Doce Inverno

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“ O inverno pode ser doce, até o frio atingir o seu coração.”

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Sumário

Capitulo Um

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O inverno te dará surpresas calorosas.

Capitulo Dois

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O frio pode lhe trazer lembranças agradáveis.

Capitulo Três

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A neve esconderá as pedras em seu caminho.

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Prefácio S

eis horas da manhã. Acordo com os raios do sol em meu rosto. Meus olhos estão ardendo, parece que passei uma noite inteira chorando. Quem dera que essa noite passada fosse esquecida, mas conforme os segundos vão se passando, eu vou despertando, e lembrando que eu realmente passei a noite chorando. O motivo? Também queria ter apagado da memória, mas, não é possível. Sabe quando você sente falta de alguém, mas você sabe que tem as chances de vê-la novamente, então você fica com as maiores expectativas? Bom, eu não estou me sentindo assim, no meu caso é um pouco diferente. Eu estou sentindo falta, mas quero parar de sentir, porque as chances são mínimas de eu ter essa pessoa perto de mim, mais uma vez! Só de lembrar, de tudo que eu vivi, os meus olhos já se enchem de lágrimas. Não é uma boa ideia ficar torturando seu coração, com lembranças que te arrancam sorrisos e ao mesmo tempo, te fazem sentir dor. Escuto passos, tento rapidamente enxugar meus olhos, mas as lágrimas vão descendo como um rio violento em dia de chuva. Era Hayley, minha madrasta, ela abriu lentamente a porta do quarto para não me acordar. Ela sabe que eu não acordo normalmente essa hora. Quando ela viu meus

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olhos, veio desesperada e começou a fazer perguntas. – Qual a causa dessas lágrimas? Posso saber por que você esta chorando Allie? Está se sentindo mal? Quer que eu ligue para seu pai? Depois do interrogatório sem respostas, ela viu que eu não iria mesmo responder a tudo aquilo, e deixou que eu falasse. – Bom, não estou chorando porque estou me sentindo mal, apesar de que deveria, na situação em que estou. Queria eu, que isso fosse o problema. Na verdade, choro pela pessoa que sem querer pegou meu coração emprestado, mas ainda não me devolveu. Eu nunca tive segredos com a Hayley, mas já fazia dois dias que eu tinha chegado em sua casa, e não abri a boca. Só comia, tomava banho, assistia e etc. Eu disse a ela também que queria contar tudo, mas que não teria coragem de contar a parte mais triste da minha vida. Ela insistiu, disse que com tanto drama, e tantas lágrimas já estava começando a ficar preocupada comigo. O que eu menos queria naquele momento, era falar o que tinha acontecido, mas, deixa-la preocupada e nervosa, também não é a melhor opção. É claro que eu também insisti em não falar nada, disse que ela não precisava se preocupar porque é coisa de adolescente. Mas não adianta! Minha madrasta é extremamente, incrivelmente, absurdamente curiosa. O jeito era contar toda a história, capítulo por capítulo, página por página, palavra por palavra. Comecei a contar, mas não consegui conter o choro. Ela recomendou que eu tomasse banho, comesse algo, esfriasse a cabeça, e depois contasse a história toda. Até porque ela não iria entender nada, se eu falasse chorando e soluçando! Então, eu disse que sim com a cabeça, ela saiu do quarto e falou que não tinha pressa. Eu deitei, olhei pra o céu, e fiquei paralisada, só por um tempo. Depois fui tomar banho, e desci para comer. Chegando à cozinha, meus olhos brilharam. Tanta comida que eu engordei só de olhar. A Hayley também é um pouco exagerada, eu gosto de comer, mas também não é pra tanto. Ela tinha feito de tudo. Bolo de chocolate, pão de queijo, torta de limão, chocolate quente (por causa do frio), e muitas outras coisas que eu amo.

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– Nossa Hayley, você não poderia ser menos exagerada não é? – eu disse enquanto comia um pãozinho. – Fazer isso tudo só pra mim? Ficou com pena porque eu estava chorando? – eu perguntei sorrindo. – Eu já iria fazer mesmo se você não estivesse triste. Mas ouvi falar que doce melhora a autoestima, por isso fiz o bolo. E tem muito chocolate, do jeito que você sempre me pede e eu nunca faço. Ah! E também achei uns filmes que parecem ser legais, se você quiser assistir e depois me contar tudo bem. – ela dizia enquanto partia uma fatia do bolo, e colocava em meu prato. Mas eu disse que não queria assistir filmes, isso iria piorar, e a história é longa, e quanto menos tempo eu gastar com outras coisas, melhor! Ela não falou nada, só sorriu. Depois de comer tudo, e ficar instantaneamente gorda, fui escovar os dentes. E quando voltei, lá estava ela, sentada no sofá, olhando pra mim com os olhos curiosos e ansiosos. Eu sentei, avisei novamente que a história seria longa, e que não era nem um pouco feliz. Eu fechei os olhos, enquanto as lembranças iam surgindo detalhadamente em meus pensamentos.

Respirei fundo, e comecei.

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Capitulo Um O inverno te dará surpresas calorosas.

O ito de Dezembro, faltando duas semanas

e dois dias para o natal. Viajei para passar a semana com minha amiga Maddeline na casa da minha prima Lola em Manhattan. Eu moro no Brooklyn, mas, neste ano, irei passar o natal com meus tios. E como todo ano eu e a Maddie passamos o natal juntas, decidi que ela deveria ir comigo, e é claro, ela não iria recusar passar o natal no Upper East Side. Sempre quis ir até Manhattan, mas, minhas primas que iam até mim. Eu estava nervosa, nunca tinha viajado pra ficar tanto tempo longe da minha mãe. Eu até que poderia ficar no apartamento do meu pai no Central Park. Mas a separação dos meus pais não foi tão legal, eles não terminaram como “amigos” e sim, como grandes inimigos e, ela nunca iria deixar que eu fosse ficar com ele. Meu pai é médico, embora ele seja rico, infelizmente eu não sou. Passei pouco tempo da minha vida com ele, quando fiz cinco anos, ele já não estava mais comigo. Mas foram os melhores anos da minha vida. Ainda me lembro do tanto que eu chorei quando vi que ele tinha se mudado, não queria aceitar de jeito nenhum

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essa separação. Sofri muito com as festinhas do dia dos pais, onde eu via todo mundo com seu pai, menos eu. Mas, depois tive que ir me acostumando, não vou mentir, ainda sinto muita saudade do meu pai. Todo ano ele me liga no meu aniversário, e me manda presentes, mas, mal sabe ele que o melhor presente seria ele poder me visitar e estar comigo. Só que ele é muito ocupado, quando me liga, falamos no máximo cinco minutinhos, só pra me dar os parabéns, dizer que me ama e desejar felicidades. Graças a Deus, ele não teve outra filha, ainda. Mas já teve outras namoradas. Desconfio dele ainda gostar da minha mãe, mas eu não sou nem louca de falar isso pra ela. Minha mãe não é muito sortuda com relacionamentos, já havia ficado noiva antes de se casar com meu pai. Cinco anos antes de me ter, ela ficou grávida de outro homem, e por isso teve que noivar, mas não chegou a seguir com o noivado. Tenho uma irmã de 21 anos, ela está terminando o curso de relações internacionais, e tem uma filha de dois anos, Sophia. A coisa mais linda desse mundo, gordona, morena, cabelos pretos, cílios enormes, sapeca e esperta. Como minha mãe, a Emily engravidou cedo, com 19 anos. Ela é casada há três anos, com um engenheiro civil, dono de uma construtora. Mora em Los Angeles, desde que se casou. Mas duas vezes por semana, vai nos visitar. E sempre que tem que viajar, deixa minha sobrinha comigo. Sai da minha casa de 09 horas da manhã. Minha mãe não estava gostando muito da ideia de que eu iria ter que perder duas semanas de aula e ainda não ficar com ela no natal. Ela que estava nos levando até Manhattan, e ficou o caminho inteiro fazendo drama. A mini viajem foi divertida, tirando a parte do drama da dona Emma, e o jazz. Confesso que não gosto muito de jazz, mas fazer o que, minha mãe estava fazendo um favor de nos levar, não podia reclamar. Até porque depois de um tempo ela colocou outras musicas, não que eu gostasse dessas outras, mas era melhor que jazz. Já a Maddie, estava dançando e cantando, nem sabia a letra, mas cantava. Só pra agradar a minha mãe. Por isso que elas duas se davam tão bem. Finalmente, chegamos á casa dos meus tios. Eu já estava me preparando para as recomendações de sempre da minha mãe, os abraços, apertos na bochecha, e outras coisinhas que ela costumava me dizer.

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– Não chegue nem saia tarde de casa, nada de bebidas, não fale com estranhos, quando for sair, que seja sempre acompanhada, obedeça a seus tios, ajude-os com as preparações do natal, e é claro, o mais importante, NÃO VISITE SEU PAI! E isso era uma ordem, ela falava com tom mais sério, e como se estivesse brava. Mas, depois amansou seu coração e me deu um abraço tão apertado que quase perdi o ar. Apesar de estar muito feliz por estar em Manhattan, uma pequena parte de mim sentia por deixar minha mãe passar o natal com suas amigas e com meus outros tios loucos. Então, depois de algum tempo conversando com meus tios, ela foi embora. Eu apresentei a Maddie a todos da casa. Os meus primos, Lola, Blair, Henry e meus tios Chad e Jesse. A Maddie sempre foi muito simpática, mas, quando não vai com a cara de alguém, não tem quem faça gostar. Nesse caso, ela não gostou muito da Blair, e eu também não quis questionar. A Blair é bem metida, olhou para a Maddie de baixo pra cima, desprezando. Eu também não sou muito fã dela, mas é minha prima, tenho que aturar. Ela tem 15 anos, mas em alguns momentos age como uma criança de cinco meses. Tem cabelos cacheados, lindos e enormes. É magérrima, alta, e tem olhos castanhos mais puxados para o mel. Senti um clima entre o Henry e a Maddie, eles se olhavam direto, e quando eu os apresentei, os olhos deles brilharam. Bom, não é só porque é meu primo, mas ele é bem bonito. A pesar de ser um pouco mais velho, daria certo. Ele tem 18 anos, tem cabelos pretos, e os olhos mais lindos do mundo, cinza. E é bem forte. Mas, ninguém é perfeito, então ele tem que ter um defeito. E este é ser muito convencido, e ele está cursando a faculdade de direito, e pelo que eu saiba, está de férias. Não tenho muito que falar da Lola, é minha prima favorita, é pequena apesar de ter 17 anos, tem cabelos castanhos, lisos, um corpo invejável, mas digamos que é um pouco, oferecida. Só que pra mim isso não é um problema, desde que ela não de em cima do meu namorado, quando eu tiver um. A casa é grande, parece até uma mansão. Meu tio Chad, tem muito dinheiro, isso porque ele é um dos advogados mais procurados de Nova Iorque. Graças a Deus eu não iria ter que dividir o quarto com algumas das minhas primas. Não é que eu não goste, mas a intimidade não é tão grande assim. Só com a Lola e o Henry. Acho

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que a Blair não vai muito com a minha cara desde que eu peguei o sorvete dela quando ela tinha seis anos. Fiquei no quarto de visitas com a Maddie, e logo quando começamos a arrumar nossas coisas, minha tinha Jesse já veio toda animada perguntar se não queríamos passear um pouco, até porque ela sabia que a viajem foi breve e que não estávamos tão cansadas. Eu pedi para que passássemos no Central Park, não para visitar meu pai, mas sim porque eu achava lindo o lugar. Ela concordou, e pediu para que tomássemos banho, porque sairiam em meia hora. Bom, aquilo seria um teste para mim, nunca me arrumei tão rápido. Eu sempre levo no mínimo uma hora para estar completamente pronta. Eu tomei banho no banheiro da Lola, porque eu não tinha muito tempo para esperar a Maddie, e ela também não iria tomar banho no banheiro de alguém que ela acabou de conhecer. Terminei super rápido o meu banho, porque sabia que o meu problema maior, era escolher minhas roupas. Fui direto para o quarto, baguncei toda a minha mala procurando algo. Levei muitas roupas para sair, à noite principalmente. Sei que minha mãe tinha dito para não sair tarde, mas, meus tios são bem legais, não iriam contar a ela. A Maddie me ajudou a escolher minhas roupas, e eu a ajudei também. Depois fui para a segunda parte mais importante, a maquiagem. Sou bem exagerada nisso, coloco muito rímel, porque gosto dos meus cílios enormes. Também gosto de batom vermelho. Mas não exagero no blush, e nem no pó. Algumas pessoas parecem palhaços quando se maquiam, e abusam desses dois. Desci, e todos já estavam lá embaixo, menos nós, eu e a Maddie, eram todos incrivelmente pontuais. Eu fiquei com um pouco de vergonha, por ter os feito esperar, mas, não pareciam estar bravos com nós duas. Fiquei me perguntando como iriam caber sete pessoas num carro para cinco. E minha tia respondeu minha pergunta, antes mesmo de eu ter feito. – Allie, você e a Maddeline irão no carro do Henry, para não ficar apertado. Lola e Blair, vão conosco. E não tenha medo, o meu filho dirige muito bem, e ele que será o guia de vocês nas próximas semanas. Eu não estava com medo, já tinha saído de carro com o Henry quando ele tinha apenas 16 anos, e ele já era um motorista excelente. 16

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A Maddie que gostou demais da ideia. Ela foi sentada no banco do acompanhante, e eu atrás. Eles ficaram conversando, e eu já estava começando a achar que estava segurando vela. Ele passou o caminho inteiro a elogiando, falava que seus cachos eram incrivelmente lindos, brilhosos e atraentes. Que ela tinha o sorriso mais lindo que ele havia visto em toda sua vida. Pois é, meu primo sempre foi muito galanteador. Engraçado era a cara da Maddie, super sem graça, ela é moreninha, mas estava ficando vermelha, e dava pra se notar. Eu coloquei o fone de ouvido, e fui escutar musica, sabia que aquela conversa deles iria durar até chegarmos ao nosso destino. E eu não estava errada. Tirei o fone para escutar o que o Henry estava falando. – Vou deixar vocês duas aqui no Central Park, minha mãe disse que vocês queriam ficar aqui um tempo. Vou ao shopping, e depois venho buscar vocês para irmos ao Le Bernardin, um restaurante que fica em Midtown. Acho que vou demorar no máximo duas horas e meia para vim pega-las. Dá tempo de olharem tudo por aqui. Para que não se percam, eu ligo para a Allie quando estiver a caminho, e vocês me dizem onde estão. Saimos do carro, o Henry deu um beijinho timido e fofo na testa da Maddie e me deu um abraço. Ele saiu, e então fomos andando, tiramos fotos, comemos pipoca, cachorro quente e tiramos mais fotos. A Maddie disse que estava cansada, e sentou no chão, eu fui tirar foto no lago. De repente, um jato d’água me molha inteira. Fiquei sem saber o que tava acontecendo, a Maddie veio correndo. Eu cai no chão sem querer, e quando olhei pra cima. Uma voz perfeita perguntava se eu queria ajuda para levantar. Eu disse que não, com cara de brava. Ele pediu desculpas, disse que estava brincando com os amigos, e que não me viu. Eu não disse nada, só levantei sorri, e disse que tava tudo bem. Mas a Maddie é bem esquentadinha, e não achou que estivesse tudo bem. – O que ? tudo bem ? Você tá toda molhada, sua maquiagem está borrada, daqui uma hora vamos sair para um restaurante que provavelmete é bem chique, e você jura que você vai assim? Ainda acha que tá tudo bem ? Se eu fosse você faria ele te secar com a lingua, e ainda retocar sua maquiagem. – ela gritava como se estivesse realmente preocupada e desesperada. 18

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É obvio que isso assustou o garoto, e fez ele se sentir mal. Ele tirou a camisa, e disse que eu poderia ficar com ela e que a tia dele mora aqui perto, então ele poderia me levar até a casa dela, para pegar uma roupa com a prima dele, e ainda teria tempo pra arrumar minha mequiajem e meu cabelo para ir ao tal restaurante. É obvio, que eu disse que não precisava, mas a Maddie achou melhor que eu fosse, ela disse que ficaria aqui me esperando, e já que era perto, que eu fosse breve. Mesmo sem conhece-lo eu fui. Ele também tinha um carro, e era muito bonito. Mas como eu não entendo nada de carros, só posso dizer que é preto, porque isso eu sei. Entrei no carro, e fiquei calada. Depois de uns cinco minutos ele perguntou meu nome. – Allie Granger e o seu ? – sorri – Bonito nome, o meu é Noah – ele sorriu também. – Noah Dudley – Nome bonito também, e obrigada por isso, por ir até a casa da sua tia só para me emprestar uma roupa. – eu disse olhando para baixo, timida. – Não é nada. Eu que causei isso tudo, então é como se fosse uma obrigação. – ele olhou pra mim, sorriu, e continuou a dirigir. Depois disso não falamos mais nada, em 10 minutos chegamos ao apartamento de sua tia. Ele passou pelo porteiro, eles se cumprimentaram. – Boa tarde Noah! Trazendo a namorada ? – perguntou o porteiro, enquanto abria a porta para nós e apertava a mão do Noah. – Boa tarde Josh. É sim, tem que apresentar para a tia não é ? – ele piscou pra mim, e deu um beijo no meu rosto. Andamos até o elevador, e esperamos que ele chegasse. – Por que disse que eu sou sua namorada ? Tá em falta é ? – sorriso de deboche

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– Na verdade não está em falta, mas eu já trouxe muitas meninas aqui, e nunca digo que são minhas namoradas. Só quis inovar. – ele disse equanto esperava que eu entrasse primeiro no elevador – Hum.. então você sempre traz meninas para conhecer sua tia ? Que interessante. – entrei no elevador, séria. – Sim, por que muitas das minhas amigas moram aqui, então as vezes eu dou uma carona.- sorriu. Eu já deveria imaginar que um Deus grego desses seria garanhão. Mas, não disse mais nada. Saimos do elevador. 13º andar, eu tinha um pouco de medo de altura, mas era só não chegar perto das janelas,

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não olhar para baixo que tudo ficaria bem. O Noah tocou a campainha e uma garota abriu a porta. Devia ser a prima dele. – Olá Noah, qual motivo da sua visita ? – disse ela, abrindo a porta para que entrassemos. – E quem é a menina ? Sua nova amiga colorida ? – Não sou amiga dele. Nem namorada – interrompi antes que ele dissesse outra mentira. Ela olhou com um olhar meio estranho pra mim, mas depois sorriu. – Na verdade estou aqui porque quero que você empreste uma roupa para a Allie, eu a molhei sem querer hoje a tarde, e preciso de uma roupa urgente. De preferencia chique, parece que ela tem um compromisso bem importante. – disse o Noah, enquanto sentava no sofá da sala, e mechia no vaso que tinha em cima de um centrinho preto. – Não quero nem saber como foi tudo isso. – suspirou. – Sorte sua srt Allie, que eu sou fã da moda, e tenho muitas roupas lindas, que com certeza irão servir em você. E a proposito, não precisa me devolver.- disse ela, me levando até seu quarto. Era enorme, e lindo. O papel de parede era simplesmente perfeito, com os simbolos das marcas mais caras do mundo. Channel, Louis Vuitton, Herrero, Gucci, etc. Eu me encantei com aquele quarto. Havia uma portinha ao lado. – O que é aquilo ? Uma suite ? – perguntei enquanto olhava as roupas que ela ia me mostrando – Não, a suite é daquele lado – apontou. – Aquilo é um mini escritório, que eu uso para costurar roupas. Faço faculdade de moda. – Ah! Que legal, e você fez essas roupas? A proposito, qual seu nome? – sorri – Sim. Algumas são minhas, mas vou te dar esta.- pegou um vestido da Louis Vuitton.- e meu nome é Shay Turner, prazer. – Apertou minha mão.

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– Nossa! Mas eu não posso aceitar isso. – fiz uma cara de espanto – Ah! Não seja dramatica, eu tenho dinheiro o suficiente para comprar muitas outras dessa, então seja educada e aceite. – me entregou o vestido. – O banheiro é logo ali, lá tem maquiagens também. – disse enquanto apontava para uma porta cheia de purpurina – Certo, obrigada.- andei até a porta. Entrei no banheiro. Outro espetáculo. Coisa de outro mundo. Mas eu não tinha muito tempo para ficar admirando os bens alheios. Me arrumei rápido. E sai do quarto. Cheguei na sala, e ela disse que eu estava linda e com toda certeza iria arrasar em qualquer lugar que eu fosse. Olhei a hora, e me espantei, já fazia quase meia hora que eu estava ali. Disse para o Noah que precisavamos ir, o mais rápido possivel. Descemos, dei tchau para o Josh, e saimos. Logo quando entrei no carro, a musica Ours da Taylor Swift começa a tocar. Percebi que era meu celular, que eu tinha esquecido no banco do carro. Atendi, e era a Maddie. –Você já está perto? Não sei como, mas o Henry ligou para mim. Disse que ligou 3 vezes pra você, mas não o atendeu. Ele avisou que chegaria em no máximo 12 mintuos! – ela falou desesperada. – Já estou no caminho, até que não demorei tanto. Em 10 minutos eu cheguei aqui, então acho que consigo chegar antes dele. Onde você está ? – perguntei enquanto arrumava meu cabelo no espelhinho do carro – Estou no mesmo lugar onde ele nos deixou. Vou ter que desligar, ah.. encontrei e fiquei conversando com o amigo do Noah, o nome dele é Ben Evans, um gato.. só você vendo. – falou sorrindo – Okay! Vou falar pro Henry – sorri – haha! Muito engraçada, não diga nada. Tchauzinho, beijos. – Tchau e beijos. –desliguei o celular e coloquei na bolsa.

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Perguntei ao Noah se ele não podia ir mais rápido, eu não queria que meu primo chegasse e visse que eu não estava lá. Era meu primeiro dia em Manhattan e eu não queria levar reclamações dos meus tios. Apesar de saber que eles não iriam brigar muito, só por eu ter saido com um estranho. – Então você não é daqui ? – perguntou o Noah meio confuso – Não, sou do Brooklyn. Vim passar o natal com meus tios e primos. – sorriso de canto – ah! Eu nunca fui no Brooklyn. – sorriu. – Mas o natal não é só daqui a mais ou menos duas semanas ? Você não tem aula ? Ou não estuda? – perguntou enquanto ligava o ar condicionado – Sim, mas eu vou perder aula. Eu queria muito visitar Manhattan, é um sonho. Mesmo morando perto, nunca sai do Brooklyn. – espirrei – Quer que eu desligue o ar ? – perguntou preocupado – Não! Não precisa, já estamos perto e eu só estou com um pouco de frio. – respondi, me aquecendo com minhas mãos. – Tá certo. – sorriu. – Chegamos. – estacionou, saiu do carro, e veio abrir a minha porta. – Está entregue Cinderela. – sorriu – Obrigada, Principe. – sorri e sai do carro A Maddie veio correndo, disse que eu tinha muita sorte. E que o Henry ligou dizendo que iria demorar porque estava preso no trânsito. Que alivio. Logo depois ela me apresentou o amiguinho novo que tinha feito enquanto eu estava fora. Ele era bonitinho, mas eu ainda preferia ficar com o Henry. – Que sorte hein Allie? – disse o Noah enquanto colocava sua mão em meu ombro

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– É, eu estou até impressionada, não sou de ter sorte. – olhei pra baixo e sorri – Mas tem, me conheceu. – piscou – Modestia parte né. – olhei para ele e tirei sua mão do meu ombro. – Olha ali o Henry, acho melhor a gente ir, antes que ele faça algo, ele é bem ciumento. – sorri e fui andando – Tchau Meninos – disse a Maddie abraçando os dois – E você cinderela, vai sair assim ? Sem nem um tchau ? – disse o Noah, que vinha correndo em minha direção. – Eu não mereço mesmo um abraço ? – parou em minha frente – Mais ou menos, você me molhou. – disse já abraçando. – Mas obrigada novamente, você poderia ter me deixado ali molhada, poderia ter dito só “foi mal” e ido embora. – envergonhada – Eu faria isso se eu não tivesse ido com sua cara, mas você me pareceu legal, então te ajudei. – falou baixo no meu ouvido. – Hum.. eu também fui com a sua cara, principe. – sorrisinho meigo. – Agora tenho mesmo que ir, como eu disse, o Henry é ciumento. – Não tenho medo dele, mas pra não complicar sua vida, vou te deixar ir. Boa Tarde pra você, cinderela. – beijou minha bochecha, e saiu. A Maddie ficou me olhando com um olhar estranho. Aquele olhar que a gente costuma fazer quando vê que alguém tá afim de alguém. Eu mandei ela parar, e o Henry chegou logo depois. Eu fiquei meio sem graça, não queria que ele me visse com outros meninos, mas infelizmente, viu. – Trocou de roupa ? E quem era o palhaço que te beijou? – perguntou meio raivoso – É, e..eu comprei uma roupa, achei que.. que aquela não estava bonita. –disse gaguejando. – E o menino, era um amigo, e o outro era amigo dele,

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nós nos encontramos um dia no Brooklyn, e aqui de novo. – sorrisinho – Hum.. não sei porque eu acredito em você – me abraçou Voltamos para o seu carro. E ele fez várias perguntas. Perguntou se gostamos do lugar, se nos divertimos, o que fizemos, com quem, e muitas outras. Respondemos a todas as perguntas. E ele pareceu satisfeito. Então chegamos ao Le Bernardin. Entramos, e lá estava meus tios com a Lola e a Blair. O lugar era lindo. Sentamos, e logo vinheram as perguntas. Minha tia logo perguntou do vestido, eu expliquei, ela entendeu, mas depois falaram outras coisas, que a Maddie respondeu. Minha cabeça estava em outra dimensão. Eu só queria pensar no Noah, não sei por que, mas queria. Ele foi muito legal em me ajudar, mesmo tendo causado tudo aquilo, ele foi cavalheiro comigo. Eu estava nas nuvens, e de repente.. – Allie? Allie? Você está nesse mundo? – perguntou a Maddie enquanto me cutucava. Eu despertei e disse que só tava pensando, o Henry olhou com uma cara feia, e disse que esperava que eu não estivesse pensando no garoto do Central Park. Eu sorri, e disse que só estava me lembrando da minha mãe. Minha tinha perguntou se eu não queria ligar para dizer a ela que estava tudo bem. Mas eu não quis, disse que se ouvisse a sua voz, seria pior. Ela concordou. O garçom foi até nossa mesa, e perguntou o que desejávamos comer. Eu só pedi um Salmon, não estava com muita fome, e foi à primeira coisa que eu vi no Cardápio. – Também te vi com um menino Maddie, quem era? – perguntou o Henry enciumado. – Ah! Amigo do amigo da Allie, ele ficou conversando comigo. – respondeu a Maddie, despreocupada tomando água. – Hum... o abraço que deram, pareceu que se conheciam a um tempo. – sério. – Não, eu gosto de interagir bem com as pessoas, por quê? Algum

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problema?- perguntou Maddie olhando seriamente nos olhos do Henry – Isso é um inicio de uma briga? Por que se for acho melhor vocês pararem, ou irem lá fora. – disse minha tia Jesse. – Não mãe. Só estamos conversando. – respondeu Henry, sorrindo. O clima não estava muito bom entre o Henry e a Maddie. Nós dois sempre fomos muito próximos. Desde que eu nasci. Ele me visitava com muita frequência, com isso, criou esse vinculo amoroso, e cuidadoso entre nós. E em quanto a Maddie, eu sei que ele gostou dela, e também sei que ele estava morrendo de ciúmes do Ben. Comemos, e fomos embora para casa. Todos calados, mas, pra mim foi melhor do que ir segurando vela de novo. Chegando em casa, subi para o quarto. E a Maddie começou a perguntar. – Me conte! O que aconteceu enquanto foram na casa da tia do Noah? Vocês voltaram tão íntimos. E por que ele te chamou de cinderela? Foi tão fofo. Ah!.. E o que foi aquilo do Henry? Crise de ciúmes de pré-namoro? – perguntou ela rapidamente enquanto trocava de roupa. – Não aconteceu nada, mas ele disse ao porteiro que eu sou namorada dele. – falei empolgada e sorrindo. – E a prima dele é bem legal, eu não cheguei a ver sua tia. Não sei por que me chamou de cinderela, mas foi sim muito fofo. Ele é um amor. E acostume-se com o Henry, ele gosta de você, e já tem ciúmes. – disse enquanto procurava outra roupa. – Hum.. Namorada? Eu acho que o Noah também gosta de você. Ele te olha diferente. – sorriso bobo. – E eu também gosto do Henry, mas não faz nem 24 horas que nos conhecemos. – olhou confusa. – E esse vestido maravilhoso da Louis Vuitton? É seu mesmo? Ela te deu? Emprestou? Se te deu me empresta? – perguntou empolgada – Calma! Ela me deu sim, e claro que te empresto. – tirei o vestido e joguei nela. Contei outros detalhes, mas fui interrompida pela Lola que bateu na porta. Abrimos, e ela disse que tinha filmes ótimos para assistir,

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e que era para a gente descer em 3 minutos, avisou que a tia Jesse e o tio Chad não iriam assistir, pois tinham saído. Nossa! Como essa gente gosta de sair, e tudo deles tem um tempo. Temos 3 minutos pra tirar a maquiagem e descer. A Lola também disse que não seria na sala de star, e sim, na sala de cinema que ficava perto do quarto do Henry. Eu não sabia que tinha isso. Uma sala de cinema! Nossa! Que perfeição. Tiramos a maquiagem, descemos, e fomos procurar a sala. A casa é grande, mas não foi difícil de encontrar, por causa do barulho, e do cheiro da pipoca que nos guiou. – Nossa! Que tela enorme. – disse a Maddie encantada enquanto entrava na sala. Era realmente enorme. Uma sala de cinema mesmo. O Henry chamou a Maddeline para sentar ao lado dele, e ele estava sentado bem atrás. Eu sentei na frente com a Blair e a Lola. Não queria segurar vela de novo. Perguntei qual era o filme que iríamos assistir. A Blair respondeu, dizendo que seriam vários, de cada gênero. Ação, romance, comédia, comédia romântica, terror, suspense, drama, musical, etc. Eu achei que seriam muitos filmes para uma noite só. Então recomendei que assistíssemos a dois gêneros por noite. Todos concordaram, e escolheram Romance. Pediram para que eu escolhesse entre, Um amor para recordar, O diário de uma paixão, Ironias do amor, Amanhecer, Noites de tormenta, Cartas para Julieta, Querido Jhon, e Casa comigo. Foi difícil, mas escolhi O diário de uma paixão. Eu nunca tinha assistido. A Maddie disse que eu iria me surpreender. Quando o filme começou todo mundo se calou. Depois de um tempo, percebi que a Maddie estava certa, que eu iria me surpreender. O nome dos personagens principais do filme eram Allie e Noah. Fiquei impressionada com a conhecidência. Comecei a imaginar eu e o Noah ali naquela história linda. Estava completamente boba. Então o filme começou a ficar um pouco triste, eles dois se separavam porque ela ia embora. Então pensei: será que eu e o Noah vamos nos encontrar de novo? E se der certo eu vou embora? Não moro tão longe, mas qualquer distância atrapalharia tudo. Chegou uma hora em que eu nem estava mais prestando atenção no filme, só pensando se o Noah estava pensando em mim, e

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se ele tinha realmente gostado de mim. Então acordei pra vida. O final do filme, impressionante e lindo. Depois passamos para o segundo gênero, Musical. E a Blair que escolheu. High School Musical 2, eu já tinha assistido. Mas só o começo. O filme foi passando, e chegou uma parte em que a Gabriela ia embora e deixava o Troy, fiquei pensando, e associando as coisas. Todos os dois filmes que eu havia assistido hoje, tinham uma coisa em comum. Nos dois, a moçinha ia embora, e deixava o moçinho. Apaixonavam-se, e depois partia. Mas outra coisa em comum era que sempre voltavam a se ver. Pensei novamente. Será que eu vou me apaixonar pelo Noah? E se sim, será que vou partir e deixa-lo? Parei um tempo, e cai um pouco das nuvens. E voltei ao filme. Olhei para trás, pois achei que a Maddie e o Henry estavam muito quietos. A Maddie tem mania de falar muito enquanto assiste algo. E era um milagre ela estar calada. Mas quando me virei, descobri o que estava tampando sua boca. Os lábios do Henry. Os dois estavam muito entretidos em seus beijos. Confesso que fiquei com um pouco de inveja. Em qualquer lugar que a Maddeline passa, ela atrai alguém, e eu? Bom, eu atraio pessoas que quebram meu coração. Talvez o problema, seja me apegar demais. O filme acabou, e fomos todos para a cama dormir. Mas antes, a Maddie iria me responder umas coisinhas. – Ei, moçinha. Você só vai dormir quando me contar o que foi aquilo? – disse à medida que pulava em sua cama. – O que? Os beijos? – perguntou a Maddie, fingindo não saber do que se tratava. – Não se faça de doida. Sabe que é isso danadinha, agora me conte. Como chegaram aquele ponto? Ele não estava com raiva? – perguntei sorrindo – Estava, mas ele pediu explicações. E mesmo que eu não fosse obrigada a dar, dei. Porque acho que também gosto dele. E tudo isso em um dia só, é incrível essa coisa do amor. Mas eu fiz uma coisa horrível. – abaixou a cabeça, e suspirou. – Menti para o Henry. Disse que o Ben, era gay. – O que? – arregalei meus olhos. – Mas ele não é.

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– Por isso que eu disse que eu menti. – bico. – Não queria fazer isso, mas tive. O Henry pareceu muito enciumado com a situação. E eu só queria que ele ficasse bem comigo. Então depois disso ele chegou perto, e me beijou. – ansiou. – E cá entre nós, que beijo viu! – sorriu. – Mas agora eu quero dormir, ele disse que amanhã cedo quer passear comigo, tipo um piquenique. – deitou e fechou os olhos. – Ah, e nem fala para a amiga né. Bonito. – falei ao mesmo tempo em que saia de sua cama e ia para a minha. – Sei que você não quer segurar vela, então não te chamei. – sentouse e olhou para mim. – Você quer ir ? – Não né, eu só estava brincando. Quero ver o Noah novamente, mas não sei nada dele. – eu disse cabisbaixa. – Eu tenho o numero do Ben! Quer que eu ligue perguntando onde o Noah mora? – disse a Maddie contente. – Será? Não vai parecer que to desesperada?- sorri. – Não, você só está apaixonada. – pegou o celular – Não estou apaixonada. – levantei minhas sobrancelhas – Ah Allie, por favor. Quem você quer enganar. A mim? Sua melhor amiga? Nunca. Tá na sua testa isso. E eu conseguiria ver, mesmo sem estar escrito. – disse enquanto procurava o numero do Ben – Não estou. E tenho que pelo menos ter um motivo para procuralo. – pensativa – A blusa!! – gritou – Que blusa? – perguntei ansiosa – A blusa que o Noah te emprestou para você colocar, você me disse

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que não devolveu. – pegou minha bolsa – É mesmo! Eu não devolvi. – sorriso – Aqui está! Você já tem um motivo. Vai dizer que quer devolver a blusa. – sorriso esperto – É por isso que eu te amo Maddeline. – abracei-a pegando a blusa – Eu sei disso. – sorriu. – Achei o número! – gritou – Ele tem um cheiro incrível – eu disse baixinho – Como é? – perguntou a Maddie confusa – Nada não, o que você disse? – tentei disfarçar – Disse que achei o numero. – sorriu – Ótimo! Não acha que está muito tarde para ligar? É segunda, e as pessoas tem aula. – falei triste. – Não mesmo! São 23 horas e nenhum homem dorme a essa hora. Mesmo sendo segunda. E se ele estiver dormindo, acorda. – disse ela, já discando – Mas eu não quero acorda-lo. – falei á medida que tentava pegar o telefone de sua mão – Shhhhh .. Faça silêncio! Esta chamando. – disse ela impaciente. Eu achei que ele não fosse atender, mas, engano meu. Ele atendeu, então pedi para que ela colocasse no viva-voz. – Alô? Ben Evans? – sorriu – Sou eu sim Maddeline. Algum problema? – Não, só quero que me diga uma coisinha.

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– Pergunte. – Onde o Noah mora? Ele esqueceu a blusa com a Allie e ela quer devolver. – Hum.. quer devolver ou quero vê-lo? Percebi um clima entre eles dois. – O que? – arregalei meus olhos novamente A Maddie pediu de novo que eu fizesse silencio. E continuou – Bom, ela só quer entregar a blusa. Não vai dizer onde ele mora? – Upper West Side. É onde ele mora. E eu? Não quer saber onde eu moro? – Bem, você disse que mora no mesmo bairro que ele, então com isso eu já sei onde você mora. – Ahá! – gritou. – Então foi por isso que me ligou? Fingiu que sua amiga queria entregar a blusa, enquanto era você que queria meu endereço? – Não vou te contrariar, mas me diga mais detalhes sobre onde ele mora. – Hum.. é isso mesmo não é? Disse que não queria me contrariar, então estou certo. – Ben, o endereço – disse Maddie impaciente Ele continuou insistindo que ela tinha ligado só pra saber dele. Mas depois de uns minutinhos ele deu o endereço. – Porque não disse que não queria saber dele? – perguntei abismada – Você já tem o que quer. O endereço, agora me deixe dormir. – disse Maddie enquanto deitava novamente em sua cama. – Bom, só espero que não esteja se enganando. E lembre-se, um coração, é capaz de amar dois, com o mesmo sentimento. – deitei

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Ela não me respondeu. Mas sei que isso ficou em sua mente até que conseguisse dormir. Não queria que ela sofresse. Estava enganando a si mesma. Pode muito bem estar gostando do Henry, e do Ben. E era bom que ela se decidisse o quanto antes. Pois quem muito quer, nada tem. Eu não consegui dormir rápido. O Noah não saia da minha cabeça. Me lembrava daqueles olhos lindos, do cabelo perfeito. Eu me perdi em meus pensamentos. Lá vai meu coração de novo me meter em confusões. Eu não sei por que sentia que poderia dar certo. Mas temia me arrepender no futuro. Eu estava com medo, porque não queria que aquilo estivesse acontecendo. Um turbilhão de sentimentos entrou em meu coração em apenas segundos. E a confusão tomou conta de mim, mas de três coisas, eu tinha certeza.

1º Meu coração não queria me dar respostas,

2º Eu provavelmente iria gostar do que estava pro vir e 3º Eu tinha que me conformar. ...

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Estava apaixonada pelo Noah.

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Capitulo Dois O frio pode te trazer lembranças agradáveis.

E

scutei passos, acordei assustada. Olhei para a janela, e já era dia. Tinha dormido sem nem perceber, e com a blusa do Noah do meu lado. A Maddie estava se arrumando, eu ia perguntar onde ela estava indo, mas, me lembrei do piquenique. Logo lembrei também que hoje eu iria à casa do Noah, devolver sua blusa. A Maddie nem me viu acordar, saiu igual uma flecha. Bem rápido. Mas estava linda, com um vestido de Butão preto, meia calça azul, uma boina branca, e um sapatinho de boneca vermelho. Uma mistura de cores, mas ficou bonito. Por mais que estivesse desesperadamente apressada, notava-se que estava feliz. Olhei o relógio, e me espantei. Já eram 10 horas da manhã. Dormi muito tarde, isso justifica a hora que acordei. Lavei meu rosto, e desci. Blair e Lola estavam na escola, Tia Jesse e Tio Chad estavam trabalhando. Maddeline e Henry tinham saído. Pois é, sobrei eu. Sozinha nesta casa imensa. E óbvio, fui direto pra cozinha. A cozinheira estava lá, e tinha muita comida, mas acho que estava preparando o almoço. Ela parecia até muito jovem. Me deu bom dia, eu a respondi.

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Perguntei sua idade, e ela disse que tinha 20, e que trabalha aqui para poder pagar a faculdade de astronomia. Eu sorri, e perguntei seu nome. Lily Thompson. Bonito nome, eu disse. E ela também é muito bonita, muito fofa, cabelos curtíssimos, loiros, quase brancos. Olhos azuis, pele clara. Sentei na mesa, e ela colocou chocolate quente em meu copo. Eu sorri, agradeci, e comi uma torta de chocolate que a propósito, estava deliciosa. Eu comia, mas, só pensava em ir visitar logo o Noah, queria muito ver aqueles olhos e aquele sorriso sapeca novamente. Perguntei para a Lily se ela tinha o número de algum taxi, eu não podia dizer a ninguém onde eu estava indo. Consegui o número, e fui tomar banho. Demorei um pouco, pois, estava pensando no que ia falar para o Noah, eu queria conversar, não queria só entregar a blusa e pronto. Eu queria saber mais dele, queria conhecer ele melhor. Sai do banho, e fui separar minha roupa. Estava nevando e eu precisava de algo bem quente. Então, coloquei um vestidinho rosa clarinho, de manga comprida, luvas brancas, uma meia calça preta, e uma bota cano longo, preta também. Penteei meu cabelo, peguei minha bolsa, coloquei a blusa dentro, e desci. A Lily perguntou onde eu estava indo, mas eu disse que não iria muito longe e sai correndo. Liguei para o taxi, e ele chegou incrivelmente rápido. Entrei, dei o endereço, e ele saiu. Passei o caminho inteiro formulando frases para dizer ao Noah. Eu estava roendo todas as minhas unhas. Demorei um pouco, mas enfim, cheguei. Paguei o taxi, e olhei ao meu redor. Todas aquelas casa eram lindas, um bairro nobre. Olhei a casa dele, e ela não ficava nem um pouco atrás de todas as outras. Fui andando, chegando mais perto, e meu coração foi acelerando. Cheguei até a porta, respirei fundo e toquei a campainha. Felizmente, ele que veio atender a porta. – Nossa! Allie, que surpresa boa. – disse ele com um sorriso enorme. – Você quer entrar? – Não, não! Posso ficar aqui mesmo. – sorriso. Na verdade eu só vim te devolver a blusa. – sem graça entreguei a blusa a ele. – Que isso Allie, pode ficar para você, ou não quer? – perguntou enquanto

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ia para fora e fechava a porta de casa. – Quero sim, mas também quero que fique com ela. – estendi minha mão com a blusa – Tá certo. – disse ele pegando a camisa – É... Então tchau, a gente se vê. – eu disse virando as costas e saindo de perto dele – Allie!! – gritou – Oi.. – virei rapidamente – Veio mesmo aqui só pra me entregar uma blusa? – veio até mim – Sim. – olhei para seus olhos e sorri – Não acredito em você. – sério. – Onde você está passando esses dias? – No Upper East Side – meio sorriso. – Por quê? Ele suspirou e disse. – Agora é que não acredito mesmo. Você saiu do Upper East Side, só pra isso? Não creio que seja verdade. – me encarou – E acha que vim por quê? – perguntei cruzando os braços – Quer saber o que eu acho? – aproximou-se do meu rosto. – Eu acho que você veio até aqui me ver, e como desculpa, disse que queria entregar a blusa. - se distanciou – Por que acha isso? – continuei de braços cruzados – Porque acho que gosta de mim. – sorriu e abaixou a cabeça – Você gosta de mim? – descruzei os braços e olhei séria – Por quê? – levantou as sobrancelhas

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– Porque se você não gostar de mim, também não irei gostar de você. Seria um amor não correspondido, e eu não gosto disso. – disse fazendo meio bico Ele permaneceu em silêncio, e aquilo já respondia tudo. Ele não gostava de mim, e eu tinha me apressado demais com as coisas. Esqueci que homens odeiam compromisso. E porque ele seria diferente? Suspirei, e dei meia volta. Sai andando novamente. E depois de alguns segundos, sinto uma mão em meu ombro. Era ele. – Então você está sendo correspondida. – virou meu rosto e beijou minha testa Eu sorri, era tanta felicidade que eu não sabia o que dizer. Ele me chamou para sentar em um banco que havia na varanda de sua casa, parecia mais com um balanço. Era comprido, branco, e acolchoado. Eu sentei, e começamos a conversar. – Então você é rico? – perguntei enquanto olhava sua casa por fora – Meus pais são. Eu não. – sorriu – Mas se seus pais são ricos, isso faz você ser automaticamente rico, não? – confusa – Não. Eu não fiz nada para ter esse dinheiro. Quero conquistar eu mesmo meus bens. – sorriu e segurou minha mão. – Mas me fale de você. Quantos anos cinderela? – 16, e você? Por que me chama de cinderela? Não pareço com ela, e nem perdi nada com você. – disse ansiando sua resposta – 18. Porque a cinderela é princesa mais linda de todas, para mim. – acariciou meu rosto – Que vergonha. – abaixei minha cabeça e disse baixo

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– Por que se envergonha de sua beleza? – levantou meu rosto. – Você é tão bonita, parece até uma boneca. Seus olhos são atraentes, sua boca é saliente, e seus cabelos... ah, eu me perderia em teus cachos dourados para sempre. – pegou em meus cabelos – Bom, eu fico lisonjeada, mas, por favor, pare. – envergonhada. – Ah! Entendi. Não gosta de elogios? – sorriu – Na verdade, gosto. Quem não gosta? O problema é que não sei o que falar quando me elogiam, então prefiro não ser elogiada. – sorri – Um “obrigado”. Acho que já seria o bastante. – segurou minha mão – Obrigada. – falei tímida. – você estuda? Porque não está na escola? – disfarcei mudando de assunto – Bom, eu estudo Medicina, mas, estou de férias. – sorriu. – E você? Sei que é nova e que ainda deve estar estudando, mas, pretende fazer faculdade de que? – olhou sério enquanto tirava uma mecha de cabelo dos meus olhos – Nossa, meu pai é medico. Eu pretendo fazer algo relacionado às artes. – sorri – Seu pai é médico? Que legal! E qual o nome dele? – olhou confuso – Hunter McCare. – Hunter McCare? Seu pai é o Dr. McCare? Já ouvi muito falar dele. Ele é chefe do hospital, não é? Mas ele não mora aqui? – olhou desentendido – Sim, para todas as perguntas. Meus pais se separaram quando eu tinha cinco anos, por isso ele mora aqui, e eu no Brooklyn. – enquanto falava, percebi que sua mãe nos olhava da janela, mas, não disse nada. – Sinto muito pelos seus pais. Então, me conte mais sobre isso de querer fazer algo relacionado ás artes. – curioso

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– O que quer saber a respeito? – sorri – Bom, especifique artes - disse ele enquanto colocava sua mão no queixo – Eu gosto de cantar.. – e ele me interrompeu. – Ah! Então você canta? – sorriu. – Desculpe, continue. – Sim, eu canto. Também gosto de desenhos, e sim eu desenho. E toco violão. – sorri esperando que ele falasse algo – Nossa, que menina talentosa. Algum outro talento que eu precise saber? – me olhou contente – Eu também gosto de compor musicas. – olhei para o lado – Minha Nossa! Eu tenho uma namorada de múltiplos talentos. – abraçou-me. – Posso te ouvir cantar? Meu irmão tem um violão, posso pegar? – falou ansioso – Claro que pode! – sorri enquanto soltava minha mão da dele Ele saiu rapidamente, e disse que não demorava. Eu só conseguia pensar em uma coisa. Ele me chamou de “namorada”. Eu estava enganada, ou aquele menino não era desse mundo? Que homem quer se prender desse jeito no segundo encontro? Eu fui novamente às nuvens. Mas voltei quando escutei uma conversa dele com sua mãe. Ela estava na cozinha e parecia furiosa. Falava tão alto que eu escutei a conversa inteirinha. – Trouxe uma garota do Brooklyn para nossa casa? E pelo que eu ouvi, ela é sua namorada?- perguntou sua mãe com os olhos arregalados segurando forte em seu braço – Sim, ela é do Brooklyn, e sim, é minha namorada. – disse ele tirando as mãos dela de seus braços. – E ninguém nunca te disse, Katherine, que escutar a conversa dos outros é feio?- olhou raivoso – Não me chame de Katherine, sou sua mãe. E você me deve explicações.

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Olhe só para você, um moço de família. Com um nome a zelar. – gritou – Fale baixo! Estou na sua frente. Não te devo explicações, sou maior de idade. E não ligo para o nome que você diz ter que zelar. – disse indo em direção á porta – Pra onde vai? Eu não terminei. – disse ela indo atrás dele – Mas eu terminei. – olhou para trás furioso. – Cansei de sempre você se meter em meus relacionamentos. Eu gosto muito da Allie e dessa vez, você não vai estragar isso. – pegou o violão e fechou a porta – Mas ela não é menina para você. Nota-se de longe a classe dessa garota. – abriu a porta – Mãe! Por favor, já não basta o tanto de vergonha que você já me fez passar. – me entregou o violão e disse pra não ligar para o que estava dizendo. – Só quero escolher a pessoa adequada para você, quero sua felicidade meu filho. – acariciou seu rosto – O meu coração vai escolher a pessoa adequada para mim, não você. E ai sim, eu serei feliz. Você poderia, por favor, entrar e parar com essa atitude ridícula? – disse abrindo a porta – Tá certo. Faça o que quiser. – entrando na casa Eu estava abismada com tudo aquilo que eu tinha escutado. Eram realmente ridículas as coisas que a sua mãe estava dizendo. Eu sei que ele era rico, e eu pobre. E que muitas vezes as famílias ricas não aceitam isso. Gostei do jeito que ele se pôs diante daquilo. Mas acho que eu deveria sair dali, para não criar maiores conflitos. – Allie! Allie! – gritou. – Está indo embora por quê? – gritou ao mesmo tempo em que corria atrás de mim e me puxava pelo braço. – Sua mãe não me quer aqui Noah. Não gosto de ficar onde eu não sou

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bem vinda. – cabisbaixa – Não ligue para essa maluca. A casa também é minha, e você é muito bem vinda. Desculpe se ela fez você se sentir mal meu anjo. – segurou meu queixo e levantou minha cabeça. – Mas acho melhor eu ir, para não gerar mais confusões. – sai correndo – Allie! – gritou e veio até mim novamente. – Por favor, fique. – me olhou triste Naquela hora, meu coração se derreteu completamente. Aqueles olhinhos de cachorrinho sem dono, me pedindo pra ficar. Eu queria muito ir embora, mas fiquei. – Cante para mim, o violão está aqui. – me entregou o violão Comecei a tocar e a cantar, muito nervosa. Eu sou tímida para isso, mas queria acabar com minha timidez e só havia um jeito de fazer isso. Cantando. Ele ficou com um sorriso lindo, e isso me inspirou mais. Cantei, Two is Better Than One de Boys Like Girls. A musica é linda, e até parece com nós dois, por isso eu a escolhi.

Eu lembro o que você usou no nosso primeiro encontro Você entrou na minha vida E eu pensei: “Ei, sabe, isso pode dar em alguma coisa” Porque tudo o que você faz e as palavras que você diz Você sabe tudo isso me deixa sem ar E agora eu estou sem nada Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem você Talvez dois seja melhor que um Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida E você já me fez ficar sem graça E estou pensando que dois é melhor que um – Nossa Allie, sua voz é linda e doce. – disse enquanto pegava o violão e

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colocava no canto da parede. – Obrigada. Você é o primeiro garoto que não é da minha família que me ouve cantar. –sorri. – Ah. Que privilégio hein? Espero que não se esqueça de mim quando for famosa. – olhou pra baixo e fez bico. – Acha possível eu esquecer você? – olhei para ele e sorri. – Não sei o que se passa ai dentro. –apontou para meu coração. – Na verdade muitas coisas se passam aqui dentro, mas eu sei o que sinto. – mexi em seus cabelos – E o que você sente? – olhou sério. – Não consigo expor em palavras. – olhei fundo em seus olhos. – Mas sei, que é uma coisa boa. – Que bom, porque eu também estou sentindo muitas coisas boas. – sorriu Logo depois, meu celular começou a tocar. Eu me assustei. Era o Henry. Eu atendi e ele perguntou onde eu estava, que chegou em casa, não me viu e ficou preocupado. Ele disse também que tinha perguntado para Lily onde eu tinha ido, mas ela disse que eu não tinha avisado, e sai com muita pressa. Eu disse que estava na casa de um amigo, mas já estava voltando para casa, e que ele não precisava se preocupar. Desliguei, e me desculpei com o Noah. Mas disse que eu precisava mesmo ir, a conversa estava boa, mas eu não tinha me ligado na hora. Cheguei á sua casa de 11 horas, e já são 13 horas. O tempo corre quando estamos com quem gostamos, mas, se eu não fosse para casa naquele momento iria ter sérios problemas. Eu estava ligando para o taxi, mas o Noah pegou meu telefone e desligou. Disse que ele mesmo fazia questão de me levar em casa. Eu falei que não seria uma boa ideia, mas antes que eu terminasse ele entrou em casa, pegou seu

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casaco e a chave do carro, e foi andando. Ele tinha essa mania de não me escutar. Mas tudo bem. Ele abriu a porta pra mim. Entrei no carro. E fomos conversando coisas bobas como, cor preferida, estação do ano que nós mais gostávamos, e etc. A propósito ele gosta da cor vermelha, e eu da cor rosa, ele gosta do inverno, e eu também. Não temos muitas coisas em comum, mas isso não pareceu ser nenhum problema. Contamos coisas engraçadas pela qual já passamos em nossas vidas. Segredos que nunca contamos a ninguém. Resumindo, ficamos integérrimos, em apenas dois dias. Chegando a casa dos meus tios, eu o convidei para entrar. Mas ele não aceitou, disse que não tinha esquecido quando eu falei que o meu primo era ciumento, e não queria causar problemas para mim. Eu insisti, disse que minha tia é muito legal, e que ela disse que poderia trazer qualquer pessoa, quando quisesse. Ele aceitou meio receoso. Saímos do carro e logo o Henry veio em nossa direção. – Quem é esse dai? – falou olhando com cara feia para o Noah – É meu namorado Noah. – sorri, segurei sua mão e continuei andando. – O que? Namorado? Desde quando? – gritou o Henry – Desde hoje. – olhei para o Noah sorrindo – Mas que atrevimento trazer seu namoradinho de um dia para dentro de casa. – parou em minha frente, furioso. – Atrevimento? Quer que eu fique aqui fora? – sorriso debochado – Allie Granger, está me desafiando? – segurou e apertou meu braço forte – Ei! Solte-a! Você está a machucando. – gritou o Noah tirando a mão do Henry do meu braço – Não toque em mim seu idiota. – disse o Henry empurrando o Noah – Quem você chamou de idiota? – perguntou o Noah furioso – Meninos! Por favor, parem com isso. – falei desesperada, mas, pareciam

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não ter me escutado. – Você é o idiota. Por quê? Algum problema? – Henry se aproxima do Noah – Parem com isso agora! – a Maddie interrompeu. – Estão agindo feito duas crianças. – disse enquanto entrava no meio dos dois. Puxei o Noah, e perguntei se ele estava bem. Pensei que tudo já tinha acabado quando o Noah escuta o Henry o chamando de medroso. Ele se soltou de mim,e foi tirar satisfações. – Acha mesmo que eu tenho medo de você? – Noah aproximou-se do rosto do Henry – Deveria. – disse Henry sorrindo Eu puxei o Noah novamente, e disse que ele tinha que parar com isso para não gerar uma briga feia. Mas os homens parecem ficar surdos quando estão com raiva. Henry escutou Noah dizendo que ele parecia uma “menininha” tentando brigar e foi pra cima dele. Foi tão rápido que nem eu imaginei. Ele estava andando, virou e deu um murro no rosto do Noah. No mesmo segundo, Noah chutou o abdômen do Henry, que caio no chão. Noah foi para acima, e eles começaram a se bater. Foi a cena mais forte que eu já havia presenciado em toda minha vida. Pareciam leões disputando um pedaço de carne. Murros, chutes, como conseguiam fazer aquilo? Eu fiquei desesperada, comecei a gritar o nome das meninas. Blair e Lola desceram correndo para apartar a briga. Eu puxei um braço do Noah a Blair puxou o outro. A Lola e a Maddie seguraram o Henry. E foi no mesmo instante que meus tios chegaram. – Mas o que está acontecendo aqui? –perguntou minha tia enquanto corria para ver o Henry – Vocês dois estavam brigando? – gritou meu tio que já parecia furioso. – E esse menino quem é? – perguntou apontando para o Noah

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– É meu namorado tio. Ele veio conhecer vocês, mas o Henry teve um ataque de ciúmes e foi pra cima dele. – eu disse com uma voz mancinha – Que coisa ridícula Henry! Não sente vergonha de si? – disse minha tia ao mesmo tempo em que olhava os ferimentos de seu rosto – Não! Ela deveria sentir vergonha por trazer um namoradinho de um dia para casa. – disse Henry que parecia estar ainda bravo – Não importa se o namorado é de um dia ou dois. Eles têm que começar, e não iriam começar já com três meses. E ela está certa em leva-lo para casa. Melhor aqui, aos nossos olhos, do que ai fora pelo mundo. – disse o tio Chad que me ajudava a levar o Noah para dentro O Henry permaneceu calado. Mas nunca o vi tão raivoso. Ele estava bravo também porque meus tios defenderam o Noah. Mas eles estavam certos. O Noah tinha ido até lá, com a melhor das intenções e o Henry apronta uma dessas. Mas eu nem quis falar com ele, para tirar satisfações naquela hora. Eu estava muito preocupada com o Noah, ele estava bem mais ferido que o Henry. O deitamos no sofá, e meu tio sugeriu leva-lo ao hospital. Mas ele não quis. Então eu tive uma ideia. Liguei para o meu pai, e por incrível que pareça ele veio. Chegou em mais ou menos 15 minutos. Entrou, examinou o Henry e disse que estava tudo bem. Depois foi para o Noah, mas avisou que tinha sido um pouco mais grave. Por mais que o Henry estivesse com mais cortes, eram pequenos e não eram fundos. Já o Noah estava com mais hematomas. E que seria melhor se ele ficasse aqui repousando, mas recomendou que ele fosse diretamente ao hospital, para tomar os medicamentos que evitariam maiores dores. O Noah continuou insistindo em não ir. Confessou que temia um pouco hospitais. Eu segurei sua mão e disse que eu estaria com ele no hospital e que ele não precisava ficar com medo. Então ele aceitou. Achei fofa aquela confissão dele. Meu tio e meu pai levaram o Noah até o carro, e eu fui logo atrás deles. Eu estava enlouquecendo de preocupação. Primeiro dia com um namorado, para ele ser quase espancado pelo meu próprio primo.

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Isso é que é ser bem recebido! Entrei no carro e o coloquei as pernas do Noah em cima das minhas. Ele estava deitado. Chegando ao hospital, meu pai já havia ligado para reservar um quarto, para que ele não tivesse que ficar esperando. Os paramédicos vieram e colocaram o Noah na maca. Eu não podia entrar até que ele tivesse totalmente examinado. Meu pai não foi o médico que o examinou porque ele estava de folga. Por isso, ficou na sala de espera comigo. – Não sabia que estava em Manhattan princesa. – disse meu pai enquanto me abraçava. – Eu estava com saudades de você. – sorriu e bagunçou meu cabelo. – Bom, eu cheguei ontem pela manhã. Não deu tempo de avisar. – sorri. – Mas deu tempo de arrumar um namorado não é? – olhou sério ao mesmo tempo em que se sentava. – Pai, eu e o Noah nos conhecemos ontem à tarde. E foi paixão a primeira vista. – sentei-me ao seu lado. – Não se engane com isso filha. Mas o rapaz parece ser um garoto bom. – deu dois tapinhas no meu ombro. – E não se preocupe, ele irá ficar bem. Vai passar o natal aqui? – me olhou com olhos esperançosos – Sim, vou ficar aqui até o dia 27. – sorri novamente. – E eu poderia passar o natal com minha filha depois de quase 12 anos? – olhou curioso. – Acho que.. – então fui interrompida. – Acho que sua mãe não iria permitir não é? Entendo. Em seguida os médicos chegaram e disseram que eu já podia vê-lo. Que tinham dado remédio para ele dormir, mas que ele já estava bem e só precisava passar a noite no hospital. Recomendaram que ele ficasse uma semana de cama, e receitaram outros remédios. Também disseram que ligaram para seus pais, e que eles estavam em Vegas mas já estavam a caminho. Sai correndo em direção ao

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quarto em que o Noah se encontrava, e meu pai ficou conversando com o Dr. Kyle Evans, que por conhecidencia era pai do Ben Evans, aquele amigo do Noah. Abri a porta do quarto lentamente, e lá estava ele, dormindo feito um anjo. Cheguei perto, puxei uma cadeira, e me sentei ao seu lado. Segurei sua mão, e fiquei lá, olhando para ele com aquele olhar apaixonado e sincero por uns 15 minutos. Os 15 minutos de silencio mais perfeitos da minha vida. Quem diria hein garoto? Que eu me apaixonaria tão rápido e tão fácil por alguém que jogou um jato de água em mim. Que destruiu minha maquiagem, e ainda estragou meu sapato e meu vestido. Quem iria imaginar que eu teria um namorado em dois dias? Coisa de Deus mesmo né? Quando ele quer, ninguém atrapalha e ninguém impede. É aquela coisa incrível que ficamos nos perguntando como é possível? E eu me pergunto agora. Como Noah? Como isso foi possível? Por que você? E pra você... Por que eu? É tão complexo, tão perfeito. – disse enquanto segurava sua mão forte. Depois parei um pouco de falar, e encostei minha cabeça em seu peito.

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Fechei meus olhos e fiquei pensando. Mas sem querer, adormeci.

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Capitulo Três A neve esconderá as pedras em seu caminho, o que certamente será um problema.

Dessa vez, não foi o sol que me acordou.

Nem a Maddie correndo de um lugar para o outro. E sim os gritos desesperados da mãe do Noah. Ele já tinha acordado, mas ficou me olhando dormir, e alisando meus cabelos. Ela entrou louca no quarto, com duas enfermeiras atrás implorando para que ela fizesse silêncio. Quando ela viu o Noah veio desesperada até ele. Eu levantei assustada. E ela ficou o abraçando, e beijando. – Sra. Dudley, eu acho melhor não o apertar tanto assim, ele ainda sente muita dor. – eu disse receando que ela me engolisse com seu mau humor. – Você de novo? Aposto que foi o motivo do meu filho estar aqui nessa cama de hospital. – disse enquanto abraçava o filho. – Mãe, por favor, a Allie tem razão, ainda sinto muita dor. E ela não teve nada haver

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com isso. – falou baixinho, parecia muito fraco. – Eu duvido. Mas se você diz. Eu tenho que ir trabalhar, não queria te deixar nas mãos dessa coisa, mas... – o Noah a interrompeu. – Eu não estaria em mãos melhores. Pode ir trabalhar, não tente ser a mãe cuidadosa e atenciosa que você nunca foi. – disse o Noah frio. Ela saiu do quarto, esbanjando ódio. Eu voltei a ficar perto dele. As enfermeiras deram o medicamento dele novamente, e disseram que a tarde ele já poderia ir para casa. Eu sorri, e agradeci. Elas saíram e disseram que iriam nos deixar a sós. – Não precisava passar a noite aqui comigo. – sorriu – É claro que precisava, eu dormi em cima de você. Te machuquei? Desculpa, não percebi que havia dormido. – segurei sua mão – Não machucou. Você me fez bem. Não sabe o tamanho da minha alegria quando acordei e te vi dormindo aqui. Vi que você realmente se importa comigo. – falou me abraçando – É claro que eu me importo com você. – sorri – Ah, me esqueci de uma coisa. – ele disse enquanto se levantava e ajoelhava. – Allie Taylor Granger, você aceita namorar comigo? – Noah! Levante-se! Não pode fazer esforços. – olhei assustada e o ajudei a deitar-se na cama novamente. – Me responda. Eu tinha que te fazer o pedido oficial. – disse sorrindo – Eu aceito sim. Mas não precisava disso Don Juan. – dei um beijo em sua testa. – Você precisa descansar e me prometa que não vai fazer esforços novamente? – perguntei levantando meu dedo mindinho. – Me promete que vai me visitar todo dia na minha casa? – levantou o dedo mindinho junto comigo.

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– Prometo. – sorri – Então eu também prometo. – juntou nossos dedos e deu um sorriso enorme Depois as enfermeiras voltaram com a comida dele. Ele fez uma cara muito estranha. Eu disse que iria dar na boca dele, e que seria enfermeira dele por essa semana. Ele disse que adorou a ideia e abriu a boca. Eu dei a primeira colher, fazendo aviãosinho. E ele fez uma careta muito engraçada. – O que foi Noah? Está muito quente? – pergunte preocupada e querendo rir – Quem dera que esse fosse o problema. Isso é horrível! Como podem chamar isto de sopa? Eu tenho mesmo que comer? – perguntou – Tem sim, para você ficar forte. – sorri e dei outra colher – Eca! Então me vê um Bigmac, vou ficar bem forte. – gargalhou – Engraçadinho! Coma e não reclame. – sorri – Sim, mamãe! – risonho Rimos muito, e ele fez muitas outras piadinhas com a sopa. Eu estava tentando não me iludir, mas cá entre nós. Era um pouco impossível. Ele me trata super bem, me compara a uma princesa, me elogia, diz coisas lindas. Como não se iludir? Eu tentei, mas quando vi, já estava completamente dependente desse amor. E sim, já era amor. Ele comeu a sopa inteirinha, reclamando muito, mas comeu. Depois o seu pai veio para busca-lo então eu fui com eles até a sua casa. – Ah! Então é essa a garota do Brooklyn que sua mãe tanto reclama? – risos. – Desculpa a falta de educação da minha esposa. Mas com todo respeito, você é muito bonita. Meu filho é sortudo demais. – apertou minha

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mão. – Muito prazer viu, meu nome é Phill Dudley. – O prazer é todo meu Sr. Dudley. – sorri envergonhada. – Meu nome é Allie Granger. – Bonito nome Allie. – disse a medida que me ajudava a colocar o Noah dentro do carro – Obrigada. – sorri e entrei no carro. – Ficará em nossa casa essa semana? – perguntou sorrindo . – Você pode ficar Allie? – perguntou o Noah, empolgado. – Na verdade não posso. Seria estranho passar a semana em sua casa Noah, meus tios não iriam gostar. Até porque minha mãe irá ligar para a casa deles, e ficará muito irritada quando souber que isso tudo aconteceu e eu não contei nada a para ela. Desculpe, mas prefiro ir toda manhã para sua casa, e voltar à noite. – Mas isso ficará cansativo para você. – disse o Sr. Dudley. – Não, não. Eu ficaria honrada eu cuidar do Noah todo dia. – sorriso meigo – Sei disso. Mas o problema é você ter que ficar indo, e voltando todos os dias. – disse o Noah que parecia triste com minha resposta. Eu disse a eles que iria ligar para minha tia, e que se ela deixasse, eu iria sem problemas. Eu liguei e como eu disse, ela não permitiu. Mas disse que a Lola iria viajar para Orlando com a escola, e que o quarto dela estaria vago essa semana, e se o Noah quisesse poderia ficar lá esse tempo. Assim eu poderia cuidar dele, sem me cansar. Eu disse tudo isso para o Noah e para seu pai, que pareceu concordar. Mas tinha um problema, a Sra. Dudley, ela não iria permitir que o Noah passasse a semana na casa dos meus tios. Mas o Noah insistiu e o seu pai deixou. E disse que iria falar para sua mãe que ele iria ficar na casa do Ben, mas que ficaria triste em ter que mentir. Fomos até

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a farmácia, compramos os medicamentos receitados pelo Dr.Evans, passamos também pela casa do Noah para pegar algumas roupas. E depois fomos para a casa dos meus tios. O pai do Noah, disse que era pra eu cuidar bem do filho dele. E é claro que eu ia cuidar. Quem fazia faculdade de medicina era ele, mas a médica seria eu. Chegando á casa, via-se que a minha tia já estava lá na frente para nos receber. Não sei por que ela não foi trabalhar, mas deveria ser o dia de folga. Ela é dona de uma das revistas mais famosas de NY, a revista Fearless para adolescentes. Ela me ajudou a tirar o Noah do carro, e enquanto nós andávamos até a casa, ela ficou conversando com o Sr.Dudley. A casa poderia ser mais perto. Para não andarmos tanto. Mas logo na frente, há um jardim enorme, e lindo, com a grama verdinha e bem cortada. Do lado esquerdo do jardim, uma fonte com um anjinho cuspindo água, e do lado direito, outra fonte, com um golfinho. No meio do jardim, há uma passarela de pedras cinza. Incrivelmente linda! Andamos até a varanda da casa, então sentei o Noah em uma cadeira branca com flores rosa ao redor. Esperei que minha tia terminasse de conversar com o Sr.Dudley, para que entrássemos. Ela percebeu que estávamos a esperando, então parou de conversar. O pai do Noah foi embora, e ela ficou ali parada acenando com a mão. Enfim, ela veio. Disse que o Noah seria muito bem tratado, e que já tinha conversado com o Henry, que a propósito, tinha ido ao shopping com a Maddeline. E que parece que eles estão se dando muito bem. Ele concordou em não fazer confusões. Mas também disse que não iria ser seu amigo. Menos mal né. Entramos e eu levei o Noah até o quarto da Lola. – Nossa, estou me sentindo uma menina, quanta coisa rosa neste quarto. – disse o Noah rindo enquanto olhava as bonecas da Lola – Pois é, é realmente muito rosa. Mas acho lindo, e fofo. – sorri colocando ele na cama – Eu tenho uma sorte viu. – olhou para mim estranho – Por quê? Por que está num quarto rosa? – gargalhei à medida que ajeitada seu travesseiro

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– Não, mas fico honrado por estar neste quarto. –sorriso irônico – Na verdade tenho sorte por ter uma enfermeira tão linda e sexy. – continuou sorrindo – Noah, o que eu te disse sobre elogios? – olhei embaraçada – Ah! Tinha esquecido. Desculpe madame. – virou o rosto para a janela – Bonita a vista não é? – sorri andando até a janela – É sim, muito bonita, me lembra de você. – me olhou. – linda, e meiga. – Noah... os elogios .. – voltei a ficar perto dele – Desculpe. Mas é difícil não te elogiar, menina chata. – sorriu e mandou um beijo. – Não acha isso tudo muito estranho? - olhei abismada – O que? – sorriu – Isso de nós dois. Fazem apenas três dias que nos conhecemos e você já é meu namorado e esta na casa da minha tia. – disse rapidamente com um ar de agonia – Isso te incomoda? A rapidez desses acontecimentos? – olhou-me preocupado – Não, não! É que eu só acho... estranho. – meio sorriso – Você está bem? – levantou-se e acariciou meu rosto – Só não quero ser iludida. – tirei sua mãe de meu rosto e levantei. – Sabe Noah, parece até mentira isso que está acontecendo comigo. Parece até um livro. Um filme. Eu estou preocupada com meu coração, porque ele já esteve em mãos erradas, não quero entrega-lo pra você e depois me arrepender. – fui até a prateleira que fica ao lado da cama, e peguei uma boneca.

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– Acha que se me entregar seu coração, estará fazendo errado? – aumentou o tom de sua voz, e sentou-se. – Vai saber... Mas tenho medo. – encarei-o – Eu te entreguei meu coração. E não estou com medo de me arrepender. – franziu as sobrancelhas. – Não confia em mim Allie? – me olhou triste – Para uma garota de coração partido, é difícil confiar. – sentei-me ao seu lado – Então porque não esquece o que fizeram com seu coração no passado, e começa a pensar em tudo de bom que eu posso fazer com seu coração no presente. – sorriu e deitou-se – É... Eu posso tentar. – sorri e deitei ao seu lado. – Você tem algum tipo de desejo? –Hã? Por que essa pergunta de repente? – Quero saber mais sobre você. Não vai me responder? – Ah! Qualquer desejo? – perguntei – Sim. – Eu sempre quis dançar na chuva. – sorri – Dançar na chuva? Por quê. – confuso – Porque eu gosto da chuva, e eu iria me sentir livre dançando. – risos No mesmo instante minha mãe me ligou. Disse que estava chateada comigo, pois, não tinha contado nada para ela. Mas que entendeu que eu não tive tempo para pensar em ligar para ninguém. E que também estava chateada, pois, havia pedido para que eu não visitasse meu pai, e eu o vi. Acho muito ruim minha mãe não me deixar vê-lo. É meu pai,

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tenho direito de querer estar perto dele também. Mas ela não entende. Discutimos um pouco sobre isso. Mas, depois ela quis saber do Noah. Fez um interrogatório. – Me conte desse rapaz. Qual o seu nome? Quantos anos? Como isso aconteceu? Deu tempo? Vocês já se conheciam? Onde ele mora? Ele estuda? Como ele é? Te trata bem? É grosso? Ou... – então eu interrompi – Mãe... Por favor, uma pergunta de cada vez. Que coisa! – falei impaciente. - O seu nome é Noah Callum Dudley, 18 anos. Tudo isso aconteceu á dois dias no Central Park, quando ele molhou meu vestido e eu tive que ir até a casa de sua tia, pegar outra roupa. Mas não diga isso á Tia Jesse. Ele mora no Upper West Side, e estuda medicina na NYU (Universidade de Nova Iorque). Ele é mais alto que eu, e deve ter 1,80. É forte, e tem cara de intelectual. Tem os cabelos mais pretos que já vi em toda minha vida, e olhos verde mel. E me trata muito bem. – Nossa. Então ele deve ser muito bonito. E faz medicina, não sou muito fã de médicos. – sorriso irônico – Muito engraçada. Mas tenho que desligar, eu sou enfermeira dele por uma semana, e não posso deixar meu paciente para ficar batendo papo. – disse enquanto sorria para ele – Enfermeira? Paciente? Essa parte a Blair não contou. – falou com um tom de preocupação. – Aha! Então foi a Blair que contou para você, já deveria ter desconfiado. Depois eu lhe conto detalhes, mas agora tenho mesmo que desligar. – Tá certo, cuide-se. Beijos, amo você. – barulhos de beijos – Também te amo mãe. – desligo o telefone Bom, acho que a Blair contou para minha mãe no intuito de me encrencar. Mas mal sabe ela que fazia tempos que minha mãe insistia para que eu tivesse um namorado. Ela falava que eu estava muito chata, e isso era falta de amor. Se fosse isso, ela deveria voltar com

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meu pai. Eu nunca a respondia, quando esse era o assunto. Não queria namorado nenhum. Mas acho que meu destino foi invertido. Já estava na hora do Noah tomar o remédio. Então eu desci e fui buscar água. Logo quando estava descendo as escadas, a campainha tocou. A Blair desceu correndo e disse que ela iria atender. Eu não liguei, imaginava que seria alguma amiga dela. Fui à cozinha pegar um copo d’água, mas não encontrei nenhum copo limpo. Procurei a Lily, e perguntei o que tinha acontecido com os copos. Ela me respondeu dizendo que uma vez por semana ela tira todos os copos para esterilizar. Achei meio estranho porque eu nunca vi ninguém fazer isso, mas, não contrariei. Perguntei se ela poderia arrumar um copo para mim, e ela mandou que eu sentasse que ela iria procurar um limpo. Fiquei uns cinco minutos esperando. Enfim ela chegou, com o copo e já estava com água. Eu agradeci, e subi. Quando cheguei perto da porta do quarto, escutei vozes, pensei que o Noah estava ficando louco por estar falando sozinho. Mas, não estava, pois logo percebi que a voz era de alguma menina. A Blair estava passando, e perguntei se alguém havia entrado aqui, e quem era a pessoa que tinha tocado a campainha. Violeta Martinez, ex-namorada do Noah. Ficou sabendo que ele tinha se machucado, e veio até aqui visita-lo. Muito interessante. Abri a porta do quarto devagar e fiquei escutando o que eles estavam falando. – Fiquei sabendo que você teve uma briga com o Henry Stewart, e que você saiu muito machucado. – disse ela enquanto passava a mão na testa do Noah – Pois é, mas ele também ficou machucado. – falou convencido – Eu sei, eu sei. Conheço seus músculos, sei que você é forte, e que ele deve ter ficado muito machucado também. – sentou-se ao seu lado alisando seus braços. – Estava com saudade de você bebê, faz tempo que a gente não se vê. – disse ao mesmo tempo em que chegava perto do rosto do Noah. Nessa mesma hora, eu entrei no quarto. Disse que ele precisava tomar o remédio, e descansar.

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– Mas quem é você? – disse Violeta irritada. – Isso são modos de entrar no quarto alheio? – Meu nome é Allie Granger, e este quarto é da minha prima. Algum problema? – cheguei perto dela – Sim, eu gostaria de conversar a sós com meu namorado. Seria possível? – andou até a porta fazendo sinal para que eu saísse. – Seu namorado? – olhei furiosa para o Noah. – Não, não. Sou ex-namorado. – disse o Noah olhando para mim. – Ex? Mas você acabou de falar que me ama! – disse Violeta com olhar esperto. – Você disse que ama ela? – parei e olhei com os olhos cheios de lagrima. – Não, é claro que eu não disse isso Allie, ela está mentindo! – levantou-se da cama e veio rápido até mim. – Não estou mentindo Noah, pare de fazer teatro. – abraçou o Noah. – Ele até disse que preferia estar em minha casa. – olhar maldoso – Eu já ouvi demais! – sai e fechei a porta e sentei-me na escada – Allie! Allie! Volte. – gritou. – Por que mentiu? Não disse que te amo, nem que queria estar na sua casa! – nervoso – Ah! É simples, porque não quero concorrência, porque eu te amo, e queria que estivesse em minha casa. – sorriu – Como você consegue mentir desse jeito? Não viu que você a magoou? – abriu a porta – Na verdade Noah... Você a magoou! – olhar malicioso – Meu Deus! O que você fez? – correu até mim. – Allie, você esta

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chorando? – sentou do meu lado enquanto virava meu rosto para que ele pudesse vê-lo. – Você mentiu pra mim! Era isso que eu tanto temia. – eu disse chorando – Não menti! A Violeta é obsecada por mim desde a época da escola, nós terminamos há um ano. Mas ela ainda corre atrás de mim. Não sinto nada por ela, por favor, acredite. – enxugou minhas lagrimas. – Como posso ter certeza disso? – suspirei – Porque eu te entreguei meu coração. – sorriu e beijou minha testa. – Ainda não me deu o remédio. – Ah Meu Deus! Eu esqueci completamente. E você tinha que estar deitado. – levantei depressa. – Não se preocupe. As dores estão diminuindo. – sorriu e levantou – Nossa, mas que cena linda de filme! – disse Maddeline que parecia ter visto tudo. – Já pensaram em escrever um livro? – sorriu. – E essa biscate, quem é? – olhou para a Violeta – Quem você ousa chamar de biscate? – disse Violeta espantada – Garota, me poupe dos diálogos. – Maddie sorriu ironicamente – Ex-namorada do Noah, veio aqui vê-lo. – olhei para baixo – Mas já esta de saída não é amiga? – disse Maddie com olhar sarcástico enquanto acenava para que a Violeta saísse – Eu já estava saindo mesmo. – olhou esnobe. – Mas que fique bem claro Allie Granger, o jogo está só começando. – me olhou irritada, desceu as escadas correndo, e saiu. Levei o Noah novamente até o quarto. Eu considerei tudo aquilo que eu tinha ouvido, disse a ele que iria conseguir esquecer. Eu vi

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que a Violeta não pareceu muito confiável, logo quando ela falou que o jogo estava só começando. Não entendi muito, mas pelo que o Noah me falou a respeito dela, ela é uma pessoa vingativa, e vai fazer de tudo para que nós não fiquemos juntos. Eu não estava muito preocupada com isso, estava muito cansada, e queria dormir, mas eu queria que o Noah dormisse primeiro, por se ele precisasse de algo eu ainda estaria acordada. Mas ele insistiu que eu fosse dormir, e que qualquer coisa ele me chamava. Concordei, até porque meus olhos estavam vermelhos, e quase fechavam automaticamente. Beijei sua testa, desliguei a luz do quarto e sai. Entrando no quarto, a Maddie avançou em cima de mim, perguntando sobre a Violeta. – Allie, se eu fosse você teria jogado aquela garota da escada. – Maddie disse me olhando desentendida. – Não gosto de brigas, e ela não me ofendeu, nem disse nada comigo. Só falou coisas que iriam comprometer o meu relacionamento com o Noah. – sentei no puff preto que tinha ao lado da minha cama. – Mesmo assim. Você tem que se preparar para o jogo. – sentou na cama mexendo em seu celular. – Que jogo? – olhei assustada – Ela disse que o jogo só estava começando não foi? Então você tem que estar prepara para jogar. –sorriso esperto. – Mas eu não quero jogar! E agora preciso dormir. – deite-me e fechei meus olhos. – Tudo bem, você que sabe. – continuou mexendo no celular. Bom, como eu estava muito cansada, não demorei muito tempo para dormir. Mas eu estava preocupada. Essa Violeta Martinez aparece de repente, pondo em risco o meu relacionamento com o Noah. Diz que é namorada dele, depois fala de jogo. Eu fiquei confusa. Percebi que ela não era flor que se cheire, mas, mesmo assim...

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... meu coração apertou.

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