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desafios

Apesar do crescimento das políticas públicas voltadas para a terceira idade, essa faixa da população ainda enfrenta alguns problemas. Segundo publicado no portal da Câmara dos Deputados, em 2014, o Brasil ficou em 58º entre 96 no ranking de qualidade de vida dos idosos. Os dados são gerados após análise e combinação de vários documentos de instituições internacionais e de fatores como renda, saúde, trabalho, educação e segurança, e foram publicados em outubro daquele ano no relatório Global Age Watch 2014 elaborado pela organização britânica de ajuda à velhice Help Age.

Na publicação, o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, comentou sobre:

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"Houve um grande avanço nas políticas [públicas] voltadas à população idosa nos últimos 15 a 20 anos. A nossa dificuldade está em efetivar essas políticas, ou seja, colocar em ação o que a política determina", disse Freire Neto.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Ainda no mesmo artigo, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) criticou as falhas na execução de políticas públicas:

"Falta política pública voltada para geriatria e gerontologia, prevista no Estatuto do Idoso, mas com poucos exemplos e práticas realizados"

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Um estudo realizado na cidade de Montes Claros – MG¹ e divulgado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, apontou que as maiores dificuldades dos idosos em acessar serviços de saúde, em ordem decrescente, são: a percepção de que o serviço era ruim, dificuldades de transporte, falta de recursos financeiros, a ausência de companhia, barreiras geográficas e barreiras arquitetônicas.

O acesso à equipamentos de lazer também é um problema na terceira idade, muitas vezes por não terem tido contato com esse tipo de equipamento anteriormente durante a vida. (MORI; SILVA, 2010). Idosos de classes sociais menos favorecidas, devido aos problemas financeiros, costumam manter atividades que gerem renda para manter a sobrevivência própria ou de sua família. Com isto em vista, Mori e Silva (2010) concluem que a falta de lazer atinge, sobretudo, idosos dessa faixa social por falta de agregação da cultura do lazer, por meio da Educação para o Lazer.

Bruhns (1997) cita como dificuldade ao acesso do lazer, pelas camadas desfavorecidas, a necessidade de cumprir horas-extras no trabalho, preços inacessíveis dos ingressos para apreciação de eventos de caráter cultural, além de dependência de transportes coletivos e a longa distância do lar para os centros de lazer.

(MORI; SILVA, 2010).

O artigo de Mori e Silva (2010) também enfatiza a necessidade de incentivo do poder público em diferentes grupos sociais, assim como a construção e manutenção de espaços públicos que tenha infraestrutura adequada e profissionais capacitados para ampliar a acessibilidade ao lazer, alavancando assim, a qualidade de vida na terceira idade.

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