Nº 2 2010 JUNHO
Himbe B o l e t i m Informativo B i m e n s a l
interiores EM ANCUABE:
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Comunidades ajudam a erguer infraestruturas
COMUNIDADE EM ACÇÃO
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Fundação Cear satisfeita com as actividades da FDC
FLASH
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FDC tem novo Director de Programas
NÃO SE PODE VACINAR POR VACINAR PÁGINA
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EDITORIAL
Não se pode vacinar por vacinar A
s vacinas constituem um dos meios mais eficazes e seguros de protecção contra certas doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade de surgir alguma doença. Além da protecção pessoal, a vacina traz também benefícios para toda a comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada, aumenta a probabilidade de interromper-se a transmissão da doença. Contudo, é preciso que se assegure uma vacinação de qualidade, o que pressupõe que a mesma seja correctamente transportada, armazenada e administrada. Daí que não se pode vacinar por vacinar, é preciso melhorar a conservação das vacinas, capacitar o pessoal afecto ao programa de vacinação, garantir a regularidade do fornecimento do “stock”, assegurar um registo eficaz dos dados estatísticos, entre outras medidas. Estas são algumas acções que em coordenação com vários parceiros, a FDC desenvolveu na Província de Cabo Delgado e em Nampula, onde os níveis de cobertura de crianças completamente vacinadas atingiram os 80%. Em 2009 a FDC administrou mais de um milhão de doses de vacinas a crianças e mulheres grávidas, para além de distribuir cerca de mil e quinhentas botijas de gás para geleiras, para ajudar na conservação das vacinas. Face ao sucesso alcançado nestas províncias, o Programa de Apoio à Vacinação (PAV) vai neste ano renovar a esperança de um futuro risonho para as mamãs e crianças na Província da Zambézia, que até ao momento apresenta a taxa de mortalidade infantil mais elevada do país; 205 por mil nascimentos. Não é possível falarmos do desenvolvimento comunitário excluindo a componente de saúde. Por isso, esta acção continua sendo uma das nossas prioridades. Fazemos isso porque a pessoa humana é o centro das nossas intervenções, ou seja, é a luz que ilumina o caminho do nosso trabalho. Ácia Sales
SAÚDE
Himbe
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FDC regista avanços no apoio ao Sector da Saúde O acesso aos cuidados básicos de saúde em Moçambique ainda não apresenta um cenário animador, pois, dados do Ministério da Saúde (MISAU), estimam que 50% da população ainda vive a mais de 20 quilómetros da mais próxima unidade sanitária. Este cenário tornase dramático sobretudo para os grupos mais vulneráveis, no caso, mulheres grávidas, crianças e idosos. Quando assim acontece, ninguém pode mostrar-se alheio, pois, saúde, é um bem e direito de todos. É por isso que esta foi, é e, continuará sendo, uma prioridade para a FDC.
Assim, no quadro de acções com vista a facilitar o acesso aos serviços básicos, a organização contribuiu directamente para que fossem administradas 1.060.654 doses de vacinas a crianças e mulheres grávidas e distribuiu 1.418 botijas de gás para geleiras de modo a assegurar a melhor conservação das vacinas em todos os distritos da Província de Nampula. Estas acções, decorreram no âmbito do Programa de Apoio à Vacinação (PAV) que nos últimos anos a organização esteve a implementar em Cabo Delgado e Nampula. Ainda no rol das actividades desenvolvidas, destacase a construção de raiz de um Centro de Saúde Tipo 2, no Distrito de Matutuine, Província de Maputo, que inclui serviços de maternidade. Neste ponto do país, os membros das comunidades beneficiárias afirmaram que chegavam a percorrer cerca de 20 Km para ter acesso ao centro de saúde mais próximo. Ao nível das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane foram assistidas 25.591 Crianças Órfãs e Vulneráveis (COVs). Segundo Joana Homo, enfermeira responsável pela área de COV´s “a assistência consistiu na facilitação no acesso aos serviços sociais básicos, tais como à educação, saúde, nutrição, registo, habitação condigna e apoio psicossocial”. As campanhas de prevenção do HIV/SIDA atingiram 511.771 jovens estudantes em 96 escolas. Foram assistidas 15.899 pessoas seropositivas, sendo 60% mulheres, o que demonstra uma tendência cada vez maior deste grupo em procurar os serviços de apoio visando minimizar o seu sofrimento. Importa ainda referir que no plano das acções de prevenção ao HIV/SIDA nas mulheres, houve também o seguimento de ensaios
clínicos envolvendo 320 mulheres com vista a apurar a eficácia do gel denominado microbicidas. Para Jacinto Uqueio, Director de Programas, “estas acções são desenvolvidas porque a FDC tem parceiros que partilham da visão segundo a qual a saúde não é uma meta, mas sim um direito, cujo o acesso não deve ser limitado. Entre os vários parceiros da FDC na área da saúde, vale a pena destacar o MISAU, USAID, HUNTER FOUNDATION e Embaixada da Holanda, que sempre nos têm apoiado para tornarmos a saúde de facto um direito para todos”. Uqueio faz questão de deixar claro que, para o presente ano há mais. Com o compromisso assumido pela Embaixada da Noruega para financiar em 2.3 milhões de dólares o Programa de Apoio a Vacinação, a FDC vai renovar a esperança de um futuro risonho para as mamãs e crianças na Província da Zambézia, onde os indicadores de vacinação são os mais baixos do país. Mais ainda, Uqueio avança que “com financiamento do Fundo Global esperamos iniciar uma intervenção a larga escala no combate à malária e ao HIV/SIDA. No Posto Administrativo de Mesa, Distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado, iniciámos a construção de três casas mãe-espera, local junto da unidade sanitária, onde as mulheres grávidas vão poder aguardar para o parto. Com estas casas vamos certamente contribuir para que se realizem naquele distrito partos mais seguros para as mães e seus bebes”. É a soma dos resultados destas acções que dão sentido à vida mesmo em lugares onde a esperança parece não existir.
Equipamentos antes da intervenção da FDC
Equipamentos depois da intervenção da FDC
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COMUNIDADE EM ACÇÃO
EM ANCUABE
Comunidades ajudam a erguer infraestruturas
FDC minimiza o sofrimento de uma estudante portadora de deficiência física
O exemplo que chega do posto Administrativo de Mesa, Distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado, reveste-se de suma importância, pois demonstra que as comunidades não só identificam necessidades, mas que quando sensibilizadas, elas tornam-se parte das soluções. A participação das comunidades locais na construção de infraestruturas de saúde (Casas Mãe Espera), económicas (aviário) e de um Centro Comunitário de Recursos no Posto Administrativo de Mesa, para além de contribuir na redução dos custos, confere maior sustentabilidade aos empreendimentos, na medida em que, tendo elas a dimensão das dificuldades para as erguer, por um lado, e o sentimento de pertença, por outro, pode despertar o interesse para maiores e melhores cuidados. Nestas obras, que a FDC, iniciou no presente ano, importa destacar a participação activa de mulheres que constituem a principal mão-de-obra e que serão as maiores beneficiárias das infraestruturas. “Após a capacitação da comunidade no uso da máquina para o fabrico dos blocos prensados, a comunidade conseguiu fabricar cerca de 20 mil blocos. Os líderes locais estão envolvidos no processo de mobilização para que a comunidade participe na construção das Casas de Mãe Espera” - Anabela Solomone, gestora do projecto. A construção dos impreedimentos é parte de um conjunto de actividades que a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) está a desenvolver no âmbito do Projecto Integrado de Desenvolvimento Rural de Ancuabe, financiado pela embaixada Norueguesa. O projecto tem como objectivo fortificar e desenvolver actividades e iniciativas locais para diminuir a pobreza em três áreas chaves: educação e alfabetização, saúde (incluindo saneamento, água e HIV/SIDA), e geração de riqueza, (segurança alimentar, nutrição e geração de renda).
Em Ancuabe as comunidades têm construído infraestruturas
A Celeste Alberto na sua nova cadeira de rodas
Face ao pedido formulado pelo Núcleo dos Estudantes da Escola Secundaria do Noroeste 1, na Cidade de Maputo, a FDC procedeu recentemente à entrega de um triciclo a Celeste Alberto, estudante da 9.ª classe. Numa cerimónia bastante concorrida, Joana Homo, enfermeira que liderou a equipa da FDC que se fez presente na escola, destacou o gesto dos colegas da Celeste, ao não se calarem face às dificuldades da colega. Segundo a mesma, muitas vezes estamos na comunidade e acompanhamos as dificuldades de pessoas à nossa volta e pensamos que não podemos fazer nada, mas felizmente este não foi o caso. Daí que recomendou aos estudantes para que procedam da mesma forma sempre, pois, na vida todo o gesto, mesmo que pareça ínfimo, pode minimizar o sofrimento do próximo ou mesmo transformar uma vida. Celeste, portadora de deficiência física de nascença, não escondeu a sua satisfação, tendo referido que o meio alocado iria ajudar na sua locomoção porque ela vive a mais de 10 kms da escola e tinha muitas dificuldades para se fazer presente às aulas a tempo, o que afectava sobremaneira o seu rendimento. A direcção da escola reconheceu e enalteceu este contributo da FDC .
Himbe
FLASHS
FDC tem novo Director de Programas
Trata-se do Engenheiro Jacinto Uqueio, formado em Agronomia, Uqueio é colaborador da organização desde 2007, tendo trabalhado inicialmente como gestor de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e mais tarde na área de Planificação, Monitoria, Avaliação e Reporting (PIMA). Tido como pessoa chave da Direcção da FDC, Uqueio já representou a FDC em várias iniciativas para além de, na ausência da antiga directora, ser quem regularmente respondia oficialmente pela Direcção. Em Dezembro de 2009, Jacinto Uqueio foi distinguido, por vias de voto secreto, como o melhor Coordenador de Equipa ao nível da FDC, daí que a sua indicação para a Direcção de Programa não seja encarada como novidade, mas sim como um reconhecimento pelo trabalho que tem vindo a desenvolver na organização. Esta nomeação ocorre numa altura em que está em curso na FDC um processo de reestruturação interna tendo em vista melhorar o nível dos serviços prestados à comunidade e a indicação de Uqueio, representa um passo importante para a flexibilização deste processo.
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COM A PRESENÇA DO SECRETÁRIO-GERAL
Fundação CEAR satisfeita com as actividades da FDC
Ramon Munagori, ao centro, durante a visita a Matatuine
Na sequência da visita efectuada em meados de Março, pelo Sr. Ramon Munagori Secretário-Geral da Fundação Cear (F. Cear), com objectivo de apresentar o novo Director Geral, Joaquim Herrero, e de inteirar-se das actividades desenvolvidas pela FDC, no âmbito da parceria com esta organização espanhola, estes manifestaram a sua satisfação com os resultados até aqui alcançados no Projecto Integrado de Matutuine. Após acompanharem atentamente a apresentação do relatório de actividades já desenvolvidas, Herrero, considerou que o projecto já marcou um grande passo com as actividades realizadas até o momento. Num encontro de cortesia com o administrador de Matutuine, os representantes máximos da organização espanhola receberam elogios do governante, que saudou a
parceria entre estas duas fundações e deu uma nota positiva às actividades realizadas. No campo, os visitantes inteiraram-se das obras de construção de furos de água, visitaram a escola e centro de saúde recentemente inaguradas, campos de multiplicação de culturas diversas, tais como abacaxi, amendoim, mandioca e hortícolas. Em todos os locais, os mesmos interagiram com as comunidades beneficiárias . A parceria entre a FDC e a F. Cear já dura há alguns anos, sendo que neste momento encontra-se em fase de arranque um novo convénio que prioriza o sector de saúde e fortalecimento institucional, das instituições governamentais e das associações comunitárias, sem descurar a continuidade das actividades em curso.
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GEL DE PROTECÇÃO CONTRA DTS
Estudo vai determinar abordangens de uso Teve início em Maio, um estudo para determinar a viabilidade para a realização de um ensaio clínico de um gel vaginal, de uso diário. Com a duração de 6 meses, o estudo envolve cerca de 90 mulheres, nas areas de saúde da Manhiça e de Mavalane, em Maputo e pretende recomendar abordagens apropriadas de avaliação da adesão das mulheres no uso de gel microbicida, em Moçambique. Para o mesmo, esta sendo usado o “Gel Placebo” ou seja gel inativo, que não contém nenhum microbicida. Cada mulher que participa do estudo recebeu um suplemento do gel para cerca de 12 semanas, que correspondente ao período do seguimento no estudo. O estudo esta a ser desenvolvido pela FDC em parceria com o Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM) e o Instituto Nacional de Saúde e conta com o financiamento da European Developing Countries Clinical Trials Partnership, Medical Research Council (MRC), International Paternship on Microbicides e pelo DFID. Para esta fase, contou também com o apoio da CORAND, uma organização americana, que disponibilizou o referido gel.
FLASH
And é m ar fora a arri ningue sca do!
Andar fora é maningue arriscado!
Abraçando o slogan “Andar fora é maningue arriscado” a FDC e seus parceiros, apresentaram durante os meses de Abril e Maio uma sequência de 5 “spots” abordando normas sociais e de género na perspectiva de promoção de atitudes mais equitativas que conduzem à redução dos riscos de contrair o HIV. Os “spots”, fazem parte de uma campanha que visa contribuir para redução da prevalência do HIV através da redução de parceiros múltiplos e concomitantes, aumentar a percepção de risco no que se refere às redes sexuais e influenciar a mudança das normas sociais e de género que alimentam e perpetuam o comportamento de risco. Para além da FDC, fazem parte da iniciativa a Jonns Hopikins, PSI e N´weti. A mesma é coordenada pelo
Esta edição contou com a parceria de:
Conselho Nacional do Combate ao Sida (CNCS) e conta com o apoio da USAID e UNICEF. De referir que estudos especializados revelam que em 2007, 42% dos homens moçambicanos estavam envolvidos em redes de múltiplos parceiros sexuais, sendo este fenómeno um dos impulsionadores do aumento de novas infecções pelo HIV. Actualmente, a taxa de infecção por HIV/Sida em Moçambique baixou um ponto, ou seja de 16 para 15%.
Para mais informações sobre a FDC:
www.fdc.org.mz e comunidadeactiva.blogspot.com 848164523
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HISTÓRIAS DE SUCESSO
Himbe
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Na primeira pessoa Nesta edição, decidimos partilhar consigo duas histórias, sendo uma da “Associação a Vida Começa Assim” e outra do Sr. João Alberto. Tanto na primeira, como na segunda, o denominador comum é que a intervenção da FDC teve lugar porque eles estavam determinados. O nosso pequeno gesto apenas serviu para ajudar a melhorar o que eles já sabiam e estavam a fazer. Mesmo a seu jeito, eles já haviam começado a vida. Produziam produtos diversos e comercializavam como podiam. A convicção de que um dia teriam resultados melhores nunca os fez desistir e, hoje, sorriem a conquista de terem atingido um novo estágio na cadeia de produção e de comercialização. A associação melhorou a qualidade e quantidade da sua produção, enquanto o Sr. Alberto simplesmente virou “patrão”.
A vida começa assim... Nós somos da “Associação a Vida Começa Assim”. Estamos em Chiúte, Posto Administrativo de Mesa, Distrito de Ancuabe. A nossa associação foi fundada no ano de 2007 e na altura esperávamos receber o financiamento dos 7 milhões, o que não chegou a acontecer. A nossa associação é composta por 13 membros, dos quais 9 são mulheres. Desde a formação nós produzíamos culturas da primeira época como algodão, mapira, milho, feijões e mandioca. Enquanto que, para a 2ª época, produzíamos pequenas quantidades de hortícolas nomeadamente repolho, tomate, cebola e couves. Não produzíamos em grandes quantidades porque enfrentávamos grandes dificuldades para termos acesso a sementes, material para rega e produtos para tratamento de plantas, para combate de pragas e doenças, para além da falta de técnicas melhoradas de produção. A FDC apoiou-nos em semente, enxadas catanas e regadores porque estes eram grandes constrangimentos na produção de hortícolas. Em todas as nossas actividades temos recebido desta organização a assistência técnica. Desde então as nossas actividades melhoraram muito. Todas as nossas culturas passaram a estar livres de pragas e doenças. Antes da FDC vendíamos a nossa produção de qualquer maneira carregando na cabeça e éramos chamados de “na repolho” tanto por crianças assim como por adultos. Hoje a FDC ajudou-nos a localizar os melhores compradores, a levar os nossos produtos até ao consumidor, sendo alguns deles: o Centro de Saúde de Ancuabe, Escola Secundária de Mariri e Hospital Central de Pemba. Nós, como membros da associação, estamos muito agradecidos pelo trabalho realizado pela FDC no nosso distrito.
Agora virei patrão!
Membros da “Associação a Vida Começa Assim”
Chamo-me João Alberto. Fiz a comercialização de gergelim e consegui ganhar 12 mil meticais. Desse dinheiro fiz uma barraca onde estou a vender bicicletas, acessórios e alguns produtos de primeira necessidade. Estou muito satisfeito com a FDC por ter organizado a comercialização de gergelim, pois ajudou-me a encontrar compradores a bom preço. No distrito nunca se fez este tipo de comercialização. Agora virei patrão. Já consigo alimentar a minha família e tenho algum dinheiro para mandar limpar as machambas. Já consigo comprar cadernos e roupa para os meus filhos.
“As crianças são flores que nunca murcham”. Samora Machel
BAYETE!
Buscamos esta expressão Bantu para corporizar a alma deste espaço. Por uma simples razão: queremos bayetar ou fazer vénia ou agradecer a todos aqueles que no dia-a-dia se entregam de forma abnegada na materialização dos objectivos da FDC. Os critérios para que possamos ser bayetados neste boletim são igualmente simples: partilhar o que sabe, sugerir melhorias, evidenciar qualidades, mostrar práticas e mudanças positivas. Na edição que está a ler, BAYETAMOS duas colegas, sendo Muvelo Percina, uma das colaboradoras mais antigas da FDC, e Eunica Zunguza, Directora do DAF
QUEM é QUEM é Muvelo Percina Ouana? Eunica Zunguza?
Muvelo Percina Ouana ou simplesmente “Dona Percina”, como os colegas carinhosamente a tratam, nasceu no dia 02 de Fevereiro de 1961. É casada e mãe de três filhos. Formou-se em Contabilidade pelo ensino técnico profissional, sendo que sempre trabalhou na área de Contabilidade e Auditoria. É uma das colaboradoras mais antigas da FDC (1993) e faz parte da Assembleia de membros da FDC, na qualidade de membro fundador.
Eunica Zunguza, nascida aos 19 de Setembro, casada e mãe de dois filhos. Licenciou-se em Contabilidade e Auditoria no Instituto Superior de Ciência e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), e actualmente encontra-se a frequentar o nível de mestrado na Universidade Eduardo Mondlane. Trabalha na FDC desde 2009, como Directora de Administração e Finanças, área em que tem uma larga experiência de trabalho.
“Trabalho na FDC há 17 anos. Tenho neste momento um sentimento de dever cumprido, isto porque, acredito que com o pouco que faço ajudo muitos irmãos moçambicanos. Espero daqui a mais uns anos ver a FDC desempenhando de facto o papel de fundação, uma organização que não implementa projectos, mas que cria condições para que outras organizações implementem “.
“Considero a FDC um verdadeiro desafio, sem contar que traz-nos uma grande alegria saber que podemos contribuir com o nosso trabalho para trazer um pouco mais de esperança às comunidades carentes. Espero poder contribuir para que a organização tenha uma estrutura coesa e mais organizada para que cresça cada vez mais para melhor realização dos seus trabalhos na ajuda aos desfavorecidos”.
Passe a mensagem, não passe o vírus Evite o SIDA Use o Preservativo
Himbe, uma árvore de simbolismos
A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) não podia ter escolhido outro emblema. O Himbe corporiza aquilo que são os ideais e a filosofia da organização. A capacidade de despertar forças nos outros, o engenho de criar raízes fundas de tenacidade, a vontade de renascer mesmo quando tudo nos convida ao desanimo, tudo isso está presente na árvore e na Fundação. A capacidade de curar as feridas da nossa condição histórica, a habilidade de gerar frutos que resistem no tempo, a inteligência de ser escola e ser proposta de vida, tudo isso a Fundação partilha com a pequena fruteira. O Himbe nunca seca, a folha guarda para sempre a verdura. A flor do Himbe é generosa e oferece-se como néctar. Um pequeno ramo abençoa os casamentos tradicionais. É usada para vedar os recintos das casas, prestando serviços de protecção e segurança das famílias. Não bastassem estas razões: as folhas do Himbe e as raízes tem propriedades medicinais comprovadas. Dali se extrai um antibiótico eficaz. E agora se acredita que, na constituição do Himbe, há um componente químico que pode inibir os efeitos da infecção do HIV.
FICHA TÉCNICA Propriedade: FDC Editora: Ácia Sales/MRCI Redacção: Dércio Alfazema, Ámina Pais e Narciso Rendição. Colaboradores: Nilsa Mucome, Joaquim Uate, Joana Homo, Marta Uetela, Sheila Mangore e Cecília Chilundo. Revisão: MRCI Grafismo e Maquetização: Paulo Pires-Teixeira e Susana Dias Av. 25 de Setembro, Edifício Time Square, Bloco 2, nº 12504
Tel: + 258 21 355 337 Fax: + 258 21355 335/55 Cel: + 258 82 3283790/40 E - mail: fdc@fdc.org.mz Site: www.fdc.org.mz