Jornal Classificado da Notícia 23

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Calvície. Como se prevenir? Conheça tratamentos estéticos para melhorar a aparência de quem tem queda de cabelo. Página 12

JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR

JUNHO/JULHO DE 2012

ANO 9

N° 23

Bichos. Saiba o que é necessário para se criar um cachorro em casa e como educar seu animal para conviver bem com você. Página 4

Móveis antigos e seus encantos

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 09 /05/2012 Thais Moreira

Em Fortaleza, o mercado de arte está cada vez mais aquecido, e essa nova perspectiva é vista com bons olhos pelos antiquários. Não se sabe ao certo o momento em que isso começou. Alguns acreditam que se deva às novas mudanças ocorridas no estilo de vida das pessoas. Hoje, se compreende melhor o valor da arte, tanto do ponto de vista financeiro quanto artístico. Essa percepção do objeto de arte é muito mais do que a representação de um momento histórico. Por vezes é ligada ao encanto que esse objeto exerce. E um dos objetos que causam esse encanto são os móveis antigos. A colecionadora Marcília Tavares, 69, acredita que as pessoas que compram móveis antigos são movidas por uma paixão. Ela, que não se considera uma colecionadora, garante: “O que menos importa é o valor financeiro do móvel”. Ao mesmo tempo, ela defende que é importante a disseminação da arte. Inclusive uma das suas alegrias é ver um de seus filhos com o mesmo interesse, e é categórica ao afirmar que a arte educa. Adaiu Carvalho, proprietário de um antiquário, afirma que todas as pessoas que se interessam e compram esse tipo de móveis não necessariamente são aquelas com maior poder aquisitivo. Ciro Morais, expert em Arte, pelo Instituto Superior de Arte de Paris, diz o mesmo. Ele defende o valor cobrado pelos móveis. “Não é caro, porque o móvel antigo tem uma história por trás”. Dentre esses compradores, a presença constante e ativa dos jovens surpreendeu os donos de antiquários. “As pessoas ainda não despertaram, de uma forma completa, sobre o que é o objeto de arte, mas estão em processo”, acredita Morais.

Alguns objetos podem chegar ao 60 mil reais Foto: aLan LiMa

Motivo da paixão Os móveis antigos são considerados, por muitas pessoas, como sofisticados. Durante muito tempo, as pessoas que mais adquiriam esse tipo de móvel eram as que tinham um maior poder aquisitivo. No entanto, isso mudou. Hoje, o móvel antigo é visto como algo bonito, funcional e que dura muito mais tempo que os móveis comuns. É o que garante Ciro Morais, expert em arte. A maior durabilidade

dá-se por conta da madeira que era utilizada, uma vez que esses móveis eram feitos com madeira maciça sem a utilização de pregos e sim de encaixes. As madeiras mais utilizadas na fabricação desses móveis eram: Jacarandá, Cedro, Imbuía, Pinho, que hoje estão sob proteção ambiental. Por esse motivo, essas madeiras não são mais usadas na fabricação. Atualmente, é mais comum encontrarmos madeiras feitas com aglomerados de fibras sintéticas e outras fibras, os famosos “Medium-density fiberboard”(MDF). Essa mistura tem baixa densidade por serem fruto de madeiras de reflorestamento.

Serviço

Nada de produtos químicos. Limpar com água é a melhor maneira de cuidar de móveis antigos . Foto: aLan LiMa

Dona Chita Antiguidades (85) 3257-2215

Polylustre (85) 3244-6791

Ciro Antiguidades (85) 3224 5768

D Market Show House (85) 3234-3220

Miranda Comércio de Antiguidades (85) 3234-3220

Móveis Florense Fortaleza (85) 3208-2400


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JUNHO / JULHO DE 2012

Alô, alô, criançada, o palhaço chegou!

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 07 /05/2012

Aldeci Tomaz

“Hoje tem palhaçada? Tem sim, senhor”. É assim que esses profissionais da alegria chegam às festas infantis. Cada vez mais solicitado, o palhaço – que era mais visto em circo – hoje invade os aniversários das crianças, trazendo brincadeiras não só para a garotada, mas também para pais e convidados. A atuação destes profissionais com gincanas e brincadeiras é o que faz a festa ficar mais animada. Para Karla Macedo, jornalista, 30, contratar palhaço para a festa de seus filhos sempre foi uma prioridade. “O palhaço, além de entreter as crianças, dá o ritmo à festa. Começa a recepcionar os convidados, em seguida passa a desenvolver brincadeiras de competição junto com os pais e, por fim, chama todas as crianças para cantar os parabéns e ainda ajuda na distribuição das lembrancinhas”. “Já estive em alguns aniversários sem palhaço. Achei muito triste, é como se faltasse algo . A alegria do palhaço para animar a festa é fundamental”, atesta Karla. A contratação de um palhaço para um aniversário infantil exige alguns cuidados. Dois deles são essenciais: referência do profissional em relação à pontualidade e adequação das piadas e brincadeiras à festa infantil. Esse é um dos principais cuidados, explica Carlos Antônio, 48, mais conhecido como palhaço Macarrão. “O linguajar do palhaço de circo é diferente do palhaço que anima festa infantil. No circo falamos para um público geral: crianças, adultos e idosos. Já no aniversário, o foco é a criançada. Por isso que

Cia Mix da Alegria. Com temas previamente elaborados para cada festa o palhaço Marmota comanda o show

tem que ter cuidado com os palavrões”. Todo palhaço que sai do circo para trabalhar com festa de aniversário precisa fazer um treinamento para adaptar suas piadas e brincadeiras aos eventos, Macarrão defende. Com mais de 37 anos de experiência em festas infantis, Macarrão fala da gratificação em ser palhaço. “É muito bom quando chego em uma festa e vejo o sorriso na cara da garotada. Isso é transformador, vai além do cachê que eu cobro. É uma coisa espiritual, me faz bem ver todas as crianças gritando, pulando e rindo, faz bem para alma, entende?”, conta em tom emocionado. Em uma festa feita pelo palhaço Macarrão, a aniversariante foi tirar uma foto com o avô na beira da piscina. O senhor segurou a neta no braço, mas acabou escorregando e caiu dentro da piscina com a criança. O engraçado foi que o avô ficou com a neta suspensa para não molhar a roupa da garotinha. Preocupados com

a criança, todos se esqueceram do senhor, que estava prestes a se afogar. Depois do susto, todos riram. “Eu também fiquei rindo direto e não consegui mais continuar com as brincadeiras, porque toda hora que eu olhava para o avô, eu começava a rir e todo mundo acompanhava”, lembra Macarrão. Profissionalismo Com 18 anos no ramo de eventos infantis, Márcio Cavalcante, 38, está à frente de uma das maiores empresas nesse seguimento no Ceará. Mais conhecido como palhaço Marmota, Márcio conta com uma equipe de 40 profissionais, que chegam a realizar 12 eventos em um sábado. Para alcançar esse nível, ele explica que sua empresa tem um diferencial, que é a produção de elementos que compõem a peça de cada evento. “A gente não faz apenas a animação, e sim uma produção teatral, com temas previamente

elaborados para cada festa”, acrescenta. O palhaço Marmota já foi contratado, várias vezes, para fazer a festa de aniversário da filha do Didi (Renato Aragão). “Tenho um bom relacionamento com a família dele. Encarei esses eventos com muita naturalidade, porque sempre busquei aprimorar meu trabalho. O reconhecimento e o dinheiro é reflexo disso”.

Como surgiu o palhaço O palhaço clássico, que pinta o rosto de branco e exagera em suas expressões, surgiu no teatro grego há mais de 2.000 anos

Palhaço Macarrão: “gosto de colocar os pais para brincar com os filhos nas festas; essa interação anima mais o evento” Foto: arqUiVo PessoaL

Serviço Na Idade Média artistas passaram a vagar pelas cidades apresentando números cômicos em feiras livres e os melhores conseguiam empregos como os famosos bobos da corte, cuja função era animar o rei.

A trupe de palhaços surgiu em meados do século XVI nos territórios que viriam a formar a Itália. Conhecido como “Commedia Dell’arte” ou Comédia de Arte, o movimento foi responsável pelo surgimento dos palhaços clássicos, dos quais destacam-se Arlequim, Pantaleão e Polichinelo.

Palhaço Macarrão (85) 8715.6814 Cia Mix da Alegria Palhaço Marmota (85) 3261-8946

Fonte :http://hospitalhacos.blogspot.com

Jornal Classificado dá Notícia - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Centro de Ciências Humanas - Diretora do CCH: Profa. Erotilde Honório - Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. José Wagner Borges - Disciplina Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I - Reportagem- Emilly Sousa, Gabriela Trindade, Gizela Farias, Guilherme Custódio, Hamlet Victor, Iago Fechine, Iago Ribeiro, Isabelle Bedê, Lara Brayner, Lígia Franco, Luana Benício, Luana Matos, Lucas Oliveira, Mahamed Prata, Marília Pedroza, Mellyssi Peres, Renata Frota, Rhaiza Oliveira, Thalyta Martins, Vitor Lutif- Concepção: Prof. Jocélio Leal - Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldecir Tomaz - Estagiário de Produção Gráfica: Mayara Andrade - Conselho Editorial: Profs. Janayde Gonçalves, Alejandro Sepúlveda e José Wagner Borges - Revisão: Prof. Antônio Celiomar P. de Lima- Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Estagiário de Redação: Renata Frota

Confira mais matérias dos alunos da Disciplina Impresso I, semestre 2011.1, pelo blog http://blogdolabjor.wordpress.com


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JUNHO / JULHO DE 2012

As inovações das festas infantis Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 20/05/2010 Márcia Rios

O mercado de festas infantis vem crescendo demasiadamente no estado do Ceará. O número de buffets especializados nesse tipo de evento passa dos trinta e a clientela também esta aumentando. Muitos pais se preparam para proporcionar ao seu filho e a eles também uma festa inesquecível. O trabalho artesanal ficou para trás. “Hoje as mães não dispõem de tempo para botar a mão na massa”, conta Dona Maria Medeiros. Hoje com 65 anos afirma que era um prazer organizar a festa de seus filhos. A ajuda de todos e o movimento de pessoas dentro da casa já eram uma verdadeira comemoração. “Eu mesma ficava encarregada de toda a comida e os meus filhos se divertiam bastante,” lembra. Não vamos muito longe. Nos anos 80 comemorar a festa de aniversário do seu filho era bem diferente. A comemoração era feita na casa da criança, com balões de enchimento, língua de sogra, chapeuzinho. São objetos que não se usam mais como brincadeira. Os balões servem para enfeitar o ambiente, enquanto que para crianças nascidas há

três décadas eles compunham a diversão da festa. O momento da distribuição dos balões era o mais esperado. Tudo isso ficou para trás. São poucos os pais que comemoram o aniversário da criança em casa. A cidade de Fortaleza oferece mais de trinta opções de buffet infantil espalhados pelos bairros mais populosos. E, como a vida das pessoas esta cada vez mais corrida, é mais prático deixar por conta de profissionais que dedicam sua vida somente com organização de festas infantis. Essas festas possuem um requinte e envolvem tantos profissionais, que realmente se os pais fossem organizar tudo sozinhos seria bem trabalhoso. Para esse tipo de problema existem as agências de cerimonial de festas infantis. Esse serviço auxilia aqueles que estão com dificuldade para começar a pensar no que fazer. Fatores como o tema da festa, a análise de custos, melhores preços e bons fornecedores do mercado, até a roupa que que a criança vai usar no dia do evento devem ser verificados com antecedência. Tudo é feito minuciosamente. Para os pais que querem desfrutar de uma linda festa, mas não pretendem ter trabalho algum e possuem recursos financeiros, existe o serviço de cerimonial especializado em festas infantis. A especialidade é cuidar de todos os detalhes. Em fortaleza, existem várias opções para esse serviço. Segundo o consultor Felipe Araújo, trabalhar para satisfazer os pais com todo o brilho que envolve uma festa infantil é muito gratificante. Hoje uma consultoria custa a partir de R$ 650,00. “Os pais podem ficar tranqüilos,

procuramos fazer tudo com muita qualidade e compromisso. A festa é realizada de acordo com a vontade dos pais e da criança. Ela pode ser decorada em espaços especializados ou mesmo na casa do aniversariante. Nos adequamos às idealizações de nosso cliente”. Felipe também conta que começou a gostar de desenvolver esse trabalho depois do aniversário de sua afilhada. Há quatro anos se dedica a essa profissão e afirma que o mercado se torna cada vez mais vasto e rico em detalhes. Para aqueles pais que não dispõem de tanto recurso, ou mesmo os que querem uma maior participação na procura de serviços e profissionais, a opção pode ser contratar o buffet e os outros profissionais individualmente. Os pais ou organizadores devem se ater aos inúmeros detalhes que a produção de uma festa infantil pode ter. Dentre essas opções podemos citar algumas como o trabalho dos palhaços, teatro de bonecos, fantoches e mágicos. Há também os serviços como discoteca, salão de beleza e camarim infantil. A mãe Danielle Maia conta que esperou durante todo o ano pelo dia da festa de seu filho Davi, que completou um ano. Cada detalhe foi estudado por ela. Os profissionais também foram escolhidos com bastante cautela. “Pesquisei bastante para encontrar o que pudesse representar melhor esse dia tão especial. Deu trabalho, mas para mim foi compensador”,

Danielle, nos braços de sua mãe, em sua primeira festa de aniversário em 1979. Foto: arqUiVo PessoaL

Em março de 2012, comemorando o primeiro aniversário do seu filho Davi. Foto: arqUiVo PessoaL

afirma emocionada. “A festa do meu filho foi muito diferente da minha. Meu aniversário de um ano foi bem mais simples. Naquela época não havia tantas opções de serviço. Para as crianças não há diferença, pois eles não vão lembrar mesmo. Essas festas grandiosas são feitas para satisfazer o ego dos familiares”, afirma Danielle. De certo o que se pode concluir é que sendo realiza-

da em casa ou em qualquer outro espaço, com profissionais especializados ou não, o importante é que tudo seja feito com carinho e dedicação. A criança precisa mesmo é do amor que recebe das pessoas que vão prestigiá-la no dia do seu aniversário. Que a lembrança da festa sirva para engrandecer ainda mais o sentimento fraterno dos envolvidos na comemoração.

Exemplo de grande público Dentre os buffets infantis mais lembrados em Fortaleza, o Big Day é referência. Com um estilo totalmente desenvolvido para atender e agradar todos os sentidos dos pequeninos, possui uma agenda cheia que por muita vezes deixa frustrados alguns possíveis clientes. Ana Tércia Rodrigues, que trabalha no setor de atendimento a clientes do buffet, afirma que a procura tem aumentado cada vez mais. “Para se agendar uma festa com tranqüilidade é necessário que os organizadores nos procurem com pelo menos oito meses de

antecedência”. O Big Day recebe festas praticamente de domingo a domingo. Durante o dia são cerca de dez profissionais trabalhando para a montagem do evento. No aniversário são cerca de vinte e cinco profissionais entre monitores, manobristas, garçons e serviços de limpeza. O empreendimento opera com preços cobrados por pessoa. O mais baixo é R$ 32,90 onde é oferecido um cardápio de massas. O mais alto é R$ 38,90 com camarão e filé. Dentro desse valor estão inclusas bebidas como água, refrige-

rante e sucos. Salgados diversos, docinhos, pizza, cachorro-quente e crepe fazem parte do orçamento. Os contratantes da festa podem optar por serviços opcionais como mesa de guloseimas, de sorvete e serigrafia. A funcionária também informou que o buffet estará fechado no período que vai de 24 de junho até aproximadamente 30 de julho. “Depois de sete anos de funcionamento constante, resolvemos parar para melhorar ainda mais a acomodação de nossos convidados. Por traba-

Decoração externa do Buffet Big Day com o tema: Grande circo do Davi

lharmos também com festas para colégios, precisamos estar preparados para receber cada vez melhor. Há eventos em que

Foto: arqUiVo PessoaL

recebemos cerca de duzentos e cinqüenta convidados e isso exige uma estrutura impecável.”, atesta Ana Tércia.


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JUNHO / JULHO DE 2012

Cresce procura por modelos infantis

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 13/03/2012 Ahynssa Thamir

A fotógrafa Bebel Santos, mãe da modelo Yasmin Correia, de 6 anos, conta que a filha adora ser modelo e já acorda fazendo pose. “Adoro me maquiar e o mais difícil eu já sei fazer: passar batom”, diz a pequena sapeca modelo. Hoje os pequeninos também ditam o mercado da moda, pois o nicho movimenta muito dinheiro, gera várias oportunidades de emprego e cria tendências. Tudo muito parecido como na moda adulta. E, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), a moda para crianças é vista como um segmento promissor, pois representa pouco mais de 20% do mercado de roupas no Brasil (18% com a moda infantil e 5% com a moda bebê). De acordo com a associação, o setor produz mais de 900 milhões de peças por ano e tem evoluído em seu faturamento. Isso se justifica pelo crescimento da economia brasileira que proporcionou aos vários segmentos da população, que não tinham acesso à compra de novidades em moda infantil, a oportunidade de também se renderem aos produtos pensados especialmente para as crianças. Por este motivo, a carreira de modelos infantis se tornou tão próspera. Segundo Dolores Aragão, diretora da agência Dolores Aragão Models, o modelo mirim nunca foi tão requisitado quanto agora. “Crianças e bebês começam a brilhar

Yasmin Correia se diverte em seu ensaio fotográfico

em campanhas publicitárias e passarelas cada vez mais cedo. Além disso, antigamente os pequeninos realizavam apenas campanhas de produtos infantis, enquanto nos dias atuais é comum ver crianças figurando em catálogos, capas de revista, outdoors e comerciais de bancos ou telefonia”, atesta. A psicóloga Rosa Brito lembra que esta atividade é muito saudável para a criança, desde que os pais não imponham suas vontades sobre as do filho. “O desejo pode não partir da criança e ela, ainda assim, aproveitar de forma saudável essa profissão. Assim como pode ser algo que parta dela, mas que se transforme em algo adoecedor.” Rosa explica que o interessante é fazer com que a criança se divirta com a situação e não encare essa atividade como algo obrigatório. E adverte que é preciso tomar alguns cuidados. “A criança também deve ter espaço para realizar suas atividades cotidianas como

Foto: BeBeL santos

brincar, estudar, ter um tempo livre, ter contato com os amigos, entre outros. O trabalho não deve impedir que a criança viva sua infância”.

Sarah Rebecca em mais um de seus trabalhos Foto: tirCiannY araÚJo

Artigo

Diversão ou obrigação? “Adoro desfilar porque a minha mãe pinta as minhas unhas e compra muitos ‘ocules’ escuros. Gosto de vestido rosa e lindo, de pintar os olhos e de batom rosa”. Sarah Rebecca tem apenas 2 anos e modela desde os nove meses. E Sua mãe conta que ela se sente uma princesa. “As agências e os fotógrafos são atraídos por ela e pelas suas roupas muito criativas”, revela a mãe coruja. Com a moda infantil em alta, muitas crianças estão trabalhando como gente grande nos desfiles e publicidades. Os modelos são mais procurados quando a economia está aquecida e, desta forma, os investimentos em publicidade são maiores, como ocorre em datas comemorativas. Dolores Aragão conta que as vagas surgem, geralmente, para bebês a partir dos primeiros meses de idade, que começam atuando para catálogos e figurando em comerciais. Já as crianças acima de um ano, além dos catálogos, Lôrrane Mendonça

Crianças consumistas O consumo é a principal característica cultural da sociedade atual. A modernidade, os avanços da tecnologia têm grande influência nesse aspecto. A mídia também influencia esse consumo, principalmente a que é veiculada para o público infantil, já que os pequenos não têm uma noção exata do que é esse consumo. A criança não nasce consumidora, ela é moldada de acordo com o que a sociedade impõe e a família vai deixando levar. Brincar

ou comprar? Eis a questão. Bastam trinta segundos para uma criança se encantar por uma determinada marca. A família que não sabe impor limites aos filhos se depara com um grande problema: o consumo pode se tornar doença. É bastante complicado. 80% da influência de compra dentro de uma casa vem das crianças. É o que aponta o documentário “Criança, a alma do negócio”. Psicólogos alertam que o grande problema é que os pais não conversam com seus filhos, não

ocupam o tempo com outras atividades, além de Tv, videogame, computador...e a mídia fala com essas crianças todos os dias, a todo momento. Outro fator bastante preocupante é a chamada “amolação”. Trata-se exatamente desse jogo de sedução que os filhos fazem com os pais, que não conseguem dizer ‘não’ para quem eles amam. Devido à correria do dia a dia, os pais passam pouco tempo com a família e por isso acabam cedendo aos pedidos dos queridinhos.

Além do consumo em si, a situação fica mais complicada quando a preferência por aparelhos eletrônicos, como celulares, computadores, Iphone, Ipad cresce. Isso se dá porque as crianças estão inseridas numa sociedade de consumo e não estão imunes às transformações tecnológicas. O fato é que os pequenos se desenvolvem em uma ambiente em que consumir ocupa um papel muito relevante nas relações sociais.

participam também de desfiles, comerciais e vídeos institucionais com pequenas falas, atingindo o pico entre cinco e seis anos. Seguem assim até os doze anos, quando começam a surgir trabalhos mais complexos em alguns casos, até no exterior. Rosa Brito defende que não há problema em desejar que o seu filho seja famoso, mas é importante que os pais estejam sempre atentos às manifestações da criança acerca deste tipo de trabalho (sejam positivas ou negativas) e atuem no sentido de preservar seu filho. Camilla Oliveira, mãe da modelo Sarah Rebecca, sabe bem disso. “Tenho uma grande paixão por moda e sempre quis que ela desfilasse. Na primeira vez que a Sarah desfilou, ela já se divertiu, e isso colaborou pra que eu a levasse mais vezes pra desfiles. A Sarah sempre gostou de fotos e nunca deu trabalho pra fazê-las. Se um dia ela não quiser mais, eu a apoiarei, pois quero ver minha filha feliz. Mas, como ela ainda é novinha, ainda vê isso como uma diversão e não como obrigação”. Para a psicóloga, em primeiro lugar, deve estar o desejo da própria criança e se ela se sente bem executando o trabalho. Para isso, a melhor maneira de evitar problemas que a profissão possa envolver é com o apoio contínuo da família. Com bom senso e respeito pela criança, a vida como modelo pode ficar na memória dela apenas como uma experiência divertida. E é exatamente assim que deve ser. Saiba mais

Dicas para as mães Antes de fechar um contrato, investigue a idoneidade da empresa; O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos (SATED) sugere que as agências cobrem de 30% a 40% de comissão sobre o cachê de cada trabalho; A maioria das agências não exige exclusividade. Segundo a legislação, o compromisso, seja com a agência, seja com o cliente, só vale mediante pagamento de salário antecipado; Profissionais responsáveis respeitam a rotina da criança, como os horários de dormir, comer e estudar; Sempre acompanhe seu filho. Se você não puder acompanhalo, peça que alguém de confiança o leve; Diante de imprevistos, seu filho não é obrigado a cumprir o trabalho, pois os contratos não preveem multa.


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JUNHO / JULHO DE 2012

Disco de vinil é passado e presente

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 15/05/2012 Vitória Matos

Os apaixonados pelo som do disco de vinil ainda possuem refúgio na capital cearense. O Bar do Vinil é um dos estabelecimentos que animam os fins de semana em Fortaleza, porém com um diferencial marcante. O conhecido bolachão é exclusividade no bar. Para os fãs de vinil, o som do bolachão é incomparável e o prazer ao ouvir uma boa música em uma vitrola é indescritível. “Aqui eu posso matar a saudade dessa sensação tão boa, que só acontece quando eu escuto um vinil. E aqui, vinil tem de sobra.” é o que afirma Elinete Roque sobre o Bar do Vinil. Pinheiro Bahia, proprietário do lugar, se considera um apaixonado por vinil. Ele divide essa paixão com sua esposa Socorro Pinheiro, mais conhecida como Pequena. O bar, que começou em um impulso, hoje é um ícone de preservação da música de vinil na cidade. “Há uns 15 anos, falei pro Pinheiro que queria abrir um bar. Criar um lugar

O acervo de aproximadamente 10 mil vinis, conta com raridades da música mundial.

legal, para as pessoas poderem escutar música boa. Sempre fomos apaixonados por vinil, então pensamos em criar um local para compartilhar essa nossa paixão com outras pessoas. Juntamos uns 10 vinis que tínhamos na época e abrimos o bar. Olha só no que deu”. relata a animada empresária. Atualmente, o bar conta com um acervo de quase 10

Elinete Roque

Aqui eu posso matar a saudade dessa sensação tão boa, que só acontece quando eu escuto um vinil Frequentadora do Bar do Vinil

Foto: Vitoria Matos

mil discos, todos eles bem cuidados por um aficionado colecionador. “Tenho carinho por cada um dos vinis. Tem alguns aqui que eu não vendo por dinheiro nenhum no mundo. Pra mim, vinil é arte.” declara. O estabelecimento tem um cenário aconchegante e familiar, e isso se deve principalmente à simpatia com que Pinheiro e Pequena administram

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Os 10 vinis mais vendidos em 2011

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o local. Além de acolhedor, o bar prega a democracia. Qualquer um pode trazer o seu LP, ou escolher uma música ou um cantor favorito para ouvir. “Aqui quem manda é o cliente. Você pode ouvir o que quiser, é só pedir.”, endossa Pinheiro. O bar se situa próximo ao Terminal da Lagoa e está aberto aos finais de semana a partir das 22:00 horas.

2 Freet Fox Helplessnes Blues (29.700)

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3 Bon Iver Bon Iver (27.200)

6 Adele 21 (16.500)

4 Mumford & Sons Sigh No More (26.800)

7 Bon Iver For Emma, Forever Ago (16.200)

Radiohead The King of Limbs (20.800)

8 Wilco The Whole Love (14.900)

The Beatles Abbey Road (41.000) 9 The Black Keys Brothers (14.200)

10 The Black Keys El Camino (13.800)

O surgimento do vinil Em 1887, Émile Berliner, um alemão radicado nos Estados Unidos, criou um aparelho capaz de reproduzir e gravar áudio, conhecido como gramofone. Esse aparelho reproduzia os chamados “discos de goma-laca” (78 rotações), também desenvolvidos por Berliner. Tais discos recebiam esse nome por serem fabricados com esse material. A goma-laca dava uma propriedade rígida, vítrea e extremamente frágil para os discos. Contudo, esses discos eram o único meio de armazenamento de áudio até 1948. No ano de 1948, Berliner cria o LP (sigla para long play). Esse novo modelo de disco é mais maleável, durável e resistente. Porém, a grande vantagem do LP em relação ao disco de 78 rotações, é a de que o LP possui maior capacidade de armazenamento. Além disso, há uma melhor qualidade no áudio, e a arte presente nas capas dos LP’s. No início da década de 1990 surgiu o CD (sigla para compact discs), que trazia mais durabilidade, melhor qualidade sonora e uma maior capacidade de armazenamento, o que tornou os vinis para muitos ultrapassados.


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JUNHO / JULHO DE 2012

Metro quadrado chega a R$ 5,6 mil

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 27/06/2012 Marina Freire

Que o mercado imobiliário de Fortaleza está aquecido, não é mais novidade. Porém, no segundo semestre de 2011 atuou de forma mais delicada, fazendo de Fortaleza a capital que tem um dos mercados mais equilibrados do Brasil. Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (CRECI-CE), Apollo Scherer, isso é bom para o mercado, pois ele cresce equilibradamente e não de forma desenfreada. O crescimento do preço no setor imobiliário não impediu que também aumentassem o número de pessoas interessadas em adquirir imóveis. O bairro da Aldeota é um dos mais valorizados da cidade. Ali o valor médio do metro qua-

Entre os bairros mais procurados estão: Aldeota, Meireles, Papicu, Cocó (foto), Porto das Dunas e Guararapes. Foto: Ana Beatriz Vieira

drado chega a atingir a marca de R$ 5.649,00, segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e Condomínios Residenciais e Comerciais do Estado do Ceará (Secovi). E isso tudo em função da retomada do financiamento, com prazos maiores, que esteve doze anos fora do mercado imobiliário, além do crescimento da renda da população. Os outros bairros mais valorizados, segundo o

Secovi, são: Porto das Dunas, Meireles, Cocó e Guararapes, onde os preços de metro quadrado vão de R$ 5.048,00 a R$ 4.347,00. Apesar da grande procura e do aumento de imóveis e vendas, para o corretor Francisco Aristeu Henrique Filho, não existe “bolha” nesse mercado. “Ainda existe um déficit habitacional muito grande em Fortaleza, por isso essa grande movimentação no mercado deve continuar nos próximos

anos”, acredita. A área que mais vem crescendo dentro de Fortaleza é a área Sul, que engloba bairros como, Edson Queiroz, Cidade dos Funcionários, Luciano Cavalcante, Água Fria, Sapiranga e Cambeba. “A expansão é para o Sul, que seria para o lado da Av. Washington Soares e do Cambeba, por ter mais áreas e terrenos disponíveis, e sere liberado pelo plano diretor”, conta Aristeu. Essa procura por imóveis na região Sul de Fortaleza ten-

de a continuar crescendo, uma vez que os bairros da área são independentes, possuindo empreendimentos como shoppings, escolas, bancos e supermercados, entre outros. “É visível o crescimento dessa área, primeiramente pelo comércio e depois, em conta disso, no aumento de imóveis”, conta a dona de casa Maria Lígia, que mora na cidade dos funcionários há 20 anos. “Antes, eu me sentia muito longe de tudo na cidade, agora eu tenho tudo perto de mim”, declara. Falando em crescimentos, já era esperado que o Castelão se tornasse um bairro com imóveis mais valorizados por conta das obras viárias que serão feitas devido à Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil. “Também vai aumentar a busca comercial, para agregar todo o aparato que vai ser deixado pela obra do Estádio Castelão”, analisa o corretor. “A infra-estrutura para atender ao torcedor da Copa vai valorizar também os imóveis da Praia do Futuro”, conclui. Muitos lançamentos, construções, déficit habitacional alto e financiamentos com prazos maiores, o mercado continua com força total e tende a continuar assim o resto desse ano, dando continuidade aos bons resultados de 2011.

Crescem vendas de imóveis de luxo

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 27/06/2012

Mirely Costa Nos últimos anos, o mercado imobiliário de luxo vem crescendo no Brasil. No Ceará esse cenário não é diferente. Fatores como o aumento do poder aquisitivo dos cearenses e os financiamentos facilitados contribuem para esse avanço. As pessoas não só vivem mais. Também querem viver melhor. E, em consequência disso, crescem os imóveis de luxo na região. Antes, esse tipo de construção só ocorria nos bairros Aldeota e Meireles, porém a atual realidade tomou novas proporções. Devido à escassez de terrenos desses bairros e ao crescimento e valorização de outros, os empreendimentos de luxo vêm invadindo o Cocó, a Água Fria e a região do Guararapes.

Localização nobre, tamanho acima de 150m2, acabamentos finos, equipamentos de lazer como piscina aquecida, quadra de tênis, coleta de óleo da cozinha, central de água mineral, energia eólica ou solar, três ou mais vagas de garagem e iluminação automatizada são algumas características de empreendimentos luxuosos. Para Silvio Oliveira, vice-presidente administrativo da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), o investimento em acabamento e o crescimento exponencial da economia no Ceará resultam em investimentos altos das construtoras e imobiliárias. “O Ceará está bem servido de incorporadoras de alto padrão, empresas de gabarito internacional. Um dos diferenciais ficará no âmbito da qualidade dos acabamentos, que será, em muitos casos, mais importante que a própria dimensão de um imóvel”, acredita. A média de preço desses imóveis em Fortaleza é de R$ 2 milhões. Segundo Rômulo Vasconcelos, gerente do setor de lançamentos da César Rêgo, o preço do m² destes imóveis está variando entre R$ 6.500,00 e R$ 7.000,00 na região do Meireles. “O acabamento luxuoso e os am-

R$ 2 milhões, é a média de preço dos imóveis com esse padrão, em Fortaleza

bientes espaçosos, não são o principal fator a determinar o valor da casa. Em geral, a localização é o que mais pesa na hora de dar preço a um imóvel de luxo. As construtoras estão aprimorando seus projetos e aproveitando grandes áreas de terrenos em áreas como a do Parque do Cocó, dos Guararapes e do bairro Água Fria.”, explica.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Expectativas De acordo com Silvio Oliveira, a expectativa é que o mercado cearense cresça de forma significativa. “Porque realmente existem no Ceará produtos imobiliários de alto padrão, sobretudo apartamentos e casas”. O censo de 2010/IBGE mostra que Fortaleza está crescendo nas zonas sul e leste. Responsável por parte do crescimento da economia

estadual, Fortaleza vem se consolidando em termos econômicos e com tendência de continuar crescendo. O segmento mais alto da sociedade sempre anseia por diferenciais, e por conta desta crescente economia, novas levas de cidadãos estão sempre subindo de classe. O mercado tem de acompanhar e dar respostas através de produtos cada vez mais inovadores.


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JUNHO / JULHO DE 2012

Tsunami no Brasil, Medo Anunciado Mar revolto, Beira Mar FOTO:

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 01/05/2012

Mariane Morales

A erupção de um vulcão nas Ilhas Canárias, na Espanha, pode gerar um Tsunami que afetaria o Brasil e destruiria o litoral cearense. O Tsunami que possivelmente atingirá o Brasil pode ocorrer a qualquer momento, mas depende de condições extremas para acontecer, segundo pesquisadores. Em contrapartida, a vidente Irmã Silvia que garante trazer a pessoa amada em 13 dias, não hesita ao responder que não sabe o

que vai acontecer. “O futuro só Deus sabe e as pessoas têm que respeitar mais a natureza”. O estudo que gerou a polêmica sobre a ocorrência de um Tsunami que chegaria ao Brasil foi realizado pelo professor da Universidade de Barcelona, Miguel Canals. Em seu artigo científico ele explica o que descobriu através de pesquisas geofísicas sobre o fundo do mar das Ilhas Canárias, na Espanha. O professor observou que em seu local de estudo existiam grandes massas de deslizamentos. “Estudando todas as ilhas eles viram que, no passado, a evolução da caldeira do vulcão Cumbre Vieja, localizado nas Ilhas Canárias, foi o deslizamento de sua metade e, fazendo uma previsão pro futuro, observaram um deslocamento vertical significativo” explica o diretor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), antigo aluno de Miguel Canals, Luis Parente. Analisando a massa de rochas e o desnível presentes nas Ilhas Canárias, junto a um des-

A falta de investimento em equipamentos de prevenção O Brasil não possui um sistema de prevenção contra Tsunamis, pois em nossa região não temos a ocorrência de abalos sísmicos responsáveis pela geração desse fenômeno, porém existe a possibilidade deste ser gerado em outro continente e se estender, atravessar o Oceano, e atingir nosso país. Segundo o diretor do Labomar, Luis Parente, se há a probabilidade de uma onda gigante atingir o Brasil, apesar de mínima, é melhor prevenir do que sofrer as conseqüências. Para ele, o ideal seria que tivéssemos uma bóia, como existe no Japão e nos Estados Unidos, por exemplo, capaz de detectar a onda gigante, um aviso prévio que dê tempo de fuga para a população. Essa bóia é uma tecnologia que detecta alterações bruscas da altura do nível da água do mar e

locamento vertical de metade da caldeira do vulcão Cumbre Vieja, há a probabilidade da geração de um Tsunami de grandes proporções que poderia atingir o Brasil, a América Central e a América do Norte. A probabilidade é mínima Segundo o Oceanógrafo Carlos Teixeira a probabilidade de essa onda gigante acontecer é mínima e a população não deve se preocupar. “Para esse Tsunami ser gerado nós teríamos que ter condições extremamente especiais. Teríamos que ter uma erupção abrupta desse vulcão, um deslizamento grande que teria que ocorrer em uma determinada área e a uma determinada velocidade. Se essas condições ocorressem, nós poderíamos ter um Tsunami. A simulação de propagação da onda gigante mostra que depois de seis horas de seu início, o Tsunami chegaria à Fortaleza. “A onda formada viria se propagando na direção de Fortaleza. Chegaria então, uma

depressão de dezenove metros e depois um pico mais alto de dezoito metros de altura. O que significaria que todos os barcos que estivessem ancorados no porto do Pecém ou no porto de Fortaleza, pela amarração,

iriam virar e depois o mar iria jogar esses navios em cima do porto” ressaltou Luis Parente. Ainda segundo o diretor do Labomar, esse fenômeno ocorre ao longo de toda a história, mas nem sempre é compreendido, porque a propagação dessa onda é muito rápida. “Não teríamos tempo de resposta imediato, porque nós nunca nos treinamos e nunca nos imaginamos com isso.” Além disso, a onda gigante se estenderia até um quilômetro dentro do continente, ou seja, o Tsunami destruiria toda a parte litoral Beira Mar e Praia do Futuro atingindo principalmente, os bairros Meireles, Aldeota e Leste-oeste. A onda afetaria também todo o litoral Norte do Brasil segundo as simulações do estudo. O estudo de Miguel Canals vai além da simples profecia de um Tsunami que devastaria o aís, ele comprova através de pesquisas geofísicas a possibilidade da ocorrência de uma onda gigante que atingiria o litoral Brasileiro, porém sem previsão de data para a ocorrência.

Luis Parente

“Não teríamos tempo de resposta imediato”

Diretor do Labomar

Simulação de propagação do Tsunami

Foto: arqUiVo PessoaL

Saiba mais

1-A abertura causada por um tremor no leito do mar empurra a água para cima, dando início à onda. 2- A onda gigante então se move nas profundezas do oceano em altíssima velocidade. 3-Na medida em que se aproxima da terra, a onda perde velocidade, no entanto fica mais alta. 4-A onda então avança por terra, arrasando tudo em seu caminho.

Bóia detectora de Tsunami Foto: DiVULGaÇÃo

contribuiria não só para o aviso de Tsunamis mas também para outros estudos. “Ela também serviria para poder estudar alterações climáticas, mudanças de pressão e uma série de outros fatores” acrescentou o diretor do Labomar, Luis Parente.

Simulação da formação de um Tsunami

Foto: DiVULGaÇÃo

Um Tsunami é uma onda gigante ou uma série de ondas causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, como um oceano ou um lago. Os Tsunamis geralmente são ocasionados por abalos sísmicos, mas podem atingir locais improváveis pela possibilidade de sua propagação de um continente a outro em questão de horas atravessando os Oceanos.


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JUNHO / JULHO DE 2012

O amor na terceira idade

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 03/03/2012 Louise Mezzedimi

Os idosos são hoje cerca de 18 milhões de pessoas, 12% da população total do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2010. Muitos deles procuram um companheiro para dividir o tempo, para compartilhar as alegrias e as tristezas e principalmente para viver aquilo que é a busca incessante de uma vida: o amor. Segundo pesquisa realizada pelo gereontólogo americano, Richard Schulz, as pessoas mais velhas têm experiências de emoção e afeto mais ou menos com a mesma intensidade das pessoas mais jovens. Quando a idade chega, o corpo já passou por uma série de transformações, a visão

Moacir Bedê (84), viúvo do primeiro relacionamento, está casado com Eduanir Pamplona (54) há seis anos. Foto: Alan Lima

da vida mudou completamente diante das experiências e as relações já não são mais conduzidas da mesma forma. Mas todas essas alterações que acontecem naturalmente refletem no modo como o amor é vivido nesta fase. “O amor é um sentimento juvenil, fugaz e que o tempo acaba transformando em admiração e respeito. Com a maturidade, o amor se modifica.

O relacionamento entre um homem e uma mulher se mantém constante e saudável no compartilhamento dos direitos e deveres de cada um, admirando e respeitando um ao outro.” As palavras são de Moacir Bedê, 84, que ficou viúvo após 55 anos de casado e hoje em um novo relacionamento, defende que as pessoas precisam de alguém para compartilhar os problemas, conversar e

dividir as alegrias e as tristezas da vida. Já Elfio Mendes, 68, e Osvaldina Alcântara, 73, encontraram-se depois dos dois terem se separado do primeiro casamento. O namoro começou em uma fase em que os filhos já estavam criados e as carreiras profissionais estáveis. Para ele, “a experiência adquirida na vida faz com que o amor seja mais seguro. A confiança em si e no com-

panheiro, torna-o mais completo e libertador. A cobrança fica sem espaço e o que realmente vale é aproveitar cada momento e dar e receber carinho e afetividade”. Osvaldina, companheira de Elfio há 25 anos, partilha da mesma visão. Ela diz que nesta época da vida, o relacionamento é totalmente diferente. Além de curtir os netos e trabalhar, os dois são companheiros de vida. Gostam de viajar, ir à cinema e teatro. Divertem-se sempre aproveitando a companhia um do outro. Diversão Hoje são muitos os programas com atividades voltadas para a Terceira Idade ou Melhor Idade como os especialistas preferem chamar. São bailes, bingos, esportes. Em todos acontece muita paquera e namoro. Esses grupos têm como objetivo proporcionar lazer e distração para as pessoas com mais de 60 anos. Maria Alves, 70, e Expedito Santos, 85, se conheceram no grupo de atividades esportivas para idosos, promovido pelo Corpo de Bombeiros. A paquera começou na hidroginástica e após três meses de namoro resolveram morar juntos. “Nós dois vivíamos sozinhos, cada um na sua casa. Foi quando resolvemos nos juntar. Hoje não há mais lugar para a solidão,” comemora Maria Alves.

Massoterapia auxilia no bem estar diário

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 14/03/2012

Lidiane Leite Macêdo Almeida

Massagem para aliviar o estresse, o cansaço, até mesmo uma simples dor no corpo. Mas, e quando a questão fica séria e começa a atrapalhar a saúde, tanto física quanto mental? As massagens terapêuticas são realizadas em pessoas que realmente têm a necessidade de algo que vai além do relaxamento e estética do corpo. Para quem quer ser um especialista na área, não basta ter conhecimento de técnicas comuns, e sim mais amplo da anatomia do corpo humano, saber os pontos corretos para as dores e tensões serem tratadas da forma mais adequada. Existem cursos técnicos para a formação desse profissional, alguns com duração de até dois meses, já que a disci-

Massagem terapêutica ajuda no desenvolvimento de um corpo saudável Foto: Divulgação

plina foi retirada do curso de Fisioterapia. Qualquer fisioterapeuta pode trabalhar com massoterapia, mas nem todos são capacitados o suficiente. Drenagem

Talvez você ache que não conhece nenhuma técnica utilizada pelo massoterapeuta, mas com certeza já ouviu falar em Drenagem Linfática, que é indicada para casos onde ocorre acúmulo de água no corpo. Muita gente procura fazer a drenagem com o objetivo de

emagrecer, mas esse não é o efeito principal dessa técnica. O emagrecimento pode ocorrer caso o excesso de peso de algumas pessoas seja causado por essa retenção. Uma grande vantagem da drenagem é que ela colabora na prevenção das assustadoras celulites. Outra técnica muito conhecida é o Shiatsu, que usa uma abordagem semelhante à da acupuntura. O massoterapeuta aplica pressão em partes específicas do corpo, que serve para melhorar a circulação sanguínea e a postura, entre ou-

tros efeitos, fortalecendo o funcionamento dos órgãos. Para os jovens e idosos

É comum a procura de um massoterapeuta quando o paciente sente algum tipo de dor, mas a incidência maior é quando ele está cansado, com má digestão, além de outras causas. No caso dos jovens, por exemplo, eles vão a procura desse profissional geralmente devido a pressão dos estudos. Uma pesquisa indica que a massoterapia pode aliviar os sintomas da Tensão

Pré-Menstrual, a famosa TPM, por proporcionar relaxamento e bem estar. São várias as técnicas que podem ser utilizadas para esse caso: a drenagem e o shiatsu, já citadas, e uma massagem relaxante conhecida como anti-stress. André Gonçalves, um senhor de 76 anos, frequenta uma massoterapia, no shopping Aldeota, todos os dias, durante uma hora, por queixar-se de muitas dores. Claudiana Tavares, massoterapeuta, conta que é preciso ter mais paciência e leveza ao fazer massagem em idosos,“eles sentem mais pressão”. As pessoas da terceira idade são, em sua maioria, sedentárias, devido aos problemas de saúde que aparecem: artrite, problemas respiratórios, além de que muitos preferem se isolar, e descuidam de si próprios. O profissional precisa ter um contato direto com o paciente, mostrar interesse e preocupação com ele, porque isso faz parte do processo de recuperação e restabelecimento do idoso. Se você se interessou, aqui em Fortaleza existem vários locais onde elas podem ser encontradas, principalmente em shoppings e até nas praias. É necessário que você saiba se a pessoa é realmente especialista, pois uma massagem malfeita pode gerar danos a sua saúde.


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JUNHO / JULHO DE 2012

Ensinar, uma opção para imigrantes acho que isso faz toda a diferença. Outro ponto importante para o aprendizado é a metodologia da instituição”, opinou a professora do bilíngue do colégio 7 de Setembro, Beatriz Diogo, que morou um ano e meio nos Estados Unidos. Saiba mais Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 27/03/2012

Ser bilíngue

Clarissa Silvino

Ter o domínio da língua inglesa atualmente é um investimento. Muitas empresas colocam como pré-requisito de seleção a fluência em outro idioma, principalmente o inglês, e o incentivo dos pais para o aprendizado de uma segunda língua vai desde cedo. “A procura de adultos para aprender inglês normalmente tem a ver com o trabalho, já as crianças costumam estudar inglês por conta de seus pais”, observa Paul Depontis, um dos muitos professores estrangeiros do CLC. Essa procura por aulas pode ser tanto para particulares quanto para cursos. A média pedida por professores de inglês em aulas particulares varia de 25,00 a 40,00 reais por aula. Já em cursos a média de preço varia de 180,00 a 500,00 reais por mês, dependo do nível do aluno.

Independente do motivo que os trouxe ao Brasil, ensinar inglês pode ser uma opção de emprego para estrangeiros. A população brasileira, em sua essência, é constituída de negros, brancos e indígenas. Essa mistura de raças se deu por conta de uma colonização europeia que, além de impor sua cultura aos índios, incentivou a vinda de imigrantes para povoar e trabalhar na nova terra. Desde 1872, ano do primeiro senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até os dias atuais, cerca de seis milhões de imigrantes vieram ao Brasil. Em 2010, mais de 40.000 estrangeiros fixaram suas residências no estado do Ceará, segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Agora, esses imigrantes além de outros projetos, possuem uma outra opção de mercado: ensinar uma nova língua. Personagens Paul Depontis ou Mister Paul, como é conhecido entre os alunos, é brasileiro, mas considera-se estrangeiro, pois permaneceu boa parte de sua vida nos

Mister Paul e seus alunos, professor ensina no colégio Christus há 15 anos

Estados Unidos, cerca de 50 anos. Apesar de saber português, afirma que seu inglês é bem melhor, o que, em sua opinião, o ajuda na sala de aula, incitando seus alunos a praticarem a conversação na língua. “Esse é o problema dos brasileiros: não treinam a conversação. Tenho alunos que sabem a gramática, mas não falam fluentemente. Alguns professores brasileiros não falam em inglês com os alunos, isso os deixa debilitados. É necessária essa prática”, defende Paul, sobre a importância do professor ter tido experiência em países de língua inglesa. Natural da República de Gana, professor do Curso de Línguas do Christus (CLC), Lee August mora no Brasil há aproximadamente 15 anos e diz que ser professor é algo que sempre quis, apesar de não ter sido isso que o trouxe ao nosso país. “Vim para o Brasil pois a empresa em que

Fica a dica

Autodidata Para aqueles que não gostam de aulas no modelo tradicional ou mesmo as particulares, há sempre uma saída. Ser autodidata é uma delas. Aprender individualmente com a ajuda de filmes, músicas e seriados, hoje é considerado uma opção, como defende Ana Luiza Oliveira. “Eu acho que nunca tive interesse em fazer aulas

de inglês, mas por sempre ver filmes e escutar músicas, acabei procurando saber um pouco mais sobre a língua e aprendi sozinha. Não vejo isso como uma desvantagem, posso não saber a gramática como deveria, mas com os filmes, músicas e seriados, pude aprender mais sobre a conversação, por ser mais próximo do que as pessoas falam, diferente das escolas e dos cursos, que são algo mais formal” explica a estudante. Apesar de nunca ter tido aulas de inglês fora da escola, Ana Luiza hoje fala fluentemente a língua o que só percebeu após sua ida aos Estados Unidos. “Quando eu viajei pros Estados Unidos, vi que tudo ao meu redor estava em inglês e percebi que realmente entendia. Até então eu já tinha consciência que sabia a língua, mas não tinha notado que eu conseguiria manter uma conversa. É importante exercitar e falar sem medo, é isso que faz ficar cada vez melhor”, compartilhou a estudante. Fiquem atentos!

Foto: Clarissa Silvino

trabalhava tinha negócios aqui e, ao abrir uma filial em Fortaleza, colocaram-me como diretor. Acontece que os negócios não deram certo, mas, como eu gostava muito daqui e tive uma filha, fiquei. Na África me formei em pedagogia com licenciatura em literatura e línguas. Quando decidi ficar, comecei a dar aulas de inglês, algo que adoro, pois é muito bom poder ajudar alguém e depois ver seu progresso”, comemora Mister Lee. O americano William Sample sempre quis ser professor. Depois de chegar ao Brasil e ver as maravilhas do lugar, ficou encantado e logo decidiu juntar o útil ao agradável: ensinar inglês e ter uma vida feliz, longe do estresse. “Sinceramente, estou amando a vida aqui no Brasil, não só pelo meu trabalho de professor, que não é estressante, ou pelas pessoas bonitas, mas também porque acredito

que a vida é curta demais para que não sejamos felizes. Cheguei aqui em 2009, e não tenho nenhum plano de voltar aos Estados Unidos”, divagou Billy, como prefere ser chamado. A possibilidade de aprendizado com estrangeiros é muito boa para os alunos, porém, para aqueles professores que são brasileiros, ter uma vivência em um país de língua inglesa pode ser relevante. Afinal, o que realmente importa é que os alunos possam conhecer a língua a fundo e praticá-la na conversa. “A conversação não vêm só com os professores estrangeiros. Com aqueles que já tiveram vivência em outro país os alunos têm a possibilidade de aprender como é falado nas ruas ou até certas figuras de linguagem que só se percebem quando mora no local. De qualquer forma, vai depender de cada professor, se ele gosta do que está fazendo. Eu

Serviço Curso de Línguas do Christus Rua João Carvalho, 630. Telefone: (85) 3261 5455

Alunos preferem professores estrangeiros Para os alunos, a possibilidade de contato com professores que são de outras nacionalidades é sempre válida. Apesar de ter certas dificuldades no início, à medida que se adquire intimidade e existe um convívio, o aprendizado acaba por ser maior. “No começo a comunicação é um pouco complicada porque, querendo ou não, essa pessoa entende bem pouco do nosso idioma e coisas como gírias e maneiras de falar eles pouco entendem. Mas depois que se estabelece uma relação, vai surgindo uma troca de conhecimentos e tal. É bom”, evidencia a estudante de Jornalismo da Unifor, Iara Sá, sobre a sua experiência com professores estrangeiros. Detalhes como a pronúncia, o uso de gírias ou até o sotaque podem ser determinantes no momento do aprendizado com estrangeiros. “Eu acho muito interessante, pois você vai aprender com alguém que já viveu em outro país e que sabe como

Estrangeiro, a possibilidade de conviver com o sotaque facilita o aprendizado Foto: Divulgação

as pessoas se comunicam e traz essa vivência para a sala de aula. Outro ponto que considero muito importante é a questão do sotaque do professor. Estamos acostumados a ouvir nos cursos de línguas o inglês com sotaque brasileiro, mas quando o professor é de outro país, começamos a acostumar o nosso ouvido”, é o que defende Isabel Schreiber, estudante de Design Gráfico da PUC-Rio. Porém, apesar da preferência dos alunos por professores

estrangeiros, há sempre aqueles que discordam, como é o caso do estudante de Publicidade e Propaganda da Unifor André Dias. Para o futuro publicitário, a experiência com os imigrantes pode ser satisfatória em alguns aspectos, mas peca em outros. “Eu não gostei. Apesar de ensinar bem, achava a aula dela monótona e, além disso, a cobrança por ser estrangeira era bem maior. Como professora, ela era uma ótima pessoa”, brincou o estudante.


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JUNHO / JULHO DE 2012

Quatro patas e um coração gigante O preço dos filhotes varia de raça para raça. A média é de 800 a dois mil reais e a fêmea é sempre um pouco mais cara. A fêmea, de praxe, explica Mariana, é mais cara pois, com a possibilidade de cruzamento, ela fica com os filhotes.

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 27/06/2012 Thaís Praciano

Entre classificados do jornal, amigos e pet shops há diversos tipos de filhotes esperando para serem levados a um novo lar. São tantas raças e dúvidas que muitas vezes não se sabe por onde começar. O principal é decidir se você está apto a criar um animal, se tem disponibilidade de tempo, espaço e recursos financeiros. Esses aspectos são essenciais para manter qualquer bicho de estimação e, principalmente, cachorros. Eles são conhecidos como barulhentos, bagunceiros e gulosos, além de muitas vezes carentes e difíceis de domesticar, mas qualquer cão poderá ser adaptado ao seu estilo de vida se for tratado com muita paciência.

Os filhotes ficam mantidos em gaiolas espaçosas e vedadas com buracos para poderem respirar Foto: Thaís Praciano

Depois de escolher, está na hora de encontrar um local para finalmente comprar seu animal. Os pet shops são recomendados por que você tem a garantia de que os filhotes estão sendo bem tratados até chegarem em sua casa. Mariana Torres, dona da Boutique Pet Shop, explica que lá eles já tomaram sua primeira dose de vacina e ficam mantidos em gaiolas espaçosas e vedadas,

com buracos para poderem respirar. Isso é necessário para que não haja contato com todas as pessoas que gostam de ir até lá para brincar com eles. Além disso, os cachorros são alimentados com ração super premium, que são produzidas com 100% de proteína animal, tomam vitamina todos os dias e são vermirfugados de acordo com a idade. Mariana conta que a principal

diferença entre comprar em um pet shop e com uma pessoa avulsa é que a maioria das pessoas que não tem canil não possuem experiência de como cuidar corretamente dos filhotes. “Eles vão ficar expostos, as pessoas vão ficar pegando e também é perigoso por que você vai abrir as portas para um estranho e não tem como distinguir e saber se ele vai comprar realmente ou não”.

Um ato de amor A adoção é outro caminho para encontrar o seu cachorro ideal. São instituições que resgatam os animais, cuidam deles e depois vão encaminhá-los para um novo lar. É preciso passar por uma entrevista para saber se você está apto a adotar. Alguns dos critérios são possuir um local grande, tempo para passear e para ficar com ele, muita paciência, condições financeiras e um bom conhecimento sobre cachorros. Não há falta de opções nos abrigos. Neles você encontra cães vacinados e castrados, de diferentes tamanhos, personalidade e idade.

Serviço A União Protetora dos Animais Carentes, UPAC site: upacfortaleza.wordpress.com facebook: ongupac

Procura-se um cãozinho mais gentil

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 27/06/2012

Ana Margarida Cerqueira Sousa

Sabe quando você quer trabalhar e não consegue porque o seu cachorro não pára de latir? Ou até mesmo quando ele suja o tapete, rói os móveis justamente no dia em que vai receber visitas em casa? Ser adestrador canino pode ser sinónimo de super-herói para muitos que sofrem com a falta de comunicação com os seus cachorros. Apesar do risco da profissão, a prática do adestramento ainda contínua em alta. Cada vez mais as pessoas acionam esse tipo de profissional para educarem os seus cães. O adestrador Francisco Sousa (53) sempre teve interesse em animais, mas foi em 1976 com a ajuda de um italiano, que o tornou seu principal auxiliar e com quem

aprendeu todas as artimanhas e técnicas necessárias para ser um bom adestrador, que Francisco se especializou no assunto. Características como aptidão e paciência são imprescindíveis para um adestrador, mas, mais importante que isso, o profissional deve ter a forma física em dia e entender da psicologia canina. “Adestrador é como jogador de futebol, tem que ter talento e competência.” enfatizou. Francisco trabalha pelo sistema domiciliar. “Não adianta eu levar o seu cachorro para o meu canil e trabalhar com ele lá. Ele deve ser treinado em casa para que assim possa obedecer aos seus donos” explica. O número de aulas depende majoritariamente da raça do cachorro e do que a pessoa pede para fazer. Para cachorros de porte pequeno, também conhecidos por cães de companhia, são necessárias apenas 32 aulas de 40 minutos. Já para cães de médio e grande porte, 50 aulas devem ser efetuadas. Todos os cachorros passam por um treinamento intensivo que envolve a obediência básica do cachorro, ou melhor, a educação do mesmo diante de aquilo que pode ou não fazer a eliminação dos maus costumes, o treinamento para que eles defendam a

Francisco Sousa com o rottweirler Braco, de dois anos e meio Foto: Raphael Villar

casa em que habitam (cão de guarda), o antiveneno (para que nem cheguem perto do veneno) e companhia. Sousa alega que todos os cães devem ser adestrados. “Antigamente se dizia que

educação canina era luxo, mas hoje em dia é uma necessidade” argumenta. Dos vários problemas que Francisco enfrenta durante o treinamento dos cães, o mais comum é a humanização dos

mesmos por parte dos seus donos. Muitas das pessoas que possuem cachorros sentem uma certa necessidade de os criar e mimar como pessoas normais. No entanto, para Francisco, esta é uma prática um tanto incorreta. “Uma coisa feia de nós seres humanos é que costumamos humanizar demais o cachorro, o que aumenta o seu espirito de liderança e faz que ele ataque as pessoas” explica. Isso gera no cachorro, uma confusão de identidade. “Ele não sabe se é mais cachorro ou humano”. E aqueles que pensam que o cão é o melhor amigo do homem sem obter qualquer tipo de benefícios estão totalmente iludidos. “O cachorro é o melhor amigo do homem, mas por interesse próprio e não por amor. Ele tem os donos como propriedade dele, como matilha dele. Ele defende por termos de propriedade, pois aquilo que é dele não é de mais ninguém” aponta. Francisco Sousa vai completar 35 anos de profissão em maio. Apesar de continuar a ser uma profissão não oficializada no Brasil e não ser muito bem renumerada em Fortaleza, Francisco declara “Eu não me canso de trabalhar. Gosto do que faço”.


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“Kant” sem vergonha de ser feliz

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 27/06/2012

Marília Ceres Costa Félix

A partir de duas pequenas portas no meio da Avenida Bezerra de Menezes, de terça a sábado, com início às 19 horas, é possível ouvir vozes animadas entoando as mais diversas canções, dos mais diversos estilos, até o sol raiar. Com estrutura precária, porém aconchegante, o Kant Bar aos poucos se tornou o refúgio de pessoas dispostas a cantar em alto e bom som o que lhes interessa musicalmente, sem preconceitos ou julgamentos. Pioneiro na disponibilização de videokê em Fortaleza, sendo um serviço anteriormente utilizado apenas por aluguel, o estabelecimento possui um público fiel e acolhedor. Tiago Magalhães, estudante, visitou o local pela primeira vez há pouco tempo e conta que se surpreendeu: “Pessoas que não se conhecem, das mais diferentes idades, classes sociais e interesses, terminam a noite cantando e dançando juntas.

Com um acervo de canções que vão de Mariah Carey à É o tchan, o lugar agrega pessoas dos mais diversos estilos Foto: Marília Ceres

Oliveira, gerente do bar

Os preços, entre refeições e bebidas, chegam a 20 reais. Para cantar a noite toda no videokê, é cobrada a taxa de R$ 3,99 por pessoa. São momentos de alegria vivenciados em conjunto.” “Todo mundo que vem aqui acaba voltando, não tem jei-

to”, confirmou Oliveira Pereira da Silva. Também conhecido como ‘’o único, no mundo todo, que tem Oliveira como primeiro nome”, o gerente do lugar afirmou ter participado da construção e trabalha lá desde então. “Fazia serviços como pedreiro quando fui convidado para ser garçom no Kant. Aceitei na hora. Hoje em dia, me divirto enquanto trabalho. Já observei histórias aqui que até Deus duvida!”. E completa. “Todo mundo aqui ama quem quer amar, beija quem quer beijar, canta o que quiser cantar e bebe o que quiser beber. O Kant é um lugar de libertação.” Tranquilo, conta

que o proprietário “deixa tudo em suas mãos” e “confia nele de olhos fechados”. O repertório do videokê se divide em músicas nacionais, passando por bandas já extintas e que marcaram época, como É o tchan, Dominó e Sandy & Junior e internacionais, com cantoras consagradas como Celine Dion e Whitney Houston. Lara Silveira, graduanda em psicologia e cliente assídua do bar desde 2009, confessa: “Voltei depois que vim a primeira vez porque eram muitas músicas antigas, bregas e ótimas, não deu pra cantar tudo numa noite só”.

Proibido Postos na intenção de impor ordem, cartazes nas paredes vetam assobios, gritos e até danças. No final da noite, em meio a interação e harmonia dos clientes, se tornam apenas figuras decorativas que compõem o ambiente tão pitoresco e querido por seus frequentadores.

Serviço Reperttório Bar- Avenida Antônio Sales, 1357, Aldeota Spranger’s in the night (Portuga’s Bar) - Rua Joaquim Nabuco, 1545, Aldeota

Cover também é arte

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 27/06/2012 Iara Sá

Há uns dias vi uma campanha circulando nas redes sociais intitulada “cover também é arte”. Gleidson Rodrigues, que faz performances de Michael Jackson já há 11 anos, conta que “a campanha nasceu por conta do preconceito que existe por empresas dedicadas ao entretenimento que acham que covers não deveriam realizar esse trabalho tão difícil e rico em criatividade”. Gleidson desabafa ainda sobre a falta de reconhecimento do seu trabalho e o fato de as pessoas pouco entenderem o tempo gasto na preparação para o melhor desenvolvimento

da performance. Por muitas vezes seu trabalho é desvalorizado por conta de outros artistas que não realizam um bom estudo prévio nem uma boa preparação, o que acaba gerando um cover fraco, longe do original. Fazer cover, seja uma performance completa que envolve figurino e passos de dança seja a execução de uma música, é fazer arte. “A reprodução da arte é também construção de arte em si”, é a opinião de Guilherme Moreira, músico, que afirma que fazer cover ajuda na construção da primeira identidade musical daquele que o pratica e que pode servir de “cartão de visita” para então mostrar ao público suas próprias composições. Guilherme Lopes, músico que já presentou versões de outras bandas em shows, complementa que toda forma de demonstração de admiração é uma forma de arte, é uma forma de respeito. “Sem falar que a pessoa fazendo cover, dando uma nova roupagem, divulga a música original e o trabalho dela”, argumenta. Muitos são os músicos que usufruem do sucesso de algumas

bandas para lançar seu material. Reproduzir ou até mesmo misturar estilos, incrementar músicas de bandas famosas pode ajudar na divulgação do início da carreira de algum artista. Daniel Pohl, que ficou famoso na internet pelas versões “indie” que dava a algumas músicas brasileiras, como de funk ou forró, é um grande exemplo do bom uso da junção de material de bandas já conhecidas com o seu estilo. “O cover nada mais é que uma versão sua de uma certa música. Claro que é arte, já que envolve muitos elementos dela. A forma de interpretar uma música é arte. Cada um tem a sua. E fazer cover é uma grande portunidade de ser reconhecido também.” Daniel, depois de ter firmado um certo público, agora lança músicas autorais, que têm sido muito bem recebidas. Plágio A legislação brasileira não trata diretamente de covers, mas, segundo a advogada Gabriela Lima “resguarda os direitos autorais estabelecendo que a utilização de uma obra, no caso a música, depende de autorização

Apresentação. Cartaz usado por Gleidson para divulgação de seu trabalho. Foto: Arquivo Pessoa

do autor, que é quem detém os direitos sobre a sua produção artística”. O cover não costuma ser considerado uma infração à lei, mas depende, também, de casos específicos. Se um artista se sentir lesado por alguma performance feita por covers, ele pode recorrer à justiça. Gabriela completa ao dizer que “o

que se observa na atualidade é a busca do equilíbrio entre a difusão cultural e a proteção ao direito autoral”.

Serviço Gleidson Jackson - Michael Jackson Cover (85) 3467.0445 / (85) 8808.1547


SOBPRESSÃO

12

JUNHO / JULHO DE 2012

Calvície: o fantasma da vaidade

Estética, homens têm vergonha de sua própria aparência. Foto: aLan LiMa

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 14/05/2012

Alan Lima

Alopecia androgênica. Se o nome já assusta, imagina seu principal sintoma: a perda, muitas vezes total, de cabelo. A calvície, como é mais conhecida a patologia, é uma miniaturização capilar provocada por um hormônio chamado DHT, que fragiliza o bulbo capilar,

causando a queda. Essa perda de cabelo acontece de forma progressiva em grande parte dos homens. Em Fortaleza, há diversos profissionais e clínicas especializadas que previnem e tratam a calvície. Alguns homens, cada vez mais vaidosos, passaram a se preocupar com sua imagem e, agora, procuram tratamentos clínicos, ou cirúrgicos, por vezes caros, para tratar de vez deste fantasma. Ao contrário do que pensam algumas pessoas, a calvície pode, sim, afetar psicologicamente uma pessoa. Felipe Tavares tem 27 anos, mas não esquece o período “sombrio”, quando seu cabelo começou a cair, há cinco anos. Ele lamenta: “Sofria demais quando meus colegas me chamavam de ‘carequinha’. Tenho trauma desse apelido”. Talvez ele não

Felipe Tavares

Sofria demais quando meus colegas me chamavam de ‘carequinha’. Tenho trauma desse apelido. Advogado

saiba, mas o próprio sentimento de trauma, junto ao estresse do dia-a-dia, pode causar a queda de cabelo. Segundo Luciano Barsanti, médico dermatologista, “estes sentimentos provocam uma descarga de adrenalina no sangue, o que aumenta a produção do hormônio DHT, promovendo uma queda brusca do cabelo”. A falta de cabelo atinge a

autoestima do homem, principalmente quando ele perde o poder da conquista. Porém, outro entrevistado que chamaremos de Pedro, 22, não. “Garotas já me falaram que preferem homens com mais cabelo, mas acho que isso não é um fator decisivo com relação à conquista. O importante é acreditar que ‘é dos carecas que elas gostam mais’”. Segundo ele, o segredo é não se deixar abater: “Você tem que aprender a se ver no espelho! (...) temos que encarar a realidade e entender que a felicidade não depende de nossas características externas, mas sim, de nossa forma de encarar e perceber a vida”, argumenta. Felipe acredita que muitas pessoas deixaram de se interessar por ele devido à calvície, mas isso não o afeta mais como antigamente. Ele ainda conta que aprendeu um truque para

disfarçar a pouca quantidade de cabelo: “Eu sou muito vaidoso e cuido da aparência. Geralmente deixo a barba crescer um pouco. Ter outros pelos no rosto ‘tira o foco’ da calvície”. Mitos e Verdades Há diversos motivos clínicos que justificam a queda de cabelo, dentre e as quais alteração hormonal e carga genética. A chapinha, objeto muito utilizado hoje por homens vaidosos, é completamente desaconselhável, pois ela queima o fio de cabelo, sendo prejudicial ao bulbo capilar. Mas nem sempre a queda de cabelo tem vínculo com a calvície. Pintá-los não tem ligação com a alopecia, garante Luciano Barsanti, “contanto que tenha um intervalo de, pelo menos, trinta dias entre uma aplicação e outra”. Outra questão muito duvidosa é quanto ao uso de boné. O médico garante que, se usado muito apertado e por muito tempo, pode alavancar a queda de cabelo, tendo em vista que aumenta a oleosidade, mas que esse fator não tem nenhuma ligação com a calvície. Prevenção e Tratamento De acordo com o dermatologista Luciano Barsanti, existem métodos eficazes para a prevenção da calvície. Os exercícios físicos, por exemplo, liberam a endorfina, hormônio que bloqueia a ação do DHT. Uma boa alimentação, rica em proteínas, sais minerais e ferro, também ajuda a prevenir, “pois têm nutrientes fundamentais para a multiplicação dos fios de cabelo”. Outro tratamento muito conhecido e eficaz é com o uso de Finasterida, medicamento que inibe a ação do DHT. O remédio impede que os cabelos caiam, mas não faz nascer fios novos. A cirurgia de restauração capilar (transplante de cabelos) é a solução mais aconselhável para aqueles em que o estágio da calvície está avançado. O implante capilar também é uma alternativa, mas os preços variam entre R$ 3.700 e R$ 16.000 e, portanto, não é um tratamento acessível a todos. Diversas clínicas na capital fazem essas intervenções cirúrgicas, mas os preços são informados apenas aos pacientes.

Saiba mais

Transplante Capilar X Implante Capilar – Entenda a diferença O tratamento realizado com transplante capilar e o realizado com implante capilar são técnicas completamente diferentes, mas que passam despercebidas para algumas pessoas, gerando dúvidas para quem procura uma solução para seu problema.

Na técnica de transplante capilar, há um implante de fios retirados da própria pessoa. Nesse caso, as raízes são retiradas de uma área mais densa e transplantadas para a área a ser corrigida, como uma pequena cirurgia.

Uma outras opção é o implante capilar. Essa técnica consiste em implantar fios produzidos de forma artificial, no couro cabeludo. Material sintético. Neste caso, o doador não é o próprio receptor e o resultado é como na foto ao lado Antes

Depois


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