Catรกlogo da Cultura da Soja Nยบ 1 | 2017
1
íNDICE 5 7 9 11 13 15 23 49 81 83 85 95 99 100
Introdução Palavra do CEO Institucional Linha do Tempo: de Biológicos para Biopotentes Certificações Histórico da Cultura Sobre a Planta Principais Pragas e Doenças Portfólio de Biopotentes Manejo Inteligente Biopotente (MIB) Resultados de Campo Resultados de Pesquisa Resultados de Clientes Referências Bibliográficas
3
Cultura da Soja: pequenos grĂŁos, grandes resultados.
4
A
A cultura da soja tem destaque no cenário agrícola brasileiro, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais. A produtividade na cultura é resultado da interação entre o potencial genético e as condições ambientais durante o período de cultivo. Quando falamos sobre a Cultura da Soja, sabemos que pragas, plantas daninhas e doenças como a ferrugem asiática e antracnose podem comprometer a produtividade da sua lavoura. Por isso é muito importante a realização de um manejo completo, com soluções inovadoras e sustentáveis. Uma pessoa despreparada que iniciar o plantio da soja pode sofrer prejuízos altos. Dentro deste contexto, esta publicação tem como objetivo mostrar diversos detalhes e passos que precisam ser seguidos para fazer o grão se desenvolver corretamente e em boa proporção. Saiba como plantar e aproveitar todo o potencial da soja. Fonte: www.pioneersementes.com.br/blog/46/estimando-a-produtividade-na-cultura-da-soja
5
PALAVRA DO CEO
6
Ser referência no mercado: tá na nossa natureza.
S
“Se somos hoje uma multinacional é porque sempre acreditamos no controle biológico, investimos em pesquisa, tecnologia, capital humano, processos e implementamos uma nova classe de produtos: nossos Biopotentes. Temos orgulho em dizer que evoluímos o mercado de biológicos.”
Fernando Urban
CEO Laboratório Farroupilha Lallemand
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INSTITUCIONAL
8
MAIS QUE BIOLÓGICOS, BIOPOTENTES.
Há anos alimentando o crescimento de grandes negócios.
O
O Laboratório Farroupilha Lallemand – unidade de negócio da divisão Plant Care do Grupo Lallemand, está há 11 anos no mercado de controle biológico de pragas e doenças agrícolas, através do desenvolvimento e comercialização de uma classe superior de biológicos: os Biopotentes. Seu portfólio conta atualmente com biofungicidas, bioinseticidas, nematicidas, inoculantes e promotores de crescimento. Essa evolução Biopotente tem gerado resultados de produtividade, lucratividade e sustentabilidade para produtores rurais do mundo todo, bem como a sociedade que se beneficia cotidianamente no consumo de alimentos mais saudáveis. Um manejo eficiente e eficaz, capaz de preservar os inimigos naturais da lavoura, gerar mais segurança aos trabalhadores rurais e proteção ao meio ambiente.
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LINHA DO TEMPO: DE BIOLÓGICOS PARA BIOPOTENTES
10
2006 2011
Registro do Quality (primeiro fungicida biológico registrado pelo MAPA).
2012
Ampliação da fábrica.
20 14
Incorporação e intercâmbio de tecnologias.
20 1 5
Incremento na produção - padrão de qualidade Farroupilha.
20 1 6
Laboratório Farroupilha adquirido pela multinacional canadense Lallemand.
20 1 7
Uma história de inovação e produtividade.
Fundação do Laboratório Farroupilha.
11 Biopotentes registrados pelo MAPA.
11
CERTIFICAÇÃO IMO CONTROL
12
Quando a qualidade é cultivada as conquistas brotam naturalmente.
Q
Qualidade Biopotente reconhecida e aprovada pelo IMOControl. O Laboratório Farroupilha Lallemand mais um vez recebe o certificado de qualidade do IMO-Control Brasil, empresa associada ao Grupo IMO Internacional, líder e pioneiro na certificação de produtos orgânicos e sustentáveis. O certificado é resultado do rigoroso controle de qualidade em todas as etapas de produção dos Biopotentes Farroupilha Lallemand, e o seu uso aprovado para agricultura orgânica comprova um cuidado que vai desde o campo até a mesa de forma sustentável, cuidando do ambiente, equilibrando o solo, assegurando mais produtividade às plantas e nutrição aos alimentos, além de proporcionar qualidade de vida e um futuro mais saudável para todas as gerações.
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HISTÓRICO DA CULTURA
A soja e suas raízes.
A
A soja (Glycine max (L) Merrill) que hoje cultivamos é muito diferente dos seus ancestrais, que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Yangtse, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. Sua importância na dieta alimentar da antiga civilização chinesa era tal, que a soja, juntamente com o trigo, arroz e centeio, era considerada um grão sagrado, com direito a cerimoniais ritualísticos na época do plantio e da colheita.
anos 60, enquanto a área cultivada para a produção de grãos crescia de forma exponencial, não apenas nos EUA, como também no resto do mundo.
Apesar de conhecida e explorada no Oriente há mais de cinco mil anos, sendo uma das mais antigas plantas cultivadas do Planeta, o Ocidente ignorou o seu cultivo até a segunda década do século vinte, quando os Estados Unidos (EUA) iniciaram sua exploração comercial, primeiro como forrageira e, posteriormente, como grãos. Em 1940, no auge do seu cultivo como forrageira, foram plantados, nesse país, cerca de dois milhões de hectares com tal propósito. A partir de 1941, a área cultivada para grãos superou a cultivada para forragem, cujo plantio declinou rapidamente, até desaparecer em meados dos
A soja chegou ao Brasil via Estados Unidos, em 1882. Gustavo Dutra, então professor da Escola de Agronomia da Bahia, realizou os primeiros estudos de avaliação de cultivares introduzidas daquele país.
Em 2001/2002, segundo dados do USDA, o Brasil figurava como o segundo produtor mundial, responsável por 23,5 das 184 milhões de toneladas produzidas em nível global ou 23,6% da safra mundo. Já em 2016/2017, segundo a Conab, o Brasil alcançou 33,7 milhões de hectares, com uma produção recorde de 105,5 milhões de toneladas, ratificando-o como o segundo maior produtor de soja do mundo.
Em 1891, testes de adaptação de cultivares semelhantes aos conduzidos por Dutra na Bahia, foram realizados no Instituto Agronômico de Campinas, Estado de São Paulo (SP). Igual que nos EUA, nessa época a soja era estudada mais como uma cultura forrageira, do que como planta produtora de grãos para a indústria de 15
farelos e óleos vegetais. Eventualmente também produzindo grãos para consumo de animais em nível da propriedade. Em 1900 e 1901, o Instituto Agronômico de Campinas, SP, promoveu a primeira distribuição de sementes de soja para produtores paulistas e para essa mesma data tem-se registros do primeiro plantio de soja no Rio Grande do Sul (RS), onde a cultura encontrou efetivas condições para se desenvolver e expandir, dadas as semelhanças climáticas do ecossistema de origem dos materiais genéticos (EUA), com as condições climáticas predominantes no RS. Com o estabelecimento do programa oficial de incentivo à triticultura nacional em meados dos anos 50, a cultura da soja foi igualmente incentivada, por ser, desde o ponto de vista técnico (leguminosa sucedendo gramínea), quanto econômico (melhor aproveitamento das máquinas, implementos, infraestrutura e mão de obra), a melhor alternativa de verão para suceder o trigo plantado no inverno.
16
De grão em grão, colhendo grandes resultados.
O
O primeiro registro de plantio de soja no Brasil data de 1914, no município de Santa Rosa, RS. Mas foi somente a partir dos anos 40 que ela adquiriu alguma importância econômica, merecendo o primeiro registro estatístico nacional em 1941, no Anuário Agrícola do RS (área cultivada de 640 ha, produção de 450 ton. e rendimento de 700 kg/ha). Nesse mesmo ano instalou-se em Santa RosaRS, a primeira indústria processadora de soja do País e, em 1949, com produção de 25.000 ton., o Brasil figurou pela primeira vez como produtor de soja nas estatísticas internacionais. Mas é a partir da década de 1960, impulsionada pela política de subsídios ao trigo, visando sua autossuficiência nacional, que a soja se estabeleceu como cultura economicamente importante para o Brasil. Nessa década, a sua produção multiplicou-se por cinco (passou de 206 mil toneladas em 1960 para 1,056 milhão de toneladas em 1969), sendo que 98% desse volume era produzido nos três estados da Região Sul, onde prevalecia a dobradinha: trigo no inverno e soja no verão.
Apesar do significativo crescimento da produção no correr dos anos 60, foi na década seguinte que a soja se consolidou como a principal cultura do agronegócio brasileiro, passando de 1,5 milhões de toneladas (1970) para mais de 15 milhões de toneladas (1979). Esse crescimento se deveu, não apenas ao aumento da área plantada (1,3 para 8,8 milhões de hectares), mas, também, ao expressivo incremento da produtividade (1,14 para 1,73ton/ha), graças às novas tecnologias disponibilizadas aos produtores pela pesquisa brasileira. Mais de 80% do volume produzido na época concentrava-se na Região Sul do Brasil. Nas décadas de 1980 e 1990 repetiu-se, na região tropical do Brasil, o explosivo crescimento da produção ocorrido nas duas décadas anteriores na Região Sul. Em 1970, menos de 2% da produção nacional de soja era colhida no CentroOeste, em 1980 esse percentual passou para 20%, em 1990 já era superior a 40% e em 2002 está em 58%, com tendências a ocupar maior espaço a cada nova safra. Essa transformação promoveu o Estado do Mato Grosso a líder nacional de produção e produtividade de soja, fato que perdura na atualidade.
REGIÃO/UF
ÁREA em mil ha
PRODUTIVIDADE em kg/ha
PRODUÇÃO em mil t
Safra 15/16
Safra 16/17
VAR %
Safra 15/16
Safra 16/17
VAR %
Safra 15/16
Safra 16/17
(a)
(b)
(c)
(a)
(b)
(c)
(a)
(b)
(c)
NORTE
1.576,3
1.731,5
9,8
2.423
3.019
24,6
3.818,9
5.227,4
36,9
PR
24,0
35,0
46,0
3.300
3.300
-
79,2
115,5
45,8
RO
252,6
261,2
3,4
3.028
3.106
2,6
765,0
811,3
6,1
PA
428,9
481,8
12,3
3.003
3.173
5,7
1.288,0
1.528,8
18,7
TO
870,8
953,5
9,5
1.937
2.907
50,1
1.686,7
2.771,8
64,3
NORDESTE
2.878,2
3.221,5
11,9
1.774
2.844
60,3
5.107,1
9.160,4
79,4
MA
786,3
951,4
21,0
1.590
2.782
75,0
1.250,2
2.646,8
111,7
PI
555,0
687,6
21,7
1.143
2.900
153,7
645,8
1.994,0
208,8
BA
1.526,9
1.582,5
3,6
2.103
2.856
35,8
3.211,1
4.519,5
40,7
CENTRO-OESTE
14.925,1
15.131,0
1,4
2.931
3.214
9,6
43.752,6
48.624,5
11,1
MT
9.140,0
9.259,0
1,3
2.848
3.277
15,1
26.030,7
30.341,7
16,6
MS
2.430,0
2.521,8
3,8
2.980
3.100
4,0
7.241,4
7.817,6
8,0
GO
3.285,1
3.280,2
(0,2)
3.120
3.120
-
10.249,5
10.234,2
(0,1)
DS
70,0
70,0
-
3.300
3.300
-
231,0
231,0
-
SUDESTE
2.326,9
2.321
(0,2)
3.255
3.198
(1.8)
7.574,9
7.421,9
(2,0)
MG
1.469,3
1.447,2
(1,5)
3.220
3.120
(3,1)
4.731,1
4.515,3
(4,6)
SP
857,6
873,9
1,9
3.326
3.326
0,3
2.843,8
2.906,6
2,2
SUL
11.545,5
11.371,0
(1,5)
3.047
3.089
1,4
35.181,1
35.124,0
(0,2)
PR
5.451,3
5.238,7
(3,9)
3.090
3.360
8,7
16.844,5
17.602,0
4,5
SC
639,1
639,1
-
3.341
3.350
0,3
2.135,2
2.141,0
0,3
RS
5.455,0
5.493,2
0,7
2.970
2.800
(5,7)
16.201,4
15.381,0
(5.1)
NORTE/NORDESTE
4.454,5
4.953,0
11,2
2.004
2.905
45,0
8.926,0
14.387,8
61,2
CENTRO-SUL
28.797,4
28.833,1
0,1
3.004
3.163
5.3
86.508,6
91.170,4
5,4
BRASIL
33.251,9
33.776,1
1,6
2.879
3.125
8,9
95.435,6
105.558,2
10,6
VAR %
Fonte: Conab Nota: Estimativa em fevereiro/2017.
17
Oferta e demanda Mercado internacional
N
No mercado internacional, o Departamento de Agricultura Americano – USDA – divulgou em junho de 2017 o quadro mensal de suprimento de soja mundial, onde foram feitas modificações importantes nos números de oferta e demanda divulgado em dezembro de 2017 dos principais players desta commodities.
18
Produção Mundial de Soja
A
• A USDA estimou que a produção mundial de soja para a safra 16/17 foi de 351,311 milhões de toneladas e a área plantada foi de 120,958 milhões de hectares. • Se comparado à safra anterior, houve um aumento de 12%, ou seja, o mundo produziu 37,78% milhões de toneladas a mais que a safra passada. • Estados Unidos com 33,36%, Brasil com 32,42% e Argentina com 16,82%, juntos foram responsáveis por 82,62% da safra mundial. PAÍS / SAFRA
2015/16 (a)
2016/17 JAN (b)
Variação (a/b) Abs.
%
117,20
10,35
9,69
96,50
113,923
17,43
18
ARGENTINA
56,80
57,00
0,20
0,35
CHINA
11,79
12,50
1,12
9,46
OUTROS
41,59
50,68
9,09
21,80
Total
313,53
351,30
ESTADOS UNIDOS
(a) 106,86
BRASIL
Fonte: USDA Nota: Estimativa em janeiro/2017.
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Importação mundial
A
A China é o maior país importador de soja do mundo, responsável por 62,79% de todas as importações mundiais. Em segundo lugar, muito distante, vem a União Europeia com 10,07% das importações mundiais. Não houve modificações significantes no quadro de oferta e demanda divulgado em janeiro de 2017.
20
21
SOBRE A PLANTA Soja: um grão rico em benefícios valiosos. 22
Exigências nutricionais da soja
D
De maneira semelhante ao ser humano, a soja necessita germinar (nascer), desenvolver vegetativamente (crescer), atingir a maturidade, florescer e produzir muitos grãos, mas para isto precisa estar sempre bem alimentada, com saúde, livre de doenças e protegida contra as pragas que possam lhe atacar e diminuir sua produção de grãos. Portanto, não adianta semear a melhor variedade, na melhor época, se não se cuidar antes do ambiente onde as raízes irão crescer e absorver os nutrientes. Assim, para obter o ótimo retorno econômico do grande investimento que a cultura requer, o agricultor necessita estar atento à semente a adquirir, às exigências climáticas da cultura e ao manejo do solo. A absorção de nutrientes pela soja é influenciada por diversos fatores, entre eles as condições climáticas, como chuva e temperatura, as diferenças genéticas entre as variedades, o teor de nutrientes no solo e os diversos tratos culturais. Contudo, é possível estimar as quantidades médias de nutrientes que estão presentes nos restos culturais e nos grãos da soja para cada tonelada de produção de grãos, como os dados apresentados na Tabela 1. O elemento mais requerido pela soja é o
nitrogênio. Portanto, para uma produção de 3.000 kg/ha, há a necessidade de 246 kg de nitrogênio, que são obtidos, em pequena parte, do solo (25% a 35%) e, na maior parte, pela fixação simbiótica do nitrogênio (65% a 85%). Por estes dados pode-se avaliar a importância de se fazer uma inoculação bem feita, com inoculante de boa qualidade, para ter eficiência na fixação simbiótica do nitrogênio do ar a custo zero, através das bactérias nos nódulos das raízes da soja. Por isso, deve-se evitar a adubação com nitrogênio mineral, pois além de causar a inibição da nodulação e reduzir a eficiência da fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico não aumenta a produtividade da soja. Quando a adubação for feita com adubo formulado, cuja fórmula possua nitrogênio e esta seja de menor custo que a mesma fórmula sem nitrogênio, pode-se utilizá-la na semeadura desde que não ultrapasse 20 kg de N/ha. Para que a fixação simbiótica seja eficiente, há a necessidade de se corrigir a acidez do solo e fornecer os nutrientes que estejam em quantidades limitantes. Na sequência, os mais exigidos são o potássio, o enxofre e o fósforo. Em relação aos micronutrientes, é importante observar as pequenas quantidades necessárias para suprir a cultura da soja, porém, não se deve deixar faltar nenhum deles, pois todos são essenciais, e com a falta de apenas um deles não haverá bom desenvolvimento e rendimento de grãos (lei do mínimo).
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STARFIX SOJA
A evolução biológica que a sua lavoura precisa para garantir uma boa safra. CARACTERÍSTICAS • Inoculante líquido específico para a cultura da soja. • Componente biológico Bradyrhizobium japonicum. • Tratamento via sulco de plantio ou tratamento de sementes. • Presença de protetor celular que favorece tolerância a misturas com inseticidas e fungicidas. • Maior praticidade de uso no campo, podendo as sementes ficarem tratadas até 4 dias para o plantio.
BENEFÍCIOS E VANTAGENS COMPETITIVAS • Realiza a fixação biológica de nitrogênio, suprindo a demanda da planta. • Promove maior desenvolvimento e vigor da soja. • Melhora a produtividade.
25
Análise foliar: amostragem e interpretação
A
A análise de planta, para a produção agrícola, é convencionalmente definida pela concentração dos nutrientes inorgânicos no tecido da planta. Na recomendação de adubação, a análise foliar também deve ser usada como uma das ferramentas do “doutor da soja”, visando alcançar a máxima produtividade e a melhor qualidade de grãos. Para ser válida a comparação com os dados das tabelas de nível de suficiência, as amostras de folhas de soja devem ser colhidas no período entre o início da floração e o pleno florescimento, coletando-se 30-40 folhas recémmaduras com pecíolo, que correspondem às 3ª e 4ª folhas trifolioladas a partir do ápice da haste principal (para um talhão, ou gleba, entre 50 a 100 ha). O conceito de limites de suficiência classifica a concentração de elementos nas categorias: deficiente (ou muito baixo), baixo, suficiente (ou médio), alto e excessivo ou muito alto (às vezes tóxico).
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TABELA 1
Quantidade de nutrientes absorvida e exportada nos grãos pela cultura da soja, em cada tonelada produzida N
P
K
S
Ca
Mg
B
Cl
Mo
Restos culturais Grãos
Fe
Mn
Zn
Al
kg em cada tonelada
kg em cada tonelada 1
Cu
31
2,5
7,5
10
9,2
4,7
-
23
2
-
-
-
-
172
51
5,0
17
5,4
3,0
2,0
2,0
237
5
10
70
30
40
15
Folhas, pecíolos e caule que são restituídos ao solo. Fonte: EMBRAPA (1993a).
1
TABELA 2 Elemento
Concentração de elementos usada para a interpretação de análises de tecido de folhas1 de soja Deficiente ou muito baixo
Baixo
Suficiente ou médio
Alto
Excessivo ou muito alto
(%) N
< 3,25
3,25-4,00
4,01-5,50
5,51-7,00
> 7,00
P
< 0,16
0,16-0,25
0,26-0,50
0,51-0,80
> 0,80
K
< 1,25
1,25-1,70
1,71-2,50
2,51-2,75
> 2,75
Ca
< 0,20
0,20-0,35
0,36-2,00
2,01-3,00
> 3,00
Mg
< 0,10
0,10-0,25
0,26-1,00
1,01-1,50
> 1,50
S
< 0,15
0,15-0,20
0,21-0,40
0,40
-
(ppm) Mn
< 15
15-20
21-100
101-250
> 250
Fe
< 30
30-50
51-350
351-500
> 500
B
< 10
10-20
21-55
56-80
> 80
Cu
<5
5-9
10-30
31-50
> 50
Zn
< 11
11-20
21-50
51-75
> 75
Mo
< 0,5
0,5-0,9
1,0-5,0
5,1-5,0
> 10
Terceira e qurta folha trifoliolada abaixo da gema apical, no início da floração plena. Fonte: SFREDO et al. (1986)
1
27
Nitrogênio A lavoura de soja com deficiência de nitrogênio vai perdendo a cor verde-escuro, passando a verde-pálido com um leve amarelado e, dias mais tarde, todas as folhas tornam-se amarelas. Este sintoma aparece primeiro nas folhas inferiores mas espalha-se rapidamente pelas folhas superiores (Foto A). O sintoma aparece, por último, nas folhas novas porque o N é um elemento extremamente móvel na planta, sendo translocado dos tecidos velhos para as folhas novas. O crescimento da planta é lento, com plantas menores e de baixa produção. O sintoma visual de deficiência de nitrogênio só irá ocorrer quando não for feita a inoculação da semente de soja e ela for semeada em solos que nunca foram cultivados com esta leguminosa (mesmo assim ela pode nodular com estirpes nativas de baixa eficiência), ou quando a eficiência da fixação do N do ar é baixa devido à inibição pela acidez do solo ou à falta de algum nutriente essencial na simbiose soja-bactéria.
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Fósforo Mesmo em solos já anteriormente cultivados com soja, a falta de inoculação na semeadura faz com que ela seja nodulada por bactérias de baixa eficiência já existentes no solo. Nestas circunstâncias, mesmo não aparecendo sintomas visuais de deficiência de N nas folhas, o suprimento deste fica limitado para as exigências da planta e a produtividade é reduzida. Como já foi mencionado, para produções de 3.000 kg de grãos/ha há a necessidade de 160 a 210 kg de nitrogênio fornecidos pela fixação simbiótica, para armazenamento na folha e para translocamento no período de enchimento de grãos, e a planta já deve ter nas folhas (3ª e 4ª folhas do botão terminal para baixo) mais de 4,5% de N na floração (R1-R2), para não haver quebra no rendimento de grãos.
Os sintomas de deficiência deste elemento às vezes não são muito bem definidos. Os sintomas de deficiência de fósforo são caracterizados nas folhas maduras por uma cor verde-escuro, mas os sintomas principais são o crescimento lento, com plantas raquíticas, de folhas pequenas e muitas vezes verde-escuro azuladas. Por causa da alta mobilidade do P na planta, sob condições de deficiência há o translocamento do elemento das folhas mais velhas para as mais novas, esgotando as reservas de P nas folhas mais velhas, onde o sintoma aparece primeiro. A deficiência de fósforo pode ocorrer em quase todos solos ácidos tropicais, com baixo pH e alta capacidade de fixação de P. Além disso, o limitado fornecimento de fósforo reduz o número e a eficiência dos nódulos e, como consequência, a fixação simbiótica do nitrogênio. Altos teores de fósforo no solo podem induzir à deficiência de zinco desde
que esses altos teores estejam associados com reduzidas absorção e translocação de Zn, Fe e Cu.
Potássio A baixa disponibilidade de potássio sem o aparecimento visual da deficiência deste causa a “fome oculta”, ou seja, a redução na taxa de crescimento da planta com redução da produção de soja. Quando a deficiência é mais severa, o aparecimento dos sintomas visuais começa com um mosqueado amarelado nas bordas dos folíolos das folhas da parte inferior da planta. Estas áreas cloróticas avançam para o centro dos folíolos, dando-se então o início da necrose das áreas mais amareladas nas bordas dos folíolos, com aumento progressivo do sintoma. Com o passar dos dias, a necrose avança para o centro dos folíolos e há, finalmente, a quebra
das áreas necrosadas, deixando os folíolos com aspecto esfarrapado. As plantas com deficiência de potássio produzem grãos pequenos, enrugados e deformados e a maturidade da soja é atrasada, podendo causar também haste verde, retenção foliar e vagens chochas.
Enxofre Os sintomas de deficiência de enxofre são muito similares aos da deficiência de nitrogênio. Ocorre uma clorose geral das folhas, incluindo as nervuras, que de verdepálido passam para amarelo. Os sintomas iniciam-se nas folhas novas, enquanto na deficiência de N os sintomas iniciam-se nas folhas velhas. Em um estádio mais avançado do sintoma, as folhas velhas tornam-se amarelas e depois
necrosadas. As plantas deficientes são pequenas e de caule fino. Os sintomas de deficiência de enxofre não são facilmente reconhecidos quando comparados aos sintomas de deficiência de alguns outros elementos. Eles podem ser facilmente identificados pela resposta da planta à aplicação de sulfato ou enxofre elementar em faixas na lavoura de soja. A análise de folhas das plantas também pode ser uma ferramenta útil na identificação da deficiência. A deficiência de enxofre poder ocorrer, com maior frequência, em solos tropicais ácidos, com baixa quantidade de matéria orgânica. A toxicidade de enxofre tem sido observada em algumas espécies de plantas localizadas especialmente nas proximidades de áreas com muitas indústrias, nas quais há altos níveis de SO2 na atmosfera. É muito baixa a probabilidade de que isto ocorra nas áreas cultivadas com soja no Brasil.
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Manganês A deficiência de Mn em soja também provoca clorose entre as nervuras das folhas. Exceto as nervuras, as folhas de soja tornam-se verde-pálido e passam para amarelo-pálido. Áreas necróticas marrons desenvolvem-se nas folhas à medida que a deficiência tornase mais severa. A deficiência de manganês difere da de ferro e da de magnésio devido às nervuras permanecerem verdes e aparecerem ressaltadas, de forma saliente. Também na deficiência de Mn os sintomas são visíveis primeiro nas folhas novas, enquanto na de Mg as folhas velhas são as primeiras a serem afetadas. Algumas vezes, as folhas novas em estádio fisiológico, e com deficiência, podem manter os sintomas enquanto aquelas que se desenvolveram depois, em estádio fisiológico mais avançado, podem ter aparência verde, de folha saudável, sem o problema. Isto pode ocorrer por causa da mudança
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das condições climáticas ou porque as raízes cresceram para um horizonte mais abaixo, com solo ácido, e que tenha maior disponibilidade de manganês na solução do solo. Isto ocorre muitas vezes quando o calcário é incorporado com grade a pouca profundidade, ocorrendo um excesso de calcário a 5 ou 10 cm, com elevação do pH acima de 7,0. A deficiência de manganês tem sido observada em solos com altos teores de ferro e/ou alumínio e em latossolos arenosos que receberam calcário muito acima da dose recomendada (ou foram mal incorporados) como pode ser observado em uma lavoura de soja no Brasil Central. Em muitos solos ácidos dos trópicos, e mesmo nos solos ácidos do Sul do Brasil, é mais comum a ocorrência de toxicidade de manganês do que de deficiência. O excesso de manganês parece afetar mais diretamente a parte aérea do que as raízes.
Os sintomas de toxicidade de manganês incluem uma clorose nas bordas dos folíolos seguida de necrose, com enrugamento por contração do folíolo e clorose das folhas novas (semelhante à deficiência de ferro) e desenvolvimento de pontos necróticos. Ocorrem também problemas fisiológicos específicos que são associados à toxicidade de manganês, que é o encarquilhamento dos folíolos.
Zinco Os folíolos com deficiência de zinco ficam menores, com áreas cloróticas entre as nervuras, sendo estes sintomas mais severos nas folhas basais. Os tecidos cloróticos tendem a ficar de cor marrom ou cinza e morrem prematuramente.Uma lavoura de soja deficiente em zinco será de cor marrom amarelada quando vista à distância. A maturação será atrasada e poucas vagens serão produzidas.
A deficiência de zinco pode ocorrer sob as mais variadas condições de solo. A primeira e principal ocorre quando o solo já possui baixa disponibilidade natural de zinco. Aplicações muito elevadas de calcário e de fósforo reduzem a disponibilidade de zinco e podem causar deficiência do elemento na soja. A deficiência de zinco também é muito comum em regiões de baixa quantidade de chuvas, onde parte da camada de solo foi removida por erosão ou para nivelamento do terreno ou construção de terraços.
Cálcio A deficiência de cálcio é caracterizada pela redução de crescimento do tecido meristemático no caule, na folha e na ponta da raiz. A deficiência normalmente aparece primeiro nas folhas novas e nos pontos de crescimento (meristema apical),
provavelmente como consequência da imobilidade do cálcio na planta. A emergência das folhas primárias da soja deficiente em cálcio é retardada e quando as folhas emergem elas já crescem deformadas (folhas encarquilhadas). Os botões terminais das folhas primárias tornam-se necróticos, faixas cloróticas estreitas desenvolvem-se em volta das porções das folhas remanescentes e o tecido entre as nervuras tende a enrugar. Os botões terminais deterioram e ocorre o colapso dos pecíolos. As folhas primárias tornam-se moles e flexíveis e caem da planta. A deficiência de cálcio é observada em soja cultivada em solos ácidos que não receberam calcário, e estes sintomas, com certeza, resultam de uma combinação da deficiência de cálcio com toxicidade de alumínio e manganês.
Magnésio A deficiência de magnésio causa inicialmente uma cor verde-pálido nas bordas, passando após para uma clorose marginal nas folhas mais velhas, e com o decorrer do tempo a clorose avança para dentro, entre as nervuras. O amarelecimento começa pelas folhas basais e, com o aumento dos sintomas de deficiência, as folhas jovens também são atingidas (baixa produção de clorofila na planta). Esta ordem ascendente de aparecimento dos sintomas de deficiência indica que o Mg, do mesmo modo que o N e o P, é móvel na planta. Pintas que lembram ferrugem e manchas necróticas irregulares podem, mais tarde, aparecer entre as nervuras, nos folíolos medianos e no topo da planta. Em estádios mais avançados de crescimento, a deficiência de magnésio causa uma aparência de maturação antecipada.
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Ocorre o enrugamento das margens das folhas para baixo e o amarelecimento das folhas partindo das margens para o interior, havendo um bronzeamento de toda a superfície da folha. Do mesmo modo que a deficiência de cálcio, a deficiência de magnésio tende a ocorrer com mais frequência em solos arenosos tropicais ácidos, com baixo teor de matéria orgânica, mas a correta aplicação de calcário dolomítico pode prevenir a deficiência de ambos os elementos.
Cobre A deficiência de cobre geralmente causa necrose nas pontas dos folíolos das folhas novas. Essa necrose prossegue pelos bordos dos folíolos, resultando em folhas com aparência de perda de turgidez e de água, parecendo que secaram. O crescimento da soja é retardado e a cor da planta muda para verde acinzentado, verde-azulado ou cor de oliva.
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Para muitas espécies de plantas, altas quantidades de cobre em solução nutritiva são tóxicas e limitam o crescimento, inclusive para a soja. Isto ocorre porque há indícios de afetar, em parte, a habilidade do cobre em deslocar outros cátions, particularmente o ferro, de importantes sítios fisiológicos. A clorose das folhas é, portanto, o sintoma mais comum observado na toxicidade de cobre, sendo muito semelhante e lembrando a deficiência de ferro.
Molibdênio Como o molibdênio tem participação na fixação do N2 do ar, os sintomas de deficiência deste elemento são muito semelhantes àqueles da deficiência de N. Nos primeiros estádios do desenvolvimento dos sintomas, as folhas parecem verdepálido e têm áreas necróticas adjacentes às nervuras centrais dos folíolos, entre as nervuras principais e ao longo das margens.
Já que a solubilidade e a disponibilidade do Mo no solo aumenta com o aumento do pH, a deficiência pode ser eliminada pela calagem, desde que haja molibdênio neste solo na forma imobilizada pela acidez. Também, se as sementes de soja usadas na semeadura foram produzidas em um solo com alta disponibilidade de Mo, ou se estas sementes são provenientes de lavoura de soja pulverizada com adubo foliar contendo Mo no estádio de enchimento de grãos, isto fará que haja suprimento suficiente de Mo (na semente assim produzida) para a próxima geração. A toxicidade de molibdênio raramente é encontrada em soja.
Ferro Como no caso da deficiência de Mg, a deficiência de ferro é caracterizada pela diminuição na produção de clorofila pela
planta. Porém, inversamente à deficiência de Mg, a deficiência de ferro sempre começa nas folhas novas. No estádio inicial do desenvolvimento dos sintomas, as áreas entre as nervuras dos folíolos das folhas de soja passam a apresentar cor amarelada. À medida que ocorre uma evolução na severidade da deficiência, também as nervuras ficam amarelas e, finalmente, toda a folha fica quase branca. Manchas necróticas de cor marrom podem surgir na margem dos folíolos, próximo às bordas. A deficiência de ferro normalmente ocorre em solos calcários. Latossolos tropicais geralmente têm alta concentração de ferro, todavia, a deficiência pode ocorrer se os solos são calcariados e o pH é elevado, acima de 7,0. Também, altas concentrações de alumínio e manganês na planta podem reduzir a absorção de ferro e induzir à deficiência deste elemento. A toxicidade de ferro pode ocorrer em solos hidromórficos
(solos de várzeas), desde que fiquem alagados por algumas semanas, ou com alta saturação de água. Nessas condições, o teor de ferro solúvel pode aumentar no solo de 0,1 ppm a até 100 ppm, aumentando a absorção pelas plantas.
Boro A deficiência de boro aparece inicialmente causando um anormal e lento desenvolvimento dos pontos de crescimento apical. Os folíolos das folhas novas são deformados, enrugados, com frequência ficam mais grossos e com cor verde-azulado escuro. Podem ter clorose entre as nervuras do dorso do folíolo. As folhas e os caules
tornam-se frágeis, indicando distúrbio na transpiração, e as folhas do topo ficam de cor amarela ou avermelhada. Com o progresso da deficiência, a elongação dos entre-nós fica lenta, ocorre a morte dos pontos de crescimento terminal e a formação de flores é restrita ou inibida. A deficiência de boro normalmente ocorre com maior frequência em solos arenosos e em solos altamente intemperizados das regiões mais chuvosas. Boro disponível é facilmente lavado do solo e perdido por percolação e lixiviação. Muito do boro disponível no solo em uma safra de soja é liberado da matéria orgânica pela ação dos microrganismos. A soja também é muito sensível à alta concentração de boro nos solos. Os sintomas de toxicidade de boro resultam em amarelecimento das pontas dos folíolos seguido de progressiva necrose,
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que começa nas pontas e nas margens e, finalmente, espalha-se entre as nervuras laterais e encaminha-se para a nervura central. As folhas ficam com a aparência de queimadas e caem prematuramente.
folhas é associada com altos teores de manganês, especialmente quando uma seca ocorre antes da floração.
Cloro
Não há relatos de sintomas de deficiência de cobalto em plantas cultivadas a campo. Em soja cultivada em solução nutritiva, os sintomas de deficiência de cobalto são descritos como clorose e encarquilhamento das folhas. O cobalto aplicado via foliar é absorvido, porém, não é translocado para outras partes da planta, portanto, a adubação foliar de cobalto não resolve o problema de deficiência.
A deficiência de cloro é caracterizada por plantas cloróticas com folíolos que ficam flácidos nas bordas. Entretanto, a toxicidade de cloro é mais comum do que a deficiência. Soja cultivada em solos que frequentemente recebem altas doses de adubo pode apresentar acúmulo de sais de cloreto e sintomas de toxicidade de cloro, que são: queima das pontas dos folíolos ou da margem, conferindo-lhes cor de bronze, e amarelecimento e queda prematura das folhas. Quando esses sintomas ocorrem, a alta concentração de cloro nos tecidos das
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Cobalto
A toxicidade de cobalto já foi observada em plântula de soja no início da germinação, quando uma dose muito grande de Co e Mo é aplicada junto às sementes. Os sintomas de toxicidade são manchas necróticas nos cotilédones e folhas com
folíolos cloróticos. Este efeito do excesso de cobalto pode induzir à deficiência de ferro. O sintoma desaparece depois de alguns dias, principalmente com boas condições de umidade, com condições de rápido desenvolvimento das plantas.
Alumínio Embora não seja um elemento essencial ao desenvolvimento das plantas, o alumínio é importante na maioria dos solos ácidos devido ao seu efeito tóxico sobre as plantas. Os sintomas de toxicidade de alumínio nas folhas de soja lembram aqueles de deficiência de fosforo: as plantas ficam pequenas, não há desenvolvimento normal, folhas menores com cor verdeescuro, amarelecimento e necrose nas pontas dos folíolos e atraso na maturação. A toxicidade de alumínio em soja parece que também provoca deficiência induzida
de cálcio ou reduzido transporte de cálcio dentro da planta, causando o curvamento e o enrolamento das folhas novas e o colapso dos pontos de crescimento e do pecíolo. Raízes de soja desenvolvidas em solo com alto alumínio trocável são caracteristicamente curtas e frágeis. Ocorre o engrossamento das pontas das raízes e das laterais, que podem adquirir cor marrom. Todo o sistema radicular fica na forma de um coral, com muitas raízes laterais curtas e grossas, mas com pequenas e finas ramificações.
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3 BIOPOTENTES COM MULTIAÇÕES SOBRE NEMATOIDES E FUNGOS DE SOLO.
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PRÁTICAS PARA A CORREÇAO E A MANUTENÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO.
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E
Saturação de bases do solo Este método consiste na elevação da saturação de bases trocáveis para um valor que proporcione o máximo rendimento econômico do uso de calcário. O cálculo da necessidade de calcário (NC) é feito através da seguinte fórmula:
NC (t.ha ) = .1
(V2 - V1 ) x T x f 100
em que: V1 = valor da saturação das bases trocáveis do solo, em porcentagem, antes da correção. (V1 = 100 S/T) sendo: S = Ca2+ + Mg2+ + K+ (cmolc.dm-3); V2 = Valor da saturação de bases trocáveis que se deseja;
T = capacidade de troca de cátions, T = S + (H+Al3+) (cmolc.dm-3); f = fator de correção do PRNT do calcário f = 100/PRNT. Quando o potássio é expresso em mg.dm-3, na análise do solo, há necessidade de transformar para cmolc.dm-3 pela fórmula: cmolc.dm-3 de K = (0,0026) mg.dm-3 de K A saturação de bases é variável para cada estado ou região. Para o Estado do Paraná 70%, para os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, 60%. Nos demais estados da Região Central, formados basicamente por solos sob vegetação de Cerrados, o valor adequado de saturação é de 50%. Calagem para solos arenosos Quando se tratar de solos arenosos (teor de argila menor que 20%), a quantidade de calcário a ser utilizada (NC) é dada pelo maior valor encontrado de uma destas duas fórmulas: NC (t.ha-1) = (2 x Al) x f NC (t.ha-1) = [2 - (Ca + Mg)] x f
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Calagem no sistema de semeadura direta
P
Preferencialmente, antes de iniciar o sistema semeadura direta em áreas sob cultivo convencional, indica-se corrigir integralmente a acidez do solo, sendo esta etapa fundamental para a adequação do solo a esse sistema. O corretivo, na quantidade recomendada, deve ser incorporado, uniformemente, na camada arável do solo, ou seja, até 20 cm de profundidade. Após a implementação da semeadura direta, os processos de acidificação do solo irão ocorrer e será necessário, depois de algum tempo, a correção da acidez. Para a identificação da necessidade de calagem, o solo já implantado de maneira correta, deve ser amostrado na profundidade de 0 a 20 cm, podendo-se aplicar até 1/3 da quantidade necessária. Para os solos que já receberam calcário na superfície, a amostragem deve ser realizada de 0 a 10 e 10 a 20 cm de profundidade. Portanto, em solos que já receberam calcário em superfície, sugere-se que, para o cálculo da recalagem, sejam utilizados os valores médios das duas profundidades, aplicando-se até 1/3 da calagem indicada.
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Qualidade e uso do calcário
P
Para que a calagem atinja os objetivos de neutralização do alumínio trocável e/ou de elevação dos teores de cálcio e magnésio, algumas condições básicas devem ser observadas: • Todo o calcário deve passar em peneira com malha de 0,3 mm; • O calcário deve apresentar teores de CaO + MgO > 38%, com preferência ao uso de calcário dolomítico (>12,0% MgO) ou magnesiano (entre 5,1% e 12,0% MgO), em solos com larga relação Ca/Mg (>3/1); • Na escolha do corretivo, em solos que contenham menos de 0,8 cmolc.dm-3 de Mg, deve ser dada preferência para materiais que contenham o magnésio (calcário dolomítico e ou magnesiano) a fim de evitar que ocorra um desequilíbrio entre os nutrientes. Como os calcários dolomíticos encontrados no mercado contém teores de magnésio elevados, deve-se acompanhar a evolução dos teores de Ca e Mg no solo e, caso haja desequilíbrio, pode-se aplicar calcário calcítico (<5,0% MgO) para aumentar a relação Ca/Mg; • A má distribuição e/ou a incorporação muito rasa do calcário pode causar ou agravar a deficiência de manganês, resultando em queda de produtividade.
Correção da acidez subsuperficial
O
Os solos do Brasil apresentam problemas de acidez subsuperficial, uma vez que a incorporação profunda (>20cm) do calcário nem sempre é possível. Assim, camadas mais profundas do solo (abaixo de 35cm ou 40cm) podem continuar com excesso de alumínio tóxico. Esse problema, aliado à baixa capacidade de retenção de água desses solos, limita a produtividade, principalmente nas regiões onde é mais frequente a ocorrência de veranicos (Sousa et al., 1996). A aplicação de gesso agrícola diminui, em menor tempo, a saturação de alumínio nessas camadas mais profundas. Desse modo, criam-se condições para o sistema radicular das plantas se aprofundar no solo e, consequentemente, minimizar o efeito de veranicos. Deve ficar claro, porém, que o gesso não neutraliza a acidez do solo. O gesso deve ser utilizado em áreas onde a análise de solo, na profundidade de 30 cm a 50 cm, indicar a saturação de alumínio maior que 20% e/ou quando a saturação do cálcio for menor que 60% (cálculo feito com base na capacidade de troca efetiva de cátions).
A dose de gesso agrícola (15% de S) a aplicar é de 700, 1200, 2200 e 3200 kg.ha-1 para solos de textura arenosa, média, argilosa e muito argilosa, respectivamente. O efeito residual dessas dosagens é de, no mínimo, cinco anos. Caso o gesso seja aplicado apenas como fonte de enxofre, a dosagem deve ser ao redor de 350 kg.ha-1 por cultivo.
Qualidade do calcário e condições de uso
P
Para que a calagem atinja os objetivos de neutralização do alumínio trocável e/ou de elevação dos teores de cálcio e magnésio, algumas condições básicas devem ser observadas: • O calcário deverá passar 100% em peneira com malha de 0,3 mm; • O calcário deverá apresentar altos teores de cálcio e magnésio (CaO + MgO > 38%), dando preferência ao uso de calcário dolomítico (> 12,0% MgO) ou magnesianos (entre 5,0 e 12,0% MgO); no caso de haver interesse no uso de calcário calcítico, aplicar fontes de Mg para atender o suprimento do nutriente; a reação do calcário no solo se realiza, eficientemente, 41
sob condições adequadas de umidade; recomenda-se a aplicação do calcário com antecedência mínima de 60 dias da semeadura, preferencialmente; - a incorporação do calcário deve ser feita em toda a camada arável do solo, através da aração. Quando a aração não for possível no primeiro ano, devido ao grande volume de raízes ou outra razão, Incorporar o calcário com grade no primeiro ano e fazer a aração no segundo ano.
Correção da acidez subsuperficial
O
Os solos do Cerrado apresentam problemas de acidez sub superficial, uma vez que a incorporação profunda do calcário nem sempre é possível, ao nível de lavoura. Assim, camadas mais profundas do solo (abaixo de 35 cm ou 40 cm) podem continuar com excesso de alumínio tóxico, mesmo quando tenha sido efetuada uma calagem considerada adequada. Esse problema, aliado à baixa capacidade de retenção de água desses solos, pode causar decréscimos na produtividade, principalmente nas regiões onde é mais frequente a ocorrência de veranicos. Uma forma de correção dessa acidez é o uso de maior quantidade de calcário, num prazo maior de tempo – quatro a oito anos. Com o uso de gesso é possível diminuir a saturação de alumínio nessas camadas mais profundas, uma vez que o
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sulfato existente nesse material pode arrastar o cálcio para camadas abaixo de 40 cm. Desse modo, criamse condições para o sistema radicular das plantas se aprofundar no solo, explorar melhor a disponibilidade hídrica e, consequentemente, minimizar o efeito de veranicos, obtendo melhores índices de produtividade. Além disso, todo esse processo pode ser feito em um período de um a dois anos. Deve ficar claro, porém, que o gesso não neutraliza a acidez do solo, mas diminui a saturação por alumínio. O gesso deve ser utilizado em áreas onde a análise de solo, na profundidade de 30 a 50 cm, apresentar a saturação por alumínio maior que 20% e/ou quando a saturação por cálcio for menor que 40% (cálculo feito com base na capacidade de troca de cátions efetiva). A dose de gesso agrícola (15% de S) a aplicar é de 700, 1.200, 2.200 e 3.200 kg/ha para solos de textura arenosa, média, argilosa e muito argilosa, respectivamente. O efeito residual destas dosagens é de, no mínimo, cinco anos. Caso o gesso seja utilizado apenas como fonte de enxofre, a dosagem deve ser ao redor de 200 kg/ha/cultivo.
Adubação fosfatada de correção e de manutenção
Tabela 03. Recomendação fosfatada corretiva, a lanço, e adubação fosfatada corretiva gradual, no sulco de semeadura, de acordo com a classe de disponibilidade de P e o teor de argila. Teor de argila (%)
Adubação fosfatada (kg de P2O5/ha)1 Corretiva total
Corretiva gradual
P muito baixo P baixo
A
A recomendação da quantidade de nutrientes, principalmente em se tratando de adubação corretiva, é feita com base nos resultados da análise do solo. Na região do Cerrado, o método utilizado pelos laboratórios para a extração de fósforo do solo é o Mehlich 1 (Tabela 02). Os níveis críticos de P correspondem a 3, 8, 14 e 18 ppm para os solos com teores de argila de 61% a 80%, 41% a 60%, 21% a 40% e menos de 20%, respectivamente. Em solos com menos de 15% de argila não se recomenda praticar agricultura intensiva, devido serem solos facilmente sujeitos a erosão, quando ocorrem chuvas pesadas. Tabela 02. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada (fósforo extraído pelo método Mehlich 1) Teor de argila (%)
Teors de P (ppm) Corretiva total
Corretiva gradual
Muito baixo
Baixo
Médio
Bom
61 a 80
0 a 1,1
1,1 a 2,0
2,1 a 3,0
> 3,0
41 a 60
0 a 3,0
3,1 a 6,0
6,1 a 8,0
> 8,0
21 a 40
0 a 5,0
5,1 a 10,0
10,1 14,0
> 14,0
<20
0 a 6,0
6,1 a 12,0
12,1 a 18,0
> 18,0
2
P muito baixo P baixo2
61 a 80
240
120
100
90
41 a 60
180
90
90
80
21 a 40
120
60
80
70
<20
100
50
70
60
Fósforo solúvel em citrato de amônio neutro mais água, para os fosfatos acidulados; solúvel em ácido cítrico 2% (relação 1:100), para termofosfatos e escórias. Classe de disponibilidade de P, ver Tabela 2. Fonte: EMBRAPA-CPAC (SOUZA et al. 1987).
1
2
A adubação de manutenção é indicada quando o nível de P no solo está classificado como médio ou bom (Tabela 3), a qual, para a cultura da soja, é de 60 kg de P2O5/ha, para uma expectativa de produção de 3.000 kg/ha. Na maioria dos casos, para produtividade maiores, a adubação de manutenção deve ser proporcionalmente aumentada, ou seja, 20 kg de P2O5/ha para cada tonelada de grãos/ha de expectativa de colheita. As fontes de fósforo mais utilizadas são o superfosfato simples, o superfosfato triplo, os fosfatos naturais da Carolina do Norte e de Gafsa, e o termofosfato. De preferência, utilizar o superfosfato simples ou fórmulas menos concentradas, que contenham enxofre. Este, além de ser um nutriente essencial para a cultura da soja (para produzir três toneladas de grãos de soja são
Fonte: EMBRAPA-CPAC (SOUZA et al. 1987).
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necessários 23 kg de enxofre), promove o carreamento de cálcio, magnésio e potássio para o subsolo, reduzindo a saturação de alumínio. Isto propicia condições para maior aprofundamento do sistema radicular, aumentando, consequentemente, o suprimento de água e nutrientes para as plantas. A utilização de rochas fosfatadas brasileiras na adubação corretiva só é possível em áreas próximas às jazidas, combinando-a com a adubação de manutenção, usando-se fonte de P solúvel. Isto porque as rochas fosfatadas brasileiras têm solubilidade muito baixa e só apresentam efeitos semelhantes às solúveis quando aplicadas em quantidade duas vezes maior (P2O5 total) e após três anos da sua incorporação. Outra fonte já disponível no mercado é o fosfato parcialmente acidulado. Possui eficiência ao redor de 60%, quando comparado com o superfosfato triplo. Portanto, a sua utilização é recomendada se o custo por unidade de P2O5 for, aproximadamente, 40% inferior ao das fontes solúveis (superfosfato triplo e superfosfato simples).
Adubação potássica de correção e de manutenção
A
A recomendação para adubação corretiva com potássio, de acordo com a análise do solo, é apresentada
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na Tabela 04. Esta adubação deve ser feita a lanço, em solos com teor de argila acima de 20%. Em solos de textura arenosa (< 20% de argila), não se deve fazer adubação corretiva de potássio, devido às acentuadas perdas por lixiviação. Tabela 04. Adubação corretiva de potássio para solo sob Cerrado com teor de argila de 20%, de acordo com dados de análise de solo Teores de K extraível (ppm)
Adubação correta recomendada (kg K 2O/ha)
0-25
100
26-50
50
> 50
01
Estando o nível de K extraível acima do valor crítico (50 ppm), recomenda-se a adubação de manutenção de 25kg de K 2O para cada tonelada de grãos a ser produzida,quando o solo for textura arenosa ou média. Em solos de textura argilosa a adubação de manutenção recomendada é de 20kg de K2O/tonelada de grão de expectativa.
1
Como a cultura da soja retira grande quantidade de K nos grãos (aproximadamente 20 kg de K2O/t de grãos), fazer adubação de manutenção com 60 kg/ha de K2O, se a expectativa de produção for de três toneladas de grãos/ha, independentemente da textura do solo. A aplicação de adubo potássico (KCl) nos solos sob Cerrado deve ser feita preferencialmente a lanço, pois estes solos possuem baixa capacidade de retenção de cátions. A alta concentração, provocada por grandes quantidades de adubo (em torno de 100 kg/ha de K2O), distribuídas em pequeno volume de solo, favorece as perdas por lixiviação.
Adubação com micronutrientes
P
Para a prevenção da deficiência em micronutrientes em solos sob Cerrado, recomenda-se sua aplicação nas seguintes dosagens: Zn: 4 a 6 kg/ha; B: 0,5 a 1,0 kg/ha; Cu: 0,5 a 2,0 kg/ha; Mn: 2,5 a 6,0 kg/ha; Mo: 50 a 250 g/ha; Co: 50 a 250 g/ha. As fontes podem ser solúveis ou insolúveis em água, desde que o produto satisfaça a dose indicada. Para reaplicação de qualquer um desses micronutrientes, utilizar a análise foliar como instrumento indicador. A análise foliar pode ser feita a cada dois anos. O efeito residual das dosagens indicadas atinge pelo menos um período de cinco anos.
Sucessão e rotação de culturas
P
A escolha do melhor sistema, para compor um programa de rotação de culturas, deve levar em conta vários fatores, dentre os quais, o principal objetivo do sistema. Para cobertura do solo e/ou suprimento inicial de palha, optar por espécies e cultivares que produzam quantidades elevadas de massa seca de relação C:N elevada e que permitam manejo que retarde a decomposição. Considerar também o custo das sementes e o possível retorno financeiro na comercialização dos grãos. Sendo o objetivo minimizar a ocorrência de pragas, nematoides e doenças,
considerar o ciclo e os hábitos destes, o tipo de patógeno e o sistema de culturas implantado. Algumas sucessões, além de melhorar o rendimento da cultura principal, proporcionam condições específicas: • Aveia preta - Milheto - Soja (para produção de palha). • Aveia - Soja - Nabo forrageiro - Milho (para elevada reciclagem de nutrientes K e N para o milho). • Rotação Soja-soja-milho ou soja (2/3) e milho (1/3) (para controle de doenças na soja). • Nabo forrageiro-milheto na primavera - Soja (boa descompactação superficial do solo, alta produção de palha reciclagem de potássio e controle de invasoras). • Soja-girassol safrinha - Milho (bom para produtividade do milho e estruturação do solo). O esquema de rotação deve permitir flexibilidade na mudança das culturas envolvidas, pois além dos aspectos técnicos conhecidos, os aspectos econômicos influenciam e podem variar num curto espaço de tempo.
Preparo do solo
P
Primeiramente, considerar que SPD é o sistema mais adequado. Em caso de impossibilidade de adotalo, considerar que o preparo do solo compreende um conjunto de práticas que, quando usadas racionalmente, podem permitir preservação do solo e boas produtividades das culturas a baixo custo.
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Entretanto, quando usadas de maneira incorreta, tais práticas podem levar, rapidamente, o solo às degradações física, química e biológica e, paulatinamente, diminuir o seu potencial produtivo. É necessário que cada operação seja realizada com implementos adequados. O solo deve ser preparado com o mínimo de movimentação, não implicando isso em diminuição da profundidade de trabalho, mas sim na redução do número de operações, deixando rugosa a superfície do solo e mantendo o máximo de resíduos culturais sobre a superfície. Em áreas onde o solo foi sempre preparado superficialmente, principalmente no caso de solos distróficos e álicos, o preparo profundo poderá trazer para a superfície a camada de solo não corrigida, contendo alumínio, manganês e ferro em níveis tóxicos e com baixa disponibilidade de fósforo, podendo prejudicar o desenvolvimento das plantas. Nesse caso, é necessário conhecer a distribuição dos nutrientes e o pH no perfil do solo. O preparo primário do solo (aração, escarificação ou gradagem pesada), deve atingir profundidade adequada ao próprio equipamento. Em substituição à gradagem pesada, deve-se utilizar aração ou escarificação. A escarificação, como alternativa de preparo, substitui, com vantagem, a aração e a gradagem pesada, desde que se reduza o número de gradagens niveladoras. Além disso, possibilita a permanência, do máximo possível, de resíduos culturais na superfície, o que é desejável. 46
O preparo secundário do solo (gradagens niveladoras), se necessário, deve ser feito com o mínimo de operações e próximo da época de semeadura. As semeadoras, para operarem eficazmente em áreas com preparo mínimo e com resíduos culturais, devem ser equipadas com disco duplo para a colocação da semente e roda reguladora de profundidade para propiciar um pequeno adensamento na linha de semeadura. O preparo do solo, portanto, deve ser realizado considerando o implemento, a profundidade de trabalho, a umidade adequada e as condições de fertilidade. A condição ideal de umidade para preparo do solo pode ser detectada facilmente a campo: um torrão de solo, coletado na profundidade média de trabalho do implemento, submetido a uma leve pressão entre os dedos polegar e indicador, deve desagregar-se sem oferecer resistência. Quando for usado o arado e a grade, para preparar o solo, considerar como umidade ideal a faixa variável de 60% a 70% da capacidade de campo, para solos argilosos, e de 60% a 80%, para solos arenosos, ou seja, quando o solo estiver na faixa de umidade friável. Quando for usado o escarificador, visando a quebra de camadas compactadas, a faixa ideal de umidade será de 30% a 40% da capacidade de campo, para solos argilosos.
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PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÃ&#x2021;AS
Inimigos de uma colheita saudável.
A
A cultura da soja abriga um número elevado de espécies de insetos. Alguns causam sérios prejuízos à cultura e são considerados como pragas principais. Outros, porém, são considerados pragas secundárias, pois ocorrem em menor abundância e somente em condições especiais causam danos econômicos. Um terceiro grupo corresponde aos insetos benéficos que se alimentam dos insetos pragas e, portanto, funcionam como agentes de controle natural.
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Lagarta armígera Helicoverpa armigera
A Helicoverpa armigera é uma espécie de lagarta que ataca principalmente as estruturas reprodutivas das plantas. É uma praga extremamente agressiva, que costuma estar posicionada nas flores e vagens da soja e se multiplica muito rapidamente. Em condições de campo é praticamente impossível identificar a Helicoverpa armigera e separá-la da H. zea ou até mesmo da Heliothis virescens, que também são insetos-pragas que ocorrem na soja e podem estar sendo confundidos com H. armigera. Apenas exames laboratoriais é que têm condições de comprovar a presença da H. armigera. Mas isso não significa que o produtor não terá como enfrentar essa situação. Descrição e ciclo de vida • Possui um hábito peculiar quando perturbada, encurvando a capsula cefálica; • Possui linhas finas brancas laterais; • Textura do tegumento mais coriácea e com mais pelos; • Lagartas com coloração variando de verde ao amarelo claro, marrom avermelhado ou preto. A cápsula cefálica é de cor parda clara, linhas finas. • Pináculos do quarto segmento lembram um desenho em forma de “sela”.
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• Espécie extremamente polífaga; • As lagartas alimentam-se das folhas e caules, contudo, têm preferência por brotos, inflorescências, frutos e vagens, causando danos tanto na fase vegetativa quanto reprodutiva; • Possui alto potencial reprodutivo; • A fase de pupa ocorre no solo e, dependendo das condições climáticas, pode entrar em diapausa; • O adulto apresenta, sobre as margens das asas anteriores, uma linha com sete a oito manchas e, logo acima, uma faixa marrom ampla, irregular e transversal, tendo, ainda, na parte central, uma marca em forma de vírgula. As asas posteriores são mais claras, apresentando, na extremidade apical, uma borda marrom escura, com uma mancha clara no centro; • Os machos apresentam o primeiro par de asas de cor cinza esverdeado e as fêmeas pardo alaranjado (Fonte: Czepak et al. 2013). • É uma espécie que apresenta grande mobilidade e alta capacidade de sobrevivência, mesmo em condições adversas, podendo completar várias gerações ao ano e finalizando o seu ciclo de ovo a adulto no período de quatro a seis semanas (Fonte: Czepak et al. 2013). • Os ovos de H. armigera são de coloração branco-amarelada com aspecto brilhante logo após a sua deposição no substrato, tornando-se marrom-escuro próximo do momento de eclosão da larva;
• Período adulto - 12 dias a 15 dias • Período de incubação - 3 a 4 dias • Período larval - 13 a 25 dias • Período pupal - 14 dias
Lagarta falsa medideira Chrysodeixis includens
A lagarta é verde-claro, com listras longitudinais nas laterais e no dorso do corpo, apresentando dois pares de patas abdominais, além de um par terminal. Locomove-se “medindo palmos”, de modo semelhante às lagartas medideiras. Embora de ocorrência frequente na soja, no passado, os níveis populacionais da lagarta falsa-medideira (C. includens) eram muito baixos, sendo considerada como praga secundária. Porém, nas últimas safras em muitas regiões, essa lagarta tem sido considerada uma das pragas principais. No passado, as populações da lagarta falsa-medideira eram controladas naturalmente por uma gama enorme de inimigos naturais representada, principalmente por parasitoides, como as vespinhas (Copidosoma sp) e, especialmente, por doenças fúngicas como a doença branca (Nomuraea rileyi) e doença marrom (Pandora sp. e Zoophthora sp). É possível se afirmar que a aplicação exagerada de inseticidas sem critério técnico, no início do desenvolvimento da soja, não obedecendo os níveis de dano indicados no manejo integrado de pragas, além do uso de fungicidas não seletivos para o controle da ferrugem asiática da soja, afetaram
negativamente as populações desses inimigos naturais e, consequentemente, aumentaram os problemas com a lagarta falsa-medideira. Para tornar o quadro mais drástico na atual safra tem sido observado veranicos e altas temperaturas, principalmente a partir do início de fevereiro que são também extremamente favoráveis para a ocorrência da explosão populacional da praga. Descrição e ciclo de vida • Lagarta: Coloração verde clara, com uma série de linhas brancas longitudinais e pontos pretos – 40 a 45 mm de comprimento; • São comumente denominadas falsas-medideiras, por se deslocarem “medindo palmos”, por apresentarem apenas dois pares de pernas abdominais; • Período larval: 13 a 20 dias; • Fase de pupa: face abaxial das folhas, sob uma teia; • Período pupal: 7 a 9 dias; • Adulto: 14 a 15 dias – 35 mm de envergadura de asas - Mariposa apresenta asas dispostas na forma de uma quilha quando está em repouso, com duas manchas prateadas em cada uma das asas. Asas posteriores marrom; • Ovos: isolados (500 ovos) – 3 a 5 dias de incubação; • Ovos globulares, medindo cerca de 0,5 mm de diâmetro e apresentando coloração creme-clara logo após a oviposição e marrom-clara próximo à eclosão. • Ovos: postura individual na face abaxial das folhas.
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Danos • Aumenta em épocas secas; • A lagartas consomem o parênquima foliar deixando as nervuras (folíolos rendilhados). Espécie de difícil controle quando comparada com a lagarta da soja.
Observações
• Em soja e algodoeiro, C. includens pode apresentar a duração do período lagarta-adulto de aproximadamente 26 dias, com cinco-seis ínstares larvais (MITCHEL, 1967). • No 1º e 2º ínstar apenas raspam as folhas, enquanto, a partir do terceiro ínstar, conseguem perfurá-las, deixando, entretanto, as nervuras centrais e laterais intactas, proporcionando aspecto característico de folhas rendilhadas, diferente do dano causado por outros desfolhadores (BUENO et al., 2007; HERZOG, 1980). • O hábito de alimentação da C. includens é ascendente, ou seja, de baixo para cima na planta. • Apesar da C. includens se alimentar das folhas, ela não consome suas nervuras, deixando as folhas com aspecto rendilhado, diminuindo a área foliar.
Período adulto - 11 a 12 dias Período de incubação - 3 a 5 dias Período larval - 13 a 20 dias Período pupal - 6 a 7dias
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Mosca Branca Bemisia tabaci
A biologia da mosca branca é complicada pela aparente existência de diferentes biótipos, cujo significado evolutivo e prático continua pouco esclarecido. No Brasil existem diferentes biótipos de B. tabaci e a B. argentifolii (também chamada de Biótipo B da B. tabaci), cuja separação só é possível de ser feita através de marcadores moleculares ou técnicas especiais de criação.Sob condições climáticas favoráveis, seu ciclo de vida pode ser de duas a quatro semanas, podendo produzir até 15 gerações por ano. Localizam-se, preferencialmente, na face inferior das folhas, onde ovipositam, em média, 150 a 300 ovos por fêmea. As ninfas apresentam coloração verdeamarelado e passam por quatro instares. A ninfa de 1º instar é móvel, ou seja, apresenta pernas e é capaz de se mover na folha ou planta. Já a partir do 2º instar, as ninfas perdem as pernas e são imóveis. Permanecem dessa forma até a emergência do adulto. A partir do 3º instar, as ninfas são facilmente visíveis, assemelhandose a cochonilhas. As ninfas das moscas brancas do gênero Bemisia caracterizam-se por não terem franjas formadas por filamentos ceráceos ao redor do corpo.
Na cultura da soja o dano direto é causado tanto pelas ninfas como pelos adultos, que ao se estabelecerem na face inferior da folha sugam a seiva, extraindo carboidratos e aminoácidos, podendo causar folhas com manchas cloróticas e em ataques severos, antecipação do ciclo em até 15 dias. Durante a alimentação, o inseto excreta um “melado” que favorece o desenvolvimento de fumagina um fungo negro que cresce sobre as folhas, escurecendo-as, prejudicando a realização da fotossíntese e, consequentemente, pode interferir na produtividade dependendo do estágio da planta e população presente da praga. São as ninfas que liberam grande quantidade dessa substância açucarada, possibilitando maior crescimento de fumagina sobre as folhas que, tornando-se pretas, absorvem muita radiação solar, provocando “queima” e queda das folhas da soja.
• Pode transmitir viroses, cujo sintoma é a necrose da haste. Ciclo Biológico • Postura na face inferior das folhas (100 a 300 ovos). • Ninfas: 1º ínstar móvel e transparente, 2º ínstar se torna séssil; • Pupa: opaca com olhos vermelhos; • Os adultos são de vida livre com 4 asas membranosas, geralmente recoberta por substâncias brancas pulverulentas. • Ataque severo e dificuldade de controle (algodão, melão, tomate e soja);
Período adulto - Macho: 9 a 17 dias (média de 13 dias) Fêmea: 38 a 74 dias (média de 63) Período de incubação - 3 a 6 dias Período larval - 7 a 28 dias Período pupal - 4 a 7 dias
Característica • São indivíduos pequenos, normalmente não ultrapassando 2 mm; • Ocorre muitas vezes reprodução por partenogenia. Danos • Danos diretos causados pela sucção de seiva e injeção de toxinas pelas ninfas e adultos. • Problema em época de estiagem; • É um inseto sugador contínuo e excreta uma substância açucarada que favorece o desenvolvimento da fumagina, prejudicando a fotossíntese e a aparência de frutos;
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Lagarta da soja Anticarsia gemmatalis
É o principal inseto desfolhador da soja. As lagartas são, geralmente, esverdeadas. No entanto, formas escuras, quase pretas, ocorrem quando altas populações estão presentes. Possuem listras laterais e dorsais, claras, no sentido longitudinal e apresentam quatro pares de patas abdominais, além de um par terminal. A lagarta é muito ativa e, quando perturbada, joga-se ao solo. O adulto é uma mariposa de coloração pardoacinzentada. Em repouso, as asas anteriores cobrem o corpo, notando-se perfeitamente uma linha que a divide ao meio e que continua na asa posterior. Mede 40mm de envergadura. As lagartas são de coloração variável de verde, pardo-amarela, e até preta, com 5 listras brancas longitudinais no corpo. Em altas populações e falta de alimento, a lagarta torna-se escura, mas mantendo as listras brancas. Possuem 4 pares de falsas pernas, passando por seis instares larvais e atingindo 40mm de comprimento e basta tocar na planta que todas as lagartas caiam no chão. São muito ativas e dotadas de grande agilidade. O processo reprodutivo, incluindo o acasalamento e a ovoposição, ocorre à noite.
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Os ovos de coloração verde, são colocados isoladamente na parte inferior das folhas, no caule, nos ramos e nos pecíolos com maior concentração nos terços médio e inferior da planta e com o passar do tempo podem se tornar acinzentadas e posteriormente marrom escuro, próximo a sua eclosão. Entre três e cinco dias, eclodem as lagartas, que se alimentam das folhas. Cada Fêmea tem capacidade para colocar até 1000 ovos, cerca de 80% são depositados nos primeiros oito a dez dias de vida. Crescem rapidamente e podem atingir até 30 mm de comprimento. A transformação em pupa ocorre no solo, a pouca profundidade, e após uma semana emerge o adulto. A Fêmea tem uma longevidade de aproximadamente 20 dias. Nos primeiros instares, as lagartas medem em média de 3 a 9 mm, respectivamente, e apresentam os dois primeiros pares de falsas pernas vestigiais no abdômen. A fase larval tem duração de 12 a 15 dias. No último instar de lagarta, ela para de se alimentar e entra na fase de pré-pupa, que dura de um a dois dias. A lagarta empupa no solo em uma profundidade máxima de 2 cm, de coloração verde-clara, tornandose marrom escura e brilhante, durante entre nove e dez dias, quando emergem as mariposas. Durante o dia, essas mariposas podem ser encontradas na base das plantas. Nos instares iniciais comportam-se como mede-palmo. Nos ínstares iniciais, as lagartas raspam o parênquima foliar e somente depois do terceiro instar conseguem perfurar as folhas. As lagartas
podem consumir cerca de 90 a 150cm² de área foliar e aproximadamente 96% desse consumo ocorre do 4º ao 6º instares larvais. As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando pequenas manchas claras; à medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as folhas, podendo danificar até as hastes mais finas. Descrição e Ciclo de vida • Lagarta: 15 dias (6 instares), coloração verde clara até preta, com uma série de linhas brancas longitudinais (5 pares de falsas pernas) (40 mm); • Pupa: 9 dias (no solo); • Adulto: 20 dias (mariposa de coloração variando de cinza, marrom, bege, amarelo ou azul clara, tendo sempre uma linha transversal unindo as pontas); • Processo reprodutivo ocorre durante a noite; • Ovo (1000 ovos): oviposição noturna, com ovos isolados na face inferior das folhas, ramos, hastes e caule.
Danos • Lagartas de primeiro: raspa as folhas; • Lagarta até 3 instar, podem provocar perfurações nas folhas, mas deixam as nervuras centrais e laterais intactas; • Do 4 ao 6 ínstar, as lagartas consomem mais de 95% do total de consumo foliar (as lagartas neste estádio já consomem o limbo
foliar e as nervuras). • Obs.: Quando perturbadas, caem no solo. • Normalmente, apresentam cor verde, porém, em condições de alta população, tornam-se negras, com cinco estrias brancas longitudinais sobre o dorso.
Complexo de Spodoptera
Spodoptera albula/Spodoptera comioides/ Spodoptera eridania Na cultura da soja as lagartas mais comuns são Spodoptera cosmioides e Spodoptera eridania, assumindo importância normalmente a partir do início da fase reprodutiva da cultura em que, além de se alimentarem das folhas, atacam também as vagens da planta. São lagartas da família Noctuidae que podem atingir 50 mm de comprimento, apresentando movimentos vagarosos no seu deslocamento. Outras lagartas do gênero Spodoptera podem também atacar a cultura da soja, mas em geral, em menor intensidade e importância do que as espécies S. cosmioides e S. eridania. A diferenciação das várias espécies de Spodoptera é muito difícil. A semelhança no padrão de coloração e a grande variabilidade intraespecífica, tem tornado a taxonomia do gênero Spodoptera confusa, havendo, em geral, vários sinônimos para cada espécie. 55
De modo geral, as lagartas apresentam coloração cinza-escura a castanha, com listras longitudinais alaranjadas e triângulos pretos dorsais (S. eridania) ou, lagartas de cor marrom passando à preta com pontuações douradas dorsais distribuídas ao longo de duas linhas longitudinais alaranjadas (S. cosmioides). Os adultos são mariposas que medem 40 mm de envergadura, de cor cinza, com mancha preta na parte central das asas anteriores (S. eridania) ou com asas anteriores pardas, apresentando muitos riscos e desenhos que se interceptam (S. cosmioides). Deste modo o primeiro passo no manejo integrado dessas pragas é a identificação das espécies que estão ocorrendo na lavoura. Isto é de grande importância porque algumas vezes as táticas de manejo adotadas para uma espécie podem não ter a mesma eficácia de controle para as demais espécies. Considerando o ataque nas vagens, o nível de ação para se utilizar o controle químico é de 10% das vagens atacadas. Já com relação à desfolha o nível de ação é de 30% de desfolha no estádio de desenvolvimento vegetativo e 15% de desfolha no estádio reprodutivo. Considerando a amostragem pelo método da batida de pano para contagem de insetos, o nível de ação é de 20 lagartas grandes (>1,5 cm) por metro.
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Descrição e Ciclo de vida • Ovos: coloração verde-clara passando a alaranjado. Postura em massa em camadas sobrepostas, com cerca de 200 a 300 ovos, na parte superior das folhas. (Período de incubação: 3 dias); • Lagartas: inicialmente são claras, passando para pardo escuro a esverdeada até quase preta. Iniciam sua alimentação pela casca dos próprios ovos e depois raspam as folhas mais novas da planta. • Larvas de 1 º instar apresentam um “Y” invertido na parte frontal da cabeça. • No final da fase, a larva chega a atingir 50 mm de comprimento. (12 a 30 dias); • Pupa: (no solo): coloração avermelhada ou amarronzada. 10 a 12 dias; • Adulto: A mariposa mede cerca de 4 cm de envergadura e coloração das asas anteriores parda-escuras e posteriores brancaacinzentadas, com pontos claros na região central de cada asa. A longevidade do adulto é de cerca de 12 dias. O ciclo completo do inseto é de pouco mais de 30 dias.
Ciclo de vida da Spodoptera
Complexo de Spodoptera S. albula - Lagarta de cor cinza escura à castanha, com três listras longitudinais alaranjadas, com cerca de 20 triângulos preto (lembrando uma cobra). As lagartas desta espécie podem ser identificadas pela presença de uma mancha branca próxima a parte apical das manchas negras. Lagarta de até 50 mm. S. cosmioides - As lagartas apresentam variação de cor de amarelo claro até preto, com listras ao longo do corpo, listras dorsais amarelas. As manchas dorsais triangulares do 7º e 8º segmento abdominais são maiores que as manchas do 1º ao 6º. Lagarta de 50 mm. S. eridania - As lagartas são verdes, com cabeça preta, permanecendo com um tom esverdeado durante todo o seu desenvolvimento. Lagartas desenvolvidas possuem três listras Longitudinais amareladas (duas laterais e uma dorsal). As manchas triangulares do primeiro segmento abdominal são grandes e aproximadamente igual tamanho até as do 8º segmento. S. frugiperda - As lagartas apresentam pontos pretos denominados pináculos distribuídos em pares em cada lado do segmento do corpo cada um com uma seta longa. Lagarta de até 35 a 40 mm. Espécie altamente polífaga; Alto potencial reprodutivo e alta capacidade de dispersão;
Período adulto - 12 dias Período de incubação - 3 a 5 dias Período larval - 15 a 25 dias Período pupal - 10 a 13 dias
Ciclo de vida da S. cosmioides Período adulto - 6 a 8 dias Período de incubação - 3 a 4 dias Período larval - 20 a 28 dias Período pupal - 10 a 13 dias
Ciclo de vida da S. eridania Período adulto - 15 a 16 dias Período de incubação - 3 a 6 dias Período larval - 26 a 35 dias Período pupal - 8 a 10 dias
Ciclo de vida da S. frugiperda Período adulto - 12 dias Período de incubação - 3 dias Período larval - 20 a 30 dias Período pupal - 20 a 50 dias 57
Percevejos
Nezara viridula, Dichelops melacanthus, Piezodorus guildinii e Euschistus heros São quatro os percevejos mais prejudiciais à cultura: o verde, o verde pequeno e o marrom. Aparecem a partir da floração, causando os maiores danos entre os estádios de desenvolvimento das vagens e final do enchimento dos grãos. Seus ataques podem causar considerável redução no rendimento e na qualidade da semente. São agentes transmissores de doenças fúngicas, como a mancha-fermento, causada por Nematospora corily e podem retardar a maturação das plantas, causando o fenômeno da retenção foliar – “soja louca” – o qual dificulta a colheita.
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PRAGAS SECUNDÁRIAS Bicudo-da-soja
Sternechus subsignatus O adulto é um curculionídeo de aproximadamente 8 mm de comprimento, de coloração preta, com listras amarelas no dorso da cabeça e nas asas. Os danos são causados tanto pelos adultos, que raspam o caule e desfiam os tecidos, como pelas larvas, que broqueiam o caule e provocam o surgimento de galha.
Broca das axilas Epinotia aporema
Seu ataque é facilmente identificado: quando ataca os brotos forma um cartucho, unindo os folíolos com fios de seda, permanecendo no seu interior. Após atacar os brotos, a lagarta pode broquear várias partes da planta, cuja entrada geralmente está localizada nas axilas das folhas.
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Inimigos Naturais
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O
Os insetos-pragas da soja estão sujeitos ao ataque de um grande número de inimigos naturais que se encarregam de eliminar parte da sua população, exercendo, portanto, um controle natural sobre os mesmos. Alguns desses agentes são tão eficazes que, sob certas condições, mantêm populações de insetos-pragas abaixo do nível de dano econômico durante toda a safra, dispensando, assim, a necessidade do controle químico. O complexo de inimigos naturais é diferente para as várias espécies de pragas, mas a sua conservação nas lavouras de soja é de fundamental importância para o estabelecimento de um sistema adequado de manejo de pragas. Esses agentes benéficos podem ser agrupados em parasitoides, predadores e doenças. Os parasitoides são insetos que passam parte de sua vida dentro do corpo de outro inseto, matando-o no final desse processo. No parasitismo de lagartas destaca-se, especialmente, a ocorrência de espécies de himenópteros(Microcharops bimaculata, Copidosoma truncatellus) e
dípteros (Patelloa similis, Voria ruralis). Em percevejos, o parasitismo é exercido principalmente pelo díptero Eutrichopodopsis nitens que ataca os adultos e por várias espécies de vespas que parasitam os ovos dos percevejos, sendo Trissolcus basalis e Telenomus podisi as mais importantes. Os predadores são espécies entomófagas que consomem mais de uma presa para completarem o seu desenvolvimento. A ocorrência de predadores em campos de soja é bastante freqüente, incluindo, principalmente, insetos das ordens Hemiptera (Tropiconabis sp., Geocoris sp., Podisus connexivus) e Coleoptera (Calosoma granulatum, Callida sp.), além de várias aranhas. As doenças de insetos desempenham papel destacado na regulação natural de populações de muitas pragas e podem ser ocasionadas por fungos, vírus ou bactérias. Na soja, as mais importantes para o grupo das lagartas desfolhadoras são a doença branca causada pelo fungo Nomuraea rileyi e a doença preta causada pelo vírus Baculovirus anticarsia.
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TENHA TOTAL CONTROLE SOBRE A SAÚDE DA SUA LAVOURA.
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Dê um basta nas pragas e doenças.
P
Para o controle das principais pragas da soja recomendase a utilização do “Manejo de Pragas”, que visa um controle racional dos insetos-pragas, por meio da compatibilização de diferentes táticas disponíveis (GAZZONI et al., 1988). Para atender a tal objetivo é fator primordial conhecer as espécies de pragas, seus níveis de ataque e os danos já causados, com o que se pode tomar a decisão acertada quanto à necessidade de medidas de controle. Esta tecnologia consiste, basicamente, de inspeções regulares à lavoura, verificando o nível de ataque, com base na desfolha e no número e tamanho das pragas. Para as pragas principais (lagartas desfolhadoras e percevejos), as amostragens devem ser realizadas com um pano-debatida, preferencialmente de cor branca, preso em duas varas, com um metro de comprimento, o qual deve ser estendido entre duas fileiras de soja. As plantas da área compreendida pelo pano devem ser sacudidas vigorosamente sobre ele, havendo, assim, a queda das pragas sobre o pano, as quais deverão ser
contadas. Este procedimento deve ser repetido em vários pontos da lavoura, considerando como resultado final a média dos vários pontos amostrados. No caso de lavouras com espaçamento reduzido entre as linhas, usar o pano batendo apenas as plantas de uma fileira de soja. Recomenda-se vistoriar a lavoura pelo menos uma vez por semana, iniciando as amostragens no princípio do ataque das pragas, intensificando o processo ao aproximar-se o nível de ação. O controle das pragas deve ser efetuado somente quando for atingido o nível de dano econômico, a partir do qual essas pragas reduzem significativamente a produção. Semeadura
Período vegetativo
30% DE DESFOLHA OU 40 LAGARTAS/PANO DE BATICA*
Floração
Formação de vagem
Enchimento de vagens
Maturação
Colheita
15% DE DESFOLHA OU 40 LAGARTAS/PANO DE BATIDA*
LAVOURA PARA CONSUMO
4 PERCEVEJOS/PANO DE BATIDA**
LAVOURA PARA SEMENTE
2PERCEVEJOS/PANO DE BATIDA**
BROCA AS AXILAS: A PARTIR DE 25-30% DE PLANTA COM PONTEIRO ATACADO
* Maiores de 1,5cm; * * Maiores de 0,5 cm. Figura 1. Níveis de ação de controle das principais pragas da soja.
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Ferrugem asiática
A 64
Phakopsora pachyrhizi
A ferrugem da soja é uma das doenças de soja mais importantes do mundo. Devido à carência de resistência da planta, a natureza explosiva da doença e o alto potencial de perdas de produtividade (30 a 80%), a ferrugem da soja vem há tempos sendo vista como uma séria ameaça a produção de soja nas Américas do Sul e do Norte. A ferrugem da soja causada por P. pachyrhizi foi descrita pela primeira vez em 1902 no Japão. Em 2001 a ferrugem da soja foi relatada no Brasil, no estado do Paraná. O agente causal é o fungo Phakopsora pachyrhizi, que possui dois tipos de esporos: uredósporos e teliósporos. Os uredósporos (15- 24 μm x 18-34μm) são os mais comuns e se constituem na fase epidêmica da doença. São ovóides a elípticos, largos, com paredes com 1,0 μm de espessura, densamente equinulados e variando de incolor a castanho-amarelo pálido. A penetração ocorre de forma direta através da cutícula. Phakopsora pachyrhizi apresenta grande variabilidade patogênica e, através do uso de variedades diferenciadoras, várias raças têm sido identificadas.
Os primeiros sintomas da ferrugem da soja causada por Phakopsora pachyrhizi iniciam com diminutas manchas de cor marrom, castanha ou vermelho-tijolo nas folhas. São mais visíveis a partir da fase de florescimento pleno (fase R2) até o final de ciclo da cultura ou de desfolha natural (fase R8), embora plântulas possam ser infectadas sob certas circunstâncias. Frequentemente, as primeiras lesões aparecem na base do folíolo perto do pecíolo e das nervuras da folha. Esta região do folíolo provavelmente retém a umidade por um tempo mais longo, proporcionando condições mais favoráveis à infecção. As lesões permanecem pequenas (2-5 mm de diâmetro), porém crescem em número com o progresso da doença. Pústulas, que são as urédias, são formadas nas lesões principalmente na face inferior das folhas e podem produzir uma grande massa de uredósporos. Pústulas maduras podem ser vistas a olho nu, especialmente durante a esporulação. Mesmo pequenas, cada lesão possui grande quantidade de pústulas (urédias). As lesões podem ser completamente cobertas por uredósporos quando as pústulas estão ativas. Para a formação da urédia, é necessário um período de incubação de nove a dez dias, e a formação dos uredósporos ocorre após três semanas.
À medida que mais lesões são formadas nos folíolos, as áreas infectadas começam a amarelar e, eventualmente, os folíolos caem das plantas. Apesar da ferrugem da soja iniciar nas folhas do baixeiro, a doença rapidamente progride para as folhas mais altas até que todas as folhas apresentem os sintomas da doença. Muitas plantas doentes podem tornar-se completamente desfolhadas. A perda de tecidos foliares resulta na redução de produtividade devido à diminuição do tamanho e número de grãos. Danos na produtividade de 30 a 80% já foram relatados, porém o volume dos danos depende de quando a doença iniciou e quão rápido ela progrediu. Além das folhas, a ferrugem da soja também pode aparecer em pecíolos, hastes e até em cotilédones, porém a maioria das lesões da ferrugem ocorre nas folhas. O processo de infecção depende da disponibilidade de água livre na superfície da folha, sendo necessárias no mínimo seis horas, com um máximo de infecção ocorrendo com 10 a 12 horas de molhamento foliar. Temperatura entre 15ºC e 28ºC são favoráveis à infecção. A disseminação ocorre pela ação dos ventos e pela chuva. Não ocorre por meio das sementes. O fungo é biotrófico, e infecta hospedeiros alternativos a fim de manter a sobrevivência, entre eles estão: kudzu (Pueraria montana var. lobata), feijãocomum (Phaseolus vulgaris var. vulgaris), ervilha (Pisum sativum), fedegoso (Senna occidentalis), entre outras.
Doenças fúngicas
O
O Terror dos sojicultores, as doenças da soja estão entre os fatores que mais reduzem a produtividade da cultura e contribuem para o aumento dos custos de produção. Cerca de 15 a 20% das reduções anuais de produção da cultura tem as doenças como origem. Várias doenças da soja já foram identificadas no Brasil, entre elas estão as causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus. A importância econômica de cada doença varia de ano para ano e de região para região, dependendo das condições ambientais de cada safra. O aumento da produtividade da soja está associado aos avanços tecnológicos, ao manejo da cultura e à eficiência dos produtores, mas ainda há fatores limitantes de produtividade. Entre os principais fatores que limitam o rendimento da soja, as doenças são os mais importantes e de difícil controle. Cerca de 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus afetam a cultura no Brasil. A importância econômica de cada doença varia de ano para ano e de região para região, dependendo da condição climática de cada safra. A maioria dos patógenos da soja é transmitida através das
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sementes, e o uso de sementes contaminadas, originadas de diferentes áreas de produção, tem sido importante causa de introdução e aumento de novas doenças ou de raças fisiológicas de patógenos. O uso de sementes sadias, ou o seu tratamento químico, evitaria a disseminação.
Principais doenças e medidas de controle
O
E
O controle das doenças através de resistência genética é o modo mais eficaz e econômico, porém, para a maioria das doenças, não existem cultivares resistentes. A eliminação ou a manutenção das doenças, ao nível de dano econômico, depende do conhecimento das exigências específicas de cada uma delas e da integração de várias práticas culturais, onde se incluem: rotação/sucessão de culturas, tratamento químico da semente, resistência varietal, calagem e adubação equilibrada, população adequada e melhor época de semeadura, controle de plantas daninhas e, eventualmente, o tratamento químico da parte aérea.
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Mancha “olho-de-rã” Cercospora sojina
Essa doença, que ocorre em todas as regiões produtoras de soja, é causada pelo fungo Cercospora sojina e apresenta sintomas nas folhas, hastes, vagens e sementes. As lesões apresentam colorações castanhos-claras no centro e bordos, castanhos-avermelhadas na página superior da folha e cinzas na página inferior, onde ocorre a esporulação. O tamanho das lesões varia de 1 a 5mm de diâmetro, sendo que as lesões menores apresentam uma coloração mais escura. As lesões nas hastes e vagens aparecem no final da granação. Nas sementes, os tegumentos apresentam rachaduras e manchas de tamanhos variáveis de coloração parda a cinza. Já foi uma das mais sérias da cultura da soja e poderá voltar a causar grandes prejuízos se não houver diversificação genética das cultivares.
Doenças de final de ciclo:
Sob condições favoráveis, a redução da produtividade pode atingir a mais de 30%.
mancha parda (Septoria glycines) e crestamento foliar e mancha púrpura da semente (Cercospora kikuchii)
O
O agente dessa moléstia é o fungo Septoria glycines, que é introduzido na lavoura por sementes infectadas e sobrevive nos restos da cultura. Os sintomas nas folhas verdes surgem com pontuações pardas com menos de 1mm de diâmetro, que evoluem e formam manchas com halos amarelados e centro de contornos angulares, de coloração parda na parte superior da folha e coloração rosada na página inferior, medindo de 2 a 3mm de diâmetro. Em infecções severas, a doença causa desfolha e maturação prematura, com uma consequente redução do rendimento. Tanto a mancha parda como o crestamento foliar de Cercospora/mancha púrpura da semente são de ocorrência generalizada, mas são mais perigosas nas regiões quentes e chuvosas do Cerrado. Seus efeitos são mais visíveis na fase de maturação e reduzem o rendimento por causarem desfolha prematura.
Cancro da haste
O
Diaporthe phaseolorum f. sp. eridionalis/ Phomopsis phaseoli f. sp. meridionalis
O cancro da haste foi identificado pela primeira vez em fevereiro de 1989, no Paraná e, em maio do mesmo ano, no Mato Grosso. Desde então, a doença espalhou-se por todas as regiões produtoras de soja do País, do Maranhão ao Rio Grande do Sul. Está também presente no Norte da Argentina, na Bolívia e no Paraguai, onde tem causado severos danos à soja. No Brasil, diversas propriedades tiveram suas colheitas inviabilizadas pela doença,
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atingindo perdas de 80% a 100%. O sintoma inicial, visível aos 15-20 dias após a infecção, é caracterizado por pequenos pontos negros que evoluem para manchas alongadas a elípticas e mudam da coloração negra para castanho-avermelhada. No estádio final, as manchas adquirem coloração castanho-clara, com bordas castanho-avermelhadas e formam grandes lesões alongadas, geralmente de um lado da haste. Plantas severamente infectadas sofrem quebra da haste e severo acamamento. Lavouras altamente infectadas podem ser, em poucos dias, totalmente dizimadas. As plantas mortas prematuramente ficam com as folhas pendentes ao longo da haste. Normalmente, o nível de infecção das sementes é baixo, em torno de 1,5%. Características marcantes no diagnóstico do cancro da haste são a profundidade das lesões e a coloração da medula necrosada, que varia de castanho-avermelhada, em planta ainda verde, a castanho-clara a arroxeada, em haste já seca, estendendose, nos dois sentidos, muito além dos limites dos cancros. Uma das primeiras indicações de planta em fase adiantada de infecção é a presença de folhas amareladas e com necrose entre as nervuras, caracterizando a chamada folha “carijó”. A folha “carijó” pode ter várias causas (nematóide de galhas, podridões radiculares e da haste) devendo-se ter o cuidado de associar sua presença
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a sintomas externos e ao escurecimento castanho do lenho e da medula, Causas frequentes de confusão com os sintomas iniciais de cancro da haste são os sintomas de antracnose (Colletotrichum dematium var. truncata) e de manchas vermelhas na haste, causada por Cercospora kikuchii. Essas duas doenças diferem do cancro da haste por apresentarem lesões superficiais, raramente atingindo a medula. Diversas leguminosas são suscetíveis ao fungo do cancro da haste e podem servir de fonte de inóculo para a soja, quando cultivadas em sucessão como tremoço (Lupinus spp.), crotalária (Crotalaria spp.) e guandu (Cajanus cajan). O fungo é disseminado por sementes contaminadas, multiplica-se nas primeiras plantas infectadas e, posteriormente, nos restos culturais. A ocorrência da doença depende da suscetibilidade da cultivar e de chuvas frequentes nos primeiros 40-50 após a emergência.
Antracnose
Mancha alvo e podridão da raiz
Colletotrichum dematium var. truncata
C
A
Causada pelo fungo Colletotrichum dematium var. truncata, a Antracnose está disseminada por todas as áreas de cultivo de soja e infecta cultura em qualquer fase do seu ciclo, podendo causar a morte das plântulas, necrose dos pecíolos e manchas nas folhas, hastes e vagens. As vagens infectadas no estádio inicial de formação adquirem uma coloração de castanho-escura a negra e ficam retorcidas. Nas vagens em granação, as lesões iniciam-se por estrias de anasarca e evoluem para manchas negras, podendo atingir toda a vagem. O fungo sobrevive nas sementes e nos restos da cultura. A antracnose é uma das principais doenças do Cerrado. Pode causar perda total mas, com maior frequência, reduz o número de vagens e induz a planta à retenção foliar e haste verde. O sintoma na haste é facilmente confundido com a fase inicial do cancro da haste.
Corynespora cassiicola
Ambas as doenças são causadas pelo fungo Corynespora cassiicola e estão presentes em todas as regiões produtoras de soja do país. A Mancha Alvo é caracterizada por lesões que se iniciam através de pontuações de coloração parda, com halo amarelo, e que evoluem para grandes manchas circulares de coloração castanho-claro a castanho-escuro, as quais atingem até 2cm de diâmetro. Normalmente, as manchas apresentam uma pontuação no centro e anéis concêntricos de coloração mais escuras, vindo daí nome Mancha Alvo. As primeiras manchas desenvolvemse nas partes sombreadas, sendo visíveis a partir do estádio de floração. As raízes infectadas apresentam cor castanho-claro e, após a morte da planta, em solo úmido, ficam cobertas por uma fina camada negra de esporos. Presente em todas as regiões produtoras de soja, além de manchas foliares (Foto 39), o fungo causa podridão da raiz (Foto 40), forçando a planta à maturação antecipada.
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Aparentemente há variação de patogenicidade entre a Corynespora cassiicola que causa a mancha foliar e a podridão da raiz. Essa hipótese está sendo investigada.
Podridão branca da haste ou podridão de Sclerotinia Sclerotinia sclerotiorum
U
Uma das mais antigas doenças da soja, a podridão de Sclerotinia continua causando perdas significativas na Região Sul e nas regiões altas do Cerrado. Além da redução do rendimento, a doença é importante por ocorrer nas principais regiões produtoras de semente. O fungo tem como hospedeiros mais de 400 espécies pertencentes a, aproximadamente, 200 gêneros botânicos; entre as mais importantes culturas estão, além da soja, o feijão, o girassol, o algodão, o tomate industrial, a batata e algumas outras hortaliças.
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A disseminação se dá principalmente pelas sementes, que podem estar infectadas com o micélio do fungo, ou por meio da contaminação, devida à presença de estruturas de sobrevivência denominadas de escleródios. As condições de clima favoráveis para seu desenvolvimento são alta umidade e temperaturas amenas. Nesta situação, uma lavoura de soja pode sofrer, em média, perdas de 30% ou mais, em períodos chuvosos e quando medidas preventivas não são tomadas. Na ausência de hospedeiro suscetível, o fungo pode persistir por um longo período no solo por meio das suas estruturas de resistência (escleródios), caracterizadas pela sua dureza e coloração escura, com forma semelhante a fezes de rato, que sobrevivem imersos no solo por um período médio de cinco anos ou mais, podendo chegar até 10 anos.
Podridão radicular vermelha ou síndrome da morte súbita-SDS Fusarium solani
A
A Podridão Vermelha da Raiz (PVR), também conhecida como Síndrome da Morte Súbita, é uma doença relativamente nova na cultura da soja. Observada pela primeira vez em São Gotardo (MG) na safra 1981/82, na cultivar UFV-1, a podridão vermelha da raiz é hoje um problema nacional. Ocorre nas principais regiões produtoras de semente da Bahia, Goiás, Minas Gerais, sul do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além da soja, causa sérios prejuízos em feijão irrigado sob pivô central. A doença é causada pelo fungo Fusarium solani f. sp. glycines e afeta a maioria das áreas de cultivo de soja nos Estados Unidos, Brasil e Argentina (HARTMAN et al., 1995). O fungo Fusarium solani (Mart.) Sacc. f. sp. glycines constitui-se na forma anamórfica, cuja fase teleomórfica corresponde ao ascomycete Nectria haematococca
(ABNEY et al., 1993). Nos Estados Unidos, há relatos de perdas variando entre 20 e 80%, dependendo da cultivar e do estádio de desenvolvimento da cultura no momento de infecção (RUPE et al., 1999). Em 1993, houve perdas de 20 a 46% no rendimento da soja em áreas com alta incidência dos sintomas nos Estados Unidos (SCHERM & YANG, 1996). A PVR induz o sintoma foliar típico de folha carijó, com manchas cloróticas e necróticas internervais e a região das nervuras permanece com coloração verde normal (ALMEIDA et al., 1997). Este sintoma é mais evidente próximo à fase de florescimento e pode progredir causando completa desfolha das plantas. O sintoma de infecção na raiz inicia com uma mancha avermelhada, mais visível na raiz principal e geralmente localizada um a dois centímetros abaixo do nível do solo. Com a evolução da infecção, é observada uma expansão da lesão, que passa a circundar a raiz, assumindo coloração castanhoavermelhado escuro. A necrose situa-se no tecido cortical, enquanto o lenho da raiz adquire uma coloração castanho-clara, estendendo-se pelo tecido lenhoso da haste a vários centímetros acima do nível do solo. Na lesão, pode ser observada uma massa azulada de esporos do patógeno. Os sintomas foliares da PVR iniciam de duas a três semanas antes da floração estendendo-se até o
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período de enchimento de grãos, quando normalmente é observada a morte da planta (RUPE & GBUR, 1995). Em plantas severamente afetadas, a desfolha ocorre prematuramente causando abortamento de vagens (ROY et al., 1989; RUPE, 1989; WRATHER et al., 1995; LUO et al., 1999). Nas cultivares com ciclo precoce os sintomas dificilmente aparecem, ou quando aparecem os danos são pequenos, sendo que a doença é mais severa em baixas temperaturas e alta umidade (RUPE et al., 1991). Temperaturas superiores a 30ºC limitam a expressão da doença e seu desenvolvimento no campo ocorre quando a temperatura acumulada diariamente atinge 850 a 960 graus-dia (SCHERM & YANG, 1996). A presença do nematóide do cisto da soja (Heterodera glycines) é outro fator que acarreta aumento na severidade da PVR (HERSHMAN et al., 1990 e KILLEBREW et al., 1988).
Oídio
Microsphaera difusa
O
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O oídio da soja sempre esteve presente em todas as regiões produtoras, desde o estado do Rio Grande do Sul até a região do cerrado, em plantas de cultivadas em casa-devegetação, plantas guaxas, e variedades tardias, ao final da safra. A partir de meados para o final dos anos 90 a doença começou a apresentar alta incidência em diversas cultivares. É uma doença potencialmente perigosa em períodos de estiagem, sendo que no ano de 1997 o oídio ocorreu de forma generalizada e surpreendente em todo o país, sendo necessário recomendar, em caráter emergencial, o controle químico, em todo país. As perdas de rendimento decorrente desta doença nas lavouras deste ano atingiram níveis de até 40%. O Oídio é causado pelo fungo Microsphaera diffusa, um fungo biotrófico que pode incidir em outras leguminosas também. O fungo produz micélio na superfície da planta através de haustórios intracelulares nas células epidérmicas. Desenvolve-se na parte aérea da planta, principalmente em folhas e hastes (com maior intensidade no baixeiro), sendo caracterizado pela presença de uma fina camada
de micélio e esporos (conídios) pulverulentos do fungo, que podem evoluir de pequenos pontos brancos para a cobertura total das partes infectadas, impedindo a fotossíntese e provocando queda prematura das folhas, nas quais, a coloração branca do fungo pode se alterar para castanho-acinzentada e, nas hastes, podem ocorrer rachaduras e cicatrizes superficiais. A infecção pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, sendo muito mais comum ser encontrada após o início da floração, quanto mais cedo, maiores os danos provocados. Possui dispersão facilitada pelo vento. Baixa umidade relativa do ar e temperaturas amenas (entre 18 ºC e 24 ºC) favorecem o desenvolvimento do fungo. Temperaturas superiores a 30 ºC, precipitações intensas e frequentes são fatores inibidores ao seu desenvolvimento. Outros fatores, como época de semeadura e fase de desenvolvimento da planta influem significativamente na severidade da doença, algumas cultivares consideradas resistentes se tornam suscetíveis quando plantadas fora da época (Embrapa, 1998).
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Míldio
Peronospora manshurica
O
O míldio é uma das doenças de distribuição em todas as regiões onde se cultiva soja no mundo. O fungo apresenta grande variabilidade genética, conhecendo-se atualmente já 23 raças. As perdas causadas pela doença podem alcançar 8% a 20%. No Brasil, as condições climáticas para o desenvolvimento do fungo e ataque às plantas parecem ser adequadas o ano todo. Ocorre em todos os estados do Brasil onde a soja é plantada e sua introdução provavelmente foi feita pela semente. Não parece ser doença de grande importância econômica tendo causado apenas prejuízos reduzidos. O agente causal é o fungo Peronospora manshurica que produz que atravessa o período entre culturas de um ano para outro na forma de oósporos que se formam sobre as folhas das plantas ou nas sementes. A semente recoberta externamente por oósporos do fungo, quando usada no plantio, dá origem a plantas com invasão sistêmica. As frutificações do fungo que se formam sobre as lesões na face inferior das folhas em condições de alta umidade relativa dão origem
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a inóculo secundário facilmente disseminado pela chuva. O início do desenvolvimento da doença ocorre nas folhas unifolioladas e pode atingir toda a parte aérea das plantas. Os primeiros sintomas ocorrem na forma de pontuações amarelas, que se desenvolvem até atingirem um diâmetro aproximado de 5 mm, posteriormente necrosam, ficando similares às manchas da doença “mancha olho de rã”. Na página superior das folhas, os sintomas evoluem de manchas claras para a amarelobrilhantes com o centro necrosado, e na página inferior são observadas estruturas reprodutivas de aspecto cotonoso, de coloração levemente rosada ou cinza (esporangióforo e esporângio). Em ataques severos, as folhas tornam-se amarelas e marrons, e as bordas ficam enroladas, o que provoca a desfolha prematura. Nas vagens atacadas, as sementes apresentam deterioração ou infecção parcial. No tegumento, desenvolve uma crosta pulverulenta de coloração bege ou castanho-clara, formada de micélio e esporos. O patógeno é introduzido na lavoura por meio de sementes infectadas e por esporos disseminados pelo vento. Ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do Brasil. As condições climáticas de temperaturas amenas (20 °C a 22 °C) e umidade elevada, principalmente na fase vegetativa, são favoráveis à
doença. À medida que as folhas envelhecem, tornamse resistentes. A transmissão por semente, na forma de oósporos aderidos ao tegumento, embora possa ocorrer, é rara. A esporulação é favorecida por períodos de alta umidade e temperaturas amenas, entre 10ºC e 25 °C. A infecção sistêmica é favorecida entre 20ºC e 22 °C na fase vegetativa, paralisando seu desenvolvimento na fase reprodutiva do hospedeiro. A esporulação é inibida quando a temperatura é inferior a 10 °C e superior a 30 °C.
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Nematoides
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O
O problema com nematoides tem aumentado muito nos últimos anos, na cultura da soja. Nas décadas passadas, a principal preocupação do sojicultor era com relação aos nematoides das galha (Meloidogyne spp) e com o nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines). Hoje, o nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus) também merece atenção especial, pois está amplamente disseminado e o seu manejo tem sido extremamente complicado. Os fitonematoides, parasitam plantas, atacando principalmente seus órgãos subterrâneos, como raízes, bulbos, tubérculos e rizomas, e também os órgãos aéreos, como caule, folhas e sementes. Todas as espécies de plantas cultivadas são parasitadas por nematoides, porém, devido ao pequeno tamanho deste grupo de nematoides (0,3 a 3mm de comprimento e 0,015 a 0,050 mm de diâmetro) e em razão de os sintomas causados nas plantas se confundirem com os de deficiência mineral ou de outra origem, estes serem passam despercebidos pelos agricultores. Estes organismos, ao se alimentarem ou ao penetrarem e se movimentarem nos tecidos das plantas, causam danos mecânicos. Além disso, retiram nutrientes da planta para seu próprio sustento. Contudo, os danos maiores
são geralmente devido à ação tóxica das substâncias que os nematoides injetam nas plantas. A formação de galhas nas raízes, causadas por Meloidogyne spp., é um exemplo da ação direta destas substâncias. Elas também tornam as plantas mais suscetíveis ao ataque de outros patógenos, como fungos e bactérias. Os fitonematoides não se distribuem uniformemente no solo, logo sintomas iniciais aparecem em “reboleiras”. Plantas menores, amareladas, mostrando sintomas mais evidentes de deficiência nutricionais, com pouca resistência à falta d`água ou a extremos de temperaturas, e produção reduzida e eventualmente morte prematura são alguns indicadores da ação de fitonematoides. Examinando o sistema radicular, podemos observar: presença de galhas (geralmente causadas por Meloidogyne spp.); sistema radicular muito pobre ou então com excesso de raízes laterais; raízes curtas (causadas principalmente por Trichodous spp. e Paratrichodorus spp.); lesões internas, de coloração escura (Pratylenchus spp. e Radophulus similis); deslocamento ou rachaduras do córtex, etc.
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Controle: O controle, através de resistência genética, apresenta possibilidades limitadas. A forma mais eficiente e duradoura de conviver com os nematoides de galhas é através da rotação/sucessão de culturas com espécies resistentes (algodão, milho, sorgo, aveia, trigo, etc.) e adubação verde com espécies de Crotalaria e mucuna preta (Styzolobium atterrimum). A primeira medida a ser adotada é a de evitar a dispersão do nematóide para novas áreas. As principais formas de disseminação para áreas indenes são: a) movimentação e transporte de solo infestado aderido a máquinas e implementos agrícolas, veículos e calçados; b) erosão eólica; c) erosão por água de chuva; d) sementes com partículas de solo contendo cistos; e) aves e animais silvestres; f) transporte de soja não beneficiada, contendo torrões e resíduos contaminados, distribuídos por caminhões, ao longo das rodovias. A identificação do nematóide na fase inicial de infestação é fundamental para o controle.
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Manejo integrado: A alternativa de controle mais viável e duradoura é o manejo integrado, cujo objetivo é a redução da população do nematoide a um nível de convivência através da combinação de diversas práticas agronômicas: a) rotação/sucessão de culturas com hospedeiros não suscetíveis (algodão, amendoim, arroz, cana-de-açúcar, girassol, mandioca, milho, sorgo/aveia, cevada, trigo, milheto e pastagem); b) adubação verde (mucuna, Crotalária); c) controle de plantas daninhas; e d) retardamento da semeadura de cultivares precoces. Na maioria das regiões, a rotação com o milho é a opção econômica mais viável, porém, sua expansão já está apresentando sérios problemas de armazenamento e comercialização. As sucessões mais viáveis são as culturas de inverno ou de entressafra, com finalidades econômicas ou de cobertura, adubação verde ou complementação de pastagem, como o milheto, sorgo, aveia preta, a mucuna e espécies de Crotalária. A principal limitação no uso dessas espécies é a pouca disponibilidade de semente, por falta de demanda e de estrutura de produção. Observações preliminares em lavouras com altas populações de nematoides têm mostrado que apenas um ano de rotação com milho não é suficiente para reduzir os prejuízos ao nível de dano econômico. Portanto, é fundamental que a presença do nematoide
seja detectada na fase inicial de infestação, para que um ano de rotação seja eficaz.
Atenção para o nematoide de cisto
N
Heterodera glycines
No caso do nematoide de cisto da soja (NCS), o cenário também está um pouco diferente. As raças 1 e 3, antes as mais frequentes na maioria das áreas cultivadas com soja, passaram a ser substituídas por populações do NCS mais difíceis de ser controladas pelo uso de cultivares resistentes. Atualmente, o percentual de lavouras de soja do Mato Grosso infestadas pelas raças 4, 6, 9 ou 14 do NCS já é alto . Distribuição geográfica: Identificado pela primeira vez no Brasil na safra 1991/92, o nematoide de cisto da soja expandiu-se de forma assustadora nas safras seguintes.
Importância econômica: Na safra 1991/92, a área afetada foi estimada em 10 mil hectares, com perda avaliada em US$ 1 milhão. Na safra 1993/94, a área infestada foi estimada em cerca de 1 milhão de hectares e os prejuízos só não foram catastróficos devido à semeadura do milho. Nos Estados Unidos, os níveis de danos econômicos são observados após seis a sete anos do início da infestação. No Brasil, são relatadas perdas totais em áreas de três a cinco anos de cultivo de soja. Geralmente, essas áreas apresentam forte infestação de plantas daninhas. Sintoma: A presença do nematoide de cisto é caracterizada por reboleiras de plantas amareladas de diferentes tamanhos. As plantas infestadas podem morrer aos 30-40 dias da semeadura. Geralmente, o sintoma mais característico é o amarelecimento das folhas com acentuado sintoma de deficiência de manganês, acompanhado de nanismo das plantas, abortamento de flores e vagens. O sintoma de deficiência de manganês é mais visível nos solos sob cerrado, enquanto no latossolo roxo (Palmital, SP) a deficiência de potássio acentuase. As características mais distintas para diagnóstico do nematoide é a presença típica dos cistos (fêmeas) de coloração branca a amarela nas raízes e castanha no solo (Foto 48).
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PORTFÓLIO DE BIOPOTENTES Evolução biológica legítima é isso. 80
Conheรงa nosso portfรณlio de Biopotentes para todas as culturas.
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MIB - MANEJO INTELIGENTE BIOPOTENTE Levando produtividade e bons resultados para sua lavoura.
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A
As Soluções Biopotentes do Laboratório Farroupilha Lallemand, são a somatória de processos do mais alto crivo e capital humano especializado. Levamos informações e resultados através de pesquisas e desenvolvimentos inovadores, gestão da qualidade produtiva, eficiência e agilidade no trato administrativo/logístico e assistência personalizada aos clientes através de vendas consultivas. Quem escolhe consciente, escolhe Biopotente.
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RESULTADOS DE CAMPO Números que comprovam: os resultados são fartos.
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A
Atualmente, o Laboratório Farroupilha Lallemand atua em todo o território nacional, com mais de 169 áreas demonstrativas. E é através dessa grande cobertura abrangente que o Laboratório Farroupilha Lallemand demonstra sua força e influência no mercado. Por fim, os resultados produzidos sob o MIB - Manejo Inteligente Biopotente serão comprovados nas próximas páginas.
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Dados Gerais: TRATAMENTO SOJA
NÚMERO DE ÁREAS DEMONSTRATIVAS
% EFICIÊNCIA DOS BIOPOTENTES
TRATAMENTO SOJA GERAL
NÚMERO DE ÁREAS DEMONSTRATIVAS 169
% EFICIÊNCIA DOS BIOPOTENTES 79,9
INCREMENTO DE PRODUTIVIDADE DAS ÁREAS INCREMENTO POSITIVAS % DE PRODUTIVIDADE DAS ÁREAS 79,9 POSITIVAS %
GERAL
169
79,9
79,9
CONCORRENTE (SC/HA) SOJA PRODUTIVIDADE CONCORRENTE (SC/HA) SOJA 58
BIOPOTENTES (SC/HA) SOJA PRODUTIVIDADE BIOPOTENTES (SC/HA) SOJA 64
DIFERENÇA EM PRODUTIVIDADE (SC/HA) DIFERENÇA EM PRODUTIVIDADE (SC/HA) +6
VALOR DO SACO DE SOJA R$ 60
GANHOS ECONÔMICOS (R$) PARA O PRODUTOR (1.000 HA) GANHOS ECONÔMICOS (R$) PARA O PRODUTOR + 360.000,00 (1.000 HA)
58
64
+6
60
+ 360.000,00
Dados Econômicos: PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE
VALOR DO SACO DE SOJA R$
De acordo com as áreas demonstrativas, a utilização dos Biopotentes proporciona um incremento de 9,39 %, correspondendo a um ganho médio de 6 sacos/ha. Logo, um produtor de 1000 ha teria um ganho de 6000 mil sacos de soja. Sendo negociado a R$ 60,00 corresponderia a um ganho financeiro de R$ 360.000,00. Simulação financeira estimada de acordo com departamento de desenvolvimento, podendo alterar de acordo com intemperes climáticas e outras variáveis do negócio.
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Coinoculação: uma ferramenta de incremento na produtividade. Total de áreas: 110 áreas
INCREMENTO DE PRODUTIVIDADE EM % NA COINOCULAÇÃO 12
10 10 8 6 4
5 4,3
2
Este gráfico mostrou que o consórcio entre os Biopotentes Quality, Rizos, Azoz e Starfix Soja favoreceu um incremento na produtividade da soja.
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0 Quality+ Rizos Incremento de Produtividade em %
Quality+ Rizos + Azos
Quality+ Rizos + Azos + Starfix Soja
Linear (Incremento de Produtividade em %)
MIB - MANEJO INTELIGENTE BIOPOTENTE
MANEJO CONVENCIONAL
REGISTRO EM SÃO DESIDÉRIO/BA.
GOIÁS
Eficiência pelo Brasil afora.
Eficiência: 82% Incremento em produtividade: 9% MATO GROSSO
Eficiência: 80% Incremento em produtividade: 8.2%
MARANHÃO, TOCANTINS E PIAUÍ
Eficiência: 90% Incremento em produtividade: 12% BAHIA
Eficiência: 80% Incremento em produtividade: 5,5%
MATO GROSSO DO SUL
Eficiência: 83% Incremento em produtividade: 9.3% MINAS GERAIS
Eficiência: 87% Incremento em produtividade: 8,5% 89
90
Dados comparativos que fazem a diferença. 90 80
84,3 78,3 74 71,6
70
77,5
71,9
67
65,8
60
55
66,3
60,8
62 58
55
51
50
58,5
40
33 31
30 20 10 0 BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 01 - CRISTALINA / GO
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 02 - VALE DO ARAGUAIA / MT
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 03 - CHAPADÃO DO SUL / MS
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 04 - VILA PROPÍCIO / GO
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 05 - NAVIRAÍ / MS
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 06 - SAPEZAL / MT
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 07 - GUARAÍ / TO
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 08 - FORMOSA DO RIO PRETO / BA
BIOPOTENTES
FAZENDA
CAMPO 09 - SÃO GOTARDO / MG
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AZOS FOLIAR
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Para uma maior produtividade, escolha Azos.
13 ÁREAS TESTES 100% DE EFICIÊNCIA 9.8% DE INCREMENTO EM PRODUTIVIDADE
CARACTERÍSTICAS • Inoculante líquido baseado em uma cepa da bactéria diazotrófica Azospirillum brazilense AbV-5. • Concentração de 100 milhões (1x10⁸) de células por ml. • Registrado para aplicação foliar. • Vários trabalhos científicos demonstram que esta bactéria produz fitormônios naturais e outras substâncias que são precursores de fitormônios na planta.
BENEFÍCIOS E VANTAGENS COMPETITIVAS • Produto recomendado para aplicação em pós-emergência, não havendo necessidade de tratar a semente e não interferindo na eficiência do tratamento industrial, reduzindo custo e tempo operacional. • Promove maior vigor nas plantas, aumento de produtividade e tolerância ao stress hídrico. • Devido à sua baixa toxidade, resulta em maior segurança ao aplicador e meio ambiente, não deixa resíduos e preserva os inimigos naturais da lavoura.
93
RESULTADOS DE PESQUISA Com MIB - Manejo Inteligente Biopotente - a satisfação vem em grande escala.
94
A
A evolução Biopotente do Laboratório Farroupilha Lallemand tem gerado resultados de produtividade, lucratividade e sustentabilidade para produtores rurais do mundo todo, bem como para a sociedade que se beneficia cotidianamente no consumo de alimentos mais saudáveis. A seguir, confira as tabelas baseadas em pesquisas com informações e resultados do manejo Biopotente na soja em alguns estados do Brasil.
95
P A R A N Á
Todos os produtos Biopotentes do Laboratório Farroupilha Lallemand têm qualidade comprovada por instituições de pesquisa. Esses centros pesquisadores trabalharam em conjunto com o Laboratório Farroupilha Lallemand sempre em busca de eficiência, qualidade e resultado. TRATAMENTO
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
INSTITUIÇÃO
PESQUISADOR
CIDADE/ESTADO
DATA/ANO
CULTURA
ALVO
TÍTULO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
JOÃO BATISTA VIDA
MARINGÁ/PR
2010/2011
SOJA
MOFO BRANCO
EFICIÊNCIA DE QUALITY NO CONTROLE DA PODRIDÃO BRANCA DA HASTE NA CULTURA DA SOJA NO ESTADO DO PARANA
Quality
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
JOÃO BATISTA VIDA
MARINGÁ/PR
2011/2012
SOJA
MOFO BRANCO
EFICIÊNCIA DE QUALITY NO CONTROLE DA PODRIDÃO BRANCA DA HASTE NA CULTURA DA SOJA NO ESTADO DO PARANA
Quality
FUNDAÇÃO AGRÁRIA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
HERALDO R. FEKSA/CRISTIANE G. GARDIANO/BERTHOL D DUHATSCHEK
GUARAPUAVA/PR
2015/2016
SOJA
MOFO BRANCO
EFICÁCIA DO PRODUTO QUALITY NO CONTROLE DE DOENÇAS NA CULTURA DA SOJA
Quality
PULVERIZAÇÃO
Controle +
PULVERIZAÇÃO
PULVERIZAÇÃO
Controle
JOÃO BATISTA VIDA
MARINGÁ/PR
2015/2016
SOJA
MOFO BRANCO
EFICIÊNCIA DE QUALITY NO CONTROLE DA PODRIDÃO BRANCA DA HASTE NA CULTURA DA SOJA NO ESTADO DO PARANA
PULVERIZAÇÃO
Controle
12,92
32,01
73,43
DIFERENÇA
RENDIMENTO %
M ATO G R O S S O D O S U L
96
TRATAMENTO
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
ALVO
TÍTULO
MOFO BRANCO
EFEITO DE PRODUTOS BIOLÓGICOS PARA CONTROLE DE MOFO BRANCO NA CULTURA DA SOJA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE CAMPO
Quality
EDSON PEREIRA BORGES/ALFREDO RICIENE DIAS
CHAPADÃO DO SUL/MS
2013/2014
EFICÁCIA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS NO CONTROLE DE MOFO BRANCO NA CULTURA DA SOJA EM CONDIÇÕES DE CAMPO
Quality
EDSON PEREIRA BORGES/ALFREDO RICIENE DIAS
CHAPADÃO DO SUL/MS
2012/2013
MANEJO DO CONTROLE BIOLÓGICO, COM UTILIZAÇÃO DO PRODUTO QUALITY, NO MOFO BRANCO NA CULTURA DA SOJA EM CONDIÇÕES DE CAMPO
Quality
EDSON PEREIRA BORGES/ALFREDO RICIENE DIAS
CHAPADÃO DO SUL/MS
EFEITO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS QUALITY, RIZOS E GF422 NO MANEJO DE NEMATOIDES NA CULTURA DA SOJ
Quality + Rizos + Onix
TS (Quality e Rizos) + PULV (Onix/V2)
Controle +
TS
PULVERIZAÇÃO
Controle
CHAPADÃO DO SUL/MS
2012/2013
SOJA
NEMATOIDE
EFEITO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS RIZOS E ONIX NO MANEJO DE NEMATOIDES NA CULTURA DA SOJA
PULVERIZAÇÃO
Controle
Controle
73,2
2,9 7
10,57
2,9 8,1
15,91
5,9
8,46
60
-
-
55,4
4,6
8,30
57
3
5,26
73,8
8,8
13,54
59 50,9
PULVERIZAÇÃO
Controle
Onix
PRODUTIVIDADE
66,2
75,6 69,7
Controle FUNDAÇÃO CHAPADÃO
73,43
60,8
CULTURA
EDSON PEREIRA BORGES/ALFREDO RICIENE DIAS
32,01
-
SOJA
NEMATOIDE
12,92
43,59
8,65
DATA/ANO
SOJA
-
8,65
-
2012/2013
2014/2015
-
66,95
60,8
CHAPADÃO DO SUL/MS
FUNDAÇÃO CHAPADÃO
75,6
63,7
CIDADE/ESTADO
MOFO BRANCO
3,6
PULVERIZAÇÃO
PESQUISADOR
SOJA
2,9 21
60
PULVERIZAÇÃO
EDSON PEREIRA BORGES/ALFREDO RICIENE DIAS
FUNDAÇÃO CHAPADÃO
4,77
Controle +
FUNDAÇÃO CHAPADÃO
MOFO BRANCO
2,9
Quality
INSTITUIÇÃO
SOJA
RENDIMENTO %
57,9
Controle -
FUNDAÇÃO CHAPADÃO
63,7
DIFERENÇA
60,8
Controle UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
PRODUTIVIDADE
TS + PULV (V2)
65
MINAS GERAIS MATO GROSSO BAHIA GOIÁS
INSTITUIÇÃO
PESQUISADOR
CIDADE/ESTADO
DATA/ANO
CULTURA
ALVO
TÍTULO
LABORATÓRO DE BIOCONTROLE FARROUPILHA/ LALLEMAND
ROBSON LUZ COSTA
SÃO GOTARDO/MG
2012/2013
SOJA
NEMATOIDE
EFEITO DO RIZOS NO MANEJO DE NEMATOIDES NA CULTURA DA SOJA - COOPADAP
LABORATÓRO DE BIOCONTROLE FARROUPILHA/ LALLEMAND
ROBSON LUZ COSTA
TRATAMENTO Quality + Rizos
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO TS
Controle SÃO GOTARDO/MG
2012/2013
SOJA
NEMATOIDE
EFEITO DO RIZOS NO MANEJO DE NEMATOIDES NA CULTURA DA SOJA - COOPADAP
Quality + Rizos
PESQUISADOR
CIDADE/ESTADO
DATA/ANO
CULTURA
ALVO
TÍTULO
FUNDAÇÃO MT
ROSANGELA APARECIDA DA SILVA
RONDONÓPOLIS/MT
2016
SOJA
NEMATOIDE
PROJETO DE NEMATOLOGIA SOJA/COBERTURA
TRATAMENTO Quality + Rizos
PULVERIZAÇÃO
PAULO SERGIO DE ASSUNÇÃO/HENRIQUE TREVISANUTO
TANGARÁ DA SERRA/MT
2016/2017
PAULO SERGIO DE ASSUNÇÃO/HENRIQUE TREVISANUTO
TANGARÁ DA SERRA/MT
2016/2017
INSTITUIÇÃO
PESQUISADOR
CIDADE/ESTADO
DATA/ANO
CULTURA
ALVO
TÍTULO
INOVAÇÃO AGRÍCOLA - SINGER PESQUISAS E SERVIÇOS AGRONÔMICOS
ANDRÉ SINGER/ VALMOR DOS SANTOS
LUÍS EDUARDO MAGALHÃES/BA
2016/2017
SOJA
MOSCA BRANCA
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE GRANADA NO CONTROLE DE MOSCA BRANCA NA CULTURA DA SOJA
INSTITUIÇÃO
PESQUISADOR
CIDADE/ESTADO
DATA/ANO
CULTURA
ALVO
TÍTULO
FUNDAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR DE RIO VERDE
GUSTAVO ADOLFO PAZZETTI ORDOÑEZ
RIO VERDE/GO
2015/2016
SOJA
COINOCULAÇÃO
RELATÓRIO TÉCNICO DE PRATICABILIDADE E EFICÁCIA AGRONÔMICA DA COINOCULAÇÃO VISA SEMENTE, NO SULCO DE SEMEADURA OU VIA FOLIAR SOBRE A NODULAÇÃO E PRODUTIVIDADE DE SOJA TRANSGÊNICA
PA - CONSULTORIA AGRONÔMICA
SOJA
NEMATOIDE
EFEITO DO USO DE ONIX, RIZOS E QUALITY NA CULTURA DA SOJA
Quality + Rizos + Onix
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO TS
NEMATOIDE
EFEITO DO USO DE ONIX, RIZOS E QUALITY NA CULTURA DA SOJA
Quality + Rizos + Onix
TS
Granada
SULCO
Bradrhizobium japonicum + Azos Controle
56
2,9 14
33,33
PRODUTIVIDADE 46,06
DIFERENÇA
RENDIMENTO %
2,9 4,2
9,95
77,4
2,9 14,6
23,25
78,1
15,3 2,9
24,36
62,8
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO PULVERIZAÇÃO (150 G)
Concorrente
TRATAMENTO
21,31
62,8
Controle
TRATAMENTO
RENDIMENTO %
2,9 8,06
41,89
Controle SOJA
DIFERENÇA
42
Controle PA - CONSULTORIA AGRONÔMICA
45,88 37,82
Controle
INSTITUIÇÃO
PRODUTIVIDADE
PRODUTIVIDADE 86,6
DIFERENÇA 2,9 4,57
RENDIMENTO % 5,57
82,1
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO TS (AZOS = 2ML/KG
PRODUTIVIDADE 45,5
DIFERENÇA 3,3
RENDIMENTO % 7,82
42,2
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RESULTADOS DE CLIENTES. Confira agora os resultados satisfatórios obtidos na Cultura da Soja através do MIB - Manejo Inteligente Biopotente - por alguns dos clientes do Laboratório Farroupilha Lallemand.
98
Cidades e estados: Matheus Sebben (Comodoro - MT) Marcelo Zanchet (Campos de JĂşlio - MT) Naoki Odashiro (Diamantino - MT) Rafael Pschiedt (Diamantino - MT) Matheus Sebben: Quality + Rizos : 61,5 sac/hc Test.: 54,6 sac/hc Marcelo Zanchet: Quality + Rizos + Onix: 59,25 sac/hc Quality + Rizos: 56 sac/hc Naoki Odashiro: Quality + Rizos + Onix: 70,1 sac/hc Quality + Rizos: 67,99 sac/hc Rafael Pschiedt : Quality + Rizos: 53,2 sac/hc Test.: 45,7 sac/hc
99
CORRÊA-FERREIRA, B.S. Utilização do parasitoide de ovos Trissolcus basalis (Wollaston) no controle de percevejos da soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1993. 40. (EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica 5) CORSO, I.C. Uso de sal de cozinha na redução da dose de inseticida para controle de percevejos da soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1990. 7p. (EMBRAPA-CNPSo. Comunicado Técnico, 45)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTAMILAN, L.M. & BONATO, E.R. Desempenho de cultivares de soja em áreas com diferentes níveis de infestação de Phialophora gregata. In: EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA DE SOJA. Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, Passo Fundo. Resultados de Pesquisa 1992-1993. Passo Fundo: EMBRAPA-CNPTr, 1993. p.107-10. COSTAMILAN, L.M.; BONATO, E.R.; REIS, E.M.; YORINORI, J.T. Brown stem rot, a new soybean disease in Rio Grande do Sul, Brazil. In: INTERNATIONAL PLANT PROTECTION CONGRESS, 12., Rio de Janeiro, 1991. Programs and Abstracts. São Paulo: ANDEF, 1991. s/p. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja (Londrina, PR). Recomendações técnicas para cultura da soja no Paraná 1993/94. Londrina: OCEPAR/EMBRAPA-CNPSo, 1993a. 128p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 62)
100
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja (Londrina, PR). Recomendações técnicas para a cultura da soja na Região Central do Brasil - 1993/94. Londrina, 1993b. 120p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 64)
Com Biopotentes você amadurece o seu negócio.
GAZZONI, D.L., OLIVEIRA, E.B. de, CORSO, I.C., CORRÊAFERREIRA, B.S., VILLAS BÔAS, G.L., MOSCARDI, F.;PANIZZI, A.R. Manejo de Pragas da Soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1988. 44p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica, 5)
A
1983. 21p. (EMBRAPA-CNPSo. Comunicado Técnico, 23) SFREDO, G.J.; LANTMANN, A.F.; CAMPO, R.J.; BORKERT, C.M. Soja, nutrição mineral, adubação e calagem. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1986. 51p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 64) SOUZA, D.M.G. de; MIRANDA, L.N. de; LOBATO, E. Interpretação de análise de terra e recomendação de adubos fosfatados para as culturas anuais nos cerrados. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1987. 7p. (EMBRAPACPAC. Comunicado Técnico, 51)
MASCARENHAS, H.A.A. Recomendação de adubação para a soja. In: YORINORI, J.T. Cancro da haste da soja. Londrina: EMBRAPA CNPSo, Recomendações deAs adubação e calagem para o Estado São Paulo. Farroupilha 1990. 8p. (EMBRAPA-CNPSo. Comunicado Técnico, 44) Soluções Biopotentes do de Laboratório Campinas: IAC, 1985. 107p. (IAC. Lallemand, são a somatória de processos do mais alto crivo Boletim Técnico, 100) YORINORI, J.T. Doenças da Soja no Brasil. In: FUNDAÇÃO CARGILL (ed.). e capital humano especializado. Levamos informações Soja no Brasil Central. 3.ed. Campinas: Fundação Cargill, 1986. p.301MITCHELL, E.R. Life history of através Pseudoplusia includens (Walker) 63. e resultados de pesquisas e desenvolvimentos (Lepidoptera: Noctuidae). Journalgestão Georgiada Entomogical Society, v. 2, eficiência e inovadores, qualidade produtiva, p. 53-57, 1967. BUENO, R.C.O.F.; PARRA, J.R.P.; BUENO, A.F.; MOSCARDI, YORINORI, J.T. Frogeye leaf spot of soybean (Cercospora sojina Hara). no Sem tratobarreira. administrativo/logístico F.; OLIVEIRA, J.R.G.;agilidade CAMILLO, M.F. Revista Cultivar, v. 93, e assistência In: WORLD SOY-BEAN RESEARCH CONFERENCE, 4., Buenos Aires: p. 12-15, 2007. HERZOG, D.C. Sampling soybean looper onde soybean. Asociacion Argentina de la Soya, Vol. III, 1989. p.1275-83. personalizada aos clientes através vendas consultivas. In: KOGAN, M.; HERZOG, D.C. (Ed.)consciente, Sampling methods soybean Quem escolhe escolheinBiopotente. entomology. New York: Springer-Verlag, 1980. p. 141-168. MOSCARDI, F. Utilização de Baculovirus anticarsia para o controle da lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis. Londrina: EMBRAPA-CNPSo,
101
l a b f a r r o u p i l h a . c o m