Bicicleta. Para melhorar o tráfego de ciclistas, a prefeitura tem aumentado o número de ciclovias em Fortaleza. Página 07
Palhaços. Muitos não sabem, mas alguns casos de pessoas que têm aversão a figura figura do palhaço é caracterizado por uma doença. Página 10 JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR
NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2012
ANO 9
N° 24
Sabia Mais
Escravizadas pelo sonho
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 18/11/12 Luciana Santos
S
egundo dados do relatório global de 2008 da divisão das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC), mais de 2 milhões de pessoas são traficadas anualmente no mundo.Desse total, cerca de 79% dos casos destina-se a exploração sexual. O Brasil aparece como uma das rotas de tráfico mundial e o Ceará é um dos principais pólos de aliciamento do País. Lívia Xerez, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Ceará, relata que não existem ainda dados numéricos oficiais sobre o tráfico de pessoas em nosso Estado, e o panorama não pode ser desenhado com precisão com base somente nas denúncias recebidas. “Muitas pessoas desconhecem esse crime, o que leva a uma subnotificação dos casos”, lamenta. A coordenadora evidencia ainda que muitas das mulheres traficadas no Ceará já vivem do mer-
cado do sexo aqui. “Elas recebem propostas para atuarem no mercado do sexo em outros países, porém em condições diferentes das oferecidas pelo aliciador no Brasil. Eles prometem lucros em dólar e euro, liberdade de escolha do cliente, etc...” Ao chegarem no destino, as vítimas têm sua documentação retida e são obrigadas a pagar a conta com passagens, roupas, preservativos (quando é permitido utilizá-los), alimentação, dentre outros. Dessa forma, o débito aumenta diariamente e as vítimas se vêem forçadas a cumprir intenso regime trabalhista. “As rotinas de trabalho são exaustivas, 20 a 30 clientes por dia, sem opção de escolha”. Lívia também relata o crescimento no tráfico de travestis, que, na busca por fugir da violência em seu próprio país, partem atrás “sonho europeu” e acabam por vivenciar uma vulnerabilidade ainda maior. Eles saem de sua terra natal com uma dívida grande devido a cirurgias, implantes e tratamentos hormonais que servem para aumentar seu “valor de mercado” e são forçados a trabalhar ainda mais e em condições piores nos países para os quais foram levados. Pesquisas De acordo com a Pestraf, Pesquisa sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes, publicada em 2002, a crise social acirrada pela globalização econômica reflete nas relações de trabalho e fami-
Principais Rotas do Tráfico Internacional
1. Ceará; 2. Espanha; 3. Itália; 4. Israel
Entenda como se caracteriza o tráfico de pessoas liares. A mulher, agora como chefe de família, tem a responsabilidade de também prover, e vendo-se diante da falta de oportunidade e da necessidade de ganhar dinheiro, torna-se presa fácil para os aliciadores do mercado da exploração sexual. Embora alguns homens constem nesta estatística, sem dúvida as mulheres são a maior parcela das pessoas traficadas com fins de prostituição, é o que afirma a assistente social e mestranda do Mestrado Acadêmico em Serviço Social, Trabalho e Questão Social da UECE, Tatiana Raulino. “Muitos são jovens entre 18 e 24 anos, pobres, com baixa escolaridade. Isso não exclui casos de universitárias que caem nas promessas de casamento, ganhar bem ou realizar sonhos, inclusive o de morar na Europa”, esclarece. Tatiana afirma também que os homens são maioria dentre os aliciadores, possuindo entre 20 e 50 anos e muitas vezes, provenientes de outros países como Itália e Espanha. Há também algumas mulheres nesta rede, que tentam construir relações de aproximação com suas vítimas. “Também existem aquelas que estiveram em situação de tráfico, viajaram, conseguiram voltar mas agora na condição de aliciadoras, estas em menor número”. Precaução Tatiana Raulino, que também é integrante do Laboratório de Direitos Humanos e Políticas de Segurança Pública da UECE, deixa claro que é preciso que as mulheres fiquem atentas e desconfiem de histórias que se parecem com contos de fadas. “Deve-se procurar o maior número de informações sobre a pessoa e não estabelecer de imediato uma relação de confiança dando detalhes sobre sua vida ou de sua família. Nos casos de emprego, saber a procedência da proposta e das agências, comprovar se as vagas ofertadas são reais. Não acreditar em promessas de grandes somas de dinheiro, em pouco tempo com pequeno esforço e sem grandes exigências “, reitera. Livia Xerez complementa que é preciso desconfiar daqueles que
facilitam emissão de passaportes, não entregando o documento a nenhuma pessoa que não seja de total confiança, e que a denúncia ainda é a principal forma de combater esse tipo de crime. “Em casos suspeitos, tente conseguir o máximo de informações como placa do carro, fisionomia, local, data, horário e condições em que se deu o aliciamento”. Enfrentamento Em relação ao tráfico internacional, observa-se que os países que recebem essas mulheres pouco parecem preocupar-se com políticas de enfrentamento, uma vez que não possuem legislação referente a esse tipo de crime e tratam essas mulheres como imigrantes comuns em situação ilegal no país. O texto da cartilha “Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, elaborada pela Secretaria Nacional de Justiça em 2008, afirma que há uma intríseca relação entre tráfico de mulheres e o modelo de políticas públicas assistencialistas e que, para que seja possível enfrentar esse crime, é preciso que políticas econômicas, de migração e de enfrentamento ao tráfico de pessoas estejam em consonância mundialmente.
Em 1998, foi criado um comitê pela Assembleia Geral da ONU para elaborar uma convenção internacional global contra o crime organizado que funcionasse como parâmetro para tratar todos os aspectos relativos ao tráfico de pessoas, principalmente mulheres e crianças. Durante o ano de 1999, foi apresentada e intensamente discutida uma proposta que foi aprovada como como Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, ou simplesmente, Protocolo de Palermo. Talvez o mais importante artigo do Protocolo de Palermo seja o art. 3º, que estabelece a definição de tráfico de pessoas como sendo “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento dessas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”. O texto esclarece ainda que a exploração “inclui a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, à escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos.” É importante notar que o consentimento da pessoa traficada é irrelevante para que uma ação seja caracterizada como tráfico, uma vez que muitas vezes ela é conseguida através de ameaças.
Serviço Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – NETP: Rua Tenente Benévolo, 1055 Praia de Iracema - CE Contatos: 3453.2199 / 8636.6150 www.sejus.ce.gov.br
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Depoimento
Anúncios que viram boas histórias Pela primeira vez desde sua criação, em 2009, o Classificado Dá Notícia traz um editorial. Cabe ao editorial, como gênero jornalístico, gerar uma visão factual e opinativa sobre determinado tema, além de pontuar os temas tratados naquela edição. Aprender os gêneros jornalísticos, os termos, os jargões da profissão e os critérios de noticiabilidade são alguns dos desafios da disciplina de Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I, encubadora desta publicação. Nesta edição, alunos/estagiários do Laboratório de Jornalismo da Unifor (Labjor) dão sua opinião sobre o jornal e analisam a importância da experiência de terem feito esta disciplina e estarem em contato estreito com o veículo
impresso. Além de ser, na maioria das vezes, o primeiro contato do aluno com o jornalístico. Concebido pelo jornalista e professor Jocélio Leal, o Classificado Dá Notícia é, para muitos dos nossos alunos, a primeira experiência com o fazer jornalístico. As pautas devem ser escolhidas a partir de anúncios de jornais e isso, por si só, já altera nossa angulação, habituada entre o fato e o cotidiano. Nos anúncios, além de produtos ou serviços ofertados, estão pessoas e histórias de vida que interessaram aos estudantes e farão com que estigue o leitor. A começar pelo próprio papel do jornal, como espaço de negócios; passando por temas como comportamento, saúde, constru-
ção civil, lazer e entretenimento. Além da versatilidade dos alunos, esta edição mostra como devem ser bons jornalistas e dá bons sinais do que estar por vir. Por fim, destaco a matéria de capa: o tráfego de pessoas. Um tema delicado, escrito por uma aspirante que se anuncia compromissada. Para uma editoraprofessora, não poderíamos ter tido resultado melhor. Boa leitura!
Joana Dutra Professora de jornalismo
O Classificado Dá Notícia é, na maioria das vezes, o primeiro contato que o aluno tem com o jornalismo impresso dentro da universidade. Este, talvez, seja o motivo do jornal ser tão encantador aos olhos dos alunos da disciplina de Impresso I, quanto para o leitor. No meu caso, o Classificado foi um divisor de águas, pois foi a partir de então que comecei a aprimorar minhas técnicas com o jornalismo. Aconselho a todos que leiam o jornal, pois a cada semestre, ele vem repleto de curiosidades e talentos que são descobertos diariamente por si próprios. Apreciem. Manoel Cruz Estudante de jornalismo
O Classificado da Notícia é uma oportunidade para os alunos da cadeira de Impresso I terem o primeiro contato com a escrita jornalística. Eu, estagiária do Labjor há 7 meses, vou ter uma chance a parte de escrever notícias no meu 3º semestre. Vou aproveitar minha experiência na prática e fundir com o que vou aprender dentro de sala de aula. A experiência vai ser engrandecedora tanto como aluna quanto como estagiária, fora que vou ter uma noção mais qualificada sobre o Classificado da Notícia, como ele é feito e como é editado. Priscila Baima Estudante de jornalismo
Classificados como ambiente de negócios
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 29/11/2012
Natália Moreira da Rocha
A
lgumas linhas para descrever o carro que se quer vender. Apartamentos inteiros descritos em poucos caracteres. Profissionais oferecendo seus serviços. Algumas páginas destinadas aqueles que procuram fechar um negócio. Com o advento de vários meios de divulgação, o tradicional classificados mantêm-se firme no mercado em todos os setores e está integrado com as plataformas vigentes. De acordo com o estudo realizada pelo instituto de pesquisa Ipsos no semestre passado desse ano, 1.538.000 pessoas - mais da metade da população de Fortaleza - veem os classificados como um importante meio de se fechar negócios. Na Na mesma pesquisa, foi constatado que 178 mil leitores dos dois principais jornais da cidade pegam o jornal apenas para procurar os classificados, sem interesse nas maté-
rias. Essa grande procura pelos serviços foi o que motivou o professor de reforço escolar em matemática Ravik Mesquita a procurar esse veículo para anunciar o seu serviço: “escolhi os classificados porque já conheci gente que teve sucesso em comprar, vender, alugar, contratar algo, então achei lógico que o resultado fosse positivo comigo também”. “O que mantém esse crescimento é a vinculação do aumento da classe C com o aumento do consumo de cultura por essa classe. A pessoa que antes estava inserida na classe D e agora sente uma elevação na renda, ela consome agora jornal e essa procura crescente deve durar mais uns dois afirma anos”. E o que afi rma a GeClassificados rente de Classifi cados do Diário do Nordeste, Thaisy Barbosa. Para se adaptar à realidade em que não é mais somente o rádio, o impresso, e a Tv que chama a atenção do cliente, Thaisy Barbosa explica como o jornal consegue captar e manter o interesse daqueles que querem anunciar e também daqueles que consumem os anúncios: “ Hoje nós temos os classificados também na internet, mas
Imobiliárias lideram o Ranking de anúncios
verificamos que o cliente não migra para lá. Ele se utiliza das duas formas de divulgação, pois os classificados não é papel, nem internet, ele é ambiente de negócios. Hoje o consumidor tem a liberdade de saber como ele vai acessar esse ambiente, se é pelo celular, iPad, computador”. Além disso, a gerente de classificado atribui a credibilidade do jor-
nal e a territorialidade como fatores que se distinguem os classificados impresso de outros on line: “quando uma pessoa fecha negócios em sites, ela não olha no olho da pessoa que está vendendo. No nosso caso, nos possibilitamos a aproximação dos anunciante e compradores pela territorialidade e tudo isso com a credibilidade de um jornal”.
As imobiliárias, revendedoras de carro e publicações legais são as responsáveis pelo maior espaço nos classifi cados. De classificados. acordo com a assistente de vendas da Mega Imobiliária, Géssica Vasconcelos, a empresa investe cerca de 24 mil por mês apenas com classifi cados.“Só classificados.“Só hoje, por exemplo, temos 260 anúncios no jornal de maior veiculação. O retorno é registrado em ligações.”Porém a vantagem de anunciar nos classificados não é aproveiclassificados tada por todos. O corretor de imóveis Itérbio Mendonça disse que já divulgou nessa forma de publicidade, mas que pra ele não compensou:“Acho muito caro e não sou:“Acho vi muito retorno. Já faz 1 ano que trabalho só com placas, site e redes sociais.” A assistente de vendas da Mega imobiliária diz que é fechado um pacote entre a empresa e o jornal em torno de 500 linhas e por isso o valor cai bastante e que para um corretor que anuncia pouco realmente não compensa.”De acordo com os dados fornecidos pela Géssica Vasconcelos, a diferença de valor na compra de uma linha isolada nos Classificados e da compra dentro de um pacote chega a 95%.
Jornal Classificado dá Notícia - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Centro de Comunicação e Gestão - Diretora do CCG: Profa. Maria Clara Cavalcante Bugarim - Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Disciplina Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I - Reportagem- Luciana Santos, Natália Moreira da Rocha, Camila Távora, Isabelle Bedê, Jéssica Malheiros, Larissa Freire, Fábio Pinto, Nathally de Almeida, Mateus Costa Ramos, Leoni Correia, Airton Baquit, João Neto, Samuel Asafe, Renata Monte, Letícia Lima, Giovanna Campelo, Renata Chaves, Jullyane Façanha, Leidiane Lopes, Valentina Jara e Zac Falcão Concepção: Prof. Jocélio Leal - Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldeci Tomaz - Estagiário de Produção Gráfica: Clara Magalhães Ribeiro - Edição: Joana Dutra e Manoel Cruz - Revisão: Prof. Antônio Celiomar P. de Lima - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 500 exemplares
Confira mais matérias dos alunos da Disciplina Impresso I, semestre 2011.1, pelo blog http://blogdolabjor.wordpress.com
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
O vintage é atual e faz moda
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 27/11/2012
Isabelle Bedê
H
á tempos o vintage se tornou um estilo de vida: os sapatos de veludo azul do Elvis Presley, a roupa da Madonna na década de 1980, o disco de vinil dos Beatles, original dos anos 60, ou um fusca 1978 andando pelas ruas em 2012. Já o retrô representa a saudade desses tempos que talvez nem tenhamos vivido. “Não devemos confundir o vintage com o retrô. O retrô é uma ‘releitura’, digamos assim, de algo que marcou uma época. É como uma peça nova que remete a algo super antigo. Já o vintage é algo realmente original de determinada época”, diz Joicy Muniz, fundadora do Vintage Guide. O blog existe há 5 anos e tem uma forte inspiração no pas-
sado, inclusive, até seu layout é nostálgico. Reúne informações sobre moda e arte em geral, como cinema e música, relacionando-os. “A minha ideia foi sempre associar moda, música e estilo, e como estão todos ligados mesmo, não deu outra, nasceu o Vintage Guide. O blog traz de tudo um pouco, mais que isso, ele traz as minhas visões e preferências, são as minhas saudades de uma época não vivida e o reflexo disso no meu comportamento”, explica Joicy. Desde sua criação, o blog se expandiu bastante. Passou a receber patrocínio, virou referência dentro da cidade de Fortaleza e até incrementou uma webtv na criação de uma nova plataforma pro blog, o site VG NEWS. Segundo Joicy, a escolha do vintage como inspiração maior tem relação direta com sua história de vida. “Sempre fui apaixonada por esse universo. Sempre me interessei por décadas antigas, especialmente os anos 60 e 70. Ler sobre a cultura em épocas passadas, buscar referências de moda e estilo sempre foi um verdadeiro vício, mas tudo começou mesmo com o meu amor por bandas antigas
Thiago e seu fusca: um exemplo dessa preferência pelo passado. E Vintage Guide, o blog que de paixão virou profissão. Foto: Isabelle beDÊ
e pela influência delas no comportamento de cada geração. Visitar e garimpar em brechós também sempre foi algo que gostei de fazer”. Depois do blog, várias oportunidades profissionais surgiram e o próprio Vintage Guide passou a gerar lucro. “Várias portas foram abertas. Empregos, trabalhos como stylist, produção de moda, tudo começou porque as pessoas acabavam vendo o trabalho desenvolvido no blog e se interessando. Uma das coisas mais bacanas também, foi a parceria com a Harper’s Bazaar Brasil, que é um grande nome em meio às publicações nacionais e internacionais, além de outros sites bacanas que acabaram desenvolvendo parcerias, ou até mesmo citando o Vintage Guide como referencial”, comemora a blogueira. Joyce Muniz
“Ler sobre a cultura em épocas passadas, buscar referências de moda e estilo sempre foi um verdadeiro vício” Blogueira do Vintage Guide
Saiba mais
O retrô é a criação inspirada nos modelos antigos – pode ser um frigobar, uma música, uma camiseta. A vantagem dessa moda de retrospectiva é que ela traz o charme das décadas que já passaram com a tecnologia do presente. É possível encontrar, em Fortaleza, não só lojas especializadas, mas também restaurantes que trazem uma temática de nostalgia.
Meu Fusca Amarelo
Seja pelo preço mais acessível, pela história, pelo charme ou somente por moda, tornou-se comum encontrar com maior frequência fãs desses artefatos de épocas passadas em lugares corriqueiros como cafés, bares, boates e até universidades.Thiago Teixeira, estudante de publicidade da Universidade de Fortaleza (Unifor) e dono de um fusca amarelo, conta porque optou pelo
carro:“Inicialmente eu escolhi pelo preço, que foi muito barato. Não tinha pensado ainda em ‘é um fusca, é vintage’, depois eu passei a perceber que tem aquele estilo clássico, essa coisa antiga que é a base de qualquer coisa. Não se restringe somente a objetos, mas também a música antiga, buscando as bases. As pessoas gostam de clássicos”. Assim como os italianos queriam resgatar a cultura greco-romana no início idade moderna, é como se estivéssemos vivendo um renascimento do que foi bom antes – estamos valorizando o passado.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Rayanne Morais, candidata a Miss Brasil 2012, realiza procedimentos estéticos para concurso Foto: MarCos serra lIMa
Estética Corporal: alternativas para um corpo ideal
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 05/11/12
Jéssica Malheiros
O
s brasileiros têm deixado de lado as medidas saudáveis e seguras de obter um corpo perfeito para se submeterem a um método mais perigoso: as cirurgias plásticas. Isso acontece porque esses processos possuem um resultado mais rápido e eficaz. É o caso da empresária, Laura Machado, 35, ela fez duas cirurgias: colocou silicone e fez abdominoplastia. A decisão de fazer todos esses ajustes em seu corpo veio depois da terceira gravidez que a deixou acima do peso e com flacidez. O resultado lhe trouxe muita satisfação, pois ela se
sente mais feliz e realizada com si mesma. A massoterapeuta da Clínica Corpo e Mente, Joelma Silva, explica que o ideal de beleza é o foco de todas as idades e como a tecnologia vem se desenvolvendo, foram criados vários procedimentos estéticos no intuito de diminuir os métodos inseguros. São eles: massagem modeladora, manthus, ultracavitação, drenagem linfática, lipoescultura gessada, endermologia, corrente russa, lipo redux, photo dome, lipoescultura manual, carboxiterapia, dentre outras. Cada uma tem sua determinada função, porém todas tem objetivo de redução de medidas e consequentemente perca de peso. Segundo Ana Macêdo, paciente da clinica de estética Du Corpo, os procedimentos efetuados tem apresentado resultados bastante eficazes. Em apenas duas sessões, ela já notou a perca de dez centímetros nas regiões do abdômen. A paciente explica que para obter o corpo perfeito e ampliar os resultados é necessário ter um acompanhamento nutricional adequado. Cumprir uma dieta rigorosa
Thamyres Heros
“Senti sim resultados, perdi em 3 meses 7kg. Fiz os tratamentos sempre acompanhado de dieta da nutricionista Tânia Maria Martins.” Jornalista da empresa AD2M
junto do procedimento que está sendo realizado ajuda a dar mais resultado ao tratamento. Ainda de acordo com a massoterapeuta é necessária a realização de uma dieta e da absorção de muito líquido para que se obtenha sucesso nos resultados, pois todos os procedimentos auxiliam na circulação de retorno do organismo, na eliminação de toxinas e na queima das gorduras. Na Rede A procura pelos procedimentos estéticos está sendo tão grande que as mídias sociais já estão divulgando na internet, em forma de vídeos e tutoriais, o método como eles são realizados e quais são
os materiais necessários. No entanto, não é aconselhável que esses procedimentos sejam feitos sem orientação e aleatoriamente, pois o risco de lesões é alto caso sejam feitos incorretamente. A jornalista da empresa AD2M, Thamyres Heros, conta que já comprou vários pacotes de estética na internet. Ela os utilizou durante um ano e gostou bastante dos resultados. “Senti sim resultados, perdi em 3 meses 7kg. Fiz os tratamentos sempre acompanhado de dieta da nutricionista Tânia Maria Martins”. Riscos Mesmo que grande parte da população esteja satisfeita com os resultados das clínicas de estética, muito dos procedimentos feitos causam riscos. Os procedimentos feitos durante o tratamento estético redutor de medidas utilizam aparelhos com ondas eletromagnéticas, que permitem a quebra e explosão das moléculas adiposas que também quebradas manualmente. Ambas as alternativas causam lesões em algumas partes do corpo como coxa, barriga, braço, pernas
e glúteos, devido aos vasos sanguíneos, linfáticos e ao atrito causado entre a região tratada e as mãos dos terapeutas. Antes de o paciente começar o tratamento, é necessário fazer uma avaliação com um fisioterapeuta para que ele possa certificar se o cliente tem fragilidade capilar ou qualquer outro tipo de contra indicação.
Você Sabia?
1,6 milhão de
pessoas por ano fazem cirurgias plásticas no Brasil. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos, o Brasil é o segundo em maior índice de cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos.
430 mil são de lipo-
aspirações, custando em torno de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00.
254,2 mil são de si-
licone ou mamoplastia de aumento, variando de R$ 4.000,00 a R$ 10.000,00.
200 a 800 reais
são referentes a sessões de um conjunto de procedimentos de uma clínica de estética.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Com que cor eu vou?
Fique Atento
Capacitação
Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 27/09/12
Larissa Freire
U
m ambiente exclusivo e especializado para cuidar das suas unhas. Essa é a proposta da nova sensação mundo da beleza, as Esmalterias. Pensando em agradar uma clientela cada vez mais exigente e diversificada o mercado da estética tem investido alto para se adaptar às novas tendências. Importando uma ideia que fez sucesso em Paris, Londres e Amsterdã – as Esmalterias, prometem se popularizar cada vez mais entre os brasileiros. Em Fortaleza, a moda já chegou, atualmente existem três salões especializados em esmaltes e produtos específicos para o cuidado das unhas e a procura por essa novidade tem sido intensa, afirma Midian Bispo, proprietária da esmalteria Adara e especialista em consultoria de moda e estética. Midian conta que a ideia de montar uma esmalteria em Fortaleza veio quando ela visitou algumas cidades no sul do pais em 2008 e observou o sucesso que esta nova proposta causava entre as clientes. Segundo a consultora, os locais possibilitam mostrar as pessoas que existem muitas formas de criar e reinventar modas com os esmaltes, além de gerar novas oportunidades de emprego e renda, a partir daí estudou as técnicas envolvidas nessa pro-
Nos últimos anos, vem aumentando o cardápio de esmaltes de diversas grifes, importadas e nacionais Fotos: DIvulGação
Midian Bispo
“A gente trabalha com o conceito, a tendência e a moda, e é isso que os clientes estão procurando cada vez mais – o inusitado. Muitos chegam aqui ainda com aquela ideia tradicional de pintura combinando com o tom da roupa, etc, e saem daqui com novas ideias.” Consultora de moda e estética e propietária da Esmalteria Adara
dução e fez investimentos para trazer a novidade para sua cidade. E a ideia prosperou. A consultora de beleza deu o ponta pé inicial em sua em-
Unhas estilizadas Florais: A tend ência do floral volta com tudo no Outono Inve rno. É inacreditáve l como essa es ta m pa pode se adequa r tão bem em to do s os lugares. Dic a: Esse estilo fic a super bem com as m ulheres român ticas.
: Poá é uma Unhas de Poá reste e moderna, estampa elegan s ha lin bo os 60. As gatada dos an to en ev um o para ficam bem tant in os é at elegante mais formal e . os ad oj sp de nos e formais, moder
presa em 2009, com um pequeno capital, num espaço alugado, quatro funcionários com carteira assinada e um mostruário de 350 esmaltes de diversas grifes nacionais e importadas. Ela ressalta que inicialmente teve dificuldade em especializar suas funcionárias. “Em 2009 ainda não existiam cursos especializados em Neal Arts em Fortaleza, ainda era uma proposta nova, mas contávamos com os workshops e mini cursos realizados por algumas lojas do ramo e pelo Senac/Ce”. O resultado tem sido positivo. O mercado de beleza com foco nas esmaltarias tem crescido em Fortaleza. Hoje, a esmaltaria de Midian deixou o aluguel e está instalada em espaço próprio com uma equipe de sete funcionário legalizados e especializados em Neal Arts e um cardápio com mais de 700 esmaltes importados e nacionais. “A gente trabalha com o conceito, a tendência e a moda, e é isso que os clientes estão
procurando cada vez mais – o inusitado. Muitos chegam aqui ainda com aquela ideia tradicional de pintura combinando com o tom da roupa, etc, e saem daqui com novas ideias”, declara a consultora de beleza Midian Bispo. As Esmalterias vêm ganhando adeptos de todas as idades. Midian ressalta que em seu salão recebe visitas de todas as idades, desde os cinco até os 60 anos. E engana-se quem imagina que os serviços de Neal Arts oferecidos tem preços exorbitantes. Com preços a partir de R$12 você já pode sair com suas unhas estilizadas. A arquiteta Ana Carolina Queiroz, cliente de salões de Esmalteria há dois anos, argumenta que se sentiu atraída pelo conforto do ambiente,o atendimento personalizado e pelos cuidados ofertados as suas unhas. “Aqui a gente se sente bem cuidada, tem muitas novidades e isso pra mim é um diferencial”, confessa a arquiteta.
É importante lembrar-se de quem esta por traz de todo este sucesso das esmalterias – os profissionais especializados em técnicas de manicure/pedicure. Para atender essa demanda do mercado de beleza os cursos de aperfeiçoamento dessas técnicas são uma boa opção, ressalta a assessora de imprensa do Senac/Ce, Juliana Costa. “Os cursos do Senac/Ce são uma excelente oportunidade para aqueles profissionais que procuram se especializar em algum segmento da beleza/estética. Os nossos cursos prezam pela qualificação do profissional,o aluno aprende a realizar cuidados e técnicas com o uso dos esmaltes, corte, lixamento das unhas, retirada de cutícula, aplicação de esmalte e decorações, para o embelezamento de mãos, pés e unhas, daqui eles já saem aptos para enfrentar um mercado competitivo e inovador como é o mercado da estética.”, conclui Juliana Costa. Os cursos são ofertados em três unidades do Senac/Ce em Fortaleza, são elas: Centro, Maraponga e Iracema e a programação dos cursos pode ser acessada pelo site: http://www. ce.senac.br/cursos/.
Serviço Adara Esmalteria e Beleza Rua Antônio Fortes, 208 Engenheiro Luciano Cavalcante tel: (85) 3032-0643 Afrodite Esmalteria: Rua Doutor José Lourenço, 510 Meireles/ tel: (85) 3181-4510. Mimi Esmalteria: Avenida Antônio Sales, 1357 Joaquim Tavora Fortaleza tel: (85) 3047-7044
brilho e : Elas trazem nMetalizadas derna ,deixa cia mais mo e d uma aparên ar m um mulheres co do todas as ais inovador é se estilo m poderosas. Es com mulhembina mais e criativo e co as. res despojad
Pelúcia: A id eia desse es tilo é deixar as unhas com aparên cia fofinha e macia. Idea l para quem segue as tendências d e Outono/In verno.
ea o degradê, aond Ombré: O estil lra ge – em um tom unha começa s ai m a in ara – e term mente mais cl escura.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Construção civil cresce no Ceará
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 02/10/2012 Fábio Pinto
A
industria da construção civil foi uma das áreas da economia que mais cresceram nos últimos anos no Brasil, No estado do Ceará não foi diferente. O setor é responsável por 14% do PIB do Estado além de ser um dos que mais empregam. Atualmente, são cerca de 600 canteiros de obras somente na Região Metropolitana de Fortaleza, com 59 mil postos de trabalho. Os dados são do Sindicato da Industria da Construção Civil (Sinduscon-ce).O crescimento é reflexo da política de incentivos do Governo Federal que financia a construção de novas moradias, além de expandir o leque de instituições aptas a financiar um imóvel. O mercado que mais cresce são os condomínios residenciais, verticais ou horizontais, “O Brasil tem um déficit habitacional de milhões de moradias e isso é um dos fatores que comprovam o quanto o nosso setor ainda tem muito a trabalhar em prol das cidades brasileiras”, explica Roberto Sérgio Ferreira, Presidente do Sindicato Da Industria da Constru-
ção Civil (Sinduscon-ce). Em 2010, enquanto o país como um todo obteve um crescimento de 7%, o setor imobiliário cresceu 17,5%. Isso mostra que o setor está maduro e pulsante. “Embora a expectativa para o próximo ano seja em torno de 6%, uma porcentagem ainda discreta, continuamos a crescer progressivamente”, conclui Roberto Sérgio. Outro fato relevante são os investimentos realizados pelos empresários da construção civil cearense, que estão em plena busca por melhorias técnicas e a novas tecnologias. O Sinduscon-ce, juntamente com as suas mais de 560 empresas associadas, trabalham firme nesse propósito de crescimento do setor. A maior dificuldade é casar a formação do trabalhador com as exigências da empresa. “Às vezes a escolha por formação é mal direcionada e não leva em conta as necessidades do mercado de trabalho, investir no pessoal da empresa é melhor e mais barato, faz muito mais sentido treinar um funcionário para determinada função que ficar seis meses com uma vaga em aberto procurando alguém para contratar”, diz Pedro Ponte, Empresário. Além de programas de capacitação dentro das empresas, ele afirma que iniciativas em parceria com universidades também costumam ter bons resultados. “Às vezes o profissional tem uma formação de primeira linha, mas isso já não basta, a busca por atualização e especialização tem de ser constante para quem quer uma recolocação profissional” explica Pedro Ponte, Empresário. Engenheiros, pedreiros, mes-
Canteiro de obras da Arena Castelão, sede da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014 Foto: FÁbIo PINto
tres de obras e os demais trabalhadores são os grandes responsáveis pela concretização das obras civis. Com isso, o Sinduscon-CE partiu na frente para qualificar o setor. Desde 2010, o sindicato criou a sua própria universidade corporativa, a Uniconstruir. Durante todo o ano, ela promove diferenciados cursos, que não são ofertados na graduação e são de grande importância para o mercado. Com a chancela de importantes instituições de ensino,alguns cursos foram ofertados, como: Orçamento de Obras de Engenharia, com aulas nas sextas-feiras e sábados; e Negociação para Compradores, todas sob o comando da Unifor. Assim, o número de vagas de trabalho cresce a cada dia no estado.
Serviço
SERVIÇOS DE PEDREIRO
UNIDADE
2012(R$)
Escavação Manual de Valas
M3
15,00
Alvenaria de Fundação
M3
58,81
Alvenaria Elevada com Tijolo Branco
M2
15,24
Alvenaria Elevada com Tijolo Furado
M2
8,96
Alvenaria Dobrada com Tijolo Furado
M2
13,29
Chapisco de Forros
M2
2,02
Reboco de Forro
M2
16,44
Chapisco de Paredes Internas
M2
3,43
Reboco de Paredes Internas
M2
8,64
Reboco de Paredes Externas
M2
10,88
Assentamento de Azulejos
M2
13,00
Assentamento de Piso Cerâmico
M2
12,47
Anel de Concreto
M3
8,18
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil- CE
Condomínios tornam-se solução contra violência
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 27/11/2012 Nathally de Almeida
C
om a criminalidade cada vez maior, cearenses optam por morar em apartamentos na esperança de terem mais segurança em suas residências. O mercado imobiliário, em Fortaleza está cada vez mais alto, mas o quadro de procura de imóveis vem se modificando. Anos atrás a procura por casas era muito grande e atualmente, os apartamentos estão no topo das buscas, segundo a
Os condomínios são ideais para quem quer tudo em um só lugar Foto: NatHallY De alMeIDa
corretora de imóveis, Francisca Narjana Brasil. Com o número crescente da violência na capital cearense, as pessoas estão tentando ficar mais seguras em condomínios, já que existe segurança 24 horas. A estudante Tatiane Angelo sempre morou em casa, mas com o aumento da criminalidade, encontrou no condomínio a solução, mesmo apontando a falta de privacidade, acredita ainda que a ques-
tão da segurança é um fator de maior peso. Embora a probabilidade de ser vítima da violência em sua residência seja menor, morar em apartamento requer obdecer muitas normas que nem todo mundo está disposto aceitar. A estudante de publicidade, Marina Duarte, que morou pouco mais de um ano em condomínio, concorda que existe mais segurança , mas prefere morar em casa, alegando que há mais pri-
vacidade e que enquanto morou em condomínio teve muitos problemas com os vizinhos. “ Eu tinha animais e não podia voar um pelo que era motivo de ligações, se um copo caísse no chão, mais ligações” disse. Já o servidor público, Ítalo Rocha, mora em condomínio há 20 anos e afirma que o convívio com os vizinhos sempre foi muito bom, existe respeito e a liberdade é assegurada. Segundo a advogada, Marta Francisca Almeida, quando as brigas com os vizinhos ultrapassarem as barreiras do apartamento, é viável que se faça um boletim de ocorrência , caso exista ameaças ou quando há brigas por direitos que não estão sendo cumpridos deve-se procurar um advogado e entrar com um processo em qualquer vara cível. Novas opções Além de procurar por segurança, a comodidade e lazer são outros requisitos. Muitas pessoas procuram condomínios que
ofereçam serviços como piscina, sala de jogos, academia e sauna, pois com esses recursos, não precisam sair do seu ambiente familiar para aproveitar seu tempo livre. André Nóbrega, estudante de arquitetura, relata que em muitos momentos chega a preferir usurfruir dos serviços dos seus condomínios, pois além de ser mais seguro, não precisa se deslocar e pagar por fora, já que todas as atividades são pagas junto ao valor do condomínio. Muitos pais preferem comprar apartamentos, pois seus filhos criam laços de amizade mais confiáveis e estão sob seus olhos, pois qualquer problema, eles estão mais perto para cuidar de qualquer outras complicações. A maior parte da população que escolhe morar em condomínios são jovens casais ou famílias com filhos pequenos, pois é um ambiente mais seguro e que, na maioria dos casos, proporciona maior economia.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Fortaleza cheia de ciclovias? Vi e curti
Barcelona (Espanha)
Exemplo que vem de fora
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 02/10/2012 Mateus Costa Ramos
F
ortaleza cresce todo dia em número de automóveis e está claro que não há mais espaço para essa demanda. Ruas lotadas, dificuldade para encontrar vagas e discuções no trânsito são cada vez mais comum. Mas o que fazer para melhorar essa situação? As obras espalhadas pela cidade mostram o esforço da Prefeitura e do Estado para melhorar a mobilidade urbana, mas a solução para esse problema é bem mais complexa. Em grandes cidades pelo mundo a utilização de bicicletas é mais que um lazer, é uma solução que também pode ser utilizada por aqui. Segundo Daniel Lustosa, coordenador do Transfor, nossa cidade possui 65 Km de ciclovias e está previsto a implementação de mais 30. O número está aumentando, mas ainda é insuficiente. O próprio gestor
Verona (Itália)
Ciclovias na Avenida Washington Soares Foto: DIvulGação
admite: “Fortaleza possui tudo a favor para uma forte implementação do sistema, nossa cidade é plana e o índice pluviométrico é baixo, tudo isso torna a capital cearense ideal para o uso das bicicletas”. Para Lustosa, o maior problema está na cultura enraizada nos fortalezenses de que ter um carro é ter status e poder. “Esse pensamento impede as pessoas de aderirem ao uso das bicicle-
tas como meio de transporte e não apenas como lazer. As pessoas tem vergonha de andar de bicicleta”, apontou o coordenador. Outro problema, que já está sendo resolvido, é a falta de ligação entre as ciclovias e grandes centros de movimentação, como são os nossos terminais de ônibus, além disso, Lustosa anuncia que está sendo estudado a criação de bicicletários nos terminais de ônibus da cidade.
Cidades europeias, como Barcelona e Verona podem dar o exemplo a ser seguido em Fortaleza. Na cidade da Catalunha todos os cidadãos residentes podem adquirir uma carteirinha que os permite utilizar bicicletas espalhadas em diversos pontos da cidade. Para utilizar as bicicletas, que são públicas, o cidadão as destrava utilizando um cartão magnético e tem direito a utilizar por meia hora, depois basta colocar novamente em outro ponto próximo ao seu local de destino. Caso queira utilizar por mais de meia hora,basta colocar de volta no ponto de recolhimento e pegar outra bicicleta. No caso da cidade italiana,Verona,o sistema é ainda mais evoluído, pois até turistas podem utilizar o sistema, para isso basta se cadastrar em um site oficial e pagar uma quantia específica. Além dessas cidades, Paris e alguns lugares da Holanda utilizam do mesmo tipo de sistema, contudo todos esses lugares citados diferem de nos em um aspecto muito importante. A educação no trânsito.
Para engenheiro de trânsito, Mário de Azevedo Filho, “Essa educação garante uma certa segurança para os ciclistas. Aqui o risco de acidente é muito maior.” Outro problema seria a infraestrutura para se ter um sistema desse porte, apesar de Fortaleza ter características essenciais para a implementação, pois é uma cidade plana e com poucas chuvas, necessita de ciclovias e ciclofaixas com ligação entre si e entre os pontos de grande movimentação, complementa Nadja Dutra, engenheira e professora da Universidade Federal do Ceará. Outro problema apontado como principal pelo também engenheiro de trânsito, Bruno Vieira, é a falta de vontade política, porém, segundo ele, esse problema pode ser facilmente contornado se houver uma mobilização das pessoas para que isso aconteça. O que se pode perceber é que temos todas as possibilidades para implementar algo desse porte em nossa cidade, basta que haja comprometimento de ambos os lados, cidadãos e políticos.
Pedaladas agitam a noite de Fortaleza
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 02/10/2012
Leoni Correia
P
ara quem não gosta de frequentar academias e prefere um esporte em contato com a natureza, Fortaleza tem uma boa opção: as pedaladas noturnas, que estão reunindo dezenas de pessoas pelas ruas da capital e das localidades vizinhas. Além de a atividade ser uma ótima aliada contra a obesidade, é um importante exercício para tirar o estresse do trabalho e dos estudos. O policial militar Francisco de Assis Matos, que voluntariamente organiza a pedalada que vai do Bairro Itaoca até as tapioqueiras, em Messejana, diz que começou a pedalar com poucos amigos e quando se deu
conta o grupo estava crescendo: “começou apenas comigo e alguns amigos e com o boca a boca quando nos demos conta já estávamos com 60 pessoas”. Os ciclistas tomam todos os cuidados necessários com os equipamentos. Luvas, capacetes e os shorts especiais são obrigatórios e ainda tem um carro de apoio que acompanha os ciclistas caso alguma das bikes apresentem problemas. Quem não tem uma bicicleta tem a opção de alugar uma. O estagiário de redes de computadores Mayco Mendes, que pedala há dois anos, começou a praticar o esporte por incentivo da família e acabou curado de uma arritmia cardíaca. Mayco relata que apesar dos motoristas no Brasil serem muito mal educados ele recomenda a prática do ciclismo, pois além de ter feito muitas amizades, sente uma disposição maior para exercer suas atividades. “Eu indicaria porque desde que eu pratico eu durmo melhor, não sinto mais preguiça e me sinto com mais disposição para fazer qualquer coisa”. A educadora física Ana Paula Dias, que participa assiduamente das pedaladas na capital, alerta para o valor da
As pedaladas noturnas reúnem pessoas que gostam de esporte em contato com a natureza Foto: leoNI CorreIa
O estudante Allyson Mota sempre comparece as pedaladas Foto: leoNI CorreIa
hidratação. “É importante a hidratação, pois se perde muito líquido durante a atividade e o aquecimento ajuda a evitar dores depois”. Além disso, a educadora recomenda que se pedale pelo menos duas vezes por semana.
Grupo de amigos se reúnem para se divertir e pedalar Foto: leoNI CorreIa
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Amor em tempos de viuvez Pense Nisso
A percepção da viuvez: uma face feminina? Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 10/11/12
Airton Baquit
A
o imortalizar que a pior viuvez desta vida é aquela em que o casamento é anulado, mesmo quando o cônjuge está vivo, Machado de Assis lançou os passos iniciais para a compreensão do amor. Até hoje, seu pensamento atinge inúmeros personagens com histórias paralelas em torno de uma mesma temática: as possibilidades amorosas depois da perda do companheiro. Para muitos, a vida seguiu o ritmo tradicional, com bastante longevidade na relação. Foi o caso, por exemplo, da empresária Paula Diógenes, 75 anos. Mãe, avó e bisavó, ela acredita que o amor não morre, mas encontra outras maneiras de adaptação. “Tive um casamento que durou até as bodas de ouro, com dificuldades, boas risadas e companheirismo. Hoje, tenho outra forma de amar e um eterno passado dentro de mim”, enfatiza. A possível linearidade dos relacionamentos não seguiu o mesmo percurso para a cientista política Leila Pires. Aos 27 anos, ela enfrentou os preconceitos e solidariedades de uma viuvez precoce, depois de uma década dedicada ao casamento. Os impactos e tachações de ser viúva foram amenizados quando Leila conheceu Rodolfo. A partir daí, novas possibilidades surgiram, mas não deixaram de lado as convivências com as dores de uma relação anteriormente interrompida. Conforme Leila, a construção de um novo relacionamento passa por momentos difíceis, principalmente, em torno do amor e do luto. “A sociedade cobra um luto, atitudes de sofrimento, mas as pessoas nunca perceberam a minha dor. Eu fiquei de luto pra mim, não pra sociedade. Eu quis superar a perda. O meu luto foi silencioso e sofrido, mas não anulou as minhas possibilidades de amar”, ressalta. Para a psicóloga clínica Edilene Marinho, o luto tem que ser vivenciado durante um determinado período, mas não deve anular outras formas de relacionamento que podem melhorar a qualidade de vida. Ainda de acordo com Marinho, essa busca por melho-
Para alguns, a linearidade dos relacionamentos não seguiu o percurso esperado Ilustração: Carlos WeIber
Alguns dados divulgados pela Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (PNAD) mostram que há mais viúvas do que viúvos no Brasil. Além desses índices, existe uma tendência mundial de feminização da população, ou seja, a possibilidade da mulher de viver mais do que o homem. Segundo a socióloga Karine Vasconcelos, a evidência da viuvez feminina é perceptível por causa de fatores distintos, como a qualidade de vida da mulher, maior preocupação com a saúde e inclusão de hábitos saudáveis. Para a socióloga Ana Leite, esses dados não podem generalizar a face da viuvez, já que a mulher está enquadrada, atualmente, em práticas tipicamente masculinas, como por exemplo, a tripla jornada de trabalho. As duas sociólogas concordam, porém, que a sociedade não percebe a viuvez como sendo masculina ou feminina, mas identificam um padrão para homens e mulheres. Tanto para Freitas quanto para Vasconcelos, a viuvez não deve ser percebida como idosa, juvenil, masculina ou intrinsecamente feminizada, pois a face da viuvez está mudando, apesar dos dados explicitarem uma tendência maior do gênero feminino.
Dicas de Leitura
Viuvez: Como enfrentá-la
Autor: Marina Cardoso Editora: Ave Maria Preço: 9,90 Lícia e Rêne estão juntos a sete anos
Foto: arquIvo Pessoal
rias depende de como a pessoa encara a viuvez, que pode se apresentar como tragédia ou possibilidade de recomeço. Segundo Angélica Malveira, especialista em geriatria pela Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, as implicações da viuvez na saúde são mínimas, pois não fica mais restrita a dor e a solidão. Conforme a geriatra, a viuvez é percebida, atualmente, como uma fase de independência,
utilização de benefícios e conquista da liberdade. Amor sem idade Quando ficou viúva aos 54 anos, Lícia Holanda não pensava em se relacionar com mais ninguém, “apenas pedi conformação a Deus pela perda do marido”. Após um ano de tristeza e muita saudade, ela conheceu Renê, na época com 20 anos. Apesar da diferença de idade, Lícia ratifica que os conflitos
foram superados, inclusive no âmbito familiar. “Meus filhos estranharam muito, brigavam, não queriam aceitar, mas perceberam que eu estava decidida e feliz”. Depois de sete anos juntos, eles acreditam que o preconceito ainda pode ser refletido pela sociedade, mas há, ao mesmo tempo, um respeito camuflado. “Convivemos lado a lado com a censura e a tolerância”, alfineta Renê, atualmente com 27 anos, ao lado de Lícia, com 61.
Confissões de uma viúva
Autor: Machado de Assis Editora: globus Preço: 19,90
Viúva, porém honesta
Autor: Nelson Rodrigues Editora: Nova Fronteira preço: 16,90 Fonte: Livraria Cultura
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Um novo controle na mão da classe C
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 31/11/06 João Neto
N
os últimos anos o governo federal incentivou a economia brasileira repassando diversas reduções e deduções fiscais para grandes empresas, refletindo na diminuição dos preços dos carros, imóveis e eletrodomésticos. Um serviço que está em alta entre os brasileiros é a TV por assinatura, que vem se popularizando cada vez mais. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) o Brasil possui mais de 15 milhões de usuários. No Ceará, em 2011, existiam 175 mil assinantes, em 2012 houve um crescimento de 41,14%, chegando a mais de 247 mil assinaturas. Novas empresas, como a OITV e GVT TV entraram na disputa do mercado de TV a cabo ou Direct to home (DTH), aquelas antenas que recebem os sinais e repassam ao receptor. Carlos Henrique Bezerra de Assis, 20, técnico em refrigeração, realizou o sonho de ter esse serviço. Colocou a TV por assinatura para assistir jogos de futebol que não são transmitidos pela TV aberta, mas
com o passar do tempo ele percebeu que o serviço tinha muita mais a oferecer. Canais como Discovery Channel e Nat Geo foram o que chamaram mais sua atenção “E muito massa ver o repórter se envolver com os animais ou construindo máquinas malucas.” Diferente de Carlos existem clientes que podem pagar mais serviços agregados à TV. João Bosco da Silva Ferreira, 42, diretor técnico da Caixa de Assistência dos Servidores Fazendários Estaduais (CAFAZ), é usuário a mais de 10 anos de TV por assinatura, já teve TV Show, Tecsat e Via Embratel. Ele explica que as trocas das TVs estão ligadas a qualidade que cada produto ganhou ao passar dos anos. Hoje ele cliente da SKY HD, onde possui recursos que as operadas mais baratas não oferecem como a gravação de toda a programação e pausar programas ao vivo.
Investimentos Federais A ANATEL regula 15 operadoras de TV por assinatura em todo país, as mais populares como a TV Claro, GVTTV e OITV oferecem pacotes que vão de R$ 39,90 a R$159,90, com alguns canais adicionais durante três meses. A demanda é grande, tanto por parte das empresas quanto dos clientes, foi até necessário a presidente Dilma Rousseff criar uma lei, a 12.485/2011, para as operadoras de telefonia integrar serviços de TV, internet e telefonia, saindo mais em conta para o cliente do que ter cada serviço oferecido por empresas diferentes.
Filmes, séries e sitcoms unem a familia aos domingos Foto: João Neto
Programação brasileira ganha mais espaço A Lei 12.485 que abre espaço para novas operadoras no mercado brasileiro também tem como uma de seus objetivos obrigar os canais a transmitir 1.070 horas anuais de conteúdos nacionais e independentes inéditos. O sentido da lei é multiplicar empreendimentos que produzem material audiovisual, para que o Brasil se torne um grande pólo produtor, a exemplo de países como França e Alemanha, que se consolidaram como produtores de conteúdos e exportadores de formatos audiovisuais. A Agência Nacional de Cinema (Ancine) está a frente da transição, conversando com produtoras e programadoras
para negociarem a veiculação de produção audiovisual brasileira. Para quem é telespectador assíduo dos canais fechados já pode perceber vários filmes brasileiros durante a programação. Emanuel Ferreira Veríssimo, 18, estudante de direito, já percebeu em canais como a FOX e Warner a reprodução de filmes brasileiros. “Sempre é no mesmo horário ou eles chamam de sessão especial.” A obrigação de veiculação de conteúdo nacional começa com 1h10 por semana em cada canal que exiba filmes, séries, documentários, animação e aumenta até chegar ao máximo de 3h30 por semana em setembro de 2013.
A lei é positiva para o mercado brasileiro, pois aumenta a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, gera emprego, renda, royalties e o fortalecimento da cultura nacional. Serviço GVT TV www.gvt.com.br telefone: 10625 SKY www.sky.com.br Telefone: 4004.2884 Oi TV www.oi.com.br/OiTV Telefone: 4002.2286 NET Fortaleza www.netfortaleza.com.br (85) 3067.6030
Fé que cura pelo telefone
Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 15/10/12 Samuel Asafe
É
cada vez mais notório que a fé ajuda o ser humano a encontrar o milagre. Igrejas, pesquisadores e psicólogos aprendendo juntos que (quase) tudo é uma questão de acreditar. A cura do câncer, o libertar dos vícios e a solução para a depressão é um desafio impossível para o homem moderno? A cada dia as pessoas anseiam por encontrar o seu bem estar, tanto pessoal
como espiritual. Para muitos, os problemas de saúde ou as dores da alma podem ser resolvidos através da fé. Em Fortaleza, há 10 anos e 24 horas por dia, a Comunidade Cristã Paz e Vida realiza o SOS Oração, com a intenção de prestar auxilio às pessoas que precisam de um “milagre”. O projeto funciona gratuitamente, por telefone, e recebe ligações com todo tipo de problema. Pedidos oração ou um conselho estão entre as demandas. O trabalho conta com aproximadamente cinco pessoas que se revezam nos horários de atendimento. Marcos Lima, pastor responsável pelo serviço, revela como é o atendimento. “Funciona como auxilio espiritual para a vida da pessoa, nada de conselho psicológico ou médico. O SOS Oração visa atender pessoas que estão precisando de ajuda, que querem uma oração ou um atendimento.” Disse
ainda que os usuários passam a conhecer o projeto através da rádio Gospel 97,3 FM, ou da internet, e que, pelo telefone, incentivam “os pacientes” a conhecerem a igreja. Ele ainda garante que o serviço prestado aborda outros assuntos. “O SOS Oração não trata apenas de tristeza, angústia ou depressão, mas vai além, tratando muitos outros assuntos. Mas esse tratamento se dá através do aconselhamento e oração”. Pscicologia Laís Almeida, psicóloga, destaca que a teoria Positivista dá ao homem o poder do pensamento e a capacidade de fazer aquilo que ele deseja. “Isso é uma linha fina, falar da visão da fé em relação ao poder da mente de alcançar aquilo que deseja ou pensa”. Ela destaca que, os cristãos têm dentro de si uma força espiritual com o poder de criar aquilo que é declarado ou
SOS Oração é um serviço prestado 24 horas, pelo telefone (85)3253-2731.
aquilo que é desejado, isso se chama fé. Ela defende que se trata de um poder superior ao da humanidade, fazendo que se alcancem coisas que estão acima da realidade. Testemunho Jackson Matos da Silva, ex-usuário de drogas, revela que procurou a igreja buscando ajuda para os seus pro-
Foto: DIvulGação
blemas. “Eu queria esquecer os problemas que me deprimiam, então eu me drogava e me envolvia com prostitutas”. Ele conta que tudo começou quando estava ouvindo o programa Paz e Vida no rádio XX e entrou em contato com a palavra de Deus. Logo depois, passou a frequentar a igreja e em pouco tempo estava “totalmente liberto”.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
A palhaçada que causa medo tas vezes, as crianças assistem a filmes impróprios que contêm violência e envolvem palhaços. Dependendo de sua suscetibilidade e se ela tem ou não uma tipologia fóbica (tendência a desenvolver fobias), essas crianças crescerão e se tornarão adolescentes e adultos transtornados na presença de palhaços. Juliana Teófilo, 20, não sabia da existência de um termo psiquiátrico para o medo que tem, mas afirma que não gosta de estar perto de forma alguma, pois a presença de palhaços lhe desconforta. “Não sei ao certo de onde veio, só não gosto, me dá vontade de sair correndo. Acho que a maquiagem é o que mais me incomoda. Por mais que eu saiba que é uma pes-
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 30/11/12
Camila Távora
O
s palhaços são criaturas geralmente amáveis que trabalham para fazer os outros rirem, trazendo alegria para a vida das pessoas, em especial, das crianças. No entanto, há os que sintam uma extrema aversão a essa figura e reajam contrariamente ao essencial objetivo de um palhaço, que é provocar o riso. A coulrofobia, ou mais popularmente “clownphobia” (do inglês, fobia a palhaço), é um transtorno de ansiedade que se manifesta ante situações que envolvem essa personagem. Diferentemente do “não gostar”, a fobia caracteriza um verdadeiro pavor a determinada situação, lugar, animal ou objeto. Segundo o psicólogo Marco Antônio Amatto, especialista em tratamentos psicodramáticos, a coulrofobia geralmente aparece na infância, sempre a partir de algum fato traumático ou de uma experiência ruim com a mídia. Mui-
Foto: luÍs barbosa
soa, aquela pintura encobre e pretende mostrar uma alegria exagerada”. Relembrando um episódio da infância, a estudante conta que, em uma festa, sua mãe lhe “obrigou” a brincar com um palhaço. Segundo ela, não podia ser pior, “balões e palhaços”. Juliana também descreveu uma das situações constrangedoras que já passou por conta desse medo. Houve uma apresentação circense na Unifor, preparada por alunos de uma cadeira de eventos. Ao ser levada para dentro do auditório onde havia dois palhaços, ela começou a sentir um incômodo, um frio estranho e imediatamente levantou e saiu correndo. Fique atento aos sintomas Batimento cardíaco acelerado, suor, nervosismo, vontade de sair correndo, choro e pavor são exatamente os sintomas descritos por Marco ao falar sobre situações em que os coulrofóbicos se encontram com palhaços e apresentam síndromes de pânico. Esse transtorno de ansiedade, porém, é reversível. De acordo com Marco Antônio, em um tratamento psicodramático ou com psicoterapia a nível comportamental, o profissional vai trabalhando com recursos que vão desmistificando o objeto de medo, fazendo a pessoa pensar no tema e refletir sobre ele. Os pacientes também são expostos, de maneira controlada, à origem de seu medo. “É um processo lento e gradual, depende de cada pessoa. O remédio pode baixar a ansiedade, levando a diminuição do quadro na hora, mas ele não vai resolver o princípio do medo”.
Curiosidades
Os palhaços perversos da mídia Estudos mostram que a mídia, em especial o meio televisivo, tem uma enorme influência na formação das crianças. Por ser nessa fase que elas normalmente desenvolvem certos tipos de fobia, é incisiva a participação dos “evil clowns” (palhaços malvados) no surgimento do medo que muitas tem dessas figuras. Ao lado estão três famosos palhaços malvados:
Pennywise Esse palhaço do romance “IT”, de Stephen King, aterrorizou muita gente ao estrear na televisão. Também conhecido como “A Coisa”, ele vitimizava crianças e ele é essencialmente assustador.
Coringa Talvez o vilão mais popular já visto, esse personagem é na verdade um psicopata com aparência similar a de um palhaço. É o maior inimigo do Batman, faz parte do mundo do crime e está sempre planejando ações malignas. Apesar de causar medo em algumas pessoas, conquistou muita simpatia do público em geral.
Ronald McDonald O conhecidíssimo palhaço da linha de fast-food McDonalds nasceu com o intuito de divertir os consumidores. Na realidade, Ronald já assustou muitas crianças. Enquanto os outros levam ao medo por meio da televisão, esse aqui anda causando caos no mundo real.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
A Toca do Plácido existe há 47 anos no bairro Joaquim Távora e se destaca pelo seu charme e boa música Foto: reNata CHaves
Um tesouro para os boêmios
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 13/11/06 Renata Monte
O
bairro Joaquim Távora, em Fortaleza, guarda um verdadeiro tesouro. É o bar Toca do Plácido, um lugar que existe há 47 anos e conquista cada vez mais clientes, e por que não dizer amigos, graças ao seu charme, regado à boa música e suas famosas comidas de boteco. A casa funciona como uma espécie de depósito de invenções e experimentações do decorador e proprietário, Marcelo Costa. Em chão de pedregulhos, à meia luz e com algumas velas acesas, quase em penumbra, o ambiente intimista torna-se ideal para rodas de violão, conversa baixinha a par e alguns brindes. Ainda do lado interno da casa, um recanto verde com alguns bichos, patos, galinhas, criados soltos. O charme fica por conta do tom rústico, dos tijolos aparentes e da reutilização de objetos. O ambiente possui traços
regionais, com imagens de santos e móveis antigos, chapéus, discos, espelhos e penduricalhos aleatórios. Tudo decorado livremente, acrescentando ao bar um estilo hippie. “Muitas pessoas não reparam, mas esse bar é um museu também. Eu trago coisas de todos os cantos que eu vou. Já trouxe do Rio de Janeiro, da Itália... Os clientes e vizinhos também dão sugestões na decoração. Saio comprando tudo o que vejo pela frente, apesar de fazer de acordo com um tema. Comprei uma caveira só pro Dia das Bruxas, mas vou deixá-la aí. Já comprei também as luzes de Natal”, antecipa Marcelo. Contrastando com o ambiente interior, o clima encontrado do lado de fora, é bem diferente, uma vez que a maioria das mesas fica na calçada e na
rua. Tudo muito às claras, riso solto e voz alta. A via pública transforma-se em uma passarela alternativa. Jéssica Nunes, estudante de Filosofia, é uma das frequentadoras do bar. “O fato das mesas ficarem na rua faz com que a Toca se torne um bar simples, apesar da decoração inusitada. O bar é frequentado por ótimas pessoas. A comida é boa. O Plácido, de certa forma, está sempre interagindo com todas as mesas, isso traz uma aproximação com todos. É um lugar bastante agradável para se ter uma boa conversa.” Comer e ouvir Conhecido por seu principal prato, o camarão flambado na cachaça, com molho de maracujá e alecrim, o menu também apresenta outros petiscos
típicos de botecos e drinks diferenciados. Quanto aos coquetéis, Marcelo comenta que são feitos de acordo com o humor do cliente. Tudo isso em um invólucro sonoro que fica por conta dos vinis, que tocam Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Elis Regina, Chico Buarque, Noel Rosa, Edith Piaf e outros grandes nomes da cena cultural, além de bandas alternativas. E por falar em cultura, a Toca fica lotada de gente que vai curtir os sarais e as jam sessions, às terças-feiras, a partir das xx e até o último poeta partir. Tallyta Anny, SOBRENOME é outra frequentadora do bar. “A moqueca de arraia é a melhor que eu já comi, mas o atendimento é
Fala aí
Abusado e carente Marcelo Costa tem 37 anos e é natural de Teresina. É artista plástico, artesão e paisagista. Filho adotivo do antigo proprietário da Toca do Plácido, Marcelo assumiu a administração do local há quatro anos. Pela preservação do nome do antigo dono, o Seu Plácido, as pessoas acabam confundindo e chamam o Marcelo, pelo nome do pai. Bem humorado,
mantém sempre uma relação de amizade com seus clientes e assume que é carente 24 horas por dia.“Carência é quase o meu trabalho. Falo com todo mundo do bar porque sou carente e preciso disso. Quem for carente, abra um bar!”, recomenda. Marcelo costuma abrir o bar de terça a sábado, mas quando tá “de bode”, o local não abre suas portas. A Toca é cheia de fotos dos clientes e do
próprio dono espalhas pelas paredes. “Faço isso porque sou ariano e narcisista. É uma coisa de ego mesmo ter as fotos pelo bar”. E acrescenta: “Sou abusado, viu?”. Marcelo Costa está a frente da administração do bar há quatro anos Foto: reNata CHaves
péssimo”. Devido à demora, há uma insatisfação por parte dos clientes, sobre isso, Marcelo retruca: “Aqui funciona como uma casa de família mesmo. Você pode chegar, ir até à cozinha e preparar sua comida. A Toca não é churrascaria, tem que esperar mesmo”. É importante que os frequentadores tenham um pouco de paciência, já que é o próprio dono do bar, o responsável por atender seus clientes e preparar todos os pratos e coquetéis. Mesmo assim, vale a pena se entocar.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
O amor nas ondas do rádio
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 29/11/2012
Letícia Lima
“E
u tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras, não sei dizer. Como é grande o meu amor por você!” É ao som de Roberto Carlos, rei da música popular brasileira, que muitas mensagens tocam os corações de seus destinatários. Assim, de maneira ousada, ou, à moda antiga, as rádios continuam a embalar histórias de amor, com locuções que emocionam os apaixonados. Se você procura um espaço para declarar o seu amor, ou,
Joel Manzonni é locutor do programa Jangadeiro Relax Foto: DIvulGação
para quem sabe tentar a reconciliação com o seu parceiro, as rádios podem te ajudar. Além de atingir um grande número de pessoas, existem programas com quadros que atendem pedidos de pessoas apaixonadas. “Existem rádios, aqui em Fortaleza, com programas, à noite, que oferecem tempo e espaço para os loucos apaixonados”, constata João Rufino Sales, radialista na Fortaleza FM. As novas tecnologias permitem uma comunicação rápida e de longo alcance, de forma instantânea. As redes sociais, por exemplo, viraram ferramentas fortes de informação, através delas podemos tornar algo
público, ou, simplesmente, deixá-lo no privado. Por que então que as rádios românticas sobrevivem até hoje? Para o radialista Manzonni, que trabalha com o rádio romântico há mais de cinco anos, a timidez pode ser o motivo que leva as pessoas a ligarem para a rádio. “No fundo as pessoas são tímidas, e essa timidez faz com que elas liguem para a rádio”. Quem liga tem a opção de dizer ou não quem realmente é, já que a pessoa está do outro lado da linha. “As pessoas nunca dizem o seu nome, porque elas correm o risco da outra pessoa não gostar!” enfatiza Manzonni. No programa Jangadeiro
Relax na Rádio Jangadeiro, foi criado um quadro chamado “Classificados “Classificados do coração”. Nele, as pessoas ligam, dão suas características e ficam à disposição de uma pessoa que esteja interessada. Assim, outras rádios em Fortaleza fazem sua programação romântica, como a Rádio 100, a Rádio Liderança, entre outras. Todas elas disponibilizam esses programas no horário da noite. As mensagens são as mais variadas, elas vão desde pedido de desculpa a encontros marcados. É simples, as pessoas ligam, querendo fazer amizade com alguém e mandam recados carinhosos para o seu alvo. A partir daí, fica por conta dos locutores, que dão um toque especial às palavras ditas pela pessoa. Acompanhadas de músicas românticas, são os locutores de rádio que dão vida às mensagens. “Uma vez mandei um recado pra pessoa que eu gostava, mas não deu certo. Eu tava ouvindo a rádio e tomei coragem de ligar. Lembro como se fosse hoje da música que colocaram como fundo, era a música do Titanic” conta Maria de Sousa Santos, 74. Naquela época era comum as pessoas ligarem pras rádios, pedindo que fizessem declarações de amor para o outro. “Hoje, eu nem sei se existem mais es-
sas coisas, existem?” questiona dona Maria. Existem ainda os querem mandar um torpedo do amor, mas não têm coragem. É o caso de Firmino, que pensa em enviar uma mensagem para a sua mulher pela rádio. “Se eu tivesse tempo, mandaria um recado para a minha esposa, é porque eu não tenho.” lamenta Firmino de Castro Lima Neto. Para outros, essa não é melhor forma de conquistar uma pessoa. “Mandar uma mensagem pela rádio é muito brega! Hoje, se você tiver que conquistar alguém, conquista pessoalmente, ao vivo e a cores.” opina Maria Clara Dias, 16.
Serviço Rádio Jangadeiro (Jangadeiro Relax): 20h às 00:00 Rádio 100 (Vale a pena ter saudade): 20h às 22h Rádio Liderança (Pra ficar e amar): 20h às 00:00
Nirez: 58 anos dedicados aos viniz
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 13/11/06 Giovanna Campelo
P
or traz da poeira dos discos antigos, Miguel Nirez relata o início da história de amor com a música popular brasileira. Miguel Ângelo de Azevedo, mais conhecido como Nirez, foi batizado pelo pai em homenagem ao pintor renascentista Michelangelo. Desenhista, jornalista e colecionador, contou o início da sua história com os discos de cera: “Eu não gostava da música da minha época, achava que a música era muito estrangeira. Após a segunda guerra mundial, houve uma invasão de ritmos estrangeiros”, relembra o colecionador. Após ganhar um toca-discos, começou a comprar discos de regravações
Nirez iniciou sua paixão pela música após a Segunda Guerra Mundial Foto: arquIvo Pessoal
antigas de grandes artistas como Dolores Duran, Celi Campelo, Luiz Gonzaga. Sem intuito algum de fazer grandes coleções, Nirez come-
çou a montar sua discoteca particular, até o momento não havia no comércio discos antigos para comprar, apenas o que haviam sido lançado, o colecionador co-
meçou então a procurar pessoas que queriam vender seus discos: “eram poucas que vendiam, elas se prendiam muito”, conta. Na mesma época, em 1956, começaram a ser vendido os LP’s , por moda, todo mundo mudou, deixando de lado os discos de cera. Nirez teve a ideia de comprar alguns LP’s e trocar pelos discos de cera, quando se deu conta de que tinha mais de 1300 discos: “Achei que tinha todos os discos do mundo”, diz sorrindo. Ao pesquisar também sobre os artista através das capas, começou a comprar livros que falavam a respeito, formando paralelamente uma biblioteca. E a medida que comprava livros, vinham algumas fotos dentro, geralmente esquecidas, de Fortaleza antiga. Interessado, começou a colecionar também imagens. Após visitar uma rádio , Nirez resolveu fazer seu proprio programa chamado Acervo de Cera, lançado em junho de 1963 até os dias atuais. Com a criação do curso de jornalismo e com a obrigatoriedade do diploma, pessoas que escreviam para o jornal foram contemplados pela lei e registrados como profissionais de comunicação, entre eles, Nirez.
Curiosidade
O ministério da Cultura abriu um edital que permitia entre outras coisas, abrir acervos, foi então que Nirez entrou com um projeto visando digitalizar a discoteca. Elaboraram o trabalho obedecendo as normas do edital juntamente com o patrocínio da Petrobrás. Hoje, é considerada a maior discoteca particular do país de música popular brasileira, recebendo pesquisas do Brasil inteiro, inclusive alguns do estrangeiro. Fábricas de discos como a Odeon, Columbia, Continental, não guardaram acervo nenhum e quando querem relançar músicas antigas, recorrem aos colecionadores, incluindo o Acervo do Nirez. Seus 22 mil discos foram digitalizados em um período de 11 meses com a ajuda do seu filho Otacílio Neto e são guardados em ordem alfabética. A verdadeira riqueza da MPB.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Luxo e potência são destaques do OPALA Foto: reNata CHaves
Curiosidade
A fama do guerreiro
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 29/11/2012
Renata Chaves
O
pala continua sendo o sonho de muitos motoristas. Luxo, potência, conforto, resistência e beleza. Essas são as principais características do carro Opala. Pelo menos é assim que acreditam os apaixonados pelo carro. Chegando no Brasil em 1968, o Opala conseguiu suprir necessidades internas, já que até então só eram fabricados caminhões, caminhonetas e picapes na marca Chevrolet. Durante os 23 anos de fabricação, o automóvel passou por diversas mudanças como: opção de motor de 4 ou 6 cilindros, 2 ou 4 portas, volante de três raios, bancos individuais, faróis e lanternas retangulares, e até mesmo versões mais luxuosas como o Diplomata e o Comodoro. Em Fortaleza, a paixão por este carro atinge das mais diversas idades, e diversos motivos. “Tive um Opala 76 modelo Luxo, e até hoje eu gosto desse carro, por causa de seu motor, sua durabilidade e o conforto”, declara Edilson Estácio, Aposentado, amante do modelo.Conhecido por Sr. Amâncio, dono de uma oficina na Avenida Raul Barbosa, especializada em venda e conserto somente em Opala, conta como começou a entrar no ramo: “Eu decidi trabalhar com Opala porque na época estava no auge, carro bom era o Opala. Minha família toda tinha um, então resolvi fazer uma experiência, coloquei em anúncios de jornais de que eu vendia partes do carro. O meu valia 5.000 reais, e uma moça que veio de Caucaia se interessou pelo meu
Foto: reNata CHaves
Opala já obteve diversas aparições em novelas, livros e filmes; Dentre filmes, pode-se destacar Nossa Vida não Cabe num Opala. O estudante Tuan Oliveira que sempre gostou de carros desde criança,“mas sou apaixonado por Opala, porque é um carro antigo, e hoje é barato e fácil de comprar e dá a possibilidade de você restaura-lo para que ele fique com a sua personalidade própria. Além do que foi um carro que fez historia, é um ícone, tanto na época dele quanto até hoje.”. Em 16 de abril de 1992, foi fabricado o ulti-
mo exemplar do Opala. Por causa do seu encerramento, várias pessoas que eram consideradas fãs, saíram em seu automóvel ao redor da fabrica em São Caetano do Sul em protesto.
Saiba mais Opala chegou no Brasil em 23 de novembro de 1968, aparecendo na abertura VI Salão de Automóvel de São Paulo, e o ultimo a ser fabricado foi no dia 16 de abril de 1992, que nomearam de Opala
anuncio, e eu acabei vendendo a parte da frente do meu por 3.000”, relembra. Com tantos admiradores no Brasil, hoje possuem vários clubes no país dedicado aos modelos, onde ocorrem encontros regionais. O dono da oficina é cheio de histórias nesses 20 anos de dedicação ao modelo. “Tem cliente meu, que na época não tinha dinheiro pra comprar Opala, e hoje, e possui carros importados e compra um Opala, com o intuito de recordar antigos desejos. Hoje tem o carro só pra deixar guardado na garagem, porque é uma forma de realizar seu sonho, sua paixão,” revela. Admirador de Opalas desde criança Francisco de Lima, aposentado, relata como tudo começou. “Meu pai era motorista de caminhão, tinha um Chevrolet, e então eu fiquei com a palavra ‘Chevrolet’ na cabeça e desde então
eu sempre quis um dessa marca, e quando conheci o Opala, me apaixonei. Desde então, não quis e até hoje eu não quero outro carro”. Francisco possui um Opala Preto Memhpis, ano 92 da série Collectors , uma série que foi lançada no encerramento da produção, onde foram produzidos somente 100 exemplares, e se limitaram a serem os últimos fabricados apenas nas 3 cores: Azul Millos, Preto Memhpis e Vermelho Ciprius. Francisco ainda completa: “Eu tenho este Opala há 12 anos, e não troco por um carro novo. Ele é um espetáculo, um carro excelente, não quebra. Como você pode ver, o meu carro é do ano 92. Nunca mandei para oficina, é todo original.”
de número 1 milhão. Em 23 anos de muito sucesso, foram fabricados alguns modelos como Opala L, Opala SL, Opala SS, Comodoro, Diplomata e até mesmo uma versão perua, a Caravan.
Opala classico
Opala SS 1978
Francisco tem um opala há 12 anos e até hoje se diz satisfeito com o veículo Foto: reNata CHaves
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SOBPRESSÃO
Boa saúde cardíaca aumenta expectativa de vida
Futebol como fonte de renda Foto: DÉbora queIrÓs
NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Pesquisas
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 13/11/12
Jullyane Façanha
Raul Maranhão. chefe do setor de lipídios do Instituto do Coração de São Paulo. Foto: DIvulGação
Q
ualquer distúrbio que afeta a capacidade do coração de funcionar normalmente é denominada doença cardíaca. Uma das principais características das doenças cardiovasculares é o acúmulo de placas de gorduras nas artérias que impedem a passagem de sangue, a aterosclerose. A explicação é do especialista Ricardo Leite. Ainda de acordo com o médico, o sangue sai do coração com oxigênio e atinge todos os órgãos por meio das artérias. E para funcionar, o corpo humano precisa de oxigênio. Quando acontece a aterosclerose, fechamento das artérias, ocorre um infarto na região que não recebeu oxigênio. Por não receber oxigênio, a região entra em colapso. O especialista explica que as doenças cardiovasculares podem ser ocasionadas geneticamente, mas os principais motivos são a obesidade, sedentarismo, tabagismo, hipertensão, consumo excessivo de álcool, e, sobretudo, o colesterol alto e a diabetes. Mas não são só esses fatores que afetam o coração. “O colesterol alto pode, também, ser causado por estresse. A ansiedade libera hormônios na corrente sanguínea que podem desencadear sérios problemas cardiovasculares”. Francisco Freire (72), que durante 40 anos foi fumante, é cardíaco desde 2005. As recomendações médicas devem ser seguidas como garantia de uma vida mais saudável. Tendo passado por problemas cardíacos duas vezes, hoje ele reconhece a importância de hábitos de vida regrados. “Ele sempre se alimentou fora do horário, chegava em casa tarde e dormia irregularmente. Além disso, fumava bastante, pois como ele gosta de jogar baralho, o cigarro se tornava um companheiro e, muitas vezes, chegava a fumar sem ter se alimentado direito. Também nunca praticou atividade física”, ressalta Raimunda, esposa de Francisco.
Pesquisa avança no tratamento
Frascisco Freire (72), fumante há mais de 40 anos, cardíaco desde 2005. Foto: DIvulGação
Após o infarto, Francisco mudou muito seus hábitos diários. Parou totalmente de fumar, não exagera na comida, se alimenta na hora certa, dorme bem e não está mais bebendo, por conta dos remé-
dios. Mas ainda há alguns problemas, ele não pode realizar exercícios físicos pelo fato de ter feito o exame de cateterismo recentemente, e não conseguiu mudar um hábito: açúcar no café.
Cuidados Uma boa arma para prevenção de colesterol alto e diabetes é ter uma vida mais tranquila, com menos estresse, sempre praticando exercícios físicos e tendo uma alimentação moderada. Para a cardiologista Raquel Bezerra, “a dieta não é sinônimo de restrição, mas de escolhas mais inteligentes”. Por isso, é sempre bom aprender a recorrer a alimentos considerados leves.“Os óleos vegetais, o de canola e o azeite são duas ótimas opções”, complementa a especialista. Além de tudo, a principal arma para a prevenção da doença cardíaca é nunca deixar de lado as recomendações médicas.
Muitos ainda não sabem, mas além do cateterismo, procedimento médico usado para diagnóstico e tratamento de certas condições cardíacas, um projeto de pesquisa realizado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) desenvolveu um tratamento para combater a aterosclerose - principal causa de enfartos do coração. Segundo os pesquisadores, trata-se de uma arma com grande potencial para reverter as lesões na parede da artéria que acabam levando à sua obstrução - o que dificulta ou impede o transporte de sangue até as células. A fórmula alia o taxol, medicamento famoso no tratamento de câncer, que atua bloqueando a proliferação de células, a uma partícula sintética chamada LDE, que torna a administração de medicamentos mais eficiente. “Esse meio de transporte concentra taxol até três vezes mais na lesão do que se ele fosse injetado diretamente na corrente sanguínea, além de eliminar sua toxidade e possíveis efeitos colaterais”, afirma o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Raul Maranhão, coordenador da pesquisa e criador da partícula. De maneira geral, as doenças cardiovasculares são doenças crônicas, que podem ser controladas com o tratamento adequado, mas dificilmente são curadas.“Este é um quadro grave que pode ser fatal”, ressalta Maranhão. A comissão de ética do HC já aprovou o projeto para que se iniciem os estudos clínicos.“Há perspectiva de que esse seja um tratamento concreto e de alta potência contra a doença coronária”, avalia Maranhão.
Hélio Rocha Lima Filho
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paixão pelo futebol não fica só nos estádios ou quando o time está jogando. Uma boa opção de lazer têm sido os campinhos de futebol society. No bairro Monte Castelo pessoas vivem do esporte como emprego. Lá o aluguel do campo por 60 minutos chega a custar de R$ 90 a 100 reais, segundo o administrador do espaço, Raimundo Alves. Conhecido pelo nome popular de “campo do canal”, na semana funciona de 18h até às 23 horas, chega a receber em média oito jogos por dia, já nos fins de semana e feriados o horário passa a ser de 10h até as 22 horas, aumentando o número de jogos. Esses dados mudam de acordo com o período de chuvas, pois o gramado não é liberado para jogos, onde ocorreriam maiores estragos. O valor de quanto o estabelecimento fatura não foi divulgado, mas é possível especular: o lucro não é menor que R$ 20.000. Contudo o proprietário tem gastos com reforma, funcionários, conta de luz e ferramentas para manter o campo. No estabelecimento também funciona um bar, onde são comercializadas comidas, bebidas, bolas e outros materiais esportivos. Segundo Alves, antes e depois dos jogos rola sempre uma cervejinha. Pessoas chegam a apostar engradados. Outra opção é o pagamento do valor do aluguel campo para o time derrotado. Os campinhos estão espalhados pela cidade de Fortaleza. Como prova disso, um dos mais conhecidos campo de futebol society, o Best Soccer, na Avenida Santos Dumont, cobra cerca de R$ 100,00 a hora. Em outro ponto da cidade, no bairro Lagoa Redonda, o Show de Bola. É outro espaço bastante requisitado e com uma promoção em relação aos outros: à hora chega custa em torno de R$ 60,00.
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SOBPRESSÃO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2012
Atenção ao contratar uma enfermeira
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Leidiane Lopez
A
hora de contratar uma profissional como cuidadora exige atenção, alerta a enfermeira Natália Costa Sales, 23, graduada na UNIFOR – Universidade de Fortaleza, e que trabalha no Lar Torres de Melo. A jovem aconselha que na hora de contratar, deve-se prestar bastante atenção. “Procure sempre informações com terceiros sobre o profissional, lugares aonde ele trabalhou, currículo, e muito mais, pois, como existem casos de maus tratos aos pacientes, é aconselhável que você contrate alguém que já conheça bem e o observe sempre, no caso de contratá-lo”, adverte.
A enfermeira também alerta para que se verifique realmente se o profissional é formado na área. “Há casos do paciente vir a óbito devido a injeções aplicadas erroneamente, comprimidos mal manipulados e maus tratos”, conta. Por isso, ela indica que não se contrate qualquer pessoa que tenha apenas a lhe oferecer a boa intenção de cuidar de um idoso, criança ou enfermo. Natália lembra que até um parente pode tornar-se perigoso, por conta da má aplicação das dosagens de medicamentos, curativos, ou mesmo o posicionamento errado de paciente em camas ou cadeiras. Os riscos aumentam se a ideia for economizar. Ao contratar uma mão de obra mais barata, muitos chegam a aceitar ajuda de pessoas inexperientes, que não têm nenhuma formação, mas com boa vontade. “Há de se pensar em todos os cuidados necessários que o enfermo, idoso ou criança necessita. Sem contar que amanhã pode ser você no lugar deste”, enfatiza a enfermeira. Os preços oferecidos são bastante variados, girando em torno de 200 reais uma enfermeira, 80 reais uma auxiliar de
O paciente, antes de contratar uma enfermeira, tem que analisar o currículo e tomar cuidado antes de economizar Foto: DIvulGação
enfermagem e 50 reais pessoas que não tem formação nenhuma, mas que se oferecem para ajudar e fazer companhia. O perfil deste profissional caracteriza-se nos cuidados básicos de dar a medicação e a dosa-
gem correta na hora certa, verificar pressão e manipular a aparelhagem e, se necessário, alimentação e curativos. Em alguns casos, o acompanhamento é por conta de os familiares não terem tempo de fazer compa-
nhia durante o tratamento. “Para trabalhar nesta área é preciso ter paciência, dedicação e formação. Por isso, trabalho por amor ao que faço e vivo isso no meu dia-a-dia”, encerra a enfermeira.
Animais, os cuidados que fortalecem a vida
dos seus animais. Alguns trazem os animais para o petshop em situações extremas, as quais não têm mais solucao e o animal acaba morrendo. Os cuidados com o animal são essenciais para prolongar a vida dele: fazer um cardiograma duas vezes por ano, cuidar da pele e alimentação do seu animal já ajuda muito”, ressaltou Claudiana.
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Valentina Jara
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equenos, grandes, sapecas ou preguiçosos, os animais de estimação são mesmo uma graça! Eles chegam como quem não quer nada e logo vão conquistando espaço em casa e nos nossos corações. Diversão e alto astral são garantidos com eles, mas não se engane, pois as transformações que um bichinho vai trazer em casa e no dia-a-dia de toda a família são de grande peso. Quem pensou que ter um bichinho de estimação em casa fosse coisa fácil cometeu um grande equivoco. Ele requer cuidados e atenção diários, além dos gastos que oferece: ração, banho e tossa, entre muitos outros. O estudante de Direito Lívio Sampaio é louco pelo seu gato Joãozinho, que se dá com
A cadela Laila tem problemas de pele e está sendo tratada no Pet Shop Vira-Lata Foto: valeNtINa Jara
todo mundo da casa e é altamente independente. “Tenho o Joãozinho desde que ele era um filhote, nunca gostei muito de animais de estimação, mas quando o Joãozinho chegou mudou completamente o meu pensamento. Ele é independente e isso nos agrada a todos aqui em casa. Ele já é parte da família. Todo mundo que frequenta a minha casa se apega a ele. O Joaozinho é um gato muito especial para a família toda”, comentou Lívio.
Mas há quem não seja tao apaixonado assim pelo seu bicho de estimacao, pois muitos donos de animais não cuidam bem dos seus bichos. Alguns pensam que eles não precisam de atenção, carinho e diversos outros cuidados, e muitos bichos acabam sendo abandonados. Outros, devido à falta de informação, deixam os animais morrerem por falta de cuidados, pois quando querem cuidar e tratar já é tarde demais.
Segundo Claudiana Sousa, profissional em Estética de banho e tossa do Pet-Shop Vira-Lata, a maioria dos clientes não tem cuidado com os bichos de estimação, pois muitos deles só procuram a clínica de pet-shop quando os animais estão muito doentes e precisam de cuidados especiais. “Prefiro trabalhar com bichos a trabalhar com gente. Muitas pessoas têm bichinhos de estimação apenas pela aparência e não cuidam
Feira de adoção Em parceria com o abrigo São Lázaro, o pet-shop Vira Lata realiza a feira de adoção. O evento ocorre duas vezes por mês e diversos cães e gatos do abrigo são expostos para adoção. No evento também são tiradas as dúvidas para cuidados com o seu animal. “Aqui na clínica nós fazemos essa feira de adoção por acreditarmos que dessa maneira, pessoas que realmente têm vontade de ter e cuidar de animais vão aparecer e adotar algum bichinho para servir de companhia”, concluiu Claudiana.
Serviço Pet-shop Vira Lata Atende cães e gatos de todas as raças e fica localizado na Av. Oliveira Paiva, 1930, loja A. O telefone para contato é: 3271-1625.
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Brasileiros procuram o serviço de penhor pelos mais diferentes motivos Você Sabia?
Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste no dia 13/11/12 De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, em seu livro, Direito das Coisas; Sinopses Jurídicas, da Editora Saraiva, existem cinco principais tipos de penhor:
Zac Falcão
H
á 151 anos, os brasileiros procuram o penhor, sempre que estão precisando quitar as suas dívidas. As pessoas que utilizam este serviço são, na maioria, mulheres de diferentes idades. Basta ter maioridade civil - 18 anos. Profissões e situações econômicas também são diversas. As mulheres de classe social baixa, que são donas de casa, faxineiras, empregadas domésticas, vem na grande maioria com joias mais simples. Elas penhoram muitas vezes,suas jóias para comprar alimentos para por em casa e para pagar o aluguel de onde moram. Penhoram para satisfazerem as necessidades mais básicas. As de classe social média e alta, que vão desde advogadas, engenheiras, profissionais bem sucedidas e empresárias às donas de casa, procuram o serviço de penhor para guardarem suas joias em local seguro, uma vez que as nossas agências que possuem penhor são monitoradas 24 horas e possuem cofre de segurança máxima, além de poderem renovar o contrato de penhor quantas vezes acharem necessário. As informações são de Márcia Alencar, bancária, funcionária de uma agência com serviço de penhor. O cliente poderá renovar o contrato por um novo período no vencimento ou até mesmo antes, desde que pague juros, tarifa de risco e TAR(Tarifa de Abertura e Renovação de Crédito). A renovação poderá ser feita várias vezes em todas as agências da CAIXA. Nesse caso, é preciso: a presença do mutuário, quando o valor do empréstimo aumentar; pagar a diferença entre o que você deve e o valor do novo empréstimo, deduzindo as tarifas e encargos. Já nos casos de resgate, pode ser feito pelo mutuário ou endossatário com apresentação da cautela e por procuração específica. Quando efetuado por representante legal, exige-se o RG. Em casos extremos de roubo, furto ou extravio, o cliente irá receber
Penhor Rural Que pode ser agrícola ou pecuário. Tanto o penhor rural quanto o industrial incidem sobre a agricultura ou bens de comércio.Num dado caso ele pode incidir sobre imóvel, que será o de produção agrícola, ou até mesmo maquinário industrial, que será considerado imóvel por acessão natural ou industrial.Possui prazos de renovação estipulados entre 3 e 4 anos, registrados em cartório imobiliários. Penhor Industrial ou Mercantil Nesse caso não haverá transferência do bem, e sim uma transmissão ficta, uma posse indireta pelo constituto possessório.O que o credor pode fazer é inspecionar o bem dado em garantia para que possa fazer uso de uma cautelar, se necessário. Penhor de Título de Crédito É aquele em que o credor tem por garantia o seu título de garantia.Esse título pode ser empenhado quando ele é entregue a um terceiro através de tradição e depende de registro no cartório de títulos e de documentos.
Ana Peixoto é aposentada e prefere guardar suas joias no penhor por questões de segurança Foto: DIvulGação
o valor equivalente a 150% do valor do bem. No início do ano, a procura pelo serviço é bem maior. Com IPTU, IPVA e tantas outras contas, o processo acaba sendo uma boa alternativa temporária para a falta de dinheiro, levando-se em conta que pode ser disponibilizado um crédito de até 80% do valor da joia na hora da transação, sendo no valor mínimo de R$150,00 e o máximo de R$150.000,00. No mercado é possível encontrar taxas entre 1,8% e 10% ao mês, dependendo do valor da joia. Além disso, a segurança oferecida também atrai clientes como a aposentada Ana Peixoto, de 95 anos, que confia no serviço para guardar suas joias de forma segura. “São joias de muita estima e aqui é o melhor lugar para guardar, porque em
Saiba mais Existe uma diferença entre Kilates e Quilates, que poucas pessoas conhecem
Kilates
Utilizado para designar a pureza do ouro
Quilates
Unidade padrão para o peso das pedras
casa é muito perigoso deixarmos coisas tão valiosas. Não só pelo valor financeiro, mas pelo valor afetivo também,” conta. Ainda segundo Márcia, o processo é muito simples. Basta levar RG, CPF, comprovante de residência e a joia. A partir daí ela parte para a análise.
“Possuímos especialistas em avaliação de joias trabalhando no penhor e os critérios são basicamente: Para avaliar uma joia de ouro, somente ver se é 18 kilates e o seu peso em gramagem. As pedras são avaliadas pela qualidade de lapidação, definida como excelente, muito boa, boa e média. Isto vale para todos os diamantes. Também a pureza da pedra define seu valor, ou seja, quanto mais transparente mais valiosa. E por fim a gramagem definida também em quilate. Um quilate corresponde a 0,20 gramas. Por exemplo, uma pedra de 5 quilate pesa um grama.”, complementa, Márcia. Caso o penhor não seja pago, a joia vai para leilão após 30 dias do vencimento, mas a taxa de inadimplência é bastante baixa, aproximadamente 1%.
Penhor de Veículos Tem prazo máximo de dois anos e o veículo deve estar segurado para que possa ser dado em garantia.Além disso, deverá ser registrado no DETRAN para que seja oponível contra terceiros. Graças a exigência do seguro, a tradição é dispensada, haja vista que, se o bem sumir, o seguro cobrirá. Penhor Legal São as garantias instituídas por lei. Independe da vontade das partes. O conceito geral de penhor, ainda segundo Carlos Roberto, é um direito real de garantia sobre bens móveis. Deriva de uma expressão latina“pugnus”, que significa punho, ou seja, o penhor é um direito real de garantia que depende da tradição (transferência do bem), no caso, do bem ser levado pelo próprio punho.É importante ressalvar que o credor pignoratício tem o direito de guardar a coisa, mas ele não pode ficar com a coisa para si, em virtude de vedar a legislação pátria o instituto da cláusula comissória. Fonte: Carlos Roberto Gonçalves, Direito das Coisas. Sinopses Jurídicas. Editora Saraiva