão, como meus pais fizeram antes de desaparecer, desta forma foi fácil pegar o habito de pisar na bola e controlar a situação. A bola para mim era o meu próprio destino, poderia estar nos meus pés agora, e logo após, no pé de um amigo ou mesmo de um adversário, até perder uma

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partida era possível. Mas nunca perder seu controle enquanto estivesse aos meus pés.A fama fez que recebesse convites para os bailinhos, onde comecei a admirar a beleza e a ternura feminina, coisa que me fez perceber que todo Homem nascia incompleto ate conhecer uma mulher. Ao som de The carpenters dancei pela primeira vez de rosto colado, e não consegui dormir aquela noite. 6.2 A adolescência Aos sete anos de idade fui matriculado em uma escola de freiras, onde a disciplina e a submissão a Deus eram muito bem disseminados na escola. Minha mãe adotiva achava que o mínimo que poderia oferecer para minha formação eram os estudos, neste ponto ela tinha plena razão, mas o que não contávamos com a queda de nosso poder aquisitivo. Isto aconteceu aos 12 anos e logo me vi com uma pasta na mão e muitos cheques para pagar, um legitimo office boy.O mais interessante que o trabalho em vez de ser um sinônimo de pobreza, na verdade era motivo de respeito entre os amigos, mas o problema estava apenas começando. Tendo que estudar a tarde e vindo de uma escola de freiras senti na pele o preconceito, e da pior forma possível, ou seja, apanhando. Todos os dias um grupo de meninos me juravam no fim da aula, e depois de algumas dezenas de surras, resolvi entrar em uma academia de Karatê, treinava toda à noite 3 horas por dia, até que depois de dois meses me escondendo resolvi encarálos.O resultado foi terrível, um afundamento de traquéia provocado pelo soco que dei, quase matou um dos meninos e tive que sair da escola. Acusado de marginal, via-me decepcionado com a sociedade e com o mundo, muito dura para que eu pudesse entendê-la, e aadolescência chegou com um couvert muito, amargo.

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Aos sete anos de idade fui matriculado em uma escola de freiras, onde a disciplina e a submissão a Deus eram muito bem disseminados na escola. Minha mãe adotiva achava que o mínimo que poderia oferecer para minha formação eram os estudos, neste ponto ela tinha plena razão, mas o que não contávamos com a queda de nosso poder aquisitivo. Isto aconteceu aos 12 anos e logo me vi com uma pasta na mão e muitos cheques para pagar, um legitimo office boy. O mais interessante que o trabalho em vez de ser um sinônimo de pobreza, na verdade era motivo de respeito entre os amigos, mas o problema estava apenas começando. Tendo que estudar a tarde e vindo de uma escola de freiras senti na pele o preconceito, e da pior forma possível, ou seja, apanhando. Todos os dias um grupo de meninos me juravam no fim da aula, e depois de algumas dezenas de surras, resolvi entrar em uma academia de Karatê, treinava toda à noite 3 horas por dia, até que depois de dois meses me escondendo resolvi encará-los. O resultado foi terrível, um afundamento de traquéia provocado pelo soco que dei, quase matou um dos meninos e tive que sair da escola. Acusado de marginal, via-me decepcionado com a sociedade e com o mundo, muito dura para que eu pudesse entendê-la, e a adolescência chegou com um couvert muito, muito amargo. Aos 16 anos tive que tomar uma decisão muito importante, ficar na minha escola com meus amigos e acompanhá-los no segundo grau normal, ou ir para uma escola técnica e fazer um curso profissionalizante. Optei pela segunda opção, acho que foi devido ao trabalho que não conseguia evoluir além de um auxiliar administrativo e conseqüentemente não me sobrava muito para comprar algo. Fiz o teste, passei e lá estava eu entrando no curso de

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Técnico de Eletrônica, o problema era a tal da física e matemática que não agradava muito minha cabeça, mesmo assim tinha que continuar. Foi ai que tudo começou... Na primeira semana de aula conheci um cara estranho na sala de aula, seu nome era Natanael conhecido como o Vampiro, pelo seu jeito de vestir e seu cabelo ala Drácula. Ele chegou perto de mim e falou: - Qual sua religião? Respondi: - Católico E ele falou: Então quem te protege de seus pesadelos diários? Minhas pernas tremeram, afinal eu tinha um pesadelo que me acompanhava desde os treze anos de idade, tratava-se do seguinte: Ao acordar, chegava perto do espelho do banheiro abria o armário para pegar minha escova e ao levantar minha mão via uma velha horrível totalmente deformada a avançar na minha direção, o susto era tão grande que acordava. Ao chegar ao armário novamente tudo acontecia da mesma forma pelo menos umas três vezes seguidas, até ao ponto que quando realmente acordava não conseguia chegar ao armário e passava todo o dia como um morto vivo. Perguntei: - Que sono esta falando? - Daquele que te iludeo sobre o que é real e o que é lúdico. - Como sabes disso? - Não sei dizer, mas sei como pode se defender. - Como? - Faça um circulo em sua volta ao dormir e diga “Apopantus kankundai monus” que quer dizer “Afaste de mim estas correntes mortas”. Fiquei na minha, achei graça e nunca mais

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conversei com ele a não ser nas peladas de futebol no intervalo, após um mês, o sonho voltou e logo quando acordei fiz exatamente o que mandou e nunca mais tive aquele pesadelo. Sabia que era auto-sugestão, mas como, e porque funcionava em minha mente? Neste exato momento foi que comecei a ver que as religiões antigas já não estavam surgindo efeito, e que existia algo inexplicável a ser descoberto. 6.3 A faculdade Aquela experiência na adolescência levou-me a procurar na matemática a teoria, e na física os segredos que desvendassem aquele paradigma do pesadelo. Prestei vestibular na Unicamp em Campinas e passei para matemática, no período de quatro anos fiz amizades com muitos filósofos, físicos e principalmente neurologistas. Estava obcecado em saber como o cérebro funcionava e qual a relação entre o universo, a mente, a física quântica e as religiões. Comecei a ler Aleister Crowley, Karl Pribam, Alber Einstein, David Bohm entre muitos outros, e acabei por desvendar que a transcendência mental das religiões e dos místicos não passam de uma forma de ativar estados de freqüências que permitem conhecer o ambiente operacional que comanda todos nós e tudo que achamos existir em nossa volta. Nossa mente e nosso universo não passam de Hologramas e o grande arquiteto desse enorme sistema deixou a responsabilidade para nós mesmos.Não passamos de programas construindo programas. Agora que sabem minha trajetória neste mundo, vale a pena dedicar algumas palavras sobre toda a teoria que envolve o eletromagnetismo orgânico e o grande perigo que corremos de sermos aniquilados caso não desvendamos esta verdade.

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6.4 A teoria em cima dos tópicos anteriores Cabe esclarecer a todos o porque da primeira parte falar sobre assuntos tão diferentes e complexos. Esta transmissão esta ocorrendo no ano de 2019, uma empresa americana chamada Digital Live criou um chip(Stage killer) que ao ser implantado no córtex cerebral de detentos causava uma lobotomia instantânea. O presidiário entrava em um coma induzido no qual tornava-se vitima de seu próprio crime, de forma tal que ao acordar ficava em pleno estado de incapacidade física e mental. O sucesso foi tão grande que a Digital Live lançara em 2020 o “Live Dreams 1.0” que possibilitará aos idosos viverem em realidade virtual como um jovem de 20 anos até sua morte. Parece loucura, mas já existem 500 mil idosos na fila de aquisição somente nos USA. Isto me faz crer que a raça humana em breve estará igual às baterias orgânicas do filme Matrix de 1999, e justamente por isso resolvi escrever esta carta intitulada VOX 2014. Que na verdade não passa de um manual de instruções de como se deve fugir dessa terrível realidade que nos cerca neste momento. Vou agora explicar um pouco do porque das quatro títulos da primeira parte. Deus e as ciências: As religiões foram criadas em sua origem para estabelecer uma sincronia entre a humanidade e o Universo através da meditação e oração, infelizmente algumas pessoas se aproveitaram deste conhecimento para manipular civilizações inteiras. Este texto não passa de uma preparação para o verdadeiro contato com o que se pode dizer da palavra Deus, em que mais na frente você saberá o que ele representa cientificamente. Seres Inumanos do Astral:

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Ao meditar ou orar, você chega a um nível desaceleração mental que te possibilita um desprendimento da realidade que os cerca, e longe de ser um devaneio mental, você enxergará coisas inovadoras para sua consciência. Este mundo plástico e ilusório foi apresentado de tal forma a desmistisficar o que as religiões ocidentais colocaram como verdade. Figuras como anjos e demônios, freqüentes no mundo ocidental aparecem em várias formas de acordo com sua evolução meditacional ou oracional. Ou seja, cada um vê aquilo que deseja neste estado vibracional. Extraterrestres: Falar de alienígenas é motivo de gargalhadas e ironia por parte da grande maioria da raça humana, sendo assim não e muito fácil falar deste assunto nesta carta. Levem como parte pitoresca deste texto e encare o que vou falar como uma espécie de realidade fantástica, algo que não se deve relevar. Afinal poucos vão acreditar que são justamente eles que estão por traz dos dois títulos acima descritos e o próximo abaixo e principalmente a programação que nos impede de parar de pensar. Singularidade: Para que possam compreender o que está acontecendo hoje(2019) devem avaliar a trajetória tecnológica e computacional que a humanidade atingiu nestes dois últimos séculos a ponto de chegarmos a modificar geneticamente nossa própria espécie e usarmos robôs como cachorrinhos de estimação para idosos e crianças. Na verdade esta primeira parte foi descrita para capacitá-los a entender a teoria do Universo Holográfico e sua relação com a meditação e os novos softwares de inteligência artificial usados para escravizar nossa mente e corromper nosso espírito. Descreveremos a teoria, contaremos o inicio da historia, e colocaremos a pratica

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como forma de treino para protegermos nosso cérebro e de nossos descendentes desta que será a pior batalha que o Homem já travou. (A conquista de nossa consciência pelas maquinas, bem vindo a VOX 2014). Bibliografia: Paulo carvalho e Othon Carvalho

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CAPÍTULO VII A TEORIA DO UNIVERSO HOLOGRAFICO



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7.1 A mente funcionando como um holograma O modelo holográfico da consciência baseia-se na noção de que as informações a partir das quais a consciência trabalha não se acham armazenadas em determinados lugares, mas sim ao longo de todo o cérebro, ou sobre grandes áreas dele, e cada vez que as informações são usadas é feita uma seleção reunindo todas essas informações a partir de todo o cérebro, como ocorre com o holograma propriamente dito. “É nesse momento que ao desacelerarmos a atividade cerebral através da meditação ou oração, descobrimos qual a linguagem básica utilizada para armazena-las e assim entramos em contato com o universo plástico ou energia escura. Interpretada pelas religiões como Plano Astral, céu, inferno ou outras nomeclaturas. como observamos no capitulo Seres Inumanos.”. O cérebro é uma essência com base na qual as observações são construídas. As percepções são propriedades que emergem da interação do cérebro (e do corpo) com o universo físico. Assim como as forcas gravitacionais e eletromagnéticas Compõem-se de interações entre objetos materiais e partículas, as percepções e outros fenômenos mentais compõe-se de interações entre o cérebro (sentidos e corpo) e o mundo “real” que o circunda.Num certo nível, uma explicação tão fácil e, naturalmente, convincente. No entanto, penetrações mais profundas nas idéias revistas acima, sugerem outra explicação igualmente plausível. As relações entre observações são fenômenos mentais, uma vez que observações e percepções são mentais. Talvez até mesmo as propriedades fundamentais do universo sejam mentais e não materiais. Os próprios físicos nucleares fazem lembrar essa possibilidade quando atribuem charme, cores e sabores as suas “relações entre observações”, quarks, bosons e outras partículas

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elementares que constituem o núcleo dos átomos. De tempos em tempos, filósofos fazem analogias entre a mente e o computador, as seguintes afirmações colocam essas duas concepções básicas numa justaposição sucinta: 1) O cérebro, organizando o input, a entrada vinda do mundo físico, conforme e obtida através dos sentidos constrói propriedades mentais que geram pensamentos que se consolidam e ações e emoções. 2) O computador, organizando o input, a entrada vinda do mundo físico, obtida através de sensores, teclados ou voz, constrói propriedades matemáticas que geram ações e no caso da inteligência artificial ou até emoções. 7.2 As similaridades da vida real com ambientes computacionais Imaginem que nosso computador fosse uma caixa onde se encontraria nosso Universo em forma de software, se montarmos um paralelo para a computação, o que ele seria?Com certeza seria um enorme ambiente operacional como Linux, Unix e porque não o Windows. Na certa nossa galáxia não passaria de um diretório, nosso sistema solar um sub-diretório, nosso planeta um programa, os humanos algum tipo de arquivo executável e nossa mente um algoritmo. Cabe a pergunta. Qual linguagem roda o planeta Terra? Será que poderíamos entender nossa linguagem e modificá-la de forma a conhecermos outros ambientes operacionais como LINUX ou mesmo Universos paralelos. Paradoxalmente, quase todos cientistas concordariam hoje com alguma destas questões, a afirmação numero dois reflete a crença de muitos dos mais influentes físicos teóricos.

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Os matemáticos encaram de maneira mais direta esse dilema: Como que as operações de seus cérebros descrevem com tanta freqüência e fidelidade a ordem básica do universo que percebem?Será que existe uma linguagem padrão que funciona como lentes retrateis simulando uma realidade não real, através de uma linguagem de programação comum entre os seres vivos? 7.3 O universo holográfico Se o cérebro interpreta as informações externas como Hologramas, porque o universo não poderia ser um enorme rede holográfica? Existe teorias que mostram que a memória pode ser armazenada em anéis de circuitos que se fecham incessantemente entre certas células, e que deixam no cérebro uma espécie de deformação plástica, de modo que quando se fornece novamente energia a esses anéis, é evocado um padrão semelhante ao que eles produzem. Isso não é muito diferente do principio da gravação em fita. O mais interesante sobre isso, é o fato que quando você vê alguma coisa que ativa esses anéis, isso será gravado, mas quando você vê algo semelhante, isso pode ativar uma energia que provém dessa gravação. Esses anéis podem não ser apenas locais; pode haver muitos anéis semelhantes por todo o cérebro, um número incrível deles, todos interconectados, de modo que, por exemplo, se você esta olhando para um determinado segmento de informação, tal como uma rocha, o enfoque mais simples, como o de uma objetiva, consistiria em dizer que a rocha está armazenada numa célula do cérebro. E depois, que a segunda rocha está numa outra célula, árvore numa terceira e assim por diante.

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Outra concepção seria a de que a rocha é analizada segundo muitíssimas características, tais como linhas, curvas, bordas, cores e todas diferentes informações que poderiam produzir algum tipo de deformação plástica em toda extensão do cérebro. Por isso, para recuperar as informações a respeito dessa rocha, deve haver, de alguma forma, uma coleta de informações provenientes de todo o cérebro. Em outras palavras, se colocarmos a questão nesses termos, até mesmo a palavra “rocha”pode estar armazenada em toda a extensão do cérebro, e todos os vários atributos que a rocha possui não são armazenados em um só lugar mas em todos, e características como aquelas poderiam recombinar-se de diferentes maneiras para diferentes tipos de objetos. Ou seja para formar qualquer conceito ou qualquer imagem ou lembrança ou o que que seja, você precisa colher informações não em um fichário, mas sim em todo o armário simultâneamente. “Essa nova forma de armazenar dados já esta sendo pesquisada no mercado de informática e é conhecido como o futuro da computação quântica, e aí pode estar o segredo da inteligência artificial”. Vamos ao Universo como holograma: Os físicos usam a idéia de campos e partículas, e assim por diante, mas quando você os pressiona, eles devem concordar que não têm nenhuma imagem do que pode ser essas coisas, e não reconhecem outro conteúdo além dos resultados daquilo que podem calcular com suas equações. Na época de Newton diziam que não existe nada exceto equações e instrumentos de medida e que as equações apenas lhe permitem calcular os números que surgirão em seus instrumentos de medida. Hoje, ao contrário, você introduz várias imagens que lhe permitem

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somar rapidamente os efeitos das equações, mas insite no fato de que essas imagens não podem, em qualquer sentido, ser consideradas com as descrições da realidade. A menores partículas conhecidas têm eletricidade, Einsteim correu sua vida inteira para entender a gravidade como a única prova de se calcular a origem do Universo. As distância entre o nucleo do atomo até a primeira camada de eletrons é igual a um grão de areia de salvador até natal, somos formados de nada, e é claro que só não nos atravessamos por conta dos campos eletromagnéticos. Temos em nossa composição quimica os mesmos ingredientes encontrados no universo, e mais, sabemos que a maioria absoluta (99,5%) de todo o universo é formado por uma energia escura e matéria escura, ou seja, seguindo o raciocinio holográfico, nós também devemos ter esta energia escura em cada um de nós. Só não temos acesso por conta de um modelo complexo de memória holográfica que só permite que vejamos e sentirmos apenas os 0,5% uma linguagem padronizada para todos os humanos. É uma noção um tanto absurda apenas 0,5%, pois a realidade é, por definição tudo o que o homem pode conhecer. A realidade é baseada na palavra res, que significa “coisa”, e a coisa é aquilo que é conhecido. Veja, a palavra res baseia-se na palavra rere, que significa pensar, e a coisa é , essencialmente, aquilo sobre o qual você pode pensar. Portanto, a realidade é apenas aquilo que o Homem pode conhecer. Agora, o que eles(os físicos contemporâneos) estão, em essência, dizendo(embora isso não faça sentido) é que a realidade do homem está em confinada aos resultados de algumas

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operações de instrumentos científicos, mas eles tampouco argumentariam seriamente a respeito disso. É uma questão confusa. Veja, aos domingos, quando estão filosofando, dizem que a realidade do homem confina-se ao resultado de instrumentos científicos; e nos dias de semana, afirmam que ela é realmente constituída de pequenas partículas sólidas e rígidas, que eles sabem que não podem ser assim porque elas possuem todas as propriedades das ondas e muitas outras propriedades que as particulas jamais poderiam ter(teoria das cordas). Penso, portanto, que o resultado geral disso é a confusão e você judiciosamente salta de uma imagem para outra a fim de capacita-la a obter rapidamente resultados matemáticos que você pode comparar com os experimentos, e é realmente esse, de qualquer maneira, o ponto principal da operação; tudo o mais é ou útil para tal propósito ou é fachada, decoração de vitrine, como eles costumam dizer, ou cobertura de bolo, ou o que quer que seja, mas eles argumentariam que não é realmente o ponto principal. A verdade que parece estar chegando, é que realmente o mundo é digital e o universo um amontoado de imagens holográficas disponibilizadas para que possamos saber o que é realmente real. 7.4 A transcedência mental Disso tudo o que podemos dizer, é que existe uam verdade que nos foi escondida e apagada de nossas mentes durante milhares de anos, e hoje estamos a mercê de uma realidade que não condiz com a verdade em hipotese alguma.

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Os cientistas da fisica clássica esconderam propositalmente suas experiências com particulas quanticas para que não tivessemos acesso a verdade, e só agora com o advento da Teoria das Cordas conseguimos descobrir o que os antigos sempre diziam sobre a existência de outros planos de vida em nossa existência.. Agora conhecidas como dimensões e multiversos pela física moderna. 7.5 Desaceleração da atividade cerebral Se quisermos conhecer essa energia escura que compreende nossa realidade, temos que desbravar essas dimensões ou sephiras. Passar por anjos, demonios e tudo mais que nossa cultura nos proporcionou e saber o que nos revela aqueles que ja conhecem e dominam essas dimensões e por isso controlam o planeta. Para isso temos que desacelerar nosso pensamento e o único instrumento é aquela que a maioria descredibiliza “a meditação”. Com esse desaceleramento, podemos sair da linguagem holográfica de acesso a memória que nos foi embutida quem sabe pelos próprios alienigenas antes citados. Agora veremos como a fisica interpreta essas dimensões e como podemos conquista-las através de exercicios provenientes das escolas de mistério do antigo egito. Bibliografia - O paradigma holográfico ( Karl Pribam e David Bohm ) Editora Cultrix.z

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CAPÍTULO VIII AS DIMENSÕES INVISIVEIS DO UNIVERSO



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8.1 Os multiversos A palavra “dimensão” vem do latim e significa “medir completamente”. Da mesma forma que só um número basta para definir a posição de um ponto sobre uma reta, caracterizando um “espaço unidimensional”, necessitamos de 4 números para caracterizar completamente os corpos em nosso universo, daí dizermos que vivemos em um espaço-tempo quadridimensional. Para isto basta visualizar uma bola em um jogo de tênis, a cada instante precisamos de 4 números para definir completamente a sua posição (ou trajetória). Existem teorias que dizem que podemos estar vivendo em um universo com dimensões ainda maiores. A teoria mais promissora para vencer o desafio de uma teoria gravitacional quântica é a Teoria das Supercordas, mas para que as equações dessa teoria sejam autoconsistentes devemos supor que vivemos em um universo de 10 dimensões. A idéia de que nosso universo poderia ter mais que as três dimensões foi introduzida mais de meio século antes do advento de teoria das cordas por T. Kaluza e por O. Klein. A premissa básica da teoria de KaluzaKlein é que uma dimensão ou pode ser grande e diretamente observável ou pequena e essencialmente invisível. Uma analogia com uma mangueira de jardim pode ser útil. De longe, olhando uma mangueira de jardim longa, parece um longo fio, ou seja, um objeto unidimensional. De um ponto mais próximo (ou de uma distância longa com ajuda de um aparelho de aproximação visual) dimensões adicionais aparecem, a dimensão circular da mangueira fica evidente. Assim, dependendo da escala de sensibilidade do observador, a mangueira ou aparecerá como um objeto de uma ou três

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dimensões. A teoria de Kaluza-Klein diz que a mesma coisa pode ser verdade no universo. Nenhum experimento governa ou visualiza a possível existência destas dimensões. Estas dimensões adicionais de espaço estão enroladas (como a dimensão circular da mangueira) em escalas menores que 10-12 cm, o limite de acessibilidade hoje. Embora originalmente introduzida no contexto das teorias de partícula pontuais, esta noção pode ser aplicada a cordas. Então, a teoria das cordas é fisicamente sensata se as seis dimensões extras requeridas estão enroladas em minúsculas formas espirais no espaço, da ordem da escala de comprimento de Planck. As dimensões da natureza se penetram e compenetram sem no entanto confundirem-se. São como ondas de rádio, em freqüências diferentes. É importante observar que perceber outras dimensões é diferente de ter consciência sobre elas, de estar desperto e poder mover-se livremente de uma para outra...Colocaremos primeiro no ponto de vista holístico. Ponto de vista holístico Primeira dimensão (1ªD): Relativa ao comprimento. Seres unidimensionais. Comunicam-se apenas através de sensações: frio, calor, gostos, desgostos, etc. Não percebem outras dimensões conscientemente. Não formulam conceitos. Possuem corpos perceptiveis na 3ªD e deixam um rastro (imaginário ou não) ao moverem-se. Exemplos de seres unidimensionais: minhocas, lesmas e seres rastejantes.

• CAPÍTULO VIII – AS DIMENSÕES INVISÍVEIS DO UNIVERSO


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Segunda dimensão (2ªD): Relativa à largura. Seres bidimensionais. Comunicam-se através das sensações e das percepções (os 5 sentidos). Não percebem outras dimensões conscientemente (Excessão ao gato, que pode “perceber” as dimensões superiores). Ainda não formulam conceitos. Observar aqui que existem diferentes níveis evolutivos destes seres, de acordo com a roda de Samsara. Alguns já podem entender pequenos comandos, porém ainda não há uma conceituação sobre eles. Também possuem corpos perceptíveis na 3ªD. Exemplos de seres bidimensionais: cão, gato, cavalo, etc, exceto os seres humanos. Terceira dimensão (3ªD): Relativa à altura. Também chamado mundo físico ou tridimensional, regido pelas leis físicas da 3ªD. Seres tridimensionais. Comunicam-se através das sensações, das percepções (os 5 sentidos) e os conceitos. Podem perceber as outras dimensões conscientemente, desde que tenham trabalhado fortemente sobre si mesmos, despertando e dominando suas consciências. Ser tridimensional: homem físico, com o corpo físico. Quarta dimensão (4ªD): Relativa ao tempo. Conhecida pela ciência como 4ª coordenada ou hiperespaço. Seres quadridimensionais.

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Também chamada de mundo etérico (éter). É conhecida pelas religiões como “O Paraíso”. Regida pelas leis da 4ªD. A 4ªD está dividida em duas regiões: . região inferior - ciência dos “jinas negros”. Região habitada por “bruxos”, “zangões” e outros elementos negativos. . região superior - ciência dos “jinas brancos”, os elementais da natureza. Habitada por gnomos, fadas, devas, salamandras, “anjos da vida” etc. Quinta dimensão (5ªD) A 5ªD é onde podemos investigar muitas coisas do passado e futuro usando o corpo astral e o corpo mental. É uma oportunidade de descobrir os erros e acertos, pois temos acesso ao ‘Livro da Vida’ (akasha) onde estão os débitos e os créditos individuais. É possível descobrir o exato momento da nossa próxima morte física. Descobrir porquê, quando, como e onde... é possível transcender esta morte... O ego não ultrapassa esta dimensão. Porém, se não praticarmos o desdobramento astral CONSCIENTE, estaremos sempre a mercê da armadilhas do ego nesta dimensão, pois ele cria formas diversas, muitas vezes belas, para permitir aos eu’s continuar manipulando a nossa vontade. Sem consciência nesta dimensão (sem a pratica do desdobramento astral CONSCIENTE) estamos também a mercê dos ataques dos magos negros e seus terríveis poderes. Relativa à Eternidade. Está além do tempo, é um eterno agora. Também chamada de mundo molecular. A 5ªD está dividida em dois mundos (astral e mental), que se subdividem em inferior e superior:

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. Mundo astral Mundo astral inferior As religiões denominam esta região de limbo, pois vão para lá os vivos e os mortos. É para esta região que vemos no desdobramento astral *inconsciente* (SONHOS). Existem nesta região muitos templos da ‘Loja Negra’. Mundo astral superior Existem os templos da ‘Loja Branca’. Os tribunais divinos da justiça (encarregados de jjulgar o Karma e o Dharma). Estão aqui os anjos da morte, encarregados dos processos de desligamento. . Mundo Mental Mundo mental inferior Muitos templos da ‘Loja Negra’ com os mais terríveis e perigosos ‘magos negros’. Mundo mental superior Os indostânicos chamavam esta região de ‘devachan’. Muitos templos da ‘Loja Branca’. Sexta dimensão (6ªD) Estão os primeiros mundos eletrônicos (sol espiritual). Está além da própria eternidade. É a morada da Essência. Pode ser explorada apenas pela real meditação, que consegue liberar a Essência aprisionada pelo ego. Divide-se em:

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. Mundo causal. As religiões chamam esta região de “céu”. Refere-se ao corpo causal, construido pela vontade consciente (homem autêntico). Alma humana. . Mundo budico (corpo budico). Alma divina. No mundo causal e budico estão as almas dos seres humanos. É fato que a grande parte da humanidade hoje “não possui alma, nem espirito”. É preciso fabricálos. Sétima dimensão (7ªD) Faz parte dos mundos eletrônicos. Conhecida como dimensão ou região “zero”. É a morada do Pai (ou Absoluto). É a morada do nosso Íntimo. Para onde voltaremos, com a eliminação total do ego, mas somente após a aquisição da total consciência, da fabricação dos corpos solares, da alma, do espírito e da encarnação do nosso Íntimo...eis um longo e difícil caminho a pecorrer.. Ponto de vista Científico Em Flatland: A romance of many dimensions Edwin A.Abbott descreve, em 1884, as aventuras de “A. Square”, uma personagem que vive num mundo bidimensional povoado por figuras geométricas animadas – triângulos, guadrados, pentágonos etc. Ao final da história, no primeiro dia de 2000, uma criatura esférica da tridimensional “Spaceland” passa através da Flatland e arrebata A. Square do seu domínio plano, para mostrar a ele a verdadeira natureza tridimensional do mundo maior. À medida que compreende o que a esfera lhe mostra, A. Square especula que Spaceland pode ela própria existir como um pequeno subespaço de um universo quadridimensional ainda maior.

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Surpeendentemente, nos últimos quatro anos, os físicos têm examinado uma idéia muito semelhante: a de que tudo que podemos ver em nosso universo está confinado a uma “menbrana” tridimensional situada num domínio dimensional mais alto. Mas, diferentemente de A. Square, que pretendia de intervenção divina da Spaceland para suas percepções, os físicos poderão em breve detectar e verificar a existências das dimensões extras da realidade, que poderiam estender-se sobre distâncias de até 1 mm. Experimentos já buscam o efeito de dimensões extras sobre a força da gravidade. Se a teoria estiver correta, experimentos com partículas de alta energia na Europa poderiam ver processos incomuns envolvendo gravidade quântica, como a criação de microburacos negros transitórios. Mas que um romance inconseqüente de muitas dimensões, a teoria das cordas e pode solucionar antigos enigmas da física de partículas e cosmologia. Os exóticos conceitos da teoria das cordas e multidimensões advêm das tentativas para compreender a mais familiar das forças: a gravidade. Mais de três séculos depois de Isaac Newton propor sua lei da gravitação, a física ainda não explica por que a gravidade é tão mais fraca que todas as outras forças. Sua debilidade é dramática. Um pequeno imã facilmente sobrepuja a atração gravitacional da massa inteira da terra ao elevar um prego do piso. A atração gravitacional entre dois elétrons é 10(43) vezes mais fraca que a força elétrica repulsiva entre eles. A gravidade parece importante para nós – ao manter nossos pés no solo e a terra orbitando o sol – apenas porque estes grandes agregados de matéria são eletricamente neutros, tornando as forças elétricas desprezíveis e deixando a gravidade, fraca que seja, como a única força perceptível que sobra.

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Os elétrons deveriam ser 10(22) vezes mais massivos para que as forças elétrica e gravitacional entre dois deles fossem iguais. Produzir tal partícula pesada tomaria 10(19) gigaelétron-volts (GeV) de energia, quantidade conhecida como energia de Planck (nome do físico alemão Max Planck). Uma medida relacionada é o comprimento de Planck, um minúsculo 10(35) metros. Em comparação, o núcleo de um átomo de hidrogênio,

um próton, é cerca de 10(19) vezes maior e tem massa de aproximadamente de 1 GeV. A escala de energia e o comprimento de Planck estão muito além do alcance dos mais poderosos aceleradores. Mesmo o Large Hadron Collider, no Centre Européen de Recherche O Large Hadron Collider, no Centre Européen de Recherche Nucléaire (CERN), irá sondar distâncias apenas até cerca de 10(19) metros quando começar a operar em dez anos. Como a gravidade torna-se comparável em intensidade ao eletromagnetismo e às outras forças na escala de Planck, os físicos têm tradicionalmente suposto que a teoria unificando a gravidade com as outras interações revelaria a si própria somente nestas energias. A natureza da teoria unificada última ficaria irremediavelmente fora do alcance da investigação direta experimental no futuro previsível. Os mais poderosos aceleradores da atualidade sondam o domínio energético entre 100 e 1.000 GeV ( um teraeletron-volt, ou TeV ). Neste intervalo, os experimentadores têm visto a força eletromagnética e a interação fraca ( uma força entre partículas subatômicas responsável por certos tipos de decaimento radioativo ) tornarem – se unificadas. Compreenderíamos e extraordinária debilidade da gravidade se entendêssemos o fator de 10(16) que separa a escala eletrofraca da escala de Planck.

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Infelizmente, o Modelo Padrão, a extremamente bem-sucedida teoria física das partículas, não pode explicar o tamanho desta grande lacuna, porque a teoria está cuidadosamente ajustada à escala eletrofraca observada. A boa notícia é que este ajuste ( ao lado de 16 outros ) serve de uma vez por todas para uma miríade de observações. A má noticia é que devemos fazer uma sintonia fina da teoria subjacente e uma precisão de cerca de uma parte em 10(32), caso contrário, os efeitos quânticos – instabilidades – arrastariam a escala eletrofraca totalmente de volta à escala de Planck. A presença de tal equilíbrio delicado na teoria é como entrar num quarto e encontrar um lápis perfeitamente equilibrado sobre sua ponta em cima de uma mesa. Embora não impossível. A situação é altamente instável, e ficamos imaginando como ela teria surgido. Durante 20 anos, os teóricos têm atacado este enigma, chamado o problema da hierarquia, por meio da alteração da natureza da física de partículas perto dos 10(19) metros ( ou 1 TeV ) a fim de estabilizar a escala eletrofraca. A mais popular modificação do Modelo Padrão que alcança este objetivo envolve uma nova simetria chamada supersimetria. Voltando à analogia do lápis, a supersimetria atua como um fio invisível segurando o lápis e impedindo-o de tombar. Mesmo que os aceleradores não tenham fornecido nenhuma pista direta da supersimetria, algumas evidências indiretas e sugestivas apóiam a teoria. Por exemplo, quando as intensidades medidas das forças forte, fraca e eletromagnética são extrapoladas teoricamente para distâncias mais curtas, elas se encontram precisamente num valor comum apenas se as regras supersimétricas governam a extrapolação. Este resultado sugere uma unificação supersimétrica destas três forças em cerca de 10(32) metros, aproximadamente 1 mil vezes maior

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que o comprimento de Planck, mas ainda longe do intervalo de trabalho dos colisores de partículas. A idéia de dimensões extras na verdade é uma continuação da tradição copernicana de compreender o nosso lugar no mundo: a terra não é o centro do sistema solar, o sol não é o centro da nossa galáxia, nossa galáxia é apenas uma de bilhões num universo que não tem centro, e agora o nosso inteiro universo tridimensional seria somente uma fina membrana no espaço completo de dimensões. Se consideramos fatias através das dimensões extras, nosso universo ocuparia um único ponto infinitesimal em cada fatia, envolto por um vazio. Talvez esta não seja a história completa. Da mesma maneira que a Via Láctea não é a única galáxia no Universo, poderia nosso universo não estar sozinho nas dimensões extras? As membranas dos outros universos tridimensionais poderiam situar-se paralelas ao nosso próprio, apenas 1 mm removida de nós nas dimensões extras. Similarmente, apesar de todas as partículas do modelo padrão precisarem aderir ao nosso próprio universo de membrana, outras partículas além do modelo padrão poderiam propagar-se através das dimensões extras. Longe de serem vazias, as dimensões extras poderiam ter uma multiplicidade de estruturas interessantes. Os efeitos de novas partículas e universos nas dimensões extras podem fornecer respostas a muitos notáveis mistérios da física de partículas e cosmologia. Por exemplo, eles podem explicar as massas das fantasmagóricas partículas elementares chamadas neutrinos. Forte evidencia do experimento Super Kamiokande no Japão indica que os neutrinos, por muito tempo supostos sem massa, têm massa minúscula mas não zero. Os neutrinos podem ganhar sua massa intragindo com um campo vivendo em parceria nas dimensões extras.

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Assim como na gravidade, a interação é grandemente diluída pelo fato de o parceiro estar espalhado por todas as dimensões extras, e em conseqüência o neutrino adquire apenas massa minúscula. 8.2 Teoria das cordas A teoria das supercordas está baseada na premissa de que os constituintes elementares da matéria não são descritos corretamente quando nós o tratamos como objetos pontuais. De acordo com esta teoria, as partículas elementares são realmente minúsculos “laços de cordas” com raio dado aproximadamente pela constante de Planck. Assim, esta teoria trata todas as partículas como se fossem cordas. Quando detectamos a presença de uma partícula não é nada mais que vibrações dessas cordas. Os modernos aceleradores de partículas, que são instrumentos construídos para acelerar, de forma controlada, um conjunto de partículas carregadas, atribuindo as mesmas energias elevadas, da ordem de uma centena de GeV (Gigaeletronvolts), para utilizá-las em reações nucleares, só podem vasculhar até a distâncias muito longe da escala de Planck e conseqüentemente estas cordas parecem, nesta escala, objetos pontuais. Porém, a hipótese da Teorias das Cordas é que eles são minúsculos “laços”, mudando drasticamente o modo no qual estes objetos interagem na menor escala de distância. Esta modificação é que permite a gravidade e a mecânica quântica formar uma união harmoniosa. Uma das conseqüências desta solução é que se pode mostrar que as equações da teoria das cordas só são autoconsistentes se o universo contém, além do tempo, nove dimensões de espaço.

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Assim, se esta teoria estiver correta, temos que admitir, como já admitem por longo tempo alguns segmentos da Ufologia, particularmente a Ufologia mística, que vivemos em um espaço de múltiplas dimensões. Para ser mais exato, segundo a teoria das supercordas, nós viveríamos em um espaço de dez dimensões. E onde estariam estas outras dimensões que ninguém vê? Estas seis dimensões espaciais extras devem se enrolar (espiralar) em um espaço geométrico minúsculo cujo tamanho deve ser comparável ao comprimento da corda. Assim, estas dimensões extras só se apresentariam se observássemos a matéria na “escala de Planck”. E nessa escala a “observação” é praticamente impossível, visto que este “tamanho” é da ordem de 10-33 cm. 8.3 Matéria Escura Outro exemplo é o mistério na cosmologia do que constitui a matéria escura, a invisível substância gravitante que parece perfazer mais de 90% da massa do Universo. A matéria escura pode residir em universos paralelos. Tal matéria afetaria nosso universo através da gravidade e é necessariamente “escura” porque nossa espécie de fóton está aderida à nossa membrana, portanto fótons não podem viajar através do vazio, entre a matéria e os nossos olhos. Esses universos paralelos podem ser drasticamente diferentes do nosso, tendo diferentes partículas e forças e talvez mesmo seres confinados a membranas com menos ou mais dimensões. Num cenário intrigante, porém, eles têm propriedades idênticas ao nosso próprio mundo. Imagine que a parede em que nós vivemos é dobrada certo número de vezes nas dimensões extras. Objetos no outro lado da dobra parecerão muito distantes, mesmo que estejam menos de 1mm de nós

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nas dimensões extras: a luz que emitem precisa viajar até o vinco da dobra e voltar para nos alcançar. Se o vinco estiver a dezenas de bilhões de anosluz, nenhuma luz do outro lado poderia ter nos alcançado desde que o Universo começou. A matéria escura poderia ser composta de matéria ordinária, talvez mesmo estrelas e galáxias ordinárias, brilhando fortemente nas suas próprias dobras. Essas estrelas produziriam interessantes efeitos observáveis, como ondas gravitacionais de supernovas.Detectores de ondas gravitacionais programados para breve poderiam encontrar evidência de dobras, observando grandes fontes de radiação gravitacional que não podem ser explicadas por matéria visível no nosso próprio universo. Desde nossa proposição em 1998 certo número de variações interessantes apareceram usando os mesmos ingredientes básicos de dimensões extras e nosso universo-numa-parede. Num intrigante modelo, lisa Randall da Havard University e Raman Sundrm da Johns Hopkins Unversity propuseram que a própria gravidade pode estar concentrada numa membrana num espaçotempo pentadimensional que é infinito em todas as direções. A gravidade aparece muito fracamente no nosso universo de maneira natural, se estivermos numa membrana diferente. Durante 20 anos, a abordagem convencional para tratar o problema da hierarquia e em conseqüência, compreender por que a gravidade é tão fraca, foi supor que a escala de Planck próxima de 10(-35) metros é fundamental e que a física das partículas precisa mudar perto dos 10(-19) metros. A gravidade quântica permaneceria no reino da especulação, desanimadoramente fora do alcance da experimentação. Hoje vemos que não precisa ser assim.Se houver grandes e novas dimensões, nos próximos anos poderíamos descobrir desvios da lei de Newton próximo de 6 X 10(-5)

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metros, digamos, e detectaríamos vibrações de cordas ou buracos no LHC. A gravidade quântica e a teoria das cordas se tornariam uma ciência verificável. Seja como for, a experimentação apontará o caminho para responder a uma pergunta de 300 anos. Por volta de 2010 teremos feito um progresso definitivo na direção de entendermos por que a gravidade é tão fraca. E podemos descobrir que vivemos numa estranha Flatland, um universo-membrana onde a gravidade quântica está ali mesmo, na esquina. Bibliografia

Teoria tirada da revista Scientific American N 01 páginas 46, 47, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69. Os Autores: Nima Arkani-Hamed, Savas dimopoulos e Georgi Dvali conceberam a teoria extradimensional na Standford University em fevereiro de 1998. Jeremiah P. Ostriker e Paul J. Steinhardt

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CAPÍTULO IX AS ESCOLAS DE MISTERIO E O ANTIGO EGITO



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Escolas de Mistério – Meditação e equilíbrio mental Data 11-05-2019 Hora : 09:30 Data de chegada 12-10-2003 Local : Bacia Amazônica Já se passaram cinco anos de tentativas depois da última transmissão, todos os canais de satélite foram rastreados em busca de nossa localização, felizmente ainda temos outras chaves. As profecias sobre as máquinas começam a se concretizar, uma série de fábricas de robôs no Japão e nos USA não necessitam mais de presenças humanas para produzir. Sistemas de inteligência artificial controlam todo o processo de automação industrial e os supercomputadores já estão conectados com os bio-chips implantados em executivos de grandes organizações corporativas. O objetivo da separação total do corpo bioplásmatico do ser humano, já está em fase de finalização, ou seja, o processo de transformar humanos em bateria isoladas dos sub-planos do astral já é uma realidade. Não temos mais tempo a perder, o treino deve se iniciar neste momento ! Para falarmos um pouco do método que aplicaremos nesta transmissão, teremos que voltar na história e resgatar um segredo guardado a sete chaves pelos faraós do antigo Egito, as escolas de mistério menores e maiores. Este sim, a grande chave (The Key) que vai abrir sua mente para o universo e consecutivamente uma das verdades sobre Deus. Os cientistas admitem mesmo sem provas científicas, que nosso planeta tenha uns cinco bilhões de anos, e que a vida em sua forma mais primitiva tenha se formado a um bilhão de anos atrás.

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A vida nos mares a cerca de 500 milhões, e os primeiros vertebrados a 250 milhões de anos começaram a se deslocar e se adaptar a vida terrestre. Já nossos ancestrais, como o Australopithecus, surgiram na África a quatro milhões de anos e sua diferença dos outros primatas humanóides se resumia a um cérebro mais desenvolvido, andar bípede e a postura ereta. Mais o que se destacava nos cépticos era o manuseio de instrumentos rudimentares, este sim um grande diferencial para sobrevivência de uma espécie frágil como a nossa. Esta habilidade aliada ao volume cerebral, e logicamente a capacidade de raciocínio permitiram-lhe produzir objetos que funcionavam como extensão de seus membros, tudo isso em um longo processo evolutivo que culminou no Homo Sapiens, espécie a que pertencemos. Donald Johanson, respeitado antropólogo da Universidade de Berkeley, Califórnia, nos Estados Unidos, em entrevista a revista Veja de 18 de maio de 1988, afirmou. Não resta dúvida de que todos os seres humanos tiveram a mesma espécie ancestral comum, e nesse sentido somos todos irmãos. O Homo erectus, a ultima escala evolutiva antes do Homo Sapiens tinha a pele NEGRA. Em alguns aspectos do coração das células, no DNA, o material genético, pode haver mais diferenças entre seres de uma mesma raça do que entre seres de raças distintas. Isso mostra como a raça e algo cosmético na linha de evolução da humanidade. Na antiguidade a dissolução das comunidades primitivas resultou na criação de duas formas de organização sócioeconômica : A servidão coletiva As sociedades escravistas

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As aldeias e vilas neolíticas, especialmente onde havia agricultura intensiva, evoluíram para a formação de cidades e resultaram na formação das primeiras grandes civilizações da humanidade. Nos vales de importantes rios floresceram estas primeiras culturas, como a mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates ; a egípcia, no rio Nilo ; a indiana, no rio Indo ; e a chinesa, no rio Amarelo. Essas sociedades orientais da Antiguidade, especialmente a egípcia e a mesopotâmia, desenvolveram-se em regiões semi-áridas, que necessitavam de grandes obras hidráulicas para o cultivo agrícola. Assim, a organização político-social acabou-se estruturando em torno da terra e dos canais de irrigação.O Estado organizava a produção comunitária das aldeias, controlando diques e canais, apropriavase, por meio da tributação, dos excedentes produzidos e, em troca, realizava obras públicas e serviços administrativos. Nestas sociedades, onde predominava a servidão coletiva, o individuo explorava a terra como membro da comunidade e servia ao Estado, proprietário absoluto dessa terra, personificado, no Egito, pelo Faraó e, na Mesopotâmia, pelo imperador. Engraçado, como nos dias atuais esse retrato continua tão parecido e imutável, os sistemas mudam, mas o kernel continua o mesmo . A superação das comunidades coletivistas do Neolítico levou ao surgimento da propriedade privada e, conseqüentemente, a utilização da mão de obra escrava. O Estado constituía, nessas sociedades, o principal instrumento de poder do grupo privilegiado, assegurando e ampliando seu predomínio. Dentro deste panorama surgiu uma civilização que revolucionou o desenvolvimento da espécie humana, principalmente pela sua cultura e ciência. Este sim objeto de nosso estudo para ser repassado aos nossos

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guerreiros no passado, mas precisamos antes, conhecer um pouco desta civilização antes de estudar seus métodos. Entre as primeiras civilizações orientais pertencentes ao modo de produção asiático, baseadas na servidão coletiva, a egípcia sobressaiu-se como uma das mais grandiosas e mais duradoura. Marcada pelas grandes obras hidráulicas(canais de irrigação, diques), fundamentais para agricultura, a civilização egípcia contava com um Estado despótico que controlava a estrutura sócioeconômica e administrativa, graças às instituições burocráticas, militares, culturais e religiosas que controlavam e subordinavam toda a população. Situada no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do Nilo, beneficiando-se do seu regime de cheias. As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio, ao sul do território egípcio (atual Sudão), provocam o transbordamento de suas águas. Essas cheias, ao ocuparem as margens do rio, depositam ali o húmus fertilizante. Quando termina o período chuvoso e o rio volta ao seu leito normal, as margens ficam prontas para uma agricultura farta. Este quadro natural favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, constituindo os nomos, comunidades autônomas que desenvolviam uma agricultura rudimentar e eram chefiadas pelos nomarcas. O crescimento da população e o aprimoramento agrícola logo possibilitaram o nascimento das primeiras cidades cujos habitantes foram aperfeiçoando as técnicas de irrigação e, simultaneamente, uma cultura de características singulares, a exemplo da escrita e do calendário solar.

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Para agregar esforços na construção de diques e canais de irrigação, deu-se a reunião dos nomos, originando a formação de dois reinos, o reino do Alto Egito, localizado ao sul do Nilo, e o do Baixo Egito, ao norte, por volta de 3.500 a.C. Em 3.200 a.C, Manes, governante do Alto Egito, impôs a unificação dos reinos, tornando-se o primeiro faraó, subordinando 42 nomos. Os nomarcas, convertidos em representantes do poder central nessas comunidades, administravam diversas aldeias e pequenas cidades, cuidando da coleta dos impostos e da aplicação das determinações estabelecidas pelo faraó. Com a unificação, iniciou-se o chamado período dinástico da história egípcia.O faraó adquiriu o papel de supremo mandatário, concentrando todos os poderes em suas mãos e apropriando-se de todas as terras ; a população deveria pagar tributos a ele e serví-lo. Reforçando seu poder, o faraó encarnava também o elemento religioso, passando a ser considerado um deus vivo, sendo cultuado como tal. Daí o porque chamarmos monarquia teocrática o regime político do Egito antigo. É evidente que a intensa religiosidade de que se desenvolveu no Egito favorecia sobremaneira a preservação do poder do faraó e da ordem social. A magnificação do poder e da personalidade andaram de mãos dadas, criando um horizonte mais amplo de esforço na técnica e uma nova escala de expressão da arte. O monumentalismo brota da mesma concentração de esforço social, econômico e religioso que criou a cidade, como recipiente de uma complexa civilização, diferenciada da domestica cidade rural, seu protótipo mais simples, derivada principalmente das necessidades rurais.

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O ANTIGO IMPERIO (3200 a.C – 2300 a . C) Com a unidade política criada por Manes, a capital do Egito passou a ser a cidade de Tinis e, mais tarde, foi transferida para a cidade de Menfis, atual Cairo. A maior parte da população trabalhava na agricultura e, não raramente, era convocados para trabalhar nos grandes projetos arquitetônicos, como pirâmides, os templos funerários, destinados ao faraó e sua família. Depois de 2780 a.C, foram erguidas as grandes pirâmides de Gizé, túmulos dos faraós da quarta dinastia egípcia : Queóps, Quefren e Miquerinos. A pirâmide de Queóps espalha-se por mais de 60 mil metros quadrados e contém mais de seis milhões de toneladas de pedras, atingindo 145 metros de altura. A sua construção levou perto de vinte anos de trabalho, sendo recrutada toda a população egípcia, a um ritmo de cem mil homens em rodízio de três em três meses. Depois de longa estabilidade política e social, o Egito, a partir de 2300 a.C., conheceu um período de enfraquecimento do poder central e um conseqüente fortalecimento dos nomarcas, ocasionando a descentralização política conhecida por período feudal egípcio. Foi uma época de acirradas lutas entre os nomarcas e de inúmeras revoltas sociais, o que resultou em profundas crises decorrentes da desorganização da produção. O MEDIO IMPERIO (2000 a.C. – 1580 a.C.) Perto do século XX a.C., teve inicio uma luta contra os nomarcas, que, progressivamente, acabou restabelecendo o poder do faraó e a unidade do império. A cidade de Tebas transformou-se na nova capital, sendo que os novos faraós, especialmente os da XII dinastia, abriram um novo período de propriedade contando com

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a vassalagem geral da sociedade, submetida pelo poder central. O dinamismo do período deveu-se as novas obras de irrigação, ampliando as áreas agrícola e produtiva, e a construção de grandes tumbas e templos. Tal foi o desenvolvimento que as artes e a literatura egípcia desta época transformaram-se em modelos áureos e fontes de interesse para as gerações posteriores. Contudo, os vários levantes empreendimentos pelos nobres que reivindicam maior autonomia, acompanhados de rebeliões camponesas estimuladas pela penúria popular, minaram o poder central egípcio. Perto de 1800 a.C. agravando ainda mais o quadro geral, teve inicio uma onda de invasões estrangeiras, com hebreus e, principalmente eixos, estabelecendo domínios na região. Os hicsos, povos de origem asiática, usavam cavalos, carros de guerra e armas feitas de ferro, equipamentos que até então eram desconhecidos no vale do Nilo. Esses recursos permitiriam aos invasores isolar os faraós em Tebas e exercer um completo domínio sobre a tributação, controlando o país por quase dois séculos. O NOVO IMPERIO (1580 a.C . – 525 a.C.) A dominação dos hicsos uniu os egipcios, despertando um forte sentimento militarista entre eles, que a partir de Tebas e sob a liderança de Amosis I, conseguiram expulsar os invasores, em 1580 a.C . Apos a expulsão dos hicsos, os hebreus, também invasores de origem asiática, foram dominados e escravizados. Perto de 1250 a.C, os hebreus conseguiram deixar a região, sob o comando de Moisés, no chamado Êxodo. Assim, a unidade territorial e política foram estabelecidas e Tebas retornou a posição de capital, dando inicio ao Novo Império, período de apogeu da civilização egípcia.

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A força do Novo Império tratou de ampliar as fronteiras imperiais, destacando-se os faraós Tutmés III e Ramsés II, bem como o reformador religioso, Amenofis IV. Sob o governo de Tutmés III (1480 a.C – 1448 a.C.), o império alcançou a sua maior expansão territorial, estendendo-se da quarta catarata do rio Nilo, ao sul, até o rio Eufrates na Ásia, ao norte, subjugando os sírios, os fenícios e outros povos. Tal extensão territorial assegurada pelas conquistas fez do Egito o primeiro império mundial. A força militar do faraó era formada pela infantaria, armada de arcos, setas e lanças, e pela cavalaria equipada com carros. Dispunha também de uma esquadra composta de galeras a remo e barcos à vela. Já o faraó Amenofis IV (1377 a.C. – 1358 a. C), conhecido como o rei herético, procedeu a uma revolução religiosa, tentando por fim ao culto politeísta. Tida pelo faraó como doutrina ultrapassada e conservadora, a religião egípcia cultuava varias divindades (tendo AmonRa, o sol, como a mais importante) e concedia amplos poderes aos sacerdotes. Há muito que o aumento constante da riqueza e da ingerência política dos sacerdotes de Amon ameaçava a autoridade do governo central. Bem antes de Amenofis IV, já havia começado a ganhar adeptos na corte uma nova forma de culto solar, de influencia asiática, em que todos se dirigiam ao próprio disco visível do sol. Pouco a pouco, o novo culto evoluiu de uma tímida religiosidade com conotações políticas para, no tempo de Amenofis IV, transformar-se no foco de uma crise politico-religiosa sem precedentes.Amenofis IV buscou mudar esse quadro, estabelecendo o culto monoteísta a Aton, o circulo solar, confiscando bens dos sacerdotes e excluindo os demais deuses. O próprio faraó mudou o seu nome, que recordava Amon (Amenofis, na realidade

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Amen-hotep = Amon esta satisfeito), para Akhenaton (= horizonte do disco solar), situada a pouco mais de 30 quilômetros de Tebas. Os casamentos sucessivos de Amenofis IV não resultaram num esperado herdeiro, o que favoreceu o retorno do poderio dos sacerdotes e do culto politeísta tradicional. Nem sua esposa principal, a bela Nefertite, que lhe deu varias filhas, nem o casamento com algumas de suas filhas, puderam resultar num varão que garantisse a sucessão. Aproveitando dessa fragilidade, os sacerdotes depuseram Amenofis IV e outorgaram a Tutankhmon(=Aquele que vive em Amon), genro de Amenofis, o titulo de faraó, ratificando a força do Estado egípcio. « Tutankhamon morreu depois de alguns anos de reinado. Não deixou filhos, mas sim uma viúva que deu muito que falar ; tornou-se ate mais conhecida que seu marido. As placas de Boghazkoy revelam uma interessante intriga em que a jovem rainha teve um papel principal. Para conservar o trono, tinha que encontrar um marido influente e, se fosse possível rapidamente. Por isso escreveu a seguinte carta ao rei dos hititas : Meu marido acabou de morrer e eu não tenho filhos. Disseram-me que tendes vários filhos adultos. Mandai-me um ; farei dele meu esposo e rei do Egito. Não havia tempo a perder. Depois de um mês de espera recebeu, não o marido, e sim uma resposta prudente. Desesperadamente, insistiu de novo na proposta, e desta vez o cauteloso rei dos hititas decidiu concordar com o pedido. Mas já era demasiado tarde. Por culpa de tanta demora, o príncipe hitita nunca chegou a ser rei do Egito. Outro personagem sucedeu a Tutankhamon, e a jovem travessa dos desenhos de ElAmarna desapareceu rapidamente do teatro da historia sem que saibamos os seus destino. O nome tutankhamon

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não apareceria, sem duvida, nestas paginas a não ser pelo descobrimento de sua tumba, quase intacta, e que lhe assegurou um renome mundial. Na realidade, o mais importante que se pode dizer deste farao e que morreu e foi enterrado. Depois do insucesso da jovem rainha – que se chamava Ankesenamon – em transformar o príncipe hitita em seu esposo e faraó do Egito (ele fora assassinato durante a viagem), egípcios e hititas tornaram-se inimigos irreconciliáveis, vivendo cerca de meio século de hostilidade constante. O prosseguimento das conquistas militares deuse no governo do faraó Ramsés II (1292 a.C. – 1255 a.C .), que enfrentou e venceu vários povos asiáticos, como os hititas, na batalha de Kadesh. Foram quinze anos de enfrentamentos, até que, em 1272 a.C. egípcios e hititas assinaram um acordo de paz, o mais antigo que se conhece na história. Na busca da máxima exaltação de seu poder, Ramsés II, que reinou por mais de setenta anos e teve 59 filhas e 79 filhos, chegou a desfigurar o rosto das estatuas do templo de Luxor e escrever nelas o seu próprio nome, inaugurando a prática de uma revisão e adulteração da história, que caracterizou muitos outros governantes ao longo da história humana. O podério e o esplendor alcançados no Novo Império eram evidenciados não apenas pelas conquistas militares, como também pelas manifestações culturais, a exemplo da construção dos templos de Karnac e Luxor, iniciados ainda no Médio Império e ampliados por outros faraós. Contudo, depois de Ramsés II, foram poucos os períodos de estabilidade e unidade sob o comando do governo central ; assim, iniciou-se a fase de declínio da civilização egípcia. Entre as varias razões para essa decadência destacaram-se as disputas políticas que envolviam as autoridades sacerdotais, que, em alguns

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momentos, chegaram a constituir um Estado dentro do Estado, sob o comando do sumo-sacerdote, não raramente ignorando o poder do Faraó. Outra razão era o próprio exército, que, formado em grande parte por mercenários estrangeiros, acabou dispersado por interesses estranhos a uma obediência hierárquica, determinando a quebra do poder estatal. Desprotegido militarmente, o Egito foi perdendo pouco a pouco suas antigas conquistas e seus domínios orientais. Apos 1100 a.C., o Egito voltou a se dividir, passando a ter governantes autônomos e rivais no Alto e no Baixo Egito, fragilizando-se e facilitando o avanço de conquistadores vizinhos. Dentre estes, destacaramse os assírios, que, em 662 a.C ; só o comando de Assurbanipal, conquistaram a região. Os egípcios, porém, resistiram à dominação assíria e o Faraó, Psametico I, (655 a.C. – 610 a.C.) obteve a libertação da nação, iniciando um intenso florescimento econômico e cultural. No período denominado renascimento saita, pois Sais havia se transformado na nova capital, o Egito recuperou alguns territórios e uma forte unidade. Foi nessa fase, como descreve o historiador grego Heródoto, que o faraó Necao intensificou o comércio com toda a costa africana. O navegador partiu do mar vermelho, desceu pelo oceano Indico, cruzou o sul da África, voltando a dirigir-se ao norte já no Oceano Atlântico e, depois de três anos, estava de volta ao Egito pelo mar Mediterrâneo. Depois de Necao, as disputas políticas envolvendo burocratas, sacerdotes e militares ganharam intensidade e descontrole, e somadas as rebeliões camponesas, enfraqueceram definitivamente o império. As invasões tornaram-se cada vez mais freqüentes e bem sucedidas, até que, em 525 a.C., os persas comandados pelo rei Cambises, conquistaram o Egito na batalha de Pelusa, destronando o faraó Psametico III. www.vox2014.com.br


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Transformado pelos conquistadores em uma província do Império Persa, o Egito foi vítima, posteriormente, de outras dominações, como a dos gregos, macedônios, romanos, árabes, turcos e ingleses, recuperando sua autonomia política somente no século XX. Durante o domínio romano teve ínicio a penetração do cristianismo na região e, mais tarde, com ocupação árabe, do islamismo, religiões que ajudaram a demolir o que restava da antiga cultura egípcia que durara perto de três milênios. Além dos exemplos arqueológicos, como as pirâmides e templos, chegaram até nós também resquícios de sua língua, ironicamente, através dos cultos da igreja cristã do Egito, ou copta. ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA NO EGITO ANTIGO. No antigo Egito, a organização das atividades produtivas era uma atribuição do Estado, detentor da maioria das terras férteis. Cabia a população camponesa, subjugada ao poder do Faraó, pagar impostos sob a forma de produtos ou trabalho, constituindo o que se denomina servidão coletiva. Dessa forma, o Estado apropriava-se dos excedentes da produção, utilizando mão de obra gratuita para construir depósitos de armazenagem e uma ampla burocracia estatal para cobrar impostos. Mesmo as poucas propriedades privadas que existiram no Egito antigo também sofriam um controle do Estado. Na época das cheias do Nilo, quando a atividade agrícola era suspensa, os trabalhadores eram geralmente requisitados pelo Estado para trabalhar nas obras de construção de diques, canais de irrigação, templos, palácios, etc,

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Na produção agrícola destacavam-se, entre outros itens, o trigo, as cevadas, o algodão, o papiro, o linho, e na criação de animais, cabras, carneiros e gansos, além da intensa pesca no rio Nilo.Também foram desenvolvidas varias atividades artesanais, bem como a produção de tecidos, vidros e a construção de navios. A partir dessa base econômica, a sociedade egípcia estruturava-se da seguinte forma - Acima de todos achava-se o faraó e sua ampla família ; logo abaixo na escala hierárquica vinha a aristocracia privilegiada constituída por sacerdotes, funcionários do estado (burocratas e militares) e nobres, descendentes das grandes famílias dirigentes dos nomos. Entre os burocratas destacavam-se os escribas, funcionários responsáveis pela contabilidade e supervisão da organização administrativa. Na base da sociedade egípcia, estava a ampla massa camponesa e o grupo não muito numeroso de escravos, os quais, quase sempre, eram prisioneiros de guerra. A sujeição dos camponeses era conseguida graças à repressão e as características da cultura egípcia, na qual a religião, largamente difundida, promovia a preservação da ordem existente. « A religião penetrava intimamente todos os aspectos da vida publica e privada do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes a cada ano para garantir a chegada da inundação, e o rei agradecia a colheita solenemente as divindades adequadas. Oráculos dos deuses – em especial os de Amon no Reino Novo e em épocas posteriores – desempenhavam um papel importante na solução de problemas políticos e burocráticos e eram também consultados pelos homens do povo antes de tomarem decisões de algum peso. As mulheres sem filhos se desnudavam diante de touros ou carneiros sagrados, esperando mudar a situação por sua exposição a tais símbolos de fertilidade. A medicina era penetrada de magia e religião. O aspecto www.vox2014.com.br


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supersticioso das crenças multiplicava o uso de amuletos e outras proteções mágicas, tanto pelos vivos quanto pelos mortos. RELIGIÃO EGIPCIA e as Escolas de Mistério A religião egípcia foi o elemento cultural mais atuante no Egito antigo, constituída por uma centena de deuses, alguns em forma de animais, como vacas, touros, crocodilos, serpente, gatos, etc. A diversidade de divindades remontava as origens das aldeias e dos nomos do período pré-dinástico, com seus cultos locais, depois agrupados e remodelados numa religião nacional. De todas as divindades egípcias, sobressaiase Amon-Ra (sol), especialmente fortalecido no Novo Império, após a tentativa frustrada de reforma religiosa de Amenofis IV. Outras divindades importantes eram Osíris, Isis, Set, Horus, Anúbis e Apis. Da mesma forma como as cheias sucediam as vazantes, o dia à noite, os egípcios acreditavam que o mesmo acontecia com a vida, a qual sucedia a morte. Às vezes, imaginavam o morto voltando a vida na própria tumba, considerada como uma casa de eternidade, de onde só poderia escapar temporariamente assumindo a forma de pássaro. Outras vezes, depois de renascido, o individuo navegava na barca solar ou então passava pelo julgamento de deus Osíris, depois do qual, se não fosse condenado por seus feitos, iria viver num outro mundo melhor. Para que o corpo pudesse voltar a abrigar a alma, desenvolveu-se o culto aos mortos e a técnica de mumificação de cadáveres. « Os colégios sacerdotais, dotados de arquivos e bibliotecas, geralmente nos grandes templos, eram a sede do ensino superior. Foram celebres os de Heliopolis, Menfis e Tebas. Os colegiais que haviam alcançado os

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graus acadêmicos podiam continuar morando naqueles estabelecimentos, para se dedicarem ao estudo(qualquer semelhança com universidades com Oxford não e uma mera coincidência), gozando das grandes comodidades qua as bibliotecas, laboratórios e etc, ofereciam para o trabalho cientifico. Alguns daqueles estudantes também se dedicavam ao ensino. A educação superior destinava-se a fins técnicos e profissionais : era realista. A regulamentação da agricultura, devido às inundações periódicas do Nilo, impôs estudos de índole muito diferente : astronômicos, para estabelecer um calendário, e isto fez florescer a astronomia e a matemática ; e hidráulicos, para irrigação de represas, e isto impulsionou a engenharia, que se ocupou da arte de construir canais e diques. A própria literatura possuía um propósito prático, a saber, a aquisição de formulas para expressar facilmente as cerimônias religiosas e as transações comerciais. Aos formandos só restavam-lhe a pós –graduação, o conhecimento sobre a ciência da vida conhecida como escolas de mistérios – menores e maiores, atualmente sabidamente conhecida com a nomenclatura de Magia. Agora ! A hora de abrir os olhos e parar de dormir chegou, neste momento a liberdade pode ser pior que a escravidão para mentes não evoluídas, por isso insisto : - Se quiser ficar no Matrix feche seu livro e finja que nunca leu esse texto, mas se você for daqueles que não teme a verdade e acredita em si, como a única divindade consciente ungida com o Universo vá em frente! : Bibliografia

História geral Cláudio vicentino

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CAPÍTULO X MAGIA E MEDITAÇÃO



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MEDITACÃO A Consecução do Gênio, ou Divindade, considerada como um desenvolvimento do cérebro humano. Antes de iniciarmos nosso treino, devemos esclarecer a vocês do passado que mente e corpo trabalham integrados e minuciosamente harmonizados. O treino de meditação deve ser acompanhado de um treino em artes marciais, com Muai Thai e Karate. Neste momento falaremos sobre o controle mental que ajudará a atacar e defender seu Akasha de ataques astrais e elevará sua mente acima do abismo entre a verdade e o sonho da realidade. Se analisarmos a existência humana perceberemos que é cheia de sofrimento. E só pensarmos que todo homem é condenado a morte, ele apenas ignora a data de execução. Isto é desagradável para qualquer um. Portanto, cada qual faz o possível para adiar a data, e sacrificaria tudo o que tem se pudesse anular a sentença. Quase todas as religiões e filosofias angariaram seu sucesso inicial prometendo a seus aderentes a imortalidade como recompensa. Nenhuma religião até hoje fracassou por não prometer o bastante ; a presente derrocada de todas as religiões deve-se ao fato de que os devotos pediram para ver garantias. Os seres humanos tem renunciado mesmo as grandes vantagens que uma religião bem organizada confere a um Estado do ponto de vista mundano, a fim de não cooperarem com uma fraude ou uma falsidade ; e até para não cooperarem com qualquer sistema que, embora não provado culpado de mentira, tenha sido incapaz de provar sua inocência. Já que estamos mais ou menos em bancarrota, será melhor atacar o problema de novo, desde o principio, sem idéias preconcebidas. Existirá qualquer verdade em todos os protestos das diversas religiões ? www.vox2014.com.br


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Descubramos um jeito de submeter às afirmações delas ao teste da experiência. Nossa primeira dificuldade está na enorme riqueza de material para exame. Fazer uma critica de todos os sistemas seria uma tarefa interminável : a nuvem de testemunhos e por demasiado grande. Mas, toda religião, é igualmente positiva em suas asserções, e toda religião exige fé. Esta nos recusamos por falta de provas científicas. Porem podemos com proveito indagar se existe algum ponto sobre o qual todas as religiões têm concordado ; pois se existir algo em comum entre elas, e possível que este ponto em comum mereça uma séria investigação. Esta claro que não encontraremos isto nos dogmas das religiões. Mesmo a idéia – tão simples – de um ente eterno e supremo é negada por um terço da raça humana. O Budismo, por exemplo, não reconhece a existência de « DEUS « tal como esta é compreendida por outras religiões. Se bem que a maior parte das pessoas – inclusive budistas – ignore este fato, o Buda era ateu. ( Impersonalista, quer dizer que ao passarem para outro plano se fundiam com a luz sem volta a este plano material). Lendas de milagres são, talvez, universais; mas estas, na falta de provas convincentes, são repugnantes ao bom senso. Porém – e quanto à origem das religiões? Como é que afirmativas não provadas tão freqüentemente compeliram a aceitação por parte de todas as classes humanas? Não é por isto, por si só, um milagre? Existe uma forma de milagre que com certeza acontece: a influência do gênio. Não existe nenhuma analogia com este fenômeno na natureza. Não podemos sequer conceber um “supercão” transformando o mundo dos cães, enquanto na história da raça humana isto, acontece com regularidade e

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freqüência. Tomemos, então, três “super-homens”, todos os três brigando entre si: o que há de comum entre Cristo, Buda e Maomé? Existe algum ponto sobre o qual todos estejam de acordo? Leitores sérios devem se lembrar de que por “Cristo” não se entende aqui o imaginário “Jesus” dos falsificados evangelhos cristãos, e sim Dionísio, o fundador do cristianismo. Veja-se Carta ao Maçom. Nenhum ponto de doutrina em comum, nenhum conceito de ética em comum, nenhuma teoria do “além” em comum; no entanto, na história de suas vidas, percebemos um acordo entre muitos desacordos. Que acordo será esse? Buda nasceu príncipe e morreu mendigo. Maomé nasceu mendigo e morreu príncipe. Cristo permaneceu desconhecido até muitos anos depois de sua morte. Biografias inúmeras têm sido escritas por seus devotos, no entanto, e existe um ponto de acordo na vida dos três: uma lacuna. Não sabemos nada sobre Cristo entre os doze e trinta anos de idade. Igualmente, antes de ser profeta, Maomé desapareceu numa caverna. Buda deixou seu palácio e passou longos anos no deserto. Cada um dos três, completamente desconhecido até desaparecer, voltou e imediatamente começou a pregar uma nova lei. Isto é tão curioso que nos leva a perguntar se as biografias de outros grandes instrutores contradizem ou confirmam esta coincidência. Moisés levou uma vida pacata até matar um egípcio. Então fugiu para a terra de Midian, e não sabemos nada sobre o que ele fez ali. As muitas lendas sobre “iniciações” de Moisés nesta ou naquela “ordem”, nesse intervalo, são puras e deslavadas mentiras, inventadas para puxar a brasa para a sardinha deste ou daquele grupo de charlatões

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interessados em angariar seguidores. Muito provavelmente, Moisés era um egípcio: o nome “Moses” era comum no Egito, como todo egiptologista está cansado de saber. No entanto, mal voltou ao Egito e virou tudo de pernas para o ar. Mais tarde, também, ausentou-se no Monte Sinai por alguns dias, e voltou com as tábuas da lei na mão. São Paulo, após sua aventura na estrada de Damasco... Também este “São Paulo” foi uma invenção dos Romano-Alexandrinos, baseada em vários legítimos seguidores de Dionísio. Suas assim-chamadas “Epístolas” são compilações adulteradas de diversos documentos por diversas mãos. Veja-se Carta a um Maçom. ...Foi para o deserto da Arábia, onde permaneceram muitos anos; e ao regressar, derrubou o Império Romano. Mesmo nas lendas de selvagens encontramos o mesmo ponto de acordo: alguém sem a mínima importância vai embora durante um prazo curto ou longo, e volta como o “grande curandeiro”; mas não se sabe exatamente o que aconteceu com ele. Descontando todos os outros detalhes como fábulas e mitos, conservamos esta coincidência única: Um ninguém se ausenta e volta um alguém. Isto não pode ser explicado de nenhuma maneira usual. Não existe qualquer base para se crer que estes homens tenham sido, desde o principio de suas vidas, criaturas excepcionais. Maomé dificilmente teria permanecido um condutor de camelos até os trinta e cinco anos de idade se tivesse possuído qualquer talento ou ambição. São Paulo tinha, originalmente, muito talento: mas ele é o menos importante dos cinco. Nem parece que eles tenham possuído qualquer das alavancas

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usuais do poder, tais como posição social, fortuna, ou influência política. Moisés era um homem relativamente importante no Egito ao sair de lá; mas regressou um simples estrangeiro. Cristo não fora à china casar com a filha do imperador durante seus anos de silêncio. Maomé não estivera angariando pessoas nem treinando soldados. São Paulo não tinha estado conspirando com algum general ambicioso. Cada um deles voltou pobre; cada um deles voltou só. Qual era a natureza do seu poder? Que aconteceu a eles durante sua ausência? A história não nos auxiliará a resolver o problema, pois a história nada diz. Temos apenas coisas contadas por esses homens mesmos. Seria espantoso se a gente verificasse que essas coisas concordam entre si. Dos grandes instrutores que mencionamos, Cristo se cala; os outros quatro nos contam algo, uns mais, outros menos. Buda entra em demasiados detalhes para ser comentado aqui; mas em resumo, de uma forma ou de outra, ele se apoderou da força secreta do mundo, e amestrou-a. Das experiências de São Paulo temos apenas uma alusão casual ao fato de que ele “foi arrebatado ao céu, e viu e ouviu coisas que é proibido dizer”. Muito conveniente para os crististas. Mas, como diz a lição de Historia “o mistério é o inimigo da verdade”. Maomé fala simplesmente de uma “visita do Anjo Gabriel”, que lhe comunicou coisas de “Deus”. Moisés diz que ele “viu Deus”. Diferentes como pareçam à primeira vista estas afirmativas, todas coincidem em anunciar uma experiência de um tipo que há cinqüenta anos teria sido chamada de sobrenatural; que hoje em dia pode ser chamada de espiritual, e que daqui a cinqüenta anos terá um nome científico, baseado numa compreensão do fenômeno ocorrido. www.vox2014.com.br


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Os teólogos a têm explicado; mas de várias formas. Os maometanos, por exemplo, insistem em que Deus existe, e em que realmente mandou Gabriel com recados para Maomé. Os outros todos contradizem isto, e chamam os maometanos de mentirosos. E por causa da natureza mesma do assunto, provar a verdade ou a mentira é impossível. A falta de provas tem sido tão fortemente sentida pelo Cristismo... Usamos o neologismo “Cristismo”, inventado pelo Mestre do templo e poeta português, o genial Fernando Pessoa, para diferenciar o falso cristianismo dos romano-alexandrinos do verdadeiro cristianismo dos antigos gnósticos. Veja-se, novamente, Carta a um Maçom. ... (e em grau menor pelo Islamismo) que novos milagres têm sido manufaturados quase que diariamente para apoiar a oscilante estrutura do dogma. O moderno pensamento materialista, rejeitando esses milagres, adotou teorias que sugerem epilepsia e loucura. Como se a organização pudesse provir da desordem! Mesmo se epilepsia fosse a causa dos grandes movimentos que têm extraído do barbarismo uma civilização após outra, isto seria apenas um argumento em favor do cultivo da epilepsia. Claro, grandes homens nunca se conformarão com os padrões de homens baixos, e aqueles cuja missão é reformar e o poderão escapar ao título de revolucionários. As modas de cada época sempre fornecem os termos de abuso. O condicionamento de Caifas era o judaísmo ortodoxo, e os fariseus disseramlhe que Cristo “blasfemara”. Pilatos era um romano leal ao Império; a ele, acusaram Cristo de “subversivo”. Mais tarde, quando os papas tinham o poder, bastava acusar uns inimigos de “pagãos”, e em paises “democráticos” atacamos a moralidade deles com a palavra subversivos.

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Convém, pois evitarmos demagogia e retórica, e investigarmos com plena imparcialidade os fenômenos que ocorreram com esses grandes guias da humanidade. Não é difícil compreendermos que esses homens, eles mesmos, não perceberam claramente o que ocorrera com eles. O único que explica seu sistema por completo é Buda, e Buda é o único que não é dogmático. Podemos também supor que os outros julgaram pouco aconselhável explicar o processo com demasiada clareza aos seus seguidores; São Paulo evidentemente foi desta opinião. Nosso melhor campo de pesquisa seria, portanto o sistema de Buda, mas este é tão complexo que nenhum resumo serviria. E no caso dos outros, se não temos os relatos dos Mestres mesmos, temos aqueles dos seus seguidores mais imediatos. Os métodos aconselhados por toda essa gente mostram uma notável semelhança. Eles recomendam conduta virtuosa (definindo esta conduta de várias formas), solidão, calma, dieta moderada, e finalmente uma prática que alguns deles chamam de “meditação”. Note-se que as quatro práticas prévias são apenas para estabelecer condições favoráveis à última. Investigando o que eles tentam expressar pelos termos “oração” e “meditação”, a gente verifica que significam o mesmo. Pois, qual é o estado de oração ou meditação? É a restrição da mente a um ato único, a um único estado ou pensamento. Se nos sentarmos quietamente, e investigarmos o conteúdo de nossas mentes, perceberemos que, mesmo nas ocasiões mais favoráveis, as características principais são a divulgação e a distração. Quem tiver lidado com crianças, ou com mentes destreinadas em geral, saberá que a fixidez da atenção nunca está presente, mesmo onde existem

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grande inteligência e boa vontade. Se, nossas mentes estivessem mais treinadas, decidiríamos controlar o pensamento divagante, verificaríamos que somos (mais ou menos!) capazes de manter os pensamentos em marcha, um atrás do outro, num canal estreito, cada pensamento ligado ao seguinte de uma forma perfeitamente lógica: mas se tentarmos parar a marcha verificamos que, longe de sermos bem sucedidos, apenas demolimos as margens do canal. A mente se derrama, e em vez de uma cadeia de pensamentos temos um caos de imagens confusas. A atividade da programação mental é tão grande, e parece tão natural, que é difícil compreender como alguém teve pela primeira vez a idéia de que tanta atividade é apenas uma fragueza e um distúrbio da consciência. Talvez tenha sido porque, na prática (mais comum) de devoção religiosa, as pessoas tenham percebido que seus pensamentos interferiam. Mas de qualquer forma, é claro que a calma e o autocontrole são preferíveis à inquietação. Charles Darwin trabalhando em seu escritório é uma criatura bem diversa de um macaco pulando em sua jaula. Em geral, quanto maior, mais forte e mais elevado na escala evolutiva um animal seja, menos ele se move; e quando se move, seu movimento são lentos e cheios de propósito. Compare-se a atividade incessante de bactérias com a firmeza ponderada do castor. Também, exceto nas poucas comunidades animais organizadas, tais como a das abelhas, a inteligência maior é demonstrada por animais de hábitos solitários. Este fato, que é verdade nos animais menos evoluídos, estão evidente no homem que os psicólogos são forçados a tratar do estado mental das multidões como sendo totalmente diverso em qualidade de qualquer estado mental possível a um indivíduo isolado.

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É libertando a mente de influência externa, quer acidental, quer emotivas, que a tornamos capaz de discernir algo da verdade das coisas. Percebendo isto, a gente insiste em nossa prática. Decidimos que vamos nos tornar senhores de nossas próprias mentes. Bem depressa perceberemos que condições são favoráveis a este fim. Talvez a primeira percepção será a de que todas as influências externas serão, em sua esmagadora maioria, desfavoráveis ao processo de conquista do poder mental. Caras novas, cenas novas, nos inquietarão; mesmo os novos hábitos de conduta que adotamos com o propósito de sossegar a mente tenderão, no princípio, a agitá-la. Também, deveremos renunciar ao hábito de comer demais, e seguir a regra natural de comer apenas quando temos fome, escutando a voz interior que nos diz que ingerimos o suficiente. A mesma regra se aplica ao sono. Se decidirmos controlar nossa mente, a nossa hora de meditação deve ter procedência sobre qualquer outra atividade. Teremos que fixar nossas horas de prática, e tornar móveis nossas horas de lazer... Isto é, agir como todo mundo age, por exemplo, quanto às horas de trabalho mundano. A maioria dos “ocultistas” pensa encontrar no esoterismo uma dispensa de trabalhar duro. A fim de medirmos nosso progresso – pois verificamos que, como tudo o que tem com os processos fisiológicos, a meditação não pode ser medida apenas pelas sensações – teremos um caderno de notas, um lápis, e um relógio. Então nos esforçaremos por anotar com que freqüência, durante (por exemplo) quinze minutos de prática, a mente se desvia da idéia na qual tínhamos resolvido concentrála. Praticaremos isto, digamos, duas vezes ao dia; e à

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medida que persistirmos, a experiência nos ensinará que condições são favoráveis à prática e quais não. Antes de termos feito por muito tempo, quase que infalivelmente a gente ficará impaciente; perceberemos que temos que fazer uma porção de outras coisas a fim de auxiliar nossa prática. Novos problemas aparecerão constantemente, e terão que ser enfrentados e resolvidos. Por exemplo: certamente descobriremos que nos mexemos sem parar durante a prática. Perceberemos que nenhuma posição do corpo é confortável, se bem que nunca antes notaremos isto em toda a nossa vida! Esta dificuldade tem sido resolvida por uma prática chamada Asana, que será descrita mais adiante. As memórias dos acontecimentos do dia nos incomodarão: devemos organizar nossos dias de forma a que nada de notável aconteça. Nossas mentes nos recordarão nossas esperanças, nossos medos, nossos amores, nossos ódios, nossas ambições, nossas invejas, e muitas outras emoções. Todas estas memórias têm que ser cortadas. Não devemos ter qualquer interesse na vida a não ser aquietar nossas mentes. Esta é a finalidade dos votos monásticos usuais de pobreza, castidade, e obediência. Se você não tem nada que lhe cause ansiedade; sendo casto, não tem outra pessoa para lhe preocupar e distrair sua atenção; e se está voltado à obediência, o problema de como proceder não lhe afeta, você apenas obedece. Note-se que se bem que por motivos de estilo o pronome masculino apenas é usado, as práticas aqui descritas podem ser utilizadas por qualquer pessoa de qualquer sexo com as mesmas possibilidades de sucesso. Existem inúmeros outros obstáculos que você descobrirá à medida que prosseguir, e trataremos deles

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mais adiante. Mas, por enquanto, pularemos isso tudo para falar do momento em que você se aproxima do sucesso. Nos seus esforços iniciais você poderá ter tido dificuldade em conquistar o sono, e ter se desviado do assunto de sua meditação a tal ponto que sem você notar as meditações poderão ter sido interrompidas. Porém, muito mais tarde, quando estiver ficando mais perito, você ficará chocado ao perceber que se esqueceu por completo de si mesmo, do que estava fazendo, e até de onde estava! Você dirá: “Puxa, eu devo ter dormido”! ou então, “Sobre o que é que eu estava mesmo meditando?” ou “Que é que eu estava fazendo?” “Onde estou?” “Quem sou eu?” Ou uma simples confusão e desnorteamento inexpressos podem atordoar você. Isto poderá lhe causar alarme, e seu alarme não diminuirá quanto você retornar por completo à consciência normal e ponderar que acabou de esquecer quem era e o que estava fazendo! Esta é apenas uma das muitas aventuras pelas quais você poderá passar; mas é das mais comuns. Quando ela ocorrer, suas horas de meditação estarão ocupando a maior parte do seu dia, e você provavelmente estará tendo constantes pressentimentos de que algo inusitado está para acontecer. Você poderá também estar amedrontado com a idéia de que seu cérebro está prestes a ceder sob a tensão; mas, a essa altura, você terá aprendido a reconhecer os verdadeiros sintomas de fadiga mental, e terá cuidado em evitá-los. Eles devem ser cuidadosamente distinguidos da preguiça! Em certas ocasiões você sentirá como se houvesse uma luta entre a vontade e a mente; em outras, poderá sentir que elas estão em harmonia. Existe um terceiro estado, diferente dos dois primeiros, e sinal certeiro de que o sucesso está próximo: é

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quando a mente flui simplesmente em direção ao assunto escolhido, não como se estivesse obedecendo à vontade de seu dono, mas como se sem ordem ou instigação, ou como se estivesse sob controle de algo impessoal: como se estivesse caindo por seu próprio peso, e não sendo puxada para baixo. Isto é, como um corpo em queda livre no espaço. Quase sempre, no momento em que nos tornamos cônscios de que este estado está ocorrendo, a sensação cessa e o velho combate entre o vaqueiro vontade e o cavalo bravio mente recomeça. Ao analisar a essência deste trabalho de controlar a mente, o estudante perceberá que duas coisas estão envolvidas: a pessoa que vê e a coisa que é vista; o conhecedor e a coisa conhecida; e acabará por considerar esta dupla como condição necessária de todo estado de consciência. Estamos demasiadamente acostumados a admitir como fatos demonstrados coisas sobre as quais não temos sequer o direito de dar palpites. Supomos, por exemplo, que os estados inconscientes são grosseiros e lerdos. No entanto nada é mais certo que, quando os órgãos de nossos corpos estão funcionando bem, ele funciona em silêncio mental. Até o sono mais repousante é aquele sem sonhos. Mesmo no caso de jogos que necessitam de grande habilidade e destreza manual, as nossas melhores jogadas são seguidas pelo pensamento: “Não sei como pude fazer isto tão bem!”; e não podemos repetir essas melhores jogadas a qualquer hora. No momento em que começamos a pensar conscientemente sobre uma jogada, “ficamos nervosos”, e estamos perdidos. Na realidade existem três tipos principais de jogadas: A má jogada, que associamos corretamente com a falta de concentração; a boa jogada, que associamos corretamente com a concentração intensa; e a jogada perfeita, a qual parece

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ser uma simples questão de sorte, que não conseguimos compreender, mas na realidade resulta do hábito de fixidez da atenção se ter tornado inconsciente, independente da vontade, e assim capacitado a agir por conta própria. Este é o mesmo fenômeno que mencionamos acima como sendo um bom sinal. Por fim, algo acontece cuja natureza será discutida com mais detalhe adiante. Por enquanto diremos apenas que aquela consciência do duplo Ego e Não-Ego, vidente e coisa vista, conhecedor e a coisa conhecida, é aniquilada. Em geral sente-se um enorme clarão, um som intenso, e uma felicidade tão grande que místico após místico têm esgotado todos os recursos da linguagem tentando descrevê-la. É um nocaute absoluto da mente. É uma experiência tão vivida e tão tremenda que aqueles com quem ela ocorre ficam em grande perigo de perder o senso de proporção. À luz desta experiência, todos os outros fenômenos da vida são como uma escuridão. Por isto, aqueles que a tiveram no passado fracassaram completamente em suas tentativas de analisá-la ou medí-la. A maior parte deles declarou, com exatidão, que, comparada com esta experiência, à vida humana normal é completamente sem valor. Mas eles foram adiante, e erraram. Argumentaram que, desde que esta experiência transcende o natural, ela deve ser sobrenatural, divina. Uma das tendências de suas mentes era esperança de um “céu” tal como seus pais e professores lhes descreveram, ou tal como eles mesmos conceberam; e sem qualquer evidência cientifica para assim fazer, eles presumiram que “Isto é Aquilo”. No Bhagavad Gita uma visão deste tipo é, naturalmente, atribuída à aparição de Vishnu, que era

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o Deus local naquela época. Ana Kingsford, que estudou um pouco do misticismo hebraico, e era uma feminista, teve uma visão quase idêntica; mas chamou a figura divina que ela viu, alternadamente de “Adonai” e “ Maria “. Podemos agora perceber o que aconteceu com Maomé. De uma forma ou de outra, este tipo de fenômeno ocorreu na mente dele. Menos bem informado do que Ana Kingsford, porém de maior caráter, ele relacionou o acontecimento com a lenda da “Anunciação”, que com certeza ouviu relatar quando menino, e disse: “Gabriel me apareceu”. Mas, a despeito de sua ignorância, de sua total falta de concepção da realidade dos fatos, o poder da experiência foi tal que ele persistiu através da perseguição usual, e fundou uma religião à qual, mesmo em nossos dias, um ser humano em cada oito pertence. A história do Cristismo mostra exatamente o mesmo fato significativo. Jesus Cristo crescera ouvindo as fábulas do “Velho Testamento”, e, assim condicionado, atribuiu suas experiências a “Jeová”, se bem que seu espírito gentil não podia ter tido nada em comum com o Egrégora que estava sempre comandando o estupro de virgens e o massacre de criancinhas, e cujos ritos eram então, e em algumas partes do mundo(ainda são em nossos dias), celebrados com sacrifícios humanos. Semelhantemente, as visões de Joana D’Arc eram inteiramente crististas; mas, como todos os outros já mencionados, ela encontrou algures a força para realizar grandes coisas. Naturalmente, pode ser dito que existe uma falácia em nosso argumento: pode ser afirmado que toda essa nobre gente realmente “viu Deus”. Mas não se conclui disto que todo mundo que “veja Deus” venha também

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a causar grandes mudanças no mundo. De fato, a maioria das pessoas que afirmam que “viram Deus”, e que sem dúvida “viram” tanto de “Deus” quanto estes já mencionados, nunca fez nada além de ter suas “visões”. Porém, talvez seu silêncio seja um sinal não de sua fraqueza, mas de sua força. Talvez esses “grandes homens” de que falamos sejam na realidade os fracassos da experiência iniciática. Talvez fosse melhor não dizer nada; talvez apenas uma mente desequilibrada desejasse alterar o status quo, ou pudesse crer que alterá-lo é possível. Mas existem aqueles que consideram, mesmo nos mundos celestes, a existência intolerável enquanto um só ser vivo não puder partilhar daquela alegria. Existem os que regressam do limiar mesmo da câmara nupcial para auxiliar aos convidados que se atrasaram. Esta foi, pelo menos, a atitude adotada por Gautama Buda. Nem ficará ele sózinho. O progresso humano tem sempre sido fruto do espírito científico do livre intercâmbio de idéias e descobertas, e nunca do espírito sacerdotal de manter em segredo a verdade em benefício de uns poucos privilegiados, e mentir ao resto da humanidade. Podemos também mencionar o fato de que a vida contemplativa está geralmente oposta à vida ativa, e um equilíbrio extremamente cuidadoso é necessário para evitar que uma absorva a outra. Como veremos mais adiante, a “visão de Deus”, ou “União com Deus”, ou “Samadhi”, ou o que quer que concordemos em chamar essa experiência, tem muitos tipos e muitas graduações, embora exista um abismo intransponível entre a mínima dessas graduações e mesmo os mais elevados fenômenos da consciência normal. Resumindo, nós afirmamos a existência de uma fonte secreta de energia que explica os fenômenos do gênio.

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Não cremos em quaisquer explicações sobrenaturais, mas insistimos em que a fonte pode ser alcançada se seguirmos regras definidas, pois o grau de sucesso depende da capacidade do praticante, e não da “graça” de qualquer “Ser Divino”. Afirmamos que o fenômeno culminante que determina sucesso é uma ocorrência no cérebro caracterizada pela união de sujeito e objeto. Propomo-nos a discutir este fenômeno, analisar sua natureza, determinar claramente as condições físicas, mentais e morais que lhe são favoráveis, descobrir suas causas, e assim produzí-lo em nós mesmos, para que possamos estudar adequadamente os seus efeitos. PARTE I ASANA O problema que enfrentamos pode ser enunciado desta forma simples: Uma pessoa deseja que sua mente, seja capaz de pensar num certo pensamento durante o tempo que quiser, sem interrupção. Como já mencionamos, a primeira dificuldade vem do corpo físico, que persiste em chamar para si a atenção de sua vítima através de comichões e outras coisas. A pessoa deseja se espreguiçar, se coçar, espirrar. Este incômodo é tão persistente que os hindus (científicos a seu modo) conceberam uma prática especial para neutralizá-lo. A palavra Asana significa postura; mas como todas as palavras que têm causado discussão, seu significado exato se alterou com o tempo, e ela tem sido usada com significados diversos por autores diversos. A maior autoridade sobre Yoga (1) é Patanjali. Ele diz: “Asana é aquilo que é firme e agradável” “. Isto pode ser interpretado como a descrição do sucesso na

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prática. Sankhya, outro autor clássico sobre Yoga, diz: “Postura é aquilo que é firme e fácil”. E diz também: “Qualquer postura que é firme e fácil é um Asana; não exste outra regra”. Isto é, qualquer postura serve. De certa forma isto é verdade, pois qualquer postura mais cedo ou mais tarde se torna intolerável. A firmeza e a facilidade são a marca de um definido estágio de progresso, como será explicado mais adiante. Os livros hindus, tais como o” Shiva Sanhita”, descreveram uma quantidade de posturas: muitas, talvez a maioria, impossíveis para o homem ocidental mediano. Outros livros insistem em que a cabeça, o pescoço e a espinha devem ser conservados na vertical, eretos, por motivos ligados ao assunto de Prana, do qual trataremos adiante também.. 1. Yoga é um substantivo do idioma sânscrito, genérico para a forma de meditação que se esforça por UNIR sujeito e objeto, porque provém do indoeuropeu yog, que deu também origem à palavra inglesa yoke, à palavra latina jugum, e ao português jugo. A palavra religião vem do latim religare, “reunir”, e contém o mesmo conceito. O máximo em Asana é praticado pelos iogues que permanecem a vida inteira numa só posição, sem se moverem exceto em caso de absoluta necessidade. Não devemos criticar tais pessoas sem um conhecimento completo de seus motivos. Tal conhecimento ainda não foi dado ao público. Porém, podemos afirmar com segurança que desde que os grandes homens que já mencionamos não agiram assim, não é necessário que seus emuladores o façam. Escolhemos então uma posição que nos convenha, e observemos o que ocorre. Existe uma espécie de meio-termo equilibrado entre a rigidez e a

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relaxação muscular. Os músculos não devem ficar retesados; ao mesmo tempo, não devem ser deixados soltos. É difícil expressar a situação. Preparado para se mover talvez seja a melhor descrição. Um senso de alerta físico é desejável. Visualize-se um tigre preste a pular, ou um remador atleta de prontidão, esperando o sinal de partida. Após certo tempo, haverá câimbra e fadiga. É então que o estudante deverá trincar os dentes e persistir imóvel. As sensações de coceira, etc., desaparecerão se forem resolutamente desprezadas, mas a câimbra e a fadiga aumentarão até cessar a prática. Podemos começar com meia hora, ou uma hora. O estudante não deve se assustar se o processo de abandonar o Asana após a prática exigir vários minutos de tremenda agonia. A prática de “ginástica Hatha Yogi”, tão espalhada no Brasil e em outros países ocidentais, nada tem a ver com a verdadeira prática de Hatha Yoga, e os “mahatmas” e “gurus” e “sris” que chefiam as “academias de Yoga” no ocidente são, na pior das hipóteses, charlatães, e na melhor das hipóteses, amadores sem qualquer qualificação séria. Persistir na prática dia após dia requererá grande força de vontade, pois na maior parte dos casos verificar-se-á que o desconforto e a dor, em vez de diminuírem, tendem a aumentar. Por outro lado, se o estudante não prestar atenção e não vigiar o corpo, um fenômeno oposto poderá ocorrer. Ele se moverá para aliviar a dor, sem perceber que esta se movendo. Para evitar isto, escolha uma posição que seja naturalmente muito restritiva e difícil de manter, na qual pequenos deslocamentos musculares não sejam suficientes para trazer alívio. De outra forma, durante os primeiros dias, o principiante poderá até imaginar que dominou a prática! De fato, em todas essas técnicas iogues, a

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simplicidade aparente é tal que o principiante tende a se espantar com a gritaria dos peritos, talvez mesmo a imaginar que possui qualidades excepcionais. Assim mesmo, um homem que nunca pegou num taco de golfe a vida inteira pode pegar o guarda-chuva e fazer uma jogada que amedrontaria o campeão mundial. Após alguns dias, porém, em todos os casos, os fenômenos descritos aparecerão. À medida que você progride, eles aparecem mais cedo no curso da hora de exercício. A relutância em praticar poderá se tornar quase invencível. Devemos prevenir o estudante contra a idéia de achar que alguma outra posição seria, talvez, mais fácil de dominar do que aquela que ele escolheu! Assim que a gente começa a mudar de uma posição para outra, estamos perdidos. Nunca alcançaremos o sucesso. Talvez a recompensa para tanta dor e desconforto não esteja longe... Freqüentemente, quanto mais intensa a dor e maior o desconforto da posição, mais próximo estamos do sucesso na prática. ...Acontecerá um dia que a dor subitamente é esquecida, o fato da inteira o corpo é esquecido, e a gente percebe que durante nossa vida inteira o corpo sempre tinha intrometido suas mensagens no limiar da nossa consciência, e que aquelas mensagens eram de desconforto e de dor. E percebemos neste momento, com uma indescritível sensação de alívio, que não só esta posição, a qual nos causou tanta dor, é o próprio ideal de conforto físico, mas que qualquer outra posição do corpo é desagradável. Esta percepção representa o sucesso na prática. Não haverá mais dificuldade. A gente entrará no Asana com a mesma sensação, quase, com que um homem fadigado entra em um banho quente: e, enquanto estivermos na posição que conquistamos,

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poderemos confiar em que o corpo nos enviará nenhuma mensagem que possa perturbar nossa mente. Outros resultados da prática de Asana são descritos por autores hindus, mas esses não nos concernem no presente. Nosso primeiro obstáculo acaba de ser removido, e podemos agora tratar dos outros obstáculos. É, porém aconselhável mantermos um senso de proporção. A agonia sofrida em conquistar Asana é tanta que muita gente preguiçosa se convence de que o alívio conseqüente da conquista da prática significa que obteve Samadhi!!! Um desses foi falecido Arnoldo Krumm-Heller, Frater Huiracocha VIIIo O . T . O .. É claro que se você se ilude pensando que conquistou a libertação total apenas porque conquistou Asana, você nunca conquistará a libertação total. Você se torna um desses “soldados profissionais” que brincam em vez de lutar a que Líber AL se refere. PARTE II PRANAYAMA E MANTRA YOGA O elo entre a respiração e a mente será detalhadamente discutido na Segunda Parte, quando falarmos sobre a Espada Mágica; mas poderá ser útil se introduzirmos aqui alguns detalhes práticos. Vários manuais hindus, e os escritos Zhuang Zi... Zhuang Zi ( escrito Chuang Tse antigamenteseguimos o sistema oficial taóista chinês, e considerado discípulo pessoal de Lao Zi (Lao Tse). Isto, porém, provalvelmente não for verdade. Zhuang Zi falava demais, e freqüentemente falsificava fatos históricos para servir aos seus apólogos.

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...Apresentam notáveis teorias sobre métodos de controlar a respiração, e seus resultados. Mas neste nosso sistema cético, em que seguimos o método científico, é melhor que nos contentemos com afirmações que a prática de qualquer pessoa comprova. Como finalidade última da meditação é aquietar a mente, podemos considerar que uma aquietação de todas as funções corporais é uma medida preliminar útil. Isto já explicado no capítulo sobre Asana. Podemos mencionar aqui que alguns Yogis levam esse controle das funções corporais ao ponto de atrasar e praticamente parar as batidas do coração. Quer esta habilidade seja desejável ou não, ela é inútil ao principiante; portanto ele deve se esforçar, antes de tudo, por tornar sua respiração muito lenta e muito regular. A melhor maneira de marcar o compasso do ritmo respiratório, depois que alguma habilidade tenha sido adquirida usando um relógio para verificação, é através do uso de um mantra. Os mantras agem sobre o pensamento de uma forma muito análoga àquela em que Pranayama age sobre a respiração. O pensamento é amarrado a um ciclo que se repete: quaisquer pensamentos que tentam se intrometer são repelidos pelo mantra da mesma maneira em que pedaços de barro são arremessados de uma roda em movimento: quanto mais rápida for a roda, mais difícil será grudarse a ela o que quer que seja. Esta é a maneira apropriada de praticar um mantra: pronunciemo-lo tão lentamente quanto possamos, dez vezes. A seguir, não tão alto, e ligeiramente mais rápido, dez vezes mais. Continuemos este processo até não haver mais que um rápido movimento de nossos lábios: este movimento deverá ser continuado com velocidade crescente e intensidade decrescente, até que o

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murmúrio mental absorva por completo o murmúrio físico. O estudante estará agora completamente quieto, com o mantra correndo em seu cérebro; ele deve, no entanto, continuar a acelerar a velocidade até seu limite... Este limite é sempre pessoal e varia de praticante para praticante. “Tu nunca saberás o que é bastante se não souberes o que é demasiado” (William Blake). ...No qual ele deverá persistir tanto tempo quanto puder. Então ele finalizará a prática invertendo o processo descrito acima. Qualquer frase pode ser usada como um mantra, e é possível que os hindus tenham razão quando dizem que para cada um de nós existe uma frase particular que dá o melhor resultado... Tal frase expressa a Verdadeira Vontade da pessoa, e tem que ser descoberta por cada pessoa, e tem que ser descoberta por si mesma. Certos falsos “gurus” afirmam que podem dar a seus discípulos este Mantra chave. Desta maneira hipnotizam telepaticamente os submetem à influência ou controle das correntes mal sãs a que esses “gurus” pertencem. Um pretenso “Maharishi” recentemente angariou rios de dinheiro oferecendo um sistema de “ meditação transcendental” que custa centenas de dólares, com a promessa de que cada participante aprenderia “seu mantra pessoal”. Na realidade, o sistema é baseado no “tattwa” que corresponde ao signo zodiacal de nascimento dos participantes, e há apenas quatro mantras que são distribuídos aos crédulos “discípulos”. Mas como é recomendado a estes que mantenham, o “seu mantra sob o maior segredo, sob pena deste perder os seus efeitos místicos “, a maioria nem sabe que está sendo explorada; e ficaria indignada se isto lhes fosse dito..

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...Algumas pessoas consideram que os mantras árabes do Corão, que soam tão líquidos, deslizam com demasiada facilidade, de forma que seria possível continuar um processo diverso de pensamento ao mesmo tempo em que se pronuncia o mantra, sem perturbar a execução deste (a idéia é meditar sobre o significado do mantra enquanto o pronunciamos). Talvez o estudante possa construir para si um mantra que represente o Universo em som, tal como o Pantáculo (veja-se Parte II deste Livro Quatro) representa o Universo em forma. Às vezes um mantra pode ser “dado”, isto é, ouvido de alguma forma inexplicável durante uma meditação. Certo estudante usou as palavras: “E esforça-te por ver em todas as coisas à vontade de Deus”. A outro, quando lutava por destruir pensamentos, vieram as palavras “Empurra para baixo”, aparentemente referindo-se à ação dos centros inibidores que ele estava usando... Não é necessário postular nem “Deus”nem “guru”em casos como este: freqüentemente a frase expressa em linguagem um resumo de toda a experiência de controle psicossomático previamente adquirida por um individuo particular, e assim atuna a volição com as faculdades que a volição busca controlar. ...Empregando esta frase, ele conseguiu o seu resultado. O mantra ideal deve ser rítmico, poderíamos mesmo dizer musical: mas deve haver suficiente ênfase em alguma sílaba para auxiliar a faculdade da atenção. Os melhores mantras são os de comprimento mediano, pelo menos para os principiantes. Se o mantra é demasiado longo, a gente a esquecê-lo, a não ser que se pratique muito e durante muito tempo. Por outro lado, os mantras de uma só sílaba, tais como Aum!, saem um tanto às sacudidas; perde-se o senso de ritmo.

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1: entretanto, ao pronunciar um mantra contendo a palavra AUM a gente às vezes esquce as outras palavras e permanece concentrado, repetindo o AUM a intervalos. Mas isto é o resultado de uma prática já começada, e não o começo de uma prática. Eis aqui alguns mantras úteis: 1. Aum. Aum ou Om é o som produzido ao expirarmos com força do fundo da garganta enquanto fechamos gradualmente a boca. Os três sons representam os Princípios Criador, Preservador e Destruidor. Existem muitos outros pontos sobre este mantra, suficientes para encher um volume. 2. Aum Tat Sat Aum. Este mantra é puramente espondaico. Significa: “Ó aquela Existência! Ó!” Uma aspiração pela Realidade, pela Verdade. 3. Aum mani padme hum: dois troqueus entre duas cesuras. Significa: “Ó a Jóia no Lótus! Amém!” refere-se a Buda e a Harpócrates, mas também ao simbolismo da Rosa Cruz. Isto quer dizer orar para seu eu elevado que desperta um poder tremendo. 4. Aum shivaya vashi: três troques. Note-se que “shi” significa repouso, o aspecto absoluto (imanifesto), ou macho, da Deidade; “vá” é energia, o aspecto manifestado, ou fêmea, da Deidade. Este mantra portanto expressa o curso inteiro do Universo, do Zero através do Finito e de volta ao Zero. Dá o ciclo da criação. A Paz se manifestando como Poder, o poder dissolvendo-se em Paz. 5. Allah. As sílabas deste são acentuadas por igual, com uma certa pausa entre elas, e são usualmente combinadas por faquires com um movimento rítmico, em vai-e-

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vem, do corpo. Significa “Deus”. Sua soma é 66, a soma 11 primeiros números. 6. Húa állahú alazí ílla húa. Significa: “Ele é Deus, e não existe nenhum outro Deus senão Ele.” Eis aqui alguns mantras: O grande Maha – Mantra: (o grande canto da liberação) Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare, Hare Rama Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. 7. O famoso Gayatri: Aum! Tat savitur varenyam Bhargo devasya dimahi Dhiyo yo na pratyodayat. Pronuncie-se isto em tetrâmetros trocaicos. Significa: “Ó! Meditemos estritamente na luz adorável daquela divina Savitri ( o Sol interior, etc.). Possa ela iluminar nossas mentes!” Este mantra é recitado à Lua por telemitas, toda vez que esta é vista pela primeira vez em qualquer dia. Pseudo-ocultistas traduzem Savitri como substantivo masculino, mas a palavra se refere à contraparte feminina de qualquer dos três membros “masculinos”da Trimurti ( a trindade Hindu: Brahma, Shiva e Vishnu). No caso de Shiva, esta deusa é algumas vezes adorada como Shakti, e algumas vezes como Kali. Não podemos entrar mais a fundo neste assunto aqui. 8. Qól: Húa Allahú achád; Allahú Assamád; Lám, yalíd walám yulád; walám yakún iahú kufwán achád. Significa: “Ele só é Deus! Deus o Eterno! Ele não concebe e não concebido! Não há nenhum como Ele!”

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9. Ananda mangalam, Ananda mangalam, Jay, Jay, Jay, Soorya mangalam, Chandra mangalam, Agni mangalam, Vayu mangalam, Bhoomi mangalam, Gagana mangalam, Shiva – Shiva mangalam 10. Viva a tranguilidade da felicidade, tranguilidade que vem do sol, da lua, do fogo, do vento, da mãe – terra, do céu, do bem, de Shiva. O único lugar para se ir está dentro de nós mesmos. Mangalam: O eguilibrio do bem estar interno e externo. 11. Este mantra seguinte é o mais santo de todos que existem ou podem existir. No presente Aeon, claro. Kaduá tufurbiu Bi a chefu Dudu ner afannu teru Significa: Ultimal Unidade demonstrada! Adoro teu poder, Teu sopro forte, Deus supremo, terrível flor do nada, Que fazes com que os deuses e que a morte Tremam diante de Ti: Eu, eu adoro a ti! Estes mantras são suficientes para a escolha. Existem muitos outros. Sri sabapaty Swami dá um em particular para cada um dos Cakkrams. Mas que o estudante escolha um mantra, e atinja perfeita maestria deste. Nós nem sequer começamos a dominar um mantra antes que ele continue sem parar durante o sono. Isto é muito mais fácil do que parece. É uma simples questão de persistência na prática.

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Algumas escolas aconselham praticar um mantra com o auxílio de instrumentos musicais e de dança. Certos efeitos notáveis são assim obtidos, no que concerne a “poderes mágicos”; se grandes resultados espirituais são igualmente freqüentes, é duvidoso. Pessoas desejosas de estudar tais métodos devem ponderar que hoje em dia o Saara está bem perto, e há sempre algum faquir milagreiro ansioso por se exibir. Esta discussão da técnica paralela de Mantra Yoga nos desviou bastante do assunto de Pranayama. Pranayama é extremamente útil para aquietar as emoções e apetites, e quer à pressão mecânica que produz... Isto é, sobre o plexo solar, o fígado, o baço, o estômago, os intestinos e os plexos umbilical, sexual e sacral, através dos movimentos do diafragma e dos músculos abdominais e toráxcicos. ...Quer devido à combustão completa que assegura nos pulmões, é admirável do ponto de vista da saúde física. Especialmente os distúrbios digestivos são facilmente eliminados desta forma. Purifica tanto o corpo quanto às funções mais baixas da mente. É impossível combinar Pranayama devidamente executado com estados de agitação emotiva. Devemos recorrer a Pranayama imediatamente quando quer que, durante a nossa vida, a calma seja perturbada. Pranayama deve ser praticado certamente não menos que uma hora diária pelo estudante serio. Se praticado apenas uma hora por dia, é bom começar um pouco antes do nascer do sol, para aproveitar a modificação da atmosfera eletromagnética que então ocorre, e adaptar o campo eletromagnético do corpo às vibrações do dia, que sempre variam de lugar e de dia para dia. Quatro horas por dia é melhor, uma regra áurea; dezesseis horas é demais para a maior parte das

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pessoas. De modo geral, as práticas que faz andando são mais úteis à saúde que as sedentárias, pós as caminhadas ao ar livre são assim asseguradas... Mas não, é claro, ao “ar livre” de cidades poluídas. Mas algumas das práticas sedentárias devem ser praticadas, e combinadas com meditação. Claro, se temos pressa em obter resultados, caminhar é uma distração. Parte III YAMA E NIYAMA Os hindus colocaram estas duas consecuções em primeiro lugar no seu programa de treino. Elas representam as qualidades “morais” e ações “boas” que, à supostamente, predispõem à tranqüilidade mental. “Yama”significa, literalmente, “controle”. Vejase Parte II deste Livro Quatro, “A Baqueta”. Segundo os hindus, Yama consiste em não matar, não mentir, não roubar, manter continência, e não aceitar presentes. No sistema budista, Sila, “virtude”, é da mesma maneira recomendada. As qualidades (para os leigos) são estas cinco: Não matarás. Não roubarás. Não mentirás. Não cometerás adultério. Não beberás líguidos intoxicantes. Para os monges, muitas outras são acrescentadas. Todo o mundo no Ocidente conhece os mandamentos de Moisés; parecem-se bastante com os acima... Note-se, entretanto, que quando Moisés se referia ao “teu próximo”ele queria dizer outro Judeu. Os

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“mandamentos” eram apenas para manter paz entre os Judeus. Os gentios – estes eram para ser tratados da forma regular bíblica, que qualquer pessoa pode ler no “Velho Testamento”; a mesma forma como os zionistas trataram os árabes e ingleses para re-ocupar a “terra prometida”, e a mesma forma como “Israel” continua tratando os palestinos, o que é abundatemente claro mesmo nos jornais brasileiros. ...assim também os dados por Cristo no “Sermão da Montanha”. Os mandamentos de Cristo não são, porém, de autoria dele. O sermão inteiro está no Talmud. Do qual existem cópias mais de cem anos anteriores ao pretenso “nascimento de Jesus Cristo”. Veja-se Carta a um Maçom. Algumas destas “virtudes” são simplesmente as “virtudes” de um escravo, inventadas pelos senhores para manter os escravos em ordem. O que é importante perceber sobre o Yama hindu é que a quebra de alguma de suas regras tenderia a excitar a mente. Os mestres ensinaram; os teólogos, subseqüentemente, têm tentado justificar os seus salários ou cargos “melhorando” o ensino dos Mestres. Uma importância “mística” tem sido atribuída a essas “virtudes”. Os dogmatistas têm insistido em que elas têm valor por si mesmas, e é assim que as “religiões” resultam de sistemas de teurgia, sempre acompanhadas de formalismo, intolerância, e até de perseguições. Assim, “Não matarás”, que no sistema hindu originalmente significava “Não excites tua mente caçando tigres ou participando de brigas” já foi interpretado até como sendo um crime beber água que não seja filtrada, pois desta forma podemos matar alguma bactéria. Quando Crowley escreveu isto, os vírus ainda não eram conhecidos. Hoje em dia, o “verdadeiro iogue”

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teria que morrer de sede, pois há vírus que podem ser filtrados. Quanto aos vegetarianos, que untuosamente se consideram mais elevados espiritualmente que os carnívoros, quem lhes disse que é mais santo comer cadáveres de vegetais que comer a carne de animais? Só porque os vegetais não falam, por acaso não sentem?... No Universo nada se perde, nada se cria; tudo se transforma. Mas uma preocupação constante com a idéia de não matar coisa alguma é em geral pior para a quietude mental do que uma luta corpo a corpo com uma fera. Se o latido de um cão perturba constantemente nossa meditação, seria mais simples dar um tiro no cão e não pensar mais no assunto! Contanto, é claro, que o cão fosse sem dono ou fôssemos o tipo de pessoa que não teria “remorsos” depois de ter matado o cachorro. De outra forma, é melhor mudar o local da meditação, ou mandar forrar nossa casa com material à prova de som! Dificuldades análogas com esposas têm levado alguns mestres a recomendar o celibato. Em todos estes assuntos, o bom senso deve sempre ser nosso guia. Nenhuma regra fixa pode ser estabelecida: as idiossincrasias individuais do estudante variam de pessoa para pessoa, de grupo cultural para grupo cultural, de época para época. “Não aceites presentes”, por exemplo, é bem importante para um hindu, que ficaria perturbado durante semanas se alguém lhe desse um coco de graça; mas o europeu médio recebe as coisas como elas vêm desde a adolescência, e é mal-agradecido! O único problema é aquele da continência, que é complicado por várias considerações, como a da energia nervosa, por exemplo. Mas a mente de todo o mundo está embaralhada quanto a este assunto, que alguns confundem com o erotismo, outros com a

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sociologia. Não será possível considerar com clareza o problema da continencia enquanto ela não for compreendida como uma simples faceta do treino de um atleta. Podemos então deixar de discutir Yama e Niyama com este conselho: que cada estudante decida por si que maneira de vida e que código moral menos tenderá a lhe excitar a mente; mas, uma vez tendo se decidido a seguir uma regra particular de vida, que persista em sua decisão, evitando o oportunismo; e que se precavenha contra se atribuir “mérito espiritual” pelo que faz ou pelo que deixa de fazer: qualquer código é simplesmente de valor prático, relativo à intenção de acalmar a mente. Não tem escrupulosa, que auxilia um cirurgião em seu trabalho, impediria um mecânico de carros de executar o seu. Assuntos de ética estão adequadamente discutidos no ensaio “Tian Dao”, em Konx Om Pax, e devem ser estudados ali... Este livro, próprio para o estudo por Adeptos Menores de A. . A. . . Também em Líber CCXX, o livro da lei... Veja-se O Equinócio dos Deuses, No I desta série. ...está escrito: Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei Lembremo-nos de que, para os propósitos do verdadeiro treino em Yoga, o único valor de Yama Niyama estará em que nos auxiliem a viver de tal maneira que nenhuma emoção ou paixão perturbe nossas mentes. É evidente tolice escolher as reações de outra mente que não a nossa como parâmetros. Por exemplo, “Cristo” poderá ter sido o tipo de pessoa que, se alguém lhe esbofeteasse uma face, viraria a outra para ser esbofeteada também, e isto lhe conservaria a mente tranqüila. Outra pessoa, tentando seguir a mesma recomendação, passaria dias, portanto, faria melhor

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em revidar a bofetada com um bom soco. Suas chances de ter a mente quieta alguns minutos depois seriam bem maiores. A idéia de que a atitude de “Cristo” é “melhor” de algum ponto de vista sobrenatural do que a atitude de um temperamento mais combativo é pura tolice. É deste tipo que os teólogos se valem para estabelecer a dominação psicológica – conseqüentemente financeira – sobre os devotos de algum homem considerado “santo”. Por exemplo, o Bhagavad gita inteiro está baseado no tema de Krishna encorajando o seu discípulo bemamado, Arjuna, a lutar “sem ânsia de resultado”numa guerra contra membros de sua própria família. Uma pessoa merece admiração e respeito à medida em que prova, por seus atos, os seus pensamentos e intenções. Se “Cristo” realmente acreditava em virar a outra face, ele mereceria admiração por fazê-lo. Mas da mesma forma mereceria admiração o homem ou mulher que tranguilamente aniquilasse o agressor e fosse em frente contanto que este ato fosse também o fruto das suas convicções. Este é o ponto de vista telêmico. E nada é mais merecedor de desprezo que a pessoa que não revida por pura covardia, mas esconde esta sob a máscara da “virtude cristã”. Como está também escrito no livro da lei, “Não veleis vossos vícios sob palavras virtuosas!” Quem quer que sejas, “tu não tens direito a não ser fazer a tua vontade”. A tua-não a de outra pessoa!

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Parte IV PRATYAHARA Pratyahara é o primeiro processo puramente mental em nossa tarefa. As práticas previamente descritas – Asana, Pranayama, Yama e Niyama – são todos atos relacionados com o corpo físico. Mesmo Mantra Yoga está relacionado com a fala. Pratyahara é só mental. O que é Pratyahara? A palavra é empregada com significados diversos autores, alguns usando-a para designar a prática em si, outros para designar o resultado. Nós a definiremos como prática: uma medida estratégica antes que um resultado tático. Pratyahara é introspecção: uma espécie de exame geral do conteúdo da mente que desejamos controlar. Quando conquistamos Asana, todas as causas excitantes externas são removidas, e ficamos livres para pensar sobre em que estamos pensando! Uma experiência análoga à que tivemos com Asana nos espera. A principio, nós provavelmente nos lisonjearemos por nossas mentes estarem muito calmas! Isto resulta de nossa capacidade de observação ainda sem treino, portanto ineficiente. Justamente como de pé pela primeira vez na borda do Saara, um turista nada verá ali de especial a não ser muita areia, enquanto seu guia beduíno será capaz de lhe contar a história da vida de cada coisa à vista, porque aprendeu a observar; da mesma forma, com prática de Pratyahara, os pensamentos parecerão se tornar mais numerosos e mais insistentes. É que começamos a percebê-los melhor! Assim que observamos o nosso corpo, percebemos que ele estava terrivelmente irriquieto e dolorido; agora que observamos a mente, percebemos que está mais irriquieta e dolorida ainda. www.vox2014.com.br


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(BD mostra o controle de mente, melhorando lentamente no início, mais tarde mais rapidamnete. Começa de zero, ou perto de zero, e deve alcançar o controle absoluto em D. EF mostra o Poder de Observação do conteúdo da mente, melhorando rapidamente no início, mais tarde mais lentamente, até chegar à perfeição em F. Começa bem acima de zero com a maioria das pessoas cultas. A altura das perpendiculares HI indica a insatisfação do estudante com seu poder de controle. Aumentando no inicio, finalmente decresce até chegar a zero. Um gráfico análogo poderia ser traçado para a dor real e a dor aparente de Asana. Cônscios de nossa inquietude mental, nós começaremos a tentar controlá-la. “Não tantos pensamentos, se faz o favor!” É aí que perceberemos que aquilo que tínhamos tomado por um cardume de golfinhos brincalhões é, na realidade, o movimento das roscas da serpente marinha. A tentativa de reprimir tem o efeito de excitar. Quando o ingênuo discípulo se aproxima pela primeira vez do seu santo (mas matreiro) Guru e exige poderes mágicos, aquele sábio concorda solenemente em outorgá-los. Aí aponta com muita cautela e segredo algum ponto em particular do corpo do discípulo e lhe diz: “Para conguistar esse poder que você deseja é necessário apenas que você se lave sete vezes no Ganges durante sete dias; mas durante o banho tenha o particular cuidado de não pensar nessa parte do seu corpo.” É claro que o infeliz discípulo passa uma semana horrível, pensando quase que só nisso! Para quem está começando, é positivamente incrível com que persistência um pensamento, até mesmo uma cadeia inteira de pensamentos, retorna

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repetidamente à nossa atenção. É intensamente irritante, também, quando percebemos que não nos tornamos cônscios de que estávamos de novo pensando naquilo até já termos acabado de pensar naquilo de novo! Porém, a gente deve persistir dia após dia investigar nossos pensamentos e em tentar reprimilos; e, mais cedo ou mais tarde, passaremos ao estágio seguinte, Dharana: a tentativa de restringir a mente a um pensamento único. Antes de tratarmos disso, porém, consideremos o que se chama de “sucesso” em Pratyahara. Este é um assunto muito extenso, e, como já mencionamos, diferentes autores são de opiniões muito diversas. Um escritor define Pratyahara como uma análise mental tão minusiosa que cada pensamento é resolvido em um número de elementos. Veja-se “A Psicologia do Haxixe”, Seção V. Originalmente publicado em inglês, como parte do Equinócio Vol. I N 2, este ensaio será oportunamente publicado nesta série. Outros autores opinam que o sucesso nesta prática representa algo como a percepção de Sir Humphrey Davy sob a influência do óxido de nitrogênio, quando ele exclamou: “O universo é composto exclusivamente de idéias.” Ainda outros dizem que o sucesso dá o sentimento de Hamlet: “Nada é bom ou mau senão conforme pensamos a respeito,”porém interpretado da forma literal em que o fez Mrs. Eddy. Mary Baker Eddy, a fundadora do ingênuo movimento chamado “Ciência Cristã”. Entretanto, o ponto essencial de Pratyahara consiste em adquirir algum poder inibitivo sobre os pensamentos. Felizmente, existe um método infalível de conseguir este poder. É dado em Líber III...

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Uma das intruções Oficiais de A . . A . . que serão publicadas como Apêndice a Livro Quatro Parte III. Se Seções I e II são praticadas ( se for preciso, com o auxílio de outra pessoa para fiscalizar nossa vigilância), logo seremos capazes de dominar a seção final.Em algumas pessoas, este poder de inibir pensamentos pode surgir tão subitamente quanto ocorre com sucesso em Asana. Sem qualquer relaxamento da vigilância, a mente subitamente se aquieta. Há um maravilhoso sentimento de paz e descanso, bem diverso da sensação tetárgica que se produz em nós quando comemos demais. Não é possível dizer se um resultado tão definido aconteceria com todos os praticantes, ou mesmo com a maioria. De qualquer forma, isto não faz grande diferença. Se tivermos adquirido o poder de evitar a manifestação de pensamentos, podemos progredir ao estagio seguinte. DHARANA Agora que aprendemos a observar nossas mentes, de forma que sabemos algo da maneira como controlálas, poderemos tentar reunir todos os poderes da mente e concentrá-los num só ponto. Sabemos que não é muito difícil, para a mente educada média, pensar sem muita distração num assunto no qual ela esteja bem interessada. Existe a frase popular, “remoendo algo na mente”, ou “matutando alguma coisa”. Enquanto o assunto for suficientemente complexo, e os pensamentos fluírem sem oposição, não existe grande dificuldade. Enquanto um giroscópio está em movimento, ele se mantém imóvel relativamente ao seu ponto de apoio, e até mesmo resiste a tentativas de desviá-lo. Mas quando ele pára, cai da posição em que estava. Se a terra

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parasse de girar em torno do sol, ela imediatamente cairia no sol. No momento em que o estudante escolher um assunto simples, ou melhor ainda, um objeto simples, e tentar imaginá-lo ou visualizá-lo, ele perceberá que não é tão senhor de sua mente quanto supunha. Outros pensamentos invadirão sua consciência mas devemos crer que é na consciência que estão gravadas as leis de Deus, de forma que muitas vezes é esquecido por completo, às vezes por vários minutos: e no caso de objetos visualizados, o próprio objeto, em muitas ocasiões, começará a cometer todo o tipo de estrepolia. Suponhamos que você tenha escolhido uma cruz branca como objeto de sua meditação. Ela moverá a barra horizontal para cima e para baixo, alongará a barra, tornará a barra oblíqua, ficará com braços desiguais, virará de cabeça para baixo, criará raminhos, ou uma rachadura, ou uma figura, mudará completamente de forma tal como uma ameba, mudará a intensidade de sua iluminação, e até a sua cor. Ela ficará manchada, ficará inchada, criará desenhos em sua superfície, elevar-se-á, cairá, sacudir-se-á e se virará: nuvens passarão diante dela. Não há mudança de que ela não seja capaz. Sem mencionarmos que pode desaparecer completamente, e ser substituída por alguma coisa totalmente diversa! E qualquer pessoa com quem isto não aconteça não deve imaginar que está meditando. A ausência de tais fenômenos apenas prova que somos incapazes de concentrar a mente no mínimo que seja. Isto é, nossa capacidade de observação é insuficiente para perceber as mudanças que ocorrem quando nossa atenção se relaxa mesmo infinitesimalmente. Eu tenho tido a experiência de gente preguiçosa ou, às vezes, mentirosa-vir a mim e declarar categoricamente que está meditando bem

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depois de quinze minutos de tentativa, e reclamar algum Grau-em geral um acima do meu... Um estudante pode prosseguir durante vários dias antes de perceber que não está meditando. Quando percebe, a rebeldia do objeto da meditação o irritará em extremo. E é apenas então que a Vontade realmente começa a se exercer, e a coragem da gente entra em ação. Se não fosse pelo desenvolvimento prévio da Vontade que conseguimos na conguista de Asana, nós provavelmente desistiríamos. A maioria desiste, e abre cursos de Ginástica Iogue, ou dá aulas de Meditação Transcendental. A mera agonia física que a gente sofreu é a coisa mais insignificante do mundo, comparada com o pavoroso tédio de Dharana. Durante a primeira semana tudo pode parecer muito divertido, e somos até capazes de imaginar que estamos progredindo. Mas à medida que a convivência com a prática nos ensina o que estamos fazendo, temos a impressão de que estamos ficando cada vez piores. Por favor: o leitor deve compreender que, quando executamos esta prática, supõe-se que estamos sentados em Asana... Dependendo do Asana que escolhemos, claro. Sócrates, por exemplo, meditou de pé durante vinte e quatro horas sequidas, numa das guerras de Atenas contra estados vizinhos, conforme Platão relata nos Diálogos. ....com um caderno de notas e lápis ao lado, e um relógio à nossa frente. No começo não devemos praticar mais dez minutos de cada vez, para evitar o risco de fatigar demais o cérebro. De fato, o estudante provavelmente descobrirá que toda a sua força de vontade é insuficiente para manter a mente concentrada numa coisa só durante sequer três minutos, ou três segundos, ou três quintos de um

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segundo! E quando dizemos “manter a mente concentrada” o que queremos realmente dizer é tentar manter a mente concentrada. A mente fica tão cansada, e inútil persistir no início. Vemos nos relatórios de Frater P. que, após prática diária durante seis meses, meditações de quatro minutos, e até de menos, ainda estavam sendo registradas. Tem um dizer hindu que diz “Ela a mente pode nos levar por todos os tipos de desvios, pode ser nossa prostituta, nossa pior inimiga, como pode ser nossa melhor amiga depende como à conduzimos”. A prática é fundamental isto é, num período de trinta minutos ou uma hora de prática, ele conseguia manter a mente concentrada a intervalos, um desses sendo de quatro minutos. Mas nesse estágio, uma concentração de quatro minutos é mais intensa do que duas horas, ou mais, das tentativas de um principiante. O estudante deve computar o número de vézes que seu pensamento divaga: ele pode fazer isto contando nos dedos, ou usando uma fieira de contas. Se estas “quebras”da meditação parecem se tornar mais, em vez de menos, freqüentes, ele não deve desanimar:a aparente multiplicação é em parte causada pela sua maior agudez de observação. (Da mesma forma, quando o processo de vacinação contra a varíola foi introduzido, houve aparentemente um aumento de casos de varíola. Mas o motivo foi que as pessoas começaram a dizer a verdade a respeito da doença, em vez de fingir.) Logo, porém, o controle começará a melhorar mais depressa do que a observação. Quando isto ocorre, a melhoria se tornará aparente no relatório. Qualquer variação será provavelmente devida a circunstâncias acidentais. Por exemplo, uma noite você pode estar muito cansado quando começa; noutra, você talvez

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tenha dor de cabeça, ou indesgestão. Você fará bem em evitar praticar em tais ocasiões. Aldebaran da constelação de Taurus que sempre aperece para citar exemplos tirar dúvidas ou quando o discípulo está confuso ele aparece; Aldebaran “tudo é uma questão de libertar à mente”, reter à mente resulta num caso de desastre, libertar à mente significa criar uma ponte entre si mesmo e o adversário, pois não existe adversário você é que é, por isso vá atinja. Tenha sempre cautela contra um truque da mente, muitas vezes abusa de seus credítos para ter pretexto para evitar a prática!... A mente sempre oscila é o caso de se manter firme alguns chamam de vigília é o que se sai de um sono acordado. Voltando, primeiro, sensações físicas. Estas deveriam ter sido conquistatdas por Asana. Segundo, quebras que parecem por acontecimentos que precederam imediatamente o início da meditação. A atividade destes se torna tremenda. Somente através desta prática podemos compreender quanta coisa é realmente observada pelos nossos sentidos sem que a mente se torne cônscia dos fatos. Terceiro, existe uma classe de quebras que partilha da natureza de um “sono acordado”. Estas são muito insidiosas-podemos continuar sonhando durante um tempo enorme, sem perceber que estamos divagando. Quarto, existe um tipo muito elevado de quebra, que é uma espécie de aberração do controle mesmo. A gente pensa: “Como estou fazendo isto bem!” Ou pensamos que seria uma boa idéia se estivéssemos em uma ilha deserta, ou se estivéssemos em uma casa à prova de som, ou se estivéssemos sentados ao lado

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de uma cachoeira. Mas estas são variações insignificantes da vigilância propriamente dita. Um quinto tipo parece não ter origem determinável em nossa mente. Estas podem até assumir a forma de alucinações, geralmente auditivas. Naturalmente, tais alucinações são infrequentes, e são sempre reconhecíveis como tais: de outra forma, a gente faria bem em consultar um alienista. Usualmente a quebra consiste em sentenças, ou fragmentos de sentenças, desconexas entre si, que são nitidamente ouvidas em uma voz humana, reconhecível como tal; não a voz do estudante, ou de qualquer pessoa que ele conheça. Um fenômeno análogo é observado por radiotelegrafistas, que chamam tais mensagens de “estática”. Tanto quanto pudemos observar de nossa própria experiência, este é um fenômeno telepático. Mas desde que não é o que desejamos obter – o que queremos é nos concentrar – é indesejável, e uma quebra. Eventualmente o estágio é ultrapassado. Existe ainda um outro tipo de quebra, que é o resultado desejado. Trataremos deste em detalhe mais adiante. Note-se que há uma genuína seqüência nestes tipos de quebra. A medida que nosso controle melhora, a quantidade de quebras primárias e secundárias diminui, mesmo se o numero total de quebras numa meditação permanecer o mesmo. Quando estvermos meditando já duas ou três horas por dia, e enchendo o resto do dia com outras práticas cuja finalidade é auxiliar a prática principal, e alguma coisa ou outra começar sempre a acontecer, e tivermos um pressentimento constante de que estamos beirando “algo importante”, podemos esperar prosseguir ao estágio seguinte – Dhyana.

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DHYANA Esta palavra tem dois significados diversos e mutuamente exclusivos. O primeiro refere-se ao resultado em si. “Dhyana” é mesma palavra que o pali “Jhana”. O Buda distinguiu oito Jhanas, os quais são evidentemente diferentes graus e tipos de transe. Certos hindus, também, falam de dhyana como de um tipo menos elevado de Samadhi. Outros, porém, tratam Dhyana como uma mera intensificação de Dharana. Patanjali diz: “Dharana é manter a mente concentrada em algum objeto particular. Uma corrente contínua de percepção daquele objeto é Dhyana. Quando, abandonando todos os efeitos, isto refletir apenas a origem destes, é Samadhi.” Ele combina estes três em Samyama. Nós trataremos Dhyana antes como um resultado do que como um método. Até aqui os autores clássicos nos forneceram um roteiro mais ou menos seguro; mas quando entram no assunto dos resultados da prática da meditação, eles perdem completamente a cabeça. Esgotam as imagens poéticas para declarar coisas evidentemente falsas. Por exemplo, lemos no Shiva Sanhita que “aquele que se concentra diariamente no lótus do coração é ardentemente desejado pelas filhas dos Deuses, obtém clariaudiencia, clarividência, e pode andar sobre o ar.” Outra pessoa poderá “fazer ouro, descobrir remédios para doenças, e ver tesouros escondidos.”Tudo isto é bom examinar profundamente. Qual será a maldição que acompanha a esperiência religiosa, para que seus princípios devam sempre estar associados com todo o tipo de exagero e falsidade? O motivo principal é que a experiência ainda é rara, e geralmente obtida sem sistemática é que experiência ainda é rara, e geralmente obtida sem

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sistemática ou comparação com experiências análogas. Que palavras áureas! Ao discutirmos Dhyana, pois, seja claramente compreendido que algo inesperado vai ser descrito. Devemos considerar sua natureza e avaliar sua qualidade de uma maneira perfeitamente imparcial, sem nos permitirmos exageros poéticos, ou deduzir qualquer teoria da natureza do universo partindo de tão poucos dados, por mais notáveis que pareçam. Um pequeno fato pode destruir qualquer teoria existente; isto é a coisa mais comum, e a base mesma do progresso científico. Mas nenhum fato, por si só, é suficiente para dele se construir uma teoria. Deve ser compreendido que Dharana, Dhyana e Samadhi formam uma seqüência progressiva. Quando, exatamente, chegamos ao clímax, não tem importância; falemos antes do clímax em si, pois isto é coisa que a gente experimenta, e é uma experiência notável. Quanto a Dhyana, no curso de nossa concentração percebemos que o conteúdo da mente ( bem concentrada) consiste de apenas duas coisas: o Objeto da meditação, variável, e a Vontade Mental, ou Sujeito, aparentemente invariável. O clímax de Dharana consistiu em que o Objeto foi tornado tão invariável quanto o sujeito. O clímax de Dhyana consiste em que estes doisSujeito e Objeto-se tornam um É necessário frisar que nenhuma destas experiências é “sobrenatural”. Dhyana é o resultado natural da persistência em Dharana, e o ocorrerá, mais cedo ou mais tarde, com qualquer pessoa que se treine em concentração e persista em si concentrar.Será interessante quando um número maior de investigadores permitir o emprego de métodos estatísticos na ocorrência de tais fenômenos. A forma mais simples “o sol” não visto

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por um observador e bem que o olho físico não pode contemplar o sol, mas por dizer o sol de si mesmo numa experiência mais elevada. Não querendo dizer que as pessoas são elevadas, não há correlação entre verdadeira moralidade e misticismo, a não ser na mente de místicos pouco experientes. Grandeza de espírito não é produzida nem por samadhi, pode, quando muito, ser expandida por samadhi. Mas estreiteza de espírito pode ser expandida exatamente pelo mesmo processo. Como diziam os alquimistas, é preciso ter ouro para se fazer ouro. Veja-se AL ii 57, em O Equinócio dos Deuses. Temos que ver as condições de pensamento, e do tempo e do espaço, são abolidas.É difícil explicar só a experiência mesma fornecerá compreensão. Outro desenvolvimento de Dhyana é a aparição da forma que tem sido universalmente descrita como humana, se bem que as pessoas que assim a descrevem passam a adicionar um grande número de detalhes que absolutamente não são humanos! Esta particular aparição é geralmente descrita como sendo “Deus”. Esta aparição é uma projeção na mente do conjunto celular do vidente, isto é, uma Imagem dele mesmo (ou dela mesma). Algumas vezes, ela é modificada pelo contato telepático do vidente com os pensamentos ou concepções de outra pessoa. De qualquer forma, é perigoso se deixar obcecar por esta projeção mental, pois ela se torna então idêntica à Imagem paterna (ou Materna, conforme o caso!) dos psicanalistas.O “cordão umbilical” psíquico é reforçado, em vez de ser destruído. O indivíduo se torna mais escravo, em vez de se tornar mais livre. Místicos que se deixam obcecar por esta experiência se tornam extremamente perigosos, pois o impacto deles sobre seus semelhantes estará sempre misturado com intolerância e dogmatismo, isto é, com infantilismo moral.

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O que quer que ela realmente seja, o resultado na mente do estudante é tremendo: todos os seus pensamentos são incitados ao máximo de desenvolvimento. Ele acredita sinceramente que eles têm “sanção divina”. Talvez até acredite que eles emanam diretamente desse “Deus”! ele retorna ao mundo armado com esta intensa convicção e autoridade. Ele proclama suas idéias sem aquela circunspecção que a dúvida, a modéstia e a timidez impõem à maior parte das pessoas. Podemos supor que além disto tudo seu psicossoma foi realmente clarificado e está mais bem coordenado. De qualquer forma, a massa da humanidade está sempre pronta a ser influenciada por qualquer impulso assim tão autoritário e incisivo. A história está cheia de relatos de oficiais que, desarmados, enfrentaram um regimento amotinado e o reduziram à disciplina pela simples força de sua confiança. O poder do orador sobre uma multidão é bem conhecido. É provavelmente por isto que os profetas têm sido capazes de constrangir a humanidade a obedecer às suas leis. Nunca passa pela cabeça de um profeta que qualquer pessoa agir de outra forma! Na vida diária, nós podemos passar por qualquer guardião, tal como um sentinela ou um coletor de bilhetes, se pudermos realmente agir de tal forma que ele seja de algum modo persuadido de que temos o direito de passar sem impedimento. Este poder, aliás, é aquele que tem sido descrito por magistas como o poder da invisibilidade. Alguém escreveu um excelente conto sobre quatro homens de confiança que estavam de sobreaviso, à espera de um assassino, e tinham instruções para não deixar passar ninguém. Todos juraram subseqüentemente, na presença do cadáver, que ninguém passara por eles. Nenhum dos quatro notara o carteiro.

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Os ladrões que roubaram a “Gioconda” do Louvre estavam provavelmente disfarçados de serventes, e roubaram a pintura no nariz do guarda. Possivelmente lhe solicitaram ajuda. É apenas necessário crer que uma coisa deva acontecer para fazê-la acontecer. Esta “crença” não pode ser apenas emocional, ou apenas intelectual. Ela reside numa porção mais profunda da mente, porém uma porção não tão profunda que a maior parte dos homens, provavelmente todos os homens bem sucedidos, não possam compreender o que dizemos, tendo tido experiências análogas em suas próprias vidas. O mais importante fator em Dhyana, porém, é a aniquilação do Ego... Esta aniquilação não deve, porém, ser confundida com a legítima aniquilação que ocorre nas formas mais elevadas de Samadhi. Por exemplo, o vidente que “abole” seu Ego e se identifica com a Imagem Paterna apenas transfere seu egoísmo para um reduto mais forte, e se torna mais perigoso, não menos perigoso, como conseqüência. ... Nossa concepção do universo será completamente transtornada se admitirmos esta possibilidade como válida .... Porque para a pessoa comum o universo é apenas um reflexo de seu próprio Ego. Ela só não está cônscia deste seu egocentrismo ingênuo porque nunca se deu ao trabalho de investigar a mente. ...É hora de considerarmos o que, realmente, está acontecendo. Deve ser admitido que demos uma explicação muito racional da grandeza dos grandes lídedres religiosos e, por extensão, dos grandes homens em geral. Eles tiveram uma experiência tão arrebatadora, tão fora de proporção com o resto das coisas, que foram libertados de todos os obstáculos mesquinhos que impedem o homen normal de realizar seus projetos.

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A preocupação com roupa, comida, dinheiro, o que os outros podem pensar, como agir e por que agir, acima de tudo, o medo das conseqüências, pesam sobre quase todo o mundo. Em teoria, nada é mais fácil para um anarquista do que um governante. Ele tem apenas que comprar um rifle, tornar-se um atirador de categoria, e dar um tiro no governante a uma distância de quatrocentos metros. No entanto, se bem que haja muitos anarquistas, há muitos atentados. Ao mesmo tempo, a policia seria provavelmente a primeira a admitir que, se qualquer homem estivesse realmente cansado de viver, no mais íntimo do seu ser ( um estado diverso daquele em que os homens usualmente resmungam que estão cansados da vida), ele poderia de algum jeito matar antes outra pessoa. Ora, a pessoa que experimentou qualquer das formas mais intensas de Dhyana está psicologicamente livre. O universo foi destruído para ela, e ela para o Universo. A vontade da pessoa pode portanto ser exercida sem obstáculos. Podemos imaginar que, no caso de Maomé, ele alimentara durante anos uma tremenda ambição, e nunca fizera nada porque aquelas suas qualidades que subseqüentemente se manifestaram em capacidade administrativa o tinham avisado de que ele era impotente. Sua “visão na caverna” deu-lhe aquela confiança que lhe faltara, aquela fé que move montanhas. Existem muitas coisas que parecem sólidas neste mundo que poderiam ser derrubadas pelo toque de uma criança; mas ninguém tem coragem de tocá-las. Aceitamos provisoriamente esta explicação da grandeza dos grandes homens, e passemos adiante. A ambição nos trouxe até aqui; mas agora estamos mais interessados no trabalho em si.

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Isto é, se o amor à sabedoria se mostrar mais importante em nós que a ambição mundana! Um fenômeno espantoso aconteceu conosco: tivemos uma experência que faz o amor, a fama, as honrarias, a riqueza, parecerem um tostão; e começamos a nos perguntar apaixonadamente, “O que é a verdade?” O Universo ruiu em nossa volta como um castelo de cartas, e nós mesmos- ou o que pensávamos ser nós mesmos – ruímos com ele. No entanto, esta derrocada é como a abertura das Portas do Céu! Eis aqui um tremendo problema, e existe algo dentro de nós que tem fome de solucioná-lo. Vejamos que explicações podemos achar. A primeira idéia que ocorreria a uma mente equilibrada, familiarizada com a ciência, é que experimentamos um colapso mental. Da mesma forma que um golpe na cabeça faz um homem “ver estrelas”, assim também poderíamos supor que a tremenda tensão mental provocada por Dharana sobrexcitou o cérebro de alguma maneira, e causou um espasmo, ou possivelmente rebentou mesmo algum pequeno vaso. Parece não haver motivo para rejeitarmos por completo esta explicação, se bem que seria bastante absurdo supor que aceitá-la é condenar a prática de Dharana. Espasmo é a função normal de pelo menos um dos órgãos do corpo humano. Que o cérebro não é danificado pela prática fica provocado pelo fato de que muita gente que afirma ter tido esta experiência repetidamente continua a exercer as vocações de sua vida material sem diminuição de eficiência ou atividade. Podemos portanto descontar o aspecto fisiológico como explicação. Não explica o nosso problema principal, que é o valor dos testemunhos desta experiência pouco usual do cérebro.

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Ora, este é um problema difícil, e provoca o problema ainda mais difícil da validade de qualquer tipo de testemunho. Todo pensamento humano possível já foi posto em dúvida em alguma ocasião, exceto o pensamento que apenas pode ser expressado por um ponto de interrogação, desde que duvidar deste pensamento é afirmá-lo! Mas à parte esta profunda dúvida filosófica, existe a dúvida cotidiana, mais simples e mais prática. A frase popular “duvidar de nossos próprios olhos” a evidência dos nossos sentidos é aceitar; mas isto é coisa que nenhum cientista moderno faria! O cientista está tão cônscio de que os seus sentidos constantemente o enganam que inventa os mais complexos instrumentos a de verificar e corrigir as mensagens desses sentidos. E ele além disto está cônscio de o Universo que ele pode perceber diretamente através dos sentidos, mesmo corrigindoos e vigiando-os pelo uso de instrumentos, é uma fração mínima do Universo que ele conhece indiretamente. Por exemplo, quatro quintos do ar atmosférico consistem de nitrogênio. Se alguém trouxesse uma garrafa de nitrogênio para dentro desta sala... Este livro foi originalmente ditado por Aleister Crowley (Frater Perdurabo) a uma discípula, Mary d’Este (Sóror Virakam), e evidentemente estavam em uma sala durante esta parte do ditame. ...Seria enormemente difícil dizer o que é que a garrafa contém. Quase todos os testes que poderíamos aplicar ao conteúdo dariam resultados negativos. Nossos sentidos nada nos poderiam dizer.O gás “nobre” argônio só foi descoberta pela comparação do peso do nitrogênio quimicamente puro com peso do nitrogênio do ar. Isto já tinha sido feito muitas vezes, mas ninguém antes dispusera de instrumentos suficientemente delicados para medir a discrepância, ou até percebê-la. www.vox2014.com.br


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Para dar outro exemplo, um famoso cientista afirmou faz poucos anos que a ciência nunca poderia descobrir a composição das estrelas fixas. No entanto isto já foi feito, e muito bem, através do espectroscópio. Através do qual se descobriu também que as estrelas “fixas”, longe de serem fixas, estão em pleno movimento no espaço! Se perguntássemos ao cientista qual a sua teoria sobre o “real”, ele responderia que o éter... Desde que Crowley ditou o escrito acima, a teoria do “éter luminífero” caiu em desuso em favor das teorias de ondas e dos quanta. Ironicamente, os cientistas começam agora a aceitar novamente alguma coisa bastante semelhante à idéia do éter, para unificar as duas teorias, de ondas e dos quanta!... ...Que não pode ser percebido por nenhum dos sentidos, ou determinado por nenhum dos sentidos, determinado por nenhum instrumento, e que possui qualidades que (para usar linguagem leiga) são impossíveis, é muito mais real do que a cadeira na qual ele está sentado. A cadeira é apenas um fato; sua existência é testmunhada só por uma pessoa, e esta pessoa bem falível. O éter é a dedução necessária tirada de milhões de fatos, os quais foram repetidamente verificados e provados por toda experimentação possível. Não existe portanto qualquer motivo para se rejeitar a priori qualquer coisa, apenas com o argumento de que ela não pode ser percebida por nossos sentidos. Para mencionar outro ponto: um dos nossos testes do que é verdadeiro é a vividez de nossas impressões. Um evento isolado no nosso passado é pouco importante, e pode sumir de nosso consciente; e se for de algum modo relembrado, somos capazes de nos

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perguntar: “Será que eu sonhei isto? Ou aconteceu mesmo?” O que a gente não esquece nunca é o catastrófico. A primeira morte de uma pessoa amada, por exemplo, nunca seria esquecida: pela primeira vez nos tornamos exemplo, nunca seria esquecida: pela primeira vez nos tornamos cônscios daquilo que anteriormente apenas tínhamos ouvido contar. Uma tal experiência às vezes enlouquece as pessoas. Alguns cientistas se suicidaram quando uma teoria predileta foi provada falsa. Este problema é livremente discutido em Ciência e Budismo, Tempo, O Camelo, e outros ensaios de Aleister Crowley. Aqui é apenas necessário comentar que Dhyana tem que ser classificado como a mais vívida e a mais catastrófica de todas as experiências... Isto é até agora. Samadhi é ainda mais impressionante. Porém, quando a mente chega a experimentar Samadhi, já está fortificada pelo treino anterior. E possível que se a mente comum pudesse experimentar Samadhi diretamente ela se desintegrasse. Talvez muitos loucos incuráveis tenham sido enlouquecidos pela chance infeliz de uma tal experiência. Portanto, é difícil exagerar a importância que uma tal ocorrência tem para o indivíduo com quem ocorre. Especialmente desde que é a nossa concepção de todas as coisas, inclusive a nossa concepção mais íntima, aquela que tinha servido de centro e ponto de referência de todas as outras, a nossa concepção de nós mesmos, que é demolida. E quando a gente procura explicar este acontecimento como uma suspensão temporária de nossas faculdades, como uma alucinação, ou coisa semelhante, verificamos que somos incapazes de acreditar em tais explicações. Você não pode discutir com um raio que acaba de lhe arremessar ao chão!

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Toda coisa que é mera teoria é facilmente negável. Podemos encontrar falhas no nosso programa de raciocínio; podemos assumir que as premissas são, de uma maneira ou outra, falsas. Mas se atacamos desta forma a evidência a favor de Dhyana, nossa mente tem que encarar o fato de que qualquer outra experiência que já tivemos, atacada nas mesmas linhas e pelo mesmo método, cairá bem mais facilmente. Por onde quer que examinemos a questão, o resultado será sempre o mesmo. Pode ser que Dhyana seja uma ilusão; mas se assim for, tudo o mais de que temos consciência é uma ilusão também. Ora, a mente sadia se recusa a persistir numa crença da irrealidade de suas próprias experiências. Pode ser que elas não sejam o que parecem ser; mas devem ser alguma coisa, e se (em geral) a vida normal é alguma coisa, mas devem ser alguma coisa, quanto mais aquilo à cuja luz a vida normal parece como nada! O homem comum percebe a falsidade, a incoerência e a falta de propósito dos sonhos; ele os atribui (com razão) a uma falha no programa mental. O filósofo contempla a vida normal com um desprezo análogo, e a pessoa que experimentou Dhyana é da mesma atitude, mas não mais por mera convicção intelectual. Explicações lógicas, por apropriadas que sejam, nunca convencem por completo; mas a pessoa que experimentou Dhyana tem a mesma certeza simples de alguém que acorda de um pesadelo: “Eu não estava caindo num poço sem fundo, foi apenas um mau sonho.” A reflexão da pessoa que teve dhyana é exatamente análoga: “Eu não sou aquele mísero inseto, aquele imperceptível parasita da terra; foi apenas um mau sonho.” E da mesma forma que você não pode convencer o homem comum de que seu pesadelo era mais real que se despertar, você não pode convencer

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esta outra pessoa de que seu Dhyana foi apenas uma alucinação, embora ela agora esteja penosamente cônscia de que recaiu daquele estado à sua existência “normal”. É provavelmente muito raro que uma única experiência transforme assim radicalmente uma única experiência toda do Universo, da mesma forma que algumas vezes, ao despertarmos, ainda nos resta uma dúvida fugaz de se o despertar ou o sonho é real. Mas quando a experiência se repete, quando Dhyana não é mais um choque, quando o estudante teve tempo bastante para se acomodar ao seu novo plano de consciência, sua convicção se torna absoluta. Outra consideração racional é esta: o estudante não esteve tentando excitar a mente, e sim acalmála; não esteve tentando reprogramar um pensamento, mas sim deletar todos os pensamentos; pois não existe relação entre o objeto da meditação e o Dhyana. Por que devemos então supor uma derrocada do processo inteiro, ainda mais se a mente não demonstra quaisquer traços subseqüentes de interferência, tais como hackers tentando interferir no seu programa mental ou um virús? Certamente nesta ocasião, em nenhuma outra, uma das imagens dos hindus expressa a explicação mais simples. Esta imagem é de um lago em que cinco glaciares se movem. Estes glaciares são os cinco sentidos. Enquanto o gelo (as impressões) está constantemente se quebrando e caindo no lago, as águas são sacudidas. Se os glaciares ficam parados, a superfície se torna calma; então, pode ela refletir o disco do sol. Este sol é a “alma”, ou “Deus”. Devemos, porém, evitar o uso de termos tais como “alma”e “Deus” por enquanto, por causa das coisas em que implicam. Falemos antes deste sol como de alguma coisa desconhecida anteriormente, cuja presença tinha sido velada por todas as coisas conhecidas e pelo conhecedor mesmo. www.vox2014.com.br


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Também é possível que nossa “memória” de dhyana não seja a do fenômeno em si, mas a da imagem que ele deixou na nossa mente. Porém isto é verdade de qualquer fenômeno, como já foi provado além de qualquer dúvida por Berkeley e Kant. Este assunto, porém, não precisa nos ocupar. Queremos resultados, não teorias. Podemos então provisoriamente aceitar o ponto de vista de que Dhyana é real; mais real; e portanto mais importante para nós, que qualquer outra experiência que tenhamos tido previamente. É um estado que tem sido descrito não apenas pelos hindus e budistas, mas também por maometanos e crististas. No caso dos crististas, porém, o preconceito profundamente arraigado torna seus documentos e relatos sem valor para o homem comum. Eles passam por alto as condições essenciais à ocorrência de dhyana e insistem nas condições sem importância com muito mais freqüência que os melhores escritores hindus. Mas para qualquer pessoa com experiência de meditação e algum estudo comparativo de religiões, a identidade do fenômeno é evidente. Podemos agora tratar de Samadhi. Samadhi Já se escreveu demasiada bobagem a respeito de Samadhi; vamos nos esforçar por não aumentar o monturo. Até Patanjali, que é extraordinariamente claro e prático na maioria das vezes, começa a delirar quando fala de Samadhi...Sempre se referindo aos Siddhas, ou “poderes mágicos”, que Patanjali descreve, e afirma serem obtidos através de Samyama: a combinação de Dharana, Dhyana e Samadhi.

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...Mesmo se o que ele diz fosse verdade, ele não deveria dizer essas coisas, pois não parecem ser verdade; e não devemos fazer qualquer afirmativa que seja difícil de acreditar sem estarmos preparados para apresentar provas cientificamente documentadas. Mas é bem provável que Patanjali tenha sido mal interpretado por seus comentaristas. A mais razoável asserção, de qualquer autoridade conhecida, é aquela de Yajna valkya, que diz: “Através de Pranayama as impurezas do corpo são eliminadas; através de Dharana, as impurezas da mente; através de Pratyahara, as impurezas do apego; e Samadhi elimina tudo que esconde o senhorio da alma”. “Esta é uma asserção modesta, e em bom estilo literário. Se pudermos fazer o mesmo! Em primeiro lugar, qual é o significado da palavra? Etimologicamente, Sam é o grego ouv – o prefixo português sin, significando “junto com”. Adhi significa “Senhor”, e uma tradução razoável da palavra inteira seria “União com Deus”, exatamente o termo utilizado por místicos crististas para descreverem sua consecução. Existe muita confusão, porque os budistas usam a palavra Samadhi para significar uma coisa inteiramente diversa, a simples faculdade da atenção. (Assim, para os budistas, pensar em um gato e “fazer samadhi” sobre aquele gato.) Os budistas usam a palavra Jhana para descrever estados místicos. Isto é uma bagunça danada, porque, como vimos no último capítulo, Dhyana é considerado pelos hindus o estado preliminar a Samadhi, e Jhana é, claro, a corrupção pali da mesma palavra. Rejeitaremos sem hesitar a confusão inteira, e seguiremos o significado etimológico da palavra, conforme dado acima. Existem muitos tipos de samadhi. Alguns autores consideram Atmadarshana, o Universo percebido como

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um fenômeno único e sem condições, como o primeiro verdadeiro samadhi. Se aceitarmos isto, devemos relegar muitos outros êxtases místicos menos elevados à classe dos Dhyana. Patanjali enumera vários de tais êxtases: executar Samyama concentrando-se sobre vários objetos confere poderes mágicos, ou assim diz ele. Não é necessário aqui discutir essa questão. As pessoas que desejam poderes mágicos podem obtê-los em dúzias de maneiras diversas. O poder cresce mais depressa que o desejo. O menino que deseja dinheiro para comprar soldadinhos de chumbo começa a cavar o dinheiro, e quando finalmente o consegue deseja coisa muito diversa – provavelmente algo justamente além dos seus meios. Esta é esplendida história de todo avanço espiritual: a gente nunca para a fim de côlher a recompensa. Isto é, , alguns outros grandes homens nunca pararam. Mas a maioria se contenta com o primeiro brinquedinho obtido. Não existe lei além de Faze o que tu queres. Portanto, não nos preocupemos se este ou aquele Samadhi pode trazer esta ou aquela vantagem transitória a nossas vidas. Nós abrimos este livro, se vocês se lembram, com considerações sobre a morte. A idéia da morte perde todo significado em Samadhi. Depende das idéias do ego e do tempo; e estas idéias são destruídas. “A morte é engolida em vitória”... Não é bem assim! Em Samadhi, a idéia da morte é abolida; mas nem por isto o corpo no qual habita a mente em que a idéia da morte é abolida deixa de morrer eventualmente. Seria interessante descobrir se algum campo ou foco de consciência sobrevive a esta mudança material. Esta questão, em que pese a espiritistas, ressureicionistas e reincarnacionistas, continua em aberto. Mas será que é realmente importante?

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...Nós trataremos a seguir das condições que produzem Samadhi, e procuraremos analisar o que esta experiência é em si. Dhyana se assemelha a Samadhi sob muitos aspectos. Em Dhyana há uma união do ego com o nãoego, e uma perda das noções de tempo, espaço e causalidade. A dualidade sob qualquer forma é abolida. A idéia-de-tempo implica na existência de duas coisas consecutivas, a idéia-de-espaço envolve a existência de duas coisas, uma produto da outra. As condições de Dhyana contradizem as condições do pensamento normal; mas em Samadhi, a diferença é muito maior que em Dhyana. Enquanto Dhyana parece a simples união de duas coisas, Samadhi parece como se todas as coisas súbitamente se juntassem e se unissem... Crowley está aqui descrevendo Atmadarshana, aquele primeiro elevado estado de Samadhi ao qual ele se referiu anteriormente. Há um estado posterior, Shivadarshana ( que ele menciona adiante) em que todas as coisas são aniquiladas. É provável que Shivadarshana seja a mesma experiência que o Buda descreveu como Nirvana, e que o levou a fazer da palavra Anatta o centro de sua doutrina. ...Poder-se-ia dizer que em Dhyana existia ainda esta condição em estado latente: que o um existente era oposto aos muitos não-existentes; mas em Samadhi, o um e os muitos são unidos em uma fusão de Existência com Não-Existência. Esta definição não é o resultado de reflexão da minha parte, está sendo feita de memória. Outra diferença: é fácil conguistar a habilidade de obter Dhyana. Após algum treino, podemos entrar naquele estado sem prática preliminar (e deste ponto de vista, podemos reconciliar os dois significados diversos que os autores dão a esta palavra, os quais discutimos no

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capítulo anterior). Visto de baixo, Dhyana parece um êxtase, uma experiência tão tremenda que não podemos algo além; mas visto de cima, é um mero estado mental, tão natural quanto qualquer outro. Frater P., antes de obter Samadhi, escreveu isto sobre Dhyana em seu relatório: “Talvez, como resultado do intenso controle que a gente se esforça por obter, um ataque de nervos violento como uma tempestade seja provocado: isto nós chamamos de Dhyana. Tanto quanto posso conceber, Samadhi será apenas uma ampliação disto.” Cinco anos mais tarde... Isto é, após obter Samadhi várias vezes. ...ele não diria isto. Talvez dissesse que Samadhi é a mente fluindo, numa corrente contínua, do ego ao não-ego, sem se tornar cônscia de nenhum dos dois; e este fenômeno é acompanhado por um maravilhamento a felicidade sempre crescentes. Ele pode compreender que isto seja o resultado natural de Dhyana, mais não pode mais chamar Dhyana, como antes, de precursor de Samadhi. Ele não tem certeza das condições que induzem Samadhi. Ele pode produzir Dhyana à vontade, no curso de alguns minutos de concentração, e o fenômeno freqüentemente ocorre de maneira aparentemente espontânea. Mas com Samadhi, infelizmente, este não é o caso. Ele provavelmente pode conseguir Samadhi à vontade, mas não sabe dizer precisamente como, nem predizer quanto tempo levará antes do fenômeno ocorrer; e não pode ter certeza completa de que o conseguiria. Todos temos certeza de que podemos caminhar um quilômetro sobre uma estrada plana. Conhecemos as condições, e seria preciso um conjunto muito extraordinário de circunstancias para nos impedir de completar a caminhada. Mas é igualmente certo dizer: “Eu já escalei o Pico da Neblina, e sei que posso escalá-

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lo novamente. “No entanto, existe um conjunto de circunstancias possíveis, e mais ou menos prováveis, que poderiam impedir o nosso sucesso. Nós sabemos isto ao certo: que se o pensamento for conservado único e firme, Dhyana ocorre. Mas não sabemos se uma simples intensificação disto é suficiente para causar Samadhi, ou se outras condições adicionais (ou outras circunstancias bem diversas) são necessárias... Uma das condições adicionais é querer obter Samadhi. Isto não é tão simples quanto possa parecer. Dhyana glorifica o ego; Samadhi o destrói. Muita gente evita obter Samadhi, enquanto finge (para si mesma e para outros) que o persegue apaixonadamente. Mas há sem dúvida outras condições, não necessariamente subjetivas. Só a experiência sistemática de um grande número de pesquisadores ampliará o presente “estado da ciência”. ...Obter Dhyana já é ciência. A obtenção de Samadhi continua no terreno do empirismo. Um dos autores clássicos diz (se nossa memória não nos engana) que doze segundos de concentração dão Dharana, quarenta e quatro dão Dhyana, e mil setecentos e vinte e oito dão Samadhi. E Vivekananda, comentando Patanjali,faz de Dhyana um mero prolongamento de Dharana, mas acrescenta: “Suponhamos que eu estivesse meditando sobre um livro, e gradualmente conseguisse concentrar minha mente sobre ele até perceber apenas a sensação interna, o significado inexpresso em qualquer forma material: este estado Dhyana é chamado Samadhi.” Outros autores opinam que Samadhi resulta de meditar sobre assuntos que são, em si mesmos, “dignos”. Por exemplo, Vivekananda diz: “Pense em qualquer assunto santo.” E explica a recomendação da seguinte forma: “Isto não significa qualquer assunto malvado.”(!) www.vox2014.com.br


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Frater P hesitaria em afirmar que conseguiu Dhyana meditando sobre objetos comuns. Ele abandonou a prática deste de meditação após alguns meses, e começou a meditar sobre os Cakkrams, etc. Também, Dhyana começou a ocorrer com tanta freqüência que ele parou de registrar a ocorrência. Mas se desejasse atingir aquele estado neste instante, ele escolheria algo para excitar se “temor a Deus”, ou “reverência”, ou “maravilhamento”. Não existe qualquer motivo aparente por que Dhyana não deva ocorrer ao pensarmos em algum objeto comum numa praia – por exemplo, um siri. Novamente, só a experiência de um grande número de pesquisadores sérios, após sistematizada de forma escrupulosamente científica, esclarecerá estas questões. Será esplendido quando uma pesquisa disciplinada, usando métodos científicos, executada por muitas pessoas, permitir a determinação das condições de Samadhi. Por enquanto, não parece ser contra producente seguirmos simplesmente a tradição de nossos antecessores, e usarmos os mesmos objetos de meditação que eles usaram – com uma única exceção que mencionaremos adiante. O primeiro tipo de objetos para meditação séria (isto é, já não mais a prática preliminar, em que devemos usar apenas objetos simples da vida diária, que são mais fáceis de manter definidos) são diversas partes de nosso corpo. Os hindus possuem um complicado sistema de anatomia e fisiologia que aparentemente não tem qualquer relação com os fatos de uma sala de dissecação. Proeminentes em seu sistema estão os sete Cakkrams, existem também vários “nervos”, igualmente mitológicos. O segundo tipo são objetos de devoção, tais como a idéia ou forma das imagens, ou o coração ou o corpo do nosso

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Instrutor, ou de algum homem que respeitamos profundamente. Esta prática terá que prestar muita atenção até que ponto é recomendável, porque estimula os preconceitos na mente. Podemos também meditar sobre nossos sonhos. Isto parece superstição; mas a idéia é que você já tem uma tendência, independente de sua vontade consciente, a pensar nessas coisas (ou não sonharia sobre elas); conseqüentemente lhe será mais fácil se concentrar sobre elas do que sobre outras. Você pode também meditar sobre qualquer coisa que lhe agrade especialmente. Mas aqui novamente, surge o perigo de estimular preconceitos. Mas com tudo isso, sentimo - nos inclinados a sugerir que será melhor, e de maior peso, se a meditação for dirigida a algum objeto que seja, em si, aparentemente sem importancia. Nós não queremos que a mente se excite de nenhuma forma, por uma adoração moderada.Ao mesmo tempo, não podemos negar que será muito mais fácil se escolhermos alguma idéia sobre a qual a mente tenda a fluir naturalmente. O caminho mais fácil nem sempre é o melhor, viver é uma escolha, tem uma grnade diferença entre conhecer o caminho e trilhar o caminho. No caso presente, aconselharíamos estudantes a escolher assuntos que não despertem seu interesse nem seu entusiasmo. Samadhi não transfigura a mente a não ser a partir do estado em que ela se encontra no momento em que você obtém Samadhi. Fortalecer nossos pontos fortes é fácil; em proporção, nossos pontos fracos se tornam mais fracos ainda. Fortalecendo nossos pontos fracos, talvez obtivéssemos mais lucro da concentração em nossos pontos fortes, quando eventualmente nos concentrássemos neles.

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Os hindus afirmam que a natureza do objeto da meditação determina o samadhi, isto é, esses samadhis menos elevados que conferem os assim-chamados “poderes mágicos”. Por exemplo, há os Yogapravritti. Meditando sobre a ponta do nosso nariz, obtemos aquilo que se poderia chamar “o cheiro ideal” – isto é, um cheiro que não é nenhum cheiro em particular, mas que é o cheiro arquetípico, do qual todos os cheiros perceptíveis são modificações. É o “cheiro que não é um cheiro”. Esta é a única descrição razoável: pois, a experiência sendo contrária à razão, é conseqüentemente razoável que as palavras que a descrevem sejam assim também. Da mesma forma, concentração sobre a ponta da língua dá o “gosto ideal”; sobre o dorso da língua, o “tato ideal”. O bhikku Ananda Metteya dá a seguinte descrição desta experiência: “Todo átomo do corpo entra em contato com todo átomo do Universo simultaneamente.” A meditação sobre a raiz da língua dá o “som ideal”, e meditação sobre a faringe dá a “visão ideal”. O mais importante desses êxtases, porém, é atmadarshana, o qual para alguns (e estes não os de menor experiência) é o primeiro verdadeiro samadhi; pois mesmo as visões de “Deus” e do “Augoeides” estão manchadas pela forma... Isto é, Rupa. Tais visões podem conduzir ao fanatismo e à perseguição religiosa. Em Atmadarshana, o todo se manifesta como o Um: é o Universo livre de quaisquer condições. Não só são todas as formas e idéias destruídas, mas também as concepções que jazem implícitas em nossas idéias daquelas idéias. Cada parte do Universo torna-se o Todo, e causa e efeito não são mais separados. Mas é completamente impossível descrever este estado mental. Podemos apenas especificar algumas

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de suas características, como fizemos acima; mas a linguagem usada não deve formar qualquer imagem na mente... O Credo de Atanásio, por exemplo, após descrever em linguagem tão adequada quanto possível a experiência de atmadarshana ao falar da “Trindade”, começa a deduzir as mais imbecis conseqüências “lógicas” de uma experiência que transcende a lógica. A teurgia se transforma em dogma, e nascem a intolerância, a crueldade, o complexo de inferioridade e até o de culpa. Mas é mais do que provável que Atanásio não experimentou Atmadarshana: apenas plagiou as palavras de algum legítimo místico, talvez um membro de sua congregação; isto é bem mais comum no cristismo do que se pensa. ...É impossível a qualquer pessoa que experimente este estado trazer de volta dele qualquer imagem exprimível no estado mental normal. Nem podemos conceber qualquer estado que transcenda Atmadarshana, quando voltamos de Atmadarshana! No entanto, existe um Samadhi muito mais elevado, chamado Shivadarshana, do qual é apenas necessário dizer que é a destruição do estado prévio: a aniquilação de Atmadarshana. Para conceber esta extinção devemos imaginar o Nada (único nome possível para isto) como positivo, em vez de negativo. A mente que se esforça por obter transes místicos tem freqüentemente vislumbres ou intuições desses Samadhis antes de obtê-los. É o pressentimento de Shivadarshana em mentes muito apegadas ao Ego que cria a crença no “Mal Absoluto”. A mente normal é como uma vela num quarto escuro. Se você abre as janelas, a luz do sol torna a chama invisível. Esta é uma imagem mais ou menos adequada de Dhyana.

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Mas a mente se recusa a encontrar uma imagem para Atmadarshana. Parece fraco dizer apenas que, se todas as estrelas do Universo se juntassem subitamente, apagariam também a luz do sol. Porém, se aceitarmos dizer isto, e procurarmos outra imagem para Shivadarshana, devemos nos imaginar percebendo que esse braseiro universal é escuridão; não uma luz muito fraca comparada com outra luz, mas escuridão em si. Não é uma transição do minúsculo para o vasto, ou mesmo do finito para o infinito. É a percepção do fato de que o positivo é apenas o negativo. A “verdade final” de Atmadarshana é percebida não apenas como falsa, mas como a contradição lógica da “ verdadeira verdade”. É completamente inútil prolongar este tema, que até o presente tem derrotado todas as mentes que procuraram expressá-lo. Nós tentamos aqui dizer o mínimo, e não o máximo, possível. Ainda mais longe do nosso propósito de sermos simples estaria comentando aqui as inumeráveis discussões entre místicos sobre se Shivadarshana em nossa vida subsequente. Basta dizermos que até mesmo o primeiro e mais efêmero dos Dhyana nos paga mil vezes pelas dores que podemos ter tido buscando alcançá-lo. E existe mais um encorajamento para principiantes: todo trabalho que se executa nessa direção tem efeito cumulativo. Todo ato dirigido à consecução espiritual é mais uma pedra acrescentada à pirâmide de um destino que algum dia chegará a fluir. Possam todos conseguir! Bibliografia Yoga e Magia - Aleister Crowley

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Paulo Carvalho tem formação em matemática, atua na área de consultoria financeira e projetos de viabilização econômica para investimentos internacionais no Brasil. Desde os 18 anos de idade demonstra seu interesse sobre ocultismo, física quântica, e suas relações com as religiões, e a conseqüente metamorfose digital da humanidade. Paulo@konpax.com.br Othon Carvalho é astrólogo, quiroprático, artista plástico e visual. Atualmente elabora projetos nas áreas sócio-culturais, voltados ao processo de inclusão digital através de negócios fonográficos. Desde os 12 anos de idade estuda as religiões monoteístas e politeístas no intuito de identificar as similaridades entre as técnicas de meditações e orações, e os seus resultados obtidos na área da transcendência mental. Othon@konpax.com.br

Konpax do Brasil Consultoria e Comunicações Ltda. Fortaleza -CE- Brasil Www.konpax.com.br

O universo pode conter uma infinita variedade de idéias inacessíveis à apreensão humana. Para isso mesmo, tais idéias não existem para os própositos desta discussão, o homem, no entanto possui alguns instrumentos através dos quais ele pode obter conhecimentos; podemos assim, definir o macrocosmos (universo) como a totalidade de coisas que o homem pode perceber. A medida que a evolução desenvolve nossos instrumentos de percepção, o macrocosmo e o microcosmo se ampliam, mas sempre mantém sua relação mútua. Nenhum dos dois pode possuir qualquer significado a não ser em termos do outro. É, portanto quase legítimo dizer-mos que a matemática abstrata é o nosso elo com o resto do universo e com “Deus”. ALEISTER CROWLEY THE BOOK OF THE LAW


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