LABIC NOVALE
LabIC Novale: atividades públicas 2021 a 2023
LabIC Novale / Centro de Inovação Jaraguá do Sul - Novale Hub 2024
Autora: Laryssa Tarachucky
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@labicnovale
LABIC NOVALE
C O N T E Ú D O
Página 06. Página 09. Página 11 Página 13 Página 15. Página 17 Página 19 Página 21. Página 23 Página 25 Página 27. Página 29 Página 31 Página 33 Página 35. Página 37. Página 40. Página 42. 1. Apresentando o LabIC Novale 2. Workshops LabIC Novale 2 1 1º Workshop LabIC Novale 2 2 2º Workshop LabIC Novale 3. Desconferências Urbanas 3 1 Comida e cidade 3 2 As histórias que as cidades contam 3.3 Lixo e cidade 3 4 Cidades inteligentes? 3 5 As cidades através das lentes de gênero 4. PIC LabIC 4 1 Conectando cozinhas 4 2 É fake! Ou não? 4 3 Casa da mãe 4.4 Oratória nas escolas 5. LabIC Pela Cidade 6. LabIC Convida 7. Palavras finais
1. APRESENTANDO O LABIC NOVALE
O LabIC Novale é um laboratório de inovação cidadã voltado a desenvolver, em conjunto com a comunidade, soluções de tecnologia e design que tornem Jaraguá do Sul uma cidade melhor para as pessoas.
Somos um espaço de aprendizagem e experimentação que apoia o desenvolvimento colaborativo de soluções para a melhoria da vida em comunidade.
O laboratório é uma iniciativa do Novale Hub - Centro de Inovação Jaraguá do Sul, em colaboração com a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, a Rede Catarinense de Centros de Inovação e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina e do Centro de Sínteses USP Cidades Globais, que conta com o apoio de diversas instituições e empresas locais
O LabIC Novale busca atingir os seguintes objetivos: conectar atores urbanos; promover novos vínculos entre pessoas e cidades; melhorar a vida urbana e promover o bem viver; estimular a abertura dos sistemas de inovação e de produção do conhecimento; encorajar a formação de redes de cidadãos ativos dispostos a se envolver com as questões urbanas e a prototipar soluções para os problemas que os afetam; testar e avaliar estratégias, abordagens e soluções inovadoras para processos de micro regeneração urbana e para a criação de impacto social, ambiental, cultural e cívico.
Nosso programa de atividades está estruturado da seguinte forma:
Workshops LabIC Novale. São eventos imersivos voltados à prototipação de projetos vindos da comunidade e que funcionam como fase de ativação e préincubação
Desconferências Urbanas. Ciclos de eventos dedicados a aprofundar e ampliar o debate sobre a vida urbana de forma criativa, colaborativa e não hierárquica
PIC LabIC. Programa de incubação cidadã que oferece mentoria e fomento para o desenvolvimento continuado dos protótipos desenvolvidos nos workshops
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LabIC Pela Cidade. Instrumento de escuta comunitária destinado ao mapeamento colaborativo de desafios e oportunidades para a inovação urbana.
LabIC Convida. Eventos organizados em formato de palestras, mesas redondas e webinars com o objetivo de disseminar práticas e experiências ligadas aos temas de interesse dos laboratórios de inovação cidadã.
As seções a seguir apresentam cada um dos componentes de nosso programa de atividades
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2. WORKSHOPS LABIC NOVALE
Os Workshops LabIC Novale são eventos imersivos e presenciais promovidos pelo LabIC Novale que funcionam como fase de ativação e pré-incubação de projetos.
Em formato de oficina, esses eventos têm por objetivo reunir pessoas para pensar juntas os desafios que nossas cidades enfrentam e formar grupos de trabalho para a criação de soluções de design que contribuam para a melhoria da vida em comum.
Eles iniciam com uma convocatória de ideias, na qual os cidadãos de Jaraguá do Sul e de cidades vizinhas são convidados a apresentar propostas de soluções para problemas urbanos a serem desenvolvidas colaborativamente Em seguida, uma convocatória de colaboradores é lançada para formar os grupos de trabalho que irão atuar na exploração do problema e na construção de protótipos
Na essência da proposta dos Workshops LabIC Novale há um conjunto de crenças, valores e perfis de comportamento entrelaçados Sua abordagem é conformada pelo amor às cidades e à vida em comunidade, mas também por um senso de urgência, pela consciência da necessidade de respostas rápidas a demandas hiperlocais e pela confiança do poder da ação coletiva para a operação de microurbanismos
Seis características principais definem os Workshops LabIC Novale A primeira delas, é o protagonismo cidadão Seu público é formado por pessoas que fazem acontecer - seja produzindo suas próprias ideias e projetos ou mesmo produzindo as ideias e projetos de outras pessoas. A segunda, é a conexão com o entorno Os Workshops LabIC Novale são planejados para escutar e observar o que acontece nos contextos de proximidade à área de intervenção para, a partir daí, avançar para o desenvol-vimento das soluções A terceira, é serem abertos ao imprevisto - o que significa ter uma estrutura planejada para a participação, a diversidade, a reapropriação urbana e a mistura de saberes. A quarta, é ter uma abordagem que estimula a experimentação, a incerteza, a tentativa e erro, além de formas lúdicas de dar forma a ideias, de resolver problemas e executar soluções. Como quinta característica, está entre seus princípios fundamentais a cultura livre, ou seja, a liberdade que damos a outras pessoas para poder copiar, modificar, melhorar e distribuir as criações feitas no contexto do workshop Por fim, a sexta característica é a criação de comunidades - em especial, comunidades de aprendizagem e comunidades de prática
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2.1 1º WORKSHOP LABIC NOVALE
O 1º Workshop LabIC Novale foi o evento que marcou o lançamento do laboratório de inovação cidadã do Novale Hub.
Ocorrido entre os dias 5 e 7 de novembro de 2021, o evento reuniu pessoas de onze cidades diferentes (presentes em quatro estados brasileiros e em dois distritos portugueses) para prototipar soluções para problemas que afetam a vida em comum Por meio de uma convocatória aberta, seis projetos foram selecionados para integrar a programação:
Cozinha Comunitária. Uma proposta de apoio efetivo para trabalhadores informais do ramo da alimentação Proponente: Priscila Dal Bosco
Biblioteca Virtual para Todos. Um projeto que buscou espalhar literatura pela cidade Proponente: Charles Zimmermann
Dia da Limpeza Permanente. Um esforço coletivo para reduzir o descarte inadequado de resíduos Proponente: JCI Jaraguá do Sul
Salas de Aula Inteligentes. Eficiência energética para ambientes escolares Proponente: Rotaract Jaraguá do Sul
Dandara. Tecnologia digital por uma cidade mais segura para meninas e mulheres Proponente: Rotaract Jaraguá do Sul
App Colaborativo Doador + ONG. Um projeto para facilitar a coleta e distribuição de doações Proponente: Amigos em Ação
O 1º Workshop LabIC Novale fez parte do projeto Laboratorios Ciudadanos Distribuidos, promovido pelo Medialab Prado e pelo Ministério da Cultura e Esporte da Espanha, com o apoio do programa Iberbibliotecas e da Fundación para el Conocimiento madri+d. Todos os projetos participantes foram documentados e seus arquivos estão disponíveis na página: labsbibliotecarios.es/laboratorio/labic-novale/.
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2.2 2º WORKSHOP LABIC NOVALE
O 2º Workshop LabIC Novale foi um evento imersivo e presencial, voltado a desenvolver soluções de tecnologia, design ou comunicação para questões de interesse da comunidade de Jaraguá do Sul.
Os projetos dessa edição foram selecionados a partir de seu potencial de contribuição para o alcance de um ou mais dos 16 Objetivos do Desenvolvimento Urbano Sustentável [ODUS] Entre 15 e 18 de setembro de 2022, sete projetos foram prototipados:
Novos Usos para o Patrimônio. Mapeando boas práticas com o envolvimento comunitário Proponente: Daniel Wischral
DS+ (Design + Sociedade). Estreitando o caminho entre o design e a comunidade Proponente: Jean Fabyano Andrighi e Giselle Blasius Follmann
Casa da Mãe! Em busca de meios para superar a invisibilidade das mulheres Proponente: Cláudio Olívio Piotto e Bruna Garcia Pereira
Ciclovias: Saúde e Mobilidade. Incentivando a mobilidade ativa em Jaraguá do Sul Proponente: Gustavo Luciano Ginjo
Oratória nas Escolas. Ampliando o repertório de habilidades sociais entre os jovens locais Proponente: JCI Jaraguá do Sul
É fake! Ou não? Game para o combate às fake news Proponente: David Santos da Silva
Trama Verde-Azul, Jardins Drenantes. Um projeto para o controle do escoamento superficial. Proponente: Adilson Gorniack.
Durante os quatro dias de imersão, os participantes receberam mentoria e puderam conhecer experiências vindas de várias partes do mundo O 2º Workshop LabIC Novale teve a honra de receber uma equipe de mentores formada por Naomi Martin, gestora do programa Actors of Urban Change (Berlim, Alemanha), Marcos Cristóbal García, gestor cultural e ex-diretor do Medialab-Prado (Madri, Espanha), Carolina Cardoso, co-coordenadora do Labic Barreiro Velho (Barreiro, Portugal), Carlos Queiroz, coordenador do grupo de pesquisa Rasuras/UFES (Vitória, Espírito Santo) e Carolina Andion, coordenadora do Observatório de Inovação Social (Florianópolis, Santa Catarina)
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DESCONFERÊNCIAS
URBANAS um olhar mais que humano sobre o fazer a cidade
um olhar mais que humano sobre o fazer a cidade
3. DESCONFERÊNCIAS URBANAS
As Desconferências Urbanas são uma série de atividades promovidas pelo LabIC Novale com a intenção de ampliar e aprofundar o debate sobre a vida urbana.
O formato escolhido para essas atividades, cujo nome vem do inglês "unconference", é característico de comunidades criativas e reflete uma organização menos formal, voltada a estimular o intercâmbio de ideias, a conversa, o aprendizado e o encontro entre pessoas interessadas em um assunto em comum As desconferências são práticas coletivas que trabalham em uma variedade de tecidos sociais, culturais e espaciais e bebem das noções de diversidade, interdependência e corresponsabilidade, de dinâmicas colaborativas e de estruturas não hierárquicas para provocar reflexões críticas e estimular que novas ideias floresçam
O primeiro ano das Desconferências Urbanas explorou os temas dos projetos desenvolvidos no 1º Workshop LabIC Novale - evento de lançamento do programa de inovação cidadã do Novale Hub Esses projetos buscavam prototipar soluções para enfrentar desafios sociais e ambientais vividos por cidadãos de Jaraguá do Sul, como o trabalho informal no ramo da alimentação, o estímulo à leitura, o excesso de lixo pelas ruas da cidade, a necessidade de inovação nas escolas, o assédio contra as mulheres em espaços públicos e a falta de sistemas que facilitem e otimizem o trabalho voluntário
Entre fevereiro e julho de 2022, um modelo combinado de atividades foi executado com a intenção de reunir pessoas para compartilhar informações, ideias e boas práticas sobre temas relevantes para a comunidade presente no território de atuação do Novale Hub, aprofundar as discussões iniciadas no 1º Workshop LabIC Novale e ampliar a rede de relações dos grupos de trabalho pré-incubados naquela ocasião. Ao todo, cinco ciclos temáticos foram realizados, cada qual com dois encontros distintos: um online e um presencial (sendo parte do primeiro dedicada a dar forma, coletivamente, ao segundo).
Em 2024, as Desconferências Urbanas serão novamente realizadas, com a intenção de fortalecer o diálogo a respeito dos temas trazidos no 2º
Workshop LabIC Novale e de abrir caminho para o próximo workshop.
Conheça os ciclos temáticos já realizados: “Comida e Cidade”; “As Histórias que as Cida-des Contam”; “Lixo e Cidade”; “Cidades Inteligentes?”; e “As Cidades Através das Lentes de Gênero”
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DESCONFERÊNCIAS
URBANAS comida e cidade fevereiro de 2022 comida e cidade
3.1 COMIDA E CIDADE
O primeiro ciclo das Desconferências Urbanas discutiu o tema “Comida e Cidade”.
À primeira vista, o tema pode parecer simples, mas você já parou pra pensar em tudo o que está envolvido nessa relação? Há todo um processo orquestrado para alimentar uma cidade: a comida precisa ser produzida, transportada, vendida, comprada, preparada, consumida e seus restos precisam ter algum destino. Ao passo que esse sistema acontece, diária e continuamente, em cada uma das cidades do mundo, várias dimensões urbanas são impactadas: da infraestrutura física aos hábitos e rituais, da economia ao meio ambiente
Pensar na relação entre comida e cidade é pensar maneiras de melhorar a vida urbana Quais os fatores presentes na relação entre comida e cidade? Como um lugar influencia nossos hábitos alimentares e, por sua vez, como nossos hábitos alimentares influenciam na vida coletiva e, portanto, na conformação dos lugares? Que movimentos vêm surgindo em torno desse tema? Como podemos nos organizar para construir sistemas alimentares resilientes, justos e afetivos?
Ocorrido em fevereiro de 2022, o ciclo “Comida e Cidade” foi composto por dois encontros muito especiais de diálogo e de construção de entendimentos comuns acerca das questões envolvidas nessa discussão As discussões estiveram pautadas em dois momentos: um momento de identificar questões problemáticas - ou seja, atitudes, comportamentos ou situações que interferem negativamente no cenário debatido - e um segundo momento voltado a pensar pequenas ações que têm o poder de contribuir [ou que já vêm contribuindo] para melhorar esses aspectos
Entre os assuntos abordados estiveram a questão da perda e do desperdício de alimentos, da insegurança alimentar, da qualidade alimentar e da falta de informação sobre o processo como um todo Para os participantes, a base para a transição entre a situação atual e a situação desejada no nível local deve buscar apoio em três pilares: [re]aproximar as pessoas do processo produtivo; incentivar a produção e o comércio local; e educar para uma alimentação mais afetiva, saudável e sustentável
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DESCONFERÊNCIAS URBANAS
as histórias que as cidades contam as histórias que as cidades contam
março de 2022
3.2 AS HISTÓRIAS QUE AS CIDADES CONTAM
Fantasias, memórias, percepções, significados… De quantas histórias é feita uma cidade? Quais histórias são contadas? E quais delas são caladas? De que maneiras as histórias nos fazem criar vínculos? Como o real influencia a fantasia? E que outras histórias são possíveis?
O segundo ciclo das Desconferências Urbanas tratou das histórias das cidades e das múltiplas percepções acerca delas Fundamentados nos estudos de patrimônio crítico e partindo da noção de polivocalidade [especialmente aquela abordada em Rethinking the politics of voice, de Nick Couldry], os encontros promovidos nesse ciclo trataram da responsabilidade que temos de navegar a multiplicidade de versões que compõem as narrativas urbanas e instigaram os participantes quanto ao papel da ação coletiva para a matização dos discursos sobre a cidade, o patrimônio e a história coletiva
Em março de 2022, participantes de três estados brasileiros se reuniram para discutir quais histórias as cidades contam e quais gostaríamos que fossem contadas, como democratizar o acesso às histórias da cidade e de que formas poderíamos usar as tecnologias de informação e comunicação para abrir espaço para as versões frequentemente negligenciadas ou silenciadas
O ciclo contou com a participação de Douglas Luiz Menegazzi e seu relato sobre os estudos a respeito da relação entre interatividade, tecnologias móveis e literatura para a infância com o ambiente urbano, desenvolvidos a partir do projeto Children’s Books Going Mobile [LIJ Digital / UFSC]
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DESCONFERÊNCIAS URBANAS
abril de 2022
lixo e cidade
lixo e cidade
3.3 LIXO E CIDADE
O terceiro ciclo das Desconferências Urbanas trouxe para discussão a relação “Lixo e Cidade”. Ele buscou mapear as barreiras e motivadores para a participação da população em ações de combate ao problema do lixo urbano e a identificar as possibilidade de uso das tecnologias de mídia para mitigar tais barreiras e engajar mais pessoas em ações coletivas de destinação de resíduos.
O encontro online do ciclo Lixo e Cidade teve duas pesquisadoras do Centro de Síntese USP Cidades Globais contribuindo com a conversa: a Dr a Elaine Santos, que pesquisa o custo da extração dos recursos necessários à cidade inteligente (especificamente, o lítio) sob um viés sociológico, e a Dr a Maria da Penha Vasconcellos, professora associada da Faculdade de Saúde Pública Teve, ainda, a participação de Mark J Rae, especialista em gestão e gerenciamento de resíduos sólidos e diretor executivo da Weee Do - empresa especializada em logística reversa de eletroeletrônicos
Já o encontro presencial desse ciclo fez parte da programação do World Creativity Day Jaraguá do Sul Para fortalecer o diálogo sobre lixo e cidade, convidamos Charlene Maria Odorizzi, proponente do projeto Jaraguá + Limpa (um dos seis selecionados para o 1º Workshop LabIC Novale) e voluntária na JCI de Jaraguá do Sul Convidamos, também, três inspiradores do WCD: Flávia Vanelli e André Guse Barbi, sócios do Estúdio RatoRói, empresa especializada em design circular, e Taia Franco de Albuquerque, uma das responsáveis pela oficina Sucatas e Afetos, atividade intergeracional voltada à ressig-nificação de materiais de descarte
As dicussões promovidas durante esse ciclo revelaram a importância de mudar a percepção acerca do tema, descaracterizando o lixo para tratá-lo como resíduo, i.e. como um recurso. Para os participantes, isso envolve ligar os pontos da cadeia e fazer a informação chegar a todos - constantemente e de maneira inclusiva. E envolve, também, usar os recursos de mídia para tornar visíveis os traços que são apagados no momento do descarte e para dar a real dimensão dos resíduos na escala coletiva.
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DESCONFERÊNCIAS URBANAS
cidades inteligentes? maio de 2022 cidades inteligentes?
3.4 CIDADES INTELIGENTES?
“Cidade inteligente” é um conceito em alta. As cidades que se autodenominam inteligentes (ou que são descritas como tal) variam enormemente.
Inicialmente atrelado ao emprego de tecnologias avançadas para a otimização do uso de recursos, o discurso sobre esse tema orbitou por muito tempo em torno da construção de ambientes altamente conectados e que fazem uso de uma imensa quantidade de dados para expandir os serviços municipais, aumentar a eficiência energética das redes de iluminação pública, tornar o trânsito mais fluido e assim por diante. Ações como essas vêm formando parte de uma verdadeira corrida entre as cidades para designar qual seria “ a mais inteligente primeiro”
Se uma parte dos defensores das cidades inteligentes advoga pela implantação da infra-estrutura material dessa inteligência, uma outra parcelacrescente - vem lançando um olhar mais humano sobre elas Isso pode ser confirmado, por exemplo, na recentemente lançada Carta Brasileira para Cidades Inteligentes - uma agenda pública construída colaborativamente por diferentes setores da sociedade nacional dentro de um processo liderado pelo Ministério de Desenvolvimento Regional
Além de trazer para o debate questões como responsabilidade ambiental e justiça social, um ponto comum nessa outra vertente de cidade inteligente está no entendimento de que não há um único projeto, ação ou instituição que consiga dar conta da complexidade que é a construção (ou transição) de uma cidade sob essa abordagem Ao contrário, parecem reconhecer que a cidade inteligente será criada por meio de diversas pequenas ações interligadas. E, nesse contexto, a participação cidadã, o aprendizado social e o compartilhamento do conhecimento são tratados como questões imprescindíveis para enfrentar os desafios urgentes que vemos surgir
O quarto ciclo das Desconferências Urbanas trouxe para diálogo três questões centrais: Qual é a cidade inteligente que queremos? Como podemos utilizar as tecnologias digitais para construir essa cidade? E como seria um espaço que incentiva a participação das pessoas nessa construção?
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DESCONFERÊNCIAS URBANAS
as cidades através das lentes de gênero as cidades através das lentes de gênero
junho de 2022
3.5 AS CIDADES ATRAVÉS
DAS LENTES DE GÊNERO
O urbanismo não é algo neutro. Nossas cidades, bairros e as diferentes tecnologias urbanas são feitos por alguém, com um ponto de vista específico.
Historicamente, as disciplinas ligadas ao “fazer as cidades” foram, em sua maioria, desenvolvidas e cursadas por homens. Isso significa que, no geral, as cidades que temos hoje são derivadas de uma lógica de pensamento formulada ao longo dos séculos por homens e que, sendo assim, tendem a funcionar melhor para homens
A sensibilidade às questões de gênero é especialmente importante para a discussão dos espaços urbanos: a forma que damos aos espaços públicos e privados impacta todos os aspectos do cotidiano de meninas, de mulheres e de minorias sexuais e de gênero, impacta nas oportunidades que lhes são dadas e, em última instância, em sua expectativa de vida
No quinto ciclo das Desconferências Urbanas, o LabIC Novale convidou seus participantes a enxergar as cidades através das lentes de gênero O tratamento desse tema buscou fortalecer o diálogo sobre as barreiras de gênero e sobre como elas se manifestam nos espaços urbanos Quais necessidades e experiências vividas por mulheres, meninas e minorias de gênero são frequentemente negligenciadas nas cidades? Em que aspectos uma cidade pensada a partir dessas necessidades se diferenciaria das cidades que temos hoje? Que mudanças são necessárias no desenho e forma urbana para que possamos torná-las mais justas? E como a tecnologia pode contribuir para isso?
Para os grupos reunidos durante o ciclo, planejar cidades sensíveis a gênero passa pelo estabelecimento de recortes menos convencionais - o recorte do medo, da inseguraça, o recorte da ordem do discurso, da visibilização dos múltiplos cotidianos atuantes no espaço. Isso envolve desafiar as noções tradicionais de espaços públicos e privados e reimaginar as paisagens urbanas para serem mais receptivas às necessidades e experiências de todos
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4. PIC LABIC
programa de incubação cidadãprograma de incubação cidadã
PIC LABIC
O PIC LabIC é um programa de incubação cidadã planejado para funcionar como uma estrutura de apoio ao desenvolvimento continuado dos protótipos desenvolvidos dentro dos workshops promovidos pelo LabIC Novale.
Trata-se, portanto, de um conjunto de processos e atividades voltados a amparar grupos de pessoas envolvidas com projetos de impacto urbano, social, cultural e ambiental e que trabalham de forma colaborativa, aberta, interdisciplinar e intersetorial no desenvolvimento de tecnologias voltadas à resolução de problemas urbanos percebidos no entorno do Novale Hub.
A estrutura do programa foi pensada como forma de contribuir para a formação, empoderamento e apoio a públicos urbanos, para a operacionalização de mudanças nas estruturas e práticas urbanas, para o fortalecimento da cultura da colaboração na cidade de Jaraguá do Sul, e também para a promoção de intercâmbio de conhecimento e capacitação de atores urbanos a partir de mecanismos de transição que orientem o desenvolvimento dos projetos incubados de forma que estes se tornem escaláveis, replicáveis, incorporáveis e instrumentalizados
De maneira prática, o PIC LabIC tem duração de seis meses - período médio necessário para o apoio ao desenvolvimento de um protótipo em um produto minimamente viável (MVP) por meio de processos de pesquisa do tipo research in the wild e research through design Os projetos incubados no PIC LabIC têm o direito de usufruir dos espaços de Coworking Social do Novale Hub, além de receber fomento e contar com acompanhamento e mentoria dedicada.
Conectando Cozinhas, É Fake! Ou Não?, Casa da Mãe e Oratória nas Escolas foram os projetos integrantes do primeiro ano do PIC LabIC Todos eles foram desenvolvidos a partir de uma lógica de inovação aberta, a partir da qual as soluções foram documentadas e publicadas para que outras comunidades, interessadas em questões semelhantes, possam reutilizá-las ou adaptá-las ao seu próprio contexto
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CONECTANDO
CONECTANDO COZINHAS
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COZINHAS pic plabic ic labic 4.1
A comida está na raiz da criação e fortalecimento de comunidades desde os tempos mais remotos. Da partilha de refeições às festas comunitárias, a comida desempenha um papel central na aproximação de pessoas, na facilitação de interações sociais, no cultivo de relações e na promoção de intercâmbio cultural.
Muitas famílias têm na venda de alimentos sua principal fonte de renda As atividades econômicas vinculadas à produção e comercialização de comida podem variar muito: de pequenos negócios domésticos até indústrias de grande porte.
Atualmente, estima-se que quase meio milhão de pessoas exerçam atividades informais no ramo da alimentação só no Brasil A dificuldade de acesso a estruturas regulamentadas para trabalho nesse ramo marginaliza um grande setor da sociedade e leva a informalidade aos seus extremos, amplificando, entre outras coisas, o problema da segurança alimentar
O primeiro projeto submetido [e aceito] para o primeiro Workshop LabIC Novale foi também o primeiro projeto incubado no PIC LabIC O Conectando Cozinhas chegou para nós com o nome Cozinha Comunitária, e teve como intuito buscar soluções para reduzir as barreiras de acesso dos cidadãos de Jaraguá do Sul a estruturas formais de trabalho no setor de alimentação Em novembro de 2021, a ideia inicial foi explorada, discutida e refinada dentro de nosso workshop - naquele que foi o maior grupo de trabalho que já tivemos
No PIC LabIC, o projeto deu início a um processo de formação e fortalecimento de redes de aprendizado e colaboração. Por meio da oferta de workshops, palestras e oficinas mensais, os temas de interesse mapeados junto ao seu público [legislação vigente para formalização de negócios de alimentação; tipos de negócios de alimentação; uso de redes sociais; storytelling e criação de identidade para produtos] foram trabalhados com pessoas de diferentes origens e em diferentes estágios de negócio
Coordenação: Priscila Dal Bosco
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2 É FAKE! OU
NÃO? pic plabic ic labic 4.2 É FAKE! OU NÃO?
Nos últimos anos, a popularização da internet, das redes sociais e das mídias digitais vem facilitando a comunicação e disseminação de informações de pessoa para pessoa.
Aliada à facilidade, baixo custo, escala de entrega e fácil visualização, a internet se tornou um campo fértil para a propagação de notícias falsas - as chamadas fake news
Os efeitos negativos do compartilhamento e viralização de fake news vem se tornando uma preocupação mundial. Desinformação, polarização, manipulação e erosão da credibilidade das instituições são apenas alguns dos termos atrelados a esse fenômeno
Para combater a propagação de notícias falsas, muitas organizações e indivíduos vêm tomando medidas para promover a literacia mediática e competências de pensamento crítico Sites de verificação de fatos surgiram para confirmar a exatidão das informações antes de serem compartilhadas, plataformas de redes sociais implementaram medidas para detectar e sinalizar notícias falsas No entanto, apesar destes esforços, as fake news continuam a ser um desafio
O segundo incubado pelo PIC LabIC é o projeto “É fake! Ou não?” Derivado de uma pesquisa acadêmica sobre os chamados jogos sérios, o projeto busca conscientizar as pessoas sobre as consequências mais amplas da propagação de fake news por meio do desenvolvimento de um jogo digital educativo
Se no 2º Workshop LabIC Novale a ideia inicial foi esmiuçada [proponente e colaboradores identificaram o comportamento desejado para os usuários, identificaram possíveis barreiras e formas de reparo, criaram cenários e personagens e planejaram a mecânica de jogo para acesso via desktop ou dispositivo móvel], no decorrer do período de incubação do PIC LabIC, o game design document, a interface gráfica e a programação do jogo foram desenvolvidos
Coordenação: David Santos da Silva
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3 CASA DA MÃE
ic labic
4.3 CASA DA MÃE
A violência contra a mulher é um problema profundamente enraizado na sociedade. Trata-se de uma violação dos direitos humanos que está presente em todas as idades, etnias e origens sociais.
Dados do Observatório da Violência Contra a Mulher revelam que entre 2020 e 2022, quase 50 mil casos de lesão corporal dolosa foram registrados só em Santa Catarina Nesse mesmo período, 3 796 casos de estupro e 169 feminicídios foram registrados no estado catarinense. As estimativas são de que 189,97 crimes contra a mulher ocorram a cada dia em nosso estado (ou: 7,91 crimes por hora). E esses números se referem apenas aos casos reportados
O terceiro integrante do PIC LabIC é projeto Casa da Mãe, uma iniciativa codesenhada por um grupo de pessoas preocupadas com a criação de estruturas de acolhimento e emancipação de mulheres vítimas de violência doméstica em Jaraguá do Sul e região Trata-se de um projeto complexo, que trata de questões delicadas que carecem de um processo de planejamento extremamente cuidadoso
Durante o período de incubação no PIC LabIC, o projeto Casa da Mãe mapeou a rede conectora local, detalhou a organização, a estrutura legal e a dinâmica de funcio-namento de uma casa acolhedora para o município e iniciou um processo de sensibilização e de conexão entre os diferentes atores atuantes no combate à violência doméstica
Coordenação: Cláudio Olívio Piotto
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4 ORATÓRIA NAS ESCOLAS pic plabic ic labic 4.4 ORATÓRIA NAS ESCOLAS
O medo de falar em público atinge três em cada quatro pessoas no mundo.
Aqueles que adquirem a habilidade de falar bem em frente a outras pessoas criam um caminho para se destacar em diversas instâncias de suas vidas e tendem a desenvolver um repertório mais amplo de habilidades sociais.
A habilidade de oratória é fundamental no mercado de trabalho, pois aumenta a con-fiança e o desempenho em apresentações, palestras e reuniões de negócios. Contudo, essa habilidade não costuma ser apropriadamente estimulada e desenvolvida desde cedo
O projeto Oratória nas Escolas é desenvolvido pela JCI Jaraguá do Sul enquanto ação local de um movimento nacional que busca estimular o pensamento crítico sobre temas de interesse global ao mesmo tempo que desenvolve habilidades de comunicação e argumentação entre alunos de escolas públicas
Quando veio para o 2º Workshop LabIC Novale, os proponentes queriam buscar uma forma de escalar o projeto - que já vinha sendo desenvolvido na cidade desde 2017 De 11 escolas alcançadas na edição de 2022, o projeto ampliou sua atuação para 21 escolas: 15 delas municipais e 6 estaduais Isso significou capacitar 21 professores e trabalhar com aproximadamente 1600 crianças e adolescentes
Em 2023, os responsáveis pelo projeto Oratória nas Escolas realizaram na cidade a maior edição de todos os tempos.
Coordenação: Alexandre Juan Coimbra
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LABIC PELA CIDADE
ESCUTA ATIVA
DISTRITO DE INOVAÇÃO DE JARAGUÁ DO SUL
5. LABIC PELA CIDADE
LabIC Pela Cidade é o nome dado ao projeto de pesquisa e desenvolvimento executado pelo LabIC Novale para explorar o uso de metodologias de design como forma de estimular a participação comunitária no desenvolvimento de inovações urbanas.
Trata-se de um processo de aproximação e escuta que busca engajar a população com atividades de planejamento urbano e com práticas experimentais de desenvolvimento de soluções para questões de interesse comum
Por meio da prototipagem e teste de ferramentas de design participativo, o projeto explora como os conceitos de colaboração, experimentação, inovação aberta, interdisciplinaridade e intersetorialidade podem contribuir para a formação e instrumentalização de públicos urbanos de maneira que se favoreça o surgimento de inovações urbanas baseadas na comunidade
Em seu primeiro ano de execução, o LabIC Pela Cidade esteve voltado à escuta ativa Os processos de escuta ativa são delineados para permitir a coleta de informações, perspectivas, percepções e/ou feedback diretamente com aqueles que serão afetados pelo resultado de um determinado processo de design de modo que as soluções geradas possam refletir a sabedoria coletiva e as preferências das diversas partes interessadas Isso significa que, durante esse período, a equipe executora do projeto esteve envolvida no estudo, teste, validação e iteração de uma ferramenta de escuta que nos ajudasse a compreender as necessidades e desejos da comunidade presente nos bairros vizinhos ao Centro de Inovação Jaraguá do Sul - Novale Hub e que nos ajudasse, também, a captar a percepção de atores periféricos a respeito de assuntos que possam representar oportunidades para inovações urbanas na escala local e em contextos de proximidade.
A escuta ativa está também vinculada a outra questão central para o estímulo à inovação urbana, que é a coprodução de conhecimento local Nas abordagens de design participativo, a coprodução de conhecimento local se dá por meio de processos coletivos e colaborativos de geração e integração de conhecimento que envolvem, em geral, diálogo, aprendizado mútuo e troca de informações para se chegar a uma compreensão mais abrangente dos desafios e oportunidades presentes em uma localidade Tais abordagens reconhecem a importância de valorizar e integrar diferentes formas de conhecimento [incluindo o conhecimento ecológico tradicional, as práticas culturais e os valores da comunidade, juntamente com o conhecimento científico e técnico] para o enfrentamento dos desafios complexos que afetam um dado público urbano
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Ao longo de 2023, uma série de atividades foram executadas enquanto integrantes de um processo de pesquisa, aproximação e escuta para a identificação de questões de interesse comum junto às diferentes partes interessadas no futuro dos bairros do Distrito de Inovação de Jaraguá do Sul. Essas atividades compreenderam desde a aplicação de técnicas de reconhecimento do contexto até a conexão entre as demandas levantadas e os atores com potencial de ação sobre elas; passando por entrevistas, campanhas de engajamento, oficinas comunitárias, aplicação de questionário e grupos focais com partes interessadas nos bairros Água Verde, Estrada Nova, Rau, Três Rios do Sul e Tifa Monos.
A ferramenta desenvolvida, testada e validada nesse processo foi documentada e está disponível de forma aberta em: bit ly/lpcgi
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LABIC CONVIDA
6. LABIC CONVIDA
LabIC Convida são eventos organizados em formato de palestras, mesas redondas e webinars e que tê por objetivo disseminar práticas e experiências ligadas aos temas de interesse dos laboratórios de inovação cidadã.
Três edições do LabIC Convida foram realizadas até o momento, sendo que duas delas integraram a programação do Circuito Urbano, promovido pelo ONU-HABITAT.
A primeira edição do LabIC Convida tratou do tema O papel dos laboratórios de inovação para a localização dos ODS, e contou com a participação de Ana Carolina Carvalho Farias (Sobreurbana), Ana Carolina Cardoso (LabIC Barreiro Velho) e Cinthia Mendonça (Silo Arte e Latitude Rural)
Em sua segunda edição, o LabIC Convida trouxe a experiência de Delano Rodrigues (UFMA) no tema Laboratórios de design social - experimentos de design social e participativo em São Luis do Maranhão
Por fim, a terceira edição do LabIC Convida, já em 2023, reuniu relatos de experiências sobre A participação cidadã no planejamento de territórios inovadores
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7. PALAVRAS FINAIS
O LabIC Novale vem se constituindo como a principal referência em inovação cidadã entre os integrantes da Rede Catarinense de Centros de Inovação. Os meios e modos de abordagem das questões sociais e urbanas do laboratório de inovação cidadã do Novale Hub levou a dois grandes resultados: a constituição do LabIC Novale em objeto de pesquisa e o fortalecimento de redes de colaboração internacional.
LabIC Novale como objeto de pesquisa
Em 2022, o LabIC Novale passou a configurar objeto de pesquisa junto ao Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP)Centro de Sínteses Cidades Globais, em nível de pós-doutorado Além da investigação executada pela coordenadora do laboratório, o LabIC Novale vem atraindo a atenção de pesquisadores de instituições externas Se no primeiro ano, na primeira ação do LabIC, atraímos um pesquisador da UERJ, no ano de 2022 essa questão intensificou Uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (em nível de mestrado), que vem trabalhando o tema inovação social nos CI’s da Rede Catarinense de Centros de Inovação, tomou o LabIC como caso de estudo Dois pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (uma pós-doutoranda e um pós-doutor) vieram acompanhar pessoalmente as atividades de nosso segundo workshop após um deles se inscrever para uma Desconferência Em 2023, esse acompanhamento resultou em uma disciplina ministrada aos alunos da UFES denominada “Cidade Contemporânea e os Urbanismos Bottom-up” E, atualmente, estamos colaborando com um pesquisador de doutorado da Univali que, em parceria com a TU Delft (considerada por várias vezes a melhor universidade de arquitetura e urbanismo do mundo), usou as experiências do LabIC Novale como uma das bases para sua tese Em 2023, recebemos a solicitação de uma pesquisadora de doutorado do ISCTE/IUL (Portugal) para estudar o LabIC Novale.
Fortalecimento das redes de colaboração internacional
Nosso segundo workshop não apenas aprofundou a relação com redes de colaboração locais, como também fortaleceu e iniciou relações de colaboração internacional. Contamos com a presença de Marcos García [Espanha], impulsionador dos Laboratórios Cidadãos na região da Ibero América, de Naomi Martin [Inglaterra / Alemanha], gestora do programa Actors of Urban Change [Berlim] e de Carolina Cardoso [Portugal], coordenadora do Labic Barreiro Velho Os efeitos iniciais ocorrem em termos de colaboração para pesquisa e de colaboração para desenvolvimento de projetos Está se abic BarLabic Barreiro Velho Os efeitos iniciais ocorrem em termos de
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formando um plano de execução conjunta de um encontro internacional de laboratórios de inovação cidadã para o ano de 2025. Além disso, já temos confirmadas as participações de pesquisadores do Brasil, Portugal, Espanha e Alemanha em um livro organizado pela coordenação do LabIC Novale.
A partir dos encontros promovidos, em 2023, foi formada a Rede BrasilPortugal de laboratórios de inovação cidadã, que vem sendo ampliada e, ao mesmo tempo, aprofundada para discutir os desafios comuns e as características únicas dos laboratórios ativos nessas países
Acreditamos que a potência da inovação cidadã está na construção de suas práticas a partir da inteligência coletiva, que se constrói e se fortalece a partir do intercâmbio de ideias, da aprendizagem entre pares e dos processos criativos colaborativos Esperamos que essas e outras experiências vindas dos laboratórios cidadãos possam servir de inspiração para que comunidades ao redor do mundo incluam em suas práticas os princípios da experimentação, da abertura e do cuidado
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LabIC Novale
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