Escuridão Iluminada by Lauro Andrade

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ESCURIDÃO

ILUMINADA

LAURO ANDRADE



EXCURIDÃO ILUMINADA As viagens de Lauro Andrade pelo mundo têm um propósito singular. Elas são autobiográficas. Constituem uma maneira de ganhar perspectivas valiosas na jornada pessoal pela vida. Andrade não documenta suas viagens de maneira tradicional. Ele emprega a fotografia como uma ferramenta para coletar dados na forma de imagens, tanto de pessoas quanto de lugares, matéria-prima na criação de metáforas visuais complexas que representam as situações em que ele se encontrou durante suas viagens. Tais viagens são, simultaneamente, espelhos e janelas: trazem clareza e profundidade aos seus pensamentos, sentimentos e perspectivas sobre o lugar que ocupa no universo. Em virtude disso, imagens de pessoas e lugares nesta exposição refletem compreensões acerca de uma realidade existencial particular, uma dinâmica de interações imprevisíveis em constante evolução. Ilustram a importância da visão periférica e a interferência desta na compreensão de sua própria vida e das dos outros. Andrade percebe que existe, invariavelmente, uma miríade de eventos adjacentes e sensações que transcorrem ininterruptamente à nossa volta – a maioria, mal percebemos, e mesmo quando o fazemos, atribuímos pouca importância. Ele, no entanto, parece ter olhos atrás da cabeça ao reunir fragmentos e detalhes de sua visão periférica, priorizando-os ao compor uma visão panorâmica de sensações e pensamentos reflexivos sobre suas experiências. O processo criativo de Andrade envolve a desconstrução, reestruturação, repetição e reconstrução de imagens compostas de fragmentos de fotografias entrelaçadas com elementos gráficos arrojados sem textura. O assunto documentado é removido de seu contexto original, sintetiza as experiências à essência e, desse modo, interfere em nossa capacidade de percebê-las claramente. Tal re-contextualização das situações, bem como as experiências pessoais que provocaram, reformula a informação original conceitual e esteticamente, e promove uma perspectiva mais ampla sobre a situação específica que está sendo descrita. O resultado é uma forma dúbia de realismo semi-abstrato, com nuances impressionistas ambíguas. A magia de Andrade é encontrada em sua capacidade de identificar e revelar significados simbólicos onde a maioria de nós não percebe nada de aparente importância. As justaposições resultantes da democratização de sensações e eventos que ele propõe expressam eloquentemente a ambivalência nascida do uso da interferência como metáfora para os eventos inesperados que constantemente animam nossas vidas das formas mais improváveis e íntimas – ambiguidade que é tão concretamente produtiva quanto fugaz e intangível. A vida certamente não é uma narrativa linear para Lauro Andrade. Scott MacLeay, Curador / Diretor de Arte



EXCURIDÃO ILUMINADA é uma exposição fotográfica composta por entre 25 e 40 obras (dependendo do tamanho do espaço expositivo), empregando dois tipos de suportes nos seguintes tamanhos: • banners (canvas Canson polycotton) suspensos: 112 cm x 152 cm / 112 cm x 164 cm / 112 cm x 180 cm • imagens em papel de algodão (Canson Edition Etching) emoldurado e laminado sobre ACM: 70 cm x 125 cm / 70 cm x 151 cm / 40 x 200 cm Todas as obras são impressas e emolduradas pelas normas internacionais dos museus. A exposição é disponibilizada pronta para montagem, sem nenhum custo para a instituição / galeria / museu. A montagem requer de 3 a 4 dias, dependendo da natureza do espaço expositivo e do número de obras a serem exibidas.



UMA ENTREVISTA COM LAURO ANDRADE antes da abertura de sua exposição ESCURIDÃO ILUMINADA no Instituto Internacional Juarez Machado em novembro de 2019: https://vimeo.com/362383162



Uma Seleção de Obras da exposição atualmente no Instituto Internacional Juarez Machado (Joinville, SC) e proposta para a próxima exposição na Galeria de Arte Zuleika Bisacchi em abril / maio de 2019.





































BIOGRAFIAS



LAURO ANDRADE A minha paixão pela arte teve inicio quando criança e desde 1970, participo de exposições individuais e coletivas que foi fundamental importância para a introdução da Arte Contemporânea no Paraná, estado que nasci no final da segunda guerra mundial e aqui no Brasil, fim do Estado Novo, mudança da capital federal para Brasília, que traz uma nova visão de arquitetura e urbanismo. Surge a geração do rock, acontece o Festival de Woodstock e explode a contracultura, que vem quebrando comportamentos e conceitos nessa globalização e neste estado moro até hoje. Através de uma autoanálise fria e crua, faço parte de uma geração destruída, fragilizada com a quebra de tabus. Meu trabalho é pela ousadia, pelo inusitado e por vezes polêmico, segundo Paulo Reis no seu livro “Arte de Vanguarda no Brasil” e “O corpo na cidade - performance em Curitiba”, sou um dos pioneiros no Paraná. Quando me aposentei como Arquiteto, foquei como um artista visual contemporâneo. Trabalho com a imagens como suporte a fotografia e continuo nessa investigação pessoal, através de participações em festivais e viagens exploratórias. Com todas essas mudanças, vejo nas minhas imagens fragmentadas, com um novo processo de compor esse mosaico social, criando novos ambientes das cenas imagéticas com cortes, interferências e quebra de regras da fotografia, crio uma narrativa poética dos fragmentos. Seu trabalho tem sido integrado em diversas exposições. Em 2010, obras pertencentes ao Acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, em Curitiba/PR, foram mostradas na exposição “O Estado da Arte”, no Museu Oscar Niemayer. Em 2014, participou de duas exposições em Florianópolis/SC: Scott MacLeay e Convidados: O Caminho para Florianópolis, no Espaço Lindolf Bell, CIC; e Perspectivas, na Helena Fretta Galeria de Arte. Seu livro “Viva A Vida” (2018 Creative Process), um olhar inovador muito pessoal para os países e culturas que ele visitou, foi lançado no Festival Foto de Tiradentes em março de 2019 e em Florianópolis, durante a exposição coletiva 3x3=1 em que participou na Galeria Pedras em abril de 2019. Sua grande exposição individual “Escuridão Iluminada“, baseado em imagens do livro, foi inaugurada no Instituto Internacional Juarez Machado em Joinville em novembro de 2019 e encerra em março de 2020. Seu novo livro de autorretratos “EU” (2020 Creative Process) será lançado no Festival Foto de Tiradentes em março de 2020. Website:

www.lauroandrade.com

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Biografia

completa:

http://www.lauroandrade.com/page-cv



R. SCOTT MACLEAY Scott MacLeay é Mestre em economia pela London School of Economics e deixou seus estudos de doutorado para seguir carreira em fotografia em Vancouver, especializando-se em fotografia de moda e retrato editorial. Em 1979 mudou-se para Paris com o objetivo de se dedicar integralmente ao seu trabalho autoral, representado em Paris pela Galérie Créatis e em Nova York pela Marcuse Pfeifer Gallery. Exibiu amplamente em galerias e museus nacionais na América do Norte, Europa e Japão e suas imagens estão presentes em inúmeras coleções privadas e de museus. A sua paleta de cores única e a abordagem bidimensional minimalista do meio lhe renderam reputação como um dos fotógrafos mais inovadores de sua geração. Mais conhecido por seu trabalho em quatro cores, ele também experimentou amplamente as técnicas dicromáticas, pesquisas que levaram à criação da série PRIMATES, uma parte da qual foi destaque na histórica exposição de 1988, Splendeurs et Misères du Corps no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris. Na década de 1980, foi nomeado Diretor do prestigiado Center for Media Art and Photography (CMAP), integrante do vanguardista American Center em Paris, onde se dedicou a produzir projetos audiovisuais e desenvolver inovadores programas pedagógicos para jovens artistas. Em 1987, fundou o MMAP (Music, Media Art, Photography) em Paris para continuar o trabalho realizado no CMAP e expandiu suas atividades para incluir consultoria em projetos audiovisuais de grande escala na França e na China. Deixou o trabalho fotográfico analógico em 1988 e passou a compor música contemporânea para video-arte, cinema expandido/intermidiático e dança contemporânea, bem como para seu grupo de pesquisa musical Private Circus, atividade que despertou seu interesse em imagens digitais e tecnologias on-line. O grupo gravou dois CDs do trabalho de MacLeay: Les Petites Foules, uma ópera contemporânea e La Moitié de L’Histoire, uma compilação de obras composta para dança contemporânea. Desde que se mudou para o Brasil em 2010, divide seu tempo entre criações de novas mídias, composição musical para instalações e exposições, exploração de interatividade on-line e na realização e curadoria de exposições de jovens artistas brasileiros de novas mídias. Em 2011, fundou The Creative Process, um movimento dedicado ao desenvolvimento de novos meios de comunicação e trabalho interativo no sul do Brasil. É autor do livro de ensaios Pensar, Sentir e Ver: Percepção e Processo em Fotografia (2015 Editora Photos) e do fotolivro Quadrichromie (2018 Creative Process). Desde 2017, ele se concentra em projetos que envolvem o desenvolvimento de temas interativos e não lineares. Website:

www.scottmacleay.com

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Biografia

completa:

https://en.wikipedia.org/wiki/Scott_MacLeay


CONTATO Lauro Andrade lauroandrade@gmail.com (41) 99972 2058

©2019 Lauro Andrade - todos os direitos reservados


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