Boletim Himbe 4

Page 1

Nº 2

2009

OUTUBRO

Himbe B o l e t i m Informativo B i m e n s a l

interiores 4

Escola Secundária Graça Machel no distrito de Massingir, será exemplo no Combate à Pobreza

HISTÓRIAS DE SUCESSO

6

A Rainha dos transportes de Sussundenga

MACIENE

Foto: Carlos Ferreira

7

Tecer a vida no espírito do “Himbe”

COMBATE AO SIDA EM MÃOS FEMININAS PÁGINA

3


2

Himbe Boletim Informaivo Bimensal - FDC Outubro/2009

EDITORIAL

mem é o h m ru ; Educa ivíduo d n i m u educar ulher é m a m u educar nação a m u educar

Prevenção com P maiúsculo A

s notícias que nos chegam do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça são de dupla importância: Primeira: os níveis de transmissão de doenças por via sexual poderão reduzir consideravelmente. Bem, o consideravelmente é relativo, mas mantêmo-lo! Segunda: a prevenção será com P maiúsculo, porque a mulher aparece como a principal protagonista do processo. Em sociedades como a nossa, em que a mulher procura espaço para se afirmar, sobretudo em questões relativas ao comportamento sexual, o uso de microbicidas pode ser aquela lufada de ar fresco que ela precisa para se prevenir e, por consequência, perpetuar a espécie humana. É como alguém certa vez disse: «educar um homem é educar um indivíduo; educar uma mulher é educar uma nação». Analogicamente podemos dizer que prevenir uma mulher é prevenir uma nação. Como isso acontece sabemos todos nós. Aos investigadores compete ultrapassar a barreira dos trinta por cento de eficácia do microbicida e a nós, comunicadores, maximizar o conhecimento sobre a existência desta grande oportunidade, as suas formas de utilização, respectivas vantagens, entre outros elementos. É exactamente por isso que os processos de desenvolvimento são mais efectivos quando a combinação de esforços é feita de forma efectiva e sustentável. Quando a pessoa humana é o centro das intervenções. E, lembramos, esta é luz que ilumina o caminho do trabalho da Fundação de Desenvolvimento da Comunidade.

Novo rosto, a mesma convicção Caro leitor, O Boletim que está a ler é fruto dos valores da FDC. Ao Trabalho agregamos a Iniciativa e, combinados, trazemos, para si, o HIMBE, em substituição do FLASH. Temos um novo rosto, mas mantemos

a nossa convicção de que o Boletim reforçará a já identificada necessidade de nos mantermos em contacto, de nos comunicarmos, de partilharmos sucessos e de sorrirmos para as dificuldades. Tenha uma boa leitura! Ácia Sales/MRCI


INVESTIGAÇÃO

Himbe

Boletim Informaivo Bimensal - FDC Outubro/2009

3

MICROBICIDAS MICROBICIDAS MICROBICIDAS

Combate ao SIDA em mãos femininas

As mulheres passarão, dentro de pouco tempo, a liderar o combate contra o HIV/SIDA e outras doenças de transmissão sexual. Será um combate com uma arma sublime, os microbicidas, cujas características já prenunciam um único vencedor: a espécie humana. Microbicida é tudo aquilo que mata micróbios. A sua aplicação no campo da medicina já tem alguma história, que começa com a descoberta da penicilina por Flemming, em 1928. Contudo, a penicilina tem hipóteses praticamente nulas quando se trata de matar o HIV, o vírus que provoca o SIDA. Porquê? Esta é provavelmente a pergunta que serviria de base para o início de investigações na esfera da aplicação de Microbicidas no combate a doenças tran-mitidas por via sexual, de forma particular no Centro de Investigação em Saúde da Manhiça, na província de Maputo. Khátia Munguambe, daquele Centro, explica que o microbicida em investigação será produzido em forma de gel. Este gel funcionará como uma espécie de armadilha que «captura e imobiliza» o HIV ao longo de uma relação sexual. Quer dizer, antes do acto sexual, a mulher introduz o gel no seu órgão genital. Em contacto com o sémen masculino, o gel actua sobre o HIV, impedindo-o de invadir as células vaginais e, por assim dizer, prevenindo a infecção. A nível das relações humanas, sobretudo no que diz respeito aos estereotipos relativos à feminização do HIV/SIDA, o microbicida vai reforçar a auto-estima da mulher, pois ela, como garante Khátia Munguambe, «não mais precisará de consentimento do parceiro» e, por tabela, assumirá o protagonismo que merece na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Neste momento, quinhentas mulheres estão envolvidas na investigação do Centro da Manhiça. Os resultados são «animadores» e que «poderão ultrapassar as expectativas» em termos de aceitabilidade do gel por parte da sociedade.

A fase do estudo de viabilidade termina em Outubro. Nos meses seguintes iniciará uma fase piloto de seis meses, ou seja, aquela em que haverá utilização efectiva do microbicida e Khátia Munguambe sublinha que «caso os ensaios clínicos demonstrem uma eficácia de pelo menos trinta porcento», o gel estará à disposição das mulheres em vários locais e a preços acessíveis. Refira-se que tais ensaios clínicos estão igualmente sendo feitos noutros países africanos, tais como Uganda, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia, onde os resultados são «animadores». O uso do gel microbicidas é importante sobretudo nos países onde se pratica o sexo “seco” e nas zonas onde factores culturais e socio-económicos contribuem para que as mulheres pouco se imponham sobre os parceiros em relação ao uso do preservativo. Em Moçambique esta iniciativa está a ser implementada pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade e pelo Centro de Investigação em Saúde da Manhiça, com o apoio da Medical Research Council da Inglaterra e da Fundació Clínica, da Espanha. O mesmo tem um financiamento garantido de cerca de 1 milhão de euros, desembolsados pela European Development Clinical Trials Partnership, Cooperação Espanhola e International Paternship on Microbicides e pelo DFID.


4

Himbe Boletim Informaivo Bimensal - FDC Outubro/2009

ENSINO

MAMÃ GRAÇA VATICINA:

A mamã Graça gostou do que viu, ofereceu seis computadores, dicionários, gramáticas, mapas, prometeu apetrechar o estabelecimento com equipamentos diversos e material didáctico. No fim, vaticinou: «estamos perante uma escola que será modelo no combate à pobreza!»

ESGRAMA será modelo no combate à pobreza ESGRAMA significa Escola Secundária Graça Machel. Encontra-se no distrito de Massingir, província de Gaza, e lecciona da 8.ª à 10.ª primeira classe. Há tempos era reconhecida por ter sido construída com material local: caniço e capim. Hoje apresenta nova face. A nova face é mais agradável aos olhos de quem a vê e emocional para quem a viu: material convencional. Nove salas de aulas. Um bloco administrativo. Um campo para prática desportiva e um futuro que se espera risonho para aproximadamente 700 jovens. A Presidente da FDC, Graça Machel, assistiu a tudo isso e se emocionou. Não tanto porque a escola ostenta o seu nome. Mais por causa da entrega e da abnegação das comunidades no melhoramento das suas condições de vida. É que a construção de caniço e capim revela o quanto as comunidades acreditam que o desenvolvimento passa pela educação. A construção com material convencional é prova de que as parcerias com as comunidades só podem trazer resultados de que o país se pode orgulhar. A mamã Graça gostou do que viu, ofereceu seis computadores, dicionários, gramáticas, mapas, prometeu apetrechar o estabelecimento com equipamentos diversos e material didáctico. No fim, vaticinou: «estamos perante uma escola que será modelo no combate a pobreza!». Os alunos deixaram claro que a escola é, para além de um centro do saber, um local onde os enigmas da vida se desvendam, a fraternidade floresce e a pessoa humana é o centro das intervenções.

Ângelo Teodore Macie, de 15 anos aluno da 10ª classe, fez uma demonstração do que tem vindo a aprender. Sobre a pressão dos líquidos. E explicou que com o conhecimento adquirido é possível montar um sistema de rega nas machambas e de abastecimento de água nas casas, com custos de funcionamento e de manutenção bastante reduzidos.

Ângelo Macie dá conta dos seus conhecimentos que poderão ser aplicados a favor da comunidade


BREVES

Himbe

Boletim Informaivo Bimensal - FDC Outubro/2009

5

COM APOIO DE PORTUGAL

Mais bolsas de estudo para moçambicanas Plataforma das OSC (G20) reconhece fragilidade

O Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) acaba de assumir o compromisso de financiar os estudos de quatro mulheres moçambicanas na área de medicina, num valor de dez mil euros por ano.

Durante o encontro de reflexão ocorrido no dia 29 de Julho, as OSC (membros do G20), reconheceram o seu fraco desempenho no que se refere ao aproveitamento das oportunidades, na interacção com os demais actores. No encontro, onde estavam organizações de todas as províncias, foi questionado o facto de haver uma luta desenfreada de busca de protagonismo para o benefício próprio, em detrimento dos da plataforma. A ocasião foi também pretexto para que os presentes doassem alguns subsídios para alimentar o Plano Estratégico, 2010/2014 do G20.

Aprovada a Lei contra a Violência Doméstica O Parlamento Moçambicano aprovou, “por consenso e aclamação”, no dia 21 de Julho, a Lei sobre a Violência Doméstica contra a Mulher e a Criança, que estipula o afastamento do agressor do lar, dando legitimidade de denúncia a qualquer pessoa, incluindo não familiares. Esta lei suscitou grandes debates dentro e fora do Parlamento, pois algumas correntes consideravam que a mesma discriminava o homem. Neste momento aguarda-se a promulgação por parte de S. Excia. o Sr. Presidente da República, acto que, espera-se, venha a acontecer ainda no presente mandato.

A iniciativa, com duração de três anos, surge na sequência de um acordo rubricado entre a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, representado pelo respectivo Director Excutivo, Dr. Narciso Matos, e o vicepresidente do IPAD, Dr. Artur Lami, na presença do Secretário de Estado Português, Dr. João Gomes Cravinho. Cravinho deixou claro que o financiamento dos estudos das mulheres moçambicanas resulta do interesse manifestado pela Presidente da FDC, Dra. Graça Machel, que enfatiza a necessidade de se concederem apoios à mulher moçambicana no acesso a universidades, particularmente no ramo das Ciências Naturais. «Este é o primeiro passo para o início

da parceria entre a Cooperação Portuguesa e a FDC» – destaca Cravinho. O Director Executivo da FDC reconhece que o acordo é uma «clara manifestação» de vontade das partes, para, em conjunto, trabalharem na formação de mulheres moçambicanas. O financiamento insere-se no Programa de Educação para a Rapariga, uma iniciativa que a FDC está a desenvolver com apoio de parceiros desde 1999, tendo já beneficiado mais de 124 estudantes. Actualmente, 16 mulheres recebem bolsas da FDC, estando a prosseguir os estudos em universidades de países como o Brasil e África do Sul, além de Moçambique.


6

Himbe Boletim Informaivo Bimensal - FDC Outubro/2009

HISTÓRIAS DE SUCESSO REGINA NGUENHA UM EXEMPLO DE VIDA

De um pequeno negócio de venda de couve iniciado em 1993, Dona Regina conseguiu tornar-se uma empresária de sucesso com interesses no sector do comércio e de transportes.

Hoje decidimos partilhar consigo a história de vida da Dona Regina Tomás Nguenha, mãe de 7 filhos, residente no Bairro Nhamizá, no Distrito de Sussundenga, Província de Manica. A história da Regina tem pouca diferença com a de muitas mulheres que, depois de abandonadas pelos maridos, assumiaram sozinhas uma família. No caso da Dona Regina, uma família bem alargada! Contudo, a grande diferença desta e outras mulheres está na atitude e na perseverança face aos desafios que a própria vida impõe. De um pequeno negócio de venda de couve iniciado em 1993, Dona Regina conseguiu tornar-se uma empresária de sucesso com interesses no sector do comércio e de transportes. Mesmo com pouca experiência, no lugar de se conformar com seu pequeno negócio, em 1997 decidiu abraçar o mercado com novos produtos, iniciando desta feita viagens regulares para a cidade de Chimoio, à busca de novos produtos, o que permitiu que se tornasse em pouco tempo proprietária de uma peixaria móvel. A educação que dava aos filhos contribuiu para que tivesse o cometimento

A “Rainha” dos transportes em Sussundenga e colaboração dos mesmos sempre que necessário. Aliás, foram estes que a sugeriram na aquisição da primeira viatura para facilitar o transporte de passageiros no troço Sussundenga-Dombe. A sugestão foi aceite por Regina. Assim veio a primeira carrinha. Dos lucros da primeira veio a segunda, de quatro toneladas, que também usa para o transporte das suas próprias mercadorias. O negócio cresceu de forma integrada, de tal modo a família teve que construir uma banca melhorada.

A D. Regina junto a uma das suas viaturas

Nascia, assim, a “Rainha” dos transportes de Sussundenga! Mesmo não se sentido rea-lizada, Regina é conhecida no Distrito de Sussundenga como uma mulher lutadora, com experiência adquirida na base de muito suor e do apoio dos filhos. «Sofri muito por não ter estudado. Se eu tivesse tido a chance de estudar, teria talvez arranjado emprego. Quero que as minhas filhas estudem até concluírem o nível superior para não passarem pelo que passei», palavras desta grande mulher.


CRIATIVIDADE

Himbe

Boletim Informaivo Bimensal - FDC Outubro/2009

MA

Tecer a Vida no espírito do “Himbe”

Certa vez alguém disse que a vida se resume em dois momentos distintos: o que somos e o que queremos ser! Somos o que somos porque tecemos a vida de acordo com o momento. Seremos o que queremos ser dependendo do que temos em nossas mãos para TECER a VIDA! Se em nossas mãos abundam recursos como fibra de coqueiro, caule de bananeiras, palha, papel, entre outros e adicionamos a tudo isso uma dose mínima de criatividade, seremos, de certeza, aquilo que os jovens de Maciene são e querem ser: propulsores de expressões artísticas centradas nas raízes do seu povo. No espírito do Himbe! Maciene é uma localidade do distrito de Xai-Xai, em Gaza. É uma daquelas regiões em que a afirmação do jovem depende exclusivamente da sua capacidade criativa. Do que tem em mãos. Do que é e do que quer ser! Quando é assim, a FDC diz PRESENTE! A nossa presença vai para além da concessão de recursos. Financeiros ou humanos. A nossa presença encarna-se no espírito do Himbe, a árvore que, sendo emblema da Fundação, tem a capacidade de, parafraseando Mia Couto, despertar forças nos outros e o engenho de criar raízes fundas de tenacidade.

CIE

7

NE

A fusão entre os valores da Fundação e a capacidade dos jovens de Maciene em corporizar e expressar a arte já tem frutos: no ano passado, a Associação dos Produtores de Maciene embolsou perto de 55 mil dólares! Quase UM MILHÃO E MEIO DE METICAIS! Parcerias entre a Associação e algumas instituições baseadas na cidade de Maputo permitiram a colocação dos seus produtos nas montras de estabelecimentos hoteleiros e de lojas de arte especializadas: material para uso em escritórios, capulanas, lenços, bolsas, sacolas, porta-retratos, entre outros, todos feitos à base de fibras de coqueiro, caule de bananeiras, palha, papel reciclado, etc. Material local com qualidade acima da média. Que fique claro! Ruy Santos, ligado ao projecto TECENDO A VIDA, iniciativa por detrás do sucesso dos jovens de Maciene, revela que, brevemente, os produtos de Maciene serão vendidos num espaço a ser inaugurado na empresa Caminhos de Ferro de Moçambique, em Maputo. A concretização deste e doutros sonhos dos jovens de Maciene é resultado das intervenções da FDC, com apoio da USAID, Kellog Foundation e CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique).


“Dinheiro não traz felicidade, mas traz algo tão parecido, que até hoje nenhum especialista foi capaz de distinguir”. Por Vivika: 4/06/2009

BAYETE!

Buscamos esta expressão Bantu para corporizar a alma deste espaço. Por uma simples razão: queremos bayetar ou fazer vénia ou agradecer a todos aqueles que no dia-a-dia se entregam de forma abnegada na materialização dos objectivos da FDC. Os critérios para que possamos ser bayetados neste boletim são igualmente simples: partilhar o que sabe, sugerir melhorias, evidenciar qualidades, mostrar práticas e mudanças positivas. Na edição que está a ler, esta mesmo, BAYETAMOS duas colegas que no ano passado foram eleitas Melhor Colaboradora da Equipa e Colaboradora Mais Respeitosa, respectivamente as senhoras Fáuzia Nordine Issufo Ismael e Cila Luisa Nesse Uamusse

BAYETE Fáuzia

BAYETE Cila

Data de nascimento: 01 de Julho de 1957

Data de nascimento: 06 de Dezembro de 1978

Estado Civil: Casada e mãe de cinco filhos

Estado Civil: Casada e mãe de uma menina

Prato Preferido: Mariscos

Prato Preferido: Matapa

Sector de Trabalho: Administrativo

Sector de Trabalho: Planificação, Monitoria e Avaliação

Tempo de Trabalho na FDC: Há 2 anos e meio Hobbies: Brincar com os netos Como se sente na FDC: Sinto-me 75% realizada, porque acredito que ainda tenho muito que aprender Conselho para os colegas: Que se respeitem mais e que sejam mais abertos uns com os outros Prémio de Melhor Colaboradora de Equipa: Senti-me mais motivada por saber que valorizam o meu trabalho

Tempo de Trabalho na FDC: 5 anos Hobbies: Ler, escutar música e paparicar a minha filha Como se sente na FDC: Sinto-me 60% realizada. Ainda sou jovem e tenho muito que aprender Conselho para os colegas: Humildade, disponibilidade para receber críticas e sempre muita vontade de aprender Prémio de Colaboradora Mais Respeitosa: Fiquei completamente surpreendida!

Passe a mensagem, não passe o vírus Evite o SIDA Use o Preservativo

Himbe, uma árvore de simbolismos

A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) não podia ter escolhido outro emblema. O Himbe corporiza aquilo que são os ideais e a filosofia da organização. A capacidade de despertar forças nos outros, o engenho de criar raízes fundas de tenacidade, a vontade de renascer mesmo quando tudo nos convida ao desanimo, tudo isso está presente na árvore e na Fundação. A capacidade de curar as feridas da nossa condição histórica, a habilidade de gerar frutos que resistem no tempo, a inteligência de ser escola e ser proposta de vida, tudo isso a Fundação partilha com a pequena fruteira. O Himbe nunca seca, a folha guarda para sempre a verdura. A flor do Himbe é generosa e oferece-se como néctar. Um pequeno ramo abençoa os casamentos tradicionais. É usada para vedar os recintos das casas, prestando serviços de protecção e segurança das famílias. Não bastassem estas razões: as folhas do Himbe e as raízes tem propriedades medicinais comprovadas. Dali se extrai um antibiótico eficaz. E agora se acredita que, na constituição do Himbe, há um componente químico que pode inibir os efeitos da infecção do HIV.

FICHA TÉCNICA Propriedade: FDC Editora: Ácia Sales/MRCI Redacção: Dércio Alfazema, Ámina Pais e Narciso Rendição. Colaboradores: Nilza Mucome, Eunice Margarido e Momade Zainadine Revisão: Sandra Macedo Grafismo e Maquetização: Paulo Pires-Teixeira e Susana Dias Av. 25 de Setembro, Edifício Time Square, Bloco 2, nº 12504

Tel: + 258 21 355 337 Fax: + 258 21355 335/55 Cel: + 258 82 3283790/40 E - mail: fdc@fdc.org.mz Site: www.fdc.org.mz


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.