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JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

Você sabia que o simples ato de brincar com a bola de futebol, tentando equilibrá-la o maior tempo possível, pode ser considerado um esporte? É o FreeStyle. Fôlego Página 1

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ANO 9

Foto: arquivo PessoaL

A Igreja é, por muitos, considerada um ambiente sagrado, no entanto isto não impede que furtos sejam realizados dentro do local. Alguns ladrões têm se passado por funcionários dos templos para conseguir dinheiro dos fiéis Sobpressão Página 10

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Fotógrafos revelam a beleza dos albinos Eles chamam atenção. Geralmente, os identificamos por serem aquelas pessoas que possuem a pele e os cabelos totalmente brancos. São os chamados

albinos. Do latim albus, que significa branco. A cor destas pessoas não é resultado de uma doença. Na realidade, os albinos são portadores de um dis-

Poluição

Saiba como passar sem multas por uma blitz contra a fumaça negra Não só de Lei Seca são feitas as blitzes. Órgãos de trânsito e ambientais podem checar, além da documentação e postura do condutor, as condições do automóvel. Dentre elas, o índice de emissão de fumaça negra. Saiba como manter o carro regulado, e conheça também os principais danos que os poluentes dos carros causam à saúde. Sobpressão Páginas 13

túrbio genético ocasionado pela ausência de pigmentação na pele, cabelos e, em determinados casos, até nos olhos. Conheça mais sobre essas pessoas que

poeticamente são chamadas de filhos da lua e veja sua beleza revelada por meio das lentes fotográficas de Jota Pê Correia. Sobpressão Páginas 3, 4 e 5

Descaso

Fôlego

Animais sofrem com abandono Foto: PatríCia Mendes

A aquisição inconsciente de animais domésticos pode gerar um grave problema urbano. Muitos desses animais são posteriormente descartados pelos donos, sem lar acabam parando em abrigos. Associações protetoras alegam que sofrem de superlotação. O trabalho destas instituições. Sobpressão Página 8 e 9

Dançando com máquinas No Brasil há 12 anos, o simulador de dança Pump it up chegou aos shoppings centers, hoje, já existem campeonatos mundiais da prática. Durante a música, que é eletrônico, sequências de setas começam a aparecer numa tela e guiam os praticantes. Para os jogadores mais experientes, apenas uma ficha não basta. Para os iniciantes também não. Fôlego Página 4


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Registro fotográfico

Editorial

Açúcar em nuvens A arte de transformar açúcar em nuvens não é para qualquer um. Não falo da simples atitude de misturar pequenos cristais, um pouco de corante e ar aquecido numa máquina. Desse processo surge o poético e lúdico algodão-doce. Falo de outro conjunto de manipulações que duram mais ou menos seis meses. A receita é complexa. Precisamos de um caldeirão com computadores. Três ou quatro câmeras digitais de fotografia, uma colagem residual de uma oficina de fanzine. Em seguida, reúne-se, num turno, 25 seres humanos curiosos, engraçados, talentosos. No outro turno, mais uns 10, também seres humanos invencíveis e incasáveis. Durante a manhã, os primeios saem às ruas para colher itens, imagens, fatos, histórias, inquietações, acontecimentos e transformações sociais. Realiza-se uma ou duas reuniões. Nesta hora, deixar ferver. No período da tarde, o segundo grupo mexe-mexemexe-mexe o caldeirão, até o açúcar apurar. Apurar bas-

SURREALISMO: É com um guarda chuva mágico que Mary Poppins encantava crianças dos agora distantes anos de 1964. O filme produzido pela Walt Disney de gênero musical/fantástico mostra uma “babá voadora” interpretada pela atriz Julie Andrews. De lá para cá muitas releituras foram produzidas em teatros e fotos, uma delas fez grande sucesso na Broadway, em Nova Iorque, em 2006. Na Unifor é muito comum encontrar meninos voadores, não são perigosos, fazem parte da paisagem da universidade. Foto: daMinhão soares.

Érika Zaituni

Teste seu conhecimento sobre música Aqui você encontra um pequeno questionário com cinco alternativas, por meio do qual você pode avaliar seus conhecimentos sobre música. As perguntas foram elaboradas a partir de sugestões da redação do Labjor. Pronto para começar?

Samba

1. O samba tradicional surgiu em qual cidade do Brasil? a) São Paulo b) Salvador c) Recife d) Rio de Janeiro e) Brasília 2. Qual o verdadeiro nome de Zeca Pagodinho? a) Jessé Gomes da Silva Filhp b) José Gomes da Silva Filho c) Jessé da Silva Gomes d) José da Silva Gomes e) José Alves Filho

Rock

3. Qual desses grupos é considerada a banda de rock mais antiga em atividade? a) Deep Purple b) Motörhead c) The Rolling Stones d) Kiss e) U2

4. Roberto Carlos e Caetano Veloso fizeram juntos um tributo a um compositor brasileiro. Quem era o homenageado? a) Cazuza b) Tom Jobim c) Tim Maia d) Vinicuis de Moraes e) Renato Russo

Pop

5. Quais eram os companheiros de Britney Spears no programa Mickey Mouse Club? a) Miley Cirus e Justin Bieber b) Hilary Duff e Selena Gomez c) Pink e Justin Timberlake d) Madonna e Lady Gaga e) Christina Aguilera e Justin Timberlake 6. Qual música Madonna interpretou vestida de noiva durante premiação em 1984?

c) Like a virgin d) Holywood e) American Life

Reggae

7. O que é Dancehall? a) Uma banda b) Um cantor c) Um estilo variante do reggae d) Um instrumento e) Uma música de Bob Marley 8. Em que ano foi lançado o disco The Wailing Wailers da banda, conhecida pelo integrante Bob Marley, The Wailers ? a) 1945 b) 1950 c) 1955 d) 1960 e) 1965

a) Like a prayer b) Papa don’t preach Respostas: 1. d) 2. a) 3. c) 4.d) 5. e) 6. c) 7. c) 8. e)

Colagem e Poesia

tante. Dois meses depois, já é possível sentir o aroma e ver a cor. O sabor? fica para depois. Fica para vocês. Que já devem ter começado a sentí-lo desde a primeira página. Depois de prontas, num papel suave, as nuvens desfilam, formam imagens para serem interpretadas, respostas adivinhadas, conforme queira o degustador. A arte de transformar açúcar em nuvens requer sensibilidade e inspiração. Para escrever sobre a aplicação de tintas em telas; Para enxergar a suavidade das nuvens no cabelo dos albinos; A maciez do algodão no pêlo dos cachorros e gatinhos que se perdem e procriam pelas ruas e praças; Para questionar, nestas mesmas praças onde mora a tranquilidade? Nem mesmo nas capelinhas? Sensibilidade para sentir a doçura dos albergues e o prazer do colecionador. Aproveite, passe os dedos pelas nuvens e depois nos diga qual o sabor! janayde@unifor.br

Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) Fundação Edson Queiroz - Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profª Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Disciplina: Projeto Experimental em Jornalismo Impresso (semestre 2011.2) - Reportagem: Áquila Leite , Camila Coelho, Cláudio Ângelo, Gabriel Macedo, Indira Arruda, João Romero, Jota Pê Correia, Karolina Pinto, Larissa Oliveira, Lia Girão, Lucas Leitão, Luiza Dantas, Márcia Pessoa, Patrícia Mendes, Raynna Benevides, Rebeca Marinho, Thiago Rocha- Projeto gráfico: Prof. Eduardo Freire - Arte final: Aldeci Tomaz - Professor orientador: Janayde Gonçalves - Coordenação de Fotografia - Júlio Alcântara - As fotografias da matéria Igrejas do Centro foram gentilmente cedidas pelo fotojornalista Natinho Rodrigues. Revisão: Prof. Celiomar de Lima - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 750 exemplares - Equipe do Laboratório de Jornalismo (Labjor) - Estagiários de Fotografia: Damião Soares, Jonhally Gurgel, Melyssi Peres, Mahamed Prata- Estagiário de Produção Gráfica: Fernanda Carneiro - Edição: Renata Frota - Estagiários de Redação: Giselle Nuaz, Marília Pedroza, Renata Frota. Errata: No Sobpressão nº 28 , também estagiaram na redação Hamlet Victor Ribeiro, Luiz Bonfim, Daniel Cavalcante.

Sugestões, comentários e críticas: jornalsobpressao@gmail.com


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Albinos têm o brilho da lua Cabelos, sobrancelhas e pestanas totalmente brancos ou de um amarelo muito pálido. Pele extremamente clara e olhos que variam de tons azuis ou rosados. Prazer, somos albinos

Jota Pê Correia

O albinismo (do latim albus, que significa branco) é um distúrbio genético caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, olhos e/ou cabelos. Isso ocorre devido à falta ou defeito de uma enzima envolvida na produção da melanina,que além de dar cor, protege da radiação ultravioleta (RUV) tanto do Sol quanto de câmaras de bronzeamento. Além de termos como hipopigmentação, acromia, acromasia ou acromatose, o mais comum usado para alguém afetado pelo albinismo é albino. O albinismo é hereditário. Quando um dos pais possui o gene recessivo (que não se manifesta em todas as gerações) do albinismo, a probabilidade de transmissão é de 25% em cada gravidez. Ou seja, de cada

quatro filhos, um pode apresentar a doença. No caso do nascimento de filho saudável, há 50% de possibilidade de ele ser portador do gene e, futuramente, gerar filhos com albinismo. A incidência é de um a cada 17 a 20 mil habitantes. A despigmentação com que os albinos nascem não se modifica com a idade. No entanto, com a evolução genética, estes pacientes poderão receber os genes que faltam à suas células pigmentadoras. Deste modo, estas poderão adquirir a capacidade de sintetizar a melanina. Dos tipos de albinismo, os três principais são: o ocular, quando somente os olhos sofrem a despigmentação, o parcial, em que o organismo produz melanina na maior parte do corpo e o oculocutâneo ou tiroxinase-negativo, considerado como o mais grave. Nesse caso, o corpo todo é afetado. Esses indivíduos sofrem com fotofobia (incômodo com a luz), nistagmo (movimentos oscilatórios do globo ocular), capacidade visual reduzida, podendo chegar à cegueira, além

de serem propícios a queimaduras e câncer de pele. Além do cuidado quanto ao surgimento do câncer de pele, os albinos, em segundo plano, apresentam envelhecimento precoce (rugas e manchas). “O que determina o uso regular do protetor solar (de duas em duas horas, que deve ser aplicado mesmo em pessoas sem albinismo) e hidratantes faciais e corporais, o que permitirão ter uma pele de aspecto saudável”, esclarece a dermatologista Priscilla Rodrigues. Outras especialialidades médicas, além dos dermatologistas, acompanham os albinos explica Priscilla. “Eles possuem assistência multidisciplinar e permanente como oftalmologistas e psicólogos. Até cirurgiões oncológicos são necessários, em caso de remoção de cânceres de pele mais graves. Em nossa região, onde praticamente temos sol o ano inteiro, os cuidados exigidos devem se tornar um hábito diário e contínuo, para que os albinos tenham qualidade de vida igual a de qualquer outra pessoa”, complementa.

A despigmentação da pele é irreversível, mas a evolução genética é uma promessa de que os albinos recebam no organismo os genes pigmentadores Foto: Jota Pê Correia

Saiba mais

Albinos em outras espécies

Além do uso de óculos escuros com proteção contra os raios ultravioletas, dependendo do caso, também são aconselháveis lentes de contato

Foto: Jota Pê Correia

O albinismo não se restringe apenas à humanos. Também existe em animais como cobras, macacos, jacarés, dentre outros. No reino vegetal também é possível ser identificado. Saiba como o albinismo se manifesta em cada um: Animais Mais comum nos coelhos, ratos, tigres e tubarões, os animais albinos não sobrevivem por muito tempo em seu ambiente natural devido a fragilidade que possuem perante os raios ultra-violetas. E, curiosamente, a despigmentação os torna mais visíveis diante os predadores e presas. Plantas Nos vegetais, é caracterizado pela ausência total ou parcial de uma substância chamada cloroteno. É a responsável por dar o tom verde à clorofila. Por serem bastante exóticas, esses tipos de plantas são usadas de modo ornamental.

O filtro solar deve ser de fator alto, a partir de 50, e reaplicado a cada 2 horas. Seu uso regular previne o câncer, envelhecimento precoce, manchas e rugas

Foto: Jota Pê Correia


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Registro fotográfico

“Sei que a cor não quer dizer nada” Lucas tem albinismo oculocutâneo, considerado dentre os três principais tipos do distúrbio, o mais grave. Quando interrogado so-

bre os devidos cuidados que deve tomar, o garoto se mostra ciente, porém assume que não os faz. O ensaio fotográfico acon-

teceu no decorrer de algumas tardes de 2008, quando dispensava seus horários livres com os times de botão e outras brincadeiras. Atualmen-

te, cursa o 2º ano do ensino médio e estuda para cursar turismo. “Nunca sofri preconceito, mas noto que as pessoas olham porque ficam

Albinos oculocultâneos, considerados “albinos completos“, possuem pele e pêlos brancos, olhos em tons rosados e sensibilidade extrema ao sol.

foto: Jota

Pê Correia

impressionadas por causa da minha cor. Mas não me sinto diferente porque sei que a cor não quer dizer nada”, revela.


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O mergulho de Gustavo Lacerda na sensibilidade O mineiro Gustavo Lacerda, radicado há dez anos em São Paulo, é um dos destaques da fotografia publicitária. Nascido na Belo Horizonte de 1970, mais tarde ingressou na faculdade de Comunicação da UFMG e, em 1991, realizou seu primeiro ensaio, em um hospital psiquiátrico. Seu talento despontaria no New York Festival e no D&AD Global Awards de Londres, em 2002 e 2004, respectivamente. Desde 2009, Gustavo mergulhou num mundo de sensibilidade, pesquisando e clicando portadores de albinismo, o que lhe rendeu o ensaio Albinos. Desprendido da preocupação da fotografia documental, o fotógrafo escolheu esquadrinhar a delicadeza, beleza e suavidade inerentes àqueles de pele e cabelos brancos, olhos azuis e rosados. “Já há alguns anos pessoas albinas despertam minha atenção. Um interesse peculiar, que vai além da questão do ‘ser diferente’, do inusitado. Eles trazem traços singelos de uma beleza envolta em tons pastéis de pele, lábios, olhos, pelos”, re-

Marcos, Andreza e André, cada um é protagonista de si mesmo. Os nomes sem sobrenome denotam intimismo. Foto: Gustavo Lacerda

velou em entrevista ao site photojournal.com.br. Algo curioso e contraditório é que a base da fotografia é a luz, justamente a luz que incomoda os albinos. Mas isso foi bastante testado e o fotógrafo conseguiu uma luz difusa, suave e com brilho suficiente para realçar a pele

e os tons das cenas. A iluminação cumpriu bem a tarefa de imprimir no papel as sensações estéticas que despertaram em Gustavo. A construção de cada sessão do ensaio partiu da valorização dada ao processo de produção, desde cabelo, maquiagem, ce-

Projeto de Lei prevê gratuidade na distribuição de protetor solar O protetor solar ainda não é visto pelas autoridades como um remédio (e sim cosmético). Em muitas doenças de pele o protetor é a base do tratamento para evitar sequelas mais graves como o câncer. O albinismo, como é uma doença fotossensível, o filtro solar deve ser de fator elevado (a partir de 50) e seu uso regular, a cada 2 horas, ainda com ampla proteção tanto para RUV A e B. Quanto maior a proteção, maior o custo do protetor, e mesmo

tendo grande variedade e ampla faixa de preços no mercado, ainda deixa de ser consumido por grande parte da população. Visando melhorias para os portadores do albinismo, o Deputado Manoel Junior (PMDN/ PB) lançou o Projeto de Lei 7.337/2010 que prevê a obrigatoriedade da distribuição gratuita de protetor pelo SUS. Segundo a proposta, os albinos de baixa renda que comprovarem a necessidade do produto serão contemplados.

Curiosidade

New York, Paris e outros lugares O nova-iorquino Stephen Thompson é destaque no mundo da moda e neste ano estampou a campanha de verão da grife francesa Givenchy. Seu primeiro trabalho data do final dos anos 1990, um editorial clicado por Steven Klein para a revista W. Desde então, posou para editoriais da L’Uomo Vogue, City e Paper, Karen Walker Eyewear. Mas o modelo não se contenta apenas com as passarelas, nas horas vagas compõe letras de hip-hop e assinou a trilha sonora de The Aggressives, documentário indie sobre lésbicas que se travestem de homens, dirigido por Daniel Peddle em 2005.

Para o recebimento mensal do protetor, será feito cadastramento dos albinos, que ainda terão atendimento oftalmológico especializado. “Precisamos sensibilizar o poder público para os problemas enfrentados pelos albinos, assim como estabelecer políticas públicas de atenção a eles, com ênfase para o atendimento dermatológico e oftalmológico, já que o organismo sem melanina, uma barreira natural contra a radiação solar, é de grande suscetibilidade ao câncer de pele e à deficiência visual”, declarou Manoel Junior. Ainda de acordo com o deputado, o cotidiano dessas pessoas é marcado pelos riscos e medos da cegueira e do câncer. Por ser considerado portador de uma necessidade especial, o albino precisa de apoio para que seja assegurado o exercício dos seus direitos básicos. “A distribuição gratuita de protetor solar, neste caso, além de representar a redução do número de câncer de pele e a melhoria da qualidade de vida dos portadores do albinismo, simboliza o início do processo de resgate à cidadania deste grupo de pessoas, já que muitos deles não têm condições financeiras para comprar o produto”, afirma o parlamentar. Desde abril deste ano o projeto encontra-se encerrado para a apresentação de novas emendas, aguardando votação na câmara dos deputados.

nários etc. Os albinos foram colocados na posição de destaque, deixando-se aí brotar a essência do trabalho: captando as belezas únicas e sutilezas. O título de cada foto traz o nome, sem sobrenome, de cada personagem, o que gera uma proximidade, semelhança deles

Entrevista

entre os que não são albinos e até mesmo sugere um tom intimista. Mais do que um excelente trabalho, foi construída uma relação com os retratados, tanto que Gustavo é referência e passou a ser procurado por outros albinos. Ele se deu conta, então, da delicadeza gestual e de movimentos que, possivelmente, seja do próprio instinto de autoproteção ocasionado pelas dificuldades visuais e sensibilidade à luz daquelas pessoas. Ainda mais, percebeu como todo esse processo tocou a autoestima dos retratados. Andrezas, Robertos, Patrícias... foram colocados assumidamente na posição de destaque. Desde 2010, eles compõem a mostra da Coleção Pirelli/MASP e Prêmio Porto Seguro de Fotografia. A ideia de Gustavo é fazer uma grande exposição e publicar um livro, mas devido a proximidade que estabeleceu com os albinos, acredita que o trabalho não tenha um fim datado. Tanto que pretende continuar fotografando o crescimento dos irmãos Ítalo e Renan, além de outros que conheceu nos últimos anos.

Priscilla Rodrigues

Eles devem ter cuidados com pele, cabelos e olhos O Sobpressão conversou com a Dra. Priscilla Rodrigues, dermatologista, para esclarecer algumas dúvidas quanto aos cuidados que os portadores de albinismo precisam ter. Confira: Sobpressão - Quais os focos de acompanhamento do albino? Dra. Priscilla - São os cuidados com a pele, olhos e cabelos. Os cabelos variam a pigmentação de acordo com a quantidade de melanina produzida (nenhuma ou pouca), afetando diretamente na proteção dos fios. Quanto mais claro o fio, menor a proteção contra os raios ultravioletas (RUVs), que o desidratam, ressecam e agridem. Portanto, o uso de cremes sem enxague, leavings com filtro de proteção solar ou mesmo protetores solares na forma de spray para cabelos já existem no mercado para o uso de qualquer pessoa, não só dos albinos. Muitos pacientes optam também por pintar os fios, proporcionando o efeito cosmético e fortalecendo-os diante do sol. Como os fios dos albinos são considerados mais finos e frágeis, como um cabelo descolorido artificialmente, orienta-se o reforço na hidratação regular. Sobpressão - A pele do albino é branca, frágil e muito sensível aos RUVs, quais cuidados devem ter? Dra. Priscilla - A pele não deve ser exposta à radiação solar sem proteção física (através de roupas de manga comprida, jaquetas, calças, chapéus, guarda-chuva) e química (protetores solares). Existe, no mercado, roupas apropriadas que contêm filtro solar no tecido, muito usadas por esportistas e pessoas com doenças de pele que necessitam de reforço na proteção. Os albinos costumam apresentar queimaduras de graus variados se expostos ao sol sem protetor, o que ao longo da vida, os tornam mais suscetíveis ao desenvolvimento precoce de câncer de pele, alguns tipos prontamente solucionados com a cirurgia e cuidados com o sol posteriormente, mas também favorece ao tipo de câncer de pele (melanoma) que pode ser fatal. Sobpressão - Qual a proteção que podem ter para os olhos? Dra. Priscilla - Como os albinos são muito sensíveis à luz, os cuidados permanecem iguais aos dermatológicos: preventivos, consultando regularmente o oftalmologista para auxílio e tratamento de problemas que surgirem. É recomendado o uso constante de óculos de sol prescritos com proteção contra os RUVs e até lentes de contato, dependendo do caso.


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Um é pouco, dois é bom, três é coleção Jovens colecionadores apresentam suas modestas coleções e revelam as histórias por trás dos objetos guardados que, apesar de poucos, são valiosos Luciana Bezerra e Pedro Guedes

No dicionário, a palavra coleção vem do latim collectione, que significa “reunião de objetos da mesma natureza ou compilação”. A verdade é que, para muitos jovens, o ato de colecionar objetos é uma atividade tão natural, que muitas vezes é ignorada pelos próprios colecionadores, que nem se consideram como tal. Beatriz Guedes, 24 anos, é estudante de moda e não esconde sua paixão: gatos. A jovem blogueira ama tanto seus bichos de estimação (um total de cinco morando com ela em seu apartamento de dois quartos), que possui duas tatuagens dedicadas aos bichanos. Ela diz gostar de gatos desde criança, quando ouvia histórias sobre o Egito e sobre a mitologia ocidental. “Tenho verdadeiro fascínio por esses animais, e na verdade, não sei explicar o

que me cativa neles. Talvez sua natureza, que me passa um ar de mistério e beleza ao mesmo tempo”, revela. Um olhar mais atento em sua residência e identificamos uma colecionadora em potencial: são dezenas de enfeites, desenhos nas paredes, bichos de pelúcia, utensílios domésticos, cadernos, livros e bonecos infantis. Tudo com motivos de gatos. No entanto Beatriz não se considera uma colecionadora. “Apenas guardo as coisas que fazem meu estilo. E sim, tenho uma preferência por gatinhos, mas não corro pra comprar tudo que é de gato. Até que gostaria, mas me controlo”. Rebeca Noleto, 23 anos, estudante de Jornalismo, coleciona marcadores de livros. Ela confessa que nunca atentou para o fato de colecionar, até possuir um número significante de marcadores. Hoje, sua coleção tem cerca de 50 peças. “Se eu conseguisse um marcador na livraria ou em algum evento, era lucro. Hoje, não. Sempre que vou na livraria eu pergunto se tem algum marcador legal”, conta. Para Rebeca, ser colecionadora é: “ir atrás, fazer o que

talogados em HDs por colecionadores um pouco mais ambiciosos e menos “criteriosos” com suas coleções. Glauver Sousa, 23 anos, é ator, diretor, e tem como principal objeto de adoração os musicais de Broadway. Diretor de espetáculos consagrados em Fortaleza, o jovem afirma que sua maior coleção está no seu computador. São inúmeros arquivos de peças e espetáculos americanos gravados de forma amadora, cópias de DVDs originais de shows teatrais, além de uma série de fotos, canções, partituras e até programações de teatros da Broadway. “Nem sei quantos musicais tenho salvos no computador. Da última vez que contei, eram mais de 200 arquivos”, afirma. Glauver acredita que a internet o ajuda a manter sua paixão pelos musicais. “Nunca estive em Nova York, então se não fosse pela internet, nunca poderia conhecer esses espetáculos. Minha coleção vale ouro! Além de tudo, trabalho com ela, por isso é muito importante”. Gatos por todos os lados: Beatriz Guedes mostra sua coleção Foto: Pedro Guedes

for preciso para conseguir aquela peça”, diz. E embora confesse que a sua coleção de marcadores seja apenas um prazer sem custos maiores, ela buscam, sempre que possível, acrescentar mais um marcador a coleção. “Não importa se é de propaganda da livraria ou da universidade”, completa. Afinal, às vezes alguns artigos passam despercebidos ou são até menosprezados por não se destacarem esteticamen-

Conectados: colecionadores modernos se encontram na web A internet e as novas tecnologias também têm auxiliado os colecionadores assumidos. Na rede é possível encontrar sites especializados na compra e venda de brinquedos, moedas, selos, gibis e até artigos mais caros como jóias e objetos de pessoas famosas, voltados exclusivamente para o público colecionador. O site Koleções (www.kolecoes.com.br) é uma rede social focada em colecionadores. No endereço eletrônico é possível se registrar e manter um perfil com interesses e coleções pessoais, além da possibilidade de contato com outros colecionadores para possíveis trocas de artigos ou até mesmo compra e venda de objetos por meio de fóruns de discussão. O site também oferece espaço para divulgação de eventos direcionado ao público que coleciona, além de notícias e fotos variadas de membros da rede social.

te, contudo, para um colecionador isso não é motivo para descartar os objetos. Coleção de bolso O grande problema dos chamados “colecionadores tradicionais”, é, quase sempre, o espaço para armazenar os preciosos objetos. Coleções físicas, especialmente as maiores, perdem lugar para coleções virtuais. Filmes, séries de tv, álbuns musicais e até novelas são ca-

Entrevista

Significâncias mínimas Embora existam opiniões divergentes sobre o que é ser um colecionador, perceber-se que está sendo abolido o estereótipo de que só é, de fato, colecionador aquele que possui um acervo maior e mais elaborado de determinado objeto. Mesmo que possua uma coletânea um pouco mais humilde, é possível considerar-se colecionadores. Afinal, mais que quantidade, o valor sentimental dos objetos é aspecto de maior importância.

Bárbara Guerra

Colecionando memórias em formato 3x4 Mais que uma colecionadora de fotos 3x4, ela se considera uma colecionadora de momentos. A estudante de Jornalismo Bárbara Guerra, 21 anos, começou sua coleção aos 15 anos, imitando um tio que possuia o mesm hábito. Hoje sua ela tem cerca de 30 fotos de amigos e familiares.

A coleção de Rebeca Noleto reune cerca de 50 marcadores de livro

Foto: Arquivo pessoal

Pergunta - As suas fotos são todas de pessoas que você conhece ou você também coleciona fotos de desconhecidos? Resposta - São todas de pessoas conhecidas e queridas. Tanto que quando me magoo com alguém de quem tenho 3x4, eu me livro daquela foto. Dou para alguém que também colecione. Pergunta - Alguma foto preferida na sua coleção? Resposta - Sim, as mais antigas. As dos meus pais antes de casarem, que tem mais de 23 anos, a do meu irmãozinho de três aninhos, que teve medo da máquina fotográfica e saiu chorando na foto, uma das minhas lembranças mais antigas e uma que um amigo me deu, que era da mãe dele. A mãe dele faleceu e ele achou na carteira dela e depois de muito tempo deu a foto pra mim. Ele diz que sou como uma irmã pra ele e que a mãe dele ia gostar disso. Guardo com muito carinho essas quatro fotos. Pergunta - Por que você se considera uma colecionadora? O que é colecionar para você? Resposta - Colecionar é guardar com carinho algo tenha significado pra você. Eu me considero uma colecionadora não só de fotos 3x4, mas de momentos também. Existem fotos de pessoas com as quais eu nem convivo mais. Mas, aquela pessoa um dia foi especial o suficiente pra eu ter uma foto dela.

O Site possibilita a venda e troca de objetos entre colecionadores

Foto: Divulgação


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Casa, comida e, se quiser, roupa lavada Albergues oferecem hospedagem, alimentação e uma excelente oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo por um preço baixo Lia Girão e Ranata Pimentel

Já quis viajar, mas o dinheiro estava curto para pagar a hospedagem? Também chamados de hostels, os albergues oferecem estadia barata e hospitalidade calorosa para quem está de passagem. Com acomodações caracterizadas pela simplicidade e pela socialização entre os hóspedes, os locais oferecem um serviço irreverente em que o convidado aluga uma cama ou um beliche num dormitório compartilhado com outros hóspedes, ao invés de um quarto inteiro, como acontece nos hotéis e pousadas. Em Fortaleza, cinco estabelecimentos deste tipo estão disponíveis para os mochileiros: a Albergaria Hostel, o Backpackers Hostel, o At Home Hostel & Pub, o Fortaleza Hostel e o Hostel Terra da Luz. A ordem desses lugares é socializar e o serviço oferecido por cada um varia de acordo com preço e com o estilo de cada albergue. Além do quarto, os hostels oferecem café da manhã básico e armários para que o visitante possa guardar seus pertences. Outros dispõem também de uma geladeira coletiva para conservação das comidas. O At Home Hostel & Pub, albergue e restaurante inaugurado em junho do ano passado na Varjota, dispõe de uma estrutura um pouco diferenciada. Por R$50,00, além do aluguel da cama, o hóspede tem direito à toalhas e roupas de cama limpas de dois em dois dias e pode, ainda, alugar uma bicicleta por R$10,00 para visitar novos lugares. Régis Ponte, sócio-proprietário e chef do At Home comenta que, apesar de hospedar como uma pousada, o ritmo do local é bem diferente. “A diferença do albergue para um hotel ou pousada é a convivência entre os

Régis, ao centro, com dois mochileiros alemães na sala do albergue Foto: Arquivo Pessoal

turistas. Aqui não tem cerimônia, a intenção é congregar as pessoas, e por isso, essa estrutura de casa”, explica. No local os hóspedes contam com uma sala com sofás, mesinhas e computador. Além de internet wi-fi gratuita em todo o estabelecimento. Ponte também aponta o lugar mais importante do albergue: “a área social é o compartimento de maior importância daqui. É na sala que acontecem as interatividades, onde quem viaja sozinho encontra companhia para os passeios, onde as culturas, línguas e costumes são compartilhados”. Mochileiro de carteirinha, Ponte e seu sócio, Marcos Lou-

reiro, sempre sonharam em ter o próprio negócio. Depois de conhecerem vários países Ponte morou por seis anos na Europa e Marcos passou cinco anos nos Estados Unidos - onde a hospedagem em albergues é comum, quando chegaram à Fortaleza os amigos perceberam que a cidade não tinha muitas opções de hostel. “Eu sempre tive vontade de ter um bistrô ou restaurante, daí resolvi unir as ideias e montamos um bistrô e um albergue no mesmo espaço. Tem dado super certo”, conclui. Marli Ripardo, proprietária do Fortaleza Hostels alerta que é necessário ter alguns cuidados no momento de escolher qual albergue ficar. “É preciso saber para onde se está indo. Verifique se há selo de qualidadade no atendimento, saiba o que as pessoas que já se hospedaram lá têm a dizer e, principalmente, descubra se ele é cadastrado nas redes internacionais de hospadagem em albergues, porque é lá que se descobre um pouco mais do estabelecimento”. A micro-empresária conta que no Fortaleza Hostels, a maioria dos clientes preferem o local por desejarem conhecer pessoas novas, diferentes. “O preço é só um benefício a mais diante de tudo o que eles

Fortaleza Hostel

Albergue Hostel Terra da Luz

R. Dona Leopoldina, 323 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 3253 3284 www.fortalezahostel.com.br

R. Rodrigues Júnior, 278 - Centro Fortaleza-CE (85) 8768-4807 www.hostelterradaluz.com

Marli Ripardo

Saiba o que as pessoas que já ficaram lá têm a dizer e descubra se ele é cadastrado nas redes internacionais de hospedagem em albergues, porque é lá que se sabe um pouco mais do estabelecimento. Proprietária do Fortaleza Hostel

Os hóspedes deixam mensagens na parede do corredor no hostel Foto: Lia Girão

usufruem nos hostels”, destaca Marli. O Fortaleza Hostels comporta cerca de 50 pessoas, divididas em quartos duplos, triplos e quádruplos, com uma média de R$ 35,00 a diária, que inclui café da manhã, armário com cadeado, roupa de cama, internet wi-fi sem custo adicional, sala com tv e acesso aos serviços de lavanderia. No At Home Hostel & Pub, oito quartos oferecem estadia para mais de 40 pessoas, e os hóspedes têm a opção de pedir a comida do Pub para almoçar ou jantar na sala do albergue. A maioria dos hostels e albergues do Brasil e do mundo

estão cadastrados em sites especializados em busca de albergues. No Brasil, o site mais famoso é o www.hostel.org.br, onde o internauta pode fazer a sua carteirinha de mochileiro, ver fotos de albergues, e conferir os comentários dos visistantes.

Backpackers Ceara Hostel

Albergaria Hostel

At Home Hostel & Pub

Av. Dom Manoel, 89 - Centro Fortaleza - CE, 60060-090 (85) 3091-8997 www.backpackersce.com.br

R. Antônio Augusto, 111 - Meireles Fortaleza - CE, 60110-370 (85) 3032-9005 www.albergariahostel.com.br

R. Canuto de Aguiar, 1424 - Meireles Fortaleza - CE, 60160-120 (85) 3077-2233 www.athomehostel.com

Serviço

Se você deseja viajar para o exterior e procura por um albergue estes sites possuem hostels cadastrados de todo o mundo: Hostel Word www.hostelworld.com Hostels www.hostels.com

Saiba onde encontrar


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Abrigos de animais estão superlotados Existem vários fatores que privam animais domésticos de ter um lar. Dentre eles, estão a crescente e incontrolável procriação e o descarte irreponsável das espécies Gabriel Macedo e Patrícia Mendes

A voluntária da União Protetora dos Animais Carentes (Upac), Raphaele Pinheiro é bem clara: “há cerca de 50 mil cães e gatos vivendo nas ruas de Fortaleza”. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, são nos bairros que compõem a área da Secretaria Executiva Regional V (Bom Jardim, Canindezinho e Granja Portugal) que o número de animais sem teto é maior. E não é coincidência que esses bairros possuam área mais populosa e o maior número de famílias de baixa renda. Sendo assim, associações civis como São Lázaro e a Upac trabalham visando minimizar o número de bichos nas ruas de Fortaleza. Estimulados pelo amor, respeito à vida e baseados nos princípios de controle de natalidade, adoção e equilíbrio ambiental, essas organizações não governamentais mantêm a missão de resgatar os cães e gatos de rua da cidade. Esses projetos desconhecem o preconceito de raça, cor, tamanho e idade, e oferecem aos companheiros de quatro patas os cuidados e sobretudo a proteção que necessitam. No entanto, devido a superlotação, essas ONGs se encontram, atualmente, impossibilitadas de acolher mais animais.

Mais de cento e cinquenta cachorros se encontram hoje sob os cuidados e refúgio do abrigo São Lázaro prontos para a adoção

Fundada em 2000, a São Lázaro abriga em sua sede aproximadamente 180 cachorros e 50 gatos, enquanto que a Upac ajuda em torno de 150 cães e 110 gatos. No entanto, essa última defende que nem sempre o melhor destino para os animais abandonados sejam os abrigos. Esforço humano Adotar um animal não é uma tarefa fácil. Os criadores geralmente comparam os cuidados com os bixinhos à ativida-

de de educar e sustentar uma criança e concluem que criar um animal trata-se de um encargo que exige muitos cuidados especiais. No entanto, as pessoas parecem estar mais preocupadas com sua própria rotina. Preenchem o calendário já apertado de oito horas diárias de trabalho com idas à academia, às várias formas de terapia, cursos e aulas extras e saídas destinadas ao lazer. Chegando a casa, podem até optar pela criação de animais menores, como pássaros, pei-

xes de aquário e hamsters. A verticalização das cidades é outro agravante que contribui para que cada vez menos gatos e cachorros ocupem esses espaços. Na medida em que a população se move para os prédios, comprometem a liberdade dos bichinhos. Todo animal de estimação precisa de água, comida e um lugar para brincar, correr e dormir. De tratamentos clínicos e psicológicos a treinamentos e atividades físicas, os bichinhos exigem, especialmente, tempo e dedicação de uma pessoa

Foto: PatríCia Mendes

que possa estar presente durante toda a vida. Adotar um animal requer dos criadores compromisso e responsabilidade, além de dedicação e bom senso. Por isso, quem está disposto a dividir sua rotina e seu espaço com um gato ou cachorro, é muito importante lembrar da castração, caso não seja considerada cabível a criação de filhotes no ambiente domiciliar. É válido lembrar também que para cada cão ou gato adotado de um abrigo, é aberta uma vaga para outro animal.

Encontrei um animal na rua. E agora? Ao encontrar um animal na rua, lembre-se de que você pode fazer muito mais do que levá-lo a um abrigo, pois a maioria já alcançou o limite de sua capacidade, seja ela física ou financeira. Existem algumas medidas e procedimentos que já podem ser adiantados por quem tem disposição. O animal deve ser tratado com total responsabilidade por quem o encontrou até o momento em que esteja pronto para adoção, que também pode ser providenciada independentemente do trabalho dos abrigos. Agindo assim, a ajuda será bem mais eficaz. Confira a seguir algumas sugestões.

Primeiro passo

Segundo passo

Terceiro passo

Quarto passo

Comida, banho e cuidados

Divulgação

Escolha de um novo dono

Sempre à disposição

Além de suprir as necessidades básicas de alimentação e higiene, é muito importante que o animal seja encaminhado o mais rapido possível a uma clínica veterinária onde possa ser vermifugado e vacinado e, no caso de alguma doença, receber o tratamento adequado. A castração também torna-se fundamental e deve ser feita imediatamente para evitar que o número de animais necessitados cresça e a situação perdure.

Para identificar o animal que você encontrou, tire algumas fotos e produza materiais de divulgação, como cartazes e anúncios. Dessa forma você pode distribui-los para familiares, amigos, pet shops, clínicas veterinárias e outros lugares à sua escolha. A Internet é uma ótima opção, já que o alcance é maior e existem sites próprios para isso. Escreva também a história desse animal a partir do momento em que você o encontrou. Isso ajuda a sensibilizar pessoas interessadas.

Entre em contato com pessoas e associações que organizam feiras de adoção para que você possa levar o animal. Lembre-se que o processo de adoção requer alguns cuidados. Recomenda-se entrevistar o interessado, solicitando dados como: nome, endereço, telefone e comprovante de residência. É também indispensável procurar conscientizá-lo a respeito da nova responsabilidade, do compromisso o qual irá se envolver, além dos custos e necessidades do animal.

Assinado o termo de responsabilidade, que representa uma espécie de garantia de que o adotante cuidará do animal, mostre que você também estará sempre disponível. Atenda qualquer necessidade que haja, inclusive para o caso de devolução, que é bastante comum quando a seleção e a análise prévia do adotante não é bem feita. Após passar por todas essas etapas, o processo está concluído. Parabéns pela iniciativa!

Ilustrações: Renata Frota

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Não pode adotar? Conheça outras maneiras de colaborar Se você gosta muito de animais, mas por alguma razão não pode adotar um, existem várias outras formas de ajudar os abrigos e os responsáveis por eles. A contribuição pode ser por meio de algum tipo de doação (seja de qualquer quantia em dinheiro ou de notas fiscais), rações para cães e gatos, materiais para banho e limpeza, remédios e outros procedimentos cirúrgicos como a esterelização, que representa um dos principais gastos das ONGs. Outra maneira de colaborar é, sempre que puder, participar das atividades sociais que os abrigos promovem. Na ONG São Lázaro, por exemplo, de 15 em 15 dias, ocorrem os mutirões para banhos, onde voluntários se reúnem a fim de higienizar todos os animais. Para os bichinhos é uma verdadeira festa, pois eles adoram os cuidados que recebem durante o dia. Há também feiras de adoção que acontecem sempre nos últimos sábados do mês no petshop Vira-Lata, na Cidade dos Funcionários. Para ajudar na organização do evento, basta chegar com uma hora de antecedência no local.A colaboração também pode ser feita por pessoas que têm a disponibilidade de divulgar o trabalho e atrair mais potenciais voluntários, como jornalistas, publicitários e fotógrafos. Voluntariado A voluntária Ângela Moreira Silva colabora com a ONG desde o início de 2011 participando das atividades e atualizando as redes sociais, como o Orkut, Facebook e Twitter. Ela conta que conhecer o abrigo se tornou uma grande descoberta. “Foi muito gratificante para mim, pois esse trabalho me preenche em todos os sentidos e é algo que levarei para o resto da minha vida.” O designer gráfico Cristóvão Jackson conheceu a ONG

materiais de divulgação. Para se tornar um voluntário da Upac é necessário preencher uma ficha de recrutamento, disponível na página da Internet. Você deve escolher um dos sete setores que a associação oferece, escrever uma pequena carta de apresentação, bem como definir a disponibilidade de horário.

Mutirões: de 15 em 15 dias o abrigo São Lázaro recebe voluntários para dar banho nos animais Foto: Patrícia Mendes

Rosane Dantas

A maior dificuldade é com os recursos financeiros para comprar comida, pagar transporte, castração, contas de água e luz, material para banho, limpeza e construção e dívidas no petshop, que já chegam a R$6 mil. Responsável pela ONG São Lázaro

São Lázaro em 2008 e dedica a maior parte do seu tempo livre ao trabalho voluntário. “Aqui é minha vida. O meu amor por esses animais vem desde a infância. Tenho seis gatos adotados e considero todos eles como meus filhos”, confessa. Ele utiliza seus conhecimentos em artes gráficas para produzir

Doações A maioria das ONGs não contam com ajuda de doadores fixos. A São Lázaro recebe apenas colaborações de empresas que vendem rações, mas a quantidade não é suficiente para suprir o número de cães e gatos que lá habitam. A responsável pelo abrigo e auxiliar de veterinário, Rosane Dantas, conta que toda ajuda é bem vinda e que o trabalho dos voluntários é fundamental para que a ONG São Lázaro continue suas atividades. Já a Upac ainda não possui uma sede própria, como a ONG São Lázaro. Por já terem os dois abrigos que alugam superlotados, eles contam com a ajuda de vonluntários para receber esses animais em suas casas, oferecendo um lar temporário até que eles estejam aptos à adoção. Para manter o trabalho voluntário de grupo, a associação ainda vende itens e acessórios como camisetas, chaveiros e adesivos de carros. Os preços são bastante acessíveis e você pode encontrar os produtos no petshop Alfhaville Dog, na Aldeota, e na academia MAC Fitness, no Antônio Bezerra. Os endereços dos abrigos não são divulgados para evitar o despejo de animais em suas portas. Para se informar, você pode acessar os sites abaixo.

Opinião

Abandono: como evitar O abandono é uma das maiores dores que se pode sofrer.Ele pode provocar sequelas físicas e emocionais no abandonado, principalmente se for uma criança ou um animal – para quem a explicação racional das possíveis causas do abandono – surte pouco ou nenhum efeito. Um animal, por se manter mental e emocionalmente “infantil” durante toda a sua existência, será eternamente dependente do seu dono. Ele se afeiçoa à pessoa que cuida dele, desenvolve naturalmente forte sentimento de gratidão e passa a lhe dedicar a sua vida; se for abandonado por quem ele ama, poderá desenvolver várias doenças relacionadas à tristeza, à depressão e à baixa autoestima, chegando à automutilação. Você não abandonaria o seu filho, ou seu animal de estimação. Porém, você pode estar contribuindo indiretamente para o abandono de seres sob sua responsabilidade, sem ter consciência disso, se você tem um animal de estimação mas não lhe dedica atenção, afeto, tempo, amor, ele estará vivendo uma forma de abandono. Assim como a criança, o animal necessita sentir-se acolhido, aceito, amado e precisa que alguém brinque com ele. Se você tem um único animal e ele fica sozinho a maior parte do dia, pense em oferecer-lhe um companheiro para interagir. Pode ser da mesma ou de outra espécie. Cães e gatos podem conviver em harmonia, quando a adaptação é feita amorosamente pelo humano. É bom lembrar que animais castrados são mais dóceis e adaptáveis. E nesse caso, podem ser da mesma espécie e de sexos diferentes ou não; a escolha é sua. Se você pensou num “abrigo” como solução para animais sem dono, esqueça! A maioria dos abrigos são verdadeiros depósitos, superlotados de animais tristes, sem perspectiva de atingir o que mais desejam: ter alguém para se dedicar; alguém que receba o muito amor que têm para dar, alguém que lhes dê atenção. Como se fossem criminosos, são trancados para sempre em celas. São muitos. Nina Rosa Jacob é ativista pela defesa dos direitos dos animais e fundadora do Instituto Nina Rosa, organização independente que trabalha pela valorização da vida do animal por meio da educação humanitária.

Denuncie maus tratos

Art. 32: a lei está em vigor desde 1998 Foto: Patrícia Mendes

Serviço

Outras informações, telefones e e-mails para contato estão disponíveis nas páginas virtuais das respectivas ONGs. São Lázaro: http://www.saolazaro.com Upac: http://upacfortaleza.wordpress.com

Mais de cento e cinquenta cães se encontram hoje sob os cuidados e refúgio do abrigo São Lázaro prontos para a adoção

Foto: Patrícia Mendes

Nina Rosa Jacob

Desde o ano de 1998, foi publicado o Artigo 32, da Lei Federal nº9.605, que se encontra na Seção I do capítulo que dispõe dos crimes contra o meio ambiente. O ato é classificado como crime contra a fauna e prevê uma pena de multa e detenção que varia de três meses a um ano. No caso de serem presenciadas situações de maus tratos ou abandono, a denúncia pode ser feita por meio do telefone do Comando da Polícia Militar Ambiental de Fortaleza. Ela atende a Capital, Região Metropolitana e outras cidades do interior do Estado. É importante relatar o tipo de infração observada e fornecer o endereço completo com ponto de referência, se possível. No entanto, quando o Comando da Polícia é acionado, a denúncia é transferida para

o Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza (CCZ), que prossegue com o recolhimento do animal doméstico. O destino dos animais que sofrem maus tratos ainda é problemático. O CCZ não é mais responsável pela apreensão de animais abandonados, mas sim daqueles que estão aparentemente doentes. O órgão recolhe, em média, 1.500 animais mensalmente, sendo que a maioria deles é sacrificado. Dessa forma, o local não representa uma opção para quem deseja realizar adoção. Os animais apreendidos são capturados pelas carrocinhas e levados para o canil municipal. Lá, eles passam por exames e por uma triagem, mas não vivem mais do que três dias. Saiba mais

Lei nº 9.605/98 Art. 32. Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos; Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. (Fonte: www.planalto.gov.br)

Procure o Comando da Polícia Militar Ambiental de Fortaleza (CPMA): (85) 3101-3577 Ligue para o Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza (CCZ): (85) 290-1499


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Igrejas do Centro sofrem com assalto e insegurança Em algumas situações os criminosos se passam por funcionários da igreja com o intuito de ludibriar os fieis e assim conseguir alguma quantia em dinheiro João Romero e Thiago Rocha

A Igreja é um local sagrado em que as pessoas vão para orar e entrar em contato com Deus. Contudo, para alguns, o espaço religioso tem se tornado ponto de realização de furtos. Para tentar reverter as ações, algumas soluções encontradas foram: construção de grades, instalação de alarmes e câmeras. Para o secretário da Catedral Metropolitana de Fortaleza, Claudemir Holanda, a situação da segurança do local é precária. “Esse é um dos principais pontos turístico da cidade. Mas, infelizmente, não oferece segurança”, frisou. Holanda também acrescenta que muitos moradores de rua dormem embaixo das escadas da Catedral. Por isso, todas as manhãs os funcionários preci-

sam acordar os pedintes para retirá-los da entrada. Além disso, também é preciso limpar o local, uma vez que grande parte dos moradores de rua fazem suas necessidades fisiológicas em frente a Igreja. “Os moradores de rua conhecem quem trabalha na Catedral e sabem a nossa rotina. Com isso eles percebem a oportunidade perfeita para realizar algum delito. Foi assim que a nossa cripta foi arrombada em julho”, explicou o secretário. Segundo Holanda, devido ao alto custo de manutenção, infelizmente não é possível contratar uma empresa de segurança. “O padre sempre conversa com as autoridades pedindo mais segurança. Mas, nem sempre isso é o suficiente”. A audácia dos ladrões é tamanha que alguns se passam por funcionários do Santuário e pedem dinheiro aos fieis. “Quando as pessoas reclamam, nós procuramos o falso funcionário. Temos dificuldade para encontrá-los pois a Catedral é muito grande e tem várias saídas”. Nos arredores da Igreja Sagrado Coração de Jesus, no Centro, é possível observar

Fiéis temem a ação de criminosos na Catedral Metropolitana de Fortaleza Foto: Natinho Rodrigues

Populares estão com medo de serem vítimas dos assaltos O medo está afastando os fiéis da Igreja. Receosos em ir à missa e correr perigo, várias pessoas reclamam e acabam deixando de frequentar os templos. Igrejas como a do Rosário, da Nossa Senhora do Carmo, Sagrado Coração de Jesus e do Pequeno Grande estão sofrendo com essa onda de assaltos. A população se sente intimidada com a situação. Centenária, a igreja do Sagrado Coração de Jesus, localizada na avenida Duque de Caxias, centro da Cidade, situa-se em uma praça e acaba dividindo o espaço com vendedores e pedintes. “Frequento a missa da Igreja do Sagrado Coração de Jesus há mais de dez anos e é muito perigoso. Vejo várias pessoas pedindo dinheiro e eu sempre ando na praça com medo de ser assaltada”, diz a dona de casa de 54 anos Maria Assunção. Ela tenta encontrar uma solução para evitar o receio de ser furtada ou correr algum risco. “Por mim eu iria de carro, mas como moro perto da Igreja acabo indo a pé e correndo esse perigo”, relata. A praça que abriga a Igreja tem policiamento, mas não o suficiente para dar uma prote-

Frequentadores da Igreja Sagrado Coração de Jesus estão temerosos.

ção adequada para todos que estão no local , o que condiciona o lugar a ser um ambiente arriscado de se visitar. A Igreja do Pequeno Grande, inaugurada em 1903, não é tão famosa quando a Sagrado Coração, mas também passa por problemas. Uma das frequentadoras, Lívia Moura, de 23 anos, sente-se receosa. “Quase todo domingo eu vou a missa da Igreja do Pequeno Grande. Antigamente, eu ia a pé e sozinha. Hoje em dia vou com minha mãe de carro”, explica a jovem. No entanto ela destaca que o perigo não é apenas do Santuário. “Não só os

Foto: João Romero

arredores da Igreja são perigosos, o caminho para chegar ao Santuário e a cidade de Fortaleza são perigosos. Por isso, a exclusividade do perigo não é só da igreja”. Já na Igreja de Nossa Senhora do Carmo não é diferente. Também localizada em uma praça de grande movimentação, com a presença de de passageiros de ônibus, estudantes, vendedores, pedintes e ambulantes, o perigo é constante. No entanto, o grande fluxo de pessoas e a presença de políciais e guardas da escola, localizada no lagradouro, oferecem maior segurança para quem vai orar.

vários moradores de rua circulando pelo local. Apesar de nenhum problema ter sido registrado, já está sendo estudado um projeto para colocar grades ao redor do local. “O nosso objetivo é dar uma maior proteção ao Sagrado Coração de Jesus. Dessa forma todos poderemos trabalhar tranquilamente”, afirmou o frei José Nilto Pereira. O frei explica que a decisão de instalar grades se deve ao crescimento da população de rua, que assume os espaços do local. “Nossa praça é referência na Cidade e por isso ela acaba sendo tomada. Isso acontece porque a cidade tem seus problemas”, disse. Pereira comenta que o local já tem segurança particular, câmeras e alarmes. Além disso, a Policia Militar (PM) também sempre se encontra disponível para ajudar. “Queremos um pouco mais de tranquilidade. Por isso queremos colocar as grandes no entorno do santuário”, ressalta. Embora os registros de assalto ocorram com frequencia nas igrejas do Centro, a sensação de insegurança ronda demais locais, como a Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Há quase quatro anos, foram contratados serviços terceirizados de segurança, além da instalação de câmeras de segurança por toda a Igreja. O problema maior é o furto dos carros estacionados no entorno do lugar.

Saiba mais

Polícia Militar trabalha para manter a segurança O Centro de Fortaleza é conhecido como uma das áreas de maior circulação de toda a Cidade. Por isso, a Policia Militar (PM) sente dificuldades em combater o crime na região. Sendo assim, novas estrategias estão sendo criadas para que os agentes possam manter a lei. Segundo o comandante da 5ª Companhia do 5º Batalhão da Policia Militar (BPM), major Teófilo Gomes, o trânsito complicado do Centro e as ruas estreitas, dificultam as ações dos policiais. Para solucionar o problema foi realizado o reforço com moto-patrulhas para dar mais agilidade aos PMs. Além disso, ele destacou que o fluxo de pessoas é muito grande. Dessa forma é mais difícil observar quando alguem está prestes a cometer um crime. “Mas sempre que um PM percebe alguma movimentação suspeita ele vai agir para proteger a população”, ressalta. De acordo com Gomes a PM não tem condições de manter um policial em cada Igreja do Centro de Fortaleza. Mas, sempre existem agentes atuando nas proximidades.

Major Teófilo trabalha para manter a paz no Centro. . Foto: Divulgação

“As praças, onde muitas Igrejas estão localizadas, sempre tem PMs atuando para manter a segurança. Mas dentro ou ao lado dos Santuários, durante todo o dia, não é possível manter os nosso agentes devido ao número de policiais que temos disponíveis, assim como outras áreas do Centro que necessitam de mais atenção”, explica Gomes.


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O serviço falha bem na hora O serviço Bem na Hora, adotado pela Prefeitura de Fortaleza em 2004 para auxiliar os usuários de transporte coletivo, está há mais de seis meses sem funcionar Áquila Leite e Filipe Dias

Imagine você saber com exatidão que horas seu ônibus vai chegar na parada mais próxima e ter acesso a essa informação por meio de painéis dispostos nas paradas ou na internet? Esta é a proposta do sistema Bem na Hora adotado desde 2004 em Fortaleza. Mas, no ano passado, os usuários de transporte coletivo não contavam com o serviço. Os totens continham horários desatualizados e o site fora do ar. Embora o órgão responsável pelo gerenciamento do transporte urbano da Capital seja a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), o serviço atualmente é comandado do pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC) por meio da Divisão de Controle de Tráfego por Área de Fortaleza (CTAFOR). Segundo a assessoria da AMC a justificativa para o não funcionamento do Bem na Hora é o fim de contrato com a empresa que fazia a manutenção dos relógios localizados nas paradas das aveni-

das Pontes Vieira, Desembargador Moreira, Dedé Brasil e Perimetral e nos sete terminais de integração da cidade. O Sobpressão entrou em contato com a empresa responsável pelo desenvolvimento do Sistema, mas de acordo com a coorporação, o Bem na Hora foi apenas desenvolvido por eles. A responsabilidade é da AMC. Totem de lamentações Elaine Quinderé, 21, utiliza os ônibus que passam pela avenida Pontes Vieira, via abrangida pelo serviço Bem na Hora. Ela sente-se prejudicada pela ausência do horário. “Toda vida que eu passo por um lugar que tem um totem, ou ele está desligado ou com horários fora do normal. No terminal do Papicu, onde eu ando, a situação é ainda pior. O painel que informa os horários está quebrado”, reclama. Elaine considera o serviço bastante útil, mas lamenta o descaso que o Serviço sofre. “Assim como todas as demais coisas que tentam implementar aqui em Fortaleza, o Sistema acaba não favorecendo população inteira”, diz. Muitos usuários de transporte coletivo lamentam que o Bem na Hora não esteja disponível em todos os bairros. Wagner Portela, 25, morador do José Walter, gostaria que as linhas que ele precisa usar diariamente contassem com o auxílio do Sistema. “Eu só vejo

os totens na Aldeota e, pelo que percebo, o Sistema é bem eficiente. Dá para a gente ter uma boa noção dos horários. Queria que tivesse um negócio desses no ‘Zé’ Walter”. Saiba mais

Bem na Hora foi criado em 2004, pela empresa paulista NovaKoasin, a pedido da Prefeitura de Fortaleza. Ele é composto por um sistema de geolocalização de veículos e por “sinais inteligentes” controlados pela CTAFOR para favorecer o deslocamento do ônibus.

O Sistema foi implantado inicialmente, como fase de testes, na linha: 075 - Campus do Pici/Unifor 031/032 - Borges de Melo 1 e 2 029 - Parangaba/Náutico 030 - Siq/Papicu via 13 de Maio 315 - Messejana/Parangaba. Totens luminosos que informavam os horários dos ônibus foram instalados em algumas paradas das linhas citadas acima, e, nos terminais de Messejana, Parangaba, Siqueira e Papicu. O sistema disponibilizava na internet um site por onde o usuário poderia verificar onde estava o veículo da linha desejada, e adequar seus horários de acordo com a posição do ônibus. Paineis indicativos estão há mais de seis meses fora de funcionamento

Fortaleza vai mudar durante a Copa 2014, diz especialista Com a escolha de Fortaleza como uma das principais sedes da Copa do Mundo FIFA 2014, o Governo do Estado viu-se na obrigação de investir em infraestrutura. Obras que há muito tempo são alvo de críticas da população. Gustavo Barroso, engenheiro do Departamento Estadual de Rodovias (DER) e especialista em obras urbanas, garante que a expectativa é que em menos de dois anos 80% das principais avenidas da Capital já estejam revitalizadas e prontas para receber tráfego em grande volume. “As obras já estão em andamento e, diferente do que muitos pensam, não estão atrasadas. Os grandes problemas são com os recursos. Às vezes fechamos com uma construtora que acaba desistindo do projeto e, desta forma, nos prejudicando. O Governo do Estado vem tentando minimizar eventuais atrasos e transtorno, mas nem sempre consegue”, justifica. Barroso ainda ressalta que

muita coisa vai mudar na Cidade e que, mesmo depois do mundial de futebol, o DER continuará trabalhando com afinco para manter a qualidade das ruas e avenidas de Fortaleza. “Pretendemos alargar diversas avenidas para reduzir esse trânsito caótico. Além disso, o principal objetivo é acabar com a fama que a cidade leva de ‘esburacada’. Fortaleza vai mudar para melhor e não queremos que essas melhorias só durem até a Copa, mas que funcionem como uma alavanca para culminar no crescimento da Capital do Ceará”. No entanto, o grande problema causado pelas obras da prefeitura são exatamente os congestionamentos que o serviço pretende evitar. Avenidas como Washington Soares e Pontes Vieira estão interditadas em diversos locais, causando tumulto e constrangimento entre os motoristas. Daniel Mesquita, estudante de Direito acredita que a soluçãoseja a realização

dos serviços de forma gradativa. “No fundo, as pessoas sabem que as obras são para trazer melhorias, mas é um absurdo o que eles fazem em alguns pontos da cidade. Já vi avenidas de três faixas com apenas uma liberada. Não tem como ser assim. Por que não fazer as obras de forma gradual? Para mim, isso prova que as coisas estão atrasadas e que o Governo é desorganizado”, argumenta. Intervenções do Governo do Estado como o Acquário, o Centro de Feiras e Eventos, a duplicação da CE- 025, a construção da barragem do Rio Maranguapinho e a reforma do Instituto Médico Legal de Fortaleza são alguns exemplos de serviços problemáticos. Para o taxista João Lucas, “não se pode confiar nos prazos divulgados pela gestão”. João Lucas não é o único que pensa assim, já que uma das reclamações mais corriqueiras na cidade envolvem prazos e obras inacabadas.

Foto: Filipe Dias

Enquete

Você sente falta do Sistema Bem na Hora? Enquanto alguns não sabem que o Sistema deixou de funcionar, outros lamentam o seu não-funcionamento “Sentiria mais falta se ele estivesse disponível em todos os pontos da cidade. No início da implantação até que o Bem na Hora era eficaz, mas agora que o Sistema não tem mais manutenção, ninguém dá credibildade”

“Embora das vezes que eu prestei atenção ele não estava funcionando, acho que o sistema Bem na Hora é útil por dar uma boa noção do horário do ônibus que queremos pegar”

Danienne Magalhães Atendente

Jordana Freitas Educadora

“A ideia de implantação é excelente. Saber o horário que o ônibus passa ajudara as pessoas a cumprirem os compromissos. Não sei por que o sistema não deu certo, tendo em vista que a tecnologia usada por ele é muito simples e totalmente viável”

“Na época em que eu estava nas paradas, geralmente a previsão não era mesma da hora que o ônibus efetivamente chegava. Pelo menos a única contribuição é oferecer uma orientação na espera dos passageiros, para eles optarem por outro meio, ou não”

Wolney Batista Estudante

Suiani Sales Estudante


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Sustentabilidade vem de casa São poucos os exemplos em Fortaleza de residências com boas práticas sustentáveis. Mas, o que é possível fazer para aumentar esse tipo de atitude? Raynna Benevides

Morar em uma casa onde não há desperdício de água ou em que toda a luz utilizada é fonte de uma energia 100% limpa e renovável, provavelmente se encontra um pouco distante do cotidiano de muitos fortalezences. No entanto, já é possível encontar pessoas que adotam algumas dessas práticas em suas rotinas. A bancária Herbene Gomes garante: “este hábito não é difícil aderir”. Há quinze anos ela realiza a coleta seletiva dos resíduos produzidos em sua residência. “Encaminho tudo para uma associação de catadores. Tiro lixo da rua e transformo em material de qualidade”, relata. Herbene também faz coleta do óleo de cozinha e o reaproveitamento da água. “Dissemino a idéia entre meus vizinhos. Nem todos aderem, mas já é possível sentir a diferença. Dá para ver que, aos poucos, as pessoas sentem a necessi-

dade de tomar esses cuidados, participar dessas iniciativas”, explica. Assim como a bancária, alguns moradores de um condomínio no Bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, também resolveram, sozinhos, adotar medidas para reduzir o consumo de água e energia. “Fizemos uma tabela de metas para cada morador que comprometeu-se a reduzir o consumo de água, por exemplo. No total, já conseguimos reduzir cerca de 7% de nosso consumo”, explica Rafaela Gurjão, uma das moradoras. Atualmente, o conceito ecologicamente correto tem sido incorpordado pelo setor de habitação, desde as construtoras até as lojas de materiais de construção. Estas fornecem, por exemplo, madeira produzida em florestas plantadas exclusivamente para fins industriais, assim como material reaproveitado, geralmente de demolição, além de tijolos crus, moldados em processos artesanais e não levados ao forno, evitando, consequentemente, a geração de fumaça poluidora. Apollo Sherer, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-CE) destaca que esses novos conceitos de habitação, os quais

Herbene Gomes faz coleta seletiva de resíduos e do óleo de cozinha, além do reúso da água para algumas atividades domésticas, como regar as plantas. Foto: Raynna Benevides

Saiba mais

Medidas simples que fazem muita diferença O Ministério do Meio Ambiente disponibiliza, em seu site, algumas dicas sustentáveis, que podem facilmente ser adotadas em nossa casa. Confira.

Aerossois

Evite aerossois com CFC CFC é o gás responsável pelo buraco na camada de ozônio. Prefira aromatizantes e produtos de limpeza biodegradáveis.

Papel

Economize papel Estima-se que para cada 100 quilos de papel reciclado são poupadas sessenta árvores. Antes de usar, pense em seu compromisso com o meio ambiente.

râneas. O correto é direcioná-las a pontos de coleta específicos, especializadas em separar e reciclar metais tóxicos.

Banho

Sacolas

Menos tempo no chuveiro Banhos que duram quinze minutos são ecologicamente incorretos: gastam em média 243 litros de água. A ONU diz que cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender às necessidades de consumo e higiene.

Resíduos eletrônicos

Pilhas, baterias e lâmpadas Não devem ser colocadas junto a outros resíduos, pois contêm substâncias que podem contaminar a terra e o lençol de águas subter-

Terreiro da Tradição, da artista Mana Cellani em óleo sobre tela Foto: Divulgação

Leve sua sacola durável para as compras Uma sacola plástica leva mais 100 anos para se decompor. Substituílas por duráveis significa reduzir o volume de lixo produzido.

Resíduos sólidos

Separe o material reciclável Resíduos que se encontram separados e limpos facilitam a reciclagem. Além disso, alguns materiais caem em desuso quando caso entem em contato direto com lixo não-reciclável.

Máquina de lavar

Só use quando estiver cheia Com poucas peças e lavagens freqüentes, gasta-se mais água e energia. A Ligando a máquina dia sim, dia não, a economia é de 9 quilowatts-hora por mês na conta de luz.

Alimentos

Não desperdice Não compre nem cozinhe mais alimentos do que vai consumir, isso significa gerar mais lixo.

Eletrodomésticos

Geladeira e freezer Podem responder por 30% do consumo de luz. Compre os que têm o selo Procel e evite deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo.

projetam a construção a fim de que ela funcione de modo sustentável, são tendência mundial e certamente se difundirão no mercado cearense. “Entre as tecnologias já encontradas em nossos empreendimentos, destacam-se a produção de energias renováveis, como eólica e solar, além de sensores de movimento, que controlam a quantidade de energia em um ambiente e o reaproveitamento da água da chuva. No entanto, de acordo com a corretora de imóveis Karla Colares, em Fortaleza é quase mínimo o número de residências que adotam algum sistema que privilegie a preservação do meio ambiente. Segundo Karla, ainda é um desafio para a Capital tornar a construção civil uma atividade menos impactante ambientalmente, assim como desenvolver projetos que usem recursos naturais de modo racional. “É pequena a quantidade de imóveis que adotam medidas como a coleta seletiva de lixo ou dispositivos economizadores de água e energia elétrica. Fortaleza quase não tem exemplos e os que existem são de luxo, pouco acessíveis para a população em geral. Vários deles chegam a custar mais de um milhão”, destaca.

Lixo por adubo Quem conhece um pouco sobre sustentabilidade sabe muito bem que qualquer pessoa pode desenvolver métodos que beneficiem o meio ambiente. Um meio simples e eficaz é o reaproveitamento do lixo, como adubo, por exemplo. Por meio de uma composteira orgânica é possível realizar essa atividade.Os resíduos orgânicos produzidos em uma casa podem ser depositados na composteira e misturados com camadas de terra, folhas e minhocas. Deste modo, o lixo começa a se transformar em adubo, em um processo que leva alguns meses. Cláudia Monteiro há dois anos, montou sua e concluí: “é uma ótima solução para evitar o desperdício de resíduos e garantir um bom suprimento de adubo para o meu jardim, minhas horta e meus vasos”. Como funciona A composteira de Cláudia é formada por três caixas de plástico empilhadas e interligadas por pequenos furos feitos ao fundo. A caixa inferior serve para escoamento e armazenamento de chorume, líquido formado durante o processo de decomposição do material orgânico. As minhocas utilizam os furos

Cláudia Monteiro usa adubo produzido na composteira em sua horta. Foto: Raynna Benevides

para migrar para a caixa de cima, quando o processamento de todo o material chega ao fim. Isso significa que o composto já está pronto pra ser utilizado. Ao contrário do que prega o senso comum o chorume formado na composteira caseira não é contaminante. De acordo com Cláudia ele também pode ser usado como biofertilizante. “Uma ótima maneira de contribuir com a preservação do meio ambiente”.


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Fumaça Negra: inimiga do planeta causar danos em vários locais do corpo, como sintomas de irritação aguda em regiões como pele e olhos, prejuízos que afetam a capacidade de oxigenação da hemoglobina no aparelho cardiovascular, além de, no aparelho respiratório, desenvolver doenças infecciosas agudas e doenças crônicas tais como bronquite, asma, infecção pulmonares e enfisema.

A emissão de gases tóxicos é uma das grandes causadoras da poluição ambiental e do aumento no consumo de combustível. Será possível, então, evitá-la? Márcia Pessoa e Camila Montenegro

A fumaça negra é um dos grandes vilões do efeito estufa. Isso acontece porque em sua composição são encontradas partículas poluentes de alta toxicidade. Os maiores responsáveis por emitir esses gases são os veículos automotores, os quais vêm se multiplicando substancialmente. Um bom exemplo desse fato é o próprio estado do Ceará. Somente nos últimos dez anos, a Capital teve sua frota de automóveis quase quadruplicada. A quantidade de carros cresceu de 633.871 para 1.706.361. Segundo dados divulgados pelo coordenador do Programa de Combate à Fumaça Negra do Ceará, Francisco Oliveira da Silva, em Fortaleza, os trabalhos conduzidos pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), tem produzido resultados significativos na redução da fumaça negra emitida pelos veículos.

Desregularização: veículos a diesel são os transportes que mais poluem o meio ambiente Foto: Márcia Pessoa

O resultado obtido pela Superintendência em conjunto com os órgãos de trânsito, ocorreu por meio da realização de blitz semanais para fiscalizar os automotores nas principais áreas de tráfego da cidade. Durante as fiscalizações, os proprietários dos veículos, autuados como irregulares na emissão de gases poluentes, recebem uma multa no valor

de R$ 1,174,00, de acordo com a portaria Nº 136, de 23 de julho de 2007 da Semace. Prejuízos à saúde De acordo com a professora de química da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rozane Valente, quanto mais fina a partícula maior a sua capacidade de viajar por meio da atmosfera e atingir locais distantes, in-

Procedimentos utilizados em fiscalizações contra a poluição De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) somente no Estado são mais 1, 7 milhões de veículos em circulação que emitem gases no meio ambiente. Por isso, é necessário a fiscalização. Durante a blitz o veículo é parado com ajuda dos agentes de trânsito da Autarquia Municiapal de Trânsito (AMC), Comando de Policiamento Rodoviário (CPRV), Polícia Rodoviaria Federal (PRF) e Detran. Os passageiros recebem um planfleto informativo que além de esclarecê-los sobre o trabalho de fiscalização, convoca-os a denunciar para a Semace quando um veículo em circulação estiver emitindo fumaça negra. A fiscalização é realizada medindo-se a intensidade de cor da fumaça emitida pelo veículo por meio da Escala de Rengelmann Reduzida (veja foto ao lado). Um painel branco medindo aproximadamente 0,40 x 0,50 cm colocado atrás do cano de escape do veículo. Em seguida, acelera-se o automóvel conforme orientação do técnico fiscal. A leitura é realizada com a escala a 30m de distância da fonte de emissão. Os veículos que apresentarem densidade colori-

cluindo ecossistemas naturais importantes como a caatinga, aquífero, vegetação de dunas, dentre outros. “Esse processo provoca efeitos destrutivos ao meio ambiente, prejudicando, por exemplo, o crescimento saudável das plantas.” Quanto à saúde humana, segundo o médico especializado em otorrinolaringoligia, Francisco Galvão, os gases podem

Serviço

Faça sua parte. Denuncie casos de emissão de fumaça negra. Ligue para: Disque Natureza : 800.275.2233

A fumaça negra decorre devido a problemas operacionais e de manutenção dos veículos. Saiba como evitar esta situação e também escolher o tipo de combustível menos .

Trânsito

Fuja do engarrafamento - Evite vias congestionadas e procure caminhos alternativos. Um trânsito congestionado pode aumentar o consumo de combustível, assim como a emissão de poluentes.

de 15 dias para nova vistoria, sob pena de serem multados de acordo com a legislação ambiental vigente. Quando é constatada uma densidade colorimétrica de 80% a 100% (padrões quatro e cinco), o veículo infrator recebe o auto de infração, é recolhido e fica proibido de circular até que o motor esteja devidamente regulado.

Anezilda

Reduza a emissão de poluentes

Leia o manual do carro - É importante manter o veículo regularizado de acordo com as especificações do fabricante. Desta forma, além de reduzir a emissão de gases poluentes, prolonga-se a duração do motor e economiza-se combustível.

métrica (menor quantidade de particulas poluentes indicado pela cor) de 20 a 40% (padrões um e dois) são liberados para o tráfego depois de receberem no párabrisa o adesivo vistoriado. Aqueles que apresentarem densindade colorimétrica de 60% (padrão três), recebem auto de infração e devem apresentar o veículo à Semace, devidamente regulado, no prazo

melhora, segundo “foi notória”.

Saiba mais

Veículo

A escala Rengelmann reduzida é usada para medir o indice de poluição. Foto: Divulgação

Anezilda Maria Lima, 73, que sofre de asma há 15 anos. Devido à localização de sua residência numa avenida de grande flúxo de veículo, sua enfermidade foi se agravando devido a quantidade poluentes presentes no ar. “A poluicão era visível, bastava passar o dedo nos móveis uma horas depois de limpos e o dedo ficava preto”, relata Anezilda. Aconselhada pelos seu médico pneumologista, José Eneias, a morar mais distante da circulação de veículos, Anezilda resolveu mudar para uma área verde da Cidade, uma vez que não suporta mais as crises constantes de asma. A

Ônibus

Mude de opção - Existem outras alternativas para locomoção. Por isso, sempre que possível, procure utilizar outro meios de transporte como: ônibus, bicicleta e, caso exista em sua cidade, metrô.

Diesel

Cuidados especiais - Caso o veículo utilize diesel,

mantenha o sistema de injeção de combustível regulado, conforme especificação do fabricante. - Evite acelerar seu veículo desnecessariamente, principalmente quando parado no tráfego. Acelerando, aumenta-se a emissão dos poluentes.

Oficina

Faça sempre revisão - Fique alerta para o período de troca do filtro de ar. Sujo, ele aumenta o consumo de combustível e o veículo polui mais.

Combustível

Prefira os mais limpos - Um motor a diesel é mais eficiente que o motor à gasolina, mas a gasolina emite menos substâncias prejudiciais à saúde humana. O gás natural, em relação à gasolina e ao óleo diesel, emite menos dióxido de carbono. O biodisel é a solução para evitar esse desatre mundial, e o Brasil sai na frente nesse importante aliado no combate aos problemas ambientais.


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Relíquias de quatro rodas Caros e apaixonantes, os automóveis são itens de coleção para gente grande. E o maior desafio está em manter a originalidade dos veículos

Hobby Hoje, o empresário soma em sua coleção sete automóveis e garante que busca informações sobre a história de cada um deles.

Del Rey: parte da família há 23 anos

Sobpressão - O que o Del Rey significa para você? Guto Castro - Tenho uma relação de carinho, pois andava no banco de trás dele há 20 anos e hoje ainda estou com o carro. A maciez da suspensão e o conforto dos bancos são os mesmos. Sem falar na potência do motor 1.6, movido a álcool. Fabricado em apenas 49 dias, o Jeep Willys 1942 mudou os rumos da II Guerra Mundial e faz parte da frota do colecionador Jonathan Possebon Foto: Arquivo Pessoal

“A pesquisa começa antes da aquisição do veículo. Quando tenho interesse ou curiosidade sobre um modelo de carro, automaticamente começo a buscar informações”, afirmou. Segundo ele, essa ligação só faz aumentar quando tem o carro em mãos. “Depois da aquisição, começa o aprofundamento especifico sobre o modelo. Fazer esta pesquisa reforça, ainda mais, o prazer de ter um carro assim”, completa. Foi investigando sobre o passado dos seus carros que Jonathan definiu um Fusca, em meio aos veículos da II Guerra Mundial, como o de maior relevância histórica. “Quem possui um Fusca, por si só, tem em suas mãos

um carro histórico. Mas o modelo 1984 ,que eu tenho, foi o da Arquidiocese de Fortaleza, era o carro de uso de Dom Aloísio Lorscheider”, ressalta. Apesar de ter veículos fantásticos, Jonathan ainda busca pelo carro dos seus sonhos, um Ford F1 1951. “Ainda falta esse. Gosto muito de pick-up, adoro motores V8 e, para completar, carros de duas cores, os chamados ‘Saia e Blusa’. O Ford F1 1951 reúne estas três características”, explica. Dificuldades Como é de se imaginar, não é fácil manter uma coleção de carros, principalmente mantendo a originalidade e as características de cada veículo.

A problemática vai desde a aquisição de peças até mão de obra qualificada. “A maior dificuldade está na mão de obra especializada para a manutenção ou restauração. Estas pessoas estão ficando raras e muitas vezes o conhecimento não é passado para novas gerações”, lamenta. Para quem possui um veículo antigo, e utiliza no cotidiano, o empresário dá a dica para encontrar peças raras e originais em um novo mercado: a Internet. “O mercado virtual globalizado tem ajudado muito. Já encontrei até peças para um carro de 1930. Essa é uma alternativa rápida e não muito difícil”, pontuou Jonathan.

Dos clássicos à adrenalina dos personalizados o automóvel. A personalização é um investimento e, como outro qualquer, tem seus riscos. Existem vários motivos que fazem as pessoas procurarem um veiculo diferente, isto está mais associado com a emoção do que com a razão”, conclui.

Quase que uma contradição, o empresário cearense também tem verdadeira paixão por carros modificados, como é o caso deste Hot Rod, que, para Jonathan, traduz liberdade e tranquilidade enquanto nas pistas Foto: Arquivo Pessoal

Na contramão do que os colecionadores de carros clássicos pregam, Jonathan Possebon também se rendeu aos veículos modificados. A personalização e otimização dos automóveis recebe o nome de tuning. Uma das vertentes desta prática é a Hot Rod - que consiste na modificação de carros mais antigos - outra paixão do empresário.

Guto Castro Neto

Tudo começou quando o pai do jornalista Guto Castro Neto resolveu se desfazer de um Del Rey, 1988. O filho, apaixonado pelo veículo que costumava passear na infância, resolveu investir e assumir o volante do automóvel, que ele afirma: “em nenhum momento me deixou na mão”.

Luis Domingues e Eduardo Buchholz

Conhecido por ser um País amante do automobilismo, a população do Brasil expressa com sentimento de apego todo o carinho que sente por seus veículos pessoais. Essa adoração por automóveis foi o que fez o empresário cearense Jonathan Possebon começar uma coleção deles. Não diferente de muitos outros casos, ele começou sua paixão ainda na infância. “Meu pai era admirador e me levava para encontros, oficinas e museus. Assim, acredito que despertou meu interesse também”, relembra. O laço familiar gerou em Jonathan seu primeiro sonho de consumo: um Jeep Willys 1951, como o de sua família. “Lembro de brincar muito em cima do jeep e passear com minha família. Cresci e sempre quis ter um igual. Aos 23 anos, comprei meu primeiro carro antigo, justamente um Jeep Willys 51. A vontade era tanta que, mais tarde, comprei outro”, salientou. O veículo também é conhecido por ser parecido com os usados nos filmes de Indiana Jones.

Entrevista

“Não acho a prática uma contradição. Um Hot Rod significa a liberdade e a possibilidade de passear com tranquilidade, sem preocupações com possíveis quebras, que nos antigos podem acontecer por limitações da própria idade. Sou fã de um motor ‘apimentado’ e o estilo vintage”, ressalta.

A personalização custa caro. Transformar modelos clássicos em Hot Rod não é diferente. Entretanto, Jonathan admite que no momento de investir nos veículos, a emoção fala mais alto que a razão. “Já gastei mais de R$ 100,000 em um carro. Tudo depende do seu objetivo com

Dentro da lei A modificação, porém, não é tão simples. Além de alterar a estética do carro, há também a adaptação mecânica, que altera o documento. Isso obriga o proprietário a buscar autorização do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para continuar circulando legalmente com o veículo. O órgão regulador deve ser informado em casos como: mudanças de potência, combustível, cor e alterações físicas mais bruscas, como tornar um carro fechado em conversível. Sendo assim para esquivar-se da multa, é necessário adaptar-se às leis de trânsito.

Sobpressão - Quais as vantagens de mantê-lo rodando? Guto - Um carro com mais de 15 anos de fabricação não paga IPVA e as seguradoras do mercado não têm apólices para carros antigos. Assim, tenho menos despesas anuais. Mensalmente pago apenas o combustível - cerca de R$ 200,00 por mês - e uma lavagem por semana - R$ 60,00 por mês. É um carro que dá pouca oficina. Recentemente fiz um gasto grande numa recuperação do motor e da embreagem, mas havia dois anos e meio que ele não ia para a oficina. Sobpressão - As peças antigas são muito caras? Guto - Não. O problema é achá-las. Há uns três anos precisei trocar um retrovisor e não encontrei original novo. Vi alguns usados na internet, mas o frete era mais caro que a peça. Tive que optar por uma réplica do original, nova, que não é a mesma coisa, mas funciona. Sobpressão - Já te deixou “na mão” alguma vez? Guto - Nestes seis anos, a única vez em que ele parou de funcionar foi quando a bateria descarregou. Ele nem precisou de oficina. Eu liguei para uma loja e comprei outra. O motoqueiro chegou ao local onde eu estava, trocou a bateria e deu tudo certo. Sobpressão- Já pensou em trocar o antigo Del Rey por um carro atual? Guto - Estamos falando de um Del Rey 1988 que deve custar R$ 4,500,00. Nenhum outro veículo, até quatro ou cinco vezes mais caro do que ele, vai me dar o conforto e a potência dele com um custo de R$ 260,00 por mês. Já pensei em aposentá-lo, mas seria um investimento maior e eu ainda considero que não é vantajoso.


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Feirões impulsionam vendas de automóveis na capital

Cena Comum, nos finais de semana o estacionamento do Iguatemi lotado de carros expostos é a prova de sucesso da indústria dos feirões

Concessionárias da Cidade buscam investem forte nos eventos para “queimar” estoque e atrair multidões nons fins de semana em Fortaleza Ricardo Garcia

A febre dos feirões de veículos tomou conta da cidade. Um retrato disto pode ser a imagem visualizada ao lado, que se repete todos os finais de semana em locais como o estacionamento do shopping Iguatemi, que se veem lotados de carros em busca de compradores. Idealizado em Fortaleza há dez anos pelo empresário Colombo Cialdini, os feirões já se incorporaram à cultura de consumo do fortalezense. As concessionárias enxergam neste estilo de comércio uma grande oportunidade de alavancar as suas vendas. O gerente de vendas da concessionária Eurovia Renault, Willen Neto, destaca que as negociações em um fim de semana de feirão (sexta, sábado e domingo), chegam a representar um acréscimo de 40% em comparação com as vendas da semana no próprio espaço da concessionária. “No último feirão que realizamos, no começo do mês de outubro, foram vendidos por volta de 150 carros, todos veículos novos. E no final de um mês, as vendas de veículos em

feirões chegam a representar de 30 a 35% do nosso lucro total de vendas durante o período”, enfatiza. Já o gerente de vendas da concessionária Dafonte Veículos, Augusto Jokaf, registra um aumento menos expressivo nas vendas em feirões realizados pela revendedora, se comparados com as negociações na própria concessionária nos últimos meses. “As vendas em um feirão representam um acréscimo de 20% do lucro arrecadado pela concessionária em um mês de vendas”, aponta o representante. Ambos compartilham da opinião de que não existe um período específico no ano em que estas vendas sejam mais aquecidas, pois o mercado é muito sazonal e com variações quanto ao seu poder aquisitivo e de compra. Também é consenso, para os que atuam no ramo automobílistico, que os feirões, atrai um público mais diversificado e variado, que está disposto a comprar os veículos, independente da época do ano. O presidente do Sindicato das Concessionárias do Estado do Ceará (Sindcon-CE), Luiz Gonzaga Neto, destacou que o principal papel do sindicato no, que se refere aos feirões, acontece-se na regulamentação destes eventos por meio de acordos realizados com os funcionários das concessionárias em convênios coletivos da categoria. De acordo com Gonzaga,

são 123 concessionárias atendidas pelo sindicato no estado do Ceará e mais de 500 revendas de automóveis. Venda de Veículos aquecida Baseado no último balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-CE), realizado no mês de setembro, a venda de veículos no País teve um crescimento de 5,6% em com-

Luis Carlos Mello

Os feirões são uma peculiaridade brasileira e atuam como ‘agentes reguladores’ do mercado. Consultor do Centro de Estudos Automotivos (CEA)

parativo com o ano de 2010. Somente nos dez primeiros meses de 2011 foram vendidos 2.963 055 carros em todo o território nacional. O mercado automobilístico brasileiro projetava um crescimento de 5% nas vendas de veículos para este ano, porém com a escassez de crédito disponível no mercado e a concorrência asiática, as concessionárias se viram obrigadas a buscarem formas de diminuir os seus estoques.

Foto: RIicardo Garcia

O presidente nacional da Fenabrave, Sérgio Reze, alertou em setembro que a tendência do momento seria uma redução nos estoques de veículos para evitar uma possível pressão financeira sobre o caixa das concessionárias. “Não estamos com a corda no pescoço, mesmo assim, as promoções e vantagens para atrair os consumidores são importantes para que as concessionárias não arquem com os juros das montadoras”, afirmou Reze na ocasião. O consultor do Centro de Estudos Automotivos (CEA) e ex-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luis Carlos Mello, ressaltou, em recente entrevista, que os feirões são uma peculiaridade brasileira e atuam como “agentes reguladores” do mercado. Para ele, as montadoras e concessionárias costumam destinar de 1% a 2% do faturamento total às ações publicitárias, número que pode aumentar no final de ano para impulsionar as vendas”, estima o especialista. Luis Carlos Mello afirma ainda, que “as marcas recémchegadas ao país conquistam espaços e pressionam as indústrias aqui instaladas”. Segundo ele, se há 20 anos, existiam quatro empresas brigando pelo mercado, hoje elas são mais de 35. Para economistas da área automobílistica, uma das justi-

ficativas para os altos estoques disponibilizados pelas concessionárias, pode ser explicada pelo fato de que as montadoras trabalham com uma programação de crescimento do mercado em cerca de 12%. “A previsão oficial nacional trabalha com a marca de 5% para garantir a disponibilidade imediata de produtos e não perder participação nas comercializações”, completa o consultor do CEA. Saiba mais

Cresce o número de automóveis Dados do Departamento Estadual de Trânsito (DetranCE) mostram que houve aumento de 7% no total de veículos novos na Capital. De acordo com as informações do órgão, somente até o mês de setembro de 2011 foram contabilizados 30.823 novos automóveis na cidade. No total são 442.465 automóveis circulando em Fortaleza. Além disso, em comparação ao ano passado, houve um crescimento de 7,49% na frota de veículos na Cidade, ou seja, de 62.397 (2010) veículos para 66.958 (2011). Fonte: portal Detran-CE


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A arte pintada e esculpida pelo artista Clayton Pontes

Saiba mais

Técnicas de pintura

Cearense de múltiplos estilos e inovações, o artista Clayton Pontes nos apresenta suas mais variadas formas de pintura em tela e escultura Um aspecto interessante da pintura é que toda e qualquer tinta, tem como base um pó. Inicialmente, eram extraídos da natureza, mas hoje, podem ser feitos a partir de materiais sintéticos. Confira as curiosidades enumeradas pelo professor Pablo Manyé.

Karolina Pinto e Lucas Leitão

Há mais de 40 anos como pintor, fotógrafo e escultor, Clayton Pontes é um artista cearense internacionalmente conhecido. Nascido em Maranguape, mas residente em Fortaleza, Pontes dava os primeiros sinais de arte logo na infância quando desenhava com carvão na calçada de sua casa. O artista, que também é cirurgião dentista, cursou três anos de Direito, mas foi na odontologia que a arte de esculpir tomou forma. “Sempre que eu ia fazer uma prótese, nunca deixava os dentes todos alinhados. Tentava diferenciar para dá um toque mais parecido com os dentes humanos”, relata o artista. No Ceará, Pontes foi o precursor da técnica conhecida como Fauvismo - tinta fresca em bisnaga – ao apresentar o quadro “Casinha Branca”, que doi segundo lugar no Campeonato Mundial de Pintura em São Paulo. O artista também desenvolveu técnicas como a pintura em algodão, lona, pano comum e o cânimo (algodão cru), a qual considera o último degrau que o artista pode chegar. “Quem consegue pintar em cânimo atinge o auge como artista, pois se trata de um material que absorve a tinta imediatamente ao entrar em contato com o algodão e é irreversível. Qualquer erro e você perde a tela”, destaca. A arte é traduzida como criação humana de valores estéticos que sintetizam as emoções do

1. A óleo

Ponta-cabeça: Artista exibe a obra finalizada que fez utilizando a técnica em apenas 18 minutos. Foto: Acervo Pessoal

artista, a história, os sentimentos e a cultura. É a partir desses valores que Clayton Pontes, 62, dá vida às suas obras. Apesar de se definir como pintor clássico-acadêmico e escultor moderno-regional, Pontes inicia na escultura o que ele chama de “desconstrução” – aparência inacabada. Alguns grandes artistas internacionais e locais são sua fonte de inspiração: o pintor italiano Caravaggio, famoso poelo estilo barroco, o inglês William Turner, impressionista-romântico e o escultor romano Michelangelo, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente. Além dos pintores cearenses Afonso Lopes, Zé Fernandes e Vlamir de Sousa, e o escultor Altair Alves.

confessa. A técnica consiste em utilizar somente um campo do cérebro para raciocinar as formas da pintura, e outro para executá-la. O artista afirma que se inspirou a partir da leitura do livro “Desenhando com o lado direito do cérebro” da

Inovador O estilo mais marcante de Pontes é a pintura em “ponta-cabeça”. “Eu queria desenhar uma grande queda d’água com um rio embaixo, mas cometi um erro: fiz o caule da árvore grosso em cima e fino embaixo”,

autora Betty Edwards (Ediouro). O que ocorre é a falta de aptidão do hemisfério esquerdo do cérebro em reconhecer uma obra de cabeça para baixo e isso acaba permitindo que o lado direito assuma o seu comando durante certo período.

Clayton Pontes

Quem consegue pintar em Cânimo atinge o auge como artista, (...) Qualquer erro e você perde a tela. Pintor, escultor e fotógrafo

Em 2009, Pontes gravou em 18 minutos sua performance utilizando esta técnica e postou no site de vídeos youtube. Ao final da exibição, como num passe de mágica, ele nos remete a visualizar um lago envolto de altas árvores, sendo uma bela e agradável surpresa. Este feito lhe rendeu tamanha notoriedade que recebeu prêmios na Argentina para artista latino-americano, França, Espanha e Bélgica. Em São Paulo, seu vídeo foi exibido para mais de mil pessoas. Atualmente, Pontes é aluno do curso de Belas Artes da Unifor e expôs a obra “O Banho”, esculpida em terracota – argila cozida no forno – na XVI Unifor Plástica. Segundo o artista, as costas da escultura foi imaginada a partir da pintura de Portinari, “Os Retirantes”, de 1944. “Eu usei a técnica de pressionar os dois polegares para baixo, fazendo com que elas ficassem parecidas com as do quadro. Há dois anos Pontes expôs no mesmo evento, mas desta vez, como pintor.

Surgiu há 600 anos, nos Países Baixos. Revolucionou a pintura ao permitir variações em contornos e nuances.

2. Aquarela

Usada principalmente na pintura em papel. Sua maior divulgação aconteceu com os primeiros turistas europeus que visitavam Veneza e queriam levar um souvenier da cidade, por ser uma pintura mais leve, feita em papel, ela se popularizou por ser mais fácil de ser transportada.

3. Acrílica

Permite mais camadas de cores, mas com menos nuances. Seca mais rápido. Ideal paraquando se faz pinturas mais gráficas.

4. Afresco

Técnica de pintura mais antiga; usada pelos egípcios e ainda até hoje. Aplicada em gesso úmido.

5. Guache

Vem da palavra italiana “guazzo” quer dizer tinta de água. Não chega a ser tão brilhosa quanto à quarela e também não penetra na superfície.

Exposições em Roma recebem artistas da Unifor Por meio do reconhecimento realizado pelo livro anual Art Gallery in Brazil, a Galeria Spazio Surreale, representante oficial da “Biennale d’Arte Internazionale di Roma”, selecionou, dentre alguns artistas brasileiros, 16 artistas da Unifor para apresentar suas obras na exposição coletiva de arte “Art Brasilis” que acontece na Galeria Zanon, em Roma no dia 19 de janeiro deste ano. A “Art Brasilis” trata-se de uma exposição que, por meio de grandes artistas nacionais,

deverá homenagear o Brasil. Dentre os 16 artistas selecionados para expor, sete estão cursando Belas Artes na Unifor e o restante faz parte do curso de Desenho e Pintura oferecido pela Educação Continuada, ministrada pelo professor e orientador Eduardo Oliveira. A Bienal de Roma acontece no dia 21 de janeiro e conta com a presença de três alunos da Universidade, além do próprio Eduardo que também incentivou os dois projetos de exposição. Que segundo ele, é uma excelente oportunidade.

“É uma ótima chance por ser uma exposição de grande porte, ainda mais sendo na Itália que é o país berço da arte. Isto é importantíssimo para o aluno no seu crescimento humano e intelectual”. As obras expostas foram produzidas utilizando as técnicas de óleo sobre tela, carvão sobre papel, pirografia e óleo sobre couro. Na primeira exposição, os artistas mostram duas obras de sua autoria, já durante a Bienal, apresentada-se apenas uma obra de no máximo um metro por um.

Terreiro da Tradição - óleo sobre tela. Obra da artista Mana Cellani Foto: Divulgação

O Remo - óleo sobre tela. Obra da artista Aurélia Alencar Foto: Divulgação


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