Melanie Klein TĂŠcnica PsicanalĂtica do Brincar e suas descobertas
SUMÁRIO: CONTEUDOS
ALUNOS
1. Biografia
Gabriel
2. Teoria Psicanalítica do Brincar
Thaís
3. Édipo precoce
Jéssica
4. Castração/ Transferência/Supereu
Carol
5. Inveja e Gratidão
Laís
6. Primado de Mãe
Frederico
7. A Posição EsquizoParanoide
Débora e Jaqueline
8. Posição Depressiva
Dafna e Leandro
1. BIOGRAFIA • • •
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Nasceu na cidade de Viena, no dia 30 de março de 1882 Quarta filha de Moritz Reizes com Libussa Reizes Viveu em um ambiente familiar dominado pelo desentendimento entre os pais Cresceu entre mortes e perdas dolorosas, adquirindo um sentimento de culpa
1. BIOGRAFIA •
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Em 1896 se preparou para o exame de admissão ao liceu feminino, visando cursar medicina, mas abandonou a ideia após seu casamento e cursou arte e história, na Universidade de Viena, sem graduar-se Em 31 de março de 1903 casou-se com o engenheiro químico Arthur Klein, pouco tempo depois da morte de seu irmão Emmanuel Desse relacionamento nasceram três filhos, Hans, Melitta e Erich Klein Após várias brigas e discussões, que eram intensificadas pelas intromissões da mãe de 9 Melanie, o casal se divorcia em 1926
1. BIOGRAFIA • •
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Em 1914 Melanie entra em contato com obras de Freud, mas especificamente com seu texto sobre sonhos Nesse mesmo ano começa a fazer terapia com Sandor Ferenczi, suspendendo no mesmo ano por conta da segunda guerra, voltando a fazer terapia apenas no ano de 1924 com K. Abraham, na cidade de Berlim sendo que um ano depois este vem a falecer, fazendo com que Klein continue sua análise em Londres, com Payne Estimulada por Sandor, começa a se dedicar a psicanálise e a atender crianças Em 1919 ela passa a integrar a Sociedade de Psicanálise de Budapeste, para onde havia se mudado com o marido, tentando salvar o casamento
1. BIOGRAFIA •
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Em 1920 Melanie conheceu Freud durante o quinto Congresso da “International Psychoanalytical Association” (IPA), e nesse mesmo evento ela conhece seu futuro mentor e analista, Karl Abraham, em Haia. Apresentou diante da sociedade psicanalista de Budapeste o caso Fritz, o qual se baseia na análise que ela fez com seu filho Erick de cinco anos. Passou a se dedicar completamente a psicanálise no ano de 1923, com 42 anos. No ano seguinte expôs no oitavo congresso internacional de psicanálise o texto “A técnica da análise de crianças pequenas” questionando o complexo de Édipo conceituado por Freud. Em 1927 rompeu com Anna Freud, e no mesmo ano passou a fazer parte da Sociedade Britânica de Psicanálise.
1. BIOGRAFIA • • •
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No ano de 1930, começou a atender adultos, sendo ainda, as crianças, seu foco principal Em 1932 lançou a obra “A psicanálise da criança” Desenvolveu no ano de 1936, uma conferencia sobre o desmame. No ano seguinte lança o livro “Amor, ódio e reparação”, ao lado de Joan Riviére Sua teoria foi produzida de 1942 a 1944, com a ajuda de seus seguidores Disputa entre as teorias de psicanálise da criança entre Anna Freud e Melanie Klein Melanie Klein faleceu no dia 22 de setembro de 1960 aos 78 anos, vítima de um câncer no cólon
2. TÉCNICA PSICANALÍTICA DO BRINCAR •
Na década de 1920, quando Melanie Klein começou a analisar crianças, descobriu uma nova ferramenta para conduzir a análise de crianças: A técnica do Brincar ( play technique) “Inspirada nas observações de Freud (1920) quanto ao brincar da criança com carretel, Melanie Klein viu que o brincar da criança poderia representar simbolicamente suas ansiedades e fantasias”
2. TÉCNICA PSICANALÍTICA DO BRINCAR •
Já que não se pode exigir que as crianças pequenas façam as associações livres, utilizou o brincar como ferramenta de expressão simbólica dos pequenos. Através dessa técnica foi possível descobrir o rico mundo de fantasia inconsciente e das relações de objeto da criança.
• Inicialmente Klein ia à casa da criança e analisava usando os próprios brinquedos desta. Posteriormente Klein atendeu em seu consultório com material privativo à cada criança.
3. ÉDIPO PRECOSE O seio materno é o primeiro marco na situação edípica, sendo semelhando para ambos os sexos Características da fase edipiana: • Ambivalência: os pais são desejados e amados, mas também muito odiados. Os ataques visam o relacionamento do pai e da mãe já que esta relação é vista como ameaçadora. • Tendências orais: os objetos libidinais tem origem da incorporação por objetos desejados.
3. ÉDIPO PRECOSE • Incerteza da escolha: a escolha entre o pai e a mãe
sofrerá variação, ora querendo um, ora o outro. Da mesma maneira que variam os objetos agressivos.
4.1 SUPEREU ARCAICO • Sua importância • Fase da identificação • Pulsão de destruição – relação com o sadismo • O sadismo tem uma importância considerável no início da constituição do eu, permitindo a sobrevivência da criança
4.2 TRANSFERÊNCIA • Supereu Arcaico • Angustia
4.3 CASTRAÇÃO • Precocidade do Conflito Edipiano • Fase da Feminilidade
5. INVEJA Segundo, Melanie Klein, o primeiro objeto a ser invejado é o seio materno, não supondo que o seio seja simplesmente um objeto físico. O seio em seu aspecto bom, propicia um protótipo de bondade materna, de paciência e generosidade que de tal modo que enriquecem o o objeto originário que ele permanece como a base da esperança, da confiança e da crença do bom.
5. INVEJA “A inveja é o sentimento raivoso de que outra pessoa possui e desfruta algo desejável — sendo o impulso invejoso de tirar este algo e de estragá-lo” • Essa inveja infantil de dá no plano do inconsciente • Para Klein, existe a inveja primária, que é esse desejo de “ter e ser a pessoa amada”, e também a de querer penetrá-lo, destruí-lo e em consequência perde-lo • Com a incorporação e a posse do seio materno, o amor em suas origens encontra-se presente na inveja primária, podendo fazer um paralelo com esse amor do recémnascido e de um adulto • A inveja como uma expressão da pulsão de morte, toda inveja é endereçada a Eros
5.1 GRATIDÃO • Desfrutar aquilo que é bom, dá origem à gratidão e diminui o desejo de voracidade e agressividade • A gratidão nasce de um sentimento de pertencer, de poder unir-se com o outro, de estar feliz • A gratidão e o desejo de reparação que contrabalanceiam a inveja, mobilizando assim, as pulsões de vida • Fazendo um paralelo com o processo analítico, para Klein, a análise seria um processo de constante oscilação entre a inveja e a gratidão, para que, aos poucos, venha a predominar a gratidão
6. O PRIMADO DA MÃE I.
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A mãe como “lugar onde se encenarão, para o sujeito, suas fantasias e seus desejos inconscientes, e portanto a simbolização e a constituição do eu, entendida como constituição do princípio do prazer.”
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“Esse corpo representa, no inconsciente, um tesouro que contém todas as coisas desejáveis que só podem ser tiradas dali”
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A relação com a mãe é “desde logo conflituosa [já que] nesse terreno se realiza não uma relação direta e dual entre ela e a criança, mas uma relação em que já existe sempre um terceiro na competição” (seio, fezes e pênis)
6.OOPRIMADO PRIMADO DA DA MÃE MÃE II.
A mãe “não apenas contém todos os objetos evocados, pênis do pai e também o pai, já que a parte equivale ao todo, mas é, ela mesma, completa.”
6.OOPRIMADO PRIMADO DA DA MÃE MÃE III.
• “Klein diria que o seio é um ‘objeto de uma bondade ímpar’ do qual o bebê tem um conhecimento inconsciente” • “A mãe portadora do Seio, de um seio filogenético, mítico, é definitivamente portadora do Bem Supremo.”
• Nostalgia
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE Termo introduzido por Melanie Klein para indicar um ponto no desenvolvimento de relações objetais antes de o bebê haver reconhecido que as imagens da mãe boa e da mãe má, com as quais esteve relacionado, se referem à mesma pessoa. Relembrando, no começo, era o seio e o sujeito era o seio. Portanto, o sujeito só vivia através do seio, sendo o seio ( “seio” em seu sentido pleno: a um tempo mítico e salvador em relação ao desamparo do recém-nascido.)
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE
O SUJEITO ERA O SEIO
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE Segundo Melanie Klein a defesa primordial é a clivagem, o seio é o objeto primordial e será dividido em seio bom e seio mau, ou num bom objeto que o bebê possui e num mau objeto que está ausente, como mãe nunca está sempre presente na vida bebê para amamentá-lo ela se torna ausente e o bebê com isso inaugura o processo de clivagem em sua subjetividade. Ele percebe o seio como “bom” porque o amamenta e como “mau” porque se ausenta. O seio bom é sentido pelo bebê na medida em que é fonte de gratificação e portanto é amado.
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE O seio mau é sentido como fonte de frustração e então odiado. Essa divisão é feita pelo bebê porque seu ego ainda se encontra pouco integrado, e esta cisão também se estende com relação a presença física da mãe, sua relação como uma mesma pessoa é construída gradualmente pela criança. (KLEIN ([1952] 1991).
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE • Ao mesmo tempo em que se instala a clivagem, instauram-se os mecanismos de introjeção e projeção • O desenvolvimento do sujeito, que tem como ponto de partida a clivagem do objeto primordial, é regido pelos mecanismos de introjeção e projeção • A posição esquizo-paranóide é dominada pelo sadismo • A projeção dá origem a outro importante mecanismo de defesa: a identificação projetiva
7. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE À medida que a introjeção e a projeção permitem o deslocamento de um objeto para o outro, as imagens internalizadas aproximam-se mais estreitamente da realidade, e a identificação do eu com os objetos bons torna-se mais completa, pois essa evolução é paralela a uma mudança: de uma relação com objetos parciais e disjuntos – “bons” e “maus” – o sujeito passa para uma relação com seu objeto fundamental e prevalente: a mãe como um todo.
8. POSIÇÃO DEPRESSIVA No segundo semestre de vida do bebê, este começa a perceber que o objeto que o gratifica é o mesmo objeto que propicia frustração. Iniciase uma nova percepção e consequente integração de um objeto inteiro e único
8. POSIÇÃO DEPRESSIVA O bebê consegue não só perceber que a fonte de prazer e desprazer é a mesma, mas também que esta fonte está integrada a um outro objeto, à mãe. Nesse momento, o bebê reconhece a mãe como um único objeto Assim, instaura-se um conflito de ambivalência de sentimentos, pois a mãe que a criança odeia e a quem direcionou seus impulsos destrutivos é a mesma a quem direciona amor, é quem teme perder
8. POSIÇÃO DEPRESSIVA • O ‘’Sentimento de Ambivalência’’ • Angústia Depressiva • Processo de Reparação (Trabalho de Luto) • Fase da Feminilidade