Projeto Believe Centro de Acolhimento de Crianรงas e Adolescentes e Centro Profissionalizante
1 1. Contextualização.........................................10 1.1 Objetivo...................................................10 1.2 Local....................................................... 10 1.3 Metodologia...........................................11 1.3.1 Material.....................................11 1.3.2 Metodologia............................11 1.3.3 Procedimento..........................11
2 2. História do Acolhimento de Crianças no Brasil....13 2.1 Linha do Tempo............................................13 2.2 Brasil Colônia.................................................14 2.3 Brasil Império..................................................15 2.4 Brasil República.............................................17 2.5 Tempos Atuais...............................................19 2.5.1 Gráfico 1...................................20 2.5.2 Gráfico 2...................................21 2.5.3 Gráfico 3...................................22 2.6 Lar Judith........................................................23 2.6.1 Fotos do Local..........................24 2.7 Breve Histórico dos centros profissionalizantes..27
Sumário
3
3. Estudo de Caso............................................................................................30 3.1 Critérios para a escolha..................................................................30 3.1.1 Centro de bem-estar para crianças e adolescentes......30 3.1.2 Orfanato de Amsterdam.....................................................30 3.1.3 Casa de Acolhimento para Crianças do Futuro.............30 3.1.4 Centro Cultural Les Quinconces.........................................30 3.2 Centro de bem-estar para crianças e adolescentes.................31 3.2.1 Introdução.............................................................................31 3.2.2 Fotos.......................................................................................32 3.2.3 Projeto....................................................................................33 3.2.4 Plantas....................................................................................34 3.3 Orfanato de Amsterdam................................................................36 3.3.1 Introdução.............................................................................36 3.3.2 Fotos.......................................................................................37 3.3.3 Projeto....................................................................................38 3.3.4 Plantas....................................................................................39 3.3.5 Estrutura..................................................................................40 3.4 Lar para Crianças do Futuro..........................................................41 3.4.1 Introdução............................................................................41 3.4.2 Fotos.......................................................................................42 3.4.3 Diagramação.......................................................................43 3.4.4 Implantação.........................................................................44 3.4.5 Plantas...................................................................................45 3.5 Conclusão.......................................................................................46
4 4. Área de Implantação...............................................49 4.1Avenida Brigadeiro Faria Lima.......................49 4.1.1 Introdução..........................................54 4.1.2 Porque na Avenida Faria Lima......50 4.1.3 História...............................................51 4.1.4 Edifícios Importantes........................53 4.2 Uso e ocupação.............................................54 4.3 Gabarito de Altura.........................................55 4.4 Vegetação......................................................56 4.5 Vias....................................................................57 4.6 Zoneamento....................................................58 4.7 Visita Técnica...................................................59 4.7.1 Condicionantes Legais......................60 4.7.2 Implantação.......................................61 4.7.3 Problemas x Potencialidades............62
5
5. Programa de Necessidades............................64 5.1 Programa de Necessidades do centro cultural........................64 5.1.1 Quadro de Necessidades........65 5.2 Programa de Necessidades do centro de acolhimento........................66 5.2.1 Quadro de Necessidades.........67
Sumário
6 6. Estudo Preliminar........................................69 6.1 Distribuição no Terreno..........69 6.2 Processo Criativo....................70 6.3 Estudo da Implantação........71 6.4 Organograma/fluxograma do Centro Profissionalizante........72 6.5 Organograma/fluxograma do Centro de Acolhimento.......77
7 7. Conclusão.....................................81 7.1 Considerações Finais.......81 7.2 Bibliografia........................82 7.2.1 Bibliografia – Sites......82 7.2.2 Bibliografia –Artigos...82 7.3 Tabela de Figuras.............83
CENTRO DE ACOLHIMENTO Trabalho
final de graduação como
parte das atividades para obtenção do título de arquiteta e urbanista do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Cruzeiro do Sul de São Paulo sob a orientação do professor Marlon Paiva. 6
AGRADECIMENTOS À mim mesma pois precisei me dedicar muito e acreditar que conseguiria, ao meu noivo Fernando que sempre esteve comigo nestes cinco anos de estudo, principalmente pela paciência, compreensão e apoio, e também por sempre me dar forças para concluir, à todos da minha família que me apoiaram e acreditaram em mim e também aos meus amigos de curso, por dividirem comigo todos os momentos de aprendizagem e de angustia e aflições.
7
Resumo
Desde os tempos antigos existe o abandono, mas as crianças naquela época e em sua grande maioria, eram tratadas de forma desumana. Após um longo período o Brasil conseguiu melhorar suas legislações e com isso melhorou o atendimento aos órfãos. Em 1990 foi criado um Estatuto da Criança, o ECA, a fim de proteger as crianças através de leis. Hoje, encontramos instituições que atendem as regras, porém em espaços não dimensionados e planejados corretamente. Sendo assim, o projeto do Centro de Acolhimento será feito na cidade de São Paulo, pensando em trazer uma vida melhor para crianças e adolescentes que não possuem relação com os familiares, ou órfãos, de forma bem distribuída, lhes causando uma sensação de “lar”, mas com toda a infraestrutura necessária. Além disso, será criado no mesmo terreno, um centro cultural à
fim de oferecer atrações ao público, e consequentemente arrecadar fundos para o orfanato.
Since ancient times there has been abandonment, but as the child on the rise and for the most part, they were treated in an inhumane way. After a year, Brazil can improve its
legislation and thus improve orphan care. In 1990 a Child Statute, the ECA, was created to protect children through laws. Today, organizations comply with the rules, although in spaces not sized and planned correctly. Therefore, the project of the Reception Center will be done in the city of São Paulo, thinking of bringing a better life for children and adolescents who do not have a relationship with relatives or orphans, in a well distributed, with a sense of pleasure . "But with all the necessary infrastructure. In addition, the same cultural center will be created, and consequently raise funds for the orphanage.
8
1
Introdução
Contextualização 1.2 Local
1.1 Objetivo O
objetivo deste trabalho é propor um projeto
arquitetônico, para um Centro de Acolhimento de crianças e adolescentes órfãos de 0 a 18 anos e em situação de vulnerabilidade na cidade de São Paulo, de forma mais humanizada, para que se sintam seguros e em uma família, mesmo antes de serem adotados, tirando
Ao pensar em projetar um Centro de Acolhimento, uma das minhas preocupações era onde fazer. Nasci em São Paulo e posso dizer que em toda minha vida e em
todos os trajetos que já realizei pela cidade, nunca me deparei com um orfanato.
Através
de pesquisas, verifiquei que a grande
assim o “pré-conceito” de criança de orfanato e mostrar
maioria está situada em bairros mais afastados e em
para sociedade que é possível formar bons cidadãos em
áreas mais pobres. Seguindo a lógica, poderia pensar
centros de acolhimento. O principal objetivo é construir
também na construção de um orfanato mantendo os
um local onde as crianças e adolescentes sintam-se
mesmos padrões. Porém, após uma boa reflexão, pensei
amados e abraçados, com afeto e amor. E mesmo se
“Porque não construir no centro da cidade?”. Foi então
não
que pensei no planejamento do orfanato na
forem
adotados,
sintam
que
sua
infância
e
adolescência foram rodeadas com muito carinho.
Será
proposto também um centro cultural para o
público, com oficinas, atrações, etc., e com isso, arrecadar fundos para o desenvolvimento do orfanato e das crianças que o habitam.
Av.
Brigadeiro Faria Lima. Construído neste local, o centro teria maior visibilidade, uma grande facilidade de acesso ao local, incluiria socialmente os órfãos além de atrair um público alvo muito grande para o orfanato e para o centro cultural, que contribuiria também no fornecimento de fundos para investimento no orfanato..
10
Contextualização Temática
1.3 Metodologia Para a realização deste trabalho final
de curso, foi adotada a metodologia de pesquisa através de artigos,
projetos, sites e materiais fornecidos pela disciplina.
1.3.1 Material
Para
a pesquisa serão utilizados sites,
artigos, livros e visitas técnicas.
1.3.2 Metodologia
A metodologia utilizada será Pesquisa Exploratória e Qualitativa, utilizando o Método de Estudo de Caso e pesquisa histórica.
1.3.3 Procedimento
O
procedimento será através da historia,
estudos de caso e levantamento do terreno, para poder realizar o projeto.
11
2
Histรณria do Acolhimento de Crianรงas no Brasil
História do Acolhimento de Crianças no Brasil
2.1 Linha do Tempo Surgiu o atendimento a crianças, chamado “Roda dos Expostos”.
1500
1834
1726 A expectativa de vida era de 14 anos. Crianças eram entregues aos marinheiros, por conta da pobreza.
Foi criado o ECA, Estatuto da Criança, para garantir os direitos das crianças desamparadas.
Para tentar salvar a infância brasileira, foi criado o Código de Menores.
Criação do Ato Adicional, que determinava que a instrução primária seria de responsabilidade das províncias brasileiras.
1979 1990
1927 Criação do 2º Código de Menores, que possibilita a intervenção do Estado sobre a família.
13
História do Acolhimento de Crianças no Brasil
2.2 Brasil Colônia No Brasil Colônia, não existia proteção com a criança, e muitos viviam em extrema pobreza. A expectativa de
16 anos e que eram utilizadas para venda, onde algumas eram virgens e outras prostitutas.
Posteriormente
em 1726 surgiu um sistema de
vida era de 14 anos, onde
atendimento para crianças abandonados chamado
metade
nascidos
“Roda dos Expostos”, criado pela Santa Casa de
morriam antes de completar
Misericórdia, o que evitou durante muito tempo, o
7 anos. Por conta desta pobreza, e para ganhar um
abandono de bebês e crianças nas ruas ou igrejas, de
dinheiro, muitas mães entregavam seus filhos para a
forma a manter o anonimato do autor do abandono,
. marinha. Desta forma as embarcações portuguesas em
que em alguns casos eram mães que que buscavam
1500 levavam os grumetes, que eram os que atuavam em
ocultar a desonra de gerar um filho ilegítimo ou que
trabalhos arriscados, tinham as piores condições de vida e
não tinham condições de criá-lo.
Figura 01
dos
alimentação, e eram vítimas de muitas tragédias a bordo. Os pajens tinham a função de auxiliar as famílias, servir a
mesa
e
arrumar
os
quartos.
Podemos
dizer
que
trabalhavam menos que os grumetes mas possuíam uma má alimentação e estavam sujeitos a exploração sexual
(RAMOS, 2000, pg.19). Também haviam as órfãs do rei, que eram meninas brancas e pobres menores de
Figura 02
14
História do Acolhimento de Crianças no Brasil As primeiras “rodas” no Brasil surgiram no século XVIII, e só foram extintas em 1950. O sistema de Roda dos Expostos teve inicio na Europa católica, nos países como França e Portugal e posteriormente foi trazido para o Brasil pela colônia portuguesa. Além das Casas de Misericórdia, surgiram neste mesmo período as primeiras instituições para Educação de Órfão, que foram instaladas em várias cidades brasileiras. O regime das instituições seguia o modelo de claustro e da vida religiosa (comandadas por irmandades, ordens e iniciativas pessoais de membros do clero). As características fundamentais eram as práticas religiosas e o restrito contato com o mundo exterior. Figura 03
No
século XIX, por influência do
2.3 Brasil Império ideário da Após
se tornar independente de Portugal, o Brasil
Revolução Francesa (progresso e civilização), após
segue instalando escolas públicas primárias e internatos,
questionarem sobre o domínio do ensino religioso,
rumo à educação do povo. Ainda no reinado de
perceberam
que
os
pobres
D.Pedro II em 1834, houve a criação do ato adicional (Lei
precisavam
de
mudanças
quando
n. 16 de 12/8/1834), que determinava que a instrução
asilos
para
crianças
gradativas,
comparado ao ensino considerado “útil a si e à Patria”
primária
(Rizzini & Rizzini, 2004, p.24). O ensino religioso nunca
brasileiras. Assim, os governos seguem com a criação de
deixou de fazer parte das instituições públicas, por possuir
escolas e institutos para formação das crianças e
preceitos morais, dos bons hábitos e das noções de
adolescentes das classes populares.
ordem e hierarquia.
seria
de
responsabilidade
das
províncias
15
História do Acolhimento de Crianças no Brasil Em algumas das províncias, houve a instalação das
Mesmo
com o acolhimento das órfãs nestas
Casas de Educandos Artífices, onde eram passadas aos
instituições, havia uma certa discriminação, pois as órfãs
meninos pobres instruções primárias, musicais e religiosas,
legitimas ficavam em locais separados das órfãs desvalidas
além de aprender ofícios mecânicos, como marcenaria e
ou filhas naturais de mães pobres, e também havia uma
alfaiataria, entre outros.
separação entre meninas brancas e “de cor”. As órfãs legítimas
também
recebiam
um
atendimento
diferenciado. Além dessa divisão, ocorreu em 1854 a criação do estabelecimento “Órfãs Brancas do Colégio Imaculada Conceição”, que tinha como finalidade a “formação religiosa, moral e prática de boas empregadas domésticas e donas-de-casa”. Em 1872, foi criado o Orfanato Santa Maria, que se restringiu na “formação de empregadas domésticas e semelhantes.” (Rizzini e Rizzini pg.27)
Figura 04
Nos
séculos XVIII e XIX as meninas podiam contar
com a proteção dos recolhimentos femininos, criado por religiosos. Nestes locais a tutela do pai era substituída, e as órfãs recebiam a educação necessária para o lar e casamento. Em caso de casamento, o pedido deveria ser feito à direção da instituição.
Figura 05
16
História do Acolhimento de Crianças no Brasil 2.4 Brasil República Após a proclamação
Em
da República e a abolição
1941 foi criado o SAM, Serviço de Assistência a
da escravidão, o Brasil percebeu que a questão da
Menores, onde seu objetivo era amparar os menores
assistência das crianças e adolescentes era problema do
desvalidos e infratores, em todo o território nacional.
estado,
fazendo
com
que
fossem
implementadas
políticas de atendimento ao menor.
Desta forma, a justiça buscou melhorar o sistema institucional para “salvar“ a infância brasileira do século XX.
Essas mudanças se iniciaram com a criação e
aprovação do Código de Menores em 1927.
Os
juizados
reformaram
e
construíram
Figura 07
estabelecimentos de internação, buscando aprimorar e
No
ampliar os modelos já
possuía métodos inadequados que geraram revolta
existentes.
naqueles que deveriam ser amparados e orientados:
Neste
entanto, não conseguiu cumprir sua finalidade, pois
mesmo período com a Em termos rudes, a realidade é que o SAM entrega
intenção de recuperar os
mais de uma dezena de milhar de menores por
menores
ano a terceiros, para que cuidem de sua vida e
delinquentes foi criada
educação, sem a mínima garantia jurídica de que lhes seja dispensado um trato razoavelmente
a escola de reforma. Figura 06
humano. (Nogueira Filho: 1956, p.264).
17
História do Acolhimento de Crianças no Brasil Após este fracasso, as autoridades públicas propuseram a criação de um novo instituto. Então, em 1964 foi criado o FUNABEM, com o objetivo inicial de instituir o “Anti-SAM”, com diretrizes diferentes das criticados no SAM. Sendo assim, o estado se mostrava preocupado em oferecer necessidades básicas, e esquecia das necessidades integrais. “Dessa
forma,
o
estado
se
resumia
por
meio
do
assistencialismo, em criar instituições próximas de famílias para “cuidar” das crianças, ou seja, estas eram retiradas de suas Figura 08
famílias “desestruturadas” e colocadas a conviver com pessoas que não conheciam tudo pelo “bem da nação” (CUSTÓDIO, 2009, p.19). Podemos dizer então que o menor era um “problema” que o estado com sua bondade tentava resolver. Em 1979, surgiu o 2º Código de Menores, e a FEBEM substituiu a FUNABEM, contrariando a visão do problema da criança marginalizada como uma Patologia Social. Porém, esta forma que não garante o direito dos indivíduos foi vista como arbitrária e inaceitável, visto que não estava mais no regime de ditadura.
Figura 09
18
História do Acolhimento de Crianças no Brasil Em 1990, a institucionalização de crianças e adolescentes toma
privação da liberdade (Rizzini & Rizzini, , 2004, p.48).
Tanto
nos abrigos como nas instituições de
uma nova direção, e surge então
internação, a lei prevê formas de garantir os direitos
o ECA (Estatuto da Criança e
tanto das crianças quanto dos adolescentes, com um
adolescente), com a doutrina de proteção integral.
conjunto de normas dos direitos fundamentais a fim de
Neste momento a criança não era mais vista como um
garantir a proteção, mas com políticas públicas de
problema mas como um ser em desenvolvimento que
atendimento.
deve ser respeitado.
2.5 Tempos Atuais Após
a
criação do ECA,
várias
instituições
mudaram e se adequaram de forma a atender melhor as crianças e protegê-las. As instituições abrigam crianças
órfãos,
sem
vinculo
com
a
família
ou
abandonadas. Figura 10
A partir daí, a lei foi modificada, dependendo da natureza da situação, sendo: Abrigo: Serviu como medida provisória para crianças em situação de risco. Internação: Como uma medida sócio educativa de
O acolhimento deve ser breve, temporário de até dois anos, principalmente quando feito tardiamente, pois nesses casos fica praticamente inviabilizada a
adoção. Em 1/3 dos casos a negligencia dos pais ou responsáveis é o motivo da retirada do convívio familiar. Dentre as razões existem também:
19
História do Acolhimento de Crianças no Brasil E se necessário integração em família substituta, quando Motivos da Retirada
esgotados os recursos de manutenção na família de origem. Os princípios que deverão ser seguidos pelas entidades que realizam abrigo, são: • atendimento personalizado e em pequenos grupos; • desenvolvimento de atividades em regime de co-
Ao chegarem nos abrigos existem regras para uma melhor organização, levando em consideração que
cada abrigo deve acolher em torno de 20 a 30 crianças, mas nem sempre se mantém esse número.
Segundo
Rizzini & Rizzini (2004) as instituições de
abrigo podem se distinguir de duas formas: Públicas: essas geralmente estão ligadas ao governo, por programas estaduais e municipais. Privadas: são criadas a partir de iniciativas ligadas à organizações não-governamentais e igrejas. Mesmo sendo pública ou particular, a tentativa da preservação dos vínculos familiares devem ficar em primeiro lugar.
educação; • não-desmembramento de grupos de irmãos; • evitar sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; • participação da vida na comunidade local; • preparação gradativa para o desligamento; • participação de pessoas da comunidade no processo educativo. “Este é um programa que se caracteriza por propiciar às crianças e adolescentes, a oportunidade de participar na vida da comunidade através da utilização de recursos como escolas, áreas de lazer, centros médicos, quadras esportivas, etc.” (Trabalhando Abrigos” – CBIA/SP, páginas 22 e 23).
20
História do Acolhimento de Crianças no Brasil A
equipe que trabalha nestas Instituições é composta por assistentes sociais, psicólogos, educadores, que são
profissionais contratados ou voluntários (Rizzini & Rizzini, 2004, p.56). Existem também as Casas Lar, onde crianças e adolescentes ficam em residências oferecidas pela organização, com responsáveis que cuidam deles em um lar de forma que se tornem parte da família, até que sejam adotados. De acordo com o gráfico abaixo podemos ver a quantidade de crianças adotadas em 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 no Brasil:
2012
2015 2013
2014
2016
1.212 1.046 1.177 1.494 1.226 Número de Adoção de crianças e adolescentes no Brasil
Porém este numero é muito pequeno, levando em consideração que hoje temos 47 mil crianças em abrigos, mas só 7.300 podem ser adotadas. Do outro lado existem 33 mil pessoas habilitadas a adotar, de acordo com Cadastro Nacional de Adoção (CNA), mas o processo é muito lento, o que faz com que cada dia este número só aumente. 21
História do Acolhimento de Crianças no Brasil
18,8% dos pretendentes só aceitam crianças brancas
66,1% não aceitam adotar irmãos
91% só aceitam crianças de até 6 anos
2.5.3 Realidade da Adoção Ao
64%
ver a quantidade de pessoas
querendo adotar, e as de crianças prontas para serem adotadas, nos perguntamos: “Porque estas pessoas não conseguem adotar?”
A
59,7% tem irmãos
resposta está nesse comparativo,
onde podemos ver a realidade da adoção e concluir que muitos exigem crianças sem
doenças,
das crianças não são brancas
sem
irmãos,
brancas
e
principalmente até 6 anos, o que muitas
62% tem entre 7 e 17 anos
vezes é complicado de achar. Com isso, é
64,7%
gerado um aumento da quantidade de
só aceitam crianças sem doença alguma
acabam não tendo a oportunidade de ter
Gráfico 03
crianças em abrigos, onde as mesmas
25,3% tem problema de saúde
um lar para chamar de seu. 22
História do Acolhimento de Crianças no Brasil 2.6 Lar Judith
De
acordo com ela o maior motivo de abandono
das crianças que o lar recebe, de 7 anos para cá, são drogas, onde os pais são encaminhados para tratamento, porém desistem da reabilitação e caem nas drogas novamente.
Após o abandono, outros integrantes da família podem pedir a guarda da criança, mas em alguns casos os avós não aceitam e alegam: - “Eu sofria muito quando Figura 11 – Entrada Principal
O
Lar Judith fica localizado na Rua Heloísa Penteado, 317 -
minha filha era adolescente usando drogas. Ela roubava dentro de casa e nos agredia, e se hoje eu ficar com a
Vila Esperança, São Paulo - SP, 03649-010
filha dela, ela virá na minha casa e então voltarei a ter
Em visita Técnica feita no local, foi verificado que a
problema como antigamente, pois ela irá exigir coisas de
instituição atende em torno de 25 crianças, porém no
mim, porque estou com a guarda da criança.” Desta
momento não possui nenhuma criança. Em entrevista com
forma, muitas crianças são deixadas para serem adotas
a diretora Rose, consegui algumas informações sobre o
pelo medo que os avós tinham de sofrer novamente com
orfanato.
os pais drogados.
O
lar foi criado no ano de 1986 com o intuito de
criar um lar para crianças, e até hoje segue o mesmo principio.
Essas crianças chegam em situações deploráveis, sem vacinas, sujas, desnutridas, e muitas, contam tudo que
viveram.
23
História do Acolhimento de Crianças no Brasil O tempo médio que as crianças permanecem no lar é de 2 anos, mas as vezes este prazo é ultrapassado, pois antes de tudo deve ser descartado todos os parentes que podem ficar com a guarda, antes de colocar na adoção.
Por ser uma instituição privada, não há nenhuma ajuda do governo. Sendo assim toda a alimentação acontece através de doações. Uma forma de arrecadar dinheiro é através do aluguel de um salão da qual alugam e fazem jantares e almoços beneficentes.
Na
casa as crianças realizam 6 refeições por dia, sendo elas: café da manhã, colação (uma fruta entre as
refeições), almoço, outra colação, jantar e outra colação.
2.6.1 Fotos do Local
Figura 12 – Sala de Estar
Figura 13 – Sala de Estar
24
História do Acolhimento de Crianças no Brasil
Figura 14 – Cozinha Geral
Figura 17 – Armário da cozinha
Figura 15 – Sala de Atividades Infantil
Figura 18 - Refeitório
Figura 16 – Televisão sala de Atividades
Figura 19 – Mesa de Atividades
25
História do Acolhimento de Crianças no Brasil
Figura 20 – Quarto das Adolescentes
Figura 23 – Armário quarto das Adolescentes
Figura 21 – Armário do Berçário
Figura 22 – Quarto dos Adolescentes
Figura 24 – Berços
Figura 25 – Quarto meninas menores
26
2.7 Breve histórico sobre Centros Profissionalizantes O marco inicial do ensino profissionalizante se deu no ano de 1909 pela Rede Federal Profissional e Tecnológica
de nível médio. No ano seguinte os Liceus Industriais passaram
a
ser
as
Escolas
Industriais
e
Técnicas.
pelo então presidente Nilo Peçanha. Naquele ano foram
abertas
dezenove
“Escolas
de
Aprendizes
Artífices“
Dezessete anos mais tarde, em 1959, Juscelino
subordinadas, naqueles idos, ao Ministério dos Negócios, da
Kubitschek (1956-1961) transformou as Escolas Industriais e
Agricultura, Indústria e Comércio. A Constituição de 1937
Técnicas em autarquias com o nome de Escolas Técnicas
trata pela primeira vez do ensino técnico e profissional e
Federais
com
autonomia
didática
e
de
gestão.
transforma as Escolas de Aprendizes Artífices em Liceus Industriais.
Em 1971, aprovada a segunda versão da Lei
de Diretrizes e Bases, LDB, todo o currículo do então segundo grau, hoje ensino médio, se tornou técnicoprofissional. Só na terceira LDB, de 1996, ensino básico e profissional foram desvinculados. No capítulo III da Lei, que trata exclusivamente da Educação Profissional, está dito: “Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o Figura 26
Em 1941 a Lei Capanema reformou todo o ensino nacional e passou a considerar o ensino profissional como
trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional.” 27
Breve Histórico sobre Centros Profissionalizantes no Brasil Escolas
profissionalizantes
são
aquelas
que
A idéia é que as escolas técnicas ofereçam uma
preparam para o mercado de trabalho. A Lei de Diretrizes
educação
complementar
com
essas
inúmeras
e Bases, hoje, define claramente: a educação básica
possibilidades de preparação para inserção direta no
garante a formação do LDB, de 1996, em vigência até
mercado de trabalho. Elas tendem a estarem, portanto,
cidadão enquanto o ensino profissionalizante é uma
voltadas para as necessidades do mercado local,
formação complementar.
formando técnicos que respondam a essa demanda.
Três diferentes tipos de cursos constituem o ensino profissionalizante.
Com
diferentes
exigências
e
capacitações específicas, são eles: o curso de nível
básico que não exige ensino médio completo e forma seus alunos para desempenharem atividades pontuais e específicas – seu diploma também não inclui a conclusão
do ensino médio; o curso de nível técnico que, esse sim, exige o segundo grau completo que pode ser feito concomitantemente com o técnico – nesse caso com
duração de quatro anos e dedicação integral; e o curso de tecnólogo que é um curso superior de curta duração: dois anos – para cursá-lo é necessária a conclusão prévia
do
ensino
médio.
28
3
Estudos de Caso
3. Estudo de caso 3.1 Critérios para a escolha 3.1.1 Centro de bem-estar para crianças e adolescentes Arquitetura Contemporânea – é um projeto em L, sendo que cada pavimento é menor que o anterior, formando terraços. Fachada – concreto branco e persianas de ferro fazem com que possua uma sensação homogênea e permita uma privacidade interna.
3.1.2 Orfanato de Amsterdam Estrutura – o edifício possui uma estrutura reticulada com grandes pátios internos e entrada de iluminação zenital através das cúpulas. Programa – divisão interna de residências com uma estrutura para atender as necessidades das crianças.
3.1.3 Casa de Acolhimento para Crianças do Futuro
Arquitetura Simples – Este projeto é apresentado de uma forma inovadora, onde sua arquitetura é simples e lúdica de maneira a formar unidades de casas que se integram. Programa – divisão interna dos moradores, sendo por faixa etária em cada unidade, com uma estrutura para atender as necessidades das crianças.
3.1.4 Centro Cultural Les Quinconces Arquitetura Contemporânea – A arquitetura contemporânea possui uma particularidade, com a utilização de um bloco de vidro e outro fechado, e uma cobertura bem fina e metálica. Teatro – O teatro fica no bloco de vidro e possui uma estrutura com um design maravilhoso. 30
CENTRE-DACCUEIL-DURGENCE CENTRO DE BEM-ESTAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
5.211m²
local e de bem-estar infantil em Paris. Sua função é dar abrigo emergencial
2.0.1.3
Marjan Hessamfar & Joe Verons
PARIS
3.2.1 Introdução Este é um Centro Residencial de emergência gerido pelo departamento
centro de emergência é tanto para abrigo quanto para servir como lar de
PARIS
para menores sob tutela legal. O principal objetivo é fornecer apoio prático, educacional e psicológico para as crianças e adolescentes. A definição de atendimento onde se sintam acolhidos, protegidos e cuidados. E servir como um lugar de transição, onde os laços familiares são incentivados de forma calma e compassiva.
Figura 32 – Pátio Interno
Figura 33 – Fachada Lateral
31
Centro de Bem-estar para Crianças e Adolescentes 3.2.2 Fotos
Figura 34 – Varanda
Figura 36 – Sala de Atividades
Figura 35 – Fachada dos Fundos
Figura 37 – Perspectiva vista da rua
32
Centro de Bem-estar para Crianças e Adolescentes Legenda Prolongamento da função Crianças de 0 a 3 anos Crianças de 6 a 12 anos Crianças de 3 a 6 anos Adolescentes de 12 a 18 anos Apoio para funcionamento Área técnica-administrativa
3.2.3 Projeto Este projeto
Figura 38 – Corte Longitudinal Esquemático
foi dividido de forma em que cada
andar seja atribuído de acordo com a faixa etária, atendendo suas necessidades. Sua distribuição é feita em 7 pavimentos e da seguinte forma: • No primeiro pavimento é localizada a entrada e a parte administrativa do abrigo;
•
O quarto pavimento é destinado às crianças de 3 a 6 anos;
• No quinto pavimento estão crianças maiores, de 6 a 12 anos; • O sexto pavimento é um prolongamento da função.
A maneira
em que foi feita a distribuição deixou o
projeto muito mais funcional, de forma a facilitar o
• No segundo pavimento, encontra-se as áreas que
atendimento e o crescimento das crianças. Uma questão
atendem os funcionários e a parte de apoio para o
a ser levantada é o fato de não haver uma divisão por
funcionamento do Abrigo;
sexo. De acordo com o ECA, a partir de 12 anos de idade
• No terceiro pavimento ficam apenas os adolescente de 12 a 18 anos;
isto deve existir. 33
Centro de Bem-estar para Crianças e Adolescentes
3.2.4 Plantas 1 – Cozinhas 2 – Locais Técnicos 3 – Arquivo, armazenamento 4 – Sala de Reuniões 5 – Biblioteca 6 – Oficina 7 – Lavanderia 8 – Sala de Jantar dos funcionários 9 - Vestiários
Circulação Vertical Circulação Horizontal
Circulação Vertical Circulação Horizontal
Figura 39 Legenda
Legenda
Legenda
Legenda
1 – Entrada 2 – Home Office 3 – Escritório da Equipe de Educação 4 – Sala de Espera 5 – Salas de Visita 6 – Sala de Serviço Social 7 – Enfermaria 8 – Sala de Reuniões 9 – Escritórios da Gestão Administrativa 10 – Escritórios demais Serviços
Figura 40
Primeiro Pavimento
Ao
3 – Quartos de 1 a 3 camas 4 – Sala de banho comunitária 5 – Escritório equipe educativa 6 – Sala de jantar 7 – Sala de jogos 8 – Sala de leitura 9 – Sala da Psicóloga 10 – Jardim de infância 11 – Escritório 12 – Terraço jardim
4 – Quartos individuais 5 – Quartos adaptados 6 – Escritório Educador 7 – Sala de Jantar 8 – Sala de jogos 9 – Sala de esportes 10 – Sala de aula 11 – Midiateca 12 – Lavanderia 13 – Escritório Jardim Interno Circulação Vertical Circulação Horizontal
Segundo Pavimento
Figura 41
Terceiro Pavimento
observar as plantas podemos perceber como a distribuição acontece. O
primeiro e segundo andar estão dedicados à parte administrativa do prédio, e as crianças não possuem acesso, o que é muito bom, pois trás a sensação de lar e não de instituição.
Nos
Jardim interno Circulação Vertical Circulação Horizontal
demais andares vemos que a distribuição por faixa etária acontece
perfeitamente, oferecendo aos internos tanto um local para descansar com os quartos, quanto áreas de estudo e diversão.
Por outro lado a questão de possuir muitas salas e divisões, faz com que traga a Figura 42
Quarto Pavimento
sensação de instituição, e não trás o aconchego de uma casa.
34
Centro de Bem-estar para Crianças e Adolescentes Legenda 2 – Unidade de Dormitórios “Lutins” 3 – Unidade de Dormitórios “Petit Mousse” 4 – Unidade de Dormitórios “Bout’chou” 5 – Jardim de infância 6 – Escritório Educador 7 – Sala de auscultação 8 – Escritório Versátil 9 – Sala de Visitas 10 – Local para guardar carrinhos de criança 11 – Alimentação de bebês 12 – Escritório 13 – Terraço Jardim
Legenda 3 – Quartos de 1 a 3 camas 4 – Sala de banho meninas 5 – Sala de banho meninos 6 – Escritório Equipe Administrativa 7 – Sala de Jantar 8 – Sala de Jogos 9 – Sala de Aula 10 – Midiateca 11 – Escritório Jardim interno Circulação Vertical Circulação Horizontal
Figura 43
Legenda 1 – Prolongamento da função 2 – Corredor ao ar livre 3 – Telhado não acessível Circulação Vertical Circulação Horizontal
Circulação Vertical Circulação Horizontal
Quinto Pavimento
Figura 44
Em
Sexto Pavimento
Figura 45
Sétimo Pavimento
todos os andares vemos longos corredores, fazendo com que
reforce a sensação de instituição.
Para trazer mais iluminação natural no ambiente, foram feitos jardins internos com uma área recreativa em alguns pavimentos, o que tirou aquela sensação de local fechado, e trouxe uma possível solução para o caso de acontecer uma falta de luz.
A fachada do edifício é formada por um revestimento de madeira e metal, e um conjunto de persianas feitas de alumínio dourado, o que traz Figura 46 - Vista Pátio Interno
uma proteção solar e uma privacidade aos usuários que lá habitam.
35
AMSTERDAM ORPHANAGE ORFANATO DE AMSTERDAM
o arquiteto holandês Aldo Vam Eyck projetou o
Orfanato de Amsterdam, na periferia da cidade. O terreno escolhido é plano,
1.9.6.0
Aldo Van Eyck
3.3.1 Introdução No ano de 1960,
AMSTEDAM
o que favorece a acessibilidade, pois não há necessidade de criar rampas. O edifício assemelha-se a um labirinto, onde existem muitos espaços internos e externos, e sua divisão é feita de acordo com a faixa etária. O projeto foi criado para atender em torno de 125 crianças, sendo de 0 a 20 anos. Hoje este projeto serve de referência para muitas escolas e outros orfanatos. O principal objetivo é que os moradores tenham diferentes relações com o espaço construído e a cidade.
Figura 47 – Vista Pátio Interno
Figura 48 – Vista aérea do Orfanato de Amsterdã
36
Orfanato de Amsterdam 3.3.2 Fotos
Figura 49 – Vista do Pátio Externo
Figura 51 – Fachada Lateral
Figura 50 – Pilares Externos
Figura 52 - Playground
37
Orfanato de Amsterdam 3.3.3 Projeto
O
edifício possui apenas o pavimento térreo, o que é muito interessante,
principalmente pela sua extensão. E para haver uma boa distribuição e não ficar
muito escuro no interior, foram construídos diversos pátios internos, trazendo mais iluminação natural. Sua divisão é feita em módulos, da qual de acordo com as plantas abaixo podemos ver como é a distribuição internamente.
Possui em torno de 12 pátios, de tamanhos diferentes, sendo que a maioria fica localizada nos quartos; A circulação é feita através de longos e largos corredores, passando por
pátios abertos; A maior área é a de serviço, onde ficam localizados a cozinha, escritório administrativo, diretoria e cozinha principal;
Na área recreativa ficam os ambientes destinados à diversão de todos. Planta Figura 53
Pátios
Área de serviço Área recreativa
Corte Figura 54
Figura 55
Figura 56
Circulação
Figura 57
38
Orfanato de Amsterdam 3.3.4 Plantas
Unidade para crianças de 2 – 4 e 5 – 6 anos Legenda
Para
Figura 59
1 – Vestiário 2 – Casa de tijolo de brinquedo 3 – Seção Inferior com banco circundante 4 – Modelagem em janela baixa 5 – Armários e Aquecedor 6 – Cozinha Aberta 7 – Sala de estar 8 – Lavanderia 9 – Chuveiros 10 – Banheiros 11 – Caixa de areia 12 – Sala de jogos coberta 13 – Cabines de Dormir
o arquiteto Van Eyck, cada grupo de crianças possui suas
necessidades. Levando em conta este fator, foram divididas em grupos, e assim
cada um foi alocado estrategicamente. Cada módulo de quarto é chamado de residência e possui característica específica pra atender cada faixa etária contendo mobiliário, equipamentos e serviços específicos. A distribuição ficou da Figura 58
seguinte forma:
As crianças de até 4 anos de idade ficam em um quarto menor para atender suas necessidades; Após 2 anos de idade as crianças vão para um outro quarto até os 4 anos de idade; Em outro quarto ficam crianças dos 5 a 6 anos e de 7 a 10 anos; Dos 10 aos 14 anos e dos 15 aos 20 anos, a distribuição ocorre de acordo com o sexo e faixa etária, onde para cada uma há 2 quartos.
Esses
ambientes são dispostos ortogonalmente, fazendo com que cada unidade tenha uma diferente fachada.
Cada unidade é dividida em dois módulos, sendo um menor para os quartos e um maior para os espaços comuns.
39
Orfanato de Amsterdam 3.3.5 Estrutura A estrutura consiste em módulos com quatro colunas nos cantos, e um telhado coberto com cúpulas pré-moldadas. A junção
de
pequenas
cúpulas
formam
uma
grade,
proporcionando uma articulação espacial contínua. Desta forma, o edifício é uma sequência modulada de cubos unidos entre si e corredores segmentados. Figura 60
No projeto não há a utilização de janelas. A escolha foi
Figura
62
–
Cobertura
com
Iluminação Zenital
fazer portas grandes de vidro em uma das faces do cubo, que se contrapõem às paredes de tijolo. Outro ponto é a construção de muretas e cilindros na escala das crianças, de forma a criar espaços convidativos para os moradores. Podemos citar alguns dos pontos principais da estrutura deste projeto:
O vidro, concreto e o tijolo são os materiais utilizados; A iluminação zenital é feita através de módulos cerâmicos quadrados localizados na cúpula da cobertura; Os pilares que suportam os módulos são redondos e do mesmo tamanho inseridos em vigas de concreto “T”; Ao todo existem 336 colunas na estrutura; O projeto todo foi concebido com as crianças em mente, onde poços de areia Figura 61 – Pilotis do Pátio Central
foram adicionados no pátio.
40
LAR PARA CRIANÇAS DO FUTURO
2.0.1.4 1.500m²
CEBRA
DINAMARCA
3.4.1 Introdução O Lar para crianças
KERTEMINDE
do futuro é feito para crianças com problemas
mentais, criando um ambiente acolhedor como um lar, mas com propostas pedagógicas. A arquitetura consiste em uma casa simples de formas básicas da típica casa dinamarquesa, com um telhado de duas águas. O objetivo principal é implementar um centro que promova as relações sociais em um sentido de comunidade, mas sempre atendendo as necessidades das crianças, formando-as para um melhor futuro possível. Este projeto está situado em um terreno localizado em uma área residencial.
Figura 63 – Fachada Frontal
Figura 64 – Fachada dos Fundos
41
Lar para Crianças do Futuro
3.4.2 Fotos
Figura 65 – Perspectiva das Janelas
Figura 67 – Perspectiva das Sacadas dos Fundos
Figura 66 – Imagem completa dos fundos
Figura 68 – Entrada do Lar para Crianças
42
Lar para Crianças do Futuro
3.4.3 Diagramação
Se pensarmos na
diagramação do edifício, lembramos dos desenhos
infantis, onde a casa é feita com um telhado de duas águas, retangular, com uma porta e uma janela, e com uma chaminé. Essa diagramação foi a base para o abrigo, uma típica casa dinamarquesa simples, integrando com a área residencial em volta, porém se destacando por possuir uma nova forma lúdica, com sua própria identidade.
O
conceito do projeto possui uma base geométrica, que é modificada pelos diferentes
perfis do sótão, que crescem dentro e fora, às vezes ao contrário ou erguendo-se para formar um ponto de vista. Os residentes podem participar da decoração, deixando sua própria marca nos sótãos.
Nesta
imagem podemos ver a diagramação dos
sótãos e e a flexibilidade do interior.
Esta
foi a solução para manter a volumetria do
entorno,
mas
de
forma
inovadora
e
com
diagramação nova. Figura 69
43
Lar para Crianças do Futuro
3.4.4 Implantação
O
Lar para crianças do futuro é basicamente organizada em quatro casas
conectadas fazendo com que a escala do prédio seja menor, e crie unidades diferentes para grupos de moradores. Após pensarem em algumas diagramações, descobriram que a melhor forma seria ligando as casas lado a lado. A organização do edifício faz com que a distância das unidades seja mais próxima, unindo todos os residentes. Cada faixa etária é locada em sua própria casa, sendo esta conectada a uma unidade central. E o layout pode ser modificado pelos moradores das casa, para trazer um sentimento de que pertencem a sua unidade. Figura 70
Nesta
implantação
podemos
ver
como o edifício ficou locado, e como
acontece a distribuição do terreno. Na parte externa há um grande estacionamento, uma quadra de esportes, parque infantil com
brinquedos educativos e uma área gourmet. Figura 71
Os caminhos possuem formas circulares, criando uma integração com a casa e o
terreno.
Figura 73
Figura 72
44
Lar para Crianças do Futuro
3.4.5 Plantas Primeiro Pavimento
O edifício possui dois pavimento e funciona com unidades residenciais.
A
entrada é localizada no prédio principal e as unidades são divididas de acordo com a faixa etária. Da seguinte forma: As crianças mais novas devem ficar longe da entrada principal e viradas para o jardim; A unidade dos adolescentes fica na parte mais movimentada do edifício, Legenda
Circulação Vertical Circulação Horizontal
Figura 74
1 – Dormitório 2 – Banheiro 3 – Sala de Estar 4 – Cozinha 5 – Sala de Jantar 6 – Sala de Estudos 7 – Área de Serviço 8 – Sacada 9 – Cinema / Teatro
orientada para a rua; A unidade principal é conectada com o estacionamento, fazendo com que os funcionários possam ver os visitantes chegando.
Como
podemos ver nas plantas o edifício conta com 21 dormitórios,
sendo 12 suítes, dando mais privacidade para os moradores. Possui também 8 salas de estar, sendo que cada uma fica em uma unidade diferente, e uma destas salas é localizada na unidade principal para poder manter uma relação entre os moradores. Possui também sala de estudos, cozinhas, áreas de serviço e cinema. O primeiro pavimento é destinado para as crianças e adolescentes, com toda a infraestrutura e mobiliário adequada para atendê-los. O segundo pavimento é destinado à administração com as áreas de pessoal e armazenagem para que os moradores não tenham contato e assim diminuem a
Circulação Vertical Circulação Horizontal
Figura 75
Segundo Pavimento
sensação de instituição, fazendo com que pareça mais com uma casa familiar. 45
Estudo de Caso
3.5 Conclusão PROJETO
LINGUAGEM
PROGRAMA
ANO LOCAL
Centro de Bem-estar para Crianças e Adolescentes 2013 Paris
Orfanato De Amsterdam 1960 Amsterdam
Casa de Acolhimento para Crianças do Futuro 2014 Dinamarca
POSITIVO
Este projeto atende as crianças de acordo com a faixa etária, com uma estrutura que atenda suas necessidades.
Este edifício é horizontal, onde sua divisão é feita em módulos e por faixa etária. O objetivo é que os moradores tenham relações com o espaço construído e a cidade.
A casa atende crianças e jovens com doenças e é dividida por unidades, de acordo com a faixa etária. Tem o objetivo de parecer um lar para os moradores.
NEGATIVO
Possuir muitas salas e corredores longos, dando a sensação de instituição e não lar, e a não divisão por sexo a partir de 12 anos de idade.
O edifício tem um aspecto de labirinto, e se aparenta com uma instituição por possuir muitas salas.
Neste projeto não ponto negativo.
POSITIVO
A arquitetura é contemporânea e utiliza muito vidro e madeira. Possui 7 pavimentos e uma estrutura que atende às necessidades de cada faixa etária.
O terreno é plano, o que dispensou a utilização de rampas. Por ser térreo, o projeto possui muitos jardins internos. A luz natural vem através da cúpula e por janelas grandes.
Este projeto possui a melhor linguagem, pois é simples e lúdica, brincando com as formas e acolhendo as crianças de forma a parecer um lar.
NEGATIVO
A quantidade de salas e os longos corredores faz com que se pareça com uma escola ou instituição.
Não vejo ponto negativo na linguagem da arquitetura.
Não há ponto negativo quanto a arquitetura.
vejo
46
Estudo de Caso
ESTRUTURA
PROJETO
POSITIVO
IMPLANTAÇÃO
NEGATIVO
POSITIVO
NEGATIVO
ACESSIBILIDADE
Centro de Bem-estar para Crianças e Adolescentes
Orfanato De Amsterdam
Casa de Acolhimento para Crianças do Futuro
Os arquitetos desenharam uma estrutura em forma de “L” com níveis escalonados no centro, que permitem grandes terraços recreativos em cada piso.
A estrutura consiste em módulos com quatro colunas nos cantos e um telhado coberto com cúpulas prémoldadas, com abertura zenital.
O projeto é a junção de 4 casas, possuindo uma estrutura simples, com uma base quadricular e telhados de duas águas.
Não há ponto negativo
Não há ponto negativo
O edifício foi implantado com diversos vazios, sendo 12 pátios distribuído na parte interna, com bancos de concreto e caixas de areia para as crianças brincarem.
A implantação foi feita em uma área residencial, e possui uma quadra esportiva, parque infantil e área gourmet.
Não há ponto negativo
O terreno é localizado na periferia, e possui uma quadra e área para as crianças brincarem. Dentro do edifício há jardins internos.
Não há ponto negativo
Possui quartos e banheiros com acessibilidade e os acessos são através de rampas e elevadores.
Não há ponto negativo
Por ser em terreno plano o projeto não precisa de rampas, mas possui corredores amplos e quartos e banheiros com acessibilidade.
Não há ponto negativo
Possui quartos e banheiros com acessibilidade, e os acessos são através de rampas e elevadores.
47
4
Área de Implantação
Área de Implantação 4.1 Avenida Brigadeiro Faria Lima Ficha Técnica Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima Nº: 3148 Bairro: Localizado em São Paulo, no
bairro do Itaim Bibi, pertencente a subprefeitura de Pinheiros Área: O terreno possui uma área 3.645m² Figura 89
Figura 88
Ao
4.1.1 Introdução decidir fazer um Centro de Acolhimento e um centro cultural, logo pensei em um local que tenha um
boa visibilidade para que o mesmo se torne referência. Para alcançar essa visibilidade, decidi fazer o projeto em um local movimentado e pensando nisso, minha escolha foi a Avenida Brigadeiro Faria Lima, na cidade de São Paulo. O terreno escolhido fica localizado na esquina da Faria Lima com a rua José Gonçalves de Oliveira, facilitando o acesso de pedestres. 49
Área de Implantação 4.1.2 Porque na Avenida Faria Lima? Por
ser um local muito movimentado, da qual
possui um fluxo intenso de pessoas, os moradores do centro de acolhimento, são inseridos socialmente, e não permanecem reclusos em locais distantes e escondidos. Assim, eles se sentem ”iguais” perante a sociedade, se integram e participam ativamente no meio que os envolve. Com relação ao centro cultural, a localização irá facilitar muito para que as pessoas o
acessem
ativamente
e
faça
com
que
os
frequentadores conheçam novos locais, de forma à explorar e ver que a cultura está disponível de forma livre. Também abre espaço para arrecadar fundos para ajuda no centro de acolhimento.
Para
facilitar o acesso ao local, de forma com
que as pessoas utilizem transporte público, há um ponto de ônibus na frente do local. O acesso também é possível de carro.
50
Área de Implantação
4.1.3 História A Avenida Brigadeiro Faria Lima está localizada na Zona Oeste de São Paulo, ligando o bairro de Pinheiros
“Radial Oeste”, mas após sua morte foi mudada em sua homenagem.
ao Itaim Bibi, passando por regiões arborizadas, sendo
uma das vias mais importantes da cidade de São Paulo.
Seu nome é uma homenagem
póstuma ao ultimo
prefeito eleito antes da redemocratização Brigadeiro Faria Lima. Ele chegou à prefeitura em 1965 pelo movimento trabalhista renovador que reunia políticos contrários ao regime militar. Pouco tempo depois ele se filiou à arena. Sua gestão ficou marcada por grandes obras, como o inicio das construções: Metrô; Marginal Tietê; Marginal Pinheiros; Radial leste; Avenida 23 de Maio. Em sua gestão, iniciou também a construção da avenida que leva o seu nome, que inicialmente chamaria
No
Figura 90
ano de 1967 foi idealizado o alargamento da
rua Iguatemi, compreendido pelo Largo da Batata, do
lado de Pinheiros e a Avenida Cidade Jardim, no Itaim Bibi. A inauguração ocorreu no dia 28 de abril de 1970, com o filho do Brigadeiro, Jose Eduardo.
Após
a inauguração começou a construção de
diversos edifícios comerciais, “quebrando” a antiga paisagem de residências do Jardim Paulistano.
51
Área de Implantação No ano de 1974 a prefeitura começou a ligar as duas extremidades da avenida. Em Pinheiros, sendo a avenida Pedroso de Morais, e no Itaim, à avenida Bandeirantes. Assim, a avenida Faria Lima começou a ser executada.
Em
1997 ocorreu uma aceleração na construção de edifícios de escritórios, levando a uma grande
especulação imobiliária. Em 2003 dois tuneis foram construídos sob a avenida, nos cruzamentos das avenidas Cidade Jardim e Rebouças. A partir de 2005 houve o inicio das obras da estação do metrô Faria lima, que iria se chamar Largo da Batata, que é composto pelas ruas dos Pinheiros, Teodoro Sampaio e Faria Lima. E esta estação foi inaugurada no ano de 2010. Uma informação interessante é que essa é uma das únicas avenidas onde toda a fiação não passa por postes, mas por canos embaixo das calçadas, o que faz com que exige menos manutenção, e visualmente fique muito mais bonito.
Figura 91 – Av. Brigadeiro Faria Lima
1967
Figura 92 – Av. Brigadeiro Faria Lima
1970
Figura 93 – Av. Brigadeiro Faria Lima
2017
52
Área de Implantação
O Instituto Tomie Ohtake é um centro cultural
4.1.4 Edifícios Importantes
inaugurado em 2001, junto a um prédio
O museu da Casa Brasileira é um prédio
comercial, da qual possui traços futuristas
de grande valor histórico que guarda um
reconhecidos
arte
grande acervo da cultura brasileira. Ele é
contemporânea, além das exposições e
uma referência nacional e internacional
debates.
na área de arquitetura e design.
pelo
ensino
da
O Edifício Pátio Victor Malzoni possui um vão livre de 40,5 metros de largura alocada em um dos quadriláteros mais caros da cidade. No fundo há uma construção histórica do século 17 - a casa bandeirista.
Figura 94
Figura 95
N°2705
Figura 96
N°201 N°2232
Figura 98
Figura 99
N°3477 N°3148
Figura 100
A estação Faria Lima faz parte
O Shopping Iguatemi foi o
Terreno onde o projeto será
da
Sua
primeiro da América Latina, e
construído.
construção foi iniciada em 2005
é considerado um dos mais
próximo
e inaugurada em 2010.
famosos e chiques.
Victor Malzoni.
linha
4
do
metrô.
Itaim Bibi
Pinheiros
Figura 97
Fica
ao
localizado
Edifício
Pátio
53
Área de Implantação 4.2 Uso e Ocupação O bairro escolhido, por ser central, possui uma estrutura formada por vários prédios de escritórios, além de comércios Figura 101
de diversos tipos, no entorno imediato. Encontramos
farmácias,
restaurantes,
postos de gasolina, padarias, lojas, entre outros.
Ao Figura 102
observar
comprovado
que
as
calçadas,
foi
há
acessibilidade
tanto para cadeirantes quanto para deficientes visuais. Na rua Maria Rosa,
localizada atrás do terreno podemos Figura 103
Residências
Estacionamentos
Comércios
Misto
Empresas
Área Verde
E
encontrar
residências
e
alguns
comércios.
com isso a interação de casa/comunidade pode se tornar
muito boa no cotidiano das crianças e adolescentes. 54
Área de Implantação 4.3 Gabarito de Altura
De Figura 104
acordo com o levantamento
feito verifiquei que no entorno imediato há muitos edifícios altos na própria avenida, com uma arquitetura contemporânea.
São
edifícios
elegantes,
sedes
de
empresas muito importantes. Nas ruas em Figura 105
torno a paisagem não é tão vertical pois
encontramos alguns sobrados, e lojas de até dois andares, tornando a paisagem mais horizontal, sem edifícios muito altos.
1–5
11 – 15
6 – 10
16 – 25
Figura 106
55
Área de Implantação 4.4 Vegetação A onde
vegetação do entorno é rica,
encontramos
muitas
árvores
no
caminho, deixando a paisagem agradável para quem passa. Na divisão da avenida encontramos um caminho central com Figura 107
ciclovias rodeadas por árvores, que segue por toda a Av. Faria Lima. Há
também espaços de lazer
como
praças para caminhar, aparelhos para exercícios, bancos embaixo de árvores e Figura 108
também é possível alugar bicicletas.
Na
frente do terreno encontramos
árvores grandes que ao projetar irão se integrar à implantação. Arborização Viária Canteiro Central
Em geral, após o levantamento em campo Figura 109
podemos concluir que a região possui pontos específicos de áreas verdes. 56
Área de Implantação 4.5 Vias
Os
acessos podem ser
feitos através das vias, por carros, transporte público, ou bicicletas. atendem
As
calçadas
corretamente
a
acessibilidade, além de serem largas. Em relação ao sentido das ruas, o acesso ao terreno,
Sentido das Vias Sentido Sul
Sentido Leste
Sentido Norte
Sentido Oeste
por
carros
pode
ser
feito
saindo da avenida Faria Lima e
entrando
na
rua
José
Gonçalves. Caso seja feito por transporte público, na frente do terreno há um ponto de Coletora
Estrutural N3
ônibus.
Ponto de Ônibus Figura 110
Figura 111
57
Área de Implantação 4.6 Zoneamento
729
727
729
727,50
Curvas de Nível Curvas Intermediárias
De
Curvas Mestras
acordo com a lei de Zoneamento o local onde o
terreno está localizado é classificado como Zona Mista, ou seja, zonas onde há a diversidade de usos, tanto residenciais ZM
ZEPAM
AC-1
ZC
ZEUP
Praça/Canteiro
quanto comerciais.
As
curvas de nível da área levantada possuem uma
declividade leve, e desta forma o terreno possui uma variação de 2 metros do fundo ao começo.
58
Área de Implantação 4.7 Visita Técnica Durante a visita em campo, pude
entender como acontecem os fluxos de pessoas e a
Densidade Demográfica
sensação no ambiente. Nesta região não há terrenos vazios, pois é uma área com muitos prédios empresariais e com um grande comércio local. Ao caminhar pela avenida verificamos que por ser uma área central e que teve todo um projeto envolvido para sua construção, ela funciona muito bem. As calçadas largas trazem uma sensação de amplitude, apesar de possuírem prédios muito altos. Outro ponto importante é a presença arbórea, que nos dá uma sensação de aconchego. Ao observar a região como um todo, as vezes não percebemos que
não há postes, o que deixa a paisagem muito mais limpa. Quanto ao fluxo de pessoas podemos dizer que é razoável, por se tratar de um local comercial, a densidade demográfica é de 92.
Até 92
146 - 207
92 – 14
207 – 351
Conforme o mapa acima podemos perceber que o fluxo mais intenso de pessoas é nos lugares com mais comércio. A acessibilidade está presente em todas as quadras e pontos de ônibus da avenida, e atendem muito bem as pessoas que necessitam. Ao entrar nas ruas do entorno, isto já não acontece.
X Figura 112
Av. Faria Lima
Figura 113
Figura 114
Rua Iguatemi
Figura 115
59
Área de Implantação 4.7.1 Condicionantes Legais O
terreno faz parte da subprefeitura de Pinheiros, e de acordo com o zoneamento o local pertence a uma
ZM – Zona Mista, onde é possível a construção de edifícios com diversos usos. De acordo com o plano regional estratégico devemos seguir as seguintes legislações:
Área de Zoneamento: (ZM) Zona Mista
Gabarito de Altura Máximo: Sem Limites
Coeficiente de Aproveitamento: 2
Recuos Laterais e Fundos a partir de 6 metros:
CA Máximo = 7.290m²
Deve ser feito o cálculo R = (H - 6) ÷ 10 R = recuos laterais e de fundos;
Taxa de Ocupação: 50% TO Máximo = 1.822,50m²
H = altura da edificação em metros contados a partir do perfil natural do terreno.
Recuos Laterais e Fundos Mínimo = 1.8m
Taxa de Permeabilidade Mínima: 15% TP Mínimo = 546,57m² Plano Regional Estratégico da Subprefeitura de Pinheiros - PRE - PI
Frente Mínima: Recuo de 5m
Quadro 04 do Livro XI, Anexo à Lei nº
60
Área de Implantação
4.7.2 Implantação O terreno é localizado entre a Avenida Faria Lima e as ruas José Gonçalves de Oliveira e Maria Rosa, facilitando o acesso ao Centro de Acolhimento por qualquer uma das ruas. Abaixo, podemos ver fotos do terreno e a orientação
Av. Faria Lima
Figura 116
Rua Maria Rosa
solar.
TERRENO
Figura 121
Rua José Gonçalves de Oliveira
Figura 120
Figura 117
Nascer do Sol Por do Sol
Figura 118
Figura 119
61
Área de Implantação
4.7.3 Fragilidades x Potencialidades Após a análise completa do entorno, foi possível verificar algumas fragilidades e as potencialidades, e ao projetar, estes pontos serão levados em consideração para fazer um edifício que atenda a população.
5.1 Fragilidades:
5.2 Potencialidades:
Ruas paralelas à avenida tem asfalto deteriorado;
Presença de um ponto de ônibus em frente ao terreno;
Presença de buracos na via;
Grande arborização no entorno;
Uma grande quantidade de prédios empresariais;
Facilidade de acesso ao centro de acolhimento;
Acessibilidade apenas na avenida Faria Lima;
Ciclovias;
Por ser uma via importante e de grande fluxo de carros,
Escolas e hospitais próximos;
há muita poluição sonora e ambiental.
Uma grande gama de comércio; Calçadas largas; Acessibilidade nas calçadas da Av. Principal.
Estes
são alguns dos problemas verificados no local, porém com a pesquisa e a arquitetura correta é possível
melhorar esses pontos de forma a tornar o projeto o melhor possível. Quanto às potencialidades, posso dizer que há muito pontos positivos que auxiliam na construção dos centros de acolhimento e centro profissionalizante na Av.
Brigadeiro Faria Lima. 62
5
Programa de Necessidades
5.1 Programa de Necessidades do Centro Cultural A
partir do estudo sobre a história do centro cultural e estudos de caso, todos aqui apresentados, consegui reunir
informações capazes de criar um ambiente que integre lazer, cultura, aprendizagem e inserção social.
Para chegar ao objetivo desejado, o prédio deverá ser imponente com padrões contemporâneos. E suas características serão a grande gama de áreas verdes e uma entrada que traga uma relação com o entorno. Os pontos principais que deverão ser levados em consideração são: Conforto Acústico;
Conforto Térmico; Conforto Lumínico; Mobiliário ergonômico;
Iluminação Natural; Interação Social.
Ao projetar, será levado em consideração o entorno. Nesta avenida há vários edifícios grandiosos e com uma ótima arquitetura. Desta forma o projeto deve se destacar e ser convidativo aos visitantes e alunos. A implantação irá possuir um vão livre possibilitando as pessoas à atravessarem da Av. Faria Lima até rua José Gonçalves de Oliveira.
Neste endereço, por existirem diversas empresas, o centro cultural servirá como um ponto de convivência e através dos ganhos, uma porcentagem será direcionada ao orfanato, a fim de colaborar com os gastos que terão com as necessidades das crianças e adolescentes.
64
Programa de Necessidades do Centro Profissionalizante 5.1.1 Quadro de Necessidades O
projeto contará com salas que atenderão 20 alunos, oferecendo cursos para a população em geral e para os
moradores do centro de acolhimento. Para poder aproveitar a implantação ao máximo, será construído um estacionamento subterrâneo com capacidade suficiente para os alunos e visitantes.
O projeto contará com o seguinte programa de necessidades: Térreo Ambiente
Área
Wc Masculino
11,98m²
Wc Feminino
11,98m²
PCD Exposições Recepção
2,58m² 51,46m² 11,66m²
Auditório 1 68,97m² Área Técnica Auditório 1 4,5m² Auditório 2 69,72m² Área Técnica Auditório 2 4,5m² Cinema ao Ar Livre Arquibancada
82m² 126,4m²
1º Pavimento Ambiente Área Mesas para café Area de Alimentação Lanchonete Área de Circulação Lounge Recepção Central de Atendimento WC Masculino WC Feminino PCD Cozinha Deposito Passarela Recepção Espaço da Criança Biblioteca Infantil
8,96m² 49,42m² 14,36m² 120,29m² 9,04m² 32,38m²
Mesas de Atividades Área de Materiais WC Masculino WC Feminino PCD
22,66m² 3,05m² 13,81m² 13,61m² 2,52m²
36,75m²
11,98m² 11,81m² 2,55m² 11,65m² 6,22m² 9,22m² 18,75m² 94,76m² 21,32m²
2º Pavimento Ambiente Área
3º e 4º Pavimento Ambiente Área
Sala e Música 34,65m² Sala 1 e 9 Sala de Dança 34,05m² Sala 2 e 10 WC Masculino 11,64m² Sala 3 e 11 WC Feminino 11,98m² Sala 4 e 12 PCD 2,56m² Sala 5 e 13 Sala de Artesanato 33,45m² Sala 6 e 14 Sala de Pintura 30,29m² Sala 7 e 15 Hall 7m² Sala 8 e 16 Área de Convivencia 112,97m² DML Lounge 12,88m² WC Masculino Passarela 12,88m² WC Feminino Sala de Manutenção 5m² PCD Acesso a Biblioteca 5,51m² Hall Espaço de Estudo 27,16m² Área de Circulação Recepção 7,55m² Convivencia ao ar Área de 14,91m² Livre Computadores Area de Lounge Biblioteca 17,72m² Convivencia Espaço para estudo 27,67m² DML Individual WC Masculino 13,37m² WC Masculino WC Feminino 13,11m² WC Feminino PCD 2,52m² PCD
33,27 30,13 34,2 34,34 32,21 41,76 37,67 36,87 4,28 11,64m² 11,98m² 2,56m² 7,16 121,77
5º Pavimento Ambiente Área WC Masculino WC Feminino PCD Arquivo Sala de RH Diretoria Coordenação Sala dos Professores Lounge Sala do Financeiro Sala de Reunião
11,64m² 11,98m² 2,56m² 7,04m² 27,03m² 16,86m² 18,96m² 22,54m² 12,88m² 20,28m² 14,33m²
Deposito de Limpeza 12,23m² Sala de Manutenção 18,1m² Recepção
11,64m² 15,56m²
13,37m²
Sala de Descanso Refeitório de Funcionários Deposito de Mobiliário Vestiário Masculino
13,11m² 2,52m²
Vestiário Feminino PCD
17,09m² 2,55m²
101,01 39,37 4,28
27,94m² 9,61m² 20,6m²
65
5.2 Programa de Necessidades do Centro de Acolhimento Após uma pesquisa realizada e uma análise das Além da estrutura, o abrigo deve possuir uma equipe crianças em situação de vulnerabilidade, foi verificado que
especifica, capaz de atender as crianças da melhor forma
a maioria dos abrigos de crianças no Brasil são feitos em
possível. De acordo com o ministério publico, a cada 25
antigas casas, sem uma estrutura especifica que atenda
crianças, os funcionários que devem fazer parte do local
todas suas necessidades.
são:
Quant.
Funcionário
abrigo será construído um ambiente acolhedor
2
Cozinheiras
capaz de proporcionar uma atmosfera aconchegante e
3
Faxineiras
segura para o convívio em grupo, de forma tranquila, para
10
Educadoras
garantir um bom desenvolvimento humano. O abrigo irá
1
Assistente Social
atender em torno de 60 crianças e para isso será construído
1
Psicóloga
um local onde as crianças serão divididas por pavimentos,
1
Nutricionista
de acordo com sua faixa etária. E para melhor atendê-las
1
Pedagoga
No
serão levados em consideração os seguintes pontos: Conforto Acústico;
Estes funcionários deverão estar lá à fim de atender
Conforto Térmico;
as necessidades de todas as crianças. Os educadores
Conforto Lumínico;
realizarão atividades como trocar fraldas, ajudar em lições,
Mobiliário adequado para cada faixa etária;
brincar, colocar para dormir, dentre outras atividades Por
Qualidade nos materiais utilizados;
este motivo seu trabalho é feita na escala de 12x36 para
Privacidade.
atender todas as crianças.
66
Programa de Necessidades do Centro de Acolhimento 5.2.1 Quadro de Necessidades O programa de necessidades foi pensado de forma a atender as crianças e adolescentes. O projeto será dividido basicamente em 3 unidades residenciais, por faixa etária, e o mobiliário será de acordo com sua necessidade. Haverá uma área social comum a todos, o setor de serviço privado a funcionários e a parte administrativa será locada de forma que as crianças e adolescentes não tenham acesso, para que se sintam realmente em um lar e não em uma instituição. 2º Pavimento
1º Pavimento
Térreo Ambiente Administração Recepção Sala da Assistente Social Sala da Psicóloga WC Masculino WC Feminino Sala de Enfermaria Copa DML Deposito Geral
Área 22,37m² 11,73m² 13,42m² 11,18m² 4,48m² 4,48m² 15,01m² 13,45m² 4,41m² 8,74m²
Sala de Descanço
12,55m²
Vestiário Feminino Vestiário Masculino Receb. / Deposito Temporário Hall / Estar Área de Exposição Espaço de Espera Psicologa Espaço de Espera Enfermaria
19,12m² 15,46m² 5,86m² 20,15m² 37,87m² 6,20m²
Ambiente Sala de Cinema
Área 78.93m²
Espaço para Estudo
55,71m²
Biblioteca
113,92m²
Mesas para Estudo
54,92m²
Mesas para Desenho
40,13m²
Playground Coberto
26,43m²
Área da Auxiliar
12,89m²
Espaço para História
27,99m²
Área ao Ar Livre - Infantil 101,59m² Área ao Ar Livre Adolescente
104,69m²
3º e 4º Pavimento
Ambiente Brinquedoteca Dorm. Infantil
Área 33,60m² 14m²
Ambiente Sala de Atividades Dorm. 1-9
Área 30,72 14m²
Berçário WC Apoio Dorm. Auxiliar WC Auxiliar Vestiário Infantil
30,60m² 2,61m² 7,38m² 2,78m² 21,10m²
WC Apoio Dorm. Auxiliar WC Auxiliar Vestiário Feminino Vestiário Masculino
30,60m² 7,38m² 2,61m² 21,10m² 21,10m²
Sala de Estar
32,76m²
Refeitório
24,80m²
Sala de Estar Refeitório DML
24,89m² 21,52m² 3m²
DML
3m²
Deposito de Alimentos
2,77m²
Cozinha
18,31m²
Área de Convivência 29,03m² Varanda 23,37m²
Deposito de Alimentos
2,77m²
Cozinha
11,29m²
Área de Convivência
29,03m²
Varanda
23,37m²
13,62m²
67
6
Estudo Preliminar
6.1 Estudo Preliminar 6.1 Distribuição no Terreno O terreno fica em uma esquina e desta forma cada edifício será virado para uma das ruas. O centro cultura ficará virado para a Av Brigadeiro Faria Lima, e o centro de acolhimento será virado para a Rua Maria Rosa, para trazer
crianças do abrigo, e diminuir o som que vem da Av. Brigadeiro Faria Lima.
CENTRO CULTURAL
forma a oferecer privacidade as
Na parte frontal do terreno será construído um centro cultural que Av. Faria Lima
entrada na Rua Maria Rosa, de
PRAÇA CENTRAL
na parte de trás do terreno com
CENTRO DE ACOLHIMENTO
O prédio residencial será colocado
Rua Maria Rosa
privacidade aos residentes. Sendo assim terreno será dividido da seguinte forma:
irá atender a população infantojuvenil, oferecendo cultura e lazer.
Rua José Gonçalves de Oliveira
No centro, entre o Abrigo e o Centro Cultural será projetada uma praça central que integre os dois prédios e crie uma área comum.
69
Estudo Preliminar
6.2 Processo Criativo A
concepção do projeto arquitetônico se iniciou através do estudo da volumetria. Através da análise do entorno,
percebi que os edifícios principais da Av. Faria Lima possuem uma linguagem contemporânea, desta forma procurei seguir no projeto Believe.
No
estudo do centro de acolhimento, foi pensado
na construção de 5 pavimentos. Haverá um pavimento recreativo para a diversão dos moradores com passarela com
acesso direto ao
centro profissionalizante. Na
fachada haverá janelas grandes e sacadas principais.
O
centro profissionalizante irá possuir 6 pavimentos.
Haverá 3 blocos interligados, no bloco principal será haverá as salas com os cursos, e segundo bloco a esquerda irá
possuir um vão livre no térreo onde terá uma arquibancada para shows, terá uma área para crianças e uma biblioteca. E no terceiro bloco haverá mais salas de cursos e uma área
de funcionários.
70
Estudo Preliminar 6.3 Estudo da Implantação Na implantação podemos ver como ficará a distribuição dos setores. O centro de Acolhimento foi pensado em colocar dois lados opostos idênticos, de forma que um lado ficará os dormitórios das meninas e do outro dos meninos. No centro ficará o acesso principal para os demais pavimentos e a área de social, como cozinha, sala de jantar e de estar. Na parte de trás da residência, ficará a área de serviço e a área administrativa, de forma que as crianças não tenham acesso. No centro de cultura toda a parte social ficará na parte frontal do prédio, como teatro, oficinas, auditório, loja de souvenir e café.
Quanto aos acessos, podemos ver neste esquema, eles serão feitos através de uma entrada principal no centro cultural, da mesma forma no outro edifício. E haverá os acessos verticais para os demais pavimentos. Implantação
Acesso Veículos
Implantação
Acesso Moradores
Acesso Principal de Pedestres
Acesso Moradores ao Centro Cultural
Acesso funcionários
Setorização
SETOR PRIVADO
SETOR DE SERVIÇO
SETOR ADMINISTRATIVO
SETOR SOCIAL
Acessos
ACESSO VERTICAL
Acesso Veículos
ACESSO HORIZONTAL
71
6.4 Organograma/Fluxograma – Centro Profissionalizante
TÉRREO
AUDITÓRIO 2
CINEMA AO AR LIVRE
RECEPÇÃO
AUDITÓRIO 1
ARQUIBANCADA
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
ENTRADA
SANITÁRIOS MASCULINO
SANITÁRIO PCD
SANITÁRIOS FEMININO
72
Organograma/Fluxograma – Centro Profissionalizante
ACESSO DO CENTRO DE ACOLHIMENTO
1º PAVIMENTO
COZINHA MESAS PARA CAFÉ
ÁREA DE ALIMENTAÇÃO
LANCHONETE DEPÓSITO
SANITÁRIOS FEMININO
RECEPÇÃO
PASSARELA
AREA DE CIRCULAÇÃO
ESPAÇO DA CRIANÇA
ÁREA DE MATERIAIS
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
WC MASCULINO
SANITÁRIO PCD
JARDIM INTERNO
RECEPÇÃO
SANITÁRIO PCD
SANITÁRIOS MASCULINO
CENTRAL DE ATENDIMENTO
WC MASCULINO
73
Organograma/Fluxograma – Centro Profissionalizante
2º PAVIMENTO SALA DE DANÇA
SALA DE DANÇA
SALA DE MÚSICA SANITÁRIOS FEMININO
RECEPÇÃO
PASSARELA
AREA DE CONVIVÊNCIA
SANITÁRIOS MASCULINO
ESPAÇO DA CRIANÇA
ÁREA DE MATERIAIS
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
SANITÁRIOS FEMININO
PCD
PCD
HALL
SALA DE PINTURA
SALA DE ARTESANATO
SANITÁRIOS MASCULINO
74
Organograma/Fluxograma – Centro Profissionalizante
3º PAVIMENTO
WC FEMININO
PCD
WC MASCULINO
SALA 8
SALA 7
SALA 6
SALA1 5
SALA 4
SANITÁRIOS FEMININO
DML
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
SALA 3
CORREDOR
ÁREA DE CIRCULAÇÃO
PCD
ÁREA DE CONVIVÊNCIA AO AR LIVRE SANITÁRIOS MASCULINO ACESSO ESCADA E ELEVADOR
4º PAVIMENTO
WC FEMININO
PCD
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
WC MASCULINO
SALA 16
SALA 15
HALL
SALA 14
SALA 13
SALA 2
SALA 12
SALA 1
SALA 11
SANITÁRIOS FEMININO
DML
CORREDOR
ÁREA DE CIRCULAÇÃO
PCD SANITÁRIOS MASCULINO
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
HALL
SALA 10
SALA 9
75
Organograma/Fluxograma – Centro Profissionalizante
5º PAVIMENTO
VESTIÁRIO FEMININO
DEPÓSITO DE MOBILIÁRIO
PCD
VESTIÁRIO MASCULINO
REFEITÓRIO
SALA DE DESCANÇO
SALA DE MANUTENÇÃO
DEPÓSITO DE LIMPEZA
RECEPÇÃO
COORDENAÇÃO
DIRETORIA
SALA DE RH
SANITÁRIOS FEMININO
ÁREA DE CONVIVÊNCIA CORREDOR
ÁREA DE CIRCULAÇÃO
PCD SANITÁRIOS MASCULINO
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
HALL
SALA DOS PROFESSORES
SALA DE REUNIÃO
SALA DO FINANCEIRO
76
6.4 Organograma/Fluxograma – Centro de Acolhimento TÉRREO
LAVANDERIA
VESTIÁRIO MASCULINO
VESTIÁRIO FEMININO
ÁREA DE EXPOSIÇÃO ESPAÇO DE ESPERA
CORREDOR DEPÓSITO GERAL
COPA
SALA DE DESCANÇO
SERVIÇO SOCIAL
PSICOLOGA
DML
ADM / DIRETORIA
RECEPÇÃO
CORREDOR
HALL/ESTAR ENFERMARIA
DEPÓSITO TEMPORÁRIO
SANITÁRIOS MASCULINO
PCD
SANITÁRIOS FEMININO
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
ENTRADA
ENTRADA
ÁREA DE CONVIVIO DE ADOLESCENTESAO AR LIVRE
1º PAVIMENTO
SALA DE CINEMA
ESPAÇO PARA ESTUDO
ÁREA DE CONVIVIO INFANTIL AO AR LIVRE
BIBLIOTECA
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
ÁREA DE CONVÍVIO DE CRIANÇAS
77
Organograma/Fluxograma 2º PAVIMENTO DORMITÓRIO INFANTIL
WC DORMITÓRIO INFANTIL
VESTIÁRIO INFANTIL
COZINHA
REFEITÓRIO / SALA DE ESTAR
VESTIÁRIO INFANTIL
DORMITÓRIO INFANTIL
DML
QUARTO DA AUXILIAR BERÇARIO
BRINQUEDOTECA
CORREDOR DORMITÓRIO INFANTIL
DORMITÓRIO INFANTIL
CORREDOR ÁREA DE CONVIVENCIA
DML ACESSO ESCADA E ELEVADOR
ÁREA DE CONVIVENCIA
DORMITÓRIO INFANTIL
DORMITÓRIO INFANTIL
WC
VARANDA
3º PAVIMENTO
WC
DORMITÓRIO 2 SALA DE ESTUDOS / ATIVIDADES
DORMITÓRIO 4
VESTIÁRIO FEMININO
COZINHA
REFEITÓRIO / SALA DE ESTAR
VESTIÁRIO MASCULINO
CORREDOR DORMITÓRIO 1
DORMITÓRIO 3
DORMITÓRIO 6
DML
QUARTO DA AUXILIAR
DORMITÓRIO 9
CORREDOR ÁREA DE CONVIVENCIA
DML
ACESSO ESCADA E ELEVADOR
VARANDA
ÁREA DE CONVIVENCIA
DORMITÓRIO 5
DORMITÓRIO 7
DORMITÓRIO 8
78
Organograma/Fluxograma
4º PAVIMENTO
WC
DORMITÓRIO 11 SALA DE ESTUDOS
DORMITÓRIO 13
VESTIÁRIO FEMININO
COZINHA
REFEITÓRIO / SALA DE ESTAR
VESTIÁRIO MASCULINO
CORREDOR DORMITÓRIO 10
DORMITÓRIO 12
DORMITÓRIO 15
DML
QUARTO DA AUXILIAR
DORMITÓRIO 19
CORREDOR ÁREA DE CONVIVÊNCIA
DML ACESSO ESCADA E ELEVADOR
ÁREA DE CONVIVENCIA
DORMITÓRIO 16
DORMITÓRIO 17
DORMITÓRIO 18
VARANDA
79
7
ConclusĂŁo
7.1 Considerações Finais Baseado nos estudos realizados e avaliando o cenário atual, notei uma escassez de locais para abrigar crianças e adolescente com uma estrutura adequada. Os já existentes não possuem muitas vezes estruturas ideais capazes de atender as necessidades das crianças, e muitos estão localizados dentro de bairros afastados, distante da visibilidade das pessoas. Ao estudar sobre a história dos orfanatos verifiquei que antigamente as crianças não possuíam uma lei que as amparavam de forma adequada. Porem após a criação do ECA isso mudou, fazendo com que os orfanatos se reestruturassem e atendessem os órfãos de acordo com a lei.
Através das análises de estudos de caso e das visitas técnicas realizadas, aumentei meu conhecimento quanto às necessidades que as crianças possuem e assim fora projetado um edifício completamente pensado para atendê-los, não
servindo apenas como um abrigo mas sim como um lar com aconchego e amor. Para atrair o público, o local escolhido possui uma ótima visibilidade, com uma vasta área verde, além de contar com uma boa acessibilidade através de transporte publico, carro, bicicleta e também a pé. Isso garante uma melhor propagação em relação ao nome do
orfanato.
A fim de agregar valores culturais, fora planejado um centro cultural que atenderá não só os órfãos como também a população, incentivando a cultura e também integrando a todos socialmente. Consequentemente, os fundos convenientes deste centro, ajudam no desenvolvimento e melhorias do orfanato.
81
7.2 Bibliografia 7.2.1 Bibliografia - Sites https://quadralectics.wordpress.com/5-essentials/5-1-space/ http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/481 https://es.wikiarquitectura.com/edificio/orfanato-municipal-de-amsterdam/orfamsterdam-5/ http://historiainte.blogspot.com.br/2015/08/educandos-159-anos-do-alto-da-belavista.html http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/07/utilizacao-da-mao-de-obrainfantil.html http://www.fortalezanobre.com.br/2012/12/colegio-da-imaculada-conceicaofatos.html https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/07/07/criancas-iam-para-acadeia-no-brasil-ate-a-decada-de-1920 https://www.domusweb.it/it/architettura/2014/11/28/the_children_s_home.html http://www.ebc.com.br/cidadania/2015/07/eca-25-anos-linha-do-tempo-direitoscriancas-e-adolescentes https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/2195/a-crianca-adolescentebrasil-historia-tragedia-sofrimentohttp://beinganarchitects.blogspot.com.br/2014/10/orfanato-de-amsterdam-referentesocial.html https://carlosgfuentes.wordpress.com/2013/04/03/orfanato-municipal-de-amsterdamaldo-van-eyck/ https://www.archdaily.com/151566/ad-classics-amsterdam-orphanage-aldo-van-eyck https://www.archdaily.com.br/br/760562/casa-de-acolhimento-para-menores-cebra http://www.editora.vrc.pucrio.br/media/ebook_institucionalizacao_de_criancas_no_brasil.pdf http://abacusliquid.com/wp-content/uploads/2017/08/a-realidade-da-adocao-nobrasil.jpg https://www.archdaily.com.br/br/760562/casa-de-acolhimento-para-menorescebra/5470e2d3e58eced61f000090-diagram http://centrocultural.sp.gov.br/site/institucional/historia/
7.2.2 Bibliografia - Artigos
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Lei no 8.242, de 12 de outubro de 1991. RIZZINI, I. ; RIZZINI, I. A institucionalização de crianças no Brasil – percurso histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: Ed PUC-Rio, 2004. SILVA, L. I. L. Orientações Técnicas: Serviços de acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília, junho de 2009. SILVA, A. R. E; AQUINO, C. M. L. Os abrigos para crianças e adolescentes e o direito à convivência familiar e comunitária. Políticas Sociais – acompanhamento e análise, 2005.
Artigo – Um abrigo para bebês abandonados – rodas dos enjeitados – levantamento histórico, USP-SP, 2011.
82
7.3 Tabela de Figuras Figura 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13
Título
Pagina
Grumetes, pagens e orfãs do rei, 1500, acessado 23/03/2018 http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/07/utilizac ao-da-mao-de-obra-infantil.html Asilo de Órfãos, Associação Protetora da Infância Desvalida, acessado 23/03/2018 http://www.novomilenio.inf.br/santos/fotos263.htm Roda dos Expostos, acessado 23/03/2018 https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLinkg303272-d2349266-i211700906-Misericordia_MuseumSalvador_State_of_Bahia.html Estabelecimento dos Educandos Artífices, na antiga Olaria Provincial. Acessado 23/03/2018 http://historiainte.blogspot.com.br/2015/08/educandos159-anos-do-alto-da-bela-vista.html Colégio da Emaculada Conceição, acessado 24/03/2018 http://www.fortalezanobre.com.br/2012/12/colegio-daimaculada-conceicao-fatos.html Reportagem do GLOBO de 1925 sobre o menino Manoel, de 14 anos, que matou homem no Centro do Rio 24/03/2018 https://oglobo.globo.com/sociedade/historia/discussaosobre-punicao-para-menores-infratores-varia-desdeimperio-16366836 Asilo de menores (Rio de Janeiro) Archivos de Assistencia a infancia, 1907 https://pt.slideshare.net/palomachaves/imagens-deinfancias acessado 24/03/2018 Interno do FUNABEM, 1965. 24/03/2018 http://www.mariadoresguardo.com.br/2017/10/fundacaoestadual-para-o-bem-estar-do.html Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (FEBEM), em 1969. 24/03/2018 http://www.mariadoresguardo.com.br/2017/10/fundacaoestadual-para-o-bem-estar-do.html Noticia da Criação do ECA. 25/03/2018 https://sarauparatodos.wordpress.com/2015/07/30/25anos-do-eca-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente/ Fachada Lar Judith Acervo Pessaol Sala de Estar Lar judith - Acervo Pessoal Sala de Estar Lar judith - Acervo Pessoal
14
Figura 14 15
14
16 17
15 18 19 16 20 16
21 22
17
23 24
25 17 26 18
27 28
18
29 30
19
31
23
32
24
33
24
34
Título
Pagina
Cozinha com fogão Industrial Lar judith - Acervo Pessoal Sala de Atividades das crianças Lar judith - Acervo Pessoal Televisão sala de atividades Lar judith - Acervo Pessoal Armário da Cozinha Lar judith - Acervo Pessoal Mesa de Refeições Lar judith - Acervo Pessoal Mesa de Estudos Lar judith - Acervo Pessoal Beliches do quarto das adolescentes Lar judith - Acervo Pessoal Armários do Berçario Lar judith - Acervo Pessoal Quarto dos Adolescentes Lar judith - Acervo Pessoal Cabines para guardar as roupas Lar judith - Acervo Pessoal Berços Lar judith - Acervo Pessoal Armário quarto das meninas menores Lar judith - Acervo Pessoal Terreno da Vergueiro Archdaily, 25/05/2018 Construção do Centro Cultural Vergueiro Archdaily, 25/05/2018 Croqui Centro Cultural Archdaily, 25/05/2018 Foto das escadas internas do Centro Cultural Vergueiro Archdaily, 25/05/2018 Foto internas atual do Centro Cultural Vergueiro Archdaily, 25/05/2018 Foto do pilar central do Centro Cultural Vergueiro Archdaily, 25/05/2018 Vista patio interno. Archdaily, 25/03/2018 Fachala lateral Archdaily, 25/03/2018 Corredor interno Archdaily, 25/03/2018
Figura
25
35
25
36
25
37
25
38
25
39
25
40
26
41
26
42
26
43
26
44
26
45
26
46
27
47
27 27 28
48
49
28 28 32
50
51
32 52 33
Título
Pagina
Vista Lateral Direita. Archdaily, 25/03/2018 Sala de atividades. Archdaily, 25/03/2018 Perpectiva vista da rua. Archdaily, 25/03/2018 Corte longitidinal esquemático dos pavimento Archdaily, editado pela autora 25/03/2018 Planta do Primeiro Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Planta do Segundo Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Planta do Terceiro Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Planta do Quarto Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Planta do Quinto Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Planta do Sexto Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Planta do Setímo Pavimento Archdaily, editado pela autora, 25/03/2018 Vista do Jartim interno Archdaily, 25/03/2018 Vista patio interno, Orfanato de Amsterdam. http://orfanatoxkiasma.blogspot.com.br/2009/06/oorfanato-de-amsterdam-foi-projetado.html, 25/03/2018 Vista total do Orfanato de Amsterdam https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/ orfanato-municipal-em-amesterdao/ Acessado 25/03/2018 Paisagem externa https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/ orfanato-municipal-em-amesterdao/ Acessado 25/03/2018 Vista dos Pilares Externos https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/ orfanato-municipal-em-amesterdao/ Acessado 25/03/2018 Vista lateral Externa https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/ orfanato-municipal-em-amesterdao/ Acessado 25/03/2018 Vista Playgroud https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/ orfanato-municipal-em-amesterdao/ Acessado 25/03/2018
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Tabela de Figuras Figura 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69
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Planta Archdaily 26/03/2018 Cortes do Orfanato de Amsterdam Archdaily 26/03/2018 Planta Esquematizada dos Pátios Archdaily 26/03/2018 - Editada pela autora Planta Esquematizada da Área Recreativa e de Serviço Archdaily 26/03/2018 - Editada pela autora Planta Esquematizada da Circulaçao Archdaily 26/03/2018 - Editada pela autora Planta Esquematizada da Setorização Archdaily 26/03/2018 - Editada pela autora Ampliação de uma unidade Residêncial Archdaily 26/03/2018 - Editada pela autora Planta da Cobertura Archdaily 26/03/2018 Vista dos Pilotis e Patio Central Archdaily 26/03/2018 Perspectiva da Cobertura com iluminação Zenital Archdaily 26/03/2018 Vista frontal do Lar para Crianças do Futuro Archdaily 30/03/2018 Vista dos fundos do Lar para Crianças do Futuro Archdaily 30/03/2018 Perspectiva Frontal do Lar para Crianças do Futuro Archdaily 30/03/2018 Foto Completa dos fundos do Lar para Crianças do Futuro Archdaily 30/03/2018 Perspectiva das sacadas do Lar para Crianças do Futuro Archdaily 30/03/2018 Foto da Entrada do Lar para Crianças do Futuro Archdaily 30/03/2018 Diagramação https://cebraarchitecture.dk/project/future-childrenshome/ 30/03/2018 Diagramação das Unidades Residênciais https://cebraarchitecture.dk/project/future-childrenshome/ 30/03/2018 Esquematização da Implantação https://cebraarchitecture.dk/project/future-childrenshome/ 30/03/2018
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Cortes e Fachadas 72 https://urbannext.net/childrens-home-of-the-future/ 30/03/2018 Planta de Implantação 73 https://urbannext.net/childrens-home-of-the-future/ 30/03/2018 Planta primeiro Pavimento 74 https://urbannext.net/childrens-home-of-the-future/ 30/03/2018 Planta Segundo Pavimento 75 https://urbannext.net/childrens-home-of-the-future/ 30/03/2018 Perspectiva do Centro Cultural 76 https://www.theplan.it/eng/award/2015/culture/lesquinconces 20/05/2018 Vista Vão entre os Blocos 77 https://www.theplan.it/eng/award/2015/culture/lesquinconces 20/05/2018 Perspectiva bloco do Teatro 78 https://www.theplan.it/eng/award/2015/culture/lesquinconces 20/05/2018 Vista bloco do Teatro 79 https://www.theplan.it/eng/award/2015/culture/lesquinconces 20/05/2018 Visão Interna do Centro Cultural 80 https://www.theplan.it/eng/award/2015/culture/lesquinconces 20/05/2018 Perspectiva do Centro Cultural durante o dia 81 https://www.theplan.it/eng/award/2015/culture/lesquinconces 20/05/2018 Diagrama das Areas 82 Archdaily 20/05/2018 Diagrama de Massas 83 Archdaily 20/05/2018 Planta do Primeiro e Segundo Subsolo 84 Archdaily 20/05/2018 - Editado pela autora Corte Norte - Sul Teatro 85 Archdaily 20/05/2018 - Editado pela autora Corte Norte - Sul Cinema 86 Archdaily 20/05/2018 - Editado pela autora Planta do Térreo e Primeiro Pavimento 87 Archdaily 20/05/2018 - Editado pela autora
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Perspectiva aérea da Av. Faria Lima http://mobilidadesampa.com.br/2015/08/depois-da88 avenida-paulista-prefeitura-estuda-fechar-a-avenida-farialima-aos-domingos/ 10/05/2018 Vista aérea do Terreno 89 Google Maps 10/05/2018 Antiga Rua Iguatemi - Atual Av. Faria Lima 90 http://blogdogiesbrecht.blogspot.com/2010/11/ruaiguatemi_26.html 10/05/2018 Periodo da construção da Av. Faria Lima 91 https://i.pinimg.com/originals/28/b6/29/28b62907f6012b c8ae1cce602f9e58fc.jpgl 10/05/2018 Construção concluida da Av Faria Lima 92 https://i.pinimg.com/originals/7b/a3/77/7ba377bc3255a8 e36843e5f9fef3f817.jpg10/05/2018 Dias Atuais da Na. Faria Lima 93 https://vejasp.abril.com.br/cidades/aluguel-escritorioqueda/ 10/05/2018 Instituto Tomie Ohtake https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink94 g303631-d313788-i168315908-Instituto_Tomie_OhtakeSao_Paulo_State_of_Sao_Paulo.html 15/05/2018 Museu Casa Brasileira 95 http://passeiosbaratosemsp.com.br/surpreenda-se-comuma-visita-ao-museu-da-casa-brasileira/ 10/05/2018 Edifício Pátio Victor Malzoni 96 https://www.cbre.com.br/imoveis/143-patio-malzoni 10/05/2018 Casa Bandeirista http://www.jornadadopatrimonio.prefeitura.sp.gov.br/sit 97 e1/events/a-saga-da-casa-bandeirista-do-itaim-bibi/ 12/05/2018 Estação Faria Lima 98 Google Maps 10/05/2018 Shopping Iguatemi 99 https://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/shoppingiguatemi/ 12/05/2018 Terreno do Projeto 100 Acervo Pessoal 10/05/2018 Vista da Rua Iguatemi 101 Acervo Pessal 10/05/2018 Vista da do restaurante em frente ao terreno 102 Acervo Pessoal
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Tabela de Figuras
Figura 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116
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Rua Rosa Maria atras do terreno Acervo Pessoal Prédio ao lado do Terreno Acervo Pessoal Vista do prédio da Kalunga ao lado do terreno Acervo Pessoal Vista edificio financeiro proximo ao terreno Acervo Pessoal Ciclovia Central em frente ao terreno Acervo Pessoal Imagem da estrutura da via na Av. Faria Lima Acervo Pessoal Árvores localizadas atrás do Terreno Acervo Pessoal Ponto de onibus em frente ao Terreno Acervo Pessoal Acessibilidade na calçada para cadeirante Acervo Pessoal Perspectiva da calcada e rua da Av. Faria Lima Acervo Pessoal Vista da Calçada com acessibilidade para Deficiente Visual Acervo Pessoal Vista da Rua Iguatemi, com a rua precária Acervo Pessoal Vista da Calçada da Rua Iguatemi Acervo Pessoal Fundos do terreno, visto do lado esquerdo Acervo Pessoal Fundos do terreno, visto do lado direito Acervo Pessoal Lateral do Terreno, visto do final da rua Acervo Pessoal Lateral do Terreno, visto do começo da rua Acervo Pessoal Frente do Terreno, Lado Direito Acervo Pessoal Frente do Terreno, Lado Esquerdo Acervo Pessoal
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