LARYSSA POLLIANA NUNES E SILVA
TCC - ARQUITETURA E URBANISMO
UNIESP - 2022.1
ANTEPROJETO DE UMA CLÍNICA VETERINÁRIA DE ATENDIMENTO A
CÃES E GATOS EM SITUAÇÃO DE RUA
CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIESP ARQUITETURA E URBANISMO
LARYSSA POLLIANA NUNES E SILVA
ANTEPROJETO DE UMA CLINICA VETERINÁRIA DE ATENDIMENTO A CÃES E GATOS EM SITUAÇÃO DE RUA
Anteprojeto apresentado ao Centro
Universitário UNIESP, Conclusão do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
Orientador: Profª. Ana Luzia Lima Rodrigues Pita
JOÃO PESSOA I 2022
ANTEPROJETO DE UMA CLINICA VETERINÁRIA DE ATENDIMENTO A CÃES E GATOS EM SITUAÇÃO DE RUA
LARYSSA POLLIANA NUNES E SILVA
ANTEPROJETO DE UMA CLINICA VETERINÁRIA DE ATENDIMENTO A CÃES E GATOS EM SITUAÇÃO DE RUA
Anteprojeto apresentado ao Centro Universitário UNIESP, Conclusão do CursodeBachareladoemArquitetura
e Urbanismo.
Orientador: Profª. Ana Luzia Lima
Rodrigues Pita
João Pessoa, _____ de _________________ de ________.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Ms. Ana Luzia Lima Rodrigues Pita
Professora orientadora
Prof. Marcela Dimenstein UNIESP
Avaliador(a) interno
Larisse Lima de Sousa IFBA
Avaliador(a) externo
06
2022
JUNHO
DEDICATÓRIA
Dedicoesse trabalho a minhamãe queea minhamaior referência de mulher guerreira e forte que me criou sozinha, juntas passamos por tantas coisas pra conseguir chegar até aqui, Mãe um obrigado e pouco para agradecer por tudo que a senhora faz por mim, obrigada por ficar dias e dias na máquina costurando e por abdicar de muita coisa para que eu pudesse chegar até aqui. Essa vitória e total sua, te amo do fundo da minha alma.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por tudo que ele fez e faz na minha vida, por guiar meus caminhos, sem minha fé nele eu jamais conseguiria chegar até aqui, toda glória vai ser dada à Deus.
A minha mãe que fez o possível e impossível para que eu concluísse o meu sonho e que esse sonho acabou se tornando o dela também. Mãe lembra que eu disse que conseguiria? , te agradeço por aguenta r todas as minhas crises de ansiedade e por sempre me incentivar a ser melhor.
A minha amiga Karol Linhares que foi um dos maiores presentes da graduação e aos seus pais Dona Ana e Seu Mozart por me acolherem na casa deles.
Ao meu amigo Igor Dantas por todo o suporte e apoio dado ao decorrer da minha graduação, vou ser eternamente grata.
A minha querida orientadora Ana Luzia por todo apoio, paciência, experiência e muito conteúdo compartilhado comigo, sou muito agradecida por essa oportunidade eu não poderia ter escolhido uma professora melhor para me auxiliar nessa reta final.
Meu agradecimento especial a Vitor Claudino e toda sua equipe, a sua dedicação e todos os ensinamentos com certeza fizeram total diferença nessa reta final, vocês foram fundamentais nessa etapa, vou ser sempre grata.
A todos os professores que fizeram parte da graduação por compartilharem seus ensinamentos e experiências para que eu me torne uma boa profissional.
Agradeço a Justin Bieber e L7nnon por suas músicas que me acompanharam ao longo da graduação e nessa etapa final deixando meus dias mais leves com boas músicas.
RESUMO
O trabalhodesenvolvido aborda as estimativas da Organização Mundial de Saúde, onde no Brasil existe cerca de 30 milhões de animais abandonados, e como apresentando na Lei Federal nº 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), oabandoecrime,comapandemiadacovid-19osnúmeroscontinuamacrescer.
O levantamento do Instituto Pet Brasil apurou a existência de 370 ONGs atuando na proteção animais sendo 17% na Paraíba, muitas dessas instituições tutelam mais de 172 mil animais onde realizam um trabalho intensivo, as ONGs espalhadas no país vêm passando dificuldade, com a falta de doações para que o trabalho seja mantido, o cenário atual de muitas
ONGS da Paraíba, não é diferente do que vem sendo mostrado no Brasil.Na Paraíba existem dois hospitais veterinários públicos, o Hospital
Veterinário da UFCG e o outro de nome Hospital Universitário
VeterinárioHUVET, CCA, UPFB - Campus II que fazem o trabalho de atender animais de forma gratuita.,foi visto que em cidades do interior existe uma carência em relação a esse tipo de equipamento publico, Portanto, após seguir alguns estudos preliminares sobre o tema esse projeto terá o objetivo de propor espaços de atendimento e acolhimento mais humanizados para animais e seus tutores, buscando espaços e soluções projetuais que favoreçam o conforto dos animais resgatados, alem da sua contribuição para a saúde da sociedade de forma preventiva por meio da criação de uma clinica veterinária,o projeto pretende contribuir no auxilio ao acesso veterinário para os animais de ONGS e de tutores de baixa renda de forma gratuita com isso surgiu a idéia de propor uma clínica veterinária que também poderá receber cães e gatos em situação de rua de forma temporária na cidade de SolâneaParaíba.Para a execução da proposta foiescolhido um terreno no centro da cidade de Solânea-Pb com 992,26m² atendendo asnecessidades de uma clínica veterinária, por se tratar de um espaço amplo e com boa localização ele e próximo há uma ONG existente na cidade. O projeto conta com uma parte
baias individuais e um local de recreação.Um dos pontos clínica onde possuem consultórios, laboratório e farmácia e uma área de canil e gatil com fundamentais do projeto é o conforto, com ambientes amplos, pensado no bem estar dos animais e de seus tutores,também pensando na gentileza de atividade, e jardins internos proporcionando ventilação e iluminação nas áreas internas da clínica.
Palavras-chave: animais,abandono,clinica
ABSTRACT
The work developed approaches the estimates of the World Health Organization, where in Brazil there are about 30 million abandoned animals, and as presenting in the Federal Law nº 9.605 of 1998 (Environmental Crimes Law), the abandonment and crime, with the pandemic of covid-19 numbers continue to grow.The Pet Brasil Institute survey found the existence of 370 NGOs workingin animal protection, 17% of which in Paraíba, many of these institutions protect more than 172,000 animals where they carry out intensive work, NGOs spread across the country have been experiencing difficulties, with thelack of donations to keep the work going, the current scenario of many NGOs in Paraíba is not different from what has been shown in Brazil.In Paraíba there are two public veterinary hospitals, the UFCG's Veterinary Hospital and the other one named HUVET Veterinary University Hospital, CCA, UFPB - Campus II, which work with animals for free. It was seen that in the countryside cities there is a lack of this kind of public equipment, The project intends to contribute to the veterinary access to animals from NGOs and low income guardians for free, and so the idea of proposing a veterinary clinic that can also receive dogs and cats on the streets temporarily in the city of Solânea-Paraíba. For the execution of the proposal it was chosen a 992,26m² piece of land in the center of the city of Solânea-Pb with 992,26m² to meet the needs of a veterinary clinic,because it is a large area with a good location and near an NGO in the city.existing in the city. The project has a clinical part where they have offices,laboratory and pharmacy and a kennel and cattery area with individual stalls and a place for recreation. One of the fundamental points of the project is comfort, with large environments, thinking about the welfare of the animals and their guardians alsothinking in urban kindness was deployed green areas, as an inclusive square for animals, activity area, and internal gardens providing ventilation and illumination in the internal areas of the clinic.
Key Words:
animals, abandonment, clinic urbana foi implantado áreas verdes, como praça inclusiva para animais,,áreas
“ Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples.Não é preciso muito para ser muito.
Lina Bo Bardi
”
LISTA DE FIGURAS
Figura
Figura 02: Etapas da elaboração de anteprojeto ................................................................................................................................
Figura 03: Porcentagem do crescimento de abandono no Brasil.....................................................................................................
Figura 04:
Figura
Figura
Figura 07: Sansão cachorro da raça Pit-bull de 2 anos que teve as patas traseiras decepadas...................................................
Figura 08: Animais em atendimento.....................................................................................................................................................
Figura 09: Spa, abrigo animal ambientes humanizados e pensado para os animais.....................................................................30
Figura 10: Espectro da visão do humano, cão e gato .........................................................................................................................
Figura 11: Lar seguro ..............................................................................................................................................................................
Figura 12: Situação do animal abrigado que lares poderão receber................................................................................................
Figura 13: Rancho dos Gnomos Santuário brasileiro que salva leões e preguiças dos maus tratos ...........................................
Figura 14: Posto 9 Fachada ....................................................................................................................................................................
Figura 15: Posto 9 Interior......................................................................................................................................................................
Figura 16: Planta baixa ...........................................................................................................................................................................
Figura 17: Fachada Noroeste.................................................................................................................................................................
Figura 18: Aberturas zenitais - Posto 9 ................................................................................................................................................
Figura 19: Simetria da fachada 01........................................................................................................................................................
Figura 20: Simetria da fachada 02........................................................................................................................................................
Figura 21: Materiais utilizados...............................................................................................................................................................
Figura 22: Cores dos ambientes internos ............................................................................................................................................
Figura 23: Corte Clinica Veterinária ULHT............................................................................................................................................
Figura 24: OCRE arquitetura Fachada...................................................................................................................................................
Figura 25: Elevação sul............................................................................................................................................................................
Figura 26: 3d em perspectiva.................................................................................................................................................................
Figura 27: Aberturas zenitais OCRE arquitetura..................................................................................................................................
20
01: Porcentagem de atuação das ONGs para cada região do Brasil ....................................................................................
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26
27
Porcentagem do crescimento de abandono na pandemia .............................................................................................
28
05: Cão abandonado em rodovia..............................................................................................................................................
28
06: Linha do tempo leis de crimes ambientais........................................................................................................................
29
30
31
Figura 28: Planta baixa OCRE arquitetura............................................................................................................................................ 43 Figura 29: Materiais usados na parte interna OCRE........................................................................................................................... 43 Figura 30: OCRE arquitetura corte longitudinal................................................................................................................................... 44 Figura 31: Cidade de solânea atualmente............................................................................................................................................ 48 Figura 32: Cidade de solânea ano no ano de 1951............................................................................................................................. 48 Figura 33: Mapa de localização.............................................................................................................................................................. 48 Figura 34: Imagem da área .................................................................................................................................................................... 49 Figura 35: Imagem do terreno............................................................................................................................................................... 49 Figura 36: Imagem do terreno 02.......................................................................................................................................................... 49 Figura 37: Mapa uso ocupação.............................................................................................................................................................. 50 Figura 38: Mapa de gabarito.................................................................................................................................................................. 50 Figura 39: Mapa cheios e vazios............................................................................................................................................................ 51 Figura 40: Mapa leitura do lugar ........................................................................................................................................................... 51 Figura 41: Incidência solar e ventos predominantes ......................................................................................................................... 52 Figura 42: Mapa de vias.......................................................................................................................................................................... 52 Figura 43: Diagrama de implantação.................................................................................................................................................... 56 Figura 44: Diagrama de volume ............................................................................................................................................................ 56 Figura 45: Diagrama evolução de volume............................................................................................................................................ 56 Figura 46: Setorização 01 ....................................................................................................................................................................... 58 Figura 47: Organograma ........................................................................................................................................................................ 59 Figura 48: Fluxograma ........................................................................................................................................................................... 60 Figura 49: Diagrama de estrutura......................................................................................................................................................... 61 Figura 50: Materiais da fachada praça de animais ............................................................................................................................. 64 Figura 51: Imagem paginação ............................................................................................................................................................... 65 Figura 52: Imagem vegetação ............................................................................................................................................................... 67 Figura 53: Imagem mobiliário urbano,área de recreação ................................................................................................................. 69
Lista de Tabelas
Lista de Abreviaturas e Siglas
Elementos vazados brise Detalhe brise Imagem brise fachada Detalhe cobogó Imagem cobogó Elementos vazados cobogó Diagrama aberturas zenitais Imagem aberturas zenitais Planta coberta Planta baixa humanizada 71 71 72 73 74 74 75 75 75 76 76 76 76 76 77 77 78 78 78 79 79 79
Tabela 22
Sumári o 2 1 Fundamentação Teórica Referencial Projetual Introdução Área de Intervenção 25 37 19 3 3.1 CLINICA VETERINÁRIA ULTH / POSTO 9 3.3
3.2 CLINICA
3.1.1
BAIXA 3.1.2 GEOMETRIA 3.1.3 LUZ NATURAL 3.2.1 SIMETRIA E EQUILIBRIO 3.1.4 SIMETRIA E EQUILIBRIO 3.2.2 LUZ NATURAL 3.1.5 MATERIAIS 3.2.3 CIRCULAÇÃO/PLANTA BAIXA 3.1.6 ESTRUTURA 3.2.4 MATERIAIS 3.2.5 ESTRUTURA 1.1 JUSTIFICATIVA 2.1 PANORAMA DE ABANDONO 1.2 OBJETIVOS 2.1.1 LEIS DE CRIMES AMBIENTAIS 1.3 METODOLOGIA 2.2 ARQUITETURA DE CLINICAS VETERINÁRIAS 2.2.1 HUMANIZAÇÃO E CONFORTO DO AMBIENTE HOSPITALAR VETERINÁRIO 2.3 LEGISLAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS 2.4 ESPAÇOS DE ACOLHIMENTO A ANIMAIS EM SITUAÇÃO DE RUA 20 22 22 26 28 29 30 31 32 44 44 43 43 42 42 41 41 40 40 39 39 38 38 4 4.1 TERRENO 4.2 CONDICIONANTES LEGAIS 4.3 CONDICIONANTES NATURAIS 4.4 SISTEMA VIÁRIO 49 52 52 50 47 Proposta Considerações Finais Referências 55 63 78 81 5 5.1 CONCEITOS E PARTIDO ARQUITETÔNICO 5.4 ESTRUTURA 5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADE E PRÉDIMENSIONAMENTO 5.3 SETORIZAÇÃO, ORGANOGRAMA, FLUXOGRAMA 56 57 58 61 7 6 6.1 MATERIAIS 6.2 VEGETAÇÃO 6.3 MOBILIÁRIO 6.4 ELEMENTOS VAZADOS 64 70 66 71 68 72 73 6.5 ABERTURAS ZENITAIS 6.6 COBERTA 6.7 PLANTA BAIXA 6.8 PÁTIOS INTERNOS E ÁREAS VERDES 6.9 ESPACIALIDADE 74 75
SINTESE DOS PROJETOS CORRELATOS
VET. SENTIDOS/OCRE ARQ.
CIRCULAÇÃO/PLANTA
01|INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil existem 30 milhões de animais abandonados. Há um animal para cada cinco habitantes no país, sendo que desse número, 10% se encontram em situação de abandono. Ainda que existam leis para coibir os crimes ambientais como o estatuto de proteção ao animal do ano de 2012, maus tratos e abandono continuam a acontecer. Um fator que fez esse número aumentar nos últimos dois anos foi a pandemia de Covid-19 que contribuiu para que esse problema se tornasse cada vez mais visível nas ruas brasileiras.
Ao longo do tempo podemos observar os direitos dos animais sendo reconhecidos, ainda que seja algo novo na legislação brasileira. A lei de crimes ambientais (lei federal nº9605/1998) discorre sobre os direitos necessários dos animais, indica nos parágrafos Parágrafo 1 - Artigo 32, que a prática de atos de abusos e maus tratos podem chegar a uma pena, além de multa e proibição da guarda. (Constituição
Federal, 1988) De acordo com Levai (2004, p.128) “O reconhecimento dos direitos dos animais não se limita às leis que regulam as relações entre os homens, por que o Direito na forma como pretendem os antropocentristas não é sinônimo de Justiça.”
Apesar das leis existirem para a proteção dos animais, devemos refletir que isso vai muito além da justiça, é uma questãoética,ondeemquehumanos,agemdeformaincorreta e pessoas de má índole maltratam animais indefesos, leis assim não necessitassem existir, já que isso faz parte de uma questão ética e moral e está acima dos Direitos.
Houveumcrescimentode67%doabandonodeanimais entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 em comparação com omesmo período dos anos anteriores, dados da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (AMPARA) que presta ajuda às ONGs e aos protetores independentes
da causa animal. Essa pesquisa foi feita com pelo menos 370 instituições e protetores independentes de todo o país. Visto que um dos motivos que podem ter intensificado o abandono de animais foi às informações divulgadas de que animais poderiam contrair COVID -19.
O levantamento do ano de 2019 feito pelo Instituto Pet Brasil apurou a existência de 370 ONGs atuando na proteção animal. Abaixo na figura 01 podemos observar onde se encontra a maioria dessas ONGS.
O cenário atual de muitas ONGS da Paraíba, não é diferente do que vem sendo mostrado no Brasil. Um problema enfrentado é a superlotação de animais e as dívidas acumuladas. As ONGs que atuam no resgate de animais de rua relatam que as dificuldades financeiras dificultam otratamento dos animais recolhidos e impedem novos resgates. Pode-se observar no relato da matéria de 2019 do portal correio, o grupo chamado “patinha voluntária” na tentativa de amenizar esses problemas têm oferecido lares temporários para vários cães e gatos em situação de rua eles resgatam ,medicam os animais e acham um lar temporário até eles se recuperarem e serem adotados. O poder público tenta intervir nessa situação, como na capital da Paraíba, João Pessoa, onde existe o Centro de Zoonoses que antes recolhia os animais das ruas e os sacrificava, contudo desde o ano de 2018, essa ação foi proibida. Hoje em dia, o centro de zoonoses atua apenas com a vacinação e castração de animais, sendo o único centro com essa finalidade na capital.
Essas instituições tutelam mais de 172 mil animais. E realizam um trabalho intensivo de castração, além da coleta, fazem a doação desses animais de rua para uma pessoa responsável, as ONGs espalhadas no país vêm passando dificuldade, com a falta de doações para que o trabalho seja mantido.
NaParaíbaexistemdoishospitaisveterináriospúblicos, oHospital Veterinário da UFCG localizado em Patos, e o outro em Areia de nome Hospital Universitário Veterinário HUVET, CCA, UPFB - Campus II que fazem o trabalho de atender animais de forma gratuita. Segundo dados da assessoria de imprensa do Hospital Veterinário da UFCG,2007 o mesmo realiza uma média de 220 atendimentos mensais, incluindo consultas, procedimentos cirúrgicos e exames laboratoriais. De acordo com uma pesquisa da Associação Americana de Medicina Veterinária (AVMA) revela-se que as limitações financeiras levam os tutores de animais a tomar decisões contra os melhores interesses de saúde e bem-estar dos animais o estudo mostra também que, além das limitações financeiras, a falta de acessibilidade a este tipo de serviços, decorrente da distância geográfica, é uma barreira ao tratamento dos animais. (AVMA,2018.)
Diante deste cenário este trabalho propõe desenvolver uma clinica veterinária de atendimento a cães e gatos em situação de rua em Solânea, Paraíba. Considerada um municípiopoloqueapresentaforterelaçãocomosmunicípios vizinhos como, Arara, Bananeiras e Serraria. A cidade de Solânea recebeu no ano de 2019, a primeira clínica veterinária pública do estado. Apesar de ser oprimeiro centro público paraibano e, segundo o portal g1 apresentarestruturaquesegueospadrõesdefuncionamento do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), não possui toda a estrutura de clínica, pois não apresenta todas as máquinas necessárias para que os veterinários possam fornecer os diagnósticos completos. Sendo assim os animais que precisam de exames mais elaborados necessitam viajar para cidades como Campina Grande, PB e muitas vezes seus tutores não possuem condições financeiras para esse deslocamento. Outro ponto é a questão de não atender a demanda de animais que chegam para eles, só conseguindo receber os da cidade e não da região, visto que as cidades apresentam necessidade de controle animal e atendimentos, mas não apresenta estrutura completa que forneça esses atendimentos, já que só são fornecidos em centro de zoonoses de cidades maiores, como João Pessoa e Campina Grande, ou em clínicas veterinárias particulares. Este trabalho aborda a importância da implantação de um centro veterinário de atendimento a cães e gatos em situaçãoderuaemSolânea,Paraíba,umavezqueoabandono e falta de clínicas vem sendo uma realidade recorrente tanto no Brasil, quanto no estado. A intenção dessa proposta é amenizar o problema de saúde pública ajudando no controle de natalidade de cães e gatos, não só na cidade que vai receber o equipamento público, mas também nas cidades próximas da região.
INTRODUÇÃO CAPÍTULO 01 2021
Figura 01: Porcentagem de atuação das ONGs para cada região do Brasil.2022
Fonte: Kalache e Kickbusch, 1997 apud OMS, 2002, p. 15.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver um anteprojeto de uma clínica veterinária para cães e gatos em situação de rua no centro de Solânea,PB
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•Propor espaços de atendimento e acolhimento mais humanizados para animais e seus tutores.
•Buscar espaços e soluções projetuais que favoreçam o conforto dos animais resgatados.
•Contribuir paraasaúdedasociedadedeformapreventiva por meio da criação de uma clinica veterinária.
1.3 METODOLOGIA
A metodologia do trabalho classifica-se quanto à finalidade como Pesquisa aplicada, visando propor uma mudança e também solucionar problemas. Já em relação aos seus objetivos será descritiva, visando utilizar livros, artigos e trabalhos acadêmicos que já trabalham o assunto, com uma abordagem classificada em quali-quantitativa baseados em pesquisas e em porcentagens abordadas nela, o método que será utilizado é o hipotético-dedutivo. A metodologia foi dividida em quatro etapas: Levantamento bibliográfico e pesquisas, Sistematização e organização de dados, Análise dos dados coletados e Levantamento de campo.
1ª Etapa – Levantamento bibliográfico e pesquisas:Nestaetapaforamabordadosdados bibliográficos para embasamento da pesquisa, a partir de fontes como livros, artigos, TCCs, dados de pesquisas, leis e legislações.
Tabela 01: Relação dos autores a serem utilizados no levantamento bibliográfico
4ª Etapa - Análise dos dados coletados: Serão analisados todos os dados coletados nas etapas anteriores. Análise que foi dividida em sete fases;
1º Fase: Escolha do terreno.
2º Fase: Conceito e partido.
3º Fase: Diretrizes projetuais.
4º Fase: Programa de necessidades e pré-dimensionamento.
5º Fase: Fluxograma e setorização.
6º Fase: Implantação, acessos e zoneamento
7º Fase: Volumetria, estrutura e materiais.
Será desenvolvido o anteprojeto, o processo projetual ligado a elaboração de plantas, cortes e fachadas, pensando em soluções de baixo custo, descritos na figura abaixo, além da criação de gráficos no Illustrator CC 2019. No uso da elaboração das plantas baixa e 3d com auxílio do software bim Archicad 25,render e 3d com Sketchup 2019 e vray.
2ª Etapa – Sistematização e organização de dados: Nesta etapa da pesquisa a organização dos dados coletados na etapa anterior referente a análises desses dados onde foram construídos os embasamentos teóricos dos
capítulos, Além da criação de gráficos no Illustrator CC 2019, esse software foi utilizado no auxílio das análises de estudos correlatos, escolhendo-se dois projetos, neles usa-se o método de Clark e Pause embasando a análise do que será utilizado como exemplo nas diretrizes de projeto como:
•Estrutura
•Luz natural
•Circulação-uso
•Geometria
•Simetria e equilíbrio
3ª Etapa – Levantamento de campo: Nesta etapaserãocoletadosdadosrelativosaoobjeto de estudo, tais como: medidas, fotografias. Fazendo um levantamento de informações de condicionantes legais e ambientais do projeto,
além dos mapas temáticos utilizando os softwares AutoCAD 2020, Photoshop CC 2019 e Illustrator CC 2019.
Fonte: O
(2021).
INTRODUÇÃO CAPÍTULO 01 2223
Fonte: O autor (2021).
autor
Figura 02: Etapas da elaboração de anteprojeto, 2021
02|FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PANORAMA DE ABANDONO
A crescente do abandono vem sendo uma grande realidade no Brasil visto que as principais vítimas são os animais domésticos, segundo a Organização Mundial da Saúde estima-se que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. (OMS,2014)
Tem-se uma estimativa de que a cada 10 animais abandonados, 8 já pertenceram a um lar, porém foram rejeitados por diversos motivos como terem crescido muito, adoecerem, gerarem gastos e aborrecimentos, não serem “educados” (SHULTZ, 2016).
Um dos principais motivos para o abandono animal é a falta de responsabilidade e conhecimento sobre os animais.
Muitas pessoas que adotam um animal de estimação por impulso tendem a abandonar. Sem falar do financeiro, o espaço para o animal e a disponibilidade do dono são as principais questões que devem se pensar quando se tem a vontade de adotar um animal. Com base em uma pesquisa realizada em abrigos dos EUA, pela revista “Journal of Applied Animal Welfare Science” em 2007, os principais motivos apresentados para o abandono animal como podemos observar nas tabelas 02 e 03.
Segundo dados da pesquisa feita pela AMPARA Animal, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, ocrescimento no abandono de animais se intensificou em cerca de 70% em 2020. A pesquisa foi feita com pelo menos 530 instituições e protetores independentes de todo o Brasil.
Seja pela crise mundial ou pela pandemia da Covid-19 o abandono de animais se tornou cada vez mais recorrente como podemos observar nos dados obtidos nas pesquisas.
Umdosmotivosquepodeterintensificadooabandono de animais na pandemia, foi a divulgação de que animais poderiam contrair Covid-19. Aqui no Brasil o primeiro caso foi no Rio Grande do Sul onde as gatas apresentaram os mesmos sintomas dos seus donos que também contraíram a doença.
Foi publicado um estudo científico pela revista internacional PlosOnenoanode2020emqueforamencontradosresquícios dovírusemanimaisapartirdepesquisasportesteRT-PCR.Nos testes alguns animais apresentaram sinais compatíveis com a doença. Ainda assim, não se pode confirmar que eles estejam acometidos pela doença, porque mesmo que eles possuam ovírus não significa que desenvolvam a enfermidade, de forma transmissível para humanos, já no ano seguinte uma nova pesquisa foi divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CAPÍTULO 02 2627
Figura 03: Porcentagem do crescimento de abandono no Brasil.
Tabela 02: Motivos pelo qual as pessoas abandonam gatos.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS),2014 editada pelo autor. Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS),2014 editada pelo autor.
Tabela 03: Motivos pelo qual as pessoas abandonam cães
Figura 04: Porcentagem do crescimento de abandono na pandemia.
Fonte: Journal of Applied Animal Welfare Science ,2007 editada pelo autor.
Fonte: AMPARA Animal,2020 editada pelo autor
Os impactos do abandono no bem-estar animal também são de especial relevância.
2829 (Fiocruz) em conjunto com a Universidade Texas A&M, foram identificados anticorpos neutralizantes do novo coronavírus em um gato e um cachorro de rua do Rio de Janeiro. Isso comprova que eles têm contato com o vírus e desenvolvem os anticorpos. (FIOCRUZ; Universidade Texas A&M ,2021)
Mesmo com a comprovação de que animais possuem anticorpos contra o vírus, os abandonos continuaram a acontecer, trazendo sérios problemas e prejuízos para a ecologia, economia e o mais importante a saúde pública e bem-estar animal. Animais não são descartáveis e não podem ser tratados como mercadoria, assim como os seres humanos eles também sentem a falta dos tutores, além das questões mais importantes, a fome, desnutrição, parasitas, doenças,envenenamentoeoutrasformasdeabusoqueesses
animais passam na rua. Tem-se uma estimativa de que a cada 10 animais abandonados, 8 já pertenceram a um lar, porém foram rejeitados por diversos motivos como terem crescido muito, adoecerem, gerarem gastos e aborrecimentos, não serem “educados” (SHULTZ, 2016).
2.1.1 LEIS DE CRIMES AMBIENTAIS Abaixo podemos observar a linha do tempo que mostra toda evolução das leis e decretos de proteção ao animal.
Crescentes avanços das leis têm sido de grande importância na luta dos direitos dos animais, principalmente na conscientização de que todas as vidas importam e que devemos respeitá-los. E de grande relevância leis que protegem não só os animais, mas também todo meio ambiente. Sendo assim, necessitamos observar o valor dos animais em nossa vida e na preservação e conservação do meio ambiente.
No Brasil foi Getúlio Vargas, em 1934, que promulgou o Decreto Federal 24.645, constituído o Direito dos Animais no Brasil.(SANTANA; OLIVEIRA, 2006 p.18).
“Na nova lei criada, a intenção do legislador, além de unificar os textos legais esparsos, era sancionar penalmente o agente causador do dano ambiental.”(TITAN, 2021 P, 303)
O convívio com os animais trouxe consigo inúmeros benefíciosaohomemeconsequentementeesseatoacarretou em problemas para esse relacionamento. Fazendo com que esses animais passem por dificuldades para tentar viver de maneira digna, sem que sejam humilhados, insultados e abandonados nas ruas. (ALMEIDA M, 2009)
Fonte: A Proteção jurídica aos animais no Brasil,uma breve história ,MÓL; VENANCIO,2014. Elaboração própria
2.2 ARQUITETURA DE CLÍNICAS VETERINÁRIAS
Os projetos arquitetônicos na área da saúde, tanto para humanos quanto para animais, podem trazer diversos benefícios como prevenção de riscos, agilidade em seus atendimentos, qualidade e segurança nos serviços prestados, além de inovações e competitividade, sendo o projeto arquitetônico um diferencial na organização do ambiente hospitalar. (GUERREIRO, 2012, p.15)
Quando falamos em arquitetura hospitalar devemos
observar todas as necessidades, planejando ambientes mais funcionais que atendam as regras e princípios básicos de higiene e bem-estar animal de acordo com a Vigilância Sanitária, Conselho Regional, Conselho Federal, e Ministério da Agricultura para que o projeto seja eficiente e funcional. A luz natural passou a ser muito importante, pois trazia o calor do sol, reduzindo a contaminação do ambiente. Porém tem-se uma grande necessidade de estudar seus
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CAPÍTULO 02
Figura 05: Cão abandonado em rodovia
Figura 06: Sansão cachorro da raça Pit-bull de 2 anos que teve as patas traseiras decepadas ficou conhecido por da nome a lei sancionada no ano 2020.
Fonte: fotorince/Shutterstock.
Fonte: fotorince/Shutterstock.
Figura 07: Linha do tempo leis de crimes ambientais
2.2.1 HUMANIZAÇÃOECONFORTODOAMBIENTEHOSPITALAR VETERINÁRIO
A arquitetura hospitalar está ligada aos conceitos e práticas médicas adotadas durante o planejamento de seus espaços. É fundamental para a humanização desses espaços uma integração interior com exterior, trazendo de certa forma uma aproximação com o externo, usando ventilação, luminosidade e cores.
“A humanização dos espaços envolve muitos aspectos, eaproxima-semuitodaáreadodesigndeinteriores.Ressaltase o uso da cor, de revestimentos e texturas.” (BOING, 2003, p.72).
Entende-se por projeto arquitetônico hospitalar, uma alternativa que possa atender as funções determinadas pelo setor, trazendo algumas contribuições para o desempenho
terapêutico, de maneira a não causar nenhum dano á saúde do paciente que ali permanece para tratamento. (ELIZALDE E GOMES, 2009).
As cores fazem grande parte do conforto ambiental e deve-se observar, a sua importância não apenas ligada à questão estética, mas também aos sentimentos e sensações que elas podem causar. Influenciando diretamente na energia, saúde, relacionamentos, pessoas e até mesmo nos animais.
Pensando no conforto das cores para clínicas veterinárias devemos observar os estudos sobre como nos humanos e os animais enxergam as cores, muito estudos apontam que cães e gatos conseguem enxergar as cores, mas não distinguem o vermelho do verde, eles possuem apenas dois pigmentos, amarelo e azul, tendo a capacidade de identificar as cores reduzidas. Já os seres humanos possuem três pigmentos na retina sendo eles azuis vermelhos e verdes, ou seja, a percepção sobre as cores é bem maior. Como podemos observar o esquema explicando a diferença da percepção dos cães, gatos e humanos.
Fonte: Visão vet,2019, editado pelo autor. O conforto térmico também pode ser prejudicado pela cor escolhida para seu projeto. As pessoas sentem mais frio em ambientesque possuem tonalidades frias emais calor em ambientes de tonalidades quentes, ainda que a temperatura seja a mesma.
R elatam os efeitos do estresse térmico para os animais, de acordo com Barbosa et al. (2004) senso comum de que, um ambiente estressante provoca várias respostas, dependendo da capacidade do animal para adaptar-se. Sendo que as respostas fisiológicas e metabólicas ao meio ambiente resultam de uma combinação de fatores ambientais, que podem afetar a saúde animal, o desempenho e o comportamento geral (MADER et al., 2010).
2.3 LEGISLAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS
Resolução Nº 1275/2019, Conceitua e estabelece as condições para o funcionamento de Estabelecimentos Médico-Veterinário de atendimento a animais de estimação de pequeno porte e dá outras providências. As Clínicas Veterinárias são estabelecimentos destinados ao
atendimento de animais para consultas, tratamentos clínicoambulatoriais, podendo ou não realizar cirurgia e internação, sob a responsabilidade técnica, supervisão e presença de médico-veterinário durante todo o período previsto para o atendimento ao público e/ou internação. (CRMVF, 2019)
3031 mecanismos para que o desconforto seja evitado. Muitas vezes o uso errado da luz natural cria áreas de luz e sombra, que através desses contrastes causam desconforto visual aos usuários (COSTI, 2002).
Como apresentado na resolução N° 1275/2019 as clínicas veterinárias devem apresentar os seguintes ambientes obrigatórios para seu funcionamento, no setor de atendimento deve ter Ambiente de recepção/espera, arquivo médico físico ou informatizado, recinto sanitário para uso do público e consultórios médico contendo: mesa impermeável paraatendimentopiadehigienização,unidadederefrigeração exclusiva de vacinas, antígenos medicamentos e outros materiais biológicos e armário próprio para equipamentos e medicamentos.
No setor cirúrgico, deverá dispor de: ambiente para preparo do paciente contendo mesa impermeável, ambiente de recuperação do paciente contendo: provisão de oxigênio e sistema de aquecimento para o paciente. Além de ambiente de anti-sepsia e paramentação imediatamente adjacente à sala de cirurgia, sala de lavagem e esterilização de materiais, sala de cirurgia.
Setor de internação deverá dispor de sala de recuperação dos pacientes, que pode ocorrer, também, no ambiente cirúrgico ou na sala de internação, a sala de lavagem e esterilização de materiais pode ser suprimida quando o estabelecimento terceirizar estes serviços sala para internação de pacientes com doenças infectocontagiosas
Setor de sustentação/serviço contendo lavanderia, depósito de material de limpeza ou almoxarifado, ambiente para descanso e alimentação do médico-veterinário e dos funcionários, sanitários/vestiários compatíveis com o número dos usuários, local de estocagem de medicamentos e materiais de consumo, unidade refrigerada exclusiva para conservaçãodeanimaismortoseresíduosbiológicos,quando
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CAPÍTULO 02
Figura 08: Animais em atendimento
Figura 09: SPA, ABRIGO ANIMAL, Ambientes humanizados e pensados para os animais.
Fonte: Freepik.com
Fonte: Ihor Pona,2010
Figura 10: Espectro da visão do humano, cão e gato
especialmente ansiedade, insegurança e vulnerabilidade emocional.
3233 o estabelecimento optar por internação ou atendimento 24 horas.
2.4 ESPAÇOS DE ACOLHIMENTO A ANIMAIS EM SITUAÇÃO DE RUA
Um abrigo de cães e de gatos é um local que reúne e cuida de um número considerável desses animais, em sua maioria recolhidos das ruas, existem vários tipos de abrigos, um deles o lar Transitório ou lar temporário, local onde cães e gatos abandonados encontram abrigo temporário, alimentação e cuidados até que sejam adotados por uma
principais apoios para a proteção dos animais. Segundo dados do fórum nacional de proteção e defesa do animal, um abrigo de animal tem que ter três tarefas principais para que seja um lar 100% seguro, como podemos observar na imagem abaixo.
Várias ONGs vêm desenvolvendo um importante trabalho: elas recolhem animais que não têm condições de abrigam e prestam cuidados veterinários, assim como os encaminha à adoção. (MÓL, VENANCIO ,P.33, 2014).
ou meses, de acordo com cada caso e a disponibilidade dos responsáveis,a espécie e a situação do animal abrigado é uma escolha do lar temporário Veja alguns exemplos:
TEÓRICACAPÍTULO
2.4.1 TIPOS DE ABRIGOS TEMPORÁRIOS NO BRASIL
Em 1893 o cenário de maus tratos a animais começou a mudar com a denúncia de um suíço que estava em são Paulo, Henri Ruegger descobriu e indignou-se com o fato de no Brasil não existir até então nenhuma entidade dedicada à proteção dos animais, fazendo com que sua revolta chegasse aos ouvidos da imprensa paulista, segundo a UIPA, 2016.
Henri Ruegger resolveu denunciar os maus tratos que um cavalo estava sendo submetido em plena região central de São Paulo, mas então descobriu e indignou-se com o fato de no Brasil não existir até então nenhuma entidade dedicada à proteção dos animais. (NASCIMENTO, 2015)
O “abrigo” que na época se chamava depósito de animais teve seu início apenas no século 19, com a União Internacional Protetora dos Animais, que desde então vem tomando frente na causa da proteção dos animais abandonados. (NASCIMENTO ,2015).
Fonte: Fórum nacional de proteção e defesa do animal,2019. Elaborado pelo autor.
Comoumdosseusobjetivosprincipais,umabrigodeve
planejar programas de adoção permanentes, recolocando os animais em novos lares, onde eles poderão ter uma nova chance. O abandono e os maus-tratos que esses animais sofreramnopassadogeramtranstornospsicológicosdiversos,
Existem diferentes tipos de abrigos e com funções diferentes, sendo eles públicos e privados, os abrigos mais comuns são os lares temporários ou transitórios, santuário, canil municipal e centro de controle de zoonoses.
ou transitório é o local onde cães e gatos abandonados encontram abrigo temporário, alimentação e cuidados até
temporários são de grande importância e um dos principais apoios para a proteção dos animais. o tempo de permanência dessesanimaisnoslarespodevariardealgunsdiasasemanas
Fonte: ARCA BRASIL, 2022 elaborado pelo autor.
são reabilitados após serem vítimas de maus-tratos e maioria dos casos, reintroduzidos na natureza. Diferentemente de zoológicos, os animais não são principais dos santuários é a criação de um habitat no qual os reabilitação, o animal consiga conviver no ambiente externo de uma maneira mais natural e saudável.
O Canil Municipal deve ter como prioridade a castração de cadelas e gatas, recuperação de animais sem donos que necessitem de assistência veterinária, internação para observação em casos de suspeita de zoonoses e reclusão serem adotados.
O Centro de Zoonoses é um órgão responsável pelo controle de doenças transmitidas por animais e pelo controle das populações de animais domésticos, foi uma opção adotada pelo governo para garantir o bem-estar de animais e da população. Agindo no controle das zoonoses e na prevenção de epidemias.
Estas unidades são estruturadas para atender as diferentes comunidades das cidades em que são inseridas. As diretrizes da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) recomendamquatrotiposdeCCZseaindaumCanilMunicipal (CM), de acordo com a população das cidades a serem implantadas e com atividades distintas conforme o porte (BRASIL, 2007).
FUNDAMENTAÇÃO
02
Figura 11: Lar seguro
Figura 12: Situação do animal abrigado que lares poderão receber
Figura 13: Rancho dos Gnomos Santuário brasileiro que salva leões e preguiças dos maus tratos
Fonte: Biga Pessoa,2015
2.4.2 TIPOS DE ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS
Segundo a Resolução 1275/2019, Art. 5º. Consultórios Veterinários são estabelecimentos de propriedade de médicoveterinário ou de pessoa jurídica destinados ao ato básico de consulta clínica, de realização de procedimentos ambulatoriais e de vacinação de animais, sendo vedada a realização de anestesia geral, de procedimentos cirúrgicos e a internação. (CRMVF, 2019) Essa legislação moderniza a atividade veterinária, dando maior ênfase às boas práticas sanitárias e respeito e dá mais autonomia ao profissional em definir os espaços e equipamentos utilizados na sua rotina
Existem diferentes tipos de estabelecimentos veterinários e suas funções, sendo os mais comuns hospitais veterinários, Consultórios e Ambulatórios Veterinários e Clínicas Veterinárias abaixo podem observar a diferença e função de cada estabelecimento segundo o CRMV-PB.
Fonte: CRMV-PB,2015.editado pela autora.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CAPÍTULO 02 3435
Tabela 04,05 e 06: Diferença entre os estabelecimentos médicos-veterinários
03|REFERENCIAL PROJETUAL
REFERENCIAL PROJETUAL
3.1 CLINICA VETERINÁRIA ULHT/POSTO 9
Os arquitetos do posto 9 pensaram em um projeto que fosse funcional e que atendesse o curso de Veterinária e a clínica que garantirá o atendimento a animais de pequeno porte. No projeto houve ainda a preocupação de tornar a Clínica Veterinária ULHT, com espaços confortáveis considerando os animais e os seus tutores.
3.1.1 CIRCULAÇÃO/PLANTA BAIXA
O edifício possui 3 volumes que se ligam onde os níveis de acesso público que são bem separados, sendo que o acesso aos consultórios é possível para os clientes a partir da sala de espera e para os profissionais através da zona de acesso que liga os serviços administrativos, os espaços de recobro de cães e gatos (espaços separados) e a área cirúrgica localizada no edifício a ampliar.
Volumetricamente,oedifíciodesenvolve-seem3corpos paralelos. Esta divisão volumétrica torna possível agrupar no primeiro volume a zona pública, onde se concentra a zona de atendimento geral e de espera, que se relaciona diretamente com o exterior, no segundo volume é destinado às salas de aulas práticas/consultórios de atendimento que mantêm ligação tanto com o espaço público como com o espaço privado de gabinetes administrativos e de internamento de animais que se concentram no terceiro volume, todo os 3 volumes possuem níveis de acesso público.
Aberturas zenitais no teto para deixar os ambientes mais iluminados, uma das principais vantagens do uso da iluminação zenital, é que ela deixa o ambiente aconchegante e charmoso. Além do fato de economizar o uso de energia elétrica.
REFERENCIAL PROJETUAL 3839
Tabela 07: Ficha de informações Clinica Veterinária ULHT
Figura 14: Posto 9 FACHADA
Figura 15: Posto 9
Fonte: Archdaily Editado Pela Autora
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Figura 16: Planta Baixa Figura 17:
Fonte: Archdaily Editado Pela Autora
Fonte: Archdaily Editado Pela Autora
Fonte: Archdaily Editado Pela Autora Aberturas Zenitais
3.1.2 GEOMETRIA
clínico Internação Adm/Apoio Circulação social Cirúrgico Canil Principal Acesso Funcionários VOLUME 01 VOLUME 02 VOLUME 03
3.1.3 LUZ NATURAL
3.1.4 SIMETRIA E EQUILIBRIO3.1.5 MATERIAIS
Asimetrianafachadaprincipalrepresentadaporplacas de madeiras e pela forma do volume como pode observar Nos materiais podemos observar o uso do concreto e madeira sempre presente nas fachadas da edificação, suas grandes esquadrias de metalon,na parte interior os arquitetos optaram por cores para que o ambiente não fosse
“doentio” nem demasiado efusivo,já no piso usaram cimento queimado.
Figura 22: Cores dos ambientes internos
Fonte: Archdaily. Editado pela autora.
3.2 CLÍNICA VETERINÁRIA SENTIDOS/OCRE ARQUITETURA
Estrutura de concreto armado que utiliza armações feitas de barras de aço em conjunto com o concreto. Essas ferragens têm como objetivo resistir os esforços de tração e tornando a edificação mais resistente.
Tabela 08: Ficha de informações Clínica Veterinária Sentidos
Fonte: Archdaily.
3.1.6 ESTRUTURA
Estrutura de concreto armado que utiliza armações feitas de barras de aço em conjunto com o concreto. Essas ferragens têm como objetivo resistir os esforços de tração e tornando a edificação mais resistente.
Figura 23: Corte Clinica Veterinária ULTH
Fonte: Archdaily - Editado Pela Autora
Figura 24: OCRE Arquitetura Fachada
Fonte: Archdaily. Fonte: Archdaily.
REFERENCIAL PROJETUAL CAPÍTULO 03 4041
Figura 21: Materiais usados
Materiais Madeira Concreto Metalon
3.2.1 SIMETRIA E EQUILÍBRIO
Para abrigar todo o programa da clínica o projeto foi implantado de forma a ocupar o lote até suas divisas laterais, a sua fachada principal é protegida por um brise vertical de
Figura 29: OCRE Arquitetura
Adm/Apoio social Cirúrgico
Archdaily.Editado pela autora
O uso de aberturas zenitais no projeto e a criação de jardins internos que integram as salas de trabalho com a vegetação do exterior proporcionam iluminação e ventilação natural através de amplas esquadrias que vão do piso ao teto.
Madeira
Concreto Metalon
Archdaily.Editado pela autora
REFERENCIAL PROJETUAL CAPÍTULO 03 4243
Fonte: Archdaily.Editado pela autora ABERTURAS ZENITAL ACESSO PRINCIPAL
incipal
Figura 27: Aberturas zenitais OCRE Arquitetura
Os materiais usados no projeto foram madeira, concreto e metalon preto, sendo eles implantados em brise vertical de madeira, o concreto aparente na estrutura e amplas esquadrias que vão do piso ao teto.
clínico Internação
3.2.5
O concreto aparente é visível também na estrutura pré-moldada, que foi feita in loco de vigas, pilares e painéis de fechamento, que foram usados pensando no baixo custo e rapidez, além do alto desempenho estrutural.
Tabela
3.3 SÍNTESE DOS PROJETOS CORRELATOS
Os aspectos que serão utilizados no anteprojeto proposto foram decididos através de uma análise crítica, observando os pontos positivos e negativos de cada projeto correlato escolhido. A tabela 3 foi feita com o intuito de auxiliar nas decisões tomadas. Em seguida ao realizar a análise dos projetos correlatos escolhidos, foram levadas em consideração as principais decisões projetuais tomadas nos projetos de referência, que se mostraram importantes e se assemelham com as percepções que se deseja passar no anteprojeto.
Abaixo podemos observar a tabela de pontos positivos, negativos e a apropriação que será usada no anteprojeto feito através da analise de correlatos.
Tabela 10: Pontos positivos e negativos dos projetos correlatos e Aspectos escolhidos a partir dos projetos referenciais
REFERENCIAL PROJETUAL CAPÍTULO 03 4445
Figura 30: OCRE Arquitetura - Corte Longitudinal
09: Quadro comparativo projetos de referenciais
Fonte: Archdaily. Editado pela autora.
Fonte: Archdaily. Editado pela autora.
ESTRUTURA
Fonte: Autoral
04|ÁREA DE INTERVENÇÃO
O anteprojeto irá acontecer na cidade de Solânea, localizada na região intermediária de João Pessoa, Paraíba. A antiga Vila de Moreno como era conhecida, alcançou sua independência e emancipação política em 26 de novembro de 1953, tem seu clima do tipo Tropical Chuvoso e com verão seco, sua é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes.
Figura33: MapadeLocalização
Fonte : Google maps, editado pelo autor, 2022
4.1 TERRENO
O terreno escolhido fica próximo das ruas principais cidade de Solânea, a Rua Dionísio Rodrigues da Costa e a Rua João Fernandes de lima, ou seja, possui bom fluxo de pessoas diariamente. Além de sua localização favorável, a área desejada para a implantação de um equipamento desse porte, outros pontos observado foram os seguintes,
• Topografia
• Acesso
• Área de saúde
• Próximo ao um bairro de baixa renda
• Dimensões
O terreno atualmente está ocupado por um ginásio poliesportivo em ruínas e sem uso,causando um transtorno para as pessoas que moram próximo ,com entulhos e lixos. Um dos motivos para a escolha do terreno, além da sua boa localização próximo as ruas principais e a PB 115 o terreno estar localizado na Rua Professora Alaíde silva, possuindo cerca de 992,26 m2 de área, a poucos metros do hospital municipal da cidade
ÁREA DE INTERVENÇÃO CAPÍTULO 04 4849 ÁREA DE INTERVENÇÃO
Figura 31: Cidade de Solânea atualmente Figura 32: Cidade de Solânea no ano de 1951
Fonte: Google imagens, 2022
Fonte: Google imagens, 2022
Figura 34: Imagem da área
Figura 35: Imagem do terreno
Figura 36: Imagem do terreno 02
Fonte: Google maps
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
4.2 CONDICIONANTES LEGAIS
Figura 37: Mapa de uso e ocupação do solo
A cidade de Solânea não possui plano diretor, logo foi tomada a decisão a caráter de exercício usar o plano diretor da cidade de João Pessoa. Através de um estudo de zona, foi visto que a ZR1, mais precisamente em Manaíra foi a zona que mais se assemelhou. O lote está localizado em uma zona residencial (R1) ou seja, uma residência unifamiliar por lote, podendo ter até um pavimento acima. Nas tabelas podemos observar os recuos, sendo eles: Frontal: 5m, Laterais; 1,50m e o de fundo: 3m.
Como apresentado no mapa de cheios e vazios abaixo, a área apresenta um grande numero de cheios sendo um local de muitas residências, nos vazios existe um numero considerável.
INTERVENÇÃOCAPÍTULO
Tabela 11: Zona residencial 1 (ZR1)
Figura 39: Mapa de cheios de vazios
Área de estudo
Fonte: Google maps, editado pelo autor, 2022
Podemos observar no mapa abaixo o gabarito da área a predominância de residência térreas sendo algumas
Figura 38: Mapa de gabarito
LEGENDA
Terréo
Fonte: Código de urbanismo, editado pelo autor, 2022.
Através do mapa de Uso e Ocupação do solo, como uma área de uso Residencial onde sua maior parte é de residências, mas também é possível notar que existe utilização institucional e comercial ao longo da área, além de vazios próximos.
ESCALA 1/50
Fonte: Google maps, editado pelo autor, 2022
Figura 40: Mapa de leitura do lugar
R. DIONÍSIO R DA COSTA RUA PRINCIPAL DO BINARIO QUE FOI IMPLANTADO NA CIDADE PARA ALIVIAR O FLUXO DE ALTOMOVEIS.
HOSPITAL REGIONAL DA CIDADE SOLÂNEA
Terréo +2
Terreno
Terréo +1 ESCALA 1/50
Fonte: Google maps, editado pelo autor, 2022
ESCALA 1/50
Fonte: Google maps, editado pelo autor, 2022
R. Profa. Alaíde Silva
ÁREA DE
04 5051
LEGENDA Residencial Comércio/serviço Institucional Área de estudo N ESCALA 1/50 N
De Estudo N
FACHADA LESTE DO TERRENO
R. Bela Vista
PSF
N
DA ÁREA
Cheios Vazios
N
LEGENDA
Em Solânea, o clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco de ventos fortes, durante o ano inteiro, é quente, Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 20 °C a 33 °C. A direção predominante do vento em Solânea varia duranteoano,de8dejulhoa10deagosto,comporcentagem máxima de 53% o vento vem do sul ,já de 10 de agosto a 8 de julho, com porcentagem máxima de 96% em 1 de janeiro vento mais frequente vem do leste durante 11 meses.
4.3 CONDICIONANTES NATURAIS 4.4 SISTEMA VIÁRIO
NASCENTE- LESTE
POENTE OESTE
VENTILAÇÃO
PREDOMINANTE- LESTE
VENTILAÇÃO
PREDOMINANTE-SUL
TERRENO DE ESTUDO
LEGENDA
Fonte: Weather Spark,editado pela autora 2022.
Analisando os fluxos da área foi possível classificar as vias mais próximas ao lote escolhido, visto que a Rua Comerciante Rua Professora Alaíde Silva é uma das ruas principais e de grande movimentação, sendo ela uma via arterial, onde também divide o trânsito com a Rua Dionísio Rodrigues da Costa que é muito extensa e há poucos anos foi implantado o binário para amenizar o trânsito na cidade.
Lotes
Terreno De Estudo
Via Arterial (Fluxo Intenso)
Via Coletora (Fluxo Moderado)
Via Local (Fluxo Baixo )
R. Profa. Alaíde Silva
R. Dionísio R da Costa
R. Bela Vista
N
ESCALA 1/50
Fonte: Editado pela autora 2022.
ÁREA DE INTERVENÇÃO CAPÍTULO 04 5253
LEGENDA
Figura 41: Incidência Solar e Ventos Predominantes
Figura 42: Mapa de Vias
05|PROPOSTA
PROPOSTA
5.1. CONCEITOS E PARTIDO ARQUITETÔNICO
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO
O programa de necessidades foi desenvolvido a partir das Diretrizes para Projetos Físicos de clínicas veterinárias do deve contar com canil, gatil, e uma área clínica, contendo: consultórios, enfermaria mista, laboratório e farmácia.
PROPOSTACAPÍTULO
O conceito foi pensado através da analise de todo o entorno observando a necessidade não só da área de estudo, mas também da região foi visto que as cidades do interior da Paraíba necessitam desse tipo equipamento, visto que os principais hospitais e clinicas veterinária publicas se encontram em cidades distantes, sendo assim foi pensado de implantar uma clínica veterinária de atendimento a cães e gatos em situação de rua para essa região do interior da Paraíba,foi adotado para o projeto a gentileza urbana
verdes a serem implantados no projeto nao so apenas na concepção da areas verdes e arborizadas, como praça inclusiva para animais e jardins seja um ambiente mais convidativo não só para os usuários, mas também para toda a população mas tambem com o objetivo de ser uma clínica veterinária que atenda cães e gatos de forma gratuita para tutores de baixa renda
A partir do conceito surgiu o partido e pensando nisso foram vistos pontos importantes, como o programa de necessidades onde foram criados ambientes espaçosos e áreas divididas por setores, já ponto foi o volume que foi pensado para não perder a ventilação nas áreas mais importantes do projeto.
volume inicial Estudo do partido Programa Volume final
Podemos observar a ideia inicial da concepção do volume.
Para fugir do volume de apenas um bloco e para soltar a volumetria foi pensado em dividir o bloco e aumentar a sua altura.
Foi feito um recorte no bloco, no intuito de trazer iteração com a área verde a ser implantada no projeto.
Para criar uma permeabilidade visual no projeto ,foram feitos recortes nos blocos cirando jardins internos, permitindo um boa ventilação e conforto
Tabela 12: Programa de necessidades
ADAPTADO DE MANUAL PRÁTICO DE ARQUITETURA PARA CLINICAS E LABORATÓRIOS (GOES,2010)
ADAPTADO DE MANUAL PRÁTICO DE ARQUITETURA PARA CLINICAS E LABORATÓRIOS (GOES,2010)
TCC ABRIGO TEMPORÁRIO PARA CÃES E GATOS EM SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB 2020 LETÍCIA LEAL
05 5657 ÁREA (m²) ADMINISTRATIVO RECEPÇÃO E SALA DE ESPERA 01 AMBIENTE QNTD. Nº FUNC. FIXOS 0135,16 m² SUPORTE SALA DE REUNIÕES ADMINISTRAÇÃO ALMOXARIFADO 01 01 01 FONTE 01 WC PNE013,35 m² VESTIÁRIO FEM. E MASC. 0112,52 m² DML COPA FUNC. 01 CANIL CANIL INDIVIDUAL PORTE PEQUENO CANIL INDIVIDUAL PORTE GRANDE 12,86 m² 19,51m² 37,54 m² 01 01 01 GATIL CLÍNICO GATIL INDIVIDUAL11,19 m²01 01 ESTACIONAMENTO8 vagas -Adaptado de Manual Prá co de Arquitetura para Clínicas e Laboratórios(GÓES, 2010) -3,81 m² Adaptado de Manual Prá co de Arquitetura para Clínicas e Laboratórios(GÓES, 2010) 12,40 m² CONSULTÓRIO ENFERMARIA MISTA ÁREA DE BANHO/ ESCOVAÇÃO LABORATÓRIO FARMÁCIA SERVIÇO GERADOR CENTRAL DE GÁS LIXO COMUM LIXO HOSPITALAR 02 01 01 01 Neufert 01 01 8,51 m² 5,63 m² 10,99 m² 01 01 01 01 01 12,13 m² 13,63 m² 13,08 m² 14,04 m² 12,42 m² 02 02 02 -01 01 --------01 01 01 01 -----ÁREA DE RECREAÇÃO 14,35 m² 6,39 m² 5,57 m² DEPÓSITO WC01 01 2,46 m² 11,92 m² DEPÓSITO RAÇÃO 01 4,51 m² --01 ---8,51 m² DIME. 4,66X7,54 2,03X1,64 4,53X2,79 4,21X3,0 8,27X3,70 9,76X3,70 3,72X3,0 3,0X1,27 4,43X2,7 2,79X3,06 1,48X3,79 2,79X3,75 4,24X2,73 4,36X3,0 4,53X3,0 5,15X2,73 4,53X2,73 5,14X 2,79 2,03X3,14 2,03X2,74 2,03X1,36 4,24X2,79 3,00X1,50 2,79X3,06
Figura 43 E 44: Diagrama de Volume e Implantação
Figura 45: Diagrama de evolução do volume
Fonte:Autoral,2022
Fonte:Autoral,2022
Fonte:Autoral,2022
PROPOSTACAPÍTULO
sete setores existentes: o clínico, canil, gatil, suporte, administrativo, serviço e áreas verdes, foram divididos em blocos, o
05 5859
5.3 SETORIZAÇÃO, ORGANOGRAMA, FLUXOGRAMA
Figura 46: Setorização 01
Fonte:Autoral,2022
Figura 47: Organograma
Fonte:Autoral,2022
pacientes
PROPOSTACAPÍTULO
Na parte estrutural foi pensado no sistema construtivo convencional de concreto armado, visando sua resistência, devo frisar que não foi feito um projeto de estruturas, mas sim um lançamento de pilares, com o intuito de garantir a compatibilidade entre o projeto arquitetônico e estrutural. Com pilares de dimensão padrão iguais a 15 x 40 cm e para as vigas, foi usado o mesmo material de construção, com dimensão de 15x40cm.
05
6061 Figura 48: Fluxograma
Fonte:Autoral,2022
5.4 ESTRUTURA
Figura 49: Diagrama de estrutura
Fonte: Google maps, editado pelo autor, 2022
06|MEMORIAL JUSTIFICATIVO
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
6.1
A
MEMORIAL JUSTIFICATIVO CAPÍTULO 06 6465
Figura 50: Materiais da fachada praça de animais.
Tabela13e14:Revestimentos
Fonte: Autoral, 2022
escolha dos materiais aplicados nas fachadas foi pensada na resistência e durabilidade deles.
MATERIAIS
Tabela 15 e 16: Paginação de Piso
Figura 51: Imagem paginação
Fonte: Autoral, 2022
6.2 VEGETAÇÃO
Na parte de arborização foi pensado na proposta de todo o projeto que seria a gentileza urbana e nclusão dos animais nesses locais e sabendo da presença deles foi feita uma pesquisa sobre os tipos de vegetação que seria mais apropriada para o empraçamento ou seja, elas teriam que ser resistentes e não tóxicas outro ponto e a questão do conforto térmico para a edificação visando isso as arvores fazem um trabalho de manta protegendo as fachadas que recebem mais insolação unindo conforto e estética .
MEMORIAL JUSTIFICATIVO CAPÍTULO 06 6667
Tabela 17,18 e 19: Tabela de vegetação
Fonte: Autoral, 2022
Figura 52: Render com vegetação
Fonte: Autoral, 2022
Pensando utilização dos espaços externos, foram implantados mobiliários com postes, bancos, lixo, equipamentos de recreação animal, localizados na área externa, o intuito de induzir a uma maior interação entre os animais e pessoas, transformando o ambiente inclusivo para todos os usuários.
JUSTIFICATIVOCAPÍTULO
MEMORIAL
06 6869
6.3 MOBILIÁRIO
Tabela 20 e 21: Mobiliários utilizados na proposta
Fonte: Google imagens, editado pela autora, 2022
Figura 53: Imagem mobiliário urbano, área de recreação
Figura 54: Imagem mobiliário urbano
Fonte: Autoral, 2022
Fonte: Autoral, 2022
6.4 ELEMENTO VAZADO
O uso dos elementos vazados pensando na ventilação e conforto térmico ,os brises das fachadas usados para proteger os ambientes internos da incidência solar visto que serão as fachadas a receber mais sol durante o dia ,alem do uso estético,já a aplicação do cobogó nos ambientes internos como o jardim para facilitar a circulação da ventilação.
6.5 ABERTURAS ZENITAIS
Foram Estabelecidas aberturas horizontais estrategicamente posicionadas na cobertura das edificações, onde permitem a entrada direta da luz natural à região interna , além de proporcionar ventilação para os ambientes internos da construção.
JUSTIFICATIVOCAPÍTULO
MEMORIAL
06 7071
Figura 57 Elemento vazado cobogó
Fonte: Autoral, 2022
Figura 60: Imagem cobogó Fonte: Autoral, 2022
Figura 55: Elemento vazado brise Fonte: Autoral, 2022
Figura 56: Detalhe brise Fonte: Autoral, 2022
Figura 58 Detalhe cobogó Fonte: Autoral, 2022
Figura59: Imagem brise fachada Fonte: Autoral, 2022
Figura 61: Diagrama de aberturas zenitais Fonte: Autoral, 2022
5115115115 44 8 2 Elemento Vazado COBOG VIST FRONTAL OBOGÓ VISTA ATERAL Elemento Vazado ABERTURA ZENITAL LEGENDA
Figura 62 Imagem da abertura zenital Fonte:Autoral, 2022
6.6 COBERTA
Na coberta optei por dois tipos de coberta sendo,a primeira em laje impermeabilizada seguind com inclinação de 10% ,que tem vantagens como o peso do telhado, sua facil instalaç coberta e um telhado borboleta com inclinaçoes diferentes sendo elas de 30% e 40% ,n e a tlha em Cerâmica Romana Realeza Gold proporciona um aspecto mais liso, uniforme e resistente, e perfeitamente ao apoio de madeira, por apresentar encaixes dinâmico.
A planta baixa foi feita ap ó s o estudo dos fluxos a partir disso permitiu desenvolver um projeto funcional com ambientes amplos, com programa de necessidades fechado , no primeiro bloco com ambientes como espera recepção e banheiros contendo um pcd em seguida temos a parte clínica, com ambientes como consultórios ,canil interno , gatil,dml e depósito de ração na primeira parte do bloco para fachada principal já que são ambientes que necessitam de iluminação e ventilação natural,seguindo na parte clínica em ambientes que não necessitam de tanta iluminação como laboratório,farmácia , área de banho e tosa enfermaria mista na segunda parte do bloco, em áreas mais restritas do outro bloco , apoio/serviço com ambientes como copa ,vestiário feminino e masculino depósito geral, central de gás ,geradores, lixos no setor administrativo contendo ,administração almoxarifado,sala de reunião, na parte externa do projeto ,canil externo e área de recreação para animais , já nas circulações um solução para iluminar o interior de forma natural foram feito aberturas zenitais nos corredores.
JUSTIFICATIVOCAPÍTULO
MEMORIAL
06 7273
Figura 63: Planta de coberta Fonte: Autoral,
Figura 64: Planta baixa humanizada Fonte: Autoral,2022
Tabela22: telhas da coberta Fonte: Autoral,2022
6.4 PÁTIOS INTERNOS E ÁREAS VERDES
6.5 ESPACIALIDADE
JUSTIFICATIVOCAPÍTULO
Os espaços verdes implantados por todo o projeto seguem diretamente o que foi apresentadonoconceito,trazendo não só a questão da gentileza urbana,mastambémumaquestão de conforto ambiental para todos os usuários foram implantados nessesespaçosáreasqueincluem os animais com mobiliários de recreação,e seus pátios internos tem a função de oferecer para os espaços internos as melhores condições de luz natural e ventilaçãoalémdoacessodiretoà natureza.
MEMORIAL
06 7475
Figura 65: Praças para animais e pessoas
Figura 66: Pátio interno
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Figura 69: Fachada F Fiigguurraa 567:: F Faacchhaaddaa
Figura 6 8:Figura 58Fachada
Figura 70: Recepção/espera
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
JUSTIFICATIVOCAPÍTULO
MEMORIAL
06 7677
Figura 71: Consultório
Figura 72: Enfermaria mista
Figura 73: Gatil
Figura 74: Canil
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Figura 75: Canil externo
Figura 76: Copa
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
JUSTIFICATIVOCAPÍTULO
MEMORIAL
06 7879
Figura 7: Vestiário
Figura 8: Vestiário
Figura 9: Farmácia
Figura80:Almoxarifado
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Figura 81: Administração
Figura 82: Sala de reunião
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
Fonte: Autoral,2022
07|CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho pretendeu entender os espaços de atendimento veterinário para cães e gatos em situação de rua na cidade de Solânea – PB, proporcionando atendimento de forma gratuita.
A arquitetura foi pensada na questão animal, onde busca entender o funcionamento das clínicas veterinárias e espaços e soluções projetuais que favoreçam o conforto dos animais
A criação da clínica veterinária para cães e gatos em situações de rua, tem como propósito que seus espaços de atendimento e acolhimento sejam mais humanizados para animais e seus tutores, além de contribuir para a saúde da sociedade de forma preventiva.
Concluo esse TCC com grande satisfação de compreender e projetar espaços que atendam as necessidades do publico alvo, mostrando a importância da interação do homem e animal com espaços internos e externos que tornam isso possível.
CONSIDERAÇÕES FINAIS CAPÍTULO 07 78 79
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REFERÊNCIAS 84