Vielas, Palavras

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Vielas, Palavras Encontro de Escritas 1ªedição

São Bernardo do Campo Lamparina Luminosa 2010


Vielas, Palavras: Encontro de Escritas São Bernardo do Campo: Lamparina Luminosa, 2010 ISBN 978-85-64107-00-7 1.Poesia Brasileira. 1. Titulo. CDD: B869.1

Esta obra é publicada digitalmente no blog: editoralivrepopularartesanal.blogspot.com

As licenças deste livro permitem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que sejam para fins não comerciais, que dêem créditos devidos aos autores de cada texto e a editora Lamparina Luminosa, e que as obras derivadas sejam distribuídas somente sob uma licença idêntica à que governa esta.


Vielas, Palavras Encontro de Escritas

Coordenação editorial: Christian Piana Organização dos textos: Nadia Costa, Ana Luiza Caetano Organização da atividade Encontro de Escritas: Núcleo Ausência em Cena Projeto gráfico e ilustrações: Roberta Tinelli Fotografias: Nadia Costa Revisão dos textos: Lílian Akemi


Prefรกcio


Núcleo Ausência em Cena Outubro de 2010

No dia 14 de Agosto de 2010, aconteceu em São Bernardo do Campo o primeiro “Encontro de Escritas”, iniciativa que nasceu da parceria entre a Editora Lamparina Luminosa, que tinha a necessidade de uma primeira publicação que dialogasse com a região que está situada, e o Núcleo Ausência em Cena, que trabalha, entre outros elementos, a relação entre o teatro e a literatura. Convidamos pessoas da cidade que possuíam o interesse pela escrita, com o desafio de criar, em um só dia, o conteúdo de um livro coletivo, a partir do olhar e da criação de cada pessoa. O encontro aconteceu em três etapas principais: Na primeira, convidamos os participantes a uma sensibilização em local fechado. Foram propostos alguns exercícios simples, que trabalhavam a escuta, o tato, a observação atenta. As impressões individuais aos poucos foram se transformando em fala, palavras soltas, histórias e sons diversos. Num segundo momento, conduzimos os participantes a uma caminhada pelo bairro Jardim Silvina, para uma experiência concreta que serviria de inspiração para todo o trabalho. Sempre com papel e caneta na mão, esbarramos de perto com os mais diversos estímulos, trazidos pelo espaço e pelos habitantes do bairro. Fizemos paradas estratégicas, que chamamos de “Estações”. Em cada Estação, a escrita era proposta de uma maneira diferente, a partir de um dos sentidos, de uma fotografia, do outro etc. Ao mesmo tempo, a escrita, a parada e as conversas poderiam acontecer também em qualquer outro momento, conforme a vontade dos participantes. Por fim, voltamos à editora, com o objetivo de trabalhar e editar tudo o que foi escrito. A indicação era de que cada pessoa teria que condensar seu trabalho em textos curtos, numa espécie de fotografia textual. Ao ler e ouvir o que cada um selecionou, sentimos que esse primeiro “Encontro de Escritas” foi realmente uma experiência valiosa, que modificou e surpreendeu de alguma maneira todas as pessoas presentes. Pudemos ver de perto a transformação da matéria concreta, da vida cotidiana em versos, parágrafos, literatura... em arte!


Introdução


Tarso de Melo Setembro de 2010

Os autores aqui reunidos, como fotógrafos que esqueceram a câmara em casa e têm que se socorrer de papel e caneta para registrar suas “fotografias textuais”, colocam diante dos olhos do leitor falas, cenas, objetos, hábitos, as mais diversas evidências que recolheram durante uma expedição literária pelo Jd. Silvina, em São Bernardo do Campo. Se então foram conduzidos pela turma do Ausência em Cena, agora são eles que assumem a função de conduzir muito mais gente, por extenso, para dentro da experiência coletiva riquíssima que realizaram. Quem passear pelas páginas deste livro será levado por Cintia Machado dos Santos para encontrar versos entre “entulhos e roupas no chão”, para ver como o “canto do galo” dá a vez ao “anúncio da granja”, enquanto a vida do trabalhador sobe e desce mecanicamente o morro. Aprenderá com Marcelo Canhoto como se passa da “madame” à “cumadi”, da “donzela” à “cachorra”. Com Márcia Torcatto, flagrará o abismo que se abre nos telhados, os sons que abraçam o bairro. Com Rogério Cabeça, investigará os “resquícios de vida” nos labirintos da arquitetura de sobrevivência e, com sorte, tomará uma benção no bar do Jardim Silvina. Continuando a travessia, o leitor será conduzido pelo lirismode Andréia Coutinho, cheio de “lama, cama, drama”, e Liliane Pinatti, “pé ante pé” entre cheiros, escadas, panturrilhas, nas mesmas subidas e descidas pelas quais passeia a poesia de Solange Rossignoli, nas mesmas geografias flagradas por Nádia Costa – nas ruas, nas casas, nas almas. Também poderá se perder pelas vielas e pelos cabelos do texto de Elisabete Rodrigues Limeira, espécie de drama estético (ou melhor: cosmético!), ou descobrir, com Darmira Oliveira Lourenço, que há um “também sei revoltar” latente sob a sobrevivência “calma e tranquila”. E, por fim, se deparará com os participantes incidentais da expedição literária, Luan e Alessandra: ambos com 11 anos, ambos começando seus textos com “Eu quero”, para não deixar dúvida de como veem a realidade que os cerca. Essa poesia disposta a conversar e aprender com o cotidiano, com as margens da cidade e da linguagem, resulta num retrato dinâmico, vivo, imperfeito como imperfeita é a vida retratada, mas justamente por isso potente, mais potente do


que as habituais estetizações da periferia que a TV e o cinema entregam. Como dizia um outro poeta que sabia bem como extrair poesia do cotidiano, a matéria aqui é “o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”, surpreendida por dentro, no corpo a corpo, como uma forma de fazer a cidade dar seus recados, seus segredos, negando a monotonia da vida que corre entre um e outro atraso, maquinal e ruidosa. Este Encontro de escritas é encontro do leitor com o outro e com si mesmo. É encontro no coração do desencontro: de escritas, mas também de existências. Por escrito, para nossa sorte.


Conduzir o olhar do outro 1ª estação


Jardim Silvina Mastruz que nasce das sobras Entulhos e roupas no chão Ao longe uma estrada sem curvas Com o destino à ilusão Cintia Machado dos Santos


A Tia de Tonho Silvina, eu gostaria, gostaria muito de te chamar de Senhora, Senhorita, Madame, Mademoiselle, quem sabe até de Princesa, donzela, Moça-menina. Mas o legado que recebeste do melhor lugar do mundo, é: Dona, Fia, Cachorra, Lora, Cumadi, Mulé, Nega, Vadia... Marcelo Canhoto


Amontoado Do ponto onde estou, se saltar, em qual porta baterei? Por qual janela entrarei? É assim que parece: da janela posso cair num telhado e, ao tentar subir, de repente, entrar pela porta de alguém. Pular para o abismo e, ao invés, cair num sofá com meu amor e ao rolar, ir parar numa casinha de cachorro ou pendurada no varal de algum vizinho. Márcia Torcatto


Barranco Dizem que o mundo se acaba em barranco, tudo o que vejo é barro, barranco, cimento, tijolo subindo as ladeiras do sem fim, labirintos de becos, resquícios de vida no esconderijo de dormir, “Perigo Defesa Civil” Rogério Cabeça


Travessia Pé ante pé panturrilhas firmes parada para o pulmão um bom lugar para mira o chão Liliane Pinatti


Subida, descida Boneca, Infância, ruas, bairro, bolas, sabão, igrejas, bares, becos, com gente, sem gente, poluição, olhos, cansados, escadão, sons. Solange Rossignoli


Poesia. Ai meu Deus! Assembléia de Deus, verdade da cruz Pentecostal unção divina, nova aliança Templos imponentes, pastores impotentes Gayscenter x salão Deus é fiel De resto só bar pra se tomar a benção. Rogério Cabeça


Cabelo Finalmente! Kelly há meses queria sair com Michael e de manhã ele a convidou para irem ao forró. Voou para casa e ligou para marcar a escova. - “Desgraça”, nenhum salão, nem o Feio tinham mais hora vaga. Unha, depilação fazia em casa, mas a escova era impossível sozinha. - “ Minha vida acabou! Não posso ir assim e, se eu não for, a fácil da Luara vai atacá-lo!” Jogou - se na cama, inconsolável. Através do mar dos olhos, viu a faixa colorida da roupa da mãe. “ É isso!” Nove horas, a campainha. “ Noossa! Seu cabelo tá lindo amarrado assim!” Elisabete Rodrigues Limeira


Fotografia 2ª estação


Encontro Rebentos arautos da esperança Descem das nuvens De tijolos cinzas Curisos e sequiosos Em extinguir a pobreza Rogério Cabeça


Gambiarra, Ordem e Norberto AGLOMERADO, PREGO TORTO, BARABANTE FROUXO, ARAME FARPADO, ALICATE EMPRESTADO, CHICLETE MASCADO, LICENCIATURA, BACHAREL, PÓS-GRADUADO, MBA, DOUTORADO, PHD, DOUTORADO, MBA, PÓS-GRADUADO, BACHAREL, LICENCIATURA, CHICLETE MASCADO, ALICATE EMPRESTADO, ARAME FARPADO, BARBANTE FROUXO, PREGO TORTO, AGLOMERADO.

Marcelo Canhoto


Natureza, esgoto, flores moradia Sobrevivência. Darmira Oliveira Lourenço


Eu quero: Três galinhas vivas por $9,99 Só não sei o que fazer com elas... Solange Rossignoli


A minha casa é uma rua Começa com uma escada Dentro tem uma avenida E o quintal é a casa do vizinho Nádia Costa


O Vôo Moro lá, bem no alto, na casa com cata vento vermeio. Minha parede também é a do vizinho, juntado. Tem silêncio não... Gosto de flô, queria ter jardim, mas quintal é a rua. Na granja, galinha espera o carrasco, muita dó. Queria soltá pipa, mas o Justino soltou e caiu da laje e agora pai num deixa. Tem dia que sufoco, dói o peito. Quando desconsolo, faço bolha de sabão. Aí, avôo junto. Pai do céu, me vês assim, passarinho? E Justino? Avoou pro teu lado? Elisabete Rodrigues Limeira


3 galinhas por $ 9,99 Um garoto sem pai, sem dinheiro, sem amor, sem verdades... Um pequeno que amava acordar com o canto do galo e que hoje acorda com o anuncio de canja para o almoรงo. Cintia Machado dos Santos


Arquitetos da vida Bares, sons, música alta, troféu do az de ouro, couve-flor 1 real, barraco 19 caindo aos pedaços, palafitas se protegendo do ar, prédios de móveis despencam sobre a garagem improvisada do fusca verde nessa arquitetura de sobrevivência Rogério Cabeça


Sentidos

3ª estação


Ameixeira na parede tenta fixar põe seu fruto nos braços Acústico e lixo vão tentando derrubar Nesta terra que deu sangue Os frutos que vão cuidar. Darmira Oliveira Lourenço


Cheiro de pรฃo Barulho de รกgua Como sonho Desรงo e subo escada Nรกdia Costa


Sinto Lama, cama, drama... Segue o farol A gente canta, disfarça, ama e se engana. Sinto o frio... Do arrepio, do vento, do tempo, do lamento Mas a esperança, supera, integra e renova Andréia Coutinho


Viela Prá baixo, todo santo ajuda, mas sempre tem a volta. Pernas pesadas depois do trabalho. Passagem das Margaridas, encontro Vó Inês, tá doente. Dou uma bala, adoça a vida. Além, Seu Firmino pede ajuda, dor nos joelhos. Passagem Saturno, ninguém. Da Esperança, lá vem Zefa, me abraça, tá esperando menino, é o sexto. Peço água. Eita ladeira braba! No bar do Zé, gritaria do truco, haja ouvido. Passagem do Céu, a última, a minha, caras sujas e sorridentes me esperam, prêmio pela subida de uma mãe cansada. Elisabete Rodrigues Limeira


Convite cheiro de p達o quente. Liliane Pinatti


Em meio ao barulho d’água, forró no bar, conversas, jogo de truco, o homem berrando ao celular, mais outra música, de repente escuto: o glub, glub suave do detergente enchendo a garrafa vazia de guaraná convenção. Escute! Márcia Torcatto


Olhar periférico 4ª estação


Boneca de olhar frio Hoje, saindo de mim, da infância de boneca careca de olhar frio, vou às ruas do bairro e me deparo com bolas de sabão. Vejo homens trabalhando, becos com gente, um descer, descer subir, subir, igrejas e bares, casas em construção, tudo isso misturado a poluição de sons. Já meio cansada, descanso meus olhos nos degraus do escadão Solange Rossignoli


Zíper Feito zíper, escadas juntam casas, quintais pessoas. Feito zíper. Márcia Torcatto


Trabalhador Morro Desce Morro Sobe Morro Corre Hora certa Lotação Cintia Machado dos Santos


Beco A escada na casa a casa na escada a escada-quintal quintal de passagem. Liliane Pinatti


Quadrados Quadrados, quadrados e mais quadrados Quadrados que fazem barulho Quadrados que sobem e descem Quadrados limitam-me. Nรกdia Costa


Lugar não importa preciso sobreviver Entre ruas pistas casas barracos e mansões Também na formação faço tudo precisam me respeitar Sou calma e tranquila também sei revoltar O futuro sou eu não adianta sufocar. Darmira Oliveira Lourenço


Sub-produto do Meio No luxo da Serra Leoa brasileira, um corpo tombado no pĂŠ da ladeira. No lixo perifĂŠrico um estilo hip-hop caribenho, mameluco, sertanejo americano, desfilando no carro do ano. Um povo sem identidade, sangrando por um bom prato, nivelando tudo por baixo, se acotovelando a esmo. Marcelo Canhoto


Encontro com a surpresa No início da nossa caminhada pela Av. Padre Léo, enquanto o pessoal ia a frente eu me detive a olhar para o campo do pica-pau e suas dezena de muleques esfarrapados correndo atrás da bola, enquanto eu assistia a pelada fui questionado por três pequenos sobre o que fazíamos ali com máquinas fotográficas, caneta e papel. Expliquei a situação (encontro de escritas, que iríamos escrever sobre o bairro, as moradias , pessoas, etc). Então perguntaram se podiam participar e após minha afirmativa sacaram seus cadernos e canetas e fizeram seus relatos. Rogério Cabeça


Eu quero que mude a rua, tire os barrancos e tire um pouco de mato. Eu também quero que acabe o lixo que estiver na rua e colocar na caçamba de lixo ou entulho. Luan C. 11 anos Eu quero que mude essa cidade, para nós termos um ambiente melhor e uma cidade linda, e que as pessoas ajudem a cuidar do ambiente. Nós também não podemos jogar lixos nas ruas, se não vai poluir o ar. Alessandra C.R. 11 anos


Posfรกcio


A METÁFORA ESGARÇADA Julio Mendonça

Nas quebradas, nas vielas, nas bordas de São Bernardo, pessoas da comunidade começam a construir uma editora popular, artesanal e livre (por que livre? talvez porque popular), um veículo para a descoberta, a criação e o compartilhamento de experiências próprias que, provavelmente, não trafegariam pelas avenidas centrais das editoras comerciais. Este primeiro livro da editora Lamparina Luminosa cumpre a sua principal missão que é a de abrir espaço para que a poesia local fale por si mesma, a partir do centro luminoso do seu deslocamento. Para uma editora que começa suas atividades publicando e, também, realizando ações de formação voltadas para a comunidade, é coerente que seu primeiro livro nasça da confluência de alguns/ algumas jovens poetas e escritores/escritoras também egressos de atividades de formação. A começar pelo grupo Ausência em Cena, que surgiu a partir de oficinas realizadas na Câmara de Cultura, no centro de São Bernardo, como um resultado de uma política pública de cultura. Também foi uma ação de política pública que possibilitou a criação da Lamparina Luminosa: o projeto da editora foi contemplado num edital de pontos de cultura. Mas havia, também, o desejo das pessoas de aprender a fazer, escrever, criar. Como escreveu Célio Turino no seu livro Ponto de Cultura: o Brasil de baixo para cima, o Ponto de Cultura é um “espaço de mediação na relação entre Estado e sociedade”. Promover o encontro entre os desejos de criação e expressão da sociedade e as condições materiais para realizá-los. Essa mediação é sempre desproporcional, assimétrica. Não tenhamos ilusões. As necessidades de expressão da comunidade são diversas, suas condições materiais de manifestação às vezes demandam outros meios de comunicação. Por isso, a editora se propõe a utilizar outras mídias além do texto impresso. Este primeiro livro é, já, uma primeira iniciativa com esse caráter multimídia. Vamos continuar trabalhando para ocupar espaços, vielas, talvez avenidas. Pronto, retomei a metáfora geradora presente no título do livro e no início deste texto: vielas, palavras, avenidas, o espaço urbano e o espaço de mediação social


etc. Temos, aqui, poetas reunidos que sabem bem se valer dos gigabytes de síntese das metáforas. Mas as metáforas são perigosas, também. O primeiro perigo é nos acomodarmos com a destreza acrobática dos seus saltos. Tomemos, justamente, a metáfora do “tecido social” como exemplo. Ela está presente como subtexto do título do livro: as vielas como caminhos vicinais no texto/tecido cultural. Está igualmente presente na ideia e no nome do programa, Pontos de Cultura, a metáfora dos pontos na complexa rede cultural da sociedade brasileira. Acredito que haja uma identidade nos objetivos da editora e no programa Pontos de Cultura: ambos optaram por uma metodologia participativa, não-dirigida, sendo o agente sociocultural (no caso da editora, o próprio conselho editorial eleito e os demais participantes) um mediador e facilitador. Também sabemos que não é fácil manter a coerência com essa metodologia. Mas seguimos nos fiando no poder aglutinador dessas metáforas. Ouvimos tantas e tantas vezes à nossa volta e nos meios de comunicação o diagnóstico de que as desigualdades sociais colocam muitos diante da falta de perspectivas, da violência e do “esgarçamento do tecido social”. E acreditamos que ações como esta – comunitária, participativa – contribuem para recompor esse tecido social. Mas tratar o assunto dessa maneira não simplifica demais o problema? O tecido social (mesmo considerando que seja possível “recompô-lo”) não é muito menos homogêneo do que a metáfora dá a entender? O desafio de todos nós que nos envolvemos numa empreitada com esses objetivos e com essa metodologia é assumi-los para além dos conceitos prontos para usar, repensando e repactuando, frequentemente, seus objetivos e métodos. Numa época como esta, condenada à crítica, é preciso esgarçar as metáforas para nos lembrarmos do que são feitas e para olharmos novamente para a realidade.


Ponto de Cultura Editora Livre Popular Artesanal Realização:

Patrocínio:


Informações: Lamparina Luminosa 0055 11 41270866 0055 11 85319222 lamparinaluminosa@yahoo.com.br k.piana@gmail.com editoralivrepopularartesanal.blogspot.com O miolo deste livro foi impresso por: Gráfica Nova Opção Rede de Economia Solidária e Alternativa do ABC 0055 11 4339 6029 www.graficanovaopcao.com.br



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