Cupons com descontos garantem o movimento nos motéis de Fortaleza durante todo o ano. Página 7
A compra e venda de milhas se popularizou, apesar de não ser permitida pelas companhias aéreas. Página 5 JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR
NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2009
Eu vou
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 08/09/09 Isabelle Leal e Renata Frota
“Você vai sentir seus olhos pesados e, quando eu contar até 10, você fará tudo que eu mandar”. Essa provavelmente é a frase que muitos associam com a hipnose. Porém, o preconceito faz com que a hipnoterapia seja ignorada enquanto tratamento válido e eficaz para diversas patologias. Traumas, fobias, vícios, depressão, gagueira e bruxismo. Esses são alguns dos problemas para os quais a hipnose pode ser tratamento auxiliar e acelerar o processo de cura. Por definição, hipnose é um estado alterado de consciência, natural ou induzido, que pode ser utilizado como recurso no tratamento psicológico e apenas não é indicado para pacientes psiquiátricos, como os psicóticos ou esquizofrênicos. No Brasil, a hipnose é reconhecida e aceita pelas entidades
de classe médica, odontológica e psicológica. Entretanto, há cursos livres que qualificam leigos. Como o tratamento é individual, não há uma regra pronta em relação ao tempo para resultados, porém é comprovada a aceleração quando aliado aos tratamentos psicológicos. Segundo o hipnoterapeuta Rogério Castilho, “a hipnose atua entrando em contato com o inconsciente de quem apresenta alguma situação indesejada. Ali estão depositadas as memórias, as vontades e as crenças da pessoa. Crença aqui não tem conotação religiosa, mas de verdades individuais”. Para o hipnoterapeuta Leon Lopes, o uso da hipnose vai além dos tratamentos psicológicos. “Se uma pessoa contrair uma gripe e ela estiver deprimida, o seu sistema imunológico será afetado e o organismo terá mais dificuldades para se curar. Quando o uso da hipnose visa à promoção da saúde, a hipnose pode ser utilizada na maioria das situações, pois trata-se de uma abordagem que buscará apaziguar os conflitos psicológicos e promover o bem-estar”. Durante a hipnose, o paciente entra em transe, um estado altamente focalizado e intensificado da atenção onde a realidade passa a ser apenas a proposta pelo hipnoterapeuta ou pelo próprio paciente. “Todos os estímulos que antes
go tia
a esk
cida como Hetero Hipnose; e a auto-hipnose, feita em si mesmo. A auto-hipnose é segura. Porém, deve-se ter consciência de que “tudo o que é dito e pensado durante o transe tem um impacto maior do que em outros momentos”, alerta Odair Comin. Fabricio Correia afirma
san
Fo
Multidisciplinar Odontologia, Psicologia e Medicina são os três campos da saúde nos quais a hipnose pode ser utilizada. Em pacientes com alergia à anestesia ou fobia de agulhas, a hipnoanalgesia é muito eficaz. O relaxamento profundo proporcionado pela
hipnose também é útil em pacientes que tem medo de dentista. Mas é na psicologia que essa terapia encontra maior resistência, pois “apresenta resultados imediatos, como curar uma fobia em 5 minutos, e academicamente, isto é ‘impossível’, explica Odair Comin.
Histórias e curiosidades do transe se faziam presentes, deixam de ‘existir’, para dar lugar a apenas um, aquele que está ocupando toda a sua energia psíquica, a que sua mente está se detendo”, define o psicólogo especialista em hipnose Odair Comin. Se existe uma dúvida entre os pacientes e todos os terapeutas citam é quanto ao nível de consciência do hipnotizado durante a sessão. O hipnólogo português João Morais ameniza os receios com relação a isso: “ninguém pode ser hipnotizado se o não quiser e, em hipnose, não fará ou dirá nada que não fizesse ‘acordado’”. Por não haver restrições no Brasil, a hipnose pode ser praticada por qualquer pessoa. “Não há legislação que regularize o uso de psicoterapias. Apenas de terapias físicas e biológicas. Portanto, o campo está aberto para todos os tipos de uso, sejam eles éticos ou não”, ressalta o psicólogo Leon Lopes.
Da hipnose física à verbal Existem dois principais tipos de hipnose: a Clássica e a Ericksoniana. A Clássica envolve contato físico, a Ericksoniana é basicamente verbal. Contudo, muitas outras classificações também existem: a hipnose de Palco, que é basicamente um show, como visto em programas de TV; a que é feita em outros, conhe-
N° 19
Wal to:
hipnotizar
você
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que a auto-hipnose o curou. “Há quatro anos pratico autohipnose e me dou muito bem. Estou curado de uma insônia e uso a auto-hipnose para dores e concentração”. Empolgado com os resultados, ele é estudioso da área e pretende estagiar voluntariamente em hospitais de Miami, nos Estados Unidos, onde reside.
A palavra Hipnose provem do latim “Hipnos” e significa sono.
suficiente para atuar sobre o funcionamento do corpo.
Hipócrates, Pai da Medicina, já afirmava que “as dores de que padecem o corpo e a alma podem ser vistas com os olhos fechados”.
O médico vienense Franz Auton Mesmer foi o primeiro a usar a técnica da hipnose em tratamentos.
Há provas de que Egípcios, Assírio-babilônicos, Romanos, Azstecas e Mayas já utilizavam a técnica da hipnose para curar enfermidades. No século X, o filósofo e médico iraniano Avicenna pregava que a imaginação tinha força
Em 1843, o médico inglês James Baid publicou o primeiro tratado científico sobre a técnica, intitulando a obra como “Hipnose”. Freud utilizou a hipnose em clínica durante dez anos, ajudando seus pacientes a “pôr para fora” sentimentos reprimidos pela própria mente.
Mitos x Verdades Há vários mitos que envolvem a hipnose. Veja as verdades segundo o Grupo Hipnose Clínica do Instituto Brasileiro de Hipnologia. Mito A hipnose é causada pelo poder do hipnólogo Verdade Para que a hipnose aconteça é necessário interação e confiança. Por isso, depende tanto do paciente quanto do hipnólogo.
Mito Hipnose é sono. Verdade A hipnose não é sono. O paciente não dorme, uma vez que a hipnose é um estágio anterior ao sono. A pessoa ficará relaxada, porém alerta. Mito O hipnotizado pode ficar “preso” no transe e não voltar mais. Verdade Não se fica preso ao transe. O máximo que pode acontecer é o paciente cair em sono e permanecer nele até o momento de acordar, o que é natural quando se dorme.
Mito O hipnólogo controla os desejos do paciente Verdade O hipnotizado não fará nada além do que faria se estivesse acordado. A vontade do paciente não enfraquece.
Mito O hipnotizado revela seus segredos Verdade O hipnotizado terá a oportunidade de relembrar fatos há muito esquecidos (hiperamnésia), no entanto só falará aquilo que deseja e acha seguro.
Mito O estado de hipnose leva à perda da consciência. Verdade O paciente não perde a consciência. Ele estará ciente de tudo o que acontece e ouvirá o hipnólogo.
Mito A hipnose é perigosa. Verdade Assim como qualquer tratamento, se realizada por um profissional capacitado e competente, a técnica não oferecerá nenhum perigo.
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A arte do toque
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09 Camila Serra
Problemas em casa, trabalho, correria, trânsito caótico e contas a pagar. Fatos do cotidiano das grandes cidades e que resultam no tão falado estresse, gerador de esgotamento físico e psíquico. Embora a ciência ainda não tenha encontrado a fórmula ideal para combater esses danos, que atingem pessoas de todas as faixas etárias, uma boa massagem pode ser a solução perfeita e natural para relaxar e devolver energia ao organismo. Reconhecida como um dos
mais antigos métodos de tratamento, a massagem é citada em textos médicos de Hipócrates, pai da medicina, datados de aproximadamente 4.000 anos atrás. São inúmeros os benefícios: alívio de dores e cansaço muscular, relaxamento de músculos tensos, aumento da flexibilidade, melhoria do sono e redução do estresse. O preço das sessões varia de acordo com o tipo de massagem, os aparelhos utilizados e também a clínica escolhida. Os especialistas advertem: é preciso observar com muito cuidado o ambiente, principalmente a higiene. Diferentes mãos O tipo de massagem é definido a partir da avaliação de um especialista. Muitos médicos têm recorrido a massagem como um complemento para os tratamentos tradicionais de doenças como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), mas a técnica ainda é considerada alternativa e poucos planos de saúde cobrem o
serviço mesmo com a indicação médica. É preciso ficar atento as contra-indicações. “Pacientes com quadro de infecção, trombose e problemas nos ossos não devem fazer”, aconselha o clínico geral José Célio Costa. De acordo com a massoterapeuta Sara Silva, os tipos mais procurados de massagem são a drenagem linfática e a massagem relaxante. A drenagem é a mais indicada por cirurgiões após as operações plásticas por ajudar no processo de emagrecimento. A massagem relaxante é indicada para quem procura uma opção mais natural e saudável de relaxamento. “Muita energia é passada através das mãos, o calor que elas transmitem e o tipo de toque é essencial para promover o relaxamento completo”, diz Sara. Não existe idade mínima para receber massagem. Algumas clínicas de Fortaleza já oferecem o serviço para recém-nascidos, com a premissa de que a massagem ajuda a criança a ter um sono mais calmo e duradouro.
A massagem possibilita uma pausa do estresse e um pouco de paz
Foto: Waleska Santiago
Acupuntura: direto ao ponto Saiba Mais
Popularização
Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 09/12/09 Camila Lopes
A Medicina tradicional está aos poucos se rendendo aos bons resultados da medicina oriental, que possui vários recursos terapêuticos usados tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças. A acupuntura, uma das práticas mais populares, vem sendo recomendada por diversos médicos tradicionais como um método terapêutico eficiente para a solução dos mais diversos incômodos: desde dores musculares e asmas até enxaquecas e insônias. O bancário Paulo Eduardo de Freitas, 47, procurou a acupuntura como opção para a solução de um problema em seu pé esquerdo. “Torci o pé quando descia uma escada e passei mais de um ano em tratamentos sem resultados”. Paulo re-
Arte milenar chinesa ganha maior reconhecimento na medicina tradicional e conquista novos adeptos Foto: divulgação
lata ainda que, após imobilizar o pé e fazer inúmeras sessões de fisioterapia e hidroterapia, achava que a dor da torção jamais iria cessar. Foi nessa época que o médico da clínica de fisioterapia que frequentava indicou-lhe que buscasse a acupuntura. “Como não sou fã de agulhas, eu relutei bastante a princípio, mas a dor me convenceu. Para a minha surpresa, com menos de cinco sessões a dor sumiu”, conta Paulo. A aposentada Norma Almei-
da, 78, explica que procurou a acupuntura a partir da indicação de amigas. “Vinha sentindo dores nas costas que prejudicavam muito a minha dormida e algumas colegas minhas estavam fazendo acupuntura pra tratar de dores nas juntas e me incentivaram a tentar algumas sessões”, conta a aposentada. A dor nas costas sumiu, assim como a insônia que a acompanhava. “A médica fez um tratamento específico para a dor nas costas e outro focando na
insônia. Nunca dormi tão bem”, comemora Dona Norma. A pediatra e acupunturista Teresa Cristina Menescal, que se especializou nesta área há sete anos na Uece, fala que, como em qualquer outra atividade ligada à Medicina, é necessário o profissional ficar sempre se atualizando e participando de congressos e cursos de aperfeiçoamento. “Penso em ir fazer um curso na China, Não há melhor lugar para se fazer um curso do que lá”.
A acupuntura existe há mais de cinco mil anos na China e, desde então, vem se firmando gradativamente no Ocidente. A acupunturista Teresa Menescal diz que é muito bom ver médicos tradicionais reconhecendo os benefícios da acupuntura e trabalhando junto com os especialistas da área para melhorar a vida dos pacientes. Planos de saúde já estão reconhecendo a acupuntura como uma especialidade médica, por mais que esse tipo de profissional não esteja totalmente regularizado no Brasil. Ela afirma, porém, que certos cuidados devem ser tomados na hora de os pacientes escolherem um especialista. “Na minha especialização, somente médicos formados podiam participar, mas infelizmente existem cursos que não exigem pré-requisito algum de seus alunos. Esses cursos provavelmente não estão devidamente regularizados”. Há diversos cursos de acupuntura que são ofertados em Fortaleza, mas, para ser válido, o curso deve seguir as normas da Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA), que, por sua vez, responde ao Conselho Federal de Medicina (CFM).
Jornal Classificado dá Notícia - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Centro de Ciências Humanas - Diretora do CCH: Profa. Erotilde Honório - Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Eduardo Freire - Disciplina Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I - Concepção: Prof. Jocélio Leal - Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldeci Tomaz - Estagiária de Produção gráfica: Katryne Rabelo - Conselho Editorial: Professores Beth Jaguaribe e Eduardo Freire - Revisão: Profa. Solange Morais - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Estagiários de Redação: Camila Marcelo e Viviane Sobral.
Confira mais matérias dos alunos da Disciplina Impresso I, semestre 2009.2, pelo blog http://blogdolabjor.wordpress.com
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Viver à base de alface?
Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 11/12/09 Camila Marcelo
É muito comum relacionar vegetarianos a pratos de saladas. Isso porque associam o nome a vegetais. O termo, na verdade, veio da expressão latina “vegetus”, que significa forte, vigoroso, saudável. O vegetarianismo tem suas raízes nas tradições indianas, mas, atualmente, está ligado mais a uma sensibilização aos animais e ao meio ambiente. São poucas as opções nos cardápios. Os restaurantes oferecem comidas que não contêm carne, mas não há variedade. “Existem pouquíssimas opções em Fortaleza. Para quem, como eu, come leite, ovos e derivados, é até um pouco mais fácil. Mas e quem é vegan? Sempre como em casa antes de sair e levo barra de cereal na bolsa para não ‘passar fome’ por aí”, reclama Clara Dourado, estudante de jornalismo da Unifor. Mesmo em meio a algumas piadas e estranhamentos de conhecidos e até de familiares, não para de crescer o número de adeptos da dieta vegetariana. “Em 2004, eu tentei virar vegetariana, mas, como ninguém aqui em casa deu apoio, ficou difícil e não deu certo”, conta Lethícia Angelim, estudante de jornalismo da UFC, que este ano, mesmo com a resistência dos pais, decidiu ser vegetariana. Embora muito se fale sobre os benefícios de se ter uma alimentação à base de verduras, frutas e legumes, o médico naturopático Sthepen Byrnes,
Vegetariano É um regime alimentar que restringe o consumo de qualquer tipo de carne e derivados, como gelatina com base em ossos de animais. O vegetariano verdadeiro, classificado como vegetariano estrito, é o que tem em sua dieta apenas alimentos de origem vegetal. Mas há também aqueles que, além disso, incluem em sua dieta leite e derivados (lactovegetarianismo), ovos (ovovegetarianismo) ou então os dois (ovolactovegetarianismo).
Comer salada ficou associado ao vegetarianismo Foto: FaBiane de Paula
que trata as pessoas através de métodos naturais, apresenta contrapontos sobre esse tema em seu artigo “Os mitos do vegetarianismo”. Ele não nega a importância desses elementos no cotidiano humano, mas diz que a pessoa não deve limitarse a eles, pois há diferentes nutrientes vitais ao homem que só são encontrados em produtos de origem animal. Os tipos Popularmente, dependendo da dieta, o vegetariano é classificado como: ovolactovegetariano, lactovegetariano, ovovegetariano ou vegetariano estrito. Este consome apenas alimentos de origem vegetal. Ele é considerado o verdadeiro vegetariano, apesar de a União Vegetariana Internacional definir o vegetarianismo como “a prática de não comer carne, aves, peixes ou seus subprodu-
tos, com ou sem uso de laticínios e ovos”. Por que ser vegetariano? Muitos adotam uma alimentação restrita a carnes por questões ambientais. Justificam que a pecuária é uma das principais culpadas pela devastação da Amazônia e que o gasto hídrico para criar gados é enorme, sendo superior ao da produção agrícola. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), para produzir 1 kg de carne bovina são gastos aproximadamente 15 mil litros de água, enquanto para 1 kg de soja são gastos menos de 1.300 litros de água. “Eu virei mesmo por motivos principalmente sociais e ambientais. A questão da saúde veio ser só uma coisa a mais de bom”, explica Lethícia. Fora os impactos ambientais, há aqueles que recorrem
a razões de saúde. Uma dieta vegetariana pode reduzir a probabilidade de se ter câncer e ainda é eficaz para equilibrar o nível de colesterol no organismo. A nutricionista e professora da Unifor Laydiane Lima afirma que, quando consumida em porções grandes e variadas, essa alimentação pode trazer resultados positivos. “Os benefícios são, principalmente, o funcionamento do intestino, já que a quantidade de fibras é mais elevada e a gente tem uma grande parcela da população sofrendo com constipação crônica. Além da proteção contra alguns tipos de câncer, por causa de alguns antioxidantes presentes nela, e contra problemas cardiovasculares, por ter menor quantidade de gordura saturada”. Razões econômicas e culturais também são explicações para aderir a essa dieta. Mas uma das motivações mais fortes é o amor aos animais. “Diversos fatores entram nessa equação: questão política-econômica, questão ambiental, questão social, melhoria da saúde, alma e, principalmente, amor aos animais (compaixão)”. Assim justifica Clara o fato de ser há quatro anos ovolactovegetariana. Muitos documentários já abordaram os maus tratos sofridos pelos animais antes de levados ao abate. Um deles é “A carne é fraca”, produzido pelo Instituto Nina Rosa. Esse filme abordou a forma como os abatedouros das regiões Sul e Sudeste do Brasil cuidam dos bovinos. Ele já mudou a visão de muitos brasileiros, fazendo-os reverem os seus hábitos alimentares. “A criação de animais para fins alimentícios nas grandes indústrias não é nada parecida com a prática convencional. As condições as quais os animais são submetidos e a forma com que são tratados não são divulgadas pela mídia, pois a indústria alimentícia gera muito dinheiro. É uma forma desumana de tratar os seres vivos em prol do lucro”, comenta Flávia Grams, estudante de nutrição.
Vegan O veganismo não é uma dieta alimentar, é uma filosofia de vida. Não se resume a apenas não ingerir carne. Ele luta pela inclusão dos animais na sociedade de uma outra forma, como “animais não-humanos” ou “animais sencientes”. Além de serem vegetarianos estritos, os vegans não consumem nenhum produto de origem animal ou que o tenha sido feito de cobaia, como casacos de pele e cosméticos. Não frequentam, também, locais que explorem os animais, como rodeios. Fonte: PHILIPPI, S.T. e col., 1998. Ilustração: Graziela Mantoanelli.
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Precauções
Não basta apenas querer Independentemente de quais questões levam as pessoas a não ingerir carne, é preciso ter alguns cuidados antes de fazer uma mudança brusca no cardápio. Não basta apenas aderir à causa. importante consultar uma nutricionista que oriente como repor, através de outros alimentos, os nutrientes perdidos, como as proteínas e o ferro ricos na carne. Segundo a nutricionista Laydiane Lima, não basta mudar a alimentação. É importante saber qual a quantidade de vegetais ideal para suprir as necessidades orgânicas, além de ser imprescindível verificar se o paciente tem alguma deficiência prévia para algum nutriente.“Se você quer ser vegetariano, deve verificar os seus hábitos alimentares. Não adianta você, que consumia só picanha, farofa e arroz, passar a comer uma grande variedade de vegetais”, afirma Laydiane.
Recomendado para maiores Não existe uma idade mais adequada para tornar-se vegetariano, mas não é indicado para crianças, por estarem em fase de crescimento. A falta de proteínas pode provocar anemia, fragilidade muscular, queda de cabelo, entre outras consequências.“Senti algumas fraquezas inicialmente, pois fui criada comendo carne e tenho propensão à anemia. A partir desse episódio, busquei informações em sites, livros e consultei um nutricionista para adequar meu corpo a essa nova dieta”, afirma Clara. Os principais cuidados que se deve ter numa dieta vegetariana dizem respeito à vitamina B12, só obtida em alimentos de origem animal, e ao Ômega 3, que se encontra em grãos integrais e verduras folhosas, porém em quantias menores comparadas às encontradas principalmente em peixes e ovos. Principalmente para os vegetarianos estritos, é importante recorrer a suplementos. A nutricionista Mariana Barbosa acredita no equilíbrio alimentar. Indica que as pessoas devem atentar a porções adequadas de cada um dos oito grupos que compõem a pirâmide alimentar (ver quadro ).“Se o Ministério da Saúde indica uma pirâmide alimentar, então por que deixar de comer?”, indaga.
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Manual da mãe de primeira barriga
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09 Daniely Pinto
As mães de primeira viagem normalmente se sentem despreparadas no período da gravidez. Por mais que esta tenha sido planejada, sempre vêm as dúvidas. Parto normal ou cesariana? Como curar os enjoos? Quando levar o bebê ao médico? Assim, um pré-natal bem feito é básico. A médica Camila Nunes orienta: “infelizmente não existe um manual, mas com o tempo a mãe vai ser a pessoa que mais conhece seu filho,
que aprende a diferenciar um choro de fome, de cólica, de chamar atenção. Mas isso leva um tempo e, enquanto isso, a mãe deve sempre na dúvida levar sim o bebê nos postos de saúde”. É importante que desde o começo da gravidez a mulher se cuide bem, tenha uma boa alimentação, não consuma álcool, não fume e faça exercícios. Tudo isso influi tanto para a saúde dela como para a do bebê. Tão necessário quanto todas essas medidas são os exames obrigatórios. A realização de um bom pré-natal diminui possíveis problemas na hora do parto. Evitar automedicação também é indispensável, adverte o enfermeiro Rodrigo Faria. “Muitas mulheres costumam tomar remédios sem a prescrição médica durante a gravidez, principalmente por causa dos enjoos, o que é um perigo enorme para o bebê”. Faria sugere refeições leves, muitas frutas, comer menos e
mais vezes durante o dia. Se mesmo assim persistirem os enjoos, deve-se ir ao médico. Ele é o único que pode prescrever medicações. Também é importante depois do nascimento do bebê sempre levá-lo ao posto de saúde. Não se deve confiar somente nos conselhos de vizinhos, fazendo a criança se encher de remédios desnecessários. Há risco de intoxicação grave. A médica Camila Nunes alerta para o perigo disso. “Eu já vi muita mãe chegar com bebê em estado grave no hospital por ter seguido conselho de vizinha. Nós recomendamos que as mães devem sempre ir procurar um pediatra em caso de dúvida e nunca, em nenhum caso, medicar o bebê sem prescrição médica”. Pré-Natal dá segurança Um pré-natal adequado garante uma boa gravidez e um parto mais seguro. É no prénatal que o seu médico pode verificar a saúde da gestante
e do bebê. Em cada consulta, devem ser avaliados: o peso, a pressão arterial e altura do útero da futura mãe. O acompanhamento permite diagnosticar alguma doença ou má formação no feto com antecedência, como também garantir a previsão de quando será o parto. Por todos esses motivos, devem-se seguir à risca todos os cuidados e fazer todos os exames recomendados pelo médico.
Gravidez: ter um acompanhamento médico desde o início permite a futura mãe um parto mais tranquilo e sem riscos Foto: Waleska santiago
Colecionar com prazer
Anúncio veiculado no jornal “O Povo no dia 09/12/09 Helena Toffeti
As coleções, de uma forma mais ampla, foram responsáveis pelo nascimento de museus, de bibliotecas e mesmo de teorias importantes. É o que defende a psicóloga Beatriz Cardoso, 46. Ela alerta para a importância das coleções ao indivíduo e à sociedade. “Darwin também colecionava”, disse se referindo ao
cientista criador da Teoria da Evolução, o qual colecionava, entre outras coisas, esqueletos de pequenos animais. Segundo Beatriz, numa avaliação psicológica, é de grande importância saber se o paciente coleciona algo. Para ela, existem diversos motivos para que uma pessoa comece uma coleção e, por meio de informações como o que se coleciona e o porquê, além de com qual intensidade o indivíduo se dedica à coleção, pode-se dizer muito sobre ele. Homens, mulheres, crianças, quase todo mundo coleciona ou já colecionou alguma coisa. De carrinhos e selos à carros antigos e quadros importantes. O universo de coleções é enorme e conta histórias, não apenas sobre o dono dos artigos, mas também sobre um período ou um lugar. Para o músico Marcelo
Nascimento, 31, colecionador de selos, o interesse começou ainda na escola. Na época, segundo ele, a diversão era trocar selos com os colegas e competir para ver quem possuía os mais raros. A coleção, porém, não acabou junto com os tempos de colégio. “Acho que quando você gosta de uma coisa, quer ter tudo daquilo”, disse o músico que possui também uma coleção de chaveiros, lembranças de viagem suas e de amigos. A infância, segundo a psicóloga Beatriz, é uma fase muito propícia para começar a colecionar. Um exemplo disso é Nicole Pessoa, 10, que começou sua coleção de bichos de pelúcia após ganhar o primeiro ursinho de sua mãe. Nicole, que também já colecionou papéis de carta, diz que faz coleções simplesmente porque gosta. “É divertido”, confessa.
Foto: caMila MaRcelo
Foto: FaBiane de Paula
Nem só de objetos se fazem as coleções. É o que mostra Roberto Portilho, 75, supervisor da Petrobrás por 34 anos. Roberto, aposentado, diz colecionar experiências e memórias. “Eu já percorri esse Brasil inteiro”, conta. De acordo com Beatriz, a atividade de colecionar também pode se tornar um problema caso não exista um controle e um discernimento por parte do colecionador. “Assim como existem coleções que dão origem a museus, existem pessoas que roubam artigos de museus para sua coleção própria”. Segundo a psicóloga, a partir do momento em que a coleção começa a se tornar uma prioridade, a ponto de atrapalhar o trabalho e os relacionamentos, passa a se tornar preocupante, podendo até mesmo ser sintoma de compulsão.
Foto: Waleska santiago
Foto: lucas Menezes
Foto: FaBiane de Paula
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Os profissionais da monografia
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 02/12/09 Bruna Feijó
A monografia consiste no trabalho final de qualquer curso de graduação e especialização. Entretanto, alguns alunos não se sentem capacitados, não têm tempo ou compromisso para fazê-lo, por isso, contratam os chamados “profissionais da monografia”. Além da falta de ética que existe em entregar o trabalho de outra pessoa dizendo ser seu, tanto quem vende, quanto quem compra a monografia está violando as normas administrativas da instituição, além de comenter falsidade ideológica, por omitir a informação de quem realmente é o autor. A pena é de um a três anos e multa. O trabalho destes elaboradores, como são chamados na Internet, não é raro. Muitos alunos os contratam, fazem apenas uma leitura, decoram os textos e apresentam o tema,. Assim fez a professora formada em psicopedagogia, Carla Soares (nome fictício). Ela afirma que resolveu recorrer à compra devido ao con-
selho de uma amiga e por descobrir, também, que a maioria dos colegas da sua pós-graduação comprariam os trabalhos. “Teve uma que sofreu muito fazendo sozinha e disse que só não pagou outra pessoa pra fazer por ela porque não tinha dinheiro”, relembra. Antes da apresentação há um acompanhamento feito por um orientador. Por ele ajudar a escrever a monografia, os alunos precisam mostrar regularmente o andamento do trabalho. Por isso, o elaborador precisa escrever o texto aos poucos para o orientador indicar os erros cometidos. De acordo com a professora da Faculdade Cearense Judenildes Guedes há alguns meios de perceber quando um aluno não faz seu próprio trabalho. O primeiro passo é usar os sites de buscas para ver se foi copiado da Internet. O segundo é reparar se o aluno sabe responder as perguntas básicas que a bancada faz sobre o assunto. O nervosismo de apresentar um trabalho sem estar preparado também é normal para quem está numa situação desta. “Um dia antes da apresentação, o pavor foi tão grande de ser descoberta que desisti de apresentar. No entanto, duas amigas vieram até minha casa e me convenceram”, explica Carla. Juliana Lima (nome fictício) é uma “profissional da monografia”. O seu contato é facilmente encontrado nos classificados dos jornais. Ela afirma que faz a pesquisa por meio de
Saiba Mais
Faça você mesmo Antes de começar • O ponto principal é estudar muito; • Ler livros que deem base para o material a ser escrito; • Ler outras monografias sobre o assunto escolhido; • Fazer um cronograma e atentar para atender o prazo; • Não deixar nada pra última hora; Finalização • Fazer resumo de tudo aquilo que for interessante da pesquisa; • Padronizar o texto de acordo com as normas da ABNT (fonte, tamanho da letra, margem, parágrafos etc.); • Escrever no texto apenas aquilo que tenha a ver com o tema escolhido; A apresentação • Elaborar slides por tópicos, apenas para lembrá-lo do que precisa ser dito; • Abusar nas ilustrações • Estudar muito, quando se tem domínio sobre o assunto o nervosismo diminui; • Depois do resultado, divulgar a monografia onde puder e colocar no currículo.
livros, para os professores não encontrarem o trabalho na Internet. Garante que não precisa da ajuda do aluno e cobra R$ 200 pelo trabalho escrito e R$ 300 quando solicitada a apresentação em slides. Os valores aumentam dependendo de quem faz e podem chegar de R$ 900 a R$ 1.600, levando em consideração se o aluno ajuda ou não. Compra online Outro meio muito usado
como contato entre o aluno e o elaborador é a Internet. Um desses sites funciona desde janeiro de 2002 e recebe propostas de trabalhos fora do Nordeste. Na página inicial são mostradas quatro comparações entre a sua metodologia de pesquisa com a de outros sites. Afirma que cada texto é único, não é copiado. Ele é feito em cima de assuntos estudados nos livros e ainda é editado após a devolução da monografia pelo orientador.
A repercussão negativa na formação do profissional Um dos motivos de haver esta atitude nas faculdades é que muitos professores, participantes da banca, não se interessam em avaliar bem os alunos, como afirma a aluna Carla: “eu não li os livros indicados e fiquei com receio de surgir alguma pergunta que eu não soubesse responder, mas tive sorte porque na hora das apresentações a sala estava muito lotada, então os professores nos davam pouco tempo pra apresentar e eles estavam restritos para fazer qualquer pergunta”. Esta irregularidade traz vários pontos negativos. O principal deles é que parte dos formandos que praticaram este comércio tornam-se profissionais incapacitados em vários segmentos da sociedade. Mesmo aqueles que exercem este comércio reconhecem que há riscos. “Quem contrata este tipo de profissional está perdendo a chance de se qualificar dentro da sua área, isto é, ele deixa de ter uma aprendizagem de qualidade e posteriormente não será um bom profissional”, afirma Carla Soares.
Comércio de milhas é ilegal, mas voa livre
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09 Geovana Rodrigues
Os anúncios de compra e venda de milhas aéreas estão nos jornais e nas páginas de pesquisa da Internet. As regras dos sistemas de milhagem das companhias aéreas, contudo, vedam o comércio das milhas. As milhas são vendidas em pacotes por agências de viagens. Dez mil milhas custam R$ 450,00 mais a taxa de embarque. Os pontos não são transferidos e a agência emite uma passagem no nome
do comprador. “Estou nesse mercado há anos, não há nada de ilegal nisso”, afirmou um anunciante que não quis se identificar. Segundo o regulamento do Fidelidade TAM, os pontos não podem ser comercializados e não são passíveis de herança. O item 1.12 do regulamento do programa Smiles, da GOL-Varig, proíbe qualquer tipo de comercialização de milhas ou prêmios do Programa, sob pena de serem tomadas medidas judiciais cabíveis. O Classificado dá Notícia tentou contato com a TAM, mas até o fechamento desta edição não houve retorno por mail. Função é fidelizar A milhagem consiste na oferta de um benefício aos passageiros por meio de cartões que acumulam pontos ou milhas a cada trecho viajado. A TAM usa números diferentes de pontos para emissão de uma passagem na alta ou bai-
xa temporada. “Quanto mais você viaja, mais pontos você acumula”, diz o discurso de venda da companhia aérea. “É só apresentar seu cartão fidelidade na hora do embarque”, acrescenta. A partir de 6 mil milhas o passageiro pode dispor de seu bônus e viajar pelo País ou para exterior. Outro forma de acumular pontos é comprar com cartões de crédito conveniados às companhias aéreas. Cadastrando o cartão ao programa de milhas, quanto mais se compra, maiores são os pontos para acumular e transferir para o cartão da companhia que escolhida no cadastro. Em geral a cada US$ 1 gasto, ganha-se uma milha. Os pontos são intransferíveis para terceiros. Sendo vinculada às empresas aéreas ou associada a cartões de compra, a milhagem tem prazo de validade. No caso do Smiles, o dono do cartão terá três anos para reverter para uma passagem. Já
no Fidelidade Tam, o prazo é de dois anos. Viagens decolam Com a queda do dólar e a crise internacional, viajar ficou mais fácil. Desde dezembro de 2008, o preço das passagens aéreas vem caindo. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas, as viagens internacionais tiveram uma redução de 24% este ano. O gerente de novos negócios da Casablanca Turismo Alberto Moura afirma que ir para o exterior, agora que o real está valorizado, tornouse mais vantajoso do que viajar pelo Brasil. Passagens aéreas para
go ka santia
Fotos: Wales
i toMaz
/ aRte: aldec
Nova York chegavam a custar R$ 2,2 mil, mas hoje já é possível encontrar por até mil reais mais barato. No período das férias, segundo Alberto, a procura fica ainda maior, principalmente para a Europa e EUA. Então, é só escolher o destino e embarcar.
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SOBPRESSÃO
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NOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009
A venda de CDs e DVDs piratas é uma prática comum no Centro de Fortaleza Foto: Lucas Menezes
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 02/12/09 Lucas Menezes
A compra de softwares piratas se tornou uma prática comum no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), cerca de dois a cada quatro programas usados no Brasil são piratas. O alto preço da licença de uso dos softwares - uma vez que não é possível adquiri-lo propriamente dito, mas sim uma licença de uso - é um dos principais fatores que motivam os consumidores a adquirir essa alternativa ao produto original. A pirataria é a violação dos direitos autorais e acontece quando um indivíduo ou empresa oferece, tanto gratuitamente como por dinheiro, o software por meio de mídias ou disponi-
biliza o programa ou seu número de série pela Internet. A punição pelo crime (ver quadro), tanto para quem compra como para quem vende, é de seis meses a quatro anos de detenção, além do pagamento de uma multa que pode chegar a 3000 vezes o valor do software pirateado. O estudante de comunicação social João Felipe* argumenta que não utiliza do software original principalmente por causa do preço. Programas como o Microsoft Windows, Adobe Photoshop e jogos são muito caros para a realidade brasileira, e, ainda mais, para um estudante. “Talvez, se houvesse apoio do Governo, como a diminuição de impostos para reduzir o preço, compraria o original”, afirma. Para ele, existem dois tipos de pirataria: por meio de downloads na Internet, que é apenas um compartilhamento de dados de graça, e a que contribui para o tráfico por meio da compra de DVDs ou CDs vendidos por camelôs. Ao andar pelas ruas próximas à Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, é fácil localizar a venda de suas cópias. Camelôs expõem, sem a menor preocupação, as mercadorias
falsificadas. Jogos de Playstation 2 são os mais procurados, diz o vendedor que não quis se identificar. Andando mais um pouco, chegando quase à Aldeota, em uma conhecida loja na rua Padre Valdevino, basta perguntar pelos jogos ‘‘alternativos’’ que se é convidado a entrar e vasculhar por si as gavetas abarrotadas de jogos piratas. Os preços não variam muito: R$ 15,00, mas, negociando, pode-se conseguir até pela metade. Nos classificados dos jornais da Capital, também é possivel encontrar essas mercadorias. O analista de sistemas Francisco Vando Moreira discorda da prática. Ele alerta: ‘’ao comprar o software pirata, o usuário tem a sensação de estar ‘burlando’ a lei. Fica exposto e sozinho diante de problemas que podem ocorrer”. Segundo Vando, ao utilizar os programas piratas é comum a perda de informação. “Para um usuário doméstico pode não ser grande problema, mas para um profissional ou para uma empresa a perda de informação é algo que precisa ser visto com muita cautela”.
Camila Marcelo Foto: Lucas Menezes
Alto preço estimula pirataria
Opinião
Libertado pela sociedade Pirataria é em tese crime, não se pode negar. De acordo com o artigo 184, parágrafo segundo do código penal, é considerado violação do direito autoral quando há distribuição, venda, aluguel ou armazenamento de original ou cópia de uma obra, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. Entretanto, a venda de CDs e DVDs falsificados é feita a céu aberto e sem nenhuma punibilidade. Então, fica a questão, por que a pena prevista de reclusão, de um a quatro anos, e multa não é aplicada? Certamente, amigos e familiares, até nós mesmos, já tiramos fotocópia de um livro completo, compramos algum filme em camelô ou fizemos downloads de músicas da Internet. Por mais que seja ilegal, esse fato tornou-se tolerável e, até mesmo, natural em nossa sociedade. Diante disso, o Princípio de Adequação Social é utilizado para arquivar inquéritos contra os casos de pirataria. Segundo esse princípio, formulado pelo jurista alemão Hans Welzel, uma conduta socialmente aceita não pode ser considerada criminosa, embora formalmente ilegal. A teoria de Welzel é um recurso “doutrinário” (não provêm de nenhuma lei) que juízes, promotores, defensores e advogados usam para caracterizar ou não uma conduta como criminosa. A sociedade está em constante transformação e, em cada caso analisado, o juiz deve observar quais foram os fatos e valores sociais que deram origem ao incidente e, não, aplicar a lei puramente como está escrita. Assim explica o jurista Hermann Kantorowicz: “o juiz tem o compromisso apenas com a justiça e age conforme a sua exclusiva convicção, por isso, o juiz não pode ser apenas um especialista em leis que as aplica mecanicamente, mas deve também ter os olhos voltados para a sociedade, a fim de saber interpretar os seus anseios na análise do fato”. As leis devem ser interpretadas e adequadas às necessidades sociais. Afinal, o Direito não é uma ciência exata. Ele deve atender e moldar-se aos interesses da sociedade e, não, o contrário.
(*Nome fictício)
Condomínios investem pesado em segurança
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 09/12/09 Géssica Saraiva e Camila Marcelo
Muros altos, fechaduras nas portas e porteiro nos edifícios não são mais suficientes para intimidar os assaltantes. Aparelhos e serviços de segurança
não são medidas exclusivas a empresas, agências bancárias e locais públicos. São cada vez mais frequentes os casos de roubos e furtos em condomínios, então tornou-se inevitável destinar parte do orçamento pago por meio de taxas a equipamentos de segurança. As famosas câmeras de vídeo agora estão acompanhadas de outras tecnologias, como portões de estacionamento automáticos e, nos prédios mais sofisticados, elevadores liberados por digitais, que permitem ao residente monitorar e controlar a sua utilização. No Edifício Marajaik, no Meireles, várias medidas de segurança foram adotadas para
prevenir assaltos, dentre elas a instalação de cercas elétricas, câmeras e outros aparatos. Segundo o morador José W. Vasconcelos, houve a instalação de uma gaiola de segurança, onde as pessoas aguardam autorização para entrar no prédio e, no dia a dia, o porteiro da guarita fica encarregado de fiscalizar a entrada dos carros e o painel da filmadora. No edifício Piazza Dei Fiore, no Papicu, dentre os investimentos previstos para o período de maio de 2009 a abril de 2010, quase R$2 mil (R$ 1.802,64) foram reservados apenas para as questões de segurança. Tanto instalações de aparelhos, quanto manutenção
de fiação, detectores de presença e câmeras. Com o aumento e a constante procura por medidas de segurança, as empresas especializadas veem uma oportunidade de crescimento e expansão. Segundo o proprietário da empresa de segurança Security Service, Paulo Régis, a procura por artigos de segurança aumentou mais em 2009. Não há mais um público específico, a procura agora é geral. Ele ainda ressalta que as pessoas andam muito preocupadas com a segurança. Então, a procura vai desde o mercadinho no subúrbio até um grande condomínio residencial em bairros nobres. Mesmo com tantas tecnolo-
gias no mercado, alguns condomínios ainda utilizam as velhas cercas elétricas e aspirais. O Residencial Henrique Jorge, no Henrique Jorge, não tem grandes sistemas de segurança, mas conta com o eficiente alerta dos moradores. Quando algum movimento estranho é identificado, os próprios moradores tratam de se mobilizar e avisar. Por mais que se invista em segurança, não há cercas ou câmeras via web que resolvam o problema. Descuidos comuns, como a falta de referência dos empregados e o simples ato de sair para por o lixo no gavetão, deixando o portão entreaberto, podem fazer toda diferença quando o assunto é segurança.
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Motel com descontos
Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 11/12/09 Lucas Pinheiro
Hoje, em Fortaleza, é comum abrir revistas e jornais e se deparar com páginas repletas de cupons de desconto para motéis. Os cupons são uma tática promocional importante no segmento. A governanta e chefe de administração do Dragon Motel – o mais caro da cidade – Marta Lúcia Soares diz que os cupons de desconto aumentam o movimento em mais de 25%. Existem cerca de 250 motéis em Fortaleza. A gerente
do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro, Similares, Turismo e Hospitalidade no Estado do Ceará (Sintrahortuh), Rejane Costa, afirma que o setor vive uma fase de expansão. “Temos cerca de 14 mil trabalhadores registrados e os motéis estão empregando por volta de 30% deles”. Ele diz que os estabelecimentos de grande porte chegam a empregar até 50 pessoas. Assim como os trabalhadores de redes hoteleiras, quem trabalha em motéis tem direito ao piso salarial, que hoje é igual ao salário mínimo (R$ 465,00). De acordo com Marta Lúcia, na rede de motéis da qual o Dragon faz parte, a ideia do uso de cupons de desconto foi do proprietário, José Carlos Carvalho Lima. “Com os cupons tudo ficou mais fácil, porque antigamente a gente trabalhava com cartões de crédito para os clientes que só eram distribuídos em festas, e com os cupons qualquer
pessoa com acesso às revistas e jornais, ou até mesmo pela Internet podem ter desconto, e isso ajuda no negócio”. Quanto ao perfil dos clientes, Marta afirma que antes quem frequentava usando mais os cupons eram os universitários, mas hoje o público mais adulto é a maioria. Os cupons de desconto são aceitos em todos os motéis da mesma rede e podem ser utilizados durante todo o ano, menos no dia 12 de junho, Dia dos Namorados e de lotação. Cartão e fidelidade Muitos motéis ainda utilizam os cartões de crédito com os clientes mais antigos, como é o caso de Fernando Vasconcelos, 25. Ele possui o cartão de crédito do motel Chalex (na BR-116) e afirma que a fa-
cilidade é grande, pois ele pode utilizar esse tipo de desconto em todas as suítes e até para pernoites. “Eu posso colocar quanto eu preferir de crédito no cartão, e quando eu utilizo os descontos são bem maiores que os cupons”.
Os cupons encontrados em revistas e jornais oferecem vantagens para todos os públicos, não só o universitário Foto: Waleska santiago / aRte: aldeci toMaz
Bate-papo por telefone ainda seduz
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 02/12/09
Mesmo com a Internet, os bate-papos por telefone ainda são procurados. Surgido em meados da década de 1990, esse serviço até hoje mantém o sucesso. Os motivos que levam as pessoas a conversarem com desconhecidos são os mesmos para a utilização das salas de conversação da Internet: busca por novas amizades, procura por um novo amor, interação e diversão. A publicitária Renata Santos, 32, conheceu seu namorado por meio de um batepapo por telefone. “Já me cadastrei em vários sites de namoro, mas nada foi tão eficiente quanto o bate-papo por telefone. Conheci quatro pessoas através disso e uma delas estou namorando há quatro meses”, conta. Já o estudante universitário Igor Lima, 27, era usuário desse tipo de bate-papo durante sua adolescência. Para ele, essas conversas ao telefone oferecem vantagens e desvantagens. “A principal vantagem é que a pessoa fica menos inibida. Já a desvantagem é que como não há uma conversa ao vivo, a pessoa está sujeita a todo
tipo de decepção, fisicamente falando”, opina. Ao contrário da maioria dos usuários que procura amizades e romances, o educador físico Valter Arrais, 26, tinha como objetivo principal a diversão. “O que mais me atraía era o anonimato. Para mim é uma diversão barata, pois achava muito engraçado. Muitas pessoas se irritaram comigo por causa de meus comentários. Se você está disposto a participar, tem que estar preparado, porque brigas e ofensas podem acontecer”, recomenda. Chats invadem a telinha Em Fortaleza, a TV União promove chats por meio do envio de SMS de celular. No “Papo União”, telespectadores conversam ao vivo por meio de mensagens enviadas pelo celular e a conversa é mostrada na tela. O publicitário Jonanthas Farias, 27, assistente de marketing da emissora, diz que o público que participa do serviço é bem jovem, na faixa etária de 10 a 17 anos, em média. “É uma interação bem rápida e a pessoa pode ver sua mensagem ao vivo, podendo até fazer comentários sobre o que está sendo exibido na emissora no momento.” Farias alerta que é preciso ter algumas precauções ao participar. “Não se deve passar informações que possam comprometer, como endereço e telefone pessoal, além disso
é preciso ter cuidado em relação a pessoa com quem você está falando”, alerta. Sobre a concorrência com a Internet, Farias acredita que o bate papo por telefone continuará tendo seu espaço. “Os meios nunca deixam de existir. O que acontece é uma segmentação de mercado. Por exemplo, diziam que o rádio iria desaparecer com o surgimento da televisão, mas ele continua firme e forte. Acredito que o telefone tem seu público fiel”. Namoro ou amizade Não é recente essa prática de fazer novos relacionamentos por telefone. Na década de 1970, o Disque Amizade, vinculado à empresa Telebrás, com a linha 24h no número 145, conquistou usuários que queriam fazer novos amigos ou quem sabe encontrar a alma gêmea. Nesse serviço, era possível conversar reservadamente com uma pessoa ou estar em contato com no máximo outros seis participantes ao mesmo tempo, por meio de um cruzamento de linhas telefônicas. O Disque Amizade permite que
ligações de qualquer cidade acessem o serviço, pagando apenas uma tarifa de ligação local. Assim, é possível que o usuário converse com pessoas de qualquer lugar do país. Bate-papos por Internet, via SMS ou por telefone destinam-se para pessoas que querem conhecer alguém ou ter um pouco de diversão. Nessa era das novas tecnologias, esse serviço se moderniza e mantém-se na linha.
gRavuRa: itaMaR nunes
Márcia Catunda
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Copa altera preços no bairro Castelão
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09 Raynna Benevides
Falta quatro anos para a Copa do Mundo no Brasil, mas a confirmação de Fortaleza como subsede do evento já está provocando efeitos sobre o mercado imobiliário da cidade, principalmente nos bairros que ficam próximos ao Estádio Castelão. Donos de imóveis dessas áreas já estão revendo e elevando valores. O aumento de preço já é bastante considerável. No início de 2009, podia-se comprar, no bairro Castelão, uma casa de 62 metros quadrados por menos de R$ 50 mil. Hoje, a mesma casa chega a ser negociada em torno de R$ 90 mil. O metro quadrado de terreno, que no começo do ano custava cerca de R$ 50,00, quadruplicou. Com menos R$ 200,00 é difícil conseguir comprar. E o valor ainda pode aumentar até o ano da Copa, podendo alcançar os R$ 400,00. A vendedora Tatiana Penha, 27 anos, mora próximo ao estádio há dois anos. Ela diz estar muito satisfeita com a valorização e aguarda as mudanças de infraestrutura que estão previstas. “Não penso em me mudar ou vender minha casa. Ao contrário, estou aguardando as mudanças estruturais que vão acontecer aqui. Essas mudanças vão melhorar a qualidade de vida de quem mora nessa área”. As obras de infraestrutura que darão acesso ao Estádio Castelão são fatores responsáveis pela valorização de terrenos no entorno. Em agosto de 2009, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira, tratou do assunto em entrevista ao jornal O Povo. “O Castelão será um bairro com imóveis mais valorizados por conta das obras viárias que serão feitas devido à Copa do Mundo. Devem ser construídas uma ou duas superavenidas para o estádio, além do alargamento da avenida Dedé Brasil, até a Parangaba, da Alberto Craveiro, da Paulino Rocha até a BR-116. Os terrenos ali vão se valorizar estupidamente”, analisa. A avenida Paulino Rocha, uma região marcada por áreas invadidas por Sem-teto, passará por mudanças na ocupação de suas margens. O projeto da
Layout do projeto arquitetônico já antecipa como ficará o bairro do Castelão e o estádio, que irá sediar os jogos de 2014 em Fortaleza
Copa do Mundo 2014 prevê desapropriação das áreas. O mercado trabalha com a expectativa de que o bairro do Castelão deverá receber condomínios residenciais para as classes C e D, além de prédios comerciais. Obras por toda a cidade Embora a valorização dos imóveis atinja, sobretudo, os bairros próximos ao Castelão, as mudanças estruturais para a Copa deverão afetar praticamente toda a cidade. O secretário dos Esportes do Estado, Ferrucio Feitosa, diz que R$ 9,4 bi serão investidos em obras viárias e de transporte em Fortaleza. As áreas mais nobres também receberão melhorias e novos equipamentos. O grande foco será na parte de transportes, que ganha 63,3% da verba de investimentos. Mas ainda serão dispostos recursos para segurança (1,2%), saúde (2,6%), energia e telecomunicações (0,5%), turismo (9%), estádios (4,8%) e saneamento e meio ambiente (18,7%). Além do alargamento de avenidas, está prevista a construção de uma linha de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), a conclusão das obras do Metrofor, a revitalização do Rio Cocó e do Rio Maranguapinho e um novo terminal de passageiros no Porto do Mucuripe, para recepção de navios transatlânticos. Em função da Copa, também será ampliado o Serviço Móvel de Urgência (Samu) e os leitos de UTI e dos hospitais públicos, além de duplicada a área de passageiros do Aeroporto Pinto Martins. O cardápio de investimentos estruturantes agendados para os próximos anos, em Fortaleza, inclui também o Centro de Eventos, o Aquário, reurbanização da avenida Beira-Mar e a requalificação do Dragão do Mar e da Praia de Iracema.
Foto:
divulgação
Saiba mais...
Planos para Fortaleza de 2014 Saiba parte dos projetos que compõem o Plano de Investimento da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014. Estádios Implantação do Edifício Garagem do Castelão com ampliação da área de estacionamento para 4.200 vagas - R$ 100 milhões; modernização e ampliação da estrutura do Castelão para enquadramento no Caderno da FIFA - R$ 297,451 milhões; requalificação do estádio Presidente Vargas com estrutura para 19.500 cadeiras - R$ 54,509 milhões; Meio Ambiente e saneamento Básico Revitalização do Rio Cocó R$ 244,221 milhões; revitalização do Rio Maranguapinho - R$ 439,033 milhões; ampliação do sistema de esgotamento sanitário da bacia do Rio Cocó no entorno do Castelão - R$ 94,892 milhões; implantação do sistema de Estação de Tratamento de Água Oeste-Caucaia - R$ 145,492 milhões; preurbis, Programa de Requalificação Urbana com Inclusão Social - R$ 198 milhões; ampliação e desobstrução da rede de drenagem urbana de Fortaleza - R$ 132,877 milhões; melhoria do Sistema de Abastecimento de Água de Fortaleza - R$ 35,060 milhões; controle de erosão marítima da Beira-Mar - R$ 25,184 milhões; Transporte Recuperação da BR 116 (trecho km 0 ao km 12) - R$ 60,312 milhões; duplicação do Terminal de Passageiros do Aeroporto Pinto Martins - R$ 517,5 milhões; implantação do Terminal de Passageiros do Porto do Mu-
O Aquário do Ceará receberá R$250 milhões para a sua construção Foto: divulgação
curipe - R$ 120 milhões; implantação Linha Oeste do Metrô de Fortaleza - R$ 847,653 milhões; ramal ferroviário Mucuripe/Aeroporto/Parangaba/Castelão - R$ 565,650 milhões; implantação da Linha Sul do Metrô de Fortaleza - R$ 1,806 bilhão; alargamento da Av. Dedé Brasil - R$ 41,592 milhões; implantação do Transfor - R$ 400 milhões; ampliação do Projeto Controle de Tráfego - R$ 39,760 milhões; Segurança Aquisição de viaturas para a Secretaria da Segurança Pública - R$ 34,743 milhões; aquisição de viaturas para a Guarda Municipal - R$ 8,776 milhões; modernização instrumental de apoio a Guarda Municipal - R$ 12,016 milhões; Ciops - R$ 25,513 milhões; Saúde Ampliação do Serviço Móvel de Urgência (Samu) - R$ 4,561 milhões; ampliação dos leitos de UTI - R$ 24 milhões; ampliação dos leitos dos hospitais públicos- R$ 76 milhões; ampliação
do atendimento de urgência - R$ 7,6 milhões; aquisição de ambulâncias - R$ 5,1 milhões; Implantação do Hospital de emergência da Av. Perimetral R$ 15 milhões; Energia/telecomunicações Banda larga no estádio Castelão - R$ 8,924 milhões; suprimento de 22 MVA de Carga no Castelão e proximidades - R$ 21,055 milhões; implantação de turbinas de energia eólica - R$ 12,710 milhões; Turismo Centro de Eventos - R$ 297,580 milhões; Aquário do Ceará - R$ 250 milhões; requalificação da Praia de Iracema - R$ 54,226; urbanização da BeiraMar - R$ 35 milhões; requalificação do Dragão do Mar - R$ 18,7 milhões; projeto de acessibilidade e mobilidade urbana no Centro - R$ 7,270 milhões. Fonte: Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado (http://www.ceara.gov.br/noticias/ governador-apresenta-na-assembleiaplano-de)