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INSERÇÕES TOPOGRÁFICAS: UM OLHAR SOBRE A METRÓPOLE Laís Siqueira de Oliveira
Trabalho de Graduação Integrado 2013 Instituto de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo
São Carlos, 2013
A todos aqueles que me deram suporte ao longo deste percurso.
INTRODUÇÃO
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HIPÓTESE
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AÇÕES
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LUGAR
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INTENÇÕES
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PROJETO
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BIBLIOGRAFIA
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“O papel da arquitetura não é produzir objetos para si mesma, auto-referenciados, mas sim construir-se como força reveladora da multiplicidade e contingencia.” Gilles Deleuze
[ INTRODUÇÃO ]
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Este caderno faz parte dos materiais produzidos para apresentação do Trabalho de Graduação Integrado II, sendo o registro de um processo investigativo sobre a arquitetura e a cidade contemporâneas. Neste processo, buscou-se primeiramente entender as condições que fazem da “metrópole”, em seu sentido mais amplo, um espaço ilegível, para então propor ações capazes de tencioná-las e gerar um outro “olhar” sobre a própria cidade. Somente a partir de tais questionamentos pôde-se estabelecer a área de intervenção do trabalho, na região central de São Paulo, em uma situação bastante específica no seu sentido histórico, geográfico e dinâmico, criando condições particulares para o projeto, traduzido finalmente em arquitetura pelo intervenção proposta. Desta forma, serão apresentados a seguir os processos pelos quais se construiu este trabalho: dos questionamentos iniciais, à formulação de uma hipótese e definição de ações “a priori”, seguindo-se da definição da área de intervenção, as leituras e intenções para o lugar e finalmente a proposição de projeto.
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As primeiras discussões deste trabalho tiveram início ainda na disciplina de pré-TGI, em 2012, que buscou desenvolver uma postura do pensamento arquitetônico não como resposta a um problema dado, mas sim como investigação processual sobre a própria arquitetura, de suas intenções teóricas às suas traduções formais. Naquele momento foi produzido um objeto conceitual, que deveria sintetizar os questionamentos particulares levantados ao longo das discussões: a instauração de uma nova visualidade através de deslocamento do olhar, capaz de rearticular elementos já existentes. Ali, naquele objeto, já existiam atos fundamentais que sintetizam o projeto final apresentado: ver e percorrer.
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Centro Cultural São Paulo Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, 1982.
O Centro Cultural São Paulo (CCSP) foi colocado como referência síntese para o projeto, por abordar inúmeras questões que dialogam fortemente com este trabalho. A sua inserção urbana, que ocupa o talude da Avenida 23 de Maio, em São Paulo, é o seu principal partido de projeto, que não propõe a verticalização como forma de se implantar na cidade, se distanciando da rua, mas aproveita a própria horizontalidade do terreno para criar uma relação quase que natural com seu entorno, permitindo grande capilaridade nas ligações com o tecido urbano, conectando-se diretamente ao sistema de transporte público, pelo acesso à estação Vergueiro do Metro. Porém não é somente por seu partido arquitetônico que o CCSP é colocado como referência. É sobretudo pela dinâmica que ele apresenta: o forte grau de apropriação dos usuários e eventualidade deste espaço. Nas suas “ruas interiores” a diversidade acontece: ensaios de grupos de dança e teatro, grupos de estudos ou até mesmo um simples momento de pausa e contemplação. O terraço forma uma grande “clareira” urbana, de onde pode-se parar e observar a paisagem paulistana.
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croqui do grupo RCR Arquitectos, "mundo interior, escavado"
Bodegas Bell-Lloc, RCR Arquitectes, 2005.
O projeto do grupo RCR Arquitectes para a vinícola Bell-Lloc, em Girona, Espanha, também é referência importante neste trabalho. No projeto, a arquitetura não é pensada como aquilo que está sobre o solo, mas sim dentro deste, em um “mundo interior, escavado”. Sua inserção no subterrâneo inspira uma outra temporalidade, sugerindo um desacelerar do percurso: um promenade que descobre o solo como espacialidade. Neste sentido, é interessante o modo com que os espaços subterrâneos se comunicam com o exterior. Condições de iluminação precisas e sutis são projetadas criando uma ambiência que potencializa o “estar imerso” no solo.
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[ HIPÓTESE ]
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A partir da investigação de conceitos ainda num campo abstrato e análises de referenciais teórico-projetuais, o trabalho volta seu olhar para a cidade contemporânea, em sua condição metropolitana. Se a metrópole hoje é um espaço ilegível, que não ativa de fato a percepção de quem a habita, é devido às suas condições de fragmentação e aceleração.
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CONDIÇÃO FRAGMENTADA A fragmentação e acumulação de imagens descontínuas, como “um aglomerado de signos que ao mesmo tempo estão juntos e dispersos, ou seja, coexistem no espaço sem estabelecer relações entre si.” (FERRARA, L.) gera uma membrana de opacidade capaz de atenuar a percepção real da cidade, tornando toda diversidade homogenia, habitual, e portanto ilegível.
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CONDIÇÃO ACELERADA A aceleração dos fluxos na metrópole contemporânea facilita deslocamentos cada vez maiores no território, porém gera como sub-produto a desqualificação do meio geofísico, do ambiente urbano enquanto espaço habitado pelo homem.
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"Não é possível ver o que não se pode estranhar." Lucréssia Ferrara
[ AÇÕES ] 27
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Como a arquitetura, enquanto geradora de espacialidades, é capaz de romper a membrana de opacidade da metrópole? Como desacelerar a velocidade dos fluxos e criar outra temporalidade na relação do sujeito com a cidade? As ações projetuais propostas - SUSPENDER e IMERGIR – buscam desnaturalizar a relação habitual entre o sujeito e a cidade, ativando a sensibilidade perceptiva de quem habita e se desloca na metrópole. Embora opostas no seu sentido físico espacial, se assemelham quanto ao tensionamento tempo-espacial por elas gerado.
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DESLOCAMENTO ESPACIAL Suspender/imergir como ação que tenciona o posicionamento do indivíduo em relação à superfície da cidade. A inserção de uma horizontal na topografia é capaz de criar situações não habituais: estar fora ou estar dentro presume a alteração da própria noção de horizonte, como céu ou terra.
DESLOCAMENTO TEMPORAL Suspender/imergir também como um deslocamento temporal, que rompe a aceleração dos fluxos na metrópole e csugere outra temporalidade nos atos de ESTAR, VER E PERCORRER. O desacelerar como capacidade de resgatar a relação do sujeito que habita, de fato, a cidade.
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INHAPUAMBUÇU: campo arredondado alto e grande; local de onde se vê ao longe.
[ LUGAR ]
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SP: vista da várzea do Tamanduateí (725 m) a partir do nível (748m)
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O “centro velho” de São Paulo, atual distrito da Sé, está situado no topo de um morro que divide o vale do Anhangabaú e a várzea do Tamanduateí. Historicamente ocupado por tribos indígenas, a área denominada “Inhapuambuçu”, possuía características adequadas para a implantação de uma missão jesuíta na região, em 1575. A primeira construção erguida no topo deste morro, que abrigava a princípio uma casa e um colégio, é o marco da fundação de uma pequena vila que em alguns séculos se transformaria na grande metrópole brasileira, São Paulo. Se historicamente esta área foi escolhida para iniciar a ocupação do território, é devido às suas condições geográficas particulares: a boa visualidade do território e a proximidade de cursos de água, a várzea do rio Tamanduateí.
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Páteo do Colégio, 1816.
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A área de topografia acidentada que configura o espaço entre o topo do morro e a várzea - atual região do Parque Dom Pedro impressiona hoje como um vazio urbano no centro da cidade, que permaneceu intacto ao longo do processo de transformação urbana, como aquilo que sobrou na ocupação do território. Este espaço, como interstício, é visto aqui como potência para a arquitetura.
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DINÂMICAS DO PRESENTE O centro como transbordo
Do ponto de vista da mobilidade urbana, o centro de São Paulo é o grande entroncamento de sistemas de transporte público na cidade: cruzamento de linhas e grandes estações do metro, terminais de onibus urbanos além de ponto final de diversas linhas sentido bairro - centro, sendo local passagem de milhares de usuários diariamente. O terminal Parque Dom Pedro, projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha e MMBB, construído nos anos 90 para suportar quantidade crescente de linhas de ônibus sentido Zona Leste da cidade, registra hoje mais de 130.000 desembarques por dia. Porém a integração entre os diversos meios de transporte coletivo na região segue deficiente, exigindo transbordos a pé, gerando intensos fluxos de pedestres em torno e entre os terminais, estações e pontos finais, nos calçadões da área central. (CAMPOS, Candido M.; NAKANO, Kazuo; ROLNIK, Raquel).
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Ladeira General Carneiro, 2013
Ladeira General Carneiro, 1862:
Assim, “ a conjunção entre macro e micro acessibilidade do transporte coletivo e individual faz das ruas do centro de São Paulo um grande terminal de transbordo a céu aberto, que conecta fluxos de pedestres com os demais fluxos de transporte coletivo.” (ITIKARA, L.) Ladeira General Carneiro, 1914
“Um sítio vale pelo que é, e pelo que pode ou deseja ser - talvez coisas opostas, mas nunca sem relação” Álvaro Siza
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[ INTENÇÕES ] 47
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O projeto pretende propor percursos e permanências que qualifiquem o transbordo entre o Terminal Dom Pedro e a Estação Sé do metro, através das ações projetuais – SUSPENDER e IMERGIR – como forma de inserção na topografia da cidade. Além disso, analisa também elementos e dinâmicas específicas que se dão no entorno imediato da área de projeto, estabelecendo intenções que pretendem balizar a intervenção proposta.
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VISUALIDADE GEOGRÁFICA O talude como mirante
O conjunto edificado do pátio do colégio, juntamente com o talude adjacente a ele, são tombados desde 1988 com o intuito de preservar seu “riquíssimo caráter histórico, bem como o amplo panorama que de lá se descortina” (trecho do decreto municipal 23.818, 09/09/1988). Porém, embora preservado, o talude hoje é desqualificado como mirante urbano, sendo completamente cercado por gradis que impedem o acesso a área. A intenção é potencializar este espaço e reconfigurar a sua relação com a cidade também no campo visual. O “local de onde se vê ao longe”, na denominação indígena, mirante natural fruto da topografia de morros, vales e várzeas poderá ser um momento de permanência para se observar a metrópole.
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Visual da Várzea do Tamanduateí, a partir do platô do Colégio
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PÁTIO DO COLÉGIO Uma suspensão temporal
O interior do “Páteo do Collegio” (atual Museu Anchieta) é caracterizado como um espaço de permanência, uma pequena suspensão temporal em meio à dinâmica de fluxos exacerbada do centro de São Paulo. Além disso, possui um espaço subterrâneo relevante, a Cripta Tibiriçá, construída em 1757, que serve hoje de espaço expositivo do museu, com o qual o projeto pode estabelecer relação, expandindo seus limites e possibilidades de relação com a cidade.
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Cripta Tibiriçá, construída em 1757.
VEGETAÇÃO
O talude com desnível de 21 metros, possui diversos tipos de vegetação em sua superfície, variando entre zonas gramadas, arbustos, árvores de pequeno porte até massas arbóreas mais densas, com árvores de cerca 12 metros de altura. Nesse sentido, o projeto propõe limites na área de intervenção de forma a preservar a vegetação mais consolidada. No restante também tem como diretriz a concentração das áreas construídas nas zonas de vegetação menos densa.
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DINÂMICAS: ACESSOS
O fluxo pedestre atual tem como gargalo regiões de área livre, como as praças Fernando Costa (nível 726m), Manuel da Nóbrega (nível 746m) e Praça da Sé (nível 750m). Pretende-se que o acesso ao projeto ocorra neste locais, que se tornariam “pontos de absorção”.
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PRAÇA FERNANDO COSTA
PRAÇA MANUEL DE NÓBREGA
PRAÇA DA SÉ
REMODELAÇÃO PRAÇA
O intenso fluxo pedestre gera, por consequência, uma das principais características da região hoje: os trabalhadores informais - camelôs - ao longo dos percursos de transbordo. Atualmente, a praça Fernando Costa, adjacente à saída do Terminal Dom Pedro e Expresso Mercado, concentra este tipo de atividade, possuindo inclusive estruturas fixas para este comércio. Da forma está implantado hoje, essas estruturas configuram uma “barreira física” para o pedestre que vai do Terminal em direção à Ladeira General Carneiro, já que é necessário passar por estreitos corredores formados, ou então desviar o trajeto. Nesse sentido, seria possível pensar uma remodelação para a praça, para comportar de forma mais adequada o volume de pessoas que passa por ali diariamente, além do comércio já existente na área.
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"A arquitetura já não se apresenta como uma entidade vertical e ativa, construída sobre uma superfície plana do solo, horizontal e passiva. Aqui o solo se converte em superfície ativa, um plano construído do qual a arquitetura emerge como figura improvável e flutuante." (A reformulação do solo; FOREIN OFFICE ARCHITECTS)
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[ PROPOSTA ] [ INTENÇÕES ]
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O interstício entendido como o espaço “entre” no ambiente urbano, caracterizase como vazio, seja ele indefinido ou residual, podendo ser espaço potencial para a arquitetura. O projeto que simplesmente ocupa o “entre” com formas e programas convencionais ou pré-estabelecidos não explora de fato toda sua potencialidade. Um espaço não convencional sugere maior grau de liberdade na proposição formal da arquitetura, bem como no uso e dinâmicas pensadas para esta.
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O projeto propõe a criação de percursos, pensados como inserções na topografia. O solo é visto aqui como um “espaço negativo”, sem fronteiras definidas: seu único limite é a própria superfície, como uma linha que relaciona o dentro com o fora.
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Estes percursos, como distensão do próprio tecido urbano, permitem uma maior capilaridade para os fluxos observados na área, permitindo que este espaço seja parte integrante das dinâmicas do lugar, e ao mesmo tempo traga outros tipos de relação do sujeito com a cidade. A circulação pensada toda em rampas, seccionadas em angulações, cria naturalmente uma desaceleração no ato de percorrer. O percurso deixa de ser somente funcional, sendo entendido como um espaço/tempo de se ver a paisagem. Ao longo do projeto, existe momentos em que este percurso se alarga, indicando a possibilidade para que aconteça algum tipo de atividade: espaço para troca de livros (“biblioteca comunitária”), espaço de leitura, mirante, espaço expositivo, além de espaços de apoio como bicicletário, banheiros e um café. A cada espaço, o projeto cria aberturas que possibilitam enquadramentos intencionais para a cidade.
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IMPLANTAÇÃO
74CORTE AA
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TRECHO PLANO
TRECHO INCLINADO
PodePode-se, para fins de compreensão, dividir o percurso em dois trech trechos. Um trecho plano, que percorre horizontalmente o talude na co cota 744, conecta a Ladeira General Carneiro com a Cripta e um mi mirante, em 180 metros de extensão. Outro, inclinado, vence o desní desnível entre as cotas 727 (Praça Fernando Costa) e 750 (Praça da Sé Sé) em um sistema de rampas e platôs, com 430 metros de exten extensão.
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TRECHO PLANO LADEIRA
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CRIPTA
NÍVEL 744
80
CORTE BB
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CORTE CC83
84
CORTE DD85
TRECHO INCLINADO SÉ
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TERMINAL
NÍVEL 750
98
CORTE EE
102
NÍVEL 740
CORTE FF
NÍVEL 736
CORTE GG
NÍVEL 733
CORTE HH
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NÍVEL 727
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O projeto é pensado em estrutura metálica, em um sistema de pórticos. Os vãos fixos de 5 x 7 metros nas áreas regulares, sofrem variações nas áreas de platôs, onde o vão chega a 12 metros e a estrutura fica em balanço. As vigas de alma vazada possibilitam a passagem de redes e instalações nos seus vazios, bem como os dutos do sistema de ventilação mecânico por pressão positiva.
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O tipo de fechamento varia entre chapas de aço patinável, vidro e pedra dos muros de gabião. Estes últimos, trabalhados em tonalidade clara e escura, servem também de estrutura de contenção do solo, nas regiões em que o terreno é cortado. Nas áreas em que o persurso totalmente “imerso” o método construtivo seria do tipo NATM, o “túnel mineiro”, em que a escavação do solo é simultânea a colocação da estrutura.
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[ BIBLIOGRAFIA ] 125
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BUCCI, Ângelo. Razões de Arquitetura. São Paulo: Romano Guerra Editora, 2010. CAMPOS, Candido M.; NAKANO, Kazuo; ROLNIK, Raquel. Dinâmicas dos subespaços da área central de São Paulo. In: Caminhos para o centro: estratégias de desenvolvimento para região central de São Paulo. São Paulo, 2004. DANTAS, Carlos Felipe Albuquerque. Álvaro Siza e Rem Koolhaas: a transformação do ‘lugar’ na arquitetura contemporânea. São Paulo: Annablume; Brasília: FAC, 2011. FERRARA, Lucrécia d’Aléssio. Ver a Cidade: cidade, imagem, leitura. São Paulo: Nobel, 1998. FERRARA, Lucrécia d’Aléssio. Os significados urbanos. São Paulo: EDUSP, 2002. ITIKAWA, Luciana Fukimoto. Trabalho informal nos espaços públicos no centro de São Paulo: pensando parâmetros para políticas públicas. 2006. Tese Doutorado em Estruturas Ambientais - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2006. LEVRAT, Frédéric. Uma segunda natureza. Lisboa: Blau, 1991. Plano Urbanístico Parque Dom Pedro. SP Urbanismo, 2011. PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens Urbanas. São Paulo: Editora Senac, 1996 SERAPIÃO, Fernando. Centro Cultural São Paulo. São Paulo: Monolito, 2012. SOLÀ-MORALES, Ignasi. Territorios. Barcelona: editorial Gustavo Gilli, 2002. TEIXEIRA, Carlos M. [ENTRE]. Belo Horizonte: Instituto Cidade Criativas - ICC, 2010.
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