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ARQUITETURA “INTELIGENTE”: APLICAÇÃO DO CONCEITO DE FLEXIBLIDADE NA ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DA HABITAÇÃO CONTEMPORÂNEA
TFG do curso superior de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda. Discente: Laura Battiston Siena Orientadora: Profª Me. Tânia Maria Bulhões Figueira
RIBEIRÃO PRETO 2015
ESTE TRAABLHO SERÁ DEDICADO AOS MEUS FAMILIARES, EM ESPECIAL MEUS PAIS, SOLANGE BATTISTON SIENA E JOSÉ DONIZETE SIENA. A TODOS MEUS AMIGOS. AOS PROFESSORES, EM ESPECIAL MINHA ORIENTADORA QUERIDA TÂNIA BULHÕES FIGUEIRA, AO PROFESSOR AMIGO E QUERIDO ONÉSIMO DE CARVALHO, A QUERIDA VERA LUCIA BLAT MIGLIORI E AO QUERIDO E ETERNO FRANCISCO GIMENEZ QUE ESTARÁ SEMPRE EM NOSSOS CORAÇÕES.
R E S U M O O tema da presente pesquisa é a problematização da organização espacial da Habitação Contemporânea, caracterizada desta maneira por se tratar de espaços prioritariamente residenciais projetados na (e para a) atualidade. Desta forma, a pesquisa está inserida na área específica denominada Projeto de Arquitetura e tem como questão a aplicação do conceito de flexibilidade na elaboração e desenvolvimento de projetos habitacionais. Assim, a Habitação dita Flexível nos proporciona a possibilidade de constante alteração do projeto arquitetônico (de sua planta, layout ou organização interna e externa) devido a um conjunto de estratégias de projeto que permitem aos usuários intervirem diretamente em seu espaço de morar, modificando tais ambientes conforme julgarem necessário. A família não continua a mesma desde o início de sua constituição, seu ciclo vida muda, não é algo estático. Dado a isso, a aplicabilidade do conceito de flexibilidade em projetos habitacionais tem como intuito mostrar que não é necessário mudar de casa para termos uma qualidade espacial adequada às nossas necessidades cotidianas. Pois a partir de tal aplicação entende-se que não é o homem quem tem que se adaptar a sua residência, e sim a residência (o espaço construído de maneira geral) que deve se adaptar ao usuário local conforme as necessidades que este apresenta. Será proposto um conjunto habitacional, localizado na cidade de ribeirão preto, estado de São Paulo, no bairro vila Amélia, que consiga atender, sem perder as características simples que o local oferece, as necessidades do ser humano voltado para o século XXI. Palavra chave: família, flexibilidade, integração, contato.
A B S T R A C T The theme treated on the present research is the problematisation of the espacial organization in the contemporary housing receiving that name for dealing with prioritly projected residential espaces for the present. This way the research is inserted on the specified inserted area denominated architecture project and its goal is to questioning the aplication of the flexibility context on the development of the housing project . This way, the housing named flexible allow us to make constant alteration on the architectural project (of its print, layout and intern or extern organization) thanks to a group of project strategies that allow the users to intervene directly on his place of living modifying the environments as they judge necessary. The family is constantly changing as the constitution goes, their life cycle change, it's not something static. That said, the applicability of the flexibility concept on housing projects has as goal to show that it is not necessary to change you house to have the space needed to fulfill or needs. Because starting on this application means that the man is not the one that has to adapt to his home but the opposite. That said, it will be proposed a housing ensemble located in the Vila Amélia neighborhood on Ribeirão Preto city (São Paulo state) that can answer, without losing their characteristics, the contemporary needs of the XXI century men. Keywords: family, flexibility, integration, contact.
S U M Á R I O APRESENTAÇÃO.................................................06 JUSTIFICATIVA................................................07
AÇÕES DE PROJETO.............................................08 DETERMINANTES PARA ESCOLHA DA ÁREA...........................11 DENSIDADE DEMOGRAFICA;MACROZONEAMENTO........................13 LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: 1.1 RELAÇÃO QUADRILATERO CENTRAL.............................14 1.2 LEVANTAMENTO USO DO SOLO.................................15 1.3 LEVANTAMENTO OCUPAÇÃO E FIGURA FUNDO.....................16 1.4 LEVANTAMENTO MOBILIARIO URBANO...........................17 1.5 LEVANTAMENTO VEGETAÇÃO...................................18 1.5 LEVANTAMENTO HIERARQUIA VIÁRIA E FISÍCA..................19 1.6 TOPOGRAFIA...............................................20 PROCENDIMENTO PROJETURAL.....................................22 2.1 TIPOLOGIA HABITACIONAL...................................23 2.2 TIPOLOGIA UNIDADE HABITACIONAL...........................32 2.3 MATERIALIDADE E ESTRUTURA................................45 2.4 CIRCULAÇÃO...............................................46 2.5 IMPLATANÇÃO..............................................47
BIBLIOGRAFIA.................................................54
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ORIENTADORA: M.ª TÂNIA BULHÕES FIGUEIRA ORIENTADORA: M.ª TÂNIA BULHÕES FIGUEIRA.
. ARQUITETURA INTELIGENTE ARQUITETURA INTELIGENTE.
O tema da presente pesquisa é a problematização da organização espacial da Habitação Contemporânea, caracterizada desta maneira por se tratar de espaços prioritariamente residenciais projetados na (e para a) atualidade. Desta forma, a pesquisa está inserida na área específica denominada Projeto de Arquitetura e tem como questão a aplicação do conceito de flexibilidade na elaboração e desenvolvimento de projetos habitacionais. Assim, a Habitação dita Flexível nos proporciona a possibilidade de constante alteração do projeto arquitetônico (de sua planta, layout ou organização interna e externa) devido a um conjunto de estratégias de projeto que permitem aos usuários intervirem diretamente em seu espaço de morar, modificando tais ambientes conforme julgarem necessário. Faz-se importante, também, elencarmos alguns dos fatores que inserem a questão da flexibilidade como uma demanda imprescindível à elaboração de projetos habitacionais na atualidade. A família não continua a mesma desde o início de sua constituição, seu ciclo vida muda, não é algo estático.; então o que seria seu espaço de morar? A vida social e cultural da sociedade apresenta-se em constante mudança. Há necessidade, portanto, de um certo grau de mobilidade na conformação de seus espaços. Dado a isso, a aplicabilidade do conceito de flexibilidade em projetos habitacionais tem como intuito mostrar que não é necessário mudar de casa para termos uma qualidade espacial adequada às nossas necessidades cotidianas. Pois a partir de tal aplicação entende-se que não é o homem quem tem que se adaptar a sua residência, e sim a residência (o espaço construído de maneira geral) que deve se adaptar ao usuário local conforme as necessidades que este apresenta.
“O lar é como se fosse um guardião, aonde guardamos e decoramos com objetos que tem uma história ou que transmitem algo, como, por exemplo, felicidade, saudade, amor. A arquitetura vai muito além da estética, mas algumas vezes podem nos trazer um tipo de sentimento diferente como até mesmo angústia e depressão.” (BUTTON, 2006)
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA’
Pautado nessas análises de Button (2006) em seu documentário chamado Arquitetura da felicidade, identifica-se que há uma problemática relativa aos projetos habitacionais para a sociedade contemporânea, sobretudo, no que tange a reprodução de um modelo baseado na casa burguesa do século XIX, sua tripartição (em áreas sociais, íntimas e de serviços) e compartimentação em cômodos estanques. Daí intenta-se por elaborar uma crítica teórica a tal reprodução, tendo por objetivo final a elaboração e o desenvolvimento de um projeto de arquitetura que seja uma experimentação prática na constituição de uma alternativa para a ordenação espacial da casa da atualidade. O conceito estudado de flexibilidade implica uma associação à natureza espacial, ao programa e à tecnologia construtiva. Tem-se como mais um dos objetivos do trabalho explorar um meio (ou estratégias) de fazer com que a arquitetura possa se voltar para o século em que vivemos (século XXI) a fim de retratar suas características culturais e de sanar as necessidades de sua sociedade (ao menos, parte delas).. Procura-se, por fim, encontrar soluções para atender aos distintos perfis familiares existentes na atualidade,. Sendo a proposta da habitação flexível, uma estratégia de projeto a ser explorada. A população contemporânea tem uma crescente diversidade sociocultural em relação a modos e estilos de vida. Uma família que ocupa um mesmo espaço habitacional – por exemplo, a nuclear expandida – caracterizada hoje como numerosa, futuramente pode não ser mais, pelo fato de os filhos se mudarem para outra(s) residência(s). Outra exemplificação seria que , uma família pequena – casal sem filhos, por exemplo –, pode aumentar devido a uma gravidez e/ou adoção. O crescimento de uma família necessita de espaço, e isso consequentemente pedira uma alteração do programa. Nos dias de hoje, podemos observar através do dado gráfico do IBGE, que família não se refere exatamente e somente a um casal formado por um homem e uma mulher, com um ou mais filhos com o mesmo grau de parentesco. Podemos observar, que hoje, uma família pode ser formada tanto por dois homens ou duas mulheres(casais homossexuais).
LAURA BATTISTON SIENA 400617 LAURA BATTISTON SIENA 400617
No total temos 60.000 casais gays, sendo a maioria mulher com 53,8% e homens com 46,2%/ morando juntos. Temos também, pessoas sem grau algum de parentesco(amigos, namorados) moram sob o mesmo teto. O número de um único individuo morando sozinho, chamado de unipessoal, conforme o dado gráfico do IBGE mostra que 51,2% do sexo masculino mora sozinho nos dias de hoje e 48,8% do sexo feminino Com base no dado gráfico do IBGE, nota-se que a família nuclear estática, formado por pai, mãe e filhos, atingi no momento 61,9%. Segundo o IBGE a população estimada para a cidade de Ribeirão Preto é de 547.417 pessoas FONTE: CENSO DEMOGRAFICO 2010 IBGE
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J U S T I F I C A T I V A... Para melhor entendermos o motivo da proposta realizada no trabalho, foi necessário fazer um panorama histórico para compreensão das mudanças que a sociedade e suas habitações sofreram até o século atual. No Brasil ocorreu através da vinda corte Portuguesa. A arquitetura portuguesa se tornou frequente em Salvador (pelourinho) e Minas (Ouro preto) pelo fato de Portugal ter entrado em uma crise e necessitou vir para a colônia a procura de Ouro, principalmente em Minas que teve maior destaque. No Brasil temos duas vertentes de arquitetura vernacular: a rural e a urbana. As chamadas casas bandeirista possuem em sua planta elementos Europeus, que eram determinados pela igreja católica e pelo código civil Europeu. As capelas eram separadas e tinham acesso independentes. Tinham como materialidade a taipa de pilão. A habitação era distribuída com uma porta central, alpendre, dois cômodos frontais, que eram o quarto de hospede, e a capela. Os dois cômodos frontais se abriam para um salão principal dando acesso aos outros cômodos e as alcovas. Casas urbanas praticamente tinham a mesma planta pelo Brasil, mas suas técnicas de construção eram diversificadas e deram origem as casas geminadas em terrenos profundos e estreitos. Os sobrados eram construídos para família mais abastadas. Tanto o térreo quanto os outros pavimentos as plantas eram iguais. Construídas lado a lado, a ventilação corria em um único sentido. Em exceção aos casarões dos senhores. Novas técnicas e novos materiais foram criados após a revolução industrial. Desde então a casa passou a ter maior abertura para uma melhor ventilação e iluminação. Passou a ser implantado também casas de banho, com descarga, sem mais precisar jogar os dejetos na rua. A independência das três áreas da casa; repouso, social e serviço, tendo como coração a cozinha. O hall tinha como objetivo facilitar a circulação, sem precisar atravessar cômodos para chegar em um outro determinado. Com a chegada do século XX, e com a primeira Guerra Mundial em 1914, a importação de matérias da Europa não era mais possível, tudo por causa do fechamento do porto. Portanto o Brasil passou a importar matérias dos Estados Unidos. Nas habitações a copa passou a ficar no centro da convivência. Deixando assim sem uso as varandas. A vida doméstica mudou, a mulher passa a trabalhar, ganha independência. Não podia ter mais escravos, pois foi dado a abolição da escravidão, e eles passaram a ser trabalhadores assalariados, e ganharam independência. Nos anos 30 e 40 o modernismo chegou a arquitetura Brasileira com o estilo art-deco. A mudança dos materiais e técnicas construtivas estão relacionadas com a produção industrializada, pré-fabricadas e moduladas. Para poder permitir maior numero de moradia com rapidez. Aço e cimento se impõe nos arranha-céus. As famílias que tinham direito a essas habitações, eram as de classe média e abastadas. A classe popular continua usando material tradicional na autoconstrução de sua moradia. Em 1930 a escola de Belas Artes, foi dominada pelo NEOCOLONIAL, seguido pelo especial arquiteto Lucio Costa. Lucio se destaca por conseguir ligar o NEOCOLONIAL ao RACIONALISMO. Além de Lucio costa, tivemos mais 2 grandes arquitetos Brasileiros de grande importância, que foi Oscar Niemeyer e Vilanova Artigas. Podemos dizer que televisão foi um dos grandes motivos que transformou a vida intimida das famílias. Ela invadiu a sala de visitas e as tornando-as em living-room. Unindo a sala de jantar com a sala de estar. Esse panorama histórico tem como objetivo mostrar a evolução das habitações, tanto na Europa quanto no Brasil. Aprofundar, estudar e mostrar as mudanças que a população e a arquitetura sofreram, suas passagens, a substituição de alguns materiais, e quais eram usados perante as mudanças das épocas que foram aprofundando e se preocupando cada vez mais com a questão da habitação. Tudo isso é de extrema importância para entendermos melhor que a arquitetura não pode estabilizar. Precisamos sempre buscar novos métodos para atendermos cada vez melhor as necessidades do ser humano. A proposta do tema é bem recente e pouco utilizada no campo da arquitetura onde vivemos. Desse modo então, o trabalho a ser realizado poderá explorar conceitos já difundidos em outros países, assim como em outras regiões do Brasil, e adaptá-los à realidade, contribuindo então para a divulgação da ideia e para a sua futura aceitação pelo mercado.
Imagens: Casa Bandeirista Sítio do Padre Inácio, desenho a partir de: KATINSKY, Julio Casas Bandeiristas: Nascimento e reconhecimento da arte em SãoPaulo. São Paulo: Instituto de Geografia, USP, 1976.
Roberto.
"O final do século XVIII e o início do século seguinte apresentam no planalto de São Paulo duas arquiteturas rurais que se defrontam como representante de suas culturas. De um lado a arquitetura conservadora do paulista antigo a casa usada já há trezentos anos, a casa bandeirista que todos conhecemos. De outro lado, a casa mineira de estrutura autônoma de madeira. Vãos preenchidos com adobe e assobradadas, levantadas do chão. (...) Aos poucos a família paulista foi reformulando e se acomodando a um novo modo de viver entre muros. Na roça, e nas fazendas foi se acostumando à cozinha dentro de casa, em puxados 7 bem feitos ou em alas de taipa, pois as casas já não eram mais retangulares. (...) (PROFESSOR CARLOS LEME)
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CENTRE VILLAGE. “ Centre Village, localizado em Winnipeg, Manitoba, Canadá, projetado no ano de 2010, foi projetado para ajudar a revitalizar bairros negligenciados do centro da cidade e proporcionar aos seus moradores um ambiente único, que inspire orgulho e incentive a construção de uma comunidade”. Archdaily
A proposta do projeto Centre Village é de fazer com que aconteça uma maior relação entre os moradores, tanto do local, quanto os do bairro. Nos chamou muito atenção a maneira em que as habitações foram construídas. Seu modelo arquitetônico foi criado a partir de blocos com formatos diferentes que vão dando forma as habitações. Essa sim pode-se dizer que é uma verdadeira Villa do século XXI.
Fonte de pesquisa: site archdaily, projeto Centre Village.
FOLIE RICHTER. “A composição arquitetônica de Folie Richter é parte de um processo de inovação em habitação e qualidade de vida, o projeto Aldeia Vertical revela a individualidade de cada unidade e induz uma maior liberdade na abordagem à habitação. Dispõe de ambientes atraentes e de qualidade, tanto originais e adequados para todos os tipos de usuários, jovens e velhos, solteiros e famílias.” MRDV A proposta do projeto Folie Richter, projetado e localizado na França em 2014, possui 9.190m² abriga residências estudantis, residências de médio e alto custo, restaurante e bar céu. Este projeto apresenta maneiras versáteis de se viver, a forma arquitetônica como as habitações são distribuídas no projeto, de maneira “deslocada” apresenta funcionalidade. A forma do projeto não é estática, sendo assim torna-se único. A presença do terraço jardim formado pelo deslocamento dos blocos habitacionais, nos transmite a interligação entre os moradores dos diversos pavimentos. Sendo assim, em seus terraços/sacadas conseguem manter o contato social.
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Caminho Cul-de-sac
Villa histórica Rua
Pavillonaire Pát io
Habitação coletiva
Território de Montpelier Ícones/objetos Fonte: mvrdv.nl/en/projects/folierichter/
UNIDADE DE HABITAÇÃO DE MARSELHA “Após a segunda Guerra mundial, a necessidade de habitação estava em um nível sem precedentes. A unidade de habitação de Marselha, localizada na França entre 1947/1952, foi o primeiro projeto em larga escala do arquiteto Le Corbusier. Em 1947, a Europa ainda estava sentindo os efeitos colaterais da guerra, quando Le Corbusier foi contratado para projetar uma habitação residencial multifamiliar para o povo de Marselha, que foram deslocados após os atentados na França. O projeto foi o primeiro de uma nova série de projetos para moradia de Le Corbusier, que incidiu sobre a vida comunitária para todos os habitante, fazer compra, jogarem, estudarem e se reunirem em uma “cidade jardim vertical.” Archdaily..
Fonte: www.brutalismus.com/e/?/concept/
A Unidade de Habitação de Marselha apresenta uma interessante grande rua comercial que se liga dentro do edifício. Isso acontece devido o fato do projeto ser bastante extenso, contendo muitos apartamentos. Essa foi uma solução para propiciar uma chamada “Ruacorredor” para dispor o comércio; de modo que com o mau tempo no inverno, todo aquele frio, você não teria a necessidade de ir para a rua, pegar neve, chuva. Teria comércio, padaria e todas as facilidades de bairro no próprio prédio, essa era a ideia. Temos como proposta implantar comércios dentro da unidade habitacional proposta. Facilitando assim o dia-a-dia dos moradores, economizando gasolina, soltando menos gás carbônico, e criando vínculos entre as pessoas do local. Além do mais, alguns desses comércios tem como objetivo funcionar a noite, fazendo com que o local não fique vazio em nenhum período do dia.
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QUINTA MONROY/ ELEMENTAL Quinta monroy está localizado em; Sold Pedro Prado; Iquique; Tarapacá; Chile. Possui uma área construída de 3.500m², contendo em sua área total 5.000m². Projetado no ano de 2003, levando 9 meses para ficar pronto. Pelo fato da metragem quadrada da área ser um pouco baixa e não conseguir abrigar muitas famílias, o projeto consegue atender a 100 famílias do local. Ao invés de fazerem arranha-céus, o projeto foi pensado em uma maneira de melhor atender os moradores caso a família que mora no local se expanda. Sendo assim o projeto contém somente dois pavimentos. O térreo possui aberturas para passagens, garagem, habitação e espaço para expansão da planta, caso o morador queira sua casa maior. Assim funciona como o pavimento superior. É dado uma área a céu aberto para cada família, caso elas queiram ampliar sua moradia. As paredes são feitas de cimento tijolo e Betão. Essas paredes vem crua, podendo ser derrubadas e modificadas sem prejudicar o projeto. A habitação quinta Monroy é de interesse social, o que nos chamou atenção e nos ajudou em alguns pontos para atender as familiar da nossa área de intervenção.
Habitação entregue original
Planta térrea
Modificação na planta, ampliação do ambiente, pintura das paredes.
Planta primeiro pavimento
Vista em corte
Implantação 10
Fonte de pesquisa: archdaily.com/10775/quinta-monroy-elemental
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O nome Ribeirão Preto foi dado a partir do ribeirão que cruza a cidade chamado Preto. A cafeicultura foi responsável pelo grande desenvolvimento experimentado pela cidade que tornou-se a Capital Mundial do Café. Ribeirão Preto era uma nova e potencial frente agrícola com terra de qualidade e clima apropriado. As lavouras começaram a ser plantadas em 1870. Em 1900, o café produzido no município era conhecido principalmente na Europa. Os imigrantes Europeus vieram para o Brasil devida as dificuldades encontradas no velho continente. A cidade de Ribeirão Preto era diferente das cidades do Sul do país, que trabalhavam somente com porte de gado. Devido a aglomeração destes imigrantes em busca de trabalho e mão de obra barata, contribui para a formação de pequenas vilas que futuramente cresceram e com a matéria prima e a industrialização configuraram alguns pequenos centros urbanos , estabelecendo para a época um padrão de família considerada nuclear, onde o homem era a figura mais importante indo em busca de trabalho e a mulher dona de casa. Os filhos homens seguiam os passos do pai e as filhas os passos da mãe. A área escolhida para a implantação do projeto, outrora abrigou configurações de famílias desse tipo e muitas vezes encontramos cicatrizes deixadas por essa formação. Onde este modelo de 1880 sofreu mudanças até os dias de hoje, porém deve ser renovado, pois novos núcleos familiares foram se configurando. Exemplo disso são os casais divorciados, as novas tipologias de coabitação que surgiram ao longo desses aproximadamente 150 anos. O Núcleo Colonial Antônio Prado contribuiu para o surgimento das primeiras indústrias da cidade. Algumas famílias passaram a produzir a própria mercadoria em casa, chamado “fundo de quintal”. Onde se fazia: tecido, sabão, doce, entre outros para conseguir dinheiro. Com o artigo 54 do Código de Posturas de 1889, as fabricas foram terminantemente proibidas, pelo fato de não fazerem bem a saúde da população que se localizava próxima. Causando poluição criada pelas fumaças, poluição sonora, mau cheiro e insalubridade. Mas isso só foi aplicado em locais de classe média alta, ou seja, famosos burgueses. Enquanto os imigrantes(trabalhadores) ficavam junto a fumaça, junto a sujeira, junto a falta de salubridade. Juntamente as indústrias, foram construídas diversas vilas operárias. A população que não tinha um salário digno procuravam um local que tivesse um pouco mais de “higiene” pra se viver. Encontraram esse abrigo no Núcleo Colonial Antônio Prado, que estava localiza fora da área urbana. Seus lotes eram bem mais baratos e conseguiam atender a população de classe baixa. Sendo assim o isolamento dos moradores não se deu unicamente devido à divisão física imposta pelo Ribeirão Preto ou pela Estrada de Ferro. A porção que crescia na parte de cima da Estação Barracão da Mojiana era chamada “Barracão de Cima” e, do outro lado da linha da Mojiana, na parte mais baixa e correspondente à Terceira Seção, formou-se o “Barracão de Baixo”. “Desde então, hospitais, hospícios, asilos, orfanatos e demais equipamentos de saúde e instituições de ordenamento da cidade passaram a se localizar na área do Núcleo Colonial Antônio Prado, tanto pela distância da área central, quanto pelos preços dos terrenos, que eram adquiridos por meio de desapropriações ou doações por parte de entidades beneficentes.’’ Adriana Capretz
Nos dias de hoje, a área do antigo colonial Antônio Prado, continua sendo habitada. O local se tornou de uso misto, contendo habitações que abrigam família de classe média baixa e classe média. Contendo também comércios e serviços como; escolas, hospitais, postos de gasolina e entre outros. A antiga estação mojiana, conhecida como Barracão, foi desativada.
CAMPOS ELISEOS IPIRANGA
VILA TIBÉRIO
Teatro Pedro II
Sociedade recreativa Teatro Carlos Gomes
Cetedral
Prefeitura
Divisão “social” da cidade: no centro-sul, equipamentos luxuosos para a elite e, na porção norte, correspondente ao antigo núcleo colonial, a “cidade invisível”. Fonte: SILVA, 2007.
Figura 08. Núcleo Colonial Antônio Prado, inserido na malha urbana de Ribeirão Preto. Fonte: Silva 2006
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Fonte google maps
Antiga fabrica cerâmica São Luiz
Cemitério da saudade
Segundo o quadro de restrições da prefeitura de Ribeirão Preto, Vila Amélia possui as seguintes informações: DADOS DO LOTEAMENTO Aprovado em 06/10/1948 Processo 392/1948 Setor OESTE- Subsetor- O-06 Zoneamento ZUP Ocupação AUM-1
Foto: blogspot.com Foto google maps
Rotatória Amin Callil
Foto economiauol.com.br
Antiga fabrica de tecido Matarazzo
Foto google maps
Antiga estação ferroviária Barracão
Foto estaçãoferrov iarioa.com.br
A área de intervenção está localizada entre a Av. Mal. Costa e Silva e Av. Eduardo Andréia Matarazzo na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo no bairro Vila Amélia. Ao seu redor encontra-se grandes referencias históricas da cidade, como a antiga fábrica Matarazzo (fábrica de tecido bastante conceituada na cidade) ; Estação Barracão ; Rotatória Amin Calil e a antiga fábrica de cerâmica São Luiz. Os principais bairros que compõem essa grande área são: Campos Elíseos e Ipiranga. A população que se encontra na área vária entre classe média baixa a classe média. Contendo um número populacional extremamente denso. A predominação da área é de uso misto, contendo habitações, comércio, serviço e áreas institucionais. Perante a todo esse movimento do local, ruas e bairros dificilmente se encontram sem movimento. Ou seja, quando os comércios se fecham as ruas não ficam vazias , pois encontrase ao redor diversos botecos de esquinas, restaurantes, academias, e entre outros, coisas que não deixam a rua morrer a noite, ficando totalmente vazia e vice versa; As ruas e as Avenidas apresentam bastante movimento, tanto durante o dia, quando a noite. Em especial, a Av. Mal. Costa e Silva possui grande fluxo, isso acontece pelo fato de ser uma Avenida de grande concentração comercial, servindo também como linha de parada de ónibus com detidos a outras cidade, como Batatais, Brodowski, Altinópolis e Franca, que são cidades da região de Ribeirão Preto. A área de intervenção possui uma forte ligação com o quadrilátero central. O local apresenta um grande privilegio por estar localizada frente ao córrego Preto, fundador do nome da cidade.
Área de intervenção
TAXA DE OCUPAÇÃO comercial: 80% Residencial: 75% Mista: 80%
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Artigo 6º - As zonas urbana, de expansão urbana e rural ficam subdivididas nas seguintes macro zonas, delimitadas no mapa que integra o Anexo III desta lei: I - ZUP - Zona de Urbanização Preferencial: composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográficas médias e altas; incluindo as áreas internas ao Anel Viário, exceto aquelas localizadas nas áreas de afloramento do arenito Botucatu- Piramboia, as quais fazem parte da Zona de Urbanização Restrita. § 2º - Fica estabelecida a Densidade Populacional Líquida Máxima de 2.000 hab/ha. (dois mil habitantes por hectare) permitida para lotes ou glebas localizadas na Zona de Urbanização Preferencial – ZUP (PREFEITURA RIBEIRÃO PRETO- SP)
A partir dos dados retirados pelo site da prefeitura de Ribeirão Preto, a densidade Populacional Líquida Máxima da ZUP é de 2.000 hab/há. Para nosso projeto trabalharemos com 750 habitantes. Contendo em nossa área de intervenção possui 16.000m², adotaremos 13.00m² . Segundo o IBGE, a média familiar do sudeste, é de 3,4. portando, 750/3,4 = 220 adotaremos 30m² habitação unipessoal = 40% - contendo 88 U.H adotaremos 60m² habitação para família nuclear = 40% - contendo 88 U.H adotaremos 90m² Habitação família estendida = 20% - contendo 44U.H
Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto.
Total de habitação: 220 UH
ÁREA TOTAL DO TERRENO : 17.000 M² ÁREA ADOTADA: 13.000M²
V - ZPM - Zona de Proteção Máxima: composta pelas planícies aluvionares (várzeas); margens de rios, córregos, lagoas, reservatórios artificiais e nascentes, nas larguras mínimas previstas pelo Código Florestal (Lei Federal Nº 4771) e pelo Código do Meio Ambiente do Município; áreas cobertas com vegetação natural demarcadas no mapa do Anexo II; e demais áreas de preservação que constem do Zoneamento Ambiental, do Plano Diretor e do Código do Meio Ambiente. Artigo 65 - As áreas de terreno classificadas como Zona de Proteção Máxima - ZPM, nos termos do Inciso V do Artigo 6º desta lei, e do Código do Meio Ambiente poderão ser computadas em sua totalidade como sistema de áreas verdes, desde que seja implantado pelo empreendedor, plano de recuperação e/ou adequação para uso público, conforme diretrizes específicas fornecidas pela Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental. 13
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O levantamento da área de intervenção é predominante mista. A maior parte das habitações apresentam dois pavimentos. Os comércios predominantes da área são botecos, localizados na maior parte em esquinas, padarias, auto peças, mercadinhos e venda de carros usados. O adensamento da área é alto. O publico alvo do local, é de baixa renda. Portando todo uso da área é voltada para atender essa classe.
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Através do levantamento de ocupação da área de intervenção, foi possível observar que os lotes possuem habitações que variam seus pavimentos entre 0 a 5. As habitações possuem entre 1 a 2 pavimentos somente. A área é totalmente carente em relação a arranha-céu. Quase não se encontra no local. Isso acontece pelo fato de que, as habitações da área são muito antigas, muitas casas são geminadas, da época do Núcleo Colonial Antônio Prado. Portanto, essas habitações foram mantidas. Sendo assim, prédios quase não foram construídos na área, tirando um ou outro encontrado no local.
Através dos levantamentos feitos na área de intervenção, podemos observar que a maior parte das quadras apresentam seus lotes totalmente ocupados. Dificilmente encontramos um terreno que estivesse totalmente vazio. Podemos notar a presença de diversos lotes irregulares localizados no meio da quadra. Todas as quadras são bem ocupadas pelo fato da população presente na área ser muito densa.
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Nota-se um grande déficit quando se trata de alguns mobiliários urbanos no levantamento da área. Postes, semáforos, pontos de ónibus, placas de sinalização estão presentes em massa em todas as ruas levantadas. Quando se trata de lixeira, orelhão, banco publico a situação pende para outro lado. Esses mobiliários estão presentes em pouquíssimos locais, sendo que, são mobiliários de muita importância para a população do local. Pontos de taxi estão localizados nas praças . Os pontos de ónibus estão localizados em vários pontos, podendo atender então com eficácia toda a população da área. A área apresenta sete unidades de ensino até o 2º ano. Unidades básica de saúde são precárias no local, com apenas uma unidade existente e um Hospital
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Diante o levantamento observamos que a vegetação presente na área de intervenção é predominantemente forte somente nas Avenidas Av. Eduardo Andréia Matarazzo e Av. Mal. Costa e Silva. Essas duas Avenidas apresentam árvores de grande e médio porte. Com a presença das arvores o clima do local fica um pouco mais agradável em época de calor excessivo da cidade. Em dias frios as arvores não interferem, pois nelas ainda possuem passagem para a entrada dos raios solares. São arvores de grande porte, mas não são tão frondosas, possuem pouca folhagem. 18
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Av. Eduardo Andréia Matarazzo
Av. Rio Prado Av. Mal. Costa e Silva
Rua Pernambuco
Rua Capitão Salomão
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TOPOGRAFIA
O terreno da área de intervenção é bem íngreme, ela possui exatamente 7 curvas de nível. Buscamos como proposta manter quatro curvas das presente na área de intervenção. Buscaremos moldar o nosso projeto em cima delas. Sendo assim, as assim, as habitações se constroem em relação ao movimento causada pelas linhas da topografia. Por isso, o projeto não é algo estático e reto, a ideia de manter a topografia foi para, não interferir a grosso modo na natureza do local. E também ao custo, pois mantendo suas curvas o projeto terá menos gasto.
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P R O C E D I M E N T O.... Através dos levantamentos e de todo estudo aprofundado, será desenvolvido a proposta de um conjunto habitacional a ser implantado na área de intervenção, que tem como objetivo atender a um público de classe média. O objetivo do projeto é torna-lo um local não somente que sirva de moradia, e sim em um ambiente aonde a maioria das necessidades dos moradores consigam ser atendidas. Portanto, para pensarmos no projeto, buscamos ligar o lazer, o serviço e a habitação. Esse pensamento é voltado para tentar conseguir aplicar uma maneira de facilitar o dia-a-dia desses moradores. O que seria facilitar a vida dessas pessoas? Assim como em nosso projeto de referencia, UNIDADE DE HABITAÇÃO DE MARSELHAS, o conjunto habitacional proposto buscará atender as pessoas do local e dos bairros ao redor com comércio, lazer e serviço. Ou seja, temos a ideia de que o conjunto seja aberto, contendo a ligação entre o interno e o externo, habitantes do bairro com os moradores do local. A presença de ruelas e travessas nos chamou bastante atenção, portanto, o projeto tem como linha de pensamento fazer com que essa imagem do local não se perca, sendo assim, temos como objetivo o tornar uma grande vila do século XXI. Será proposto três diferentes tipologias de planta habitacional e três diferentes tipos de unidade habitacional. As plantas atendem as famílias, nuclear, estendida e de uso unipessoal, conforme foi estudado ao índice populacional familiar no quadro do IBGE. A proposta é de fazer com que essas três diferentes unidades habitacionais consigam conversar com seu entorno . Portanto, essas habitações irão se formar a partir de blocos de diferentes tamanho, se sobrepondo e dando forma ao edifício. As plantas tem como proposta conversar entre os ambientes, sem muitas repartições. As habitações que possuem terraço doada pela habitação inferior, ganham a possibilidade de expandi-la caso a família cresça. Suas paredes serão independentes, podendo ser modificadas conforme as mudanças necessárias. 22
T I P O L O G I A S H A B I T A C I O N A I S . Planta habitação unipessoal
PLANTA HABITACIONAL UNIPESSOAL A habitação unipessoal consiste em três tipologias habitacionais que se diferenciam em pequenos detalhes. A tipologia habitacional tipo A, apresenta uma única porta de acesso frontal ligando diretamente com a circulação que a passarela proporciona. A tipologia habitacional unipessoal tipo B, apresenta, assim como a habitação tipo A, uma porta frontal que dá acesso a circulação da passarela, o que a diferencia é uma porta lateral que se abre para o terraço que a habitação localizada na parte inferior oferece para quem a parte superior, além do mais, podemos observar também, que a janela localizada do lado direito na cozinha não está presente na tipologia B, pois as habitações tipo B estão sempre dividindo sua parede com outra habitação. A tipologia habitacional tipo C se diferencia apenas por ter sua planta invertida, assim como a tipologia B, ela apresenta uma porta lateral, uma porta frontal que se liga ao terraço jardim e sua parede localizada na cozinha que perde perante ao fato de sua parede ser voltada para outra habitação. Todas as tipologias oferecem um único quarto, banheiro, lavanderia e uma cozinha junto a sala.
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PLANTA HABITACIONAL UNIPESSOAL
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PLANTA HABITACIONAL UNIPESSOAL
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T I P O L O G I A S H A B I T A C I O N A I S. Planta família nuclear
PLANTA HABITACIONAL PARA FAMÍLIA NUCLEAR A habitação nuclear consiste em quatro tipologias habitacionais que se diferenciam entre si em pequenos detalhes. A tipologia habitacional tipo A, apresenta uma única porta de acesso frontal que se liga a circulação que a passarela proporciona. A tipologia habitacional nuclear tipo B, apresenta, assim como a habitação tipo A, também, uma porta frontal que dá acesso a circulação direta da passarela, o que a diferencia é que ela passar ter uma porta de correr localizada entre o dormitório e o banheiro no fundo da habitação. As habitações que apresentam essa porta conseguem ter acesso a um terraço que a habitação inferior oferece para habitação superior. A tipologia habitacional tipo C, a planta está presente de forma invertida, seus lado se invertem, área molhada passa para um lado e dormitórios para o outro e a porta de correr passa a se localizar entre cozinha/sala e dormitórios e um dos dormitórios ganha uma porta de correr para ter acesso ao terraço da habitação inferior. A tipologia habitacional tipo D possui a planta exatamente igual a tipologia A, o que as diferenciam é a inversão da planta. Todas as plantas consistem em dois quartos, um banheiro, lavanderia, cozinha/sala e em alguns casos terraço jardim.
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PLANTA HABITACIONAL PARA FAMÍLIA NUCLEAR
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PLANTA HABITACIONAL PARA FAMÍLIA NUCLEAR
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PLANTA HABITACIONAL PARA FAMÍLIA NUCLEAR
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T I P O L O G I A S H A B I T A C I O N A I S. Planta família entendida
PLANTA HABITACIONAL FAMÍLIA ESTENDIDA A habitação destinada para família estendida consiste em duas tipologias que se diferenciam entre si em pequenos detalhes. A planta habitacional tipo A, apresenta uma porta de acesso frontal que se liga a circulação que a passarela proporciona e uma porta lateral que dá acesso ao terraço da habitação inferior. A planta habitacional para família estendida tipo B, apresenta, assim como a habitação tipo A, uma porta frontal que dá acesso a circulação direta da passarela, o que a diferencia é a ausência da porta lateral, ampliação do quarto e a rotação de sua planta. As plantas apresentam três quartos, um banheiro, lavanderia, cozinha/sala e em alguns casos terraço jardim.
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PLANTA HABITACIONAL FAMÍLIA ESTENDIDA
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CORTE UNIDADE HABITACIONAL TIPO 01
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CORTE UNIDADE HABITACIONAL TIPO 02
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CORTE UNIDADE HABITACIONAL TIPO 03
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PLANTA ESTRUTURAL E MATERIALIDADE
Os pilares estão representador na cor vermelha e terão como materialidade o concreto armado. As vigas estão representadas de maneira tracejada na cor azul escura. Cada pilar possui 0,50x0,20. As vigas contém 0,65 cm. As lajes serão pré-moldadas de concreto contendo 0,20 cm de espessura. Como vantagem, o sistema apresenta o custo acessível e a facilidade de montagem. Além disso, dispensam a grande quantidade de madeira usada na execução das lajes convencionais. As paredes internas serão de drywall. A montagem do sistema dry wall é fácil, com redução de prazo de entrega e, consequentemente, custos menores. Com o sistema, há um ganho de área útil que pode chegar a 4% e as paredes têm superfície lisa e precisa, diminuindo custos na preparação da superfície para a pintura. As paredes externas terão como materialidade o bloco de concreto. As habitação serão entregues com o bloco de concreto aparente, sem reboco e sem pintura. Além de deixar o custo do local mais acessível, o acabamento fica ótimo, criando lindas fachadas.
Imagem de referencia
Fonte : terraetuma.com.br/arquitetura
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CIRCULAÇÃO A circulação acontecerá através de elevadores e escadas que estão localizados em cada uma das unidades habitacionais. Eles dão acesso a uma passarela, que se estende a porta de cada moradia. As habitações localizadas na parte térrea terão a circulação livre, sem precisar acessar escadas e elevadores. A passarela, apresenta estrutura metálica protegida por cobogos. Elas conseguem vencer em alguns casos, vãos de até 45M de comprimento.
A caixa de escada/elevador, representada pela cor azul, será de concreto armado, sendo assim servira de apoio para a passarela. A cor azul bebe representa as vigas que a passarela contém, e a cor vermelha suas vigas. As setas representam a entrada para as habitações. A passarela contém largura de 1,50M e sua circulação está representada na cor rose.
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I M P L A N T A Ç Ã O.
Buscamos manter o máximo possível das curvas de nível presentes no local, portanto das 7 encontradas, foram mantidas 4. Uma nova rua localizada ao meio do terreno deu continuidade para melhor atender ao fluxo de automóveis do local. Dois grandes cul-de-saque foram criados nas laterais. Duas grandes caixa d’agua em formato retangular e quadrado foram erguidos na maior parte da topografia, para abastecer toda a população. Essas grandes torres de caixa d’agua também tem como proposta atender a população como equipamento de lazer, tornando-se uma grande torre de escalada para a diversão dos moradores. 20M de recuo foi dado a partir da Av. Eduardo Matarazzo, por ser área de preservação. APP. Os 5% da área destinada a doação, tem como proposta criar uma estação intermodal. A ideia é de melhor atender a população que se encontra no conjunto. Pelo fato que, as pessoas que ocupam o local, são de classe média, portanto, não são todas que possuem automóvel, muitas precisam pegar ônibus para trabalhar. Os estacionamentos se encontram voltados pra rua. Buscamos não trabalhar com o uso de estacionamentos subterrâneo pelo fato de, além de ser mais caro, não é de boa qualidade para a saúde dos moradores, pelo fato do gás carbônico. Além do mais, os estacionamentos não são de uso privado, a vaga é pública, qualquer um tem acesso. No total temos 220 vagas, sendo 29 delas destinadas a pessoas com deficiência física. A proposta do estacionamento tem como objetivo fazer com que as pessoas usem menos automóveis e passem a andar mais de bicicletas e automóveis coletivos (ônibus) para que possamos tentar poluir menos o ar e nos exercitarmos mais no dia-a-dia. Arvores de média porte, foram implantadas no local para melhor qualidade de vida dos moradores em dia de calor excessivo na cidade. Elas se encontram diluídas entre as habitações e nas vagas dos estacionamentos. Muitas das arvores presentes no local antes da intervenção foram mantidas. Os conjuntos habitacionais voltados com a fachada para a rua, terá algumas das habitações térreas destinadas para comercio.
Torre de escalarem na caixa d’agua.
ÁRVORE IMPLANTADA Fonte: otempo.com.br
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PERSPECTIVA VISTA SUL.
PERSPECTIVA VISTA SUDESTE.
PERSPECTIVA VISTA LESTE.
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PERSPECTIVA VISTA NORDESTE
PERSPECTIVA VISTA NORTE.
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PERSPECTIVA VISTA NOROESTE.
PERSPECTIVA VISTA OESTE.
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PERSPECTIVA VISTA SUDOESTE
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B I B L I O G R A F I A...
http://www.archdaily.com.br/br/01-127091/centre-village-slash-5468796architecture-plus-cohlmeyer-architecture-limited
http://www.mvrdv.nl/en/projects/folierichter/
http://www.archdaily.com.br/br/01-28605/quinta-monroy-elemental SAIA, Luiz. A casa bandeirista – uma interpretação. São Paulo: Comissão do IV Centenário da cidade de São Paulo, 195. FLORENÇANO, Paulo C. A “Casa do Bandeirante”. Paulistânia, São Paulo, n. 52, p. 6-9, 1955 ALAIN DE BOTTON. Arquitetura da felicidade - Morada de hoje. LONDRES (2006)
ROGER HENRRY GUERRANT. Historia da vida privada. In Duby, Georges & Ariè. A evolução da casa no Brasil; Luiz D Zorraquino; faculdade Federal do Rio de Janeiro ;2006
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UNIDADES HABITACIONAIS. TIPOLOGIA HABITACIONAL EDIFICIO 01
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PLANTA DOS PAVIMENTOS EDIFICIO 01
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UNIDADES HABITACIONAIS. TIPOLOGIA HABITACIONAL EDIFICIO 02
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PLANTA DOS PAVIMENTOS EDIFICIO 02
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UNIDADES HABITACIONAIS.
TIPOLOGIA HABITACIONAL EDIFICIO 03
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PLANTA DOS PAVIMENTOS EDIFICIO 03
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