Conjunto Habitacional
Maria Tomásia Habitação de Interesse Social em Fortaleza-CE
Fortaleza, Novembro de 2013
Professor: Renato Pequeno
Universidade Federal do CearĂĄ Alunos: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Projeto UrbanĂstico 1
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Hanna Paiva Lia Gadelha Lucas Leandro
Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
Introdução
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Localização e inserção urbana dos empreendimentos Localização do empreendimento na cidade
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Proposta Urbanística, forma urbana e as relações com o entorno Identificação do conjunto frente ao entorno imediato
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O conjunto edificado: diversidade, flexibilidade e progressividade Análise das unidades habitacionais
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Propostas para um melhor aproveitamento
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Referências
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Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
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Introdução
Localização
Entorno
Este trabalho tem como objetivo conhecer e análizar a produção recente da habitação de interesse social realizada pelo poder local em Fortaleza; apreender os elementos necessários para a formulação de projetos arquitetônicos e urbanísticos habitacionais de interesse social em seus conteúdos, suas dimensões e suas formas de representação; desenvolver a capacidade de análise crítica e propositiva.
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Edificação
Propostas
Referências
O pefil dos usuários/famílias atendidas por esse projeto de habitação de interesse social é predominantemente de baixa renda (com até 3 salários mínimos); em situação de vulnerabilidade sócio-ambiental com demandas complementares de equipamentos sociais, emprego e renda; moradores de áreas de risco ou de áreas de ocupação a serem removidas por conta de obras viárias precárias em termo de infra-estrutura urbana.
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Introdução
Localização
Entorno
O conjunto habitacional de interesse social Maria Tomásia, está localizado na porção Sul da cidade de Fortaleza, mais especificamente no Jangurussu, bairro de grande extensão territorial e que abriga muitas comunidades como essa. O bairro é definido a partir de um contorno compreendido pela Av. Presidente Costa e Silva ao norte, a Av. Do Contorno Sul a oeste e a BR 116 a leste. Ao sul o bairro encontra-se com os municípios de Pacatuba e Itaitinga. A partir de uma analise da Imagem 1 pode-se perceber a localização do conjunto habitacional em relação aos eixos de expansão de Fortaleza. Os eixos indicados Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
Edificação
Propostas
Referências
Imagem 1 - Fonte: Mapa da Prefeitura Municipal de Fortaleza editado
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Introdução
Localização
Entorno
no mapa correspondem a Av. Leste Oeste, Av. Bezerra de Menezes, o Benfica, a BR 116 e a Av. Washington Soares. O bairro Jangurussu encontra-se nos limites da cidade, estando distante do Centro e dos principais pontos de aglomeração, desde onde partem os eixos de expansão. Porém, apesar de longe dos eixos de expansão atuais, o Jangurussu e adjacências possuem ainda uma baixa densidade populacional, o que significa uma ampla disponibilidade de terreno, e proximidade à centralidade do bairro Messejana, que concentra bancos, lojas, feiras, entre outros, o que possibilita uma possível expansão da cidade para seu
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Edificação
Propostas
eixo. Por conta disso, é uma área em potencial para abrigar casas e condomínios para a população que vem obtendo uma melhor renda nos últimos anos. Além disso, o bairro é visto como uma área de interesse do Estado para receber habitações de interesse social, devido aos baixos custos quando relacionado a outras áreas da cidade. O Jangurussu tem um dos índices de desenvolvimento humano por bairro do município (IDH-M) mais baixos da cidade (0,398), ou seja, quando comparada com os residentes de outras áreas da cidade, percebe-se que a população tem oportunidades limitadas
Referências
em termos da realização de seus direitos elementares. O bairro é marcado por desigualdades socioespaciais que atingem principalmente a população mais pobre. É detentor de inúmeras mazelas de cunho social como, a pobreza e a violência. Aos arredores do conjunto Maria Tomásia, observa-se o contrate que se da em alguns momentos havendo situações onde as vias são pavimentadas, há iluminação pública, sendo esses o entrono imediato dos condomínios da população de maior renda. Em contraposição a esse cenário, no mesmo bairro observa-se a situação de insalubridade contrastante da área mais geral do bairro.
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Introdução
Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Fortaleza, no passado caracterizada como uma cidade monocêntrica, pois a maioria das atividades realizava-se no Centro tradicional, vem passando por um processo de expansão da malha e a formação de novas centralidades – subcentros - em bairros mais distantes. Dentre esses subcentros mais importantes podemos citar os seguintes bairros, distanciandoos da região central do Jangurussu: 1. Aldeota. 12,7 km em linha reta. 2. Montese. 10,7 km em linha reta. 3. Av. Bezerra Menezes. 14 km em linha reta. Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
Figura 2 - Fonte: Mapa da Prefeitura Municipal de Fortaleza editado
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Introdução
Localização
Entorno
4. Messejana. 4,7 km em linha reta. 5. Barra do Ceará. 16 km em linha reta. 6. Parangaba. 10 km em linha reta. 7. Benfica. 12,3 km em linha reta. 8. Av. Washington Soares. 4,7 km em linha reta. 9. Av. Prefeito José Walter. 3,3 km em linha reta.
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Edificação
Propostas
A partir de uma analise da Imagem 2, onde estão representados as centralidades citadas acima, observamos que o Jangurussu não está inserido em nenhum desses subcentros. O bairro é ocupado pincipalmente com habitações, havendo pouca atividade comercial relevante. Porém, nas suas proximidades, há a centralidade do bairro José Walter e centralidade do bairro Messejana, que concentra bancos, lojas, feiras, entre outros. Apesar de, por motivos de deslocamento, haver necessidade de uso de algum transporte para chegar a esses outros bairros, o deslocamento é bem menor do que quando comparado com as
Referências
outras centralidades mais densas da cidade. As famílias reassentadas receberem melhorias na qualidade de suas casas ao serem transferidas para o conjunto habitacional no Jangurussu, contudo, a localização do terreno onde está o Maria Tomásia distância de 10km em linha reta do local original de moradia – Lagoa do Zeza e Vila Cazumba. Assim, questiona-se o rompimento da rede de relações cotidianas dos moradores, a perda de serviços oferecidos nas proximidades das favelas, além das oportunidades de trabalho em atividades informais.
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Introdução
Localização
Próximo ao conjunto, as principais vias encontradas são: •
4o Anel Viário;
•
BR 116,
•
Av. Presidente Costa e Silva
Na Imagem 3 é possível observar a relação entre o Jangurussu e o deslocamento até o centro da cidade, tendo como rotas principais a BR 116, continuando pela Av. 13 de Maio e a Av. Presidente Costa e Silva, conectando-se com as avenidas Cel. Osório de Paiva e Godofredo Maciel, desembocando na Av, João Pessoa, que leva ao Centro.
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Observa-se também a relação entre os bairros Jardim das Oliveiras e Cidade dos Funcionários, onde as famílias viviam anteriormente à realocação, esse bairros distam quase metade a distancia ao Centro se comparados com o atual local de residência dessas famílias. A população dispõe de 6 linhas de ônibus na região: • 628 - Sítio São João/Santa Maria destino: terminal de Messejana •
637 - Conjunto Maria Tomásia/Santa Filomena destino: terminal da Messejana
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Imagem 3 – Fonte: http://www.uece.br/mag/dmdocuments/ sharon_dias_dissertacao1
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Introdução
Localização
•
712 - Conjunto Palmeiras/ Papicú destino: Papicú
•
759 - Conj. Palmeiras/Centro destino: Centro
065 - Barroso/Jardim Violeta (Corujão) destino: centro e terminal da Messejana
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Jardim Violeta (Corujão). Assim, durante o dia, a população do conjunto não tem oura alternativa senão caminhar todo o percurso ate as avenidas mais movimentadas para utilizar o transporte publico.
•
•
636 - Cj Palmeiras/Santa Maria destino: terminal de Messejana
Porém, como observa-se na Imagem 4, dentre essas linhas, a única que tem acesso, passando por dentro do conjunto Maria Tomásia, é a linha 065 - Barroso/
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Outra conclusão que se pode tirar a partir de uma análise desse mapa é de que as rotas de ônibus não são muito eficientes, visto que, a maior parte delas destinam-se ao terminal da Messejana, sendo necessário que o passageiro efetue uma troca de automóvel para chegar a outros destinos, bem como enfrente mais uma vez a espera por esse transporte.
Imagem 4 – Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&q=http://www.etufor.ce.gov.br/googleearth/transporte_coletivo.kml Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
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Localização
SO bairro Jangurussu por muitos anos foi cenário de um grande lixão, e apesar de o terreno não ser mais utilizado com essa finalidade, as consequências desta prática seguem até hoje: poluição do ar, do solo e das aguas superficiais e subterrâneas, por conta do chorume, o que torna o ambienta bastante propícios para a disseminação de doenças. O lixão e a atividade de catadores que se formulou a partir dele contribuíram para a caracterização depreciativa que o bairro recebe. Com base em uma pesquisa efetuada para a publicação de um artigo para o IV Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Norte e Nordeste de Educação Tecnológica, em Belém, “As Condições de Saneamento Básico da Comunidade do Jangurussu, Fortaleza/CE”, feita por Israel Robson Pessoa Wanderley, Tiago de Lima Dantas, Glória Maria Marinho Silva Sampaio, Kelly de Araújo Rodrigues e Gemmelle Oliveira Santos, obtem-se os resultados relacionados ao saneamento básico do Jangurussu. O estudo foi feito em base de 224 familias entrevistadas. A partir da observação dos diagramas abaixo, percebese que e os resultados foram positivos, visto que das 224 famílias , 173 são atendidas
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Diagramas - Fonte: http://connepi2009.ifpa.edu.br/connepi-anais/artigos/47_2940_605.pdf
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Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
pela rede geral de esgoto, 227 destinam seu lixo para a coleta normal e 189 recebem água para o consumo diretamente da CAGECE. A partir de uma visão mais ampla, comparando o bairro com outras regiões da cidade, percebe-se que o Jangurussu vem obtendo melhorias, tendo uma infraestrutura urbana bem melhor resolvida do que alguns dos seus vizinhos. Os mapas a seguir são indicadores de esgotamento sanitário, coleta de lixo e abastecimento de agua, respectivamente.
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Localização
Entorno
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Edificação
Propostas
Referências
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Introdução
Localização
Se tratando de um bairro pobre da capital, onde há pouco investimento em saúde e educação, já se pode ter uma ideia dos principais problemas dessa região. O realojamento de pessoas que viviam em áreas de risco em outras regiões e foram trazidas para o Jangurussu foi um agravante nesse cenário. Houve a transferência de 1.126 famílias que viviam na Lagoa da Zeza e Vila Cazumba para essa área porém não foi previsto, desde o início do projeto, o aumento da capacidade de atendimentos dos equipamentos públicos no bairro em virtude do aumento populacional, gerando uma deficiência maior na prestação dos serviços públicos
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Entorno
Edificação
Propostas
Referências
elementares, como saúde e educação. No projeto do conjunto, em uma tentativa de amenizar essa situação, e para o cumprimento da LOUS 1996 (que determina que para conjuntos habitacionais com mais de 100 unidades deve ser implantado um equipamento publico), foi inserido uma creche dentro do conjunto para atender as crianças do Maria Tomásia, porém os outros serviços – como saúde - não forma levados em conta. Para fazer uma análise dos serviços disponíveis na região, será citado abaixo um estudo sobre todo o território da
Imagem 8 - Fonte: http://www.uece.br/covio/dmdocuments/regional_VI.pdf Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
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Localização
Regional VI, onde o conjunto se situa: 1) Educação: Em 2006, a Secretaria Executiva Regional VI possuía 153.045 alunos matriculados em todos os níveis de ensino das redes pública (municipal, estadual e federal) e privada. Os estudantes da Regional VI estão distribuídos em 34 escolas estaduais, 81 escolas municipais e 143 escolas privadas. 2) Saúde: A Regional é atendida por 25 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os seguintes hospitais: Hospital Gonzaguinha de Messejana; Hospital Frotinha
Entorno
de Messejana; Hospital de Messejana; Hospital de Saúde Mental, em Messejana; Hospital do Coração, em Messejana; Hospital Sarah Kubitschek, no Passaré. 3) Assistência social: Há na SER VI cinco Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), uma unidade social de Proteção Social Básica (PSB) e um conselho tutelar, com sede no Dias Macedo.
Edificação
Propostas
Referências
Companhia de Policiamento de Guardas, uma Companhia de Polícia Militar Ambiental e um Esquadrão de Polícia Montada. No que se refere à Polícia Civil, a área é coberta por seis delegacias distritais: 6º DP (Messejana), 13º DP (Cidade dos Funcionários), 16º DP (Dias Macedo), 26º DP (Edson Queiroz), 30º DP (Conjunto Palmeiras) e 35º DP (Curió) A relação entre distritais/ população é de uma DP para cada 85 mil habitantes.
4) Segurança pública: A SER VI é abrangida pela 2ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar (Messejana) e parte da 7ª CIA/5º BPM (Parangaba). Seu território abriga uma
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Introdução
Localização
O índice de aproveitamento básico proposto pelo Plano Diretor Participativo de Fortaleza é de 1,0, mesmo valor indicado pela LUOS. No entanto o empreendimento Maria Tomásia tem o índice de aproveitamento de apenas 0,21, valor bem abaixo do proposto. Isso se dá por que o empreendimento é unifamiliar, não havendo um melhor aproveitamento do espaço através da verticalização. Segundo a LUOS, a taxa de permeabilidade indicada para a Microzona de densidade ZA 2-1, correspondente ao bairros do Itaperi, Pref. José Walter e Jangurussu deveria ser de 40%. Esse valor é o mesmo orientado pelo Plano Diretor Participativo
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Entorno
de Fortaleza (PDP), valor bastante acima do que ocorre de fato no empreendimento, que possui taxa de permeabilidade de 15,51%. O empreendimento possui taxa de ocupação equivalente a 21,38%, estando assim dentro dos padrões da LUOS, que propõe taxa de ocupação máxima indicada para a região e o tipo de empreendimento, no caso, residencial unifamiliar, de 45%, e dos padrões do PDP, que indica o valor de 50%. A altura máxima da edificação também está dentro do padrão, pois trata-se de residências unifamiliares térreas, não
Edificação
Propostas
passando de 4m de altura. Ambas a LUOS e o PDP permitem até 48m.
Referências
em um máximo de 70 lotes por quadra.
Segundo a LUOS, a testada mínima do lote deve ser de 4 metros e a área mínima de 60m2 para habitações de interesse social. O empreendimento portanto segue os padrões indicados também nesse quesito, fazendo uso de testadas de 5,65 metros e a área das residências é de 62,15 m2. Segundo a LUOS, a testada máxima da quadra é de 200 m, sendo assim, no projeto da Maria Tomásia, em que a testada do lote é de 5,65 m é possível haver 35 lotes enfileirados, totalizando Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
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Localização
Entorno
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Edificação
Propostas
Referências
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Introdução
Localização
Entorno
O terreno onde foi implantando o conjunto habitacional Maria Tomásia possui, assim como seu entorno, uma superfície plana com caimento topográfico suave em direção ao mar. A cobertura vegetal das proximidades e do terreno ao qual o conjunto foi implantado trata-se de uma vegetação antrópica, ou seja, que sofreu intervenção humana. Além dessa, também encontramos vegetação de tabuleiro nos vazios próximos a implantação. Esse tipo de vegetação é frequentemente encontrada em nosso estado. O Bairro Jangurussu, onde o conjunto está inserido, é recebe águas do rio Cocó, sendo uma
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Edificação
Propostas
das seis sub – bacias do mesmo. Podendo ser considerada a mais importante bacia hidrográfica da cidade de Fortaleza, com uma extensão de aproximadamente 199,70 km², que equivale a 63,6% do município. Até 1996 a bacia era diretamente contaminada pelo chorume proveniente da decomposição dos resíduos oriundos do lixão do Jangurussu. O Plano Participativo Diretor, através do zoneamento ambiental, define o percurso do rio Cocó como Zona de Recuperação Ambiental (ZRA). Nessa classificação estão áreas que sofreram processos de degradação ambiental e tem como objetivos básicos proteger a diversidade e disciplinar os
Referências
processos de ocupação do solo. A área do bairro Jangurussu é definida como Zona de Ocupação Moderada 2 (ZOM2) através do zoneamento urbano realizado no plano diretor, caracterizada pela insuficiência ou ausência de infraestrutura e áreas com fragilidade ambiental.
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Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Imagem 9 - Zoneamento Ambiental. Fonte: Prefeitura Municipal de Fortaleza. Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
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Introdução
Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
O conjunto foi implantado em um terreno no qual está rodeado de grandes vazios da periferia do município, estando conectado diretamente apenas com o conjunto palmeiras. Percebese uma nítida descontinuidade com o seu entorno, esse inacesso torna-se propício para o aumento dos índices de criminalidade, uma vez que as pessoas não possuem serviços básicos suficientes naquele local, nem boas condições de deslocamento.
Imagem 10 –Vazios. Fonte: https://maps.google.com.br/
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Localização
No projeto do HABITAFOR da prefeitura de Fortaleza foram previstos alguns equipamentos sociais no conjunto habitacional Maria Tomásia como praça, creche, área esportiva, área comercial e centro comunitário. As áreas de lazer mostramse insuficientes no local. No edifício onde devia funcionar uma creche, abrigam projetos sociais, reuniões comunitárias e outros serviços de acordo com a necessidade do lugar. Em consequência, as mães não têm onde deixar os seus filhos para ir ao trabalho. A quadra coberta está prevista para ser inaugurada nos próximos meses, quatro anos após a entrega do conjunto. Não está previsto no projeto
Entorno
nenhum posto de saúde. Para ser atendido, o morador do conjunto Maria Tomásia tem que se deslocar (mais de mil famílias), com apenas uma linha de ônibus no conjunto, ao posto de saúde mais próximo que está localizado no conjunto Palmeiras. A área comercial do conjunto já foi entregue, mas não supre a demanda dos moradores, uma vez que estes modificam suas fachadas, constroem comércios, na tentativa de melhor se apropriarem de suas residências e suprirem a demanda local de comércio. No conjunto Palmeiras, também encontramos esses tipos de apropriações para
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Edificação
Propostas
construção de comércios, uma vez que a distância e o difícil acesso aos principais centros comerciais fazem com que a população crie diversas formas informais de comercio para suprir as necessidades locais. Também existe uma proximidade com uma área industrial do quarto anel viário que poderia ser mais bem aproveitada pelos moradores como possibilidade de emprego, entretanto não há vias que façam a ligação direta entre as duas áreas.
Referências
no mercado, para isso seria necessário a implantação de diversos equipamentos que suprissem essa carência na região.
Sabe-se que o bairro Jangurussu tem um grande potencial para inserção de habitações de interesse social por possuir grandes vazios e baixo valor
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Introdução
Localização
Entorno
Imagem 11 – área destinada a projetos sociais e centro comunitário. Fonte: Habitafor.
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Edificação
Propostas
Referências
Imagem 12 – quadra coberta. Foto: Lucas Lessa. Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
Introdução
Localização
O conjunto Maria Tomásia localiza-se próximo a duas grandes vias: A BR 116 que liga a região central da cidade de fortaleza a outros estados e a avenida do quarto anel viário que faz a divisão entre os municípios de Fortaleza e Maracanaú, ligando dois extremos da cidade, a divisa com o Eusébio e com Caucaia. Apesar da proximidade com essas vias, não há nenhuma via que faça a ligação direta entre as duas vias e o conjunto.
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
(vias locais), como mostra as imagens 13 e 14.
O projeto previa as saídas do conjunto por sete eixos, dos quais um teria acesso a BR116 e outro a avenida do quarto anel viário. Entretanto, até o momento são realizadas apenas por três eixos Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
Imagem 13 – projeto viário proposto. Fonte: Prefeitura Municipal de Fortaleza..
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Introdução
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Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Imagem 14 – vias de acesso local. Fonte: https://maps.google.com. br/ Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
Edificação
deve considerar a implantação de um equipemento social, não foi possível ou necessária a implantação de todas as unidades que o terreno suporta.
Propostas
LIMITE DO LOTE
Referências
CERCA - h=1.50m • • • • • •• • • • • •• • ••• • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
PILARETE DE CONCRETO C1 J1
QUARTO • • • •• • • •••••••••
COZINHA • • • •• • • •••••••••
QUINTAL
• • • • •• • • • • • • • •
PASSEIO
P1
C2 WC • • • •• • • ••••••••• P1
CERCA
Trata-se de um empreendimento unifamiliar com 1126 unidades, em que cada família é proprietária de um lote de 62,15m2.
Entorno
• • • • • • • • •• • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Localização
PASSEIO
Introdução
SALA • • • • •• • • ••••••••••
P2
QUARTO • • • •• • • •••••••••
J1
J1
CERCA
O projeto prevê a abertura de novas vias que passam pelo conjunto, fazendo com que uma grande área do terreno tenha sido utilizado para vias de circulação. Sengundo a legislação o terreno tem uma capacidade para mais unidades (1485 UH), mas pela demanda de vias de circulação que passassem pelo conjunto e também pela presença de equipamentos sociais, cumprindo a legislação, que prevê, que para conjutos com mais de 100 unidades, o projeto
Essa previsão de implantação de equipamentos sociais pela lei acaba por ser muito vaga em relação ao número de unidades, pois deveria prever, por exemplo, que para cada 100200 unidade deveria existir um equipamento social, de maneira que um conjunto com mais de mil unidades, não sobrecarregue as infra-estruturas já existente e muitas vezes insuficientes, levando desenvolvimento para aquela área.
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PLANTA DE COBERTA ESCALA :
1/50
OBSERVAÇ TODOS OS COMPROVA
PLANTA BAIXA ESCALA :
1/50
CERCA PILARETE DE CONCRETO
BHO
PASSEIO
3
COZINHA
QUARTO
SALA
CORTE BB ESCALA :
4
1/50
SALA
CORTE CC ESCALA :
1/50
CERCA PILARETE DE CONCRETO
PASSEIO
2
CORTE AA ESCALA :
1/50
QUARTO
COZINHA
QUINTAL
5
VISTA DE FRENTE ESCALA :
1/50
Imagem - Planta e elevação da unidade habitacional
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Introdução
Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
QUADRO DE ÁREAS ÁREA ÚTIL (m2) CASA COM RECUO
296
11.455,20
35,52
38,70
830
32.121,00
1.126
43.576,20
BALCÃO DE NEGÓCIOS
267,82
296,55
01
296,55
CRECHE
529,62
569,13
01
CASA SEM RECUO
TOTAL UNIDADES HABITACIONAIS
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA (UNIDADES HABITACIONAIS+CRECHE+BALCÃO DE NEGÓCIOS)
0,21
TAXA DE OCUPAÇÃO
21,38%
TAXA DE PERMEABILIDADE
15,51% 80.069,18m²
VIAS ÁREA SISTEMA VIÁRIO
AV
EN
ID
A
A
S5
4°5 0'3 9" 5.1 50 E m
19
841,71m²
38,51% 0.40%
16.647,55m²
8,00%
ÁREA VERDE (A)
32.212,55m²
15,49%
ÁREA PERMEÁVEL DOS LOTES (B)
32.572,59m²
15,67%
ÁREA PERMEÁVEL GERAL (A+B)
64.785,14m²
31,16%
ÁREAS DAS QUADRAS
°32
'
"W N07°31'05 243.262m
25
05
06
A0
07
1
08
32
53
57 54
34
36
35
38
37
10
11
12
42
01
44
20
17
14
G1
07
08
05
04
06
16
01
03
05
07
02 04
06
03
08
09
10
07
08
10
09
11
12
11
12
06
08
10
04 01
01
02
03
05
07
02 04
06
08
10
09
12
11
14
09
12
13
16
11
14
15
18
RUA
13
14
13
14
14
12 10
05
02
18
15 13 11 09
07
15
03
22
43 45
40
13
05
24
19
41
06
26
21 39
03
04
25
44 23
33
01 58
46 31
56
43
15
16
15
16
17
18
RUA
15
16
17
18
RUA
13
20
22
J1
18
20
09
23
25
27
23
26
25
26
28
27
13
28
20
19
22
11
19
24
23
26
25
28
27
L1
30
K1
30
22
29
33
34
31
33
36
34
35
37
38
39
40
36
37
38
39
40
24
23
26
28
27
32
29
32
51
54
45
46
47
48
49
51
53
01
36
52
54
H1
M1
04
01
08
05
06
03
20 18
15
16
13 11 09
N1
892
.20
0m
04
08
08
10
09
12
10
11
12
13
14
13
14
17
18
10
19
20
08
26
25
11
01
P1
14 12
10
07
05
06
01
03
05
04
06
06
08
04
10
09
12
01 01
02
03
05
U1
09
06
08
10
12
11
11
13
07
10
09
12
34
14
33
34
13
35
36
11
13
14
36
16
37
37
38
39
40
38
40
T1
18
19
16
RUA
S1
18
15
19
RUA
17
18
R1 20
21
22
41
24
41
42
21
22
24
21
22
26
15 23
26
43
44
23
24
46
41
43
44
46
47
48
45
49
07
06
08
10
51
53
09
52
54
28
28
27
14
15
16
18
19
20
22
NIDA
28
27
29
29
23
47
49
51
53
26
52
54
29
56
32
32
32
31
34
01
Meio Fio Existente
39
16110.60
991.54
841.706
-
536.95
18204.85 9821.05 2509.02 3595.55 3507.13 5125.48 2459.30 789.94 2808.51 2876.79 4363.47 5140.07 1879.78 2060.04 2239.91 2171.45 639.90 2793.63 2793.63 2861.55 4363.47 3922.52 5116.63 6226.82 206.72 2653.07 2653.07 2653.07 2653.07 2653.07 3126.22 4400.26 2930.16 2762.25 2762.25 2930.16 3023.52 3307.59 9687.83 3049.50 151031.63
10 08 06
04
41
43
45 47
40
05
06
05
06
33
34
RUA
01
19
42
07
08
07
08
03
05
04
01
36
03
06
08
05
07
44
09
04
A0
1
10
09
03
06
05
08
03 01 02
04
05
06
06
07
07
08
08
09
10
10
46
11
09
10
11
12
11
12
13
14
13
15
14
16
13
14
18
17
19
B2 18
20
RUA 17
19
A2 18
RUA
20
43
19
20
RUA
15
16
17
C2
22
23
24
27
28
27
30
28
30
29
29
31
33
32
31
33
32 34
27
29
31 33
28
30
32 34
25
26
25
34
25
26
25
26
26
27
28
30
29
31
33
32 34
23
24
21
21
24
23
23
24
23
24
23
25
24
23
21
22
22
21
22
29
21
27
21
22
21
22
20
19
20
19
20
19
RUA
17
RUA
15
16
18
17
18
17
F2 RUA
E2
D2 18
15
16
15
16
15
16
13
14
13
14
13
14
12
11
12
11
12
11
12
10
09
10
09
02
RU
07
02
33
34
04
Vias Previstas (Plano Diretor)
8548.40 -
161.95 375.00 -
A
03
03
04
31
05 03 01
37
38
02
02
Limite de Lotes
35
36
04
X1
33
35 30
04 02
31
12
M2
76148.79
16765.87 8627.11 242.62 242.90 177.62 23.80 3083.13 3049.50 32212.55
02
33
34
14
09 07
N2
-
48
35 30
32
11
08
02 31
01
Meio Fio Projetado
30
31
AVE
W1
Limite da Gleba
29
01
35 30
RUA
27
28
24 22 20 18 16
37.056 70.950 70.950 82.250 57.200 57.200 77.000 82.250 57.200 57.200 57.200 77.000 58.250 -
55 57
50
25
G2 24
A
36
25
21
NIDA
Q1
EM PLANTA:
17
21 19
15
06
01
13
56
36
25
11
58
48
27
12
28 26
13
10
05
30
25 23
17
14 12
H2
03
02
AVE
55 57
50
58
25
26
45
07
13
17 23
42
RUA
39
17
17
19
14
35
RUA
15
16
15
RUA
CONVENÇÕES :
31
32
20
02 04
32
33
27
28
07
08
31
V1
20 07
02
08
03
03
04
05
09 07
04
01 03
27
28
29
26
02
16
05
02
25
29
23
24
20 18
15 13
09
06 04
23
24
24 22
19 17
01
21
22
21
22
02 01
20 18 16
11
10 08 06
32
27
22
13
12
I2
05
34
29
26 24
15
14
09 07
23
17
16
11
10 08
06 04
03
04
19
20
13
12
J2
07 05
01
31
28
21
36
33
30
25
19
18
35
32
27
22 20
15
14
09
08 06 04
02
17
18
30
15
16
15
16
30
21
18
07
07
23
16 14
12
03
06
20
17
O1
05
'41"W
11
24
15
11 09
02
°34
06
05
22
13
06 04
01
N62
09
23
19
12
08
05 03
02
03
02
21
14
10
07
04 01
07
02 55
22
19 17
14
12
10
05
56
21
20 18 16
13 11 09
07
03
57
50
11
02
98
56
22
15
33
12 10
28
17
16
34
29
26 24
19
18
13
25
21
36
31
30
23
22 20
15
14
K2
03
°50'
24
19 17
03
55
58
34
11
01
53
57 52
21
17 31
49
50
21
20 18 16
05
O2
47
48
33
34
35 30
45
46
58
43
44
43
44
35 30
19 25
41
42
41
42
36 21
17 15 13
39
33
32
27
26
35
34
29
28
23
36
33 31
30
25
RUA
35
34 32
27
22
07
35
29
32
21
19
29
31
24
A
31 29
28 26 24
36
33
32 30
25 23 21
09
32
21
22
NIDA
31
24
17
I1
AVE
21
07
19
20
19
17
RUA
34
29 27
55
26
51
52
28
49
50
02 42
31
00m
47
48
22
45
46
45 40
46 09
615.0
43
44
AD
03
RU
30
38
41
41
42
PASSAGEM DE PEDESTRES CANTEIROS ÁREA VERDE EST. ELEVATÓRIAS ÁREA TOTAL
12'46 "W 405.8 43m
28
29
36
39
39
NID AVAED NID
04
26
27
40
991.54 -
AVE
03
25
37
37
38
4478.98 3083.22 -
S20°
02
05
34
35
36
INSTITUCIONAL COMERCIAL
24
01
RUA
24
23
32
34
35
LOTES 947.55 2945.28 2945.28 3922.53 2033.29 2340.28 2340.28 3671.28 3922.53 1578.41 1650.60 1766.85 1839.06 2340.28 2340.28 2340.28 3671.28 3922.53 2229.72 2230.95 2230.95 2230.95 2230.95 2384.00 3514.82 2548.42 2384.88 2384.88 2548.42 2711.98 -
RUA
C1
22
21
30
32
33
30
'
2 260°
20
19
28
31
RUA
18
30
29
RUA
D1
16
F1
28
27
35
RUA
'
37
5°
24
14
25
L2
36
RUA
15 17
12
RUA
26
16
10
13
26
07
23
RUA
08
11
24
N3 0°3 180 1'21"E .00 0m
06
09
21
22
33
QUADRA Nº LOTE A1 B1 C1 15 D1 46 E1 46 F1 58 G1 26 H1 I1 36 J1 36 K1 58 L1 58 M1 22 N1 22 O1 24 P1 24 Q1 R1 36 S1 36 T1 36 U1 58 V1 58 W1 X1 Z1 A2 33 B2 34 C2 34 D2 34 E2 34 F2 34 G2 48 H2 36 I2 36 J2 36 K2 36 L2 M2 36 N2 O2 1.126
18
04
19
20
9"E
RUA
17
E1
2'39"E 231.30 0m
°18'3
33
14
07
02
RUA
15
16
31
RUA
13
14
24
35
C
11
12
29
22
S68
27
AVE NIDA
09
25
12
10
23
RUA
08
20
21
10
05
18
19
08
06
18 03
17
RUA
AVE
02
04
01
15
16
RUA
07
02
13
14
'
°49 '42"W 49.6 00m
05
11
12
5°5
S26
03
S74°5
09
10
06
07
08
RUA
05
27
RUA
01
06
04
03
04
RUA
01
02
4' 89°2
6'
4°3
A
RUA
AB
NIDA
B1
20
AVE
NID
A1
8'25"W 62.000 m
PASSEIOS
ÁREA INSTITUCIONAL
OBS.: 8,84% DE PERMEABILIDADE SERÁ ATENDIDO ATRAVÉS DE DRENOS E BARBACÃS, PERFAZENDO O TOTAL DE 40%. VER PROJETO DE DRENAGEM, PAVIMENTAÇÃO E TERRAPLENAGEM.
166
N73°0
38,51%
207.900,00m2
ÁREA DO TERRENO
40'
26
569,13
44.441,88m2
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO
312°
O melhor aproveitamento do terreno em relação ao número de unidades é um caráter bem perceptivo no projeto, de maneira a não levar em consideração a orientação da maioria das casas em relação a ventilação predominante na cidade de Fortaleza, proveniente do sudeste/leste. Existem aberturas suficientes na edificação, o que, se bem orientada a casa, pode ser bem ventilada. A circulação dentro da unidade se mostra de maneira eficiente e clara, sendo a entrada pela sala e assim direcionada para os outros cômodos da casa, sem a necessidade de corredores. A área de serviço encontra-se situada na parte externa da casa
ÁREACONSTRUIDA TOTAL (m2)
No. DE UNIDADES
ÁREA CONST. (m2) 38,70
35,52
25
26
27
28
30
29
31
33
32 34
25
26
27
28
29
31
33
30 32
Z1
Cerca Existente Estrada Carroçavel Curvas de Nível (Terreno Natural) Divisa de Confrontantes Curso D´agua
3'
277°1
Programa: Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários Ação: Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade PROJETO:
Projeto de Reassentamento das Famílias Remanejadas das Áreas de Intervenção da Lagoa da Zeza e Vila Cazumba
CONTEÚDO:
Rede Elétrica
PROJETO EXECUTIVO DE URBANIZAÇÃO PLANTA GERAL Data:
Escala:
1 : 1.500
Número da Prancha:
Desenho:PALMEIRAS-URB.dwg
Imagem - Implantação do conjunto Maria Tomásia Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
Introdução
Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
A diversidade tipológica não foi um fator determinante nesse projeto sendo adotado uma casa padrão, embora sejam diferentes famílias, vindas de duas áreas diferentes da cidade com diferentes contextos e relações sociais com a sua vizinhança de origem. Essa ausência de diversidade caracteriza uma verdadeira despreocupação com a população reassentada, tendo em vista que o diagnóstico levantado foi ignorado. As unidades residenciais seguem a mesma planta, embora em casas localizadas nas esquinas foi previsto a construção de um pequeno espaço de loja, com uma ligação para a casa, de maneira Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
Imagem - Planta e elevação mostrando a “diversidade” da unidade habitacional (casa com recuo frontal e casa sem recuo frontal)
27
Introdução
Localização
que a família possa desenvolver algum tipo de atividade econômica de caráter local. No projeto é previsto para o terreno também áreas exclusivas para pequenas atividades comerciais; outros equipamentos, como creche, balcão de negócios (centro proficionalizante) e uma área reservada ao centro comunitário; equipamentos de lazer, como parque infantil, espaço para musculação e 2 quadras poliesportivas. Embora o projeto contemple diferentes equipamentos e de diferentes usos, não foi previsto uma flexibilidade quanto ao uso dessas áreas, sendo essas somente destinadas ao aos designos iniciais do projeto.
28
Entorno
Na casa padrão existe um espaço de quintal que pode ser utilizado para expansão, embora essa expansão não tenha sido prevista no projeto, e assim, não permitido quaisquer ajustes na unidade habitacional, mesmo em algumas unidades essas alterações aconteceram, algumas até mesmo para serem em parte equipamentos para suprir a demanda do conjunto.
Edificação
Propostas
Referências
Imagem - Modificações feitas pelos moradores - expansão vertical e ocupação de recuos e canteiros. Fotos: Lucas Lessa
Imagem - Modificações feitas pelos moradores - criação de equipamentos não presentes no projeto, mudando o uso do lote. Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
Introdução
Localização
As propostas aqui sugeridas têm como objetivo de melhor avaliar as condições sociais e habitacionais da população reassentada. A primeira proposta ainda sem considerar o empreendimento estudado, tem seu princípio previsto na legislação em que as famílias desapropriadas devem ser reassentadas em um local próximo, de maneira a manterem seus vínculos sociais como vizinhança, trabalho, conhecidos do bairro, etc. Seguindo esse ideal, está indicado no mapa ao lado possíveis áreas onde essas famílias poderiam ser reassentadas.
Entorno
Edificação
Propostas
Referências
Por não haver muitos terrenos vazios nas proximidades, considerando como limite a BR 116, que é uma barreira para a manutenção dessas relações sociais, dever-se-ia optar por uma solução verticalizada, de maneira a atender a o número de famílias, e não exigir grandes áreas de terreno. Não ocorreria a mistura de duas comunidades distintas, podendo haver um dispersão de uma dessas ao longo de diferentes terrenos. Levando em consideração as diferentes necessidades de cada família, de maneira que isso possa refletir na diversidade e na flexibilidade tipológica das unidades.
Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
Imagem - Proposta ideal para o reassentamento das famílias que fazem parte do conjunto Maria Tomásia. Fonte: Google Maps
29
Introdução
Localização
Entorno
A segunda proposta propõe uma nova organização de implantação, levando, agora, em conta o empreendimento em si, sua s unidades habitacionais e sua organização. Por ser um vasto terreno e se caracterizar por um grande número de pessoas reassentadas, o terreno suportou todo o empreendimento sem nenhuma dificuldade, mas ele poderia ser melhor aproveitado se, a exemplo do projeto Vila do Mar, fosse mais verticalizado, tornando sua totalidade ou parte em um lotamento muiltfamiliar. Dessa maneira, seria liberado mais espaço para áreas verdes, áreas de convívio,
30
Edificação
Propostas
e mais importante ainda, area para vários equipamentos sociais para atender essa nova população daquela área. Diferentes famílias de diferentes localidades foram contempladas por esse projeto, mas não foi levado em conta quão diferentes essas famílias são, resultando em uma ausência de diversidades tipológica de unidades. Apesar do seu caráter horizontal de loteamento unifamiliar (formado por casas térreas), não foi considerado uma quantidade mínima de unidades acessíveis, o que poderia ter sido utilizado como unidade acessível como unidade padrão.
Referências
A casa ocupa todo o lote, sem deixar recuos frontal e laterais, o que impossibilita aberturas laterais, dificultando a ventilação se não orientado da melhor forma, como acontece na implantação do conjunto, onde não foi tido proveito de uma melhor orientação. Não foi levado em consideração a prgressividade da unidade habitacional, pois não é permitida a ampliação da unidade, embora seja previsto uma área de quintal juntamente com uma área de serviço descoberta nos fundos do lote.
Hanna Paiva | Lia Gadelha | Lucas Leandro
Introdução
Localização
Entorno
Edificação
Propostas
Referências QUADRO DE ÁREAS ÁREA ÚTIL (m2)
ÁREACONSTRUIDA TOTAL (m2)
No. DE UNIDADES
ÁREA CONST. (m2)
CASA COM RECUO
35,52
38,70
296
11.455,20
CASA SEM RECUO
35,52
38,70
830
32.121,00
1.126
43.576,20
296,55
TOTAL UNIDADES HABITACIONAIS
BALCÃO DE NEGÓCIOS
267,82
296,55
01
CRECHE
529,62
569,13
01
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA (UNIDADES HABITACIONAIS+CRECHE+BALCÃO DE NEGÓCIOS)
569,13
44.441,88m2
0,21
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO TAXA DE OCUPAÇÃO
21,38%
TAXA DE PERMEABILIDADE
15,51%
40' 312°
ÁREA SISTEMA VIÁRIO
AV
EN
ID
A
S5
A
19
4°5
5.1
0'3
50
m
9"E
'
"W N07°31'05 243.262m
25
841,71m²
38,51% 0.40%
ÁREA INSTITUCIONAL
16.647,55m²
8,00%
ÁREA VERDE (A)
32.212,55m²
15,49%
ÁREA PERMEÁVEL DOS LOTES (B)
32.572,59m²
15,67%
ÁREA PERMEÁVEL GERAL (A+B)
64.785,14m²
31,16%
RU
A0
07
1
08
32
52
53
54
34
36
35
38
37
42
04
25
44
42
10
11
12
13
07
09
01
43
44
20
17
14
11
G1 10
07
15
08
05
04
10
05
08
07
10
09
11
12
12
01
03
05
07
02 04
06
08
10
04 01
01
02
03
05
07
02 04
06
08
10
09
12
11
14
09
12
13
16
11
14
15
18
RUA
13
14
13
14
14
06
03
06
16
12
09
03
02
18
15 13
08
11
24 22
19
41
06
26
21 39
05
02
45 40
03
58
23 33
01
43
46 31
55
56
15
16
18
I1 20
09
20
AVE
21
22
23
25
26
27
28
23
25
27
26
13
28
J1 20
19
22
K1 32
11
19
22
21
24
23
26
25
28
27
29
34
37
38
39
40
31
33
34
35
36
37
38
39
24
23
26
40
42
28
27
29
32
45
46
32
49
51
52
54
45
47
48
49
51
52
53
54
04
01
34 36
H1
16
13
M1
11
10
07
08
05
20 18
15
06
03
22
17
14
12
09
21 19
N1
04
892
.20
0m
W
09
10
11
12
13
14
13
14
14
12
10
18
20
17
18
19
20
09
22
24
23
14
26
25
26
12
10
05
06
01
03
05
U1
07
08
08
04
06
08
04
10
09
12
01 01
02
03
05
09
06
08
10
12
11
10
09
12
EM PLANTA: Limite da Gleba
Área reservada a equiamentos Sociais
Meio Fio Projetado Limite de Lotes Vias Previstas (Plano Diretor) Meio Fio Existente Cerca Existente Estrada Carroçavel
33
34
33
34
13
14
11
13
35
36
11
13
16
37
38
37
39
40
38
40
T1
18
19
14
16
RUA
S1
18
15
19
RUA
17
18
R1
RUA
21
22
41
24
41
42
21
22
24
21
22
26
15 23
26
43
44
24
46
41
43
44
46
47
45
48
49
51
06
05
08
07
10
53
09
52
54
28
28
27
15
16
18
Curvas de Nível (Terreno Natural) Divisa de Confrontantes Curso D´agua
19
20
22
NIDA
28
27
29
29
23
25
26
28
48
49
51
53
52
54
29
56
32
31
32
32
35
36
14 12
M2
07 05
8548.40 16110.60
991.54
841.706
-
161.95 375.00 536.95
18204.85 9821.05 2509.02 3595.55 3507.13 5125.48 2459.30 789.94 2808.51 2876.79 4363.47 5140.07 1879.78 2060.04 2239.91 2171.45 639.90 2793.63 2793.63 2861.55 4363.47 3922.52 5116.63 6226.82 206.72 2653.07 2653.07 2653.07 2653.07 2653.07 3126.22 4400.26 2930.16 2762.25 2762.25 2930.16 3023.52 3307.59 9687.83 3049.50 151031.63
10 08
03
06 04
01
37
39
41
43
45 47
38
40
42
44
46
A
01
03
04
X1
33
34
01
03
04
05
06
05
06
33
34
RUA
01
19
07
08
07
08
03
05
04
34
01
36
Q1
06
08
03
05
07
09
04
06
08
W1 01
03
05
07
04
1
03 01
04
05
06
06
07
08
08
09
10
10
09
02
A0
10
09
11
10
11
12
11
12
13
15
14
14
13
14
16
13
18
19
18
20
RUA 17
19
A2 18
RUA
20
RUA 17
B2
20
43
22
22
22
23
24
24
23
26
25
27
28
30
29
31
33
32 34
25
26
27
28
30
29
31
33
32 34
25
26
27
29
31 33
28
30
32 34
25
26
23
24
23
23
24
29
27
21
22
24
27
28
30
29
31
33
32 34
23
24
22
21
22
21
25
21
19
20
19
20
23
21
21
21
18
20
19
C2
16
15
16
18
17
17
19
RUA
15
18
RUA
17
17
F2
RUA
E2
D2
16
15
16
15
16
15
13
14
13
14
13
14
12
11
12
11
12
11
12
10
09
10
09
02
RU
07
02
33 35
30
06 04
76148.79
16765.87 8627.11 242.62 242.90 177.62 23.80 3083.13 3049.50 32212.55
48
AVE
35 30
16
11
N2
-
02
33
34
20 18
09
02
02 31
10
31
02 31
35 30
31
32
17
37.056 70.950 70.950 82.250 57.200 57.200 77.000 82.250 57.200 57.200 57.200 77.000 58.250 -
55 57
50
29
30
28 26 24 22
13
08
03
RUA
27
G2 24
A
36
25
21
NIDA
02
Área destinada a habitação
17
25 23
21
15
12
05
30
19
14
01
13
56
36
25
14
18
H2
07
06
02 11
24 22 20
32
27
16
11 09
04
58 47
27
12
AVE
55 57
50
58
25
26
45
07
13 23
17 23
42
RUA
39
17
17
19
14
35
36
RUA
15
16
15
20
CONVENÇÕES :
31
32
20 07
02 04
32
20 07
02
06
03
03
31
V1
28
27
28
02 04
03
27
29
24
20
16
P1
05
02
25
29
22
21
01
18
15 13
11
07
04
22
17
08
01
23
30
21
06
21
21
34
29
26
19
10
03
23
15
08
01
04
19
I2
07 05
31
28
13
12
02 01
02
17
30
15
16
15
16
24
19
16
O1
09
03
'41"
11
12
23
18
07 05
°34
09
10
24
13 11
04 02
07
08
22
17
01
N62
05
06
20
15
06
03
02
03
04
19
08
05
01
07
08
02
21
14 12
10
07
06
23
16
13 11
09
05
02 55
22 20 18
15
03
56
21
34
33
0'
01
57
50
08
04
01
25
36
33
30
17
16 14
09
06
02
98°5
56 58
46
04
03
55
20 18
13 11
10
35
32
27
22
15
14 12
J2
05
24
34
29
28
21
36
31
26
17
16
11 09 07
06
25
19
18
13
12 10 08
K2
03
20
15
14
01
53
57 50
58
17 31
11
05
O2
47
48
33
35 30
44
43
44
43
35 30
19 25
42
41
36 21
41
17
33
32 30
23
22
39
35
34
29 27
26 24
19
16
07
35
36
29
30
13
31
30 28
21
20 18
RUA
36
33
32
27 25
23
22
17 15
09 33
L1
31
24
A
29
28 26 24
19
29
30
32
21
22
NIDA
31
24
07
19
20
19
17
18
RUA 17
18
17
RUA
13
16
17
RUA
15
16
15
25 23 21
22
50
45 40
46 09
51
57
48
35
AD
30
46
36 34
PASSAGEM DE PEDESTRES CANTEIROS ÁREA VERDE EST. ELEVATÓRIAS ÁREA TOTAL
12'46 "W 405.8 43m
28
06
41
44
35 33 31
NID AVAED NID
26
05
39
42
L2
36 34 32 30
991.54 -
S20°
24
03
38
40
33 31 29 27
4478.98 3083.22 -
AVE
04
29
36
37
49
INSTITUCIONAL COMERCIAL
24
03
27
34
35
47
30
RUA 02
25
32
33
45
LOTES 947.55 2945.28 2945.28 3922.53 2033.29 2340.28 2340.28 3671.28 3922.53 1578.41 1650.60 1766.85 1839.06 2340.28 2340.28 2340.28 3671.28 3922.53 2229.72 2230.95 2230.95 2230.95 2230.95 2384.00 3514.82 2548.42 2384.88 2384.88 2548.42 2711.98 -
RUA
01
22
23
30
31
43
RUA
C1
20
21
05
29
41
28
D1
16
19
27
39
RUA
14
RUA
15
28
37
38
26
13
25
35
36
RUA
11
17
12
26
33
RUA
10
23
34
16
08
24
31
RUA
06
21
22
32
N3 0°3 180 1'21"E .00 0m
04
20
30
QUADRA Nº LOTE A1 B1 C1 15 D1 46 E1 46 F1 58 G1 26 H1 I1 36 J1 36 K1 58 L1 58 M1 22 N1 22 O1 24 P1 24 Q1 R1 36 S1 36 T1 36 U1 58 V1 58 W1 X1 Z1 A2 33 B2 34 C2 34 D2 34 E2 34 F2 34 G2 48 H2 36 I2 36 J2 36 K2 36 L2 M2 36 N2 O2 1.126
18
'
2'
E1
16
F1
28
RUA
02
09
26
07
14
07
24
°18'3 615.0 9"E 00m
27 29
22
RUA
RUA
05
20
19
35
C
14
18 03
18
17
18
260°
16
15
2'39"E 231.30 0m
S68
12
13
25
NIDA
11
12
23
AVE
09
21
RUA
10
19
10
07
17
RUA
08
15
08
02
°49 '42" W 49.6 00m
05
13
14
'
S26
06
11
12
5°5
0m
37
5°
24
62.00
04
01
4'
03
02
S74°5
09
10
RUA
07
08
06
05
27
RUA
01
06
RUA
03
04
04
01
02
RUA
AVE
B1
89°2
6'
4°3
A
RUA
AB
NIDA
20
AVE
NID
A1
"W
80.069,18m²
PASSEIOS
ÁREAS DAS QUADRAS
°32
08'25
VIAS
OBS.: 8,84% DE PERMEABILIDADE SERÁ ATENDIDO ATRAVÉS DE DRENOS E BARBACÃS, PERFAZENDO O TOTAL DE 40%. VER PROJETO DE DRENAGEM, PAVIMENTAÇÃO E TERRAPLENAGEM.
166
N73°
38,51%
207.900,00m2
ÁREA DO TERRENO
25
26
27
28
30
29
31
33
32 34
25
26
27
28
29
31
33
30 32
Z1
3'
277°1
Programa: Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários Ação: Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade PROJETO:
Projeto de Reassentamento das Famílias Remanejadas das Áreas de Intervenção da Lagoa da Zeza e Vila Cazumba
CONTEÚDO:
Rede Elétrica
PROJETO EXECUTIVO DE URBANIZAÇÃO PLANTA GERAL Data:
Escala:
1 : 1.500
Número da Prancha:
Desenho:PALMEIRAS-URB.dwg
Imagem - Implantação esquemática de nova proposta Universidade Federal do Ceará | Projeto Urbanistico 1 | 2013.2
31
Introdução
Localização
Entorno
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Edificação
Propostas
Referências
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