Revista A Viagem Turismo: Suíça

Page 1

1


Índice 4.

Cidades Destaque

9.

Equipe Larissa Kostetzer Alves

- Editora chefe

Kamila Santana

Montanhas que valem a pena conhecer

- Fotógrafa

12.

Costumes locais

Eduardo Farias

14.

Segurança e criminalidade

Samuel Rosa

- Diretor de arte -PR e mídia

2


3


Lausanne Situada a 60 quilômetros de Genebra, na margem norte do Lago Léman, Lausanne abriga diversas universidades, o que atrai milhares de estudantes. Graças a isso, tem a noite mais quente da Suíça, sobretudo nos meses de verão. Também é uma “capital do esporte”, pois lá estão as principais confederações esportivas do planeta, além da sede do próprio Comitê Olímpico Internacional. Sem contar que serve de porta de entrada para algumas das melhores pistas de esqui da Europa. A grande população de estudantes de Lausanne fez do distrito de Le Flon um reduto de cultura alternativa e vida noturna intensa. Ao contrário dos outros bairros, ali tudo parece ser novo. Desde então, brotaram galerias de arte, lojas, salas de cinema, pubs e praças que lotam de habitantes locais, turistas e artistas de rua. De lá, pode-se caminhar facilmente à Cidade Velha, onde encontram-se um verdadeiro portfólio de estilos a céu aberto. E aqui vale dizer que, se não quiser enfrentar o sobe e desce das colinas, o visitante pode usar o moderno metrô, com 28 estações numa área onde vivem apenas 140 mil pessoas. Na Cidade Velha, destacam-se 46 edifícios listados como patrimônios históricos da Suíça, dentre elas a Catedral de Notre Dame, construída entre 1170 e 1240. Um templo que resistiu a guerras, às revoltas da Reforma Protestante e às intempéries. Mas quando o assunto é museus, não há rival para aquele localizado junto à sede do Comitê Olímpico Internacional, no distrito de Ouchy. Quem gosta de esportes sai de lá maravilhado, com o acervo de mais de 10 mil peças, entre troféus, medalhas, fotos, roupas e equipamentos usados por atletas nas 30 edições dos Jogos Olímpicos realizadas desde 1896. Barcos, aliás, são o que não falta em Ouchy, e isso torna a paisagem particularmente bonita no verão. Principalmente porque a maioria deles se dedica a levar turistas por agradáveis navegações pelo Lago

4

Léman. Caso do La Vaudoise, um veleiro cheio de glamour, construído em 1932, a bordo do qual, por 70 francos, você pode navegar até os pontos mais inspiradores das imediações. Os passeios duram, em média, três horas, e incluem degustação de vinhos e uma refeição. Ouchy, alguns dizem, é uma espécie de “Copacabana suíça”, num nítido exagero, já que não há prédios de frente para a água, mas sim mansões, museus e restaurantes. Antigo centro pesqueiro, hoje ela vê seus calçadões beira-lago tomados por patinadores, gente sarada, skatistas e turistas dispersos pelos seus gramados. E, para as crianças, há uma alternativa de lazer incrivelmente gostosa: os pédalos et toboggan, que podem ser alugados nos clubes públicos. Tratam-se de pequenos barcos movidos a pedal, com um escorregador de dois metros de altura adaptado. O local mais agradável para alugar um pédalos et toboggan é Vidy, a maior praia do lago Léman.Para nossa alegria, há churrasqueiras públicas, campo de futebol e quadras de vôlei de praia. Por sinal, todos os anos, no verão, acontece uma etapa do circuito mundial desse esporte aqui (e os brasileiros venceram três das últimas seis edições). Uma prova de que a comparação com Copacabana não é de todo descabida.


Lucerna Tão simbólico como a ponte e a torre é o curioso Monumento do Leão – uma escultura feita na lateral de um desfiladeiro em Lowenplatz. A motivação do escultor Bertel Thorvaldsen foi nobre: homenagear os guardas suíços mortos na invasão do Palácio das Tulherias, em Paris, durante a Revolução Francesa, em 1792. A imagem do leão ferido e em sofrimento tornou-se famosa em todo o mundo. Dizem que um anjo carregando uma lanterna mostrou a um grupo de pescadores onde eles deveriam erguer uma capela. Essa é a história de Lucerna (cujo significado é lanterna), uma cidade medieval de apenas 76 mil habitantes, a 52 quilômetros de Zurique. Ela entrou para o imaginário popular também graças a outra lenda: a de Guilherme Tel, o arqueiro-herói que teria realizado muitas de suas façanhas ao sopé do Monte Pilatus, com 2.128 metros de altura. Histórias à parte, essa cidadezinha é conhecida, principalmente, pela Kapellbrücke, talvez a mais notável ponte de madeira medieval do mundo. Situada sobre o Rio Reuss, foi erigida em 1333, tendo ao longo dos seus 204 metros pinturas datadas do início do século 17 – um verdadeiro tesouro artístico. Um tesouro que quase virou pó depois de um incêndio em 1993. Das 147 telas do pintor Heinrich Wägmann que decoravam a ponte, menos de 30 se salvaram. Reconstruída um ano depois, os murais remanescentes voltaram a ornar parte da cobertura. Numa das extremidades da ponte está outra sensação local, a Torre de Água, erguida em pedra no formato octogonal. Ela foi idealizada no século 13 para servir de fortificação contra os invasores que vinham pelo rio. Desta época também é a antiga muralha que cercava a cidade. Cerca de 870 metros do muro ainda permanecem em pé, assim como as torres. Uma delas sustenta um relógio de 1535, que curiosamente toca um minuto antes que os demais relógios da região.

Assim como outras cidades do país, Lucerna também tem um centrinho histórico cheio de charme, marcado por ruas estreitas, fontes nas praças e muitas fachadas coloridas por afrescos. Algumas foram pintadas pelo artista Serafim Wiengartner, inclusive a do Hotel des Balances. Elas sustentam janelas na cor azul, o que significa que se trata de uma construção histórica ou que pertence ao estado. Outro ponto que salta no horizonte é o Hotel Montana. Em estilo Art Déco, ele tem um restaurante premiado pelo Gault Millau, um renomado guia francês. Faz parte também o Bar Louis, uma whiskeria com piano bar. Do outro lado do Rio Reuss, desponta a beleza de Jesuitenkirche, a mais antiga igreja barroca da Suíça, erguida em 1666. Diferente de outros cantões que aderiram ao protestantismo, Lucerna manteve-se forte em suas raízes católicas. Mas Lucerna não vive apenas do passado: o centro cultural Kultur und Kongresszentrum (KKL) é um impressionante complexo de entretenimento com sala de concertos, auditórios, cafés e restaurantes. Já os amantes de arte moderna têm lugar garantido no Museu Picasso, com uma coleção surpreendente de obras do pintor.

5


Zurique A maior metrópole da Suíça é também a mais vibrante e cheia de atrações. Cerca de 390 mil pessoas vivem neste centro de negócios, ciência e cultura – são mais de 50 museus e aproximadamente 100 galerias de arte, além de ruas comerciais repletas de lojas de grifes internacionais, vida noturna extravagante e gastronomia multi étnica. Como em quase todas as cidades suíças, dá para fazer muita coisa a pé – Zurique é plana e arborizada, bem agradável para caminhar. Mas quem preferir pode usar o excelente sistema de bondes, ônibus e trens urbanos – que têm suas tarifas unificadas pelo Swiss Pass – bilhete único que vale para quase todo o país, con-

vém dizer. Assim, você chega facilmente a lugares como o Museu Nacional Suíço, alojado num edifício de mais de 100 anos, que lembra um castelo de conto de fadas. A história, vale dizer, pode ser igualmente apreciada fora dos museus, sobretudo em Altstadt – o centro velho. Ali, por exemplo, fica Augustinergasse, a belíssima região formada por ruazinhas estreitas, com casas coloridas erguidas, em sua maioria, há mais de 700 anos. Ou, ainda, nas icônicas igrejas Fraumünster e Grossmünster, respectivamente construídas nos séculos 9 e 12. Só isso já seria suficiente para atrair visitantes a Zurique em qualquer época do ano. Mas sua posição geográfica melhora ainda mais as coisas: ela é cortada por um rio, o Limmat, e banhada por um lago, o Zurique. Não é de se admirar que, nos meses quentes, o lazer aquático desabroche nesse cenário de rara beleza, com os Alpes ao fundo. Entre junho e setembro, pequenos balneários são abertos às margens do lago. O mais célebre é o Enge Seebad. Por 27 francos (cerca de R$ 60), o turista pode passar o dia nas piscinas aquecidas, a alguns passos da orla. Também há sauna, spa com especialistas em shiatsu, aulas públicas de yoga e, claro, um bar no deque. Detalhe: os clubes ficam abertos até depois que o sol se põe, o que significa mais de nove da noite. Há também bares, como o Barfussbar, que mistura piscina, pista de dança, música

6

ao ar livre e muita animação. Quem não quiser gastar dinheiro, porém, pode simplesmente curtir as áreas gramadas ao redor do lago – elas se tornam ponto de encontro de patinadores, banhistas e artistas de rua.

do mundo, que se realiza às margens do Rio Limmat, com direito a mergulhos constantes para refrescar o calor da dança. Ele atrai um milhão de turistas todos os anos – a próxima edição será em 11 de agosto.

Por sinal, no verão, os calçadões que margeiam o Lago Zurique ficam tomados por alegres feirinhas e eventos culturais.A exemplo do Tropical Caliente, um festival de música latina que ocorre sempre mês de junho. Ou do Zurich Festival, em que concertos e óperas são encenados ao ar livre, em julho. E, ainda, o Streetparade, um dos maiores encontros de música tecno

Finalmente, para a criançada, há o Alpamare – o maior parque aquático indoor da Europa. São 11 escorregadores de todos os tipos, dos mais relaxantes aos mais radicais, totalizando 1.640 metros de percursos aquáticos. Também há piscina de ondas, saunas e solário com uma vista fantástica do lago e dos Alpes. O frio, ali, passa longe.


Lugano

Importante na montagem do quebra-cabeças do roteiro de viagem pela Suíça, Lugano está no corredor que liga Milão (a uma hora de trem) a Lucerna ou a Zurique (duas horas e meia). Maior cidade do cantão de Ticino, na fronteira com a Itália, tem clima ameno e suas palmeiras lembram muito mais uma metrópole mediterrânea do que uma cidade suíça, já que da nação vizinha absorveu os vinhos, a arquitetura, o jeitão descontraído e o calor. A cidade também tem um lago para chamar de seu, no caso, o Lago de Lugano, que emoldura a área e torna-se um ponto de recreação nos dias mais quentes, com muitas pessoas praticando vela e nadando. É dali também que partem os passeios de barco para conhecer a região. O ponto alto de um tour pelo lago são os preservados vilarejos de pescadores, como Grandia e Campione, que se formaram nas encostas das montanhas à beira da água. Em Campione, vivem cerca de 2.500 pessoas e é onde está o simbólico cassino. O grande prédio de nove andares destoa da paisagem e

é um dos lugares mais animados e badalados à noite. Outro ponto que coroa a cidade é a Piazza Grande, local onde ficam a prefeitura e ótimos restaurantes. Caminhando ao redor da praça esbarra-se em pequenos cafés, bares e lojas. Andar por ali é uma delícia, já que pelo centrinho carros não passam e os pedestres tomam conta das ruas. Eles também não deixam de ir à catedral de São Lourenço, padroeiro da cidade, com ricos altares e belas pinturas sacras. Além do lago, a cidade é cercada por dois montes, Bré e San Salvatore, que ficam um de cada lado. Em ambos, dá para pegar um teleférico até o cume e descer em caminhadas por parques bem sinalizados. As vistas do alto são as mais arrebatadoras. Curioso é que os luganesi acham o Monte San Salvatore parecido com o Pão de Açúcar... Olhando-a do alto, entende-se por que dizem que Lugano parece um quadro pintado por Cézanne, cuja beleza não precisa ser traduzida para nenhum idioma.

7


Montanhas

Rigi Rigi é Rainha das Montanhas, localizada nos arredores de Lucerna. Foi a primeira das montanhas na Suíça a receber a infraestrutura necessária para chegar ao topo com um mínimo de conforto, com altitude de 1797, é uma das mais baratas e ascessíveis. Como chegar em Rigi? Opção 1: Ir de trem até uma cidade chamada ArthGoldau e lá pegar o funicular até o topo da montanha Rigi. Opção 2: Pegar um barco em Lucerna até uma cidade chamada Vitznau e lá pegar o funicular até o topo da montanha Rigi. Opção 3: Pegar um barco em Lucerna até uma cidadechamada Weggis, lá pegar o bondinho até Rigi Kaltbad e

8

ali fazer a baldeação para o funicular e seguir até o topo da montanha Rigi. Recomenda-se a subida se o dia estiver claro. Do contrário, você perde a melhor parte do passeio: a paisagem! Escolha um dia ensolarado para subir, e estes dias serão mais frequentes no verão. Preços para subir a Montanha Rigi? Preço com Swiss Pass: Grátis Preço Magestic Trip: CHF 107,80 Preço Classic Trip: CHF113 Preço Day Trip (ida e volta pelo mesmo percurso) CHF 68


Pilatus Pilatus é uma das mais populares montanhas na Suíça, e fica nos arredores de Lucerna! São 2132 metros de altitude com uma infraestrutura bastante renovada. Por outro lado, é uma montanha um pouco mais cara… Como chegar a Pilatus? Opção 1: Vá de onibús até uma cidadezinha chamada Kriens e lá, pegue os bondinhos até o topo. Opção 2: Pegue o barco até Alpnachstad e suba de funicular até o topo da montanha. Melhor época para subir a Montanha Pilatus? Porém só suba se o céu estiver ensolarado pois a vista fica bastante prejudicada. Se resolver

subir no inverno, prepare-se para o frio! A temperatura na montanha está sempre uns 15 graus abaixo da temperatura na cidade. No monde Pilatus não possuí neve o ano inteiro. No verão derrete tudo, ficam só as pedras e grama verde. Dá para avistar, por outro lado, outras montanhas com neve o ano inteiro, que ficam na zona mais alta dos Alpes. Preços para subir a Montanha Pilatus: Preço com Swiss Pass: 50% de Desconto Preço Day Trip (ida e volta pelo mesmo percurso): CHF 72 Preço Golden Rountrip: CHF 106 Preço Silver Roundtrip: CHF 83,20

9


Jungfrau Uma das Montanhas na Suíça mais procuradas pelos brasileiros, possui 4158 metros de altitude e neve o ano inteiro.

também há várias formas de chegar até o topo. Como chegar na Jungfrau? Opção 1: Saia de Interlaken e faça a baldeação em Lauterbrunnen. Lá pegue um trem até Kleine Scheidegg e finalmente, o trem até Jungfraujoch. Opção 2: Saia de Interlaken e faça a baldeação em Grinelwald. Lá pegue um trematé Kleine Scheidegg e finalmente, o trem até Jungfraujoch. A alta temporada em Jungfrau é no verão. Se você for no verão, vai ver paisagens lindas e conse-

O trajeto até o topo passa por um túnel feito dentro da montanha! É também uma das mais caras montanhas na Suíça, para subir e, como as montanhas anteriores, guir aproveitar mais tempo na montanha. No inverno há muita gente que faz esportes de neve, e se for o seu caso, é uma ótima época também. Preços para subir a Montanha Jungfrau? Preço com Swiss Pass: 50% de Desconto em alguns trechos; 25% em outros. Com o Swiss Pass a conta vai sair uns 100 CHF. Day Trip: CHF 204,40

Matterhorn Uma das montanhaa mais conhecida dos Alpes, localizado na fronteira da Suíça com a Itália, a sua graciosa silhueta domina a cidade suíça de Zermatt e a cidade italiana de Breuil-Cervinia. Como chegar na montanha Matterhorn? A única forma de chegar em Zermatt é de trem, já que está proibido circular carros particulares na cidade. Para subir ao Matterhorn só há um trajeto direto, na cidade. Então em Zermatt, pegue um bondinho até Furi. De lá, faça baldeação para Trockener Steg e finalmente, siga para Matterhorn glacier paradise Está aberto o ano todo, e tem uma estação de esqui funcionando até no verão! Se for esquiar, entre outubro e maio é a melhor época. É o ponto mais alto da Europa,

10

portanto, o mais frio! Melhor época para subir a Montanha Matterhorn? Preço com Swiss Pass: 50% de Desconto Glacier Paradise Round Trip: CHF 100


11


Costumes e tradições A música Não importa se é em baile ou não – na música popular suíça se toca principalmente música para dançar.

O mais antigo Kuhreihen (chamado musical para ordenha) conhecido é originário do Appenzell e foi escrito em notação musical no ano de 1545. A corneta alpina, originariamente um instrumento de música e de sinais dos pastores alpinos, e os numerosos corais alpinos que passaram

Normalmente, se ouve o som do “Schwyzerörgeli” (acordeão suíço), de violinos, contrabaixos, clarinetes e, em determinadas regiões, de saltérios ou Trümpi (berimbau de boca). A música popular alpina se desenvolveu pela transmissão não escrita de conhecimentos e composições – por gerações, décadas e séculos. a se formar desde o século XIX são tipicamente suíços. De maneira geral, a Suíça é marcada por forte propagação de música amadora e praticamente em cada aldeia há pelo menos um coral ou uma banda de música de sopro.

No pasto alpino A exploração do pasto alpino tem longa tradição na Suíça. Acredita-se hoje que os pastos acima do limite da floresta já eram explorados no ano de 4.000 a. C. A confecção de queijo no verão servia para que as pessoas conservassem o leite e fizessem provisões para os longos meses de inverno. Com a exploração do pasto alpino, foram criados diferentes costumes, como por exemplo as festivas subidas e descidas do gado, o canto de oração alpino, as festas populares Älplerchilbi ou Chästteilet – tradições cultivadas com cuidado até hoje. De longe, a vida no pasto alpino parece ser idílica: o tocar dos sinos, um pedaço de capim na boca, a natureza, o pôr do sol no cume da montanha e a luz de velas na mesa de madeira. Mas esta

atividade profissional é marcada pelo trabalho físico duro e pela vida simples – que vem atraindo recentemente sobretudo habitantes urbanos da Suíça e do exterior..

Produtos típicos da culinária e da adega A culinária na Suíça é a união de influências de diferentes países. Ela reúne as culinárias dos países vizinhos e cria, a partir delas, uma culinária local com ingredientes regionais. Há alguns poucos pratos e especialidades como a fondue, o Älplermagronen ou o chocolate que são típicos da Suíça. Mas quase não se pode falar de uma

12


culinária suíça própria. Há uma culinária que inclui o Berner Platte e o Berner Rösti. Uma culinária com os salsichões dos Alpes da região de Vaud e alho-porro. Uma culinária com milho de St. Gallen e arenques do Lago de Constança. O Valais é famoso pela sua raclette, a região dos Grisões pelo seu Capuns, Zurique pelo seu picadinho de carne, Lucerna pela sua empada Chügelipastete e o Ticino pela sua mortadela e salsicha Lu-

ganighe. As salsichas estão por toda a parte: a Suíça, o País da Cocanha, tem quase 350 tipos diferentes. E esse é sem dúvida um recorde mundial, se medido pela superfície do país. Os vinhos suíços ainda não estão entre os melhores do mundo, mas estão quase chegando lá. Além dos famosos vinhos clássicos, sobretudo novas criações e a cultura de castas autóctones proporcionam experiências sensoriais únicas no país vinícola Suíça.

Costumes e esportes Durante muito tempo, os costumes esportivos ficaram em desvantagem contra as modalidades esportivas internacionais – mas há pouco tempo, eles retomaram a sua forma. Enquanto sobretudo os costumes esportivos regionais ou locais caíram com frequência totalmente no esquecimento, algumas modalidades esportivas ganham novamente cada vez maior popularidade. Grandes even-tos como a Festa de Luta Suíça e Jogos Alpinos ESAF atraem um público cada vez maior. No ano de 2010, esta festa estabeleceu um novo recorde com 250.000 visitantes e se tornou a maior festa de luta suíça já realizada no mundo inteiro. Vale a pena mencionar que não foi necessária a presença adicional da polícia para manter a ordem: para

isso bastou a autoridade do moderador do evento. Lutadores atléticos de luta suíça, fortes lançadores de pedras e de discos mostram suas qualidades em eventos festivos de vários dias, com acompanhamento musical de corais alpinos e bandas musicais que tocam acordeão suíço.

Artesanato artístico e artesanato Meio milênio marcou o bom nome da relojoaria suíça. Houve momentos difíceis – mas o tempo nunca parou. Atualmente, 95% dos relógios suíços são destinados à exportação e a indústria relojoeira é um importante setor fundamental da economia de exportação. O artesanato têxtil também tem uma história movimentada. Enquanto poucos setores puderam se afirmar na alta costura no mundo inteiro graças à mais moderna tecnologia, o artesanato artístico têxtil, outrora tão admirado, permanece em um nicho de mercado. Muitos setores do artesanato artístico, como a escultura em madeira, a pintura de móveis ou a

cerâmica camponesa, estão intimamente ligados à história do turismo suíço. Como embaixadores do país, eles marcaram a imagem da Suíça para inúmeros turistas que visitaram os Alpes no século XIX e no início do século XX.

13


Segurança Por que a Suíça é referência em bancos, seguro de vida e de baixa criminalidade Bancos A Suíça tem um dos melhores sistemas bancários do mundo. As operações financeiras costumam ser fáceis de fazer e o trato com o cliente é excelente. Há cerca de 600 bancos no país, por isso será muito fácil abrir uma conta. Alguns dos bancos mais conhecidos e importantes são UBS, HSBC e Credit Suisse. Quase todos estes bancos têm diversas filiais em diferentes países do mundo que oferecem grandes benefícios a seus clientes.

A maioria das instituições bancárias abre suas portas das 8h às 16h30 e é frequente que um dia por semana o horário seja prolongado por cerca de duas horas. Também são amplamente utilizados os caixas eletrônicos. Eles estão disponíveis 24 horas por dia e permitem que os usuários possam efetuar transferências, câmbio de divisas, saques em dinheiro e depósitos de cheques. Por outro lado, são também numerosos os bancos que oferecem a seus usuários serviços online.

Custo de vida O custo de vida na Suíça encontra-se entre os mais elevados do mundo, com Zurique e Genebra na posição das cidades mais caras segundo uma pesquisa recente. A decisão do Banco Central Suíço, em 15 de janeiro de 2015, de abandonar a taxa de câmbio mínima de 1,20 franco por um euro fez com que o franco suíço valorizasse e os bens e serviços no país ficassem ainda mais caros em comparação com os países da zona do euro. O banco suíço UBS publica a cada três anos um estudo sobre Preços e SaláriosLink externo de três em três anos. No relatório publicado em setembro de 2015, o banco indicou Zurique e Genebra como cidades mais caras do mundo, na frente de Nova Iorque.

14

Tabela exemplo: Menu McDonalds...............................15,17 $ Cerveja nacional (0.5L)........................7,04 $ Coca Cola (0.33L).................................4,14 $ 1 litro de leite.........................................1,56 $ Pão branco fresco (500g).....................2,61 $ 12 ovos....................................................5,63 $ Água (1.5L)............................................1,25 $


Criminalidade

Existe na Suíça muita confiança. Não que absolutamente todos os suíços sejam íntegros mas, não é da cultura deles o famoso “jeitinho” e esperteza visando levar vantagem, não estão acostumados com isso, no geral são corretos, obedecem às leis e respeitam o próximo.

2. Produtos e objetos do lado de fora: alguns estabelecimentos comerciais deixam produtos expostos do lado de fora, dia e noite, inclusive nos domingos e feriados em que o comércio não abre. Nem sempre têm câmeras de vigilância! E também bicicletas, patinetes e carrinhos de bebê são Além disso, outra coisa tão importante quanto, é deixados nas calçadas em frente à supermercaque mesmo existindo classes sociais distintas, não dos, restaurantes e prédios, sem nenhum cadeado. vemos miséria como no Brasil. A classe mais baixa tem condições básicas para viver, ninguém mora nas 3. Crianças andam sozinhas nas ruas: vão sozinhas ruas e as crianças têm acesso à educação. Certamente à escola a partir dos 4 anos de idade! Muito comum isso contribui bastante para a baixa taxa de crimi- também vê-las brincando sem a presença de adultos. nalidade, embora os suíços digam, com razão, que Além da segurança em relação à criminalidade, conela tem aumentado devido à imigração pois, grande statamos o quanto a consciência e o respeito às leis parte dos delitos são cometidos por estrangeiros. de trânsito também contribuem com a segurança. Considerando fatores como: taxas de homicídios, bem-estar material, níveis de criminalidade e terrorismo, gastos militares, entre outros; segundo o Índice Global da Paz, a Suíça está entre os 10 países mais seguros do mundo, ocupando o 7º lugar, enquanto o Brasil aparece em 105º no ranking de 163 países (em primeiro a Islândia e, em último a Síria). Estes rança

4 e

exemplos comprovam a baixa criminalidade na

seguSuíça:

1. Supermercados onde o próprio cliente registra a compra: existem duas grandes redes (Migros e Coop) onde o cliente pode registrar as compras e realizar o pagamento sozinho. Em alguns, usa-se um leitor de código de barras conforme vai pegando os produtos e, em outros basta passar os produtos no leitor do caixa no final das compras. Em ambos os casos, não tem nenhum funcionário por perto e o controle é randômico, ou seja, de tantos em tantos clientes, acende uma luz e a pessoa deve dirigir-se à um balcão para controlarem se tudo foi registrado.

4. Casas sem muros e janelas sem grades: casas e apartamentos térreos com portas e janelas imensas de vidro e acesso direto, como também varandas e jardins com pertences à vista, inclusive cortadores de grama robóticos de última geração (lê-se: caros!)girando sozinhos, livre, leve e soltos… Mas, é válido dizer que mesmo assim, por garantia, é bom ficar atento nas estações ferroviárias, aeroportos e aglomerações, principalmente nos centros urbanos, onde é possível a existência de certa delinquência. Dados divulgados pelo Departamento Federal de Estatística, afirmaram que em 2015 a maior incidência de roubos aconteceu em Neuchâtel, seguida de Genebra e Lausanne, enquanto Friburgo foi a cidade mais perigosa com maior taxa de crimes violentos. (Fonte: Swissinfo) Acredita-se que o grau de segurança percebido pela população, fornece uma importante contribuição para a atratividade de um país, a produtividade dos cidadãos e o sucesso econômico de uma nação, já que a segurança reflete diretamente na qualidade de vida.

15


GARANTA SUA

VIAGEM

MELHORES CONDIÇÕES COM

AS

16


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.