TFG VERSO - Arquitetura Escolar : Novas Concepções de Espaços

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Ve r s o Arquitetura Escolar:Novas Concepções de Espaços

Laís Figueiredo


Esse trabalho não teria vida se não fosse a ajuda de várias pessoas, mil páginas não seria o suficiente para agradecer, e falar um pouquinho de cada um. Não sou muito boa com palavras, sempre usei a forma gráfica como meio de comunicação, e dessa vez não seria diferente, como homenagem e agradecimento coloquei cada um de vocês, que ajudaram de alguma forma, no meu projeto, como fantasminha destaque. Nas imagens do projeto, as pessoas em destaque são cada um de vcs, a brincadeira é se achar, mais ou menos como procurando wally, divirta-se. Obrigada: A Família: Mãe Ester, Pai Edson, Vó Floripes, Tia Ma, a Vivian, ao Gabão, a todo restante da família, muito obrigada pelo apoio e pelo amor dia após dia. As orientadoras: oficial Rita Fantini, e a não oficial, mas não menos importante Ana Ferraz, e a todos os professores que me apoiaram durante esses cinco anos. Ao Chefe: Zeoti, pela oportunidade na secretaria, e por me ajudar muito com as extensas conversas sobre arq e urb, e a afinar ainda mais o olhar pelas experiências paisagísticas. Aos amigos: Vitória, Camilla, Barbara, Ludmila, Gabriela ,Isabela, Maria Alice, Humberto, muito obrigada por tornar esses últimos anos mais pleno e pelo apoio desse ano tão difícil, e por tornar as minhas manhãs mais felizes. E aos meus dois chaveirinho: sem a ajuda de vocês não seria possível nada, Lucas e Felipe, sem vocês, nem sei o que seria da minha vida, do meu trabalho, da minha alegria. Amo todos! Muito obrigada a Deus, por mais uma etapa, e por cruzar a minha vida com pessoas tão incríveis. Muito obrigada! Lais Figueiredo




Arquitetura

Trabalho Final de Graduação Centro Universitátio Estácio/Uniseb

Ribeirão

Preto,

2017

Escolar O r i e n t a d o r :

Rita de Cássia Fantini de Lima

N o v a s

Estudos e Praticas na implantação de uma escola estadual de ensino fundamental I, no bairro Planalto Verde em Ribeirão Preto.

Concepções

De

E E C

s s i

p c d

a o a

ç l d

o a e

espaços

Laís de B. M. Figueiredo




O tema do TFG me veio há alguns anos atrás, quando fui apresentada ao um documentário, que me encantou já no seu título, “Quando sinto que já sei”. Nele é abordado o tema educação, apresentando projetos brasileiros públicos que adotaram pedagogias alternativas. No percorrer do documentário muitas das minhas experiências me veio na memória, e como crítica, o espaço da escola foi interrogado várias vezes. No percorrer da minha infância frequentei a rede pública de educação, sempre pulando de escolas municipais á escolas estaduais. Mas o que aproximavam essa duas instituições na minha lembrança, além da pedagogia tradicional aplicada, era os espaços: como a sala de aula, a entrada da escola, ou até mesmo o banheiro, que escapavam sempre da minha escala como criança. Uma das minhas memórias mais sólidas, aconteceu lá na préescola. Quando todos os dias próximo da uma hora da tarde minha mãe me deixava na porta da escola, onde sempre a “tia” estava a minha espera ao lado de um portão de aço cinza e muito alto. Assim que me entregava, minha mãe me acompanhava com os olhos, até o portão se fechar, e após fechado, ela permanecia ali, me espiando através da fresta do portão, até finalmente eu deixar o pátio e entrar na sala. Lembro como era difícil para mim, deixar os olhinhos da minha mãe naquela fresta entre o portão e a parede e entrar em uma sala alta e escura. Alguns anos mais tarde, quando já estava no ensino fundamental, tinha um professor de história, que era extremamente rígido, exigia todas as carteiras estritamente em fileiras. Sempre quando entrava lá, toda aquela cor verde clara nas paredes e nas carteiras, me remetia a ambientes hospitalares. Mas o que mais me encantava


naquela sala, era a vista da janela, gostava tanto que uma vez fui interrogava pelo professor, se eu estava procurando algum elefante lá fora, de tanto que admirava a vista. Na época não me senti bem com a abordagem dele, me fazendo sentir até menos que os outros alunos que prestavam atenção na aula. Hoje refletindo sobre esse episódio, me assusta pensar que a vista exterior da sala me interessava mais que o conteúdo que era aplicado dentro dela. Talvez o professor não me motivava tanto, mas a sala tinha tamanha influência, que talvez nem o professor se sentia motivado a desenvolver uma aula diferente. Em todas as minhas lembranças sempre houve o interior(a escola) e o exterior(cidade), nunca a escola foi uma continuação da cidade. Em todas as escolas que frequentei, essa separação era nítida, com muros e grades, que nunca me permitiu o espiar “lá fora”. Todas as vezes que minha mãe me deixou portão adentro, parecia que estava indo viver uma vida paralela a minha, a escola na minha concepção sempre foi distante de todo o resto que vivia. A escola nunca deve ser alguma coisa paralela, distinta da vida real, o propósito da escola é preparar-nos para o mundo, e não se separar dele. A arquitetura tem tamanha influência que faz com que o usuário sinta preso ali, contando as horas para voltar para casa, espiando pela janela a liberdade que tem lá fora. Portanto ao desenvolver esse projeto minha real preocupação é com os espaços, e como a escola pode e deve conversar com a cidade, como a estrutura arquitetônica pode fazer com que a comunidade se interessa em participar mais do que a escola oferece. Desenvolver um projeto arquitetônico pensando já na possibilidade da escola ser uma continuação da cidade. Laís Figueiredo


SUMÁRIO


11

Introdução

15

Arquitetura E s c o l a r

Final do séc.XIX 1921 á 1950 1960 á 1990 1990 á 2010

17

E s c o l a s no Brasil 19 21 25 27

30

Alternativas aos modelos Brasileiros 31

36

Rolex - SANAA

Estudos i n i c i a i s

36 39 41 43

38

Projeto

45 49 51 67

Lugar Escolas Bairro Planalto Verde Terreno

Verso Diretriz Parques O projeto



13

INTRODUÇÃO Uma das principais ferramentas para o crescimento de um país, tanto econômica quanto humana, é a educação. Uma criança que tem acesso ao conhecimento, se bem desfrutado, será um adulto com mais autonomia para realizar atividades livremente escolhidas e valorizadas. Para a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (Organisation de Coopération et de Développement Économiques - OCDE),pode-se entender como capital humano, os conhecimentos, habilidades, competências e outros atributos individuais, que para atividade econômica são relevantes. Ou seja, todo o gastos em educação, que são muitas vezes considerados consumo, é na realidade um investimento nesse tipo de capital. No Brasil o investimento em educação começou na década de cinquenta com o aumento do polo industrial. Após esse significativo aumento, a demanda por educação cresceu, exigindo a construção de mais escolas. Esse progresso aconteceu até meados da década de sessenta, quando houve o golpe militar. Após a Ditadura houve um regresso nos investimentos na educação, refletindo nas escolas atuais, onde é possível encontrar problemas espaciais, relacionados a arquitetura, pedagógica, relacionado ao ensino, e profissional, relacionado aos professores e funcionários administrativos. Sem a valorização financeira todas essas áreas são degradadas. Em todo esse contexto histórico, que será apresentado, os ambientes de ensino brasileiro estagnaram. As escolas continuam com salas sequenciais, suas áreas de recreação não sao nada atrativas, e suas formas ainda estão presas ao grande bloco de concreto.

Os estudos dos espaços educacionais são de escala mundial, se no Brasil tivemos uma estagnação em relação aos estudos ambientais da escola, influenciado pelo contexto histórico, em alguns países esses estudos continuaram. E houve um progresso significativo no pensar espaços de estudo, como referência e alternativa aos modelos educacionais brasileiros será apresentado o projeto Rolex, do escritório Sanaa. Além claro dos estudos da relação cidade e escola. A cidade onde o projeto será implantado é em Ribeirão Preto, estado de São Paulo. A área de estudo foi escolhida de acordo com a demanda por escolas estaduais de ensino fundamental I, o maior raio de carência encontrado em Ribeirão Preto, foi o bairro Planalto Verde, o loteamento desse bairro foi destinado para habitações de interesse social. O terreno, que foi destinado para equipamento institucional, fica próximo área para implantação do parque Ruben Cione, um ponto importante para a escolha já que há inexistência de equipamento urbanos e espaços de lazer no bairro.



“As carteiras eram parafusada ao chão, eu sentava sempre no mesmo lugar” Floripes, 80 anos


FIG.01 - PROJETO NANYANG PRIMARY SCHOOL, SINGAPURA


17

ARQUITETURA ESCOLAR Segundo Brito Cruz (2004), a configuração de uma visão educacional provém da disposição espacial de todos os itens de um programa. O programa não é apenas uma lista de ambientes, nele inclui valores que o projeto representará e os indicadores qualitativos que se pretende atingir. Além disso, ele é um documento que interage com as pedagogias e o modo de abrigar as atividade essenciais para o tipo de ensino almejado(KOWALTOWSKI,2011). Além do estudo do programa, estudar a carência que o espaços educacionais exigem, é relevante para atingir as necessidades de ocupação de cada comunidade escolar. “A organização espacial da escola apresentava

trole e disciplina por espaços bem-determinados, com projetos baseados no isolamento autônomo; de outro, as influências das teorias pedagógicas, que valorizavam mais a criatividade e a individualidade(KOWALTOWSKI, 2011). Apartir de agora os projetos escolares era bem mais flexível, e aberto para áreas externas, que poderia abrigar parte das atividades escolares. O projeto dessas escolas tem como base a interação social(Dudek,2000). Na imagem(Fig.01), um exemplo das primeiras escolas encontradas na europa na década de XIX, normalmente o ambiente de ensino era uma extensão da casa do professor, as aulas aconteciam em um único ambiente com forno central.

configurações que mostram a importância dada à ordenação, antes mesmo do aparecimento da indústria. Foucault (1987) mostra-nos a ordenação por fileiras, no século XVIII, e define o espaço

Harrow school

Plan of Building incorporating

serial, organizando os lugares, os espaços de circulação, imprimindo os valores de obediência, para

transformar

a

escola

em

um

espaço

de

vigilância, de hierarquia das funções, a fim de possibilitar o controle simultâneo do trabalho. Refere-se ao sistema da arquitetura panóptica, construída com o objetivo de controlar todos os movimentos de uma determinada comunidade. No

Quarto

Ambiente de ensino

caso das escolas, o panóptico determina cada criança em seu lugar, sem barulho ou conversa, sem dissipação ou desordem. “A visibilidade é uma armadilha” é o lema utilizado (Foucault, 1987).A ordenação espacial transformava a sala de aula em pequenos observatórios e a disciplina proporcionava

um

controle

sobre

os

alunos.

(KOWALTOWSKI, 2011,Pág.62)

Na história, evidenciando o século XIX, teve duas tendências dialéticas: de um lado, o desejo de con-

Fig.02 - Esquema em planta da Escola Harrow School, Inglaterra


18

FIG.03 - Escola FDE do estado de São Paulo


19

ESCOLAS NO BRASIL “A disposição espacial da maioria das escolas no

edificações escolares. Como consequência das

Brasil ainda segue os padrões tradicionais, com

tentativas de padronização da construção de

carteiras enfileiradas e o professor em frente ao

escolas públicas, verifica-se uma semelhança

quadro-negro. A evolução da arquitetura escolar

na

paulista pode ser apresentada por uma breve

diferente apenas nas implantações” (Amorim,2007)

abordagem sobre os aspectos de planejamento,

(Kowaltowski,2011´,Pág.77)

de projeto e construção e seus “programas”,

com informações (quando existentes) sobre as salas de aula e os aspectos mais relevantes em cada período da concepção da obra, ao longo dos anos.”(KOWALTOWSKI, 2011,pág.77)

No tempo do Império, segundo os mínimos registros sobre arquitetura escolar dessa época, havia um único sistema para todo o território nacional, que era estabelecido por um padrão arquitetônico e pedagógico voltado para a educação religiosa, segundo Ornstein e Borelli (1995). Agora para Buffa e Pinto(2002), as escolas herdadas pelo Império eram de ler e escrever, muitas vezes improvisadas, a sala de aula, eram extensões da casa do professor, funcionando em paróquias, em comercios, em cômodos muitas vezes, mal ventilados, com má iluminação, sem nenhum tipo de organização. Segundo Kowaltowski(2011) “O processo de organização do espaço escolar, considerando o vínculo edifício/escola e conceitos educacionais, surge a partir das exigências das escolas primárias, que se organizaram em classes sequenciais”. “Segundo da XIX,

a

Fundação

para

Educação(FDE,1998), vários

órgãos

do

o

Desenvolvimento

desde poder

o

público

século foram

responsáveis pelo planejamento ,construção e manutenção dos estabelecimentos de ensino no Brasil,

com

várias

tentativas

de

se

traçar

diretrizes ou”padrões” para a construção das

concepção

dos

projetos

arquitetônicos,


20

FACHADA

NIVEL 1

PORÃO

Cidade

Barreira

NIVEL 2

Escola

L e g e n d a SALAS DE OFICINAS SALAS DE AULA Eixo de circulação FIG.04 - Fachada, e plantas da Escola Modelo da Luz, 1897, São Paulo


21

FINAL DO SÉCULO XIX Durante a Primeira República, os Edifícios escolares localizavam-se em áreas próximas as praças, para exercer uma referência à expressão do poder e da ordem política. A arquitetura desses prédios eram destacados pelo estilo neoclássico, edifícios imponentes, com simetria, pé-direito alto, e normalmente construído um nível acima da rua, para criar majestosas escadarias, e impactar o entorno urbano.

exigências referentes á urbanização, largura da rua, altura dos edifícios, salubridade das construções, espessuras mínimas das paredes, impermeabilização contra a umidade do solo, ar e luz direta para todos os cômodos e outras providências. ”Entretanto, redação,

o

pois

Código exigia

tinha certas

falhas

na

medidas,

mas

não as regulamenta; exigia ar e luz, porém não especificava como devem ser arejados ou

“Os programas de projeto eram baseados em modelos

iluminados os cômodos, o que dava margem a

educacionais franceses, voltados principalmente

muitas interpretações”(Lemos,1999).

para a área pedagógica. A arquitetura procurava acompanhar

os

valores

culturais

da

época,

dividindo, por exemplo, as áreas femininas e masculinas, inclusive no pátio de recreação. Ela se apresenta como consequência das exigências do regimento escolar da época e do início da

A Escola Modelo da Luz, de 1897, construído na Avenida Tiradentes, no Bairro da Luz, capital paulista(Fig.04), do arquiteto Ramos de Azevedo, foi o primeiro exemplo do Grupo Escolar. É um edifico com a arquitetura eclética e imponente da época.

preocupação com a saúde e a higiene.”(KOWALTOWSKI, 2011,pág.76)

”O prédio tem doze salas de aula em formato

retangular,

As Escolas Normais foram pensadas com programas arquitetônicos mais complexos, destacando-se pela sua grandiosidade e com o objetivo de tornálos marcantes e imponentes na paisagem urbana, segundo Kowaltowski (2011, pág.77)

com

janelas

grandes

e

altas,

voltadas para duas das fachadas, distribuídas em três pavimentos, com dimensões de 9,5 m × 7

m.

As

aberturas

foram

dimensionadas

para

as condições de ar e luz, de acordo com o Código Sanitário. O porão abrigava oficinas de marcenaria e modelagem de gesso, para apoiar

Em 1894 foi inaugurada a Escola Nacional da Capital, localizado na Praça da República, bem no centro de São Paulo, um dos primeiros registro de um edifício escolar paulista exclusivamente educacional. Até 1894 havia apenas o Código de Posturas, que estabelecia o alinhamento do lote, como obrigatoriedade, porão, e corredores laterais descoberto para a iluminação direta. Após 1894 foi estabelecido o primeiro Código Sanitário de São Paulo, que pela primeira vez, sistematizou as

a manutenção do próprio edifício, que podiam servir também para o ensino prático ou até profissionalizante. Em termos de proposta de projetos arquitetônicos para estabelecimentos de ensino, pode-se destacar o aproveitamento de uma mesma tipologia construtiva para diversos municípios, com a preocupação de modificações e

detalhamentos

das

fachadas

e

ornamentos,

mantendo a imponência que marcava a primeira era republicana.”(KOWALTOWSKI, 2011,pág.77)


22 Grupo Escolar

Barreira

Cidade

Escola

L e g e n d a Salas Administrativa Salas de aula

Sanitário Circulação FIG.05 - Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo São Paulo


23

1921 Á 1950 Manifestações como a Semana de Arte Moderna de 1922 e movimentos como a Revolução de 1930 influenciaram o setor da educação, com reflexos na arquitetura escolar. O edifício, aos poucos, deixou de ser compacto, extinguiu-se a divisão entre os sexos, a implantação apresentava características mais flexíveis, como o uso de pilotis, deixando o térreo livre para as atividades recreativas (FDE, 1998b).

relevantes

Em 1934, a primeira Constituição obrigava os municípios a investirem 10% da arrecadação tributária em educação, construção e manutenção de prédios escolares. Em São Paulo, esse dispositivo é aplicado somente em 1943, na administração do prefeito Prestes Maia, por meio de convênios com o Estado. A ascensão de Getúlio Vargas, em 1930, abriu espaço para a ideia da educação pública como elemento remodelador do país na construção de uma sociedade moderna e democrática. Em 1932, um grupo de intelectuais lançou o manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita. Entre os intelectuais que assinaram o documento estava Anísio Teixeira, figura central da educação pública brasileira do século XX (Bastos, 2009) .

(FDE, 1998a). Havia também aspectos técnicos,

Em 1934 criaram-se códigos de Educação com o objetivo de unificar a legislação escolar, principalmente em relação ao edificio, nesse período criou-se critérios de projetos, com a consolidação do código de Saboya, uma norma técnica que impunha algumas regras. “Neste

contexto,

novos

ideais

de

educação

começaram a ser considerados na concepção dos projetos, como a ideia de se estabelecer um “programa”

que

necessidades

contemplasse

(FDE,

1998a).

um

conjunto

Entre

os

de

pontos

salas

de

desse aula

programa

deveriam

arquitetônico,

ser

amplas,

as

claras

e bem-ventiladas, com dimensões de 6 m x 8 m,

e

com

pé-direito

de

3,60

m,

pintadas

entre o creme e o verde-claro; dependências de trabalho; um auditório; sala de educação física, jogos, canto, cinema educativo, sala de festas, de reunião; biblioteca, instalações para assistência médica, dentária e higiênica como ventilação; pisos; larguras de corredores e escadas; quadro-negro; vestiário e instalações de

água

potável

e

sanitárias.”(KOWALTOWSKI,

2011)

Segundo Pinto, a escolha pelo estilo do prédio foi a arquitetura moderna. Silva Neves, -um dos arquitetos da época- seguia em seus projetos a arquitetura moderna com formas geométricas simples, concreto armado, que proporciona a vedação independente. A liberdade da implantação da arquitetura moderna, é o grande diferencial dos edifícios construídos na primeira república e os construídos nos anos 1930. (Buffa; Pinto, 2002) Essa nova arquitetura racionalista tem como principais características a linguagem formal sem ornamentação, de formas simples e bem geométricas, com aberturas predominantemente horizontais (Raimann; Raimann, 2008). Teoricamente, recomenda-se a integração dos espaços internos e externos, com grandes corredores para uma boa circulação. Inicia-se o funcionalismo na arquitetura escolar. As plantas desses edifícios escolares são em geral, em forma de “L” ou “U”, agrupando os conjuntos de salas de aula, administração e auditório. A área de ensino constitui o volume


24 E

S

C

O

L

A -

P

A

R

Q

U

E

CENTRO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO S

A

L

V

A

D

O

R

-

E S T A D O DA B

A

H

I

A

ESQUEMA DO CENTRO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO

L e g e n d a Administração

Auditório

Salas de aula

Biblioteca

Auditório

Ginásio

Eixo de circulação

FIG.06 - Escola-Parque Centro

Educacional Carneiro Ribeiro, 1947, Salvador


25

principal, caracterizado pelas aberturas horizontais A escola-parque vem com o intuito de aproveitar e regulares das salas,em contraste com as formas mais o terreno. Esse projeto segue os princípios verticais das escadas (FDE, 1998a). da arquitetura moderna e segue como conceito a escola com ponto de convívio da comunidade. A O Grupo Escolar (FIG.05), construído no bairro do escola passa a ser pensada como unidades urbanas Tatuapé, na cidade de São Paulo, exemplifica essa mais completas, oferecendo equipamentos e nova tendência na arquitetura escolar do Brasil (Buffa; serviços variados, alterando as relações entre os Pinto, 2002). O projeto efetivamente construído espaços público e privado. data de 1936, de autoria do arquiteto José Maria da Silva Neves, e tem como base uma articulação dos “Durante os anos 1950, a industrialização corredores de dois pontos de inflexão, para isolar incrementada pela política desenvolvimentista os dois corpos de salas de aula (6 salas de aula do Presidente Juscelino Kubistchek acelerava a por pavimento, num total de 12 salas), dispostos urbanização, e o mercado de trabalho necessitava em apenas uma das faces do corredor, apoiadas de pessoal escolarizado. Precisava-se edificar sobre pilotis, criando um espaço de recreação no depressa e com pouca verba, o que prejudicava a térreo. O volume central permite o acesso ao bloco qualidade construtiva da arquitetura moderna, de concentração das atividades administrativas, de na qual faltava detalhamento e especificações apoio pedagógico, museu e biblioteca, salas de dos materiais de acabamento (Ornstein; Borelli, leitura e auditório. Na década de 1940, São Paulo 1995). A arquitetura externa representava tornou-se o mais importante polo industrial do País, a consolidação da modernidade pelas formas o que significava novas demandas socioeconômicas. geométricas simples e o concreto aparente, Para atendê-las, era necessário acompanhar a ruas e pátios internos. Porém, certos modernização, inclusive na construção de escolas. detalhes importantes foram negligenciados, Em função disso, em 1949, foi criado o “Convênio como a alocação da biblioteca entre salas de Escolar”, estabelecido entre as administrações do aula, os sanitários distantes das salas e os Estado e do Município de São Paulo, dando início a confortos térmico, acústico e de iluminação, um novo período da história da arquitetura escolar que foram, muitas vezes, preteridos em função paulista (FDE, 1998a, 1998d). da forma.”(KOWALTOWSKI, 2011) Em 1947, na cidade de Salvador, o arquiteto Diógenes Rebouças projetou a escola-parque Centro Educacional Carneiro Ribeiro (FIG.06), com a ideia de um espaço completo de formação, num período em que se mesclavam princípios modernos na arquitetura e idealismo social nos programas arquitetônicos. Diógenes Rebouças chamou essa arquitetura de sadia, modesta e séria (Bastos, 2009).


26

FACHADA

A

Planta Baixa

A

Corte A’A

L e g e n d a Administração Sala de Aula

Sanitario Nivel 3

Nivel 2 Bancos FIG.06 - Escola de Guarulhos, 1962, São Paulo

Auditório


27

1960 Á 1990 Aplicar novas técnicas construtivas nos prédio educacionais, como os elementos pré-fabricados, era uma exigência que a época (1950 e início de 19960) tinha para criar uma nova concepção na arquitetura, segundo Artigas (1999). Os preceito da arquitetura moderna já estavam consolidadas nas referências arquitetônica nos anos 1960, segundo Buffa e Pinto (2002). O processo construtivo dos edifícios era o de estrutura de concreto independente, com destaque aos pilotis, que originaram pavimentos sem fechamentos, para funcionarem como pátios de recreação. Os fechamentos dos demais pavimentos eram do tipo alvenaria de tijolos, com coberturas de telhas de fibrocimento sobre lajes pré-fabricadas, ora aparentes, ora posteriores à platibanda. Na falta do telhado, a laje era impermeabilizada e se estendia em forma de marquise de acesso e proteção de entradas e circulações externas (FDE, 1998a)

de São Paulo, pensar em uma rede de escolas, definir quantas e onde seriam e a quem atenderia, não era tão simples assim. Com a verba curta, era preciso saber o custo da obra. Assim, os novos sistemas de construções escolares eram simplificados,”distribuído em um grande corredor que dá acesso às dependências escolares, com paredes de alvenaria de blocos aparentes de concreto; o teto de laje pré-moldada, com cobertura de

telhas

de

fibrocimento”.”(KOWALTOWSKI,

2011,pág.85) A modéstia dos materiais empregados

é consequência da política governamental de diminuir custos e prazos de construção (Xavier; Lemos; Corona, 1983). Surgiu em 1976 a Conesp, Companhia de construções de São Paulo, foi criado para elaborar catálogos e normas para facilitar e colaborar no desenvolvimento dos projetos escolares.

“Nos ambientes internos, os pisos eram tacos de madeira;ladrilhos cerâmicos para os sanitários

“Os escritórios de arquitetura eram contratados

e circulações; escadas de concreto revestidas

para esse tipo de prestação de serviços, para

de

as

agilizar

a

janelas eram de caixilhos metálicos (ferro) e,

mediante

concorrências

para a ventilação cruzada nas salas de aula,

Borelli, 1995). A racionalização era, de fato,

tubos circulares de cimento amianto embutidos

a única maneira de suprir a demanda. Em vez de

nas

optar pela aplicação de um “projeto padrão”,

as

granilite;

paredes, portas

o

do

eram

galpão

lado de

é

a

Escola

de

cimentado;

oposto

madeira

envernizadas(FDE,1998a).Um paulista

era

do

ás

janelas;

tipo

exemplo Guarulhos

implementação

das

públicas

edificações, (Ornstein;

embuia

os responsáveis da Conesp preferiram seguir o

escola

caminho do processo de projeto com a normatização

(FIG.07),

de componentes e geometrias do prédio e seus

de

projetado por Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, em 1962.” (KOWALTOWSKI, 2011,pág.84)

A Lei de Diretrizes e Bases (n. 5.692, de 11 de agosto de 1971) atribuiu ao Estado a responsabilidade pelo ensino fundamental (Brito Cruz; Carvalho, 2004). A demanda começou a crescer e ficou cada vez mais crítica em muitos Estados. Porém, no Estado

ambientes.”(KOWALTOWSKI, 2011,Pág.86)


28

“eu gosto da aula de educação fisica, por que,mexe com o pé e menos com a mão” Maria Eduarda, 10 anos


29

1990 Á 2010 As edificações escolares dos últimos trinta anos, na maioria dos Estados, apresentam arquitetura bastante padronizada. Em São Paulo predomina a edificação de três pavimentos, em um bloco monolítico. Como foram desenvolvidas por escritórios terceirizados, há alguma originalidade no tratamento das fachadas. A inclusão da quadra influencia o volume da edificação escolar e, em alguns casos, interfere no desempenho acústico da escola, porque o isolamento das vibrações de atividades esportivas exige detalhamento e qualidade construtiva, nem sempre atingida em contratos de obras públicas. Na era contemporânea surgiu vários projetos que utilizam novas perspectivas de projeto, o uso em algumas ocasiões de estrutura metálica, novos fechamentos foram pensadas, projetos modulares com estrutura pré-moldada, entre outros materiais industriais. Pela leitura dos projetos, identificam-se quatro tipos de tipologia predominantes: escolas compactadas e verticais; escolas horizontais com a quadra em seu centro; escolas dispostas em mais de um volume, e escolas longitudinais (Ferreira;

Mello, 2006).A incorporação da sala de informática e da quadra de esportes amplia as funções do prédio e incentiva uma maior utilização. No caso das quadras, quando ligadas ou próximas aos ambientes de vivência/recreio, cozinha, refeitório, cantina e sanitários, permite-se que atividades de jogos, festas e reuniões sejam constantes, o que gera uma mudança significativa do partido arquitetônico nos projetos apresentados, dando novo valor a esse espaço (Sousa, 1991) Para análise, foram selecionadas dois projetos do programa FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação - exemplificando duas tipologias, elas são: Escola de Ensino Fundamental FDE Campinas F1 (MMBB Arquitetos),é do tipo escolas horizontais com a quadra ao centro, e a Escola de Ensino Fundamental Parque São Bento FDE (bvy Arquitetos), é dispostas em mais de um volume. Foram implantadas na cidade de Campinas.. As três são escolas escala bairro, localizado em áreas destinadas a habitação social..

10m


30

Escola de Ensino Fundamental FDE Campinas F1 MMBB Arquitetos

Barreira

Cidade

Escola

L e g e n d a Administração

Sanitario

Refeitorio

Sala de Aula

Circulação

Rampas e escadas

Pátio


31

Escola de Ensino Fundamental Parque São Bento FDE bvy Arquitetos

L e g e n d a Administração

Sanitario

Laboratorio

Sala de Aula

Circulação

Escadas


32

A L T E R N A T I VA AOS MODELOS BRASILEIROS


33

Rolex

Kazuyo Sejima + Ryue Nishizawa / S A N A A


34

2

1 4

3

VisĂŁo Serial

1

2

3

4


35

ficha técnica Projeto: Rolex Tipo de Projeto:

Construido no compus da EPFL - Ecole Plytechnique Fédérale - de Lausanne, o centro de Aprendizagem ROlex, foi projetado pela internacionalmente aclamada prática arquitetônica japonesa, o grupo SANAA, que é composto pela arquiteta Kazuyo sejima, e o arquiteto Ryue Nishizawa.

Educacional

Localização: Lausanne,

Suíça

Escritório: SANAA Arquitetos:

Kazuyo Sejima + Ryue

Nishizawa

Segundo Marcus Fairs(2010), do site Dezeen, o projeto Rolex é um laboratório de aprendizagem, ele abriga uma biblioteca com quinhentos mil volumes, é um centro ciltural internacional para a EPFL, além de tudo isso, o equipamento é aberto aos estudantes e ao público.

Ano: 2004 Status:

Construído

Materialidade: Vidro Estrutura:

Concreto e Aço

Implantação no terreno:

“ Distribuído em um único espaço fluido de 20.000 metros quadrados, ele fornece uma rede perfeita de serviços, bibliotecas, coleta de informações, espaços sociais, espaços para estudar, restaurantes, cafés e belos espaços ao ar livre. É um edifício altamente inovador, com encostas e terraços suaves, ondulando em torno de uma série de “pátios” internos, com suportes quase invisíveis para o seu complexo telhado curvo, que exigiu novos métodos de construção.”(Marcus Fairs,2010)

Isolado

Construção: 2007-2009 Inauguração:

22 de Fevereiro de 20

L

a

j

e

To p o g r a fi a

Sobreposta

FIG.14 - Corte esquematico, escola CEU Rosa

da China

A estrutura desse projeto é bem peculiar, eles trouxeram uma topografia em um terreno plano. É como se duas folhas de papel molhadas, secassem em sobre um morrinho de terra. Eles criaram o desenho topografico, e sobreposeram duas lajes, como no esquema explicativo(FIG.14 ). Dessa forma, cria-se ondulações dentro do edificio, e na área externa, vão, que pode-se usar como abrigo, para descanso ou eventos. Ponto de encontro.


36

Área de estudo coletivo

Pátios externos

B i b l i o t e c a

Área de estudo Grupos menores

Área de estudo coletivo

Tipologias difersas de sala Área de estudo Grupos menores

L E G E N D A Eixo de Circulação Pátio/Área externa Topografia

Área para Refeição PLANTA ESQUEMÁTICA NIVEL I

Área de Refeições E encontros

Biblioteca

Salas para Reuniões

L E G E N D A Eixo de Circulação Pátio/Área externa Topografia

A u d i t ó r i o

Área de estudo


37

Sala de Aula Conjunto funcional Programa arquitetônico Módulo básico Data

Amb Pedagógico Ciclo I - Ciclo II - Ciclo II + EM - EM M1 a M12 Junho/2016

0

Página

1/7 Layout

CICLO I

FP-03

0,60m

LG-08

CJP-01

0,55m ou ou CJA-03B CJA-03B

0,55m CJA-03 CJA-03

ou ou CJA-03B CJA-03B

CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B

2,00m

VN-02 (ver Obs. 1)

1,50m

CJA-03 ou CJA-03B

LG-08

MA-02

CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B CJA-04 ou CJA-04B

CJA-04 0,55m CJA-04 CJA-04 ou ou ou CJA-04B CJA-04B CJA-04B

CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B

VN-02 (ver Obs. 1)

AR-09

0,75m

0,55m CJA-03 CJA-03

CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B CJA-03 CJA-03 ou ou CJA-03B CJA-03B

0,56m

CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B

0,56m

CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B

0,56m

CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B

0,56m

CJA-04 CJA-04 ou ou CJA-04B CJA-04B

0,56m

ES-06

ES-06

AR-09

CJA-04 ou CJA-04B

É importante resaltar que em todos os niveis da planta, as aberturas são os pátios, de diferentes tamanhos. e formas,.

7,20 m

FP-03 + FP-05

ÁREAS PARA CONCENTRAÇÕES As áreas de estudo são concentradas nesse nivel da planta. Salas de aulas de diferentes tipologias, que lembram celulas moleculares, que vão grudando uma a outra. Criando diferentes eixos de circulação. Tipologia, ea forma de pensar o espaço de estudo é bem diferente das propostas que o FDE disponibiliza em seu programa.

M1 - M2 - M3

51,84 m²

7,20 m

Área

FP-03

MR-03


38

AV. GOV. MĂ RIO VIA

19.0000

MARGINAL

COVAS 9.0000

5.8646

2633

4.0000

2629

doppelganger

doppelganger

00


39

L

u

g

a

r

AV.

O município de Ribeirão Preto fica localizado no território brasileiro no interior do estado de São Paulo, região Sudeste do país. Ela ocupa hoje uma área de 650,916 Km², sendo que 127,309 Km² estão em perímetro urbano. O municipio é considerado a cidade-sede da região Metropolitana de Ribeirão Preto(RMRP). Segundo o site do IBGE, em 2016 o município chegou a ter 674.405, chegando a ser o oitavo mais populoso do estado, sua densidade populacional é de 930,42 habitantes por KM². O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Ribeirão Preto é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD). Considerado o sexto maior de todo o estado de São Paulo ; o oitavo de toda Região Sudeste do Brasil , e o 19° de todo o Brasil. A cidade possui a maioria dos indicadores elevados e acima com os da média nacional segundo o PNUD O município é dividido em quatro regiões, elas são: Zona Norte, Zona Sul, Zona Leste e Zona Oeste (Ilustrado na Fig.0000 - Mapa Zonas), são 160 bairros espalhados pelas zonas GOV.

MÁRIO

VIA

2633

MARGINAL

COVAS

2629

00

AV. GOV. MÁRIO VIA

2633

MARGINAL

COVAS

2629

ZONAS Norte Sul FIG.19 - Municipio de Ribeirão Preto, 2017

Leste Oeste 00


40

2

A 1

C 1

2

2

1 A

A

D

A

A

2

1

C

1

C 3

2

2

2A A

2

C

A 2

2

1 EE

A

1

1 1

1

2

A

1 3A A

3A

2A

A

C

2

1

2

C

A

2

1

1

1 1

A

1

A

A

A

1

D

C

A C

EP

1

1

EE

1

C

1 2

A

EE

2 1

C

3

1

A

A

C

EE

A

2

1

2A

EE

C

2

A

2 A

H

A

H

EE

2A

A C

2 C

C

D

2

A

1

1

3A

H

1 H

A

2 EE

A

C

2

2

B

3 A

C

2

A

2A

1

2A

2A

H

EE

A

2

1

BS 3

A

1 2A

2

3

B

2C

H 2A

A A

D

A D

B

2

1

B

A

2C

2

B

2

C

B

B

3A

C

A

2

B

C B

2C

C

1

2

2

H

EE

B

A

3

2A

C

2C

S

2

2C

A

2

H

1

H

H

2

2

H

C

2

1

2A

3

2

2 A

D

1

2 2A

2A

C 2

1

A

3A

EE

2A

D

H

1

C

2A

1

A

2

2

2

A

A

C EE

C 2C 1

2A

EE

A

2

H

S

A

2A 2

1

1

1 2

B

A

A

C

EE

1

2

3

2

EE

A

2

B

EE

1

EE

2A

1 2C

B

H

B

C C

2A

3

A

2A


41

E

A 1

2

1

c

o

l

a

s

No município de Ribeirão Preto, segundo o site da secretaria da Educação, hoje em funcionamento, são 83 escolas públicas, divididas entre ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio. Além claro, das creches e pré-escola.

A 2

s

2

1

2A

EE

2A

2

2A

01

3C

S

A AV. GOV. MÁRIO

VIA MARGINAL

COVAS

EE

19.0000

2

A

No Mapa(Fig.21) é uma ilustração de todas as instituições de ensino públicos implantadas em Ribeirão Preto. Para a Busca do Terreno, fiz um breve estudo na área com a densidade de escolas por zonas. A zona que apresentava baixa quantidade de equipamento, foi a Zona Oeste(Fig.21). Após essa análise, pude observar que além da densidade era preciso procurar bairros que tinham demanda por escolas e inexistência a equipamento de ensino. Cheguei ao bairro Planalto Verde, localizado na Zona Oeste de Ribeirão Preto, seu Loteamento foi planejado para Habitações de interesse Social. É um bairro que tem uma grande densidade populacional, e

5.8646

9.0000

1

4.0000

A

A

2

1

1

3

A

C

C

2

3

2

1

1

2 2

2 C A

2

2

2A 2

A

1 EE

A

1

1

1

2

2629

1 3A3A

A

2A

A

C

2

1

2

A

C

2

1

1

1 1

A

1

3A

A

2A

C

doppelganger

doppelganger

A C

EP

1

1

EE

1

1 2

A

EE

1

2 C

3

1

A

A

C

EE

2A

2

2A

2

H

A

A

1

1

2

1

H

EE

FIG.21 - Mapa Zona Oeste com esquipamentos de ensino, Ribeirão Preto, 2017

2A

2

A

C

FIG.20 - Escolas existente no municipio de Ribeirão Preto, 2017

C

C

D

1 H

2A

A

2 EE

2

A

2

A

C

B

3 A

2A 1

2A


42

AV. GOV. MÁRIO VIA

9.0000

19.0000

MARGINAL

COVAS 5.8646

4.0000

Av.Mal.Costa e Silva

Rod. Anhanguera

Rod. Alexandre Balbo

2633

Av.Luiz Galvão Cezar

Planalto Verde

2629

Av.Dom Pedro I R. Silveira Martins doppelganger

doppelganger

Av.Bandeirantes

Av.Jerônimo Gonçalves Centro

Av.Francisco Junqueira

Rod. Pref. Antônio Duarte Nogueira

Av.Maurílio Biagi

00

A FIG.22 - Eixos Principais de Ribeirão Preto , 2017


Bairro Planalto Verde

Rod. Alexandre Balbo

43

Av.Luiz Galvão Cezar

2629

Av. sen.Teotônio Vilela

Av.Dom Pedro I

Terreno

Av N

doppelganger

doppelganger

Casas entregues pelo Programa de Moradia Popular Cohab

Pré- escola Municipal

Rio

Área Verde

Av.Bandeirantes

Parque Ecológico Rubem Cione Área Privada

Edificio de quatro pavimentos do Programa de Moradia Popular Cohab FIG.23 - Mapa explicativo do Bairro

Av.Jerôn


44 Terreno e seu Entorno

5

4

1 3

6

2

7

N

L e g e n d a Área de APP/ Parque Rubem Cione

Sobra de Lote

Terreno

Predio Habitação Social

Área Verde

Pequenas Glebas

Rio


45

1

2 5

6

3

2 5

2 5

PASSO

12

PASSO

3

5

ENTRADA DA RUA

ÁREA VERDE

PASSO

62 5

6

6

6

2 5

2

LOTE PÚBLICO VAZIO

6 PASSO

4

3

2 5

3

4

5

4

P R E D I N H7O S CODHAB

3

3 3

6

PASSO

4

6

3 7

LOTE PÚBLICO VAZIO

7

7

4

LOTE PÚBLICO VAZIO

PASSO

7

4

3

2 2 5 56 6

3

4

4 4

7

PASSO

7

APP/PARQUE

7 7

RUBEM CIONE


46


47

ver.so:

1.vrs cada uma das linhas de um poema, caracterizando-se por possuir certa linha melĂłdica ou efeitos sonoros, alĂŠm de apresentar unidade de sentido.


48


49

I. Projeto Verso Uma das minhas maiores motivações para desenvolver esse projeto, foi minha inquietação frente às barreiras que enfrentamos pela cidade. A grande barreira, aquela que começa a se manifestar pelos desenhos e projetos arquitetônicos, prevista muito antes do gradil e dos muros, é a forma como os equipamentos públicos não dialogam com a cidade. Projetos que se limitam aos seus lotes, que evitam se estender para a cidade, e projetos que se prendem aos seus nomes, e da carga que eles trazem. Todo esse conjunto de inquietações me fez refletir que desenvolver um equipamento de grande escala é pensar em como ele recebe o que há ao redor dele, e como a comunidade poderá interagir naturalmente, sem barreiras explícitas. O verso acabou sendo um feliz fim de todo esse processo. Tudo que estava inquieto na minha cabeça, consegui, ou quase cheguei lá, expor nele, de modo a solucioná-lo. Inquietações que me ajudaram a pensar ainda mais em um equipamento tão delicado, a escola, que carrega o princípio da aprendizagem, essa que nunca tem fim, essa que nunca conversa com barreiras. Desenvolver o projeto Verso, foi pensar nas expansões, na continuidade, no movimento. Verso vem de minhas inquietações, Verso vai além de seu primeiro significado, Verso vem das inúmeras palavras que acompanharam todo esse processo, Verso vem do conjunto de todos esses significados

u.ni.ver.so. é tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e as mais variadas formas de matéria. re.ver.so. que está ou parece estar em posição oposta à normal. sub.ver.so. lugar não-material, onde não há existência, universo paralelo, lugar interno no Universo. in.ver.so. que, com relação a uma ordem considerada natural, está colocado de forma invertida; voltado para o lado oposto, em sentido contrário ao de determinada direção ou ordem; invertido. trans.ver.so. situado no sentido oblíquo; atravessado. multi.ver.so. o conjunto hipotético de universos possíveis, incluindo o universo em que vivemos. di.ver.so. que apresenta variedade; diversificado, diferente, variado.


50

II.Diretriz Diante dos estudos da área, foram estabelecidos alguns diagnósticos, que favoreceram o desenvolvimento das diretrizes. A inexistência de áreas de lazer no bairro Planalto Verde, faz com que a comunidade improvisasse, em três lotes vazios, áreas de esporte. O lote institucional divide seu limite, com um lote previsto pela prefeitura, como área verde, possibilitando mais um potencial para área de lazer. As áreas de lazer são um grande ponto de início para o desenvolvimento do projeto, essas áreas qualificam a chegada na escola, possibilitando também a interação maior com a comunidade, começando pelas áreas externas e terminando dentro do equipamento escolar. O ponta pé inicial, foi juntar três elementos essenciais, equipamento público, natureza, e a linha, e distribuir na área. Denominadas como Parque,as áreas verdes foram divididas em funções. Sendo elas: Parque I: Esporte e permanência. Parque II: passagem, permanência e brincadeira. Parque III: Passagem e permanência. Parque Praça: Conexão, passagem e permanência.


51

Equipamento Público Escola

Conexões Lote Institucional

Diretriz

Lotes Vazios/Parque

Esquema I: Elementos essenciais

3 II: áreas Esquema Diretriz

com potencial para lazer demanda por esporte e

Natureza

Linha


52

1

2

4

4

Piso Granilito Grosso Grama ร rvore

1. Parque I 2. Parque II 3. Parque III 4. Parque Praรงa

3 Granilito Grosso

Grama


53

III.Parque O Parque, foi desenhado com o intuito de conectar a escola e a cidade. Ele é um dos filtros que separa a cidade da escola, sem barreiras explícitas. A intenção foi de criar uma belíssima entrada para o equipamento, quase como um filtro de entrada, criando vida para escola, mesmo nos finais de semana e em datas de recesso. A chegada na escola é feita pelo parque, com caminhos amenos e prazerosos, com vegetações, equipamentos para sentar, brincar e jogar.

Parque I: Com a grande demanda por áreas esportivas, o terreno acima da escola foi o escolhido para abrigar duas quadras poliesportivas. Além da quadra, foi desenvolvido uma arquibancada, com um desenho bem peculiar, já que segue a topografia do terreno.

Parque II e III: Como as duas áreas são “sobras de lotes”, foram desenvolvidos espaços simples, porém mais livres. O Parque II, tem um grande mobiliário de escaladas, para as crianças e adultos poderem brincar, junto com bancos e árvores. . O Parque III, de maneira mais simples, foram desenvolvidos caminhos e grama, para permanência. Espaço para piquenique, e locais para se sentar e aproveitar a paisagem e a sombra. Parque Praça: Esse é o mais complexo de todos, sendo desenhado com o intuito de conexão. Por estar em um terreno alto, a paisagem é tida como um grande potencial. A princípio, a área era pra ser um mirante público, mas no decorrer do projeto, surgiu a demanda pela quadra poliesportiva da escola ser coberta, assim o Parque Praça foi desenvolvido como resolução de dois problemas: a cobertura da quadra, e a praça como mirante e conexão com o resto do parque.


B

54

3 4

A

A 1 2

B

4

Planta Parque I 1. Quadra 2. Arquibancada 3. Área de Permanência 4. Entrada e Saída Quadra


55

Corte A’A Parque I

Corte B’B Parque I






B

60

A 2

3

A

Planta Parque II 1. Equipamento Escalada 2. PermanĂŞncia 3. Passagem

B

1


61

Corte A’A

Corte A’A Parque II

Corte B’B

Corte B’B Parque II




64

B

A

2

1

B

2

2

A

Planta Parque III 1. Passagem 2. Grama/ PermanĂŞncia


65

Corte A’A Parque III

Corte B’B Parque III


66

B 4

Abaixo

6 3

1 2 A

5

B

Planta Parque Praça Essa praça surgiu para solucionar duas questões. Segundo a Diretriz do FDE, uma escola precisa ter no minimo uma quadra Poliesportiva coberta. Como duo uso, foi desenvolvido a praça, como forma de conexão, e como aproveitamento de espaço.

1. Jardineira 2. Jardineira e iluminação para Quadra Esportiva 3. Passagem e Permanência 4. Rua 5. Estrutura 6. Mobiliario Escalada Eixo Público

A


67 Praça

Estrutura

Corte A’A Parque Praça

Corte B’B Parque Praça




70


71

IV. O Projeto Depois de todo o embasamento histórico das escolas paulistas, tive a responsabilidade de criar um projeto que fosse o inverso de todos que vi. Depositei no Verso todas as minhas inquietações. Foi um processo longo e bem conflituoso, muitas vezes me perdi em todas as suas linhas. Tive vários ensaios de formas e desenhos, mas tudo começou de verdade depois que me desprendi das palavras pré-determinadas que contém no programa. Se eu queria algo diferente e mais solto do que os prédios escolares que vi, tinha que começar pelas palavras do programa. Não conseguiria criar algo tão livre usando palavras como: Grade Curricular, Salas de Aula, Pátio Recreativo, Quadra de Educação Física, enfim palavras que, por si só já, limitam minha criatividade. Tive então que pensar em nomes que representassem o que eu queria como projeto. Assim criei os Universos.


72

PROGRAMA Universo I

Adulto

Esc:Adulto Administração Direção Secretaria Área de descanso dos Funcionários Sanitários

Universo II

Etapas

Esc:Criança/Adulto

Salas Etapas I, II , III , IV Sanitários

Universo III

Descoberta

Esc:Criança/Adulto

Biblioteca Informática Artes Ateliê Sala de música Teatro de Arena Cozinha Refeitorio Sanitarios

Scanned by CamScanner

Universo IV

Scanned by CamScanner

Movimento

Esc:Criança

Quadra Poliesportiva Áreas Externas Livres Sanitários

Scanned by CamScanner


Scanned by CamScanner

73

Ensaios Antes do verso ter a forma que tem, houveram várias outras formas, vários ensaios até chegar do desenho final. Um dos critérios para o projeto foi a questão da linha, que favorece o movimento da criança. Pensar em um espaço que fosse contínuo. Assim umas das formas que me CamScanner favorecia esse aspecto, foi a Scanned forma by espiral, que lembra a circunferência, mas não é, ele é uma linha contínua.

Scanned by CamScanner


74


1 Implantação / Terreno

1 : 500

75 Abaixo

4 1

1

5 2

3

Implantação Final Escola Após o último ensaio, o Verso começou a ganhar vida. A implantação acabou ficando assim. Entrada Serviço Entrada Alunos e Publico

1. Verso I 2. Verso II 3. Verso III 4. Nivel Quadra e Cozinha/Refeitorio 5. Biblioteca


76


PAREDES

77 As Paredes barreira.

são

fortes elementos de

Empurra Transformar parede e porta em uma única unidade, é dar possibilidade para inovar sempre o espaço. A escolar precisa de ambientes dinâmicos. As paredes das Etapas do Verso são todas retráteis, dando possibilidade de limitar e expandir a sala. Em cada pavimento que abriga as Etapas, contém três, de cada Serie. Assim, possibilita professoras darem a mesma aula para três salas ao mesmo tempo. Quando as paredes estiverem abertas.

Gesso

Gesso

Lousa Branca

Gira

placa de madeira

Gesso Gesso

Gesso Gesso

Lousa Branca Lousa Branca

placa de madeira placa de madeira

Porta Estrutura Rodinha

São duas tipologias de paredes

Brises

Trilho Perfil Gira Gesso

Gesso

Lousa Branca

placa de madeira

Porta Estrutura

Chão


78


79


80

2

1 2

2 3 4

Verso I Terceiro Pavimento Universo Adultos e Estapas Salas de Apoio e Professores/ Funcionarios 1. Rampa de acesso 2. Salas de apoio ( Reforço e para deficentes Fisicos e Mentais) 3. Sala dos Professores e Funcionarios 4. Sanitarios e Bebedouro 0

1

5 Entrada Serviço Entrada Alunos e Publico Caminho possíveis Verso II

10

2


B

81

5

6 4

3

2

A

Primeiro Pavimento

A

Universo Adulto Adm e Secretária 1. Rampa de acesso 2. Acesso a cobertura do Verso III 3. Entrada da escola Nivel Rua 4. Sanitarios e Bebedouro 5. Secretaria 6. Diretoria 5

10

B

0 1

1

B

Nivel Nivel 18 18 2 2 11 :: 250 250

3 3 4

3 2

Segundo Pavimento

A

Universo Etapas Etapa Número I 1. Rampa de acesso 2. Pátio Externo 3. Salas Etapas N. I 4. Sanitarios e Bebedouro 5. Acesso 5

A

1 10

Nivel 15 3 Nivel 1 : 250 15 3

B

0 1

5


82


83

Corte A’A Verso I

Corte B’B Verso I






88

Verso II Entrada Serviço Entrada Alunos e Publico Caminho possíveis Verso II


Acima

B

89

1

2

A

A 1 2

Primeiro Pavimento Universo Etapas Etapa Número II 1. Rampa de acesso 2. Salas Etapa N. II 3. Sanitários

3

B

2

1 : 200

B

1

Nivel 17

1

2

A

1 : 200

2

Primeiro Pavimento 2 3

2

BA

Universo Etapas Etapa Número III 1. Rampa de acesso 2. Salas Etapa N. III 3. Sanitários

Nivel 19

A


90

Vista 3D 3


91

Corte A’A Verso II

Corte B’B Verso II




94

Verso III Entrada Serviço Entrada Alunos e Publico Caminho possíveis Verso III


B

3 4

Acima

2

1 A

5 2

Primeiro Pavimento Universo Etapas Etapa Número IV 1. Rampa de acesso 2. Salas Etapa N. IV 3. Sanitários 5. Jardim 6. Teatro de Arena 5

1

10

2

Nivel 12

B

B

01

2

1 : 200 3

7

A

Primeiro Pavimento Universo Etapas Etapa Número IV 1. Rampa de acesso 2. Ateliê 3. Sala de Música 4. Deposito 5. Área de Convivio 6. Palco 7.Sanitarios

2

4

6

5

1 5

10 B

01

A

A


96

CROQUI TEATROO


97

Corte A’A Verso III

Corte B’B Verso III


98


99

Vista do Teatro


100


101


102


B

103

1 Abaixo

8

9

6 8 2

1

3

B

7

5

4 B

B

1

Mesmo Nivel Universo III e IV Movimento e Descoberta 1. Rampa de acesso 2. Refeitorio 3. Cozinha 4. Deposito 5. Pรกtio Externo 6. Arquibancada 7. Quadra Poliesportiva 8. Sanitario 9. Sala de Apoio Quadra

1

Nivel 13 1 : 200

01

5

10


104


105

Corte A’A Mesmo Nivel

Corte B’B Mesmo Nivel


106


107


108

2

vista de cima verso teatro


109

Escola Tradicional FDE

Linha

Escola Tradicional FDE

Movimento

Escola Tradicional FDE

Escola Tradicional FDE

Movimento

Escola Tradicional FDE

1

Vista da rua de baixo

Linha

3

Implantação / Terreno 1 : 1000

Linha


Bibiografia AZEVEDO, Giselle Arteiro Nielsen. Arquitetura Escolar e Educação: um modelo conceitual de abordagem interracionista. 2002. 208 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia de Produção, Coppe/ufrj, Rio de Janeiro, 2002. KOWALTOWSKI, Doris C.c.k.. Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. OECD (1998) Human Capital Investment: An International Comparison. Paris: Organisation for Economic Cooperation and Development, Centre for Educational Research and Innovation. SCHULTZ, T. W. (1961) Investment in human capital. The american Economic Review, v. 51, n. 1, p. 1-17. CORRÊA,M.E.P.;MELLO,M.G. de; NEVES, H.M.V. Arquitetura escolar paulista, 1890-1920. São Paulo:FDE,1991 BUFFA, E; PINTO, G.A. Arquitetura e educação:organização do espaço e proposta pedagógica dos grupos escolares paulistas, 1893/1971. São Carlos:/EdUFSCAR/ INEP,2002 FDE- FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Cotalogos de ambientes: edificação escolar. São Paulo: FDE, 2016 FDE- FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Cotalogos de mobiliario: espicificações do mobiliário da unidade escolar. São Paulo: FDE, 2016

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