JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR
ABRIL/MAIO 2012
Slackline: conheça o simulador de dança sul-coreano que conquistou o mundo. A modalidade completou 12 anos com quatro campeonatos mundiais. Página 4
ANO 11 N° 29
Futebol americano atrai cearenses Esporte americano conquista adeptos no Ceará. Dragões do Mar e Ceará Cangaceiros treinam juntos visando o crescimento do esporte no Estado Lucas Matos e Glauber Peixoto
O futebol americano aos poucos vem crescendo no do Ceará. Atualmente, o Estado contém dois times que usam equipamentos de proteção (Dragões do Mar e Estácio Ceará Cangaceiros), porém, no caso das equipes que não utilizam material de proteção, a Federação Cearense de Futebol Americano (FECEFA) não considera as partidas realizadas por eles como oficiais. De acordo com o presidente da FECEFA, Diego Lima, a compra dos equipamentos é feita nos Estados Unidos, pois no exterior os equipamentos são mais em conta. “No Brasil, somente alguns da lista de materiais necessários estão disponíveis no mercado, mas, como são muito caro, então preferimos comprar dos Estados Unidos. Lá a venda de equipamentos é completa”, afirma. Ombreiros, chuteiras, capacetes, bola e camisa, reunidos, custam entre R$ 600,00 e R$ 1.000,00. Ao entrevistar torcedores, atletas e treinadores sobre o que eles acham do esporte e da evolução no Estado constatou-se que, apesar de ser nenhum pouco popular no Brasil, a prática já se insere no Ceará há 10 anos, e
Dragões do Mar e Ceará Cangaceiros treinam juntos para o Campeonato Brasileiro
conseguiu, inclusive, criar uma entidade representativa. De acordo com a torcedora do Estácio Ceará Cangaceiros, Thais Sabóia, o esporte ainda tem muito o que crescer, mas estão conseguindo com que evolua. “Acompanho o futebol americano há mais de um ano. Acho o esporte interessante tanto Dragões do Mar quanto Cangaceiros estão fazendo com que o esporte cresça”. Sobre o time pelo qual torce, Thais afirma: “eles têm capacidade para superar os desafios do dia a dia, mas ainda falta um pouco mais de organização”.Para o “fullback”, do Dragões do Mar, Diego Stein-
20- 30- 40- 50
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dorfer, o esporte cresceu muito com o apoio da Liga Nacional. “Acompanho o esporte há cinco anos e, com o apoio da Liga Nacional, podemos aumentar o número de patrocinadores. No campeonato brasileiro, os times só jogam se tiver em proteção, ou seja, só jogamos com equipamentos. Um pouco de memória O futebol americano começou em 2002 no Estado, com a fundação do Ceará Cangaceiros, Em 2007, foi fundado o Dragões do Mar. Logo após, vieram mais times, como o A.S.R Gladiadores, Vikings, Artifices, Ceará Jaguars etc.
A quem interessar Rafael “Nêgo” (Técnico Dragões do Mar): 9713.7875 Dragões do Mar preparam sua defesa
Diego Lima (Presidente FECEFA/ Técnico Cangaceiros): 8875.4676
Foto: GlAuBer peiXoto
Federação incentiva o novo esporte
Posições dos jogadores
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Foto: luCAs MAtos
Quarterback: Quem dita a jogada. Pode lançar para um receiver, dar para um corredor ou carregar a bola. Center: Inicia a jogada. Running back: Recebe a bola do quarterback. Linha ofensiva: Protege o quarterback. Wide receiver: Rápido, corre para receber os passes. Tight end: Desloca-se para receber os passes ou proteger o quarterback Linha Defensiva: Pressiona a linha de ataque para evitar corridas ou derrubar o quarterback Linebacker: Derruba rivais que corram com a bola ou o quarterback antes dele lançar. Cornerbacks: Marcam os wide receivers. Linebacker: Na última linha de defesa, ajuda os cornerbacks na marcação.
Surgida em 2008, a Federação Cearense de Futebol Americano (FECEFA) vem trabalhando pela popularização do esporte. De acordo com o Presidente da entidade, Diego Lima, a FECEFA tem por objetivo a “captação de recursos tanto da Prefeitura quanto do Governo para o crescimento do futebol americano no Estado, além da divulgação e expansão do esporte”. Além de Presidente, Diego também é “coach” do time Estácio Ceará Cangaceiros, o “primeiro time de futebol americano fora do eixo sul-sudeste”, afirma. Para Diego, o jogo-treino acompanhado pela reportagem do FÔLEGO serviu como prepa-
ração para o Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, que será realizado em julho desse
ano. Dos seis times de Futebol Americano existentes no Ceará, apenas dois, o Dragões do Mar e o Estácio Ceará Cangaceiros participarão. Diego explica que somente os times que possuem equipamento participam de campeonatos. O Campeonato Brasileiro de Futebol Americano constitui-se de duas fases. A primeira é regionalizada, seguida de confrontos inter-regionais a partir das semifinais com confrontos entre campeão da divisão centro-norte e campeão da divisão sul, assim como entre campeão da divisão nordeste e campeão da divisão sudeste.
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Entrevista
Arbitragem depende de gênero? Valério Fernades Gama, 33 anos, mora em Beberibe, Ceará, e tem uma vida muito corrida. De manhã trabalha como coordenador do Projeto Jovem Guia, ensinando jovens a trabalhar com o turismo; à tarde é arbitro de futebol, já tendo apitado mais de 200 partidas estaduais; à noite se transforma em Laleska Valéria, um travesti bem vaidoso. Bruna Feijó
Fôlego: Onde nasceu seu interesse pelo futebol? Valério Gama: Eu comecei a gostar mesmo, de verdade, na copa de 94, que aconteceu nos EUA e o Brasil foi campeão. Antes eu não gostava de futebol, eu assisti aos jogos, me interessei e comecei a jogar aqui na praia. Eu era goleiro, pegava bola mesmo, e achavam que eu jogava pra dar em cima dos meninos, porque eu sempre fui assim, sempre mostrei o que eu era, nunca neguei. Um dia faltou um juiz, que vinha apitar a partida do meu jogo, aí o treinador me pediu pra apitar e eu fui, sem saber de nada, fui na doida mesmo. Eu gostei, fiquei treinando, todos os jogos que tinham, eu apitava, até que virei juiz de verdade. Fiz curso aqui em Beberibe, ganhei outro da Federação, mas, devido à idade, eu não pude fazer. Eu ganhei tudo direitinho, assinado, aí fiquei como convidado de honra, qualquer jogo que tem no Ceará e Fortaleza, que vem pra cá, eu apito. Aqui, em Beberibe, de juiz homossexual sou só eu e, no Brasil e no mundo, constatado como travestido só sou eu também. F: Como você se descobriu homossexual? V: Eu percebi logo que eu não gostava de mulher. Eu gostava de brincar de boneca. É uma coisa que ninguém colocou na minha cabeça. Ninguém disse: ”você vai ser mulher, você vai ser gay” já nasci assim. Aí eu percebi que eu era infeliz, eu tava com as meninas e não gostava, eu tava com os meninos e sentia alguma coisa, aí eu pensei: Quer saber de uma coisa, eu vou logo assumir. F:Como sua família aceitou sua opção sexual? V: Uma parte da minha família aceitou. Até hoje, uma parte aceitou. O meu pai não aceita, é 0% de aceitação. A mãe é 100%. O pai tem ódio, mas eu disfarço, ele só me viu vestido de mulher uma vez, que foi no Ratinho, foi a maior polêmica,
Projeto Jovem Guia: Conhecendo os ídolos do esporte Foto: Arquivo Pessoal
jogos. Se ligar pra mim e disserem: olha o jogo é tal, dia tal. Aí eu pego só o endereço e me mando de ônibus, de carona, só sei que eu vou, tenho até medo, às vezes eu vou sozinho.
nunca me viu porque eu me visto de mulher na noite, aí eu me escondo, saio de casa escondido, mas todo mundo aqui sabe. F: Porque seu nome de travesti é Laleska Valéria? V: Aqui tem uma amiga que batiza as outras mais novas. Meu nome era Valeska, mas eu não gostei, mudei pra Laleska Valéria, pra ficar um nome próprio, aí ficou até hoje. Uns me chamam de Valério, outros de Laleska, eu não tenho raiva, eu sou moderna. (risos) F: Há diferença entre homossexualismo e transexualismo? V: Na verdade todo mundo é homossexual, o travesti é o homem que ainda tem o órgão do sexo masculino e tem umas formas físicas de mulher, como eu que tenho peito, cabelo grande, mas eu ainda sou travesti. O transexual é o que faz mudança de sexo, eu já pensei em fazer isso há muito tempo, mas eu não penso mais não, sei lá, já tô chegando aos 34 anos. Eu não vejo porque, também eu nunca fiz programa e, detalhe, eu sou o único travesti do município que não faz programa. Um repórter uma vez me perguntou como eu conseguia conciliar minha vida, entre tantas atividades: “apita jogo, trabalha na prefeitura e ainda faz programa?”, e eu disse que não, programa eu não faço. Muita gente tem a imagem do travesti ser marginalizado e não é, não é obrigado só porque é travesti, fazer programa não. Ninguém é obrigado não, vai aquele que tem vontade, que não quer trabalhar, a maioria dos travestis não querem ganhar só um salário, eles ganham um salario só numa “saidinha”, como eles falam. F: Tem como se sustentar só como árbitro? V: Não, até porque ser arbitro não é uma profissão, um jogador é profissional, só que um juiz não é um profissional, ele ganha e faz um curso na Federação, só que não é uma profissão. É tanto que não incomodou essa parte, que seria interessante eu virar profissional, só que o cara me falou que eu nem me incomodasse não, porque isso não é uma profissão
Arbitragem: Laleska descobriu-se apaixonada pelo futebol
Laleska
Um repórter uma vez me perguntou como eu conseguia conciliar minha vida, entre tantas atividades: “apita jogo, trabalha na prefeitura e ainda faz programa?” e eu disse que não, programa eu não faço. Árbitro de futebol em Beberibe
e o salário de arbitro é muito pouco, se não tiver campeonato tu não trabalha. É o que tá acontecendo comigo agora. F: Jorge José Emiliano Santos, o Margarida, no fim da década de 80, ficou conhecido por se transexual e trabalhar no futebol. Ele tem alguma relação com você, gosta dessa comparação? V: Eu não tenho nada a ver com o Margarida, a única coisa que tenho a ver com ele é porque ele é homossexual. Ele faz aqueles trejeitos, aquelas putarias, eu não faço não. Eu apito mesmo de verdade, parece até que um espírito incorpora em mim. F: Como você foi recebido no futebol?
Foto: Arquivo pessoal
V: Por mais incrível que pareça, no futebol eu não tive problema. Eu não posso dizer que eu senti preconceito, porque eu não tive. Tem a torcida que fala alguma coisa, xinga, mas os jogadores me respeitam, até porque eles levam o cartão por causa disso, eu mostro mesmo. Mas eu nunca tive problema não, só aqueles nomes que a gente escuta na televisão, que até a emissora baixa o volume. Eu já apitei até em Fortaleza alguns jogos, Quixadá, fui pra São Paulo e lá eles disseram que minha vida era uma vida bastante doida, porque eu tinha muita coragem, eu disse: Meu povo, eu lá vou viver dentro de casa escondido, já pensou se morrer e não der tempo de fazer o que gosta, aí eu jogo logo. Também não sou santa não, tenho um lado ruim também. F: Qual é o lado ruim? V: É que eu não levo desaforo. Se chegar aqui me ofendendo, tu vai ouvir milhares de coisas. No futebol, graças a Deus, nunca aconteceu, porque se um jogador me agredir ele é expulso e é punido. Tem as regras. Se eles me agredirem, física ou verbalmente, eles podem ser até expulsos, suspensos. É tanto que, no futebol, eles não batem mais por causa disso. Mas tem vontade bater não é porque é mulher, é homossexual, não. É porque é juiz. F: Qual a sua rotina como árbitro de futebol? V: Às vezes, eu trabalho só uma vez, mas tem semana que dá três
F: Já cometeu algum erro em uma partida? V: No futebol sempre tem, o pessoal diz até que a gente rouba, mas é tão ruim, tem vezes que eu apito só, sem bandeirinha, a gente não vê tudo como vemos na televisão, a bola as vez entra, o bandeirinha tá do lado, eles não veem, eles erram. Eu marquei uma falta que foi fora da área, eu marquei dentro, aí deu a maior polemica, mas o que o juiz marcou tá marcado, não volta atrás e ele volta se ele quiser, ele quem manda, a regra é antiga. Eu fiquei com vontade, mas a gente quer ter tanto pulso, tanta moral e não volta. F: A sua vida pessoal pode se unir com a profissional? V: Pode, não dá muito certo, mas já aconteceu caso com jogadores. Durante o jogo deu em cima de mim e eu até gostei. Depois pegou o telefone, manteve contato, deu até namoro, que acabou em tragédia (risos). Briga, muita briga, porque eu não admito ser traído, nem trair, eu não gosto. E apitar é a coisa mais estranha do mundo, você não se sente bem, parece que você tá apitando nua, sem roupa, é estranho, não é legal. É a única coisa que me dava nervosismo. Eu não sabia distinguir. F: O que ainda precisa mudar no futebol, para os travestis? V: É tão difícil o pessoal aceitar, mas a pessoa tem que saber se impor também, tem que ter respeito. Até a gente mesmo tem preconceito com a gente. Porque, sei lá, é uma coisa que já é pra ser juiz, eu acho. Porque não é pra pegar os travestis, tirar da rua e botar dentro do campo. Num vai dar certo não. Vai virar bagunça. Ele tem que querer primeiro. Eu acho que é muito difícil, e os que têm também não têm a aparência que eu tenho, a forma física. Tem muito gay, é o que mais tem, só que não assume.
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Corpo de Bombeiros em defesa da saúde
Sprint
Arena Castelão As obras da futura Arena Castelão já estão bem adiantadas. Segundo o site da Secretaria Especial da Copa (Secopa), 75% da obra foi executada. A construção da Arena ocorre em quatro fases simultâneas. Duas delas já foram concluídas, e as outras avançam em ritmo acelerado. Foram concluídas o Estacionamento e a Praça de Acesso do Setor Norte e o Edifício Fares Cândido Lopes, obras da Etapa I. Na Etapa II, foram concluídas as obras do Estacionamento e Praça de Acesso do Setor Sul, além da primeira bilheteria. As Etapas III e IV, ainda não terminadas, correspondem à construção do Edifício Central, considerado o centro de comando de todo o estádio, que contará com 52 camarotes, áreas vips, área de imprensa e o estúdio de transmissão televisiva dos jogos. A Etapa IV compreende o término do projeto e a interação entre as demais etapas.
GP de Interlagos O próximo Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 2012 será realizado no dia 25 de novembro, no circuito de Interlagos, na cidade de São Paulo. A edição de número 41 do GP Brasil F1 virá com um grande desafio para os pilotos brasileiros, que amargam grandes dificuldades durante esta temporada. Bruno Senna possui nas mãos um carro realmente competitivo, e é a aposta para um melhor resultado dos brasileiros na Fórmula 1 2012. Para você que quer conferir de perto, os ingressos para o GP Brasil já podem ser comprados online através do site www.gpbrasil.com.br. Terceira idade concentrada para a realização de mais um dia cheio de atividade física.
As pessoas da Terceira Idade estão dispostas a praticar esportes, seja por indicação médica, seja por realmente gostar e querer se manter em forma e com saúde Lise Ane Alves
Os idosos escolheram prolongar a vida através de exercícios físicos, aliando o prazer à obrigação de manter uma vida saudável. Os idosos começam a praticar esportes, seja por recomendação médica seja por vaidade, e sempre procuram cumprir o ritmo de exercício recomendado, e com isso se mantêm sempre dispostos durante suas atividades diárias e com muito mais qualidade de vida. O Corpo de Bombeiros tem um projeto chamado Saúde, Bombeiros e Sociedade em vários bairros de Fortaleza e também na Região Metropolitana e Interior do estado, para ajudar pessoas com idade superior a 60 anos a sair do sedentarismo. Com lugares aconchegantes e
Maria de Lourdes
“Então eu vejo o projeto hoje com 189 senhoras aqui no núcleo do Iguape sendo cada vez mais benéfico a todas que participam”. Coordenadora do Projeto Bombeiros e Sociedade
acessórios simples, as pessoas melhoram a qualidade de vida e renovam a saúde. Praças e parques de alguns bairros são palcos da prática de exercícios duas vezes por semana, no horário de 6h às 7h a primeira turma e de 17h às 18h a segunda turma. Os bombeiros orientam os idosos com exercícios aeróbicos que os deixam mais dispostos para as atividades diárias. A equipe de profissionais que atuam neste projeto é composta por bombeiros forma-
Foto: Arquivo Pessoal
dos e pós-graduados em Educação Física. “A atividade física não pode restaurar tecidos que já foram destruídos, no entanto pode proteger o idoso contra várias doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento, maximizando as funções fisiológicas do organismo que ainda estão em bom estado”... O idoso adere ao programa de forma espontânea. É preciso preencher uma ficha de inscrição, apresentar atestado médico e responder a um questionário no ato da inscrição. Dona Maria de Lourdes começou como aluna no Projeto e recebeu o convite para ser uma das coordenadoras do grupo na Região do Iguape. Dona Maria disse que gosta de participar e tem com o exemplo uma senhora de 91 anos que também participa, e melhorou bastante seu estado de saúde, já que tem alzheimer. Então ela vê o projeto hoje com 189 senhoras no núcleo do Iguape e considera cada vez mais benéfico a todas que participam.
NFL A NFL anunciou o calendário completo da temporada 2012. O New York Giants recebe o Dallas Cowboys no primeiro jogo da temporada. No primeiro domingo à noite, Peyton Manning e o Denver Broncos recebem o Pittsburgh Steelers. Já na segunda-feira, rivalidade na rodada dupla, Chargers x Raiders, e Bengals x Ravens. Oito times jogam pelo menos 5 vezes nos horários principais da televisão: Broncos, Steelers, Chargers, Bears, Packers, Giants, Eagles e 49ers.
Para os times do interior A taça Fares Lopes tem ínicio no segundo semestre de 2012. O campeonato é disputado pelos times do interior do Estado e pelos times da Capital. O torneio tem formato de turno e returno e serve para não deixar parados os times que não disputam nenhum campeonato nacional. O clube campeão tem direito a uma vaga em um dos torneios máximos do futebol brasileiro, a Copa do Brasil.
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Esporte radical na corda bamba O Slackline é uma ótima opção para quem deseja se exercitar com baixo custo e alto benefício para a saúde do corpo e da mente
da permite que o praticante faça manobras como saltos e flips. Waterline As manobras podem ser mais ousadas, já que as quedas serão amortecidas pela água;
Maria Falcão
Andar na corda bamba não é mais coisa de treinamento militar ou circense. O Slackline, que em português quer dizer “linha bamba”, é a novidade que está movimentando homens e mulheres de todas as idades, em Fortaleza. A modalidade radical começou a ser praticada no vale do Yosemite, na Califórnia, no final da década de 1980, quando alguns alpinistas, entre uma escalada e outra, se divertiam amarrando suas cordas em árvores ou pedras e testando o equilíbrio. As cordas foram substituídas por fitas de 2,5 a 5 centímetros de largura e hoje, amarradas a árvores ou bases fixas, a prática se espalhou, conquistando adeptos pelo mundo todo. Aqui em Fortaleza, o número de praticantes cresce a cada dia. E, para aproveitar o clima e a paisagem, o local mais comum para encontrar os “ s l a ckers”, como são conhecidos os atletas, é a Avenida Beira-mar. São em média 20 fãs do esporte que se encontram todos os dias, próximo ao aterro da Praia de Iracema, a partir das 19h. Quem comanda a turma é Dyego Pires, um dos pioneiros do Slackline em Fortaleza. Ele, que pratica há pouco mais de dois anos, também dá aulas do esporte para quem se interessar. O slackline é um esporte relativamente novo, mas já existem algumas modalidades para os que são atletas mais antenados, por exigir mais preparo físico e treino. São elas:
Longline É vertente do highline. O que diferencia é apenas a altura e a periculosidade. Este é ancorado sobre dois pontos, com uma distância média de 25 a 50 metros; Speedline É praticado com velocidade empregada na fita.
EQUILÍBRIO e força física são alguns benefícios do slackline Foto: Arquivo pessoAl
O equipamento utilizado varia entre as modalidades e os locais de fixação e custa de 150 a 300 reais. Os kits podem ser encontrados em lojas especializadas em esportes de aventura. Se desejar, também pode montar seu próprio equipamento, com ferragens e acessórios adquiridos em lojas para alpinismo. Uma dica importante é verificar se o kit é especial para alpinismo ou slack. Fitas fracas podem comprometer a segurança do praticante. Para os iniciantes, vale lembrar que a modalidade, por atingir uma distância considerável do solo, pode ser perigosa. O ideal é começar a praticar com alguém que já pratique há algum tempo e tenha o conhecimento da montagem correta do equipamento. Outro cuidado importante é com as árvores onde se deve amarrar a fita. O atrito pode danificar o tronco das árvores. É recomendado utilizar placas de borracha EVA ou papelão espesso para diminuir os danos.
Saiba mais
Cuidados com o corpo e com a mente O slackline é um esporte alternativo, de fácil acesso e montagem. Para começar a praticar, não é necessário muito esforço. Também não há idade, peso mínimo ou máximo para praticar. Aliás, é uma ótima opção para quem deseja perder uns quilinhos ou melhorar a concentração, postura e consciência corporal, respiração, aumento do equilíbrio, fortalecimento do abdômen e tonificação dos músculos. Atualmente, por conta dos movimentos e da exigência muscular parecida, a modalidade vem sendo bastante utilizada nos treinos de muitos escaladores, surfistas e skatistas. Leia estas dicas importantes que o Fôlego traz para quem deseja iniciar a praticar o Slack line:
1.
Slackline no cinema
Highline É considerado a modalidade mais difícil e perigosa, por ser praticado em alturas superiores a 4 metros. Para esta modalidade, é necessário a utilização de equipamento de segurança, experiência e conhecimento de alpinismo.
Trickline A partir de 50 a 60 cm de altura. A característica dinâmica da cor-
Posicione os pés de maneira correta; mantenha a coluna reta; afinal, é muito importante subir reto na corda, para não gastar muita energia tentando se equilibrar;
Saiba mais...
2.
Utilize os braços pois eles são importantes para ajudar a manter o equilíbrio;
3.
Olhe para um ponto fixo. É importante para manter a concentração.
EQUILÍBRIO e força física são alguns benefícios do slackline Foto: Arquivo pessoAl
“O Equilibrista” (2008) retrata a maior aventura da vida de Philippe Petit: o dia 7 de agosto de 1974, quando o francês andou por 45 minutos da Torre Sul à Torre Norte do World Trade Center, sobre um cabo de aço, sem nenhum equipamento de segurança. O longa resgata fotos, filmagens de arquivo, entrevistas, e reconstitui, dramaticamente, o feito do slacker mais ousado de todos os tempos. Vencedor do Oscar de melhor documentário. O Equilibrista (Man on Wire): Reino Unido / EUA, 2008 94min. Direção: James Marsh
Enquete
Você conhece o slackline? Como sou repórter, tive a oportunidade de tentar uma vez, enquanto fazia uma matéria. Não é tão fácil assim! É necessário equilíbrio, paciência e força, mas os benefícios para o corpo são enormes. Eu pretendo praticar o slackline mais vezes e quem sabe aprender algumas manobras. Geovana Rodrigues Jornalista
Já vi várias pessoas, inclusive amigos, praticarem na praia de Iracema, mas ainda não tentei. Acho muito divertido e uma opção diferente de exercício físico. É muito comum nos Estados Unidos, onde eu morei, e o brasileiro está descobrindo e se destacando no esporte. Luca Laprovitera Estudante de jornalismo