Fôlego # 21

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MAR/ABR 2010 M

ANO 7

N° 21

Aeromodelismo é diversão para todas as idades Se você quer aprender a pilotar sem a necessidade de curum avião se escola especializada, então sar uma esco embarque nesse hobby e prepare-se para voar Éri Santos Dumont, Érica Érika Neves e Geovana Érik Rodrigues Rodrig Demétrio Hilvy pratica aeromodelismo eromodelismo no o CIM FOTOO: ÉRIKA NEVES

Saiba ba mais

Em outros voos Em frente ao Centro de Convenções, na Avenida Washington Soares, pessoas de todas as idades se reúnem aos sábados, domingos e feriados para praticar o helimodelismo. Nascida há mais de 20 anos no Ceará, essa categoria do aeromodelismo utiliza réplicas de helicóptero em miniaturas. O instrutor de voo Emerson Bezerra, 38, tornou-se pioneiro desta prática em Fortaleza. “Meu primeiro helimodelo foi importado e custou US$1,2 mil”. Após deixar o equipamento na estante durante seis meses, por não ter um instrutor cearense e não conhecer quem fizesse helimodelismo no Estado, ele e dois amigos contrataram um instrutor vindo de São Paulo. As diferenças entre os mini-helicópteros e aviões não estão apenas na hélice e nas asas, mas na forma de manusear o controle, que pode ser utilizado pelos dois modelos. Quem pratica as duas modalidades afirma que aprender helimodelismo é mais difícil. “Achava que seria fácil pilotar um helimodelo, mas, quando

tentei, vi que as técnicas dele eram muito diferentes das de um avião. O helicóptero pode parar no ar, o avião não”, explica Emerson. Assim como os pequenos aviões, os helimodelos também variam de formatos, tamanhos e categorias. Se antes era somente à combustão, hoje, com um simples transmissor elétrico, os mini-helicópteros podem chegar à altura máxima de 1 mil metros e atingir velocidades de até 120 km/h. Os preços variam de R$ 3 a 5 mil. Para um dos amantes do helimodelismo, o aposentado Alberto Studart, 63, o hobby não ficou só na prática. Ele criou o blog “Diário de um velho helimodelista” (diariodeumvelhohelimodelista. blogspot.com) para registrar suas experiências aéreas, que já teve o acesso inclusive de praticantes de outros países. Para Alberto, além das vantagens como a sociabilização entre todas as faixas etárias, a modalidade proporciona aos praticantes um exercício mental e a interação familiar.

Quem passa e observa um grupo de pess pessoas controlando pequenas pequena aeronaves pode pensar que qu é brincadeira, mas, na vverdade, é um hobby levad levado a sério pelos praticantes. Cri Criado pelo francês Alphonse Penaud, em 1870, e praticado no n Ceará desde a década de 1950, 1 o aeromodelismo cruza os céus aeromodelism em vários bairros da capital cearense. Com tamanhos que variam de 15 cm (micro) a 10 m de envergadura – medidos de uma ponta a outra das asas – esses minimodelos de aviões podem alcançar até 1 mil metros de altura e desenvolver velocidades de até 300 km/h. A modalidade do voo circular controlado, no qual o aeromodelo fica ligado ao praticante por meio de cabos, não é mais tão utilizado. Atualmente, existem programas que simulam o voo, permitindo ao iniciante aprender a pilotar de forma prática e usando apenas o computador. “O simulador, para quem está começando, é superimportante, principalmente quando não tem um instrutor à disposição, pois tentar voar um aeromodelo sem antes saber como funciona é prejuízo na certa com a queda do equipamento”, explica o analista de sistemas Eduardo Ellery, 38. O preço dos aeromodelos varia de R$ 600 a R$30 mil. Existe a opção de utilizar aviões artesanais que podem ser construídos por meio de projetos, dicas e tutoriais disponíveis na Internet. A compra pode ser realizada em lojas virtuais, em grande parte do Brasil, no exterior, e também em Fortaleza.

Aeromodelo com turbina pode chegar a 300 quilômetros por hora

Onde praticar Cerca de 20 aeromodelistas se reúnem aos sábados e domingos no Porto das Dunas, próximo à Usina Eólica, para a prática deste hobby. Lá, são utilizados dois tipos de aeromodelos: o planador, que depende do vento para locomoção e funciona com o uso de controle, mas não apresenta motor, e o elétrico que utiliza alta tecnologia e possibilita a construção de modelos com tamanho e peso reduzidos. Há, também, aeromodelos com motor a explosão, os quais necessitam da queima de um combustível para voar. Outro local bastante procurado nos finais de semana é o Carrapicho, localizado dentro do Centro Administrativo do Estado no Cambeba. Nesse lugar, uma média de 30 pessoas

FOTOS: ÉRIKA NEVES

se reunem. Já o Centro Integrado de Modelismo (CIM), na Estrada do Fio, em Messejana, é indicado também para o uso de todas as modalidades, que não se restringe a aviões. O gerente técnico Cineas Neto, 43, já praticou helimodelismo (ver “Saiba mais”) e pratica também nautimodelismo, minibarcos, além do aeromodelismo. Outras categorias que utilizam miniaturas de carros, motos e modelos feitos necessariamente com material plástico também podem ser encontradas no mercado.

Serviço Fórum do Cineas: cineastv.com Confederação Brasileira de Aeromodelismo (COBRA): cobra.org.br/ Emerson Bezerra, instrutor de voo: 8722-1719


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