Jornal de
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A África é aqui! Lígia Costa e Thaís Praciano
Feijoada, azeite de dendê, capoeira, candomblé, fé, canto e alegria. Ao desembarcar no Brasil, há 483 anos, o africano trouxe do chamado Continente Negro muito mais que a força e o suor do seu trabalho. Não fosse a mistura da cor e dos costumes trazidos para cá, certamente o Brasil não seria Brasil. Em maio, é comemorada a abolição oficial da escravatura e nada mais justo que prestar uma homenagem, ainda que sutil, ao povo africano, que tanto contribuiu para o desenvolvimento do nosso País. O terceiro maior continente do mundo e segundo mais populoso abriga alguns dos países mais pobres, como também reúne uma rica variedade cultural, social, política e étnica. É importante também lembrar tudo o que existe de maravilhoso por lá. Por tudo isso, “Sawabona, África!”. Ou melhor: “Eu te respeito, África!”. Sem dúvidas você é importante para todos nós! A sua cultura não foi deixada para trás e se mantém entrelaçada com a nossa. Afinal, todo brasileiro tem sangue africano.
Contador de estórias Quer (re)conhecer a África através da literatura? Experimente ler os contos do escritor moçambicano Mia Couto. As narrativas – próximas da poesia – são temperadas com tradições, memórias e historicidade. Você pode encontrá-las, por exemplo, em O fio das missangas (2009), que reúne 29 estórias curtas.
Putumayo Com uma música cheia de misturas e ritmos, a bagagem musical da África vale a pena ser conhecida. Uma boa dica é o CD Putumayo Presents: South African Legends. Com faixas preciosas, ele conta um pouco sobre a música desse continente tão vasto e singular.
Carla Helena, 24 anos, veio de Cabo Verde e cursa Farmácia na Unifor. “Aqui é totalmente diferente de lá, principalmente a cultura. Lá tem coisas artesanais, aqui não tem muito não. [...] O povo de lá é mais simples do que o daqui”.
CULINÁRIA AFRICANA A culinária africana reflete a diversidade do próprio continente. Tendo sido intensamente influenciada pela gastronomia de países colonizadores como Portugal, Inglaterra e Holanda, a cultura gastronômica particular da África se apresenta na forma de juntar e cozinhar os alimentos típicos locais. Somente nas regiões mais remotas é possível saborear pratos nativos tradicionais, como é o caso da tribo Masai, onde o sangue e o leite do gado são intensamente apreciados.
Laboratório de Jornalismo da Unifor. Diretora do CCG: Profa. Maria Clara Bugarim - Coordenador do Curso: Prof. Wager Borges - Concepção : Prof. Jocélio Leal - Professor: Alejandro Sepúlveda - Coordenação de equipe: Juliana Teófilo - Redação: Isabel Lima, Janine Nogueira, Juliana Teófilo, Lígia Costa, Thaís Holanda e Vitória Matos - Revisão: Prof. Antônio Celiomar - Projeto gráfico: Liduina Figueiredo - Diagramação: Mahamed Prata - Auxiliar de diagramação: Anderson Fernandes e Douglas Pinto -Supervisor da Gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor
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O SAFÁRI É O BICHO O termo Safári era, originalmente, aplicado para definir expedições de caça, acontecidas na África central e sul. Atualmente, o termo se aplica a passeios feitos em carros abertos para observar animais selvagens ou parques. Luiz Victor Torres, 21, que participou de um safari no Egito, aponta suas impressões. “Foi um máximo! A experiência é ainda mais especial, pois é algo fora do comum. Pude ver todos os bichos que só tinha visto pela tv”.
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Curso de Jornalismo da Unifor | nº 84 | ano 5 | Maio - 2013
Ermelinda Andrade, 21 anos, veio de Cabo Verde e cursa Economia na Unifor. “Brasil e África têm muito em comum. [...] Ambos, infelizmente, [...] apresentam muita pobreza, fome e riquezas naturais mal aproveitadas”.
www.youtube.com/ user/IkennaAzuike
Você sabia que o Harlem Shake é baseado em uma dança da Etiópia e Heavy Metal é muito popular em Botsuana? O video blog What’s Up Africa apresenta as notícias da África e a cultura popular de maneira divertida e dinâmica.
O corpo é uma orquestra Os africanos dançam para comemorar qualquer acontecimento. Cada parte do corpo se move de maneira diferente, como instrumentos que formam uma sinfonia. Tem a Kizomba, a Schikatt e o Kuduro, famosos nas discotecas. Já a capoeira é uma luta misturada com dança, criada pelos escravos trazidos ao Brasil.
Hakuna Matata, frase
do idioma suaíle, língua falada na África oriental, que significa “sem problemas” ou “não se preocupe”.
Curiosidade O sétimo álbum do músico americano Paul Simon, vencedor do Grammy Award em 1987, teve como influência o trabalho dos músicos sul-africanos Johnny Clegg e Sipho Mchunu.
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