Profissionais da รกrea de Moda
Equipes Designer de Moda/Estilista, Produtor de Moda, Costureira e Fotográfo de Moda: Eric Celuque, Laís Medeiros, Larissa Rios e Victor Lima Colunista de Moda, Blogueira(o), Designer Têxtil e Produtor de Eventos: Aline Santos, Laiz Andrade e Tamires Moreno Vitrinista, Figurinista, Designer de Estampas e Personal Stylist: Betty Carvalho, Sara Oliveira, Tuani Santos e Virgílio Gonçalves Modelista, Cool Hunters, Agência de Moda e Docência: Dáleth Carvalho, Edla Cássia Ribeiro, Luisa Bruna, Renato André, Tainã Nunes e Verilane Alves
Sumรกrio
Designer de Moda/ Estilista O design de moda só consegue inserir-se dentro de uma concepção moderna do design, em que a percepção subjetiva e o marketing têm adquirido maior projeção. Nessa nova perspectiva, o designer de moda é um híbrido da objetividade do design, associado à sensibilidade artística antecipadora de gostos do estilismo. Estilista ou designer de moda são traduções aceitas para o termo fashion designer. Dessa forma, o termo designer denota produção industrial e contexto de mercado, enquanto o termo estilista parece mais lúdico, criativo e livre de preocupações mercadológicas. Embora a formação dos profissionais e as motivações possam ser distintas, ambos representam a mesma atividade. Todavia, devido às divergentes abordagens entre estilismo e design de moda, a produção criativa tende a ser distinta. No design, o projeto de produtos é a satisfação das necessidades atuais e futuras dos consumidores. Dessa maneira, a função do design é “prever necessidades ainda não expressas, traduzindo nossa vontade de novas formas de viver; ou trazendo uma visão intuitiva dos rumos que irão seguir os padrões estéticos”. As habilidades do designer de moda são apresentadas por Rech como uma interpretação das habilidades do designer industrial: Capacidade
para pesquisar, organizar e inovar; Habilidade para desenvolver respostas apropriadas para problemas novos; Aptidão para testar essas respostas, através de peças-piloto; Treinamento para comunicar esses desenvolvimentos através de croquis, modelos, modelagem e pilotagem; Talento para combinar forma, técnica, condições humanas e sociais e arrebatamento ético; Sabedoria para prever consequências ecológicas, econômicas, sociais e políticas da interferência do design; Compreensão para trabalhar em equipes multidisciplinares.
Entrevista: Carol Barreto Como começou na moda? Esse início veio da infância, dos desenhos que eu fazia ainda no jardim de infância. O marco que me fez entender isso como profissão foi uma revista que comprei quando criança, que falava de escolas de moda em Paris e de estilismo como campo de trabalho. Você fez faculdade de moda? Entrei na universidade no curso de Letras e fui pegando matérias, como composição decorativa e história da arte, que me ajudaram a criar um repertório nessa trilha. Foi nesse campo de desenho e arte que consegui, como pesquisadora de um curso de extensão, fazer meu primeiro desfile. Em 2001, estreei minhas criações na passarela. No ano seguinte, fiz um editorial chamado Demodee, que significa fora de moda, com peças antigas de lingerie, reconstruídas, mas eu ainda não tinha a dimensão que aquilo era profissional. Como surgiu sua pesquisa sobre gênero? Fiz um trabalho com as drags de Salvador acompanhando a montação, a transformação do corpo. Depois, no mestrado, fiz algo com travestis da Atras - Associação de Travestis e Transexuais de Salvador, um trabalho etnográfico, aprofundando a reflexão do corpo como expressão da nossa subjetividade e como marcador social. Essa pesquisa mudou sua forma de ver a moda? Fui compreendendo moda além da roupa, além da aparência. Depois
disso, decidi definitivamente atrelar minha criação como estilista às minhas inquietações acadêmicas e políticas. Sempre dialoguei com questões feministas e antirracistas. Vi que não dava para separar mais uma coisa da outra. Na época, fiz dois ou três desfiles por ano no Teatro Gamboa Nova. Eram editoriais de moda mostrando a estética dessas mulheres travestis com as quais convivia. Essas performances eram dirigidas por Rino Carvalho, diretor artístico do teatro. A gente conseguia mostrar pessoas com identidades sexuais bem diferentes e chamava isso de política da fechação.
Produtor de Moda Desde o começo de sua profissão, o produtor de moda reúne duas qualidades complementares fundamentais à sua prática:o espírito de liderança e a criatividade. Partindo da demanda do editor de uma revista e ou jornal, ou de um fotógrafo, ele assumia a responsabilidade por entrega a composição final e viabilizar o trabalho de uma equipe em benefício do melhor resultado final. Com o fortalecimento da indústria têxtil no Brasil, o mercado começou a demandar cada vez mais os serviços do produtor de moda. Produzir o material de moda, ou seja, um editorial, desfile ou clipe. É função do produtor de moda transformar a roupa em uma imagem, em um personagem, criar uma atmosfera e referências. Na moda, o produtor inventa o cenário, inventa a personagem, decide como será o cabelo, a maquiagem e etc. Ele propõe o universo de onde a roupa será apresentada, para a aprovação final do estilista. Um excelente produtor de moda precisa ter um elevado nível de cultura, tendo bastante bagagem. É necessário intuição, bom senso, bom gosto e coragem para se expressar. A pessoa que pretende seguir essa profissão tem mais facilidade em executar os trabalhos se é extrovertida, é preciso ser comunicativa, articulada, objetiva e clara. Ter persuasão é fundamental, principalmente na hora de conseguir as “peças mais desejadas e disputadas”. Além disso, responsabilidade, organização e comprometimento são essenciais, como em todas as outras profissões. Sempre exercitar a criatividade, lembrar-se que se
conseguir boas peças e solucionar problemas, o stylist fará um bom trabalho e confiará mais em você. É também necessário ter timing: pense nas datas desde o ínicio até o fim, antes de iniciar ou se comprometer com um trabalho. Gostar de moda é fundamental.
Entrevista: Igor Lobo Como você define a profissão de Produtor de Moda, como é o dia a dia do profissional? Uma profissão como qualquer outra, que exige muita dedicação e disponibilidade de tempo. Você encara desafios diários e precisa conhecer a moda. Por ser uma profissão da área de moda, muita gente acha que não é necessário saber muito de matemática, por exemplo, mas pelo contrário! O produtor tem que saber lidar com orçamento, principalmente porque ao pegar empréstimo de roupas em algumas lojas, é preciso, às vezes, disponibilizar uma quantia referente às peças que você está levando (como uma garantia para loja). Enfim, é uma profissão normal e divertida. Você lida com pessoas bacanas. Lembrando que se você deixar de priorizar o estrelismo e focar no trabalho, você consegue sim ir longe. Quais foram os seus maiores desafios e suas maiores conquistas como Produtor de Moda? Os maiores desafios acontecem diariamente e existem várias complicações. Por exemplo, certa vez aconteceu de fazer a produção para uma revista e o diretor de arte não gostar de nenhuma roupa que eu pré-selecionei. Eu tive que sair no meio do ensaio, ir em várias lojas e mostrar meu trabalho, garantindo que as peças seriam usadas no ensaio e logo devolvidas, colocando meu nome no mercado em jogo. Nesse caso, eu consegui as peças, muito boas e caras, por sinal. Mas poderia não ter dado essa sorte. Sobre a maior conquista, ainda estou batalhando muito para conquistar. Hoje eu tenho uma barbearia, que eu conquistei com todo o meu esforço e dedicação com produtor de moda, para mim mais um sonho alcançado. Fora que, hoje em dia ela que também ajuda a pagar minhas contas, assim como meus trabalhos como produtor.
Esta é uma profissão que muitos dizem ser um sonho de consumo de foco profissional, o que você poderia dizer sobre isto? É um sonho, quando estamos de fora, parece que tudo é glamour, que você só trabalha com pessoas bonitas e educadas. Mas não é bem é assim. A gente rala muito. É um “sobe e desce” direto. Algumas empresas te valorizam muito, mas ao mesmo tempo outras estão “nem ai” para você. É muito interessante você fidelizar e dignificar seu nome no mercado. Fazendo seu trabalho de forma correta, de uma forma focada. Não permitir que te rebaixem. Não é dizer que você deve “andar de nariz em pé”, mas também não pode deixar que diminuam seu trabalho. O que você pode dizer sobre este mercado em Salvador? É um mercado que você tem que inovar. A produção de moda tem várias vertentes em relação a segmentos. Tem produtores que preferem trabalhar para artistas, outros que preferem para revistas ou para pessoas particulares (como socialites). É difícil dizer que o está mercado saturado, justamente por existirem várias vertentes. Hoje, eu já passei por todos esses modelos e tenho disponibilidade de fazer todos eles. Porém prefiro, em particular, não me vincular com nenhum tipo de empresa ou artista porque isso pode te privar de outros trabalhos. • Para quem quer trabalhar na área de Produção de Moda, quais as dicas que você pode dar?! E para o futuro, o que você está planejando/objetivo profissional? Uma coisa que eu vejo muito errado nos produtores de moda atuais é que eles empregam muito seu próprio estilo na produção. Isso acaba rotulando seu serviço. Você pode, claro, ter uma marca em sua produção, colocá-la de maneiras sutis. Mas se você empregar muito seu estilo, como por exemplo, o produtor ser muito rockeiro e colocar sempre a marca disso em suas produções, isso vai limitar muito seus clientes na hora de procurarem seus serviços. O produtor de moda tem que ser uma pessoa muito eclética. Não pode se privar muito. Deve esquecer seu estilo. Por isso que a maioria dos produtores de moda só usam roupas mais extravagantes em festas e coisas do tipo,
ao trabalhar é mais comum usar roupas neutras, justamente pra passar essa sensação ao cliente de que seu estilo não vai influenciar no serviço. A não ser que você já tenha muito nome no mercado e que o cliente já saiba que seu estilo não influencia em nada suas produções. Quais cursos você indicaria para quem quer seguir nessa área? Algum livro que recomenda? No meu caso, eu fiz vários cursos. Produção de moda, personal stylist,, vitrinismo, empreendedorismo, graduação em design de moda e curso de empregabilidade. Tudo isso me ajudou bastante a administrar o serviço. Tem muito produtor que não sabe nem como cobrar seu serviço, é esse o cuidado que você deve tomar. Sobre livros, gosto muito do Moda Ilustrada de AZ de Regina Maria, Novas tecnologia aplicadas a moda, do senac e também do livro O espaço de moda, geográfico, físico e virtual. (não lembra a editora e autor).
Costureira A costura pode ser considerada uma das profissões mais antigas e existentes no mundo, criada desde a idade média, começou com os homens artesãos e depois de alguns séculos vieram os alfaiates, onde o comprador escolhia um modelo, comprava o tecido e encomendava a roupa que ficaria pronta em alguns dias depois, dependendo da precisão. O primeiro modelo foi patenteado em 1790 por Thomas Saint, uma máquina de costura para trabalhos em couro, e em 1830 o alfaiate francês Barthélemy Thimonnier patenteou um modelo mais eficiente. Essas invenções causaram muita revolta para os artesãos que em 1841 desmantelou as oficinas e máquinas do alfaiate, atribulados com a perda de seus empregos. Por causa dessa demanda inúmeras de peças, mulheres da época, optaram em possuir sua máquina em casa e fazer seu trabalho totalmente em seu domicílio, entretanto com a revolução industrial que uniformizou a função, elas foram trabalhar nas indústrias como costureiras, onde, nesta época a costura ganhou regulamentação e produção em série, mais frenética e apropriada ao gradativo mercado consumidor. Mesmo após a elegância das máquinas industriais, roupas feitas sob medida continuaram a ser confeccionadas, tornando-se um artefato singular das classes mais privilegiada devido à convicção de monopólio. Nessa fase surge o embrião do que seria a alta costura, gerando uma cultura particular para o ofício e um importante setor econômico. Na origem do seu surgimento as primeiras agulhas de costura
eram feitas de ossos de chifres de animais, cerca de 30 mil anos atrás. A aparição das agulhas de ferro aconteceu no século 14 e a tecelagem apareceu um pouco depois. A cinco mil anos atrás as pessoas aprenderam a como trançar e enredar fios feitos de animais, lembrando que a tecelagem daquela época era feita com pelos e principalmente couro de animais de caça ou lavrados, ou seja, bem no início do contexto já havia pessoas entendendo os primeiros passos da costura. Com o passar do tempo, e o engrandecimento das técnicas de costura, surge à profissão de costureiro. A origem dessa história mostra que, em seu princípio, ela tinha um uso determinado: as roupas eram indispensáveis pra que ninguém andasse nu pelas ruas e em zonas como a Europa, que tem invernos bem severos, para se cobrir do frio e assim por diante. Até que na recém-descoberta cidade de Çatal Hüyük, uma espécie de grupo do período neolítico, foi possível encontrar uma nação que já preocupava com a perfeição das vestimentas, algo idêntico em sociedades que existiram futuramente, como os egípcios e os sumérios. Essas civilizações elevaram a função de costureiro a ser um competente de maior mérito. Essa evidenciação Sucedeu principalmente, na sociedade persa, onde se têm títulos de peças com mais comodidade e mais personalizadas. Outra evidenciação importante para a história da profissão foi a Idade Média, principalmente na Europa, onde teve início a confecção de túnicas de algodão, que agasalhava do forte frio europeu. Além disso, essa esfera começou a mobilizar mais dinheiro, sobretudo pelo fato de que, naquele momento, as roupas eram costuradas com particularidades de jóias ou pedras preciosas e pela sua melhoria, fruto da crescente competência dos artesãos.Assim, como era no início, não havia cursos profissionalizantes para essa profissão, contudo, o conhecimento era transcorrido do mestre para o aprendiz. O mestre (alfaiate) escolhia alguém (aprendiz) para obter seus conhecimentos. Ocasionalmente, esse aprendiz era o próprio filho do mestre; eventualmente, algum outro garoto. A Idade Média fez com
que a costura passasse a ser uma atividade lucrativa e concorrida. A preliminar máquina de costura a ser feita e exteriorizada foi arquitetada para trabalhar com couro e o detentor da invenção foi Thomas Saint, em 1790. Essa máquina, na verdade, era usada para costurar calçados. A primeira máquina de costura em nível industrial e que se destinasse ao vestuário foi a do alfaiate francês Barthelemy Thimmonier, em 1830. Isso deu início à costura industrial, o que aborreceu extremamente os artesãos, que não poderiam relacionar-se a cadência das empresas. O fato levou esses artesãos a protestos constantes em oposição a as indústrias de rouparia, na iminência de atear fogo nas máquinas de Barthelemy. O criador, aliás, teve que abandonar a França, pois foi, várias vezes, acometido de óbito pela camada social dos costureiros. Mesmo com a conturbação dos artesãos, a indústria têxtil teve um estável início, fabricando roupas em massa para o público. Apesar de ser o grande trunfo da empresa têxtil, a manufatura em massa foi justamente o fator que possibilitou proporcionou a sequência da confecção de roupa artesanal. Enquanto a comunidade em geral usava roupas padronizadas, a burguesia queria se distanciar das categorias insignificantes em relação ao poder aquisitivo, o que levou a burguesia a procurar alfaiates, em busca de domínio no vestuário. Isso fez com que os artesãos continuam com seu ofício, mas, agora, tendo uma classe mais dificultosa como cliente. A mudança de clientela fez algumas transformações na percepção de produção desses alfaiates e provavelmente esse movimento em busca de abarcamento foi um dos marcos para o início da alta-costura. A criação da Alta Costura (haute couture) é habilitada ao francês Charles Frederic Worth, no ano de 1858, em Paris. Foi dele a prévia maison de alta costura, buscada por membros da alta sociedade para a criação de modelos exclusivos. Em 1945, foram definidas certas regras que devem ser seguidas à risca pelos ateliês que se intitulam como sendo de Alta Costura. Entre as regras, consta a obrigatoriedade de produzir pelo menos duas coleções por ano (primavera-verão e outono-inverno), com 35 peças cada, com vestimentas para noite (fiou) e para o dia (tailleur).
Na atualidade a descrição de costureira é altamente vasta: há aquelas que apenas fazem consertos, outras são particularizadas em cerimônias e ainda as que são variantes e atendem toda a clientela. Comumente as costureiras atuais têm freguesia fixa e fazem seu marketing pessoal através do boca-a-boca;. Segundo Fátima Ferreira, em matéria para o site Correio dos Açores, são as vizinhas, os amigos e as pessoas que moram nos arredores os clientes que mais procuram esses serviços de costura, dirigindo-se à casa da costureira." A costura enquanto saber pode apropriar-se de várias formas: desde uma forma unicamente doméstica, quando se torna apenas uma faceta adicional do trabalho doméstico de responsabilidade da dona de casa; uma forma artesanal, no caso das costureiras que tem freguesia particular; até formas mais diretamente ligadas ao capital, quer numa relação de assalariamento típica. Conclui- se que as costureiras tiveram várias modificações e alternâncias de elucidações ao longo dos séculos. Sendo mais ou menos apreciadas e apesar de ser uma profissão muito antiga, continua sendo notável e fundamental para a sociedade e principalmente para as engrenagens da moda.
Entrevista: Edna Maria da Silva Rios Como começou a costurar? Tive auxílio de uma pessoa amiga, aprendi com ela, porém depois fiz outros cursos para me aperfeiçoar. Há quanto tempo exerce a função profissionalmente? Desde 1970 ou antes. O que te fez entrar no mundo da costura? Necessidade de ter uma profissão. Quais tipos de pessoas procuram os seus serviços? Todos os tipos, de todas as medidas.
Que tipo de tecido você prefere na hora de costurar? Algodão, viscosa e javanesa (não sei se esse existe mais), enfim, tecido que tenha bom caimento. Quando você percebe que sua costura não está saindo como a cliente solicitou o que você faz? Que eu lembre, nunca aconteceu comigo, não sei te dizer. Me diga uma parte positiva e uma negativa de costurar. Positiva porque você nunca fica parado, como também não fica sem trabalho. E negativa pelo fato de não ser valorizada financeiramente pelo menos no bairro onde resido e também não valorizarem a mão de obra. Quais foram os desafios que você encontrou? Quando a pessoa quer um determinado modelo que não combina com o tecido que comprou. Você lembra se no início da sua carreira teve algum obstáculo para realizar ou aprender a costurar? Não tive, não vou mentir, eu realmente precisava muito. Como você se mantém informada sobre as coisas que mudam ou evoluem na costura? Converso com minhas amigas costureiras, peço orientações, pois tenho muitas amigas costureiras. O que você aconselha para quem está entrando no mundo no mundo da costura agora? Dedicação. Você acha que em Salvador seu trabalho é valorizado? Não acho, também depende do bairro onde a pessoa reside. Qual a mensagem que você gostaria de passar para as pessoas sobre a sua profissão? Só tenho a dizer que toda a profissão depende de sua dedicação e aperfeiçoamento.
Fotográfo de Moda O fotógrafo de moda é um profissional novo no mercado fashion, bem como no âmbito fotográfico. As fotos pioneiras valorizavam extremamente o figurino, não pretendendo nada mais do que promover a indumentária. Era um registro praticamente documental, sem quaisquer propósitos estéticos e humanos, desprovido de preocupações com o cenário utilizado. Nas transformações que refletiram diretamente na visão da moda, criou-se uma outra mentalidade, um olhar mais voltado para uma postura corporal e existencial, um desejo de captar formas renovadas de expressão. O figurino agora é relegado para as margens, e em alguns momentos chega a desaparecer da produção fotográfica, que valoriza mais o comportamento ao qual a grife deseja estar conectada. Esta fotografia assume características peculiares, que a diferenciam de outras modalidades, ao construir um universo povoado por ideais e utopias, propositadamente artificial, assim constituído através de posturas exacerbadas e uma produção elaborada. O fotógrafo capta modelos vestidas com esmero, portando trajes, acessórios, maquiagem ou outros detalhes que no conjunto possam se tornar sedutores, e principalmente comerciáveis. As fotos produzidas são normalmente veiculadas na TV, em publicidade exibida nas páginas das revistas, nos outdoors ou em campanhas específicas. O conceito principal é que os objetos de con-
sumo e as atitudes apresentadas na pele de profissionais que são venerados no mercado da moda serão profundamente desejados e conquistados por aqueles que se encontram sintonizados com este universo. Há nesta concepção um apelo psicológico que se insinua no inconsciente de homens e mulheres que sonham com o estilo de vida veiculado e vendido pelas engrenagens do consumismo. O profissional Fotógrafo de Moda deve estar preparado para atuar tanto nos estúdios quanto nas paisagens externas. É necessário que ele tenha domínio sobre técnicas de luz interna e exterior, mas, sobretudo, precisa ter latente a vocação para coordenar as modelos. É fundamental que o fotógrafo saiba interagir com elas, tenha esse feeling no momento da produção, despertando nelas um grau adequado de sensualidade. O fotógrafo de moda precisa, antes de tudo, traduzir em imagens as idéias que norteiam uma determinada campanha, adaptando cada peça escolhida aos diferentes veículos em que serão promovidas. Esta tarefa demanda do profissional um espírito sensível, desvelo estético e o poder de traçar planos de divulgação, fora o amplo conhecimento da tecnologia capaz de concretizar este trabalho. Outras possibilidades têm se aberto diante do olhar antenado deste profissional, que deve sempre estar atualizado com as novidades do mercado. Nos últimos tempos, toques de realidade estão se transportando das ruas diretamente para as passarelas, levando a moda do cotidiano às esferas da alta costura. A intenção, porém, continua sendo a de inserir as coleções, produzidas por um número cada vez maior de estilistas, neste disputado mercado. O papel do fotógrafo de moda é essencial nesta empreitada. Novos nomes despontam o tempo todo nesta área, enquanto o campo de trabalho não cessa de crescer, atraindo os profissionais muitas vezes por seu apelativo glamour.
Entrevista: Ítalo Soares Está na profissão há 3 anos e meio, anteriormente trabalhou com farmácia hospitalar, tinha muito tempo vago, então decidiu investir esse tempo para estudar fotografia. Logo de início começou fotografando paisagens e eventos da família. Em seguida ele recebeu um convite de um amigo para ser auxiliar de fotógrafo, com isso teve seu primeiro contato com fotografia de moda. Quando iniciou o trabalho na agência, ele passou a fotografar look book para lojas virtuais, perfis de redes sociais e similares, em seguida passou a viajar junto com os modelos da agência para fotografar em eventos e etc, foi nesse momento que ele teve a certeza que fotografia de moda era a sua paixão. Quando questionado sobre dificuldades na sua carreira, ele faz um link com a falta de oportunidade do mercado da Moda em Salvador, dando como exemplo o número grande de agências que surgiu em Salvador, exigindo dos modelos books fotográficos caros, fazendo com que os modelos ao invés de fazer o book somente, comprassem uma câmera fotográfica e passassem a fotografar sem qualquer tipo de instrução. “A maior dificuldade hoje, está relacionada a falta de oportunidade, sendo que pessoas estão chegando com câmera profissionais, tem fotografado como fotógrafo profissional, ocupando o espaço de quem estudou pra isso.” Ítalo Soares diz que não tem um nome específico como uma grande referência quando o assunto é fotografia de moda, porque o mercado quando ele iniciou aqui em Salvador era de poucos profissionais e não eram tão conhecidos, mas deixa claro que sempre gostou de olhar revistas de moda, onde conseguia ter inspiração para os seus próprios trabalhos, mesmo não conhecendo à fundo o trabalho daqueles profissionais. Para ele a maior vantagem dentro da profissão é a direção de modelo, porque normalmente ele lida com modelos profissionais e com isso
ele consegue ter mais produtividade em seu trabalho. E como desvantagem, ele diz que não tem uma grande desvantagem, porém, a grande maioria dos contratantes quando precisam de um outro tipo de fotografia (eventos) não o chama para fazer esses trabalhos por achar que ele só fotografa modelos profissionais. Perguntei a ele o que mudaria no mercado da fotografia/ moda em Salvador; ele diz que quando alguns fotógrafos são chamados para alguns projetos, eles não costumam trabalhar em equipe. Que não é o que ele costuma fazer, ele diz que entra em contato com colegas e consegue ter uma trabalho mais produtivo com já que trabalhará em equipe. - Tendo isso pergunto ao Ítalo Soares, se essa falta de trabalho em equipe, não é reflexo do número grande de fotógrafos existentes e pouco trabalho para todos. Ele concorda, mas diz que com o mesmo orçamento, ele consegue fazer trabalhos em equipe. Ele ressalta que dessa forma ajuda a “desprostituir” o mercado da fotografia de moda, já que muitas pessoas tem câmeras profissionais e cobram preços muito baixo para trabalhos extremamente complexos. Ele lembra que no início não teve total apoio da família apesar que ele tinha certeza que conseguiria se manter somente de fotografia, que ele deveria continuar em seu emprego já que tinha muitas anos nele. Um conselho pra quem está iniciando é não ficar pensando muito nos materiais que tem ou não, que aos poucos eles conseguiram comprar o que for necessário para ter fotos de qualidade e conseguir agradar seus clientes.
Colunista de Moda O colunista de moda trabalha escrevendo regularmente para veículos de informação, trazendo sempre as novidades e dando dicas na sua coluna para seus expectadores sobre o dia a dia da moda. O colunista deve sempre escrever sua coluna de forma pratica para que seus leitores possam entender o que ele está transmitindo. Para ser um colunista de moda não é necessário ter a formação em jornalismo, ou qualquer outra área que esteja ligada a comunicação. Mais que seja um bom escritor e esteja ligado para passar informações novas e importantes. Habilidades e Competências: Ser bem articulado, conhecer as marcas, os estilistas, os modelos, tecido, modelagem, história da moda, formações em cursos extras para estar por dentro da área.
Entrevista: Gabriela Cruz Porque você escolheu a profissão de colunista de moda? Sou formada em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da UFBA. Conclui o curso em 1997 e comecei a trabalhar com moda em 2004 no jornal Correio. Precisaram de um jornalista para cobrir a Semana Iguatemi de Moda e lá fui eu. Lembro que fiquei encantada com o backstage do evento e vi que aquela era mesmo a minha praia. Hoje, sou editora do Bazar, caderno em que comecei com repórter e que circula aos domingos, e assino a coluna Vip, que é veiculada de terça a sexta. Sou eu quem cobre o São Paulo Fashion Week em
todas as edições. Como é trabalhar na área? Escrever bem, saber se comunicar com o leitor, conhecer bem o assunto sobre o qual está escrevendo para conseguir emitir opiniões relevantes e estar atento às diversas formas de se expressar, principalmente os visuais, como o Instagram. Design é tão importante quanto texto. Quais qualificações o profissional deve ter para atuar na área? (Cursos Técnicos, Graduação com Bacharelado) Não é necessárias tais qualificações, o importante é entender de moda e escrever bem. Quais habilidades e competências um colunista de moda deve ter para obter êxito na profissão? Ser bem articulado, conhecer as marcas, os estilistas, os modelos, tecido, modelagem, história da moda... eu estudo muito, fiz pós-graduação na área na UNIFACS, fiz faculdade de arte, cursos no Senac... O mercado é promissor? O mercado é muito pequeno, quase inexistente. Principalmente em jornais. O Bazar é o único caderno do estado que, de fato, lida com o assunto semanalmente, com conteúdo exclusivo, editoriais de moda produzidos com seriedade, autorais. Mas o Bazar também fala de gastronomia, turismo, decoração e beleza, entre outros temas, porque sabemos que a moda é mais que vestuário. Quais dicas você daria para os estudantes do curso de design de moda, que gostariam de atuar na área futuramente? Não ter pressa. O que mais aprendi na minha trajetória é que a experiência que a gente adquire ao longo dos anos faz com que nos tornemos profissionais melhores e isso vale para qualquer área.
Blogueira de Moda Blogueira e Blogueiro são palavras que surgiram juntamente com a criação dos blogs (Um site em forma de um diário online, onde retratam um tema escolhido, e podem dar dicas para seus expectadores). Eles utilizam o blog para emitir opiniões sobre assuntos que tenham afinidades. Sendo verificado a receptividades desses bloggers pelos leitores, eles conseguem atravessar um mercado editorial, assim ficam famosos em pouco tempo, e ganham muitos seguidores. tHabilidades e Competências: Praticar a leitura sobre diversos assuntos, procurar estudar mais sobre o assunto que escreve, compartilhar algo que vive ou viveu, dicas, novidades do mundo da moda, divulgar looks, marcas, produtos, estudar as tendências, e sempre está atualizando seus seguidores com novidades.
Entrevista: Noemi Estrela Cordeiro Porque você escolheu a profissão de blogueira? Comecei quando ainda estava na faculdade, cursando o último ano de jornalismo. Criei um blog como hobby para ter textos meus, um espaço em que eu pudesse falar sobre moda, num formato diferente e que estava em alta. Como é trabalhar como uma blogueira? É importante a pessoa gostar muito de compartilhar informação, selecionar e pesquisar o que será o assunto principal tratado no blog,
além de dedicar tempo a cursos, porque a todo momento o mundo da internet apresenta novas ferramentas e é preciso se adaptar a cada uma dela. Quais qualificações o profissional deve ter para atuar na área? (Cursos Técnicos, Graduação com Bacharelado) Acredito que não é necessário, apenas escolher o tema/assunto/área que a pessoa goste muito. É preciso escrever bem e ser conectado e atento a tudo o que está acontecendo no mundo escolhido. Eu sou formada em jornalismo e a profissão tornou tudo mais fácil. Quais habilidades e competências o profissional da área deve ter para obter êxito na profissão? Tem que ser dedicada, praticar a leitura sobre diversos assuntos, procurar estudar mais sobre o assunto que escreve e amar compartilhar algo que vive ou viveu. O mercado é promissor? O mercado da internet de blogs está sempre em movimento e mudando. Com o advento do grande sucesso no Instagram, os blogueiros de diversos assuntos como moda, gastronomia, viagens, beleza mantém os blogs, mas atuam ainda mais na rede social, preparam pautas específicas para o público, assim como eu. Hoje o Instagram virou a principal rede para a maioria dos blogueiros, por ter um alcance maior. Quais dicas você daria para os estudantes do curso de design de moda, que gostariam de atuar na área futuramente? Acho que para estudantes abre portas, é a oportunidade de mostrar o seu jeito de expressar o que entende sobre moda, tornando assim um portfólio maravilhoso. Quem tem um blog bem estruturado, com um bom texto e bons assuntos chama a atenção não só do consumidor de informação e sim pessoas que trabalham na área e querem contratar jovens talentos com iniciativa, proatividade, criatividade e com a capacidade de gerir um conteúdo na internet.
Designer Têxtil O design têxtil é a profissão que desenvolve produtos ligado ao têxtil, assim criando aplicações de estamparia, tingimento, entre outras formas de usar esse tecido. Ele não precisa estar focado em moda, pode trabalhar desde tecidos profissionais e técnicos, até mesmo decoração. Design têxtil não se resume a estamparia, mas inúmeras técnicas de superfície têxtil. Graduados em design de moda, também podem atuar na área, mas existem cursos focados na área de design têxtil. Habilidades e Competências: Desenvolver a superfície têxtil, usando de aplicações de estamparia sobre o tecido, criar superfícies têxteis através do entrelaçamento, tingimento e também aplicação de beneficiamento. Pode trabalhar com tecidos profissionais e técnicos.
Entrevista: Goya Lopes Porque você escolheu a profissão de design têxtil? Eu fui me especializar em design na Itália em 1978 quando design não tinha especialidade, fui orientada por um professor que desenvolvia estampas para trem e me interessei por estamparia porque era a melhor maneira de apresentar a minha veia artística no design. Como é trabalhar na área têxtil? Trabalhei durante alguns anos em São Paulo com freelancer e desenvolvi criações para a Madrigal que era uma linha da Alpargatas e para outras empresas sempre na linha para decoração, depois resolvi voltar para Salvador e ser empresária criar a minha própria marca
uma vertente da moda afro-brasileira. Ao longo desses anos percebi que era melhor trabalhar como designer de superfície para outras marcas o que é mais abrangente do que ser designer têxtil e da minha própria marca. Quais qualificações o profissional deve ter para atuar na área? (Cursos Técnicos, Graduação com bacharelado) Tem algumas pessoas que são autodidatas mais a maioria fazem cursos técnicos e graduação. ´E mais interessante fazer o curso de design de superfície que engloba não só o têxtil como as suas diversidades de técnicas, como estamparia, tecelagem, Jacquard, malharia, tapeçaria também a cerâmica, materiais sintéticos e outros materiais. Acredito que é mais abrangente gerando na profissão mais possibilidades. Quais habilidades e competências o profissional de Design têxtil deve ter para êxito na profissão? Sensibilidade Criatividade Saber desenhar Observador Ter conteúdo cultural Como ocorre o processo de criação e de produção na área têxtil? Eu deixo muito que a intuição chegue e o que me chama a atenção eu começo a observar e inicio um processo de percepção de tudo que está em volta desse tema. Depois que o tema está resolvido dentro de mim eu busco os fatos, vou pesquisar sobre o tema para conhece-lo a fundo só então eu começo a desenhar (é claro que as vezes eu faço uns rabiscos e vou guardando), aquilo ali são sinais para quando eu iniciar o desenho. Uma vez que a composição está ficando pronta eu procuro ver para o que ela será destinada para saber as proporções e adequações. Faço o rapport se o desenho for continuo. Faço tudo desenhando a mão, depois entrego para um profissional vetorizar, depois fazemos as impressões, as telas, os registros e as
provas e eu verifico as possíveis variantes de cores. Esse é o processo quando o produto é da minha marca, quando é uma criação externa na maioria das vezes eu tenho um brainstorm com os clientes e apresento depois para eles a ideia antes de iniciar o processo criativo. Antes de vetorizar eu apresento o desenho para aprovação. Uso o processo mais de silkscreen e tenho desenvolvido alguma linha no digital, estampado na Menegotti em Joinville e em Belo Horizonte com a Criata. Quais dicas você daria para os estudantes do curso de design de moda, que gostariam de atuar na área futuramente? Procurar se especializar em design de superfície com ênfase na estamparia; estar atento a literatura apropriada; observar bastante o mercado; estar consciente das necessidades e contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente e do seu trabalho; compreender como funciona as redes sociais, mercado, marketing e a administração do seu negócio seja ela individual ou coletivo. Ter uma base cultural que o ajudará nas suas referências de suas possíveis criações. E se quiser ampliar para fazer design de superfície não só têxtil como também para cerâmica e materiais sintéticos.
Produtor de Eventos Ocupa-se de atividades de planejamento, de captação, de promoção, administração de recursos e prestação de serviços realizados de eventos. Eles se responsabilizam por toda infraestrutura do evento, e assim ele trabalha nos bastidores para que o evento seja realizado com sucesso. Esse profissional deve ter noções administrativas, de marketing, comunicação e contabilidade. O mercado de trabalho é bem amplo, mas sem essas noções o profissional não tem um bom crescimento, assim saíra rapidamente da área de eventos. Habilidades e Competências: Desenvolver conceitos para o evento, criar planos e orçamentos, encontrar funcionários, fornecedores, voluntários, encontrar locais, equipamentos, criar marketing, ter conhecimento dos requisitos de saúde e segurança para o evento, boa comunicação e habilidades para se comunicar e negociar, ter habilidade para gerenciar finanças e orçamentos, e ser criativo, inovador e detalhista.
Vitrinista Segundo o SENAI o vitrinista é o profissional que “planeja, concebe e realiza projetos de vitrine, aplicando noções de luz, cor, textura, proporção, equilíbrio e percepção, a partir das necessidades dos lojistas e do consumidor de acordo com normas técnicas e de qualidade, produtividade, segurança, saúde e preservação ambiental.” Seu campo de atuação são “Indústrias de confecção, empresas de desenvolvimento de produtos, lojas, agências de publicidade, prestação de serviços autônomos e empresas de criação.” O Vitrinista é o profissional responsável por estudar o tipo de produto que deseja vender usando a criatividade para incutir no consumidor o desejo de comprar, se relaciona com a área de marketing e vendas. Esse conceito mais relacionado com o mercado é da InfoJobs, uma plataforma de oportunidades profissionais e busca de talentos que faz gestão dos processos seletivos de empresas e falicita os candidatos cadastrados na sua plataforma a encontrarem emprego. Para a Catho, empresa de Recursos Humanos, o vitrinista cria vitrines para ambientes comerciais, indústrias e residências, além de elaborar vitrines temáticas prestando atendimentos aos clientes. A profissão de vitrinista hoje está inserida em organizações formadoras de profissionais renomadas como o SENAI, assim como faz parte do rol de profissões de empresas de recrutamento de RH. O vitrinista não é mais aquela pessoa que “leva jeito com decoração de casa” que
era convidada por lojas para “arrumar” a vitrine de algumas ou aquele vendedor “jeitoso”. Eles introduziam na vitrine alguns móveis e detalhes que davam um diferencial, mas contando muito mais com o bom gosto da pessoa do que com estudos mais amplos de luz, vendas, cartela de cores ou destaque de coleções. Ou seja, a profissão é antiga, mas o profissional é recente. Como assim, uma profissão antiga e profissional recente? Como dito acima, no passado a profissão era exercida por pessoas com bomgosto ou jeitosas no quesito decoração. Com a evolução isso passou a ser muito pouco, a vitrine é o primeiro contato do consumidor com a organização, ela é quem o trás para dentro. O mercado se tornou mais exigente e competitivo, o vitrinista precisa estar atento as tendências mundiais, gostar e entender de moda, ser criativo, dinâmico, persistente, organizado, atento, conhecer o publico-alvo para o qual trabalha, então montar vitrina passou a ter maiores necessidades e objetivos e esse profissional a ter curso específico e mais áreas relacionadas. Ele trabalha de forma integrada com o visual merchandising (VM), tendo às vezes suas atribuições confundidas. Contudo, podemos simplificar pensando que o vitrinista atrai o consumidor e o VM mantem o desejo nele de permanecer no local. Segundo o site Portal Educação, 65% dos vitrinistas têm graduação, 38% graduação em marketing e 27% inglês intermediário. Essa área está ligada ao design de interiores, de moda, ao marketing, vendas. Percebeu-se que o custo com esse profissional é investimento e que bons profissionais nesse seguimento ainda são poucos. Em contra partida, tais profissionais como autônomos têm menos oportunidades que os que montam empresas. Como exemplo desse seguimento de empresas se tem a Nucleo Vitrine (São Paulo), Studio M (São Paulo), Marina Ribas Design (Rio de Janeiro). Com investimento de R$ 5.000,00 é possível começar um negócio na área e por mês, algumas empresas conseguem faturar até R$80 mil, sendo 20% de lucro. Os projetos variam de R$2 mil (loja simples) a R$ 90 mil (rede de 60 lojas); essa informação é da Camila
Richter, proprietária da Studio M. Enquanto que a media salarial do vitrinista é R$1.511,59. Ressaltando que as informações acima tratam de média e do sul-sudeste do Brasil. Como em toda profissão, a diferença e o valor de cada profissional está vinculado a sua experiência e formação acadêmica. O vitrinista pode se capacitar através de cursos de curta duração, de graduação, cursos online, presenciais, gratuitos e pagos. O curso pode ser encontrado no Portal Educação, SENAI, unieducar (gratuito) e em muitos outros.
Personal Stylist Personal Stylist é o profissional que presta serviços como a indicação da melhor maneira que uma pessoa deve se vestir e se apresentar na sociedade,de acordo com seu estilo pessoal, sua personalidade, sua profissão e sua projeção. Basicamente, o método de trabalho consiste em fazer uma avaliação do perfil do cliente, conhecer e organizar o guarda-roupa, sugerir combinações entre as peças existentes e ajudar a comprar novas. Artistas, políticos e quem precisam melhorar a imagem, muitas vezes por ter alcançado um novo posto no trabalho, são os clientes mais frequentes. O preço do serviço varia de acordo com cada profissional, mas pode ficar entre R$ 400, o dia, e R$ 10 mil, o pacote. Segundo estudos na área de moda, 55% da primeira impressão que as pessoas têm uma das outras se baseia em sua aparência e suas ações, 38% em seu tom de voz e 7% no que se diz, demonstrando assim que somos seres totalmente visuais (dados da revista ). Hoje em dia, estar na moda significa exercer o próprio gosto. As pessoas sentem-se cada vez mais livres para assumirem seus estilos. No entanto, quem se preocupa em passar uma boa imagem, tanto socialmente como profissionalmente, deve identificar precisamente o seu estilo e saber adequá-lo às suas qualidades visuais. Isso explica por que o trabalho do personal stylist consiste em con-
duzir as pessoas ao autoconhecimento. Afinal, para conhecer bem o corpo e o estilo, tem que ter os recursos necessários para alinhar o visual às mais diversas situações do cotidiano. É assim que se constrói uma imagem pessoal iluminada por valores positivos. Quem conta com o trabalho de um personal stylist , alcança os seguintes resultados: Desenvolve habilidade para fazer compras mais específicas e direcionadas; Aprende a projetar a auto-imagem de forma positiva, o que contribui para que a pessoa “dê a volta por cima” em situações como desemprego, separação, baixa auto-estima, etc. Ganha mais agilidade para escolher as roupas e passa a transmitir uma imagem mais elaborada. Confira abaixo alguns serviços que o personal stylist oferece: Consultoria completa: É realizada uma avaliação completa do visual do cliente através de várias etapas. As etapas são: Avaliação de biótipo, estilo pessoal, análise de cores; Organização de guarda roupa; Coordenação de looks; Consultoria de compras. Ao final do trabalho, é entregue para o cliente um lookbook com todos os looks que o favorecem e um detalhado estudo sobre roupas que favorecem seu estilo e biótipo. 2. Consultoria para a compra de um único look 3. Dicas para looks antenados com a tendência de moda Lookbook pessoal; Consultoria para compras (Personal Shopper); Organização de guarda roupa, Suas roupas são analisadas sendo observados diversos aspectos como qualidade, estado de conservação e etc. As mesmas são organizadas de forma a facilitar seu uso e visualização. 4. Arrumação de mala de viagens Preparo sua mala de viagem, seja à lazer ou negócios – de acordo
com seu estilo, imagem e finalidade da viagem. 5. Assistência de estilo para eventos especiais Auxílio na composição dos looks para uma festa, formatura, casamento, evento profissional ou outra ocasião especial, para que você fique elegante sem precisar se preocupar.
Manu Carvalho Com 15 anos de carreira, Manu Carvalho trabalha como stylist, figurinista e consultora de imagem. As atrizes Carolina Dieckmann e Alessandra Negrini são algumas das celebridades que já contaram com a ajuda dela na hora de se vestir. Os clientes são. Profissionais em fases cruciais em suas carreiras. Como funciona: “vou com os clientes às lojas para ensiná-los a consumir sozinhos, o que olhar na frente do espelho, como priorizar as necessidades, como fazer o cálculo da relação custo vs. beneficio...”, conta.
Chris Francini e Paula Martins Formadas em Jornalismo e Moda, respectivamente, Chris e Paula criaram uma agência em que desenvolvem coleções para o varejo e prestam consultoria de moda. Elas também ministram cursos e palestras sobre o assunto. Os clientes são... Pessoas em geral e corporativos (a dupla presta consultoria para a Rede Record e para marcas como C&A e Track & Field). Como funciona: “se o cliente não quiser ir às lojas fazer compras, levamos as produções para a casa dele”, afirma Paula
Figurinista O Figurinista nada mais que o responsável pela indumentária de personagens criados para o teatro, cinema e televisão. Primeiramente, o figurinista precisa analisar o roteiro da produção e estudar os aspectos psicológicos do personagem, além de todos os outros elementos que irão contribuir para a criação e desenvolvimento do mesmo. É preciso analisar a época na qual a produção irá se basear, os cenários, as situações pelas quais o personagem irá passar, sua personalidade e sentimentos. Munido de todas essas informações o Figurinista consegue com fidelidade passar ao público tudo o que a produção exige, contando, também, com o bom trabalho dos atores. Para conseguir trabalhar com a representação de diversas personalidades através da indumentária o Figurinista precisa ter diversos conhecimentos nos campos da Arte, História e Moda, principalmente. Saber sobre a História da Moda e da Indumentária, por exemplo, é essencial, mesmo que a produção não seja de época! Releituras são feitas a todo o momento e é importante conhecer as fontes de origem para cada uma delas. Vale lembrar que os figurinos se diferem de acordo com o seu uso, ou seja, a criação e desenvolvimento dos figurinos para teatro cinema e televisão contecem de forma diferente. No teatro, por exemplo, o objetivo, além de criar figurinos que estejam de acordo com o papel de cada ator, é que sejam práticos e possibilitem uma troca rápida
entre as cenas, caso seja necessário. Para o cinema as roupas podem ser muito mais elaboradas e exigem um nível de fidelidade maior dependendo do tema da produção. E, para a televisão, os Figurinistas geralmente já dispõem de um guarda roupa enorme com o qual irão montar produções para novelas, séries e programas. Sendo para teatro, cinema ou televisão, o Figurinista ainda precisa ter conhecimentos essenciais em Cor, pois elas são carregadas de significados e cada uma expressa um sentimento diferente; Volume, que será usado para enfatizar ou não cenas e acontecimentos específicos na produção; Texturas, que podem ser utilizadas, por exemplo, na distinção de personagens de diferentes classes sociais; Contexto e Ambiente, para que não aconteça do figurino ficar deslocado do seu significado, tempo e espaço específicos, ou seja, ele deve corresponder ao que a cena pede, entre outras coisas. No exterior a profissão do Figurinista é bastante apreciada e valorizada, e no Brasil estão surgindo muitas oportunidades. Temos poucos cursos na área e a remuneração vêm crescendo, principalmente com o fomento ao cinema e ao teatro nacional. Se você deseja seguir essa carreira, não desista! Trabalhar com paixão naquilo que gostamos é uma das maiores gratificações da vida e viver no mundo da moda, mesmo que ele pareça caótico e inconstante, é uma delícia! Faixa salarial: R$ 3.305,00 (cargo máster – nível salarial Brasil)
Designer de Estampa Design Têxtil, Design de Superfície ou Design de Estamparia quer dizer exatamente a mesma coisa! Só muda a nomenclatura mesmo. Dentro do Design Têxtil, trabalha-se com a superfície do tecido: tanto desenhando, usando tinta, colagens (tanto manuais quanto digitais), intervenções gráficas, trabalhos com o próprio tecido, tingimento e variados. O que é faz o designer de estamparia e suas habilidades: O designer têxtil desenvolve produto – no caso, uma superfície têxtil. Seus recursos podem ser a estamparia, aplicações sobre o tecido, criar superfícies têxteis através do entrelaçamento, tingimento e também aplicação de beneficiamento. Não precisa ser focado só em moda – ele pode trabalhar desde tecidos profissionais e técnicos até decoração. É importante que não se resuma o design têxtil apenas à estamparia – inúmeras são as técnicas que podem mudar a superfície têxtil. A aplicação do design têxtil faz uma grande diferença no produto final de moda. É ele quem cria a diferenciação do produto e valor agregado ao produto. Quem pode trabalhar com design de estampa? Quem pode trabalhar com nisto, além dos designers de moda (que estampam a linha têxtil em roupas), são as pessoas das áreas artísticas e gráficas. Os profissionais de design de interiores (que estampam móveis, papel de
parede e etc.); e os designers gráfico com a publicidade, que acabam tropeçando na área da estamparia pela parte gráfica. Habilidades: - Elaborar desenhos de estampa por meio dos programas CorelDraw e Photoshop; - Utilizar vocabulário técnico; - Identificar e oferecer a melhor solução para cada projeto de estamparia; - Desenvolver o processo criativo autoral para o desenvolvimento de estampa; -Relacionar estamparia e sustentabilidade. Tipos de Estamparia: Rapport : que é a repetição de um padrão. Imaginem um azulejo/quebra-cabeça e o que você ficar nele vai repetir tudo em volta. E para isso, existem diversas maneiras de criar estampa com técnicas de rapport (direto, deslocamento, tijolo, etc. Serigráfica/Cilindro/Estêncil: técnica usada direto na roupa. Digital/Sublimática. Mercado: Designers focados para esta área batalham diariamente: tanto para serem reconhecidos como também terem um salário bom. Muitos deles trabalham em estúdios pequenos que muitas vezes nem tem nenhum tipo de auxílio (vale transporte/alimentação, e carteira assinada); empresas vendem metros estampados e nem porcentagem alguns levam. A média salarial é de: R$ 2.106,87
Clau Cicalla Clau Cicala é uma das experts no assunto, tendo entre os seus clientes marcas como Farm, Colcci e Blue Man. A paulista se formou em design gráfico e morou no Rio de Janeiro por nove anos. Foi por lá que ela concluiu a sua pós-graduação em estampas, no SENAI Cetiqt. “Minha turma foi umas das primeiras do segmento na instituição. Hoje, acredito que o conteúdo esteja bem mais rico e detalhado”, conta. O dia a dia de Clau não segue uma rotina: “Tenho um estúdio de criação home office, onde recebo clientes, desenvolvo estampas, projetos especiais e crio conteúdo para minhas palestras e workshops pelo Brasil, como o projeto Brasilidade Estampada”. Para produzir para clientes, ela explica que é necessário seguir à risca o briefing que for decidido. “A partir dele começo a pesquisar referências para dar o start no desenvolvimento. No computador, faço simulações em produtos e apresento para a marca”. Porém, quando o assunto é uma parceira, a designer tem a liberdade de se aventurar mais e escolher o que realmente curte: “Posso me soltar mais e fazer desenhos autorais, com o meu DNA”, divide. Para o negócio dar certo, Cicala deixa claro que divulgação é muito importante, mas também é preciso correr atrás. “Meu primeiro cliente foi a marca C&A. Eles entraram em contato através do meu Flickr, rede social onde divulgava minhas estampas criadas na pós-graduação. Os outros vieram de prospecção e muita dedicação, enviava muitos e-mails para as marcas, até para SAC já cheguei a mandar prospecto e consegui!”. De acordo com a designer, o campo de estamparia tem crescido cada vez mais no país: “Acredito que o Brasil evoluiu muito neste segmento, temos designers incríveis criando estampas todos os dias para atender a demanda do mercado interno”.
Modelista A profissão de modelista no mundo da moda requer diversas competências e habilidades que devem ser trabalhadas e desenvolvidas pelas pessoas que desejam seguir na área. O profissional modelista é aquele que traduz para o papel as criações do estilista/designer de moda, elabora “moldes” das roupas, verifica os tecidos e materiais mais adequados, visando sempre o melhor caimento da peça desenhada. É de suma importância que haja uma boa interação e comunicação entre o designer, o modelista e a costureira, de modo que a peça finalizada esteja de acordo com as expectativas da peça pensada anteriormente. Competências (conhecimentos teóricos): Como toda profissão, o trabalho de modelista envolve a necessidade de possuir determinados conhecimentos que são indispensáveis para o bom desempenho da função. Ter o domínio das técnicas de modelagem, tanto plana quanto tridimensional é essencial para a tarefa, além disso, saber utilizar as ferramentas, tirar medidas corretas e fazer moldes certeiros são fundamentais para evitar erros e o aumento nos custos de produção. Outro ponto importante é saber interpretar o desenho do designer, além de saber “ler” e entender as ordens de execução das peças que serão modeladas, para que a roupa tenha a finalização ideal. Outro ponto de atenção refere-se ao conhecimento dos diversos tipos de
tecidos existentes, seu caimento, fio, acabamento e leveza do material. Habilidades (conhecimentos práticos): Além dos conhecimentos teóricos, essenciais para a formação de um bom modelista, é importante que haja também habilidades que são desenvolvidas e aprimoradas ao longo do dia-a-dia e prática da função. Dentre elas estão: habilidade manual – saber manusear alfinetes, agulhas, linhas e as diversas réguas é fundamental para que a modelagem saia como planejado. Ter uma boa comunicação interpessoal também é fundamental para a função, já que, terá interface direta com vários setores da moda, a criação, costura e áreas têxteis. Ser perfeccionista e atentos para detalhes são pontos diferenciais e que fazem a diferença, já que possíveis erros de medida e/ou cortes comprometerá o resultado final. Vale ressaltar que, como toda profissão, um bom modelista deve estar atento as mudanças de mercado e saber se adaptar as transformações tecnológicas, visando sempre andar lado a lado da moda.
Coolhunter Esses profissionais são pesquisadores de tendências, que fazem previsões baseadas em inúmeras linhas pesquisa sobre as tendências de moda que serão importantes para a próxima temporada. Existem as previsões a longo e curto prazo. A previsão de curto prazo tem com fonte, artistas e suas exposições, cinema, capas de álbuns do mundo da música, tudo é claro do cenário contemporâneo. A previsão a longo prazo tem como base a pesquisa profunda na ordem mercadológica, sociocultural e comportamental. Competências (conhecimentos teóricos) - Leitura de cenário de mundo - Economia - Sociologia - Leitura de mercado -Psicicologia -Conhecimento do seu cliente -Idiomas estrangeiros -História da moda Habilidades (conhecimentos práticos ) - Boa comunicação - Boa interpretação
- Bom senso estético - Mente aberta - Compreensão da conectividade dos acontecimentos - Consciência cultural - Sensibilidade - Intuição Os pesquisadores de tendências tendem a ser pessoas que vivem e respiram moda, buscar tendências é algo natural para esses profissionais, por isso não se pode deixar para segundo plano do foco no cliente e o conhecimento em outros idiomas, já que a carreira proporciona viagens para campos de pesquisa.
Docência: Professor Os professores podem trabalhar em tempo integral ou meio período ou de forma esporádica, realizando palestras ou trabalhando em um módulo de um curso mais longo. Muitos profissionais que trabalham a prática de sua área combinam sua atividade como professor com trabalhos freelance ou administrando seus próprios negócios. Essa é uma excelente forma de ter uma estabilidade financeira e tempo disponível para continuar com a sua prática. Os temas ensinados variam de uma abordagem generalista a uma mais especializada e estão relacionados ao tipo de aluno. Nas escolas, os professores tratam o estudo de arte de forma genérica. Os cursos universitários abordam o tema relacionados à moda de forma especializada. Há também os cursos de curta duração, que são voltados para profissionais do mercado e costumam abordar temas muito específicos, como a incrustação de gemas ou a ornamentação de chapéus. As atividades cotidianas dependem do tipo de instituição em que os professore atuam. Além de dar aulas, os professores dedicam grande parte de seu tempo planejando aulas, elaborando e avaliando trabalhos, oferecendo conselhos práticos e dando feedback. Também se envolvem em orientações individuais, críticas e relatórios. Esses profissionais devem se manter atualizados na área, sendo livros, indo a exposições e assistindo a palestras.
Competências: Para atuar na área é necessário ter licenciatura para o ensino nos níveis primário e secundário. Para professores universitários, a experiência profissional é fundamental: ter vários anos de experiência profissional no mercado, além de formação acadêmica relacionada. As faculdades preferem ter professores com experiência de ensino, mas equilibram isso com o nível da experiência e qualificações especiais que você tenha. Por exemplo, para um professor de ilustração, a experiência e as habilidades como ilustrador são as principais qualidades para um candidato. Você vai precisar de uma extensa experiência profissional para garantir o treinamento dentro da indústria, mas, uma graduação, embora desejável, não é sempre essencial. Habilidades essenciais: - Amar a sua área e lecionar - Didática - Empatia
Docência: Curadoria de Moda O trabalho de curador de moda é encontrar maneiras novas, interessantes e inspiradoras para tornar as coleções acessíveis aos visitantes, mas a salvo de mãos curiosas. Umas das principais partes do trabalho é exibir a coleção, que envolve o acervo permanente e as exposições. As coleções permanentes tendem a ser muito grandes, mesmo em pequenos museus, o acervo pode ter de 50 mil a 100 mil itens, preservar um acervo desse tamanho, catalogando-o de forma sistemática, é um dos aspectos mais difíceis da função. Os curadores também podem atuar com doadores para a angariação d fundos e aquisições. Todas as exposições contam histórias e os curados devem compreender o perfil do público que querem atrair. O curador tem que contar uma história por meio do que é exigido, como é exposto e dos textos explicativos. Devem garantir que os guias de áudio complementem o texto escrito, os suportes que cercam os espaços expositivos ajudem a dar sentido às roupas expostas, e que as exposições tenham a qualidade compatível ao investimento realizado. Montar uma exposição é uma atividade complexa e o curador precisa refletir sobre o conceito, quais objetos incluir, como obtê-los e como exibi-los no espaço expositivo. A maioria dos museus costuma ter recursos limitados e é comum ter uma equipe, muitas vezes apoiada
por voluntários, que se envolve em diferentes aspectos da exposição. O tempo de realização varia de forma considerável, de acordo com o tipo de museu e o tamanho da exposição, mas, em média, o planejamento começa de novo ou mais meses antes da abertura da exposição. Em grandes museus, pode haver um departamento de exposições que atua em colaboração com os curadores, mas em museus menores os curadores devem resolver tudo relacionado à exposição. A maioria dos curadores cumpre um dever de serviço público como parte de sua função. Eles respondem a consultas, fazem sessões de visitação para o público, trabalham com os meios de comunicação e se envolvem com o departamento educativo do museu, ajudando a executar atividades educativas. As tarefas diárias do curador variam desde atividades de alto nível e intelectuais até o trabalho mais simples e prático. Em um único dia, esse profissional pode preparar um manequim para expor um vestido do século XVI e conversar com um designer contemporâneo sobre a sua nova coleção, por exemplo. Competências: Para atuar como curador é necessário ter uma formação relacionada, como história da moda ou história da arte e, preferencialmente, um mestrado em museologia, além de experiência em trabalhos voluntários relacionados. Habilidades: - Excelente capacidade de organização - Versatilidade - Estar preparado para trabalhar em todos os tipos de projetos - Espirito acadêmico e pratico - Boa capacidade de comunicação
Agência de Moda É um tipo de empresa que intermeia as relações entre seus agenciados e contratantes, promovendo assim os interesses de ambas às partes. A agência de modelos serve como ligação entre as marcas grifes, lojas e as modelos. Competências (conhecimentos teóricos): Orientar e ministrar aulas para modelos; sendo necessário que o corpo docente da agência de modelos seja composto de profissionais com registro no sindicato do Artista e Técnicos em Espetáculo de Diversões no Estado Entender de temas como modelos famosos, formação de modelos, tendências no mercado para modelos, etc... Manter contatos com empresas parceiras que poderão se tornar clientes. Frequentar eventos de moda e viajar para cidades do mundo que são referências no mundo da moda. Realizar networking capaz de iniciar bons negócios para a agência de modelo Habilidades (saber fazer): Dar suporte para os modelos, inclusive voltado para o ensino; orientando como o profissional deve ser portar e como se organizar para se tornar um modelo profissional. Lições de como desfilar, oratória, como representar de acordo com a roupa que está vestindo. Conseguir trabalhos para os agenciados para desfiles, comerciais, em campanhas de moda, editoriais, recepção de eventos, modelos que representam produtos em eventos e outras oportunidades que surgem no mercado da moda.