Único time de flag feminino do ABC busca título inédito

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Único time de flag feminino do ABC busca título inédito Dois anos após criação, o A.E. Courgars Flag Football atinge número de atletas suficientes para participar de campeonato Foto: Larissa Capriotti

Por Larissa Capriotti Dezesseis meninas, a maioria do ABC, têm um sonho: conquistar o inédito título de flag, que é uma modalidade do futebol americano, mas sem contato físico. O A.E. Cougars Flag Football participa pela primeira vez do Campeonato Paulista 5x5 Federação de Futebol Americano de São Paulo (Fefasp) e está lutando contra cinco equipes para conquistar o primeiro título. A competição começou em março deste ano. Dos três jogos disputados, o Cougars perdeu apenas um. Restam mais três partidas e o objetivo do time é conquistar uma boa colocação no resultado final, que será em dezembro. “Se ganharmos o campeonato, além de visibilidade, isso vai nos tornar mais fortes porque teremos como aumentar o elenco”, declarou Renata Rappoli, do A.E. Cougars Flag Football. Em nível nacional, há o Torneio EndZone de Futebol Americano Feminino. Mas, para participar, o time participar precisa ter no mínimo 30 atletas. “O A.E. Cougars, por ser uma equipe nova, ainda não tem corpo de time para jogar essa modalidade”, disse Renata. O flag feminino no ABC surgiu em 2012, no mesmo ano em que o Fefasp se iniciou, mas a presença das atletas nos jogos só foi possível neste ano devido ao número de integrantes matriculadas. Isso demonstra que o futebol americano e suas modalidades estão em crescimento no Brasil. A média de idade da equipe do ABC é de 22 anos. Mas há uma exceção entre as atletas. “Elas têm um pouco de dificuldade em me acompanhar, porque não consigo parar, tenho energia de


sobra, e para elas a ‘idade’ já está chegando”, brincou Marilia Dingle, 14, a mais nova do grupo. As 16 jogadoras disputam a modalidade 5x5. “Cada grupo possui cinco meninas, e o time que estiver com a posse de bola tem quatro tentativas para alcançar o meio de campo e a endzone (linha do gol), marcando o touchdown (que vale 6 pontos e acontece quando o jogador cruza a endzone com a bola na mão)”, disse Erick Quinteiro, diretor do A.E. Cougars Flag Football. Para um jogo, podem ser escaladas até 14 meninas. No ataque, há a “center” (centro), que começa a jogada com um snap (lance da bola para trás), geralmente para a lançadora. A “quarterback” (lançadora) recebe a bola e pode fazer um passe para uma “receiver” (receptora) ou entregar para a running back (corredora) em até sete segundos. Já na defesa, há os cornerbacks (CBs), que marcam recebedoras de passe individualmente, as linebackers (LBs), responsáveis pela contenção de corridas e marcação em zona, e a Safety, que é a jogadora que fica no fundo do campo, observando a jogada e agindo como suporte para as jogadoras da defesa. O flag football é semelhante ao futebol americano. O que diferencia as duas modalidades é o contato físico. No flag, uma jogadora não pode projetar o corpo na direção da adversária com a intenção de derrubá-la. Caso isso ocorra, é considerado falta. “O futebol americano é jogado com proteções, capacete e ombreiras, para os atletas não se machucarem com os impactos. Já o flag não necessita dos equipamentos como escudos”, contou o diretor Quinteiro. As atletas utilizam apenas um cinto, com as duas flags (fitas) penduradas e, em vez da colisão, o adversário deve retirá-las para interromper a jogada. Quem quiser integrar a equipe do A.E. Cougars Flag Football tem que fazer um teste para saber qual posição se encaixa melhor no seu perfil. Além disso, é preciso estar disponível para os treinos, que acontecem aos finais de semana, sábado das 13h30 às 18h e, esporadicamente, aos domingos, das 8h às 12h ou das 13h30 às 18h. Não há necessidade de morar no ABC.


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