Balaio 01

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JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

JANEIRO/FEVEREIRO DE 2014

ANO 01

N° 01

Com mais de 1 bilhão de usuários do mundo, Facebook ganha do Orkut em popularidade. Entenda essa migração e a funcionalidade das redes sociais. Página 4

Bate-papo “mó limpeza” com o astro cearense ria dizer, só que de maneira mais “formal”. Eu não tento rebater esse tipo de critica, quem rebate é meu trabalho e meu público, porque vim para vestir a camisa do Ceará e do Nordeste. Não com intenção de ser o melhor, mas de ser verdadeiro e resgatar nossa identidade de Ceará “moleque”. Quem gosta, gosta. Quem não gosta, “vá procurar uma trouxa de roupa pra lavar”.

Edmilson Filho é um “cabra massa, joiado e coisativo”, conhecido pelo seu personagem Francisglaydson em Cine Holliúdy. Nascido em Fortaleza, Ceará, além de ser ator, showman e comediante de cinema e teatro, é também tricampeão brasileiro de Taekwondo, mora há 13 anos nos Estados Unidos e já viajou o mundo todo. Mesmo assim, a “cearensidade” não sai dele

B: Sobre o Los Angeles Brazilian Film Festival, onde esteve recentemente com o Halder Gomes: como você se sentiu ao ver o filme que você protagonizou ganhar menção honrosa neste festival? E: Foi muito bom! Não só o prêmio, mas também a reação do público, americanos e brasileiros. Todo mundo rindo alto na sessão. Isso, para mim, vale mais que qualquer prêmio.

Tatiana Alencar

“Se eu for eu mesmo, não preciso me lembrar da fórmula para ser engraçado”, afirma o ator. A prova disso é que Edmilson veio à Fortaleza para estrear seu espetáculo “Made in Ceará”, um monólogo que faz um paralelo acerca das diferenças culturais entre americanos e brasileiros, mais especificamente, os cearenses. O espetáculo, que ficou em cartaz nos dias 11, 12 e 13 de Outubro e voltará em janeiro de 2014, é dirigido por Halder Gomes, repetindo a parceria que foi iniciada com o curta O Astista Contra o Caba do Mal, e que prosseguiu na realização do filme nele baseado, hoje sucesso de público e crítica. O êxito de Cine Holliúdy deu visibilidade ao astro cearense, que chamou a atenção de diretores brasileiros consagrados como Fernando Meirelles e foi entrevistado por personalidades como Jô Soares. Com a estreia do longa no sudeste, a agenda de Edmilson não para, mas ele mantém os pés no chão com a consciência de que todo o sucesso é fruto de muito trabalho. “Eu não me encanto com fama nem sucesso, já sei quem é quem na minha vida”, declara. Confira a entrevista que o “cabra” deu para o Balaio: Balaio: Quem o acompanha pelas redes sociais pode notar que, apesar de morar há muito tempo nos Estados Unidos, você faz questão de manter seu “cearensês”. Você teve liberdade de acrescentar ou

B: Como é trabalhar mais uma vez com o Halder Gomes, agora no seu espetáculo “Made in Ceará”? E: Eu e o Halder somos amigos há 20 anos; somos parceiros. A gente pensa muito parecido, e ele acha graça da minha comédia. Então, estamos em casa. B: Quais as suas semelhanças com o Francisglaydson? E: Bom, o Francis é um sonhador, assim como eu também sou. E como todo sonhador, viajo longe nos meus projetos e na determinação de fazer acontecer. B: Palco ou Cinema? Onde você se sente mais a vontade? E: São totalmente diferentes. O palco é bom porque você sente a resposta do seu trabalho ali mesmo, e isso é ótimo. O cinema fica para a eternidade… e me seduziu. B: EUA ou Ceará? E: Ceará, dentro dos Estados Unidos. Edmilson Filho já está se preparando para roda “Cine Holliúidy 2” Foto: diVuLgaÇÃo

improvisar algo nas falas do personagem Francisgleydisson? Edmilson: Bom, o roteiro eu acompanhei desde o começo. O personagem foi feito para mim. Na verdade, tudo era visto antes se dava certo no contexto. Em cinema não se tem muito improviso. B: Recentemente, Fernando Meirelles disse em seu twitter: “Edmilson Filho, de Cine Holliúdy, que bateu o Wolverine no Ceará, é gênio. O Brasil não vê um comediante po-

pular assim desde Oscarito. (…) A última sequência do filme, onde ele conta o filme para a plateia, é cena antológica. Chaplin ficaria de boca aberta”. O que você sentiu ao ler esses elogios de Fernando Meirelles? E: Um elogio desses, vindo de um diretor como ele, você não recebe facilmente. Ele viu meu trabalho, gostou e fez essa citação. Quem no meu lugar não ficaria feliz em compartilhar isso? Eu não me encanto com fama nem sucesso, já sei quem é quem na minha vida. Mas o reco-

nhecimento do trabalho, tanto por nomes importantes quanto pelo público, me deixa feliz, sim. B: A sua irmã, Elaine Pereira, professora da Unifor, publicou um ótimo texto criticando quem fala que o filme Cine Holliúdy, por investir na ideia de “cearensidade”, cria a “falsa imagem” de que só existe humorista no Ceará. Como você lida com esse tipo de crítica? E: Não ligo, para ser honesto. Ela escreveu o que muita gente que-

B: Francislee ou Brucesglaydson? E: Francislee. B: Toddy ou caldo de feijão? E: Caldo de Feijão. B: Voadora na pleura ou bem nos intestino do cabra? E: Na pleura! B: Concorda que “a felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes”? E: Concordo, são os momentos felizes!


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