Redesign Up Love Store

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Projeto AcadĂŞmico Lorena BrandĂŁo

Redesign Universo dos Prazeres


Proposta

De acordo com os princĂ­pios do design thinking, foi selecionado uma empresa no ramo do sex shop. Para inovar, o desafio maior foi o de tornar este segmento em um comĂŠrcio atraente, moderno e divertido.


A empresa Universo dos Prazeres (UP) é uma empresa que atua no seguimento de Sex Shop e tem como foco principal a venda de produtos e artigos de conveniência erótica garantindo satisfação, e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do consumidor. Mais do que vender, o objetivo principal da UP é sempre proporcionar aos seus clientes a melhor solução para que cada momento se torne especial e único. Os produtos são comprados direto da fábrica e dentre eles se destacam, desde os mais simples óleos de massagem, lubrificantes, géis térmicos, lingeries sensuais, até os mais modernos tipos de vibradores, fantasias, acessórios para ele/ela, fetiche e sadomasoquismo, além de produtos para saúde, beleza e cosméticos. Além do comércio de produtos, trabalha com chá de lingerie, Clube da Luluzinha e consultorias, bem como uma rede de consultores atuantes em Minas Gerais e São Paulo.

A UP atua no mercado desde 2012, a princípio como consultora. E em abril de 2015 iniciou seu comércio de produtos em sua primeira loja física.


Posicionamento


PĂşblico Alvo

Pessoas acima de 18 anos, indiferentemente da gĂŞnero, idade ou costumes. A maioria dos consumidores ĂŠ composta pelo publico feminino, sexualmente ativos que buscam por melhoria na qualidade de vida afetiva. Em grande parte o publico se encaixa na categoria B, C e D.


Público Alvo


Ponto de venda

Avenida Augusto de Lima, 1263 Quiosque 2A - Barro Preto CEP: 30190-002 - Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3047-6350 Email: sac@universodosprazeres.com.b A “UP” possui somente uma loja física e a virtual no momento está em construção.


Ponto de Venda


Material Promocional O material promocional da UP consiste em um cartão de visitas e uma sacola parda com o símbolo da empresa. . O logotipo atual tem como referência o desenho de uma fechadura que remete a ideia de algo que está encoberto, misterioso, velado e o arabesco em volta que são formas geométricas e orgânicas semelhantes as formas da natureza o que pode ser associado muitas vezes a ideia de feminilidade já que a grande parte do público que consome produtos sensuais/eróticos é o feminino. No cartão de visita o uso da cor marrom transmite uma imagem de segurança e tradição contrabalanceado ao branco que é uma cor que não é quente nem fria. Embora o tom branco equilibre dando clareza e refinamento, em contrapartida o marrom transmite austeridade a comunicação da marca e são pouco utilizadas nesse seguimento. Na embalagem são utilizados sacos de papel Kraft (saco de pão) com o logotipo em branco, na tentativa de manter a discrição dos produtos e dos consumidores. A comunicação atual reforça o apelo ao velado e entra em contradição com o espaço físico da loja (quiosque) extremamente exposto.


Material Promocional


Concorrentes

Foram identificados concorrentes diretos da Up de acordo com a localização geográfica e pertinência no mercado erótico em Belo Horizonte. •

Distinto Prazer Sex Shop

Rua Timbiras 2852 - Barro Preto- Belo Horizonte – MG

Essencial Prazer

Rua Coromandel, 21 - Bairro da Graça - Belo Horizonte

Delirius

Avenida Bias Fortes, 557 Casa - Lourdes - Belo Horizonte


Concorrentes


Pertinência do tema A identidade visual atual está desalinhada com a empresa, ela não reflete a marca, sua missão, valores, qualidades e serviços. Não é compatível com a natureza e atividade da empresa. Não transmite uma imagem e um conceito com que os clientes se identifiquem dificultando o público de se conectar com o mesmo. A proposta do layout atual afasta a marca em relação à percepção do público. Então nesse caso, o redesign é essencial. A embalagem atual também não condiz com a natureza do produto, não chama a atenção de quem o compra, e faz com que aumente a chance do consumidor não percebê-los. O objetivo é criar uma identidade visual de qualidade, que possa estar alinhada ao ambiente onde o quiosque está localizado, dialogando com o shopper e pessoas que trabalham na galeria com bom gosto, despertando curiosidade do consumidor e coerência de acordo com a proposta da marca. E, consequentemente, se posicione melhor no mercado.


Proposta de Intervenção A cultura de massa exerce forte influência no design contemporâneo, e através de pesquisas no campo nas artes visuais e musicais se chegou a solução usada para a criação da identidade visual da empresa. O conceito “cultura pop” é padronizado na sociedade desde 1950. Sua definição é simples: produtos feitos para vender, lucrar e virar moda dentro da sociedade capitalista através da música e de seus ícones. Tudo aquilo que é remetido ao pop vira hit, fica na boca do povo. Fora a influência e o impacto que os artistas dentro dessa cultura tem o dom de transmitir na sociedade, seja pela atitudes, pelas vestimentas ou até mesmo por suas letras, fazendo o público identificarse e associar cada uma delas com a sua vida. Sexualmente temos dois ícones pop muito distintos, no tempo e em estilos. Madonna vende sexo em suas músicas apresentações da forma mais quente e é tida como vulgar. Katy Perry vende o sexo sem vender o sexo. Utiliza de símbolo lúdicos e inocentes.


Proposta de Intervenção


A Pop Art Por ser um movimento diretamente ligado ao universo da publicidade e do consumo, a Pop Art foi o ponto de partida para a criação da identidade visual da marca UP. Em seu contexto histórico e cronológico vemos isso: os anos 50 e o começo dos anos 60 foram o boom do mundo consumista. De acordo com McCarthy (2002, p. 28), "economistas, políticos, críticos e artistas explicavam, debatiam e celebravam esse novo mundo de abundância de mercadorias". Ele ainda explica que os norte-americanos eram muito estimulados pela propaganda (consumida através de revistas populares - como Life e Times -, cinema, música, televisão, etc.) e, por isso, o consumo acabou se tornando uma unidade de medida de sucesso financeiro e bem-estar psicológico. O movimento da Arte Pop ainda é bastante "citado", usado como referência atualmente em peças e campanhas publicitárias. Compreendemos que o uso de cores fortes e a ideia de "retrô", mas jovem ao mesmo tempo, podem ser grandes aliadas na hora de trabalhar algum conceito em propagandas. Por outro lado, pode ser vista como algo mainstream (termo em inglês geralmente usado para definir algo familiar à massa) por uma minoria.


A Pop Art O importante é saber que foi um movimento artístico importantíssimo na linha cronológica que resume perfeitamente a época do "american way of life", o período pós-guerra e pode ser relacionado também com os dias atuais. A Arte Pop soube usar a ironia de uma forma leve, atraente e perceptível ora para fazer críticas e ora para enaltecer o consumismo desenfreado que nos persegue até hoje. Representava, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta de uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade. O movimento parecia centrar-se numa provocação e rompimento radical com as belas-artes. À medida que novos artistas começam a utilizar-se do estilo, parece começar a haver uma compreensão maior de seus objetivos de exploração dos potenciais da arte comercial de forma subversiva, abusada..


Roy Lichtenstein Entre os grandes nomes da história da arte, o destaque especial para o conceito no nosso projeto é Roy Lichtenstein, , pelo cuidado e criatividade na obra. Seguindo a tendência da pop art, ele transforma em arte, conceitos e mitos conhecidos, valorizando os clichês das HQs, forma de comunicação já conhecida e muito consumida na época(50’s-60’s). Surgiu daí uma linguagem única e inconfundível do artista.

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Roy Lichtenstein Ao lado de muitos artistas fundadores do movimento e participantes do Independent Group, que seguiam na contramão da arte moderna, Roy se destaca por aplicar nas artes um cuidado sem igual com a estética das pinturas e esculturas. O impressionante na obra de Lichtenstein é a preocupação em transmitir exatamente o estilo das HQs, trabalhando com cores fortes, marcação dos contornos e técnicas como o pontilhismo, para recriar as retículas dos quadrinhos impressos. Seu trabalho é paciente e planejado. Reparem nas referências de outros movimentos artísticos anteriores nos desenhos de Roy. Visto isso, levar a estética Pop dos quadrinhos para uma sexy Shop, vai de encontro com a ideia de transgredir e tirar o tabu dos produtos


Relevância do Projeto


Objeto de Estudo


Mapa Visual de ReferĂŞncia


Mapa Visual de ReferĂŞncia



Geração de Alternativas


Geração de Alternativas


Tipografia

Na criação da logo foram utilizados traços que remetem formas humanas, suavidade, leveza, curvas arredondadas, protuberâncias, espaços vazios e buracos. A ideia era trazer esses aspectos para a anatomia tipográfica, fazendo com que algumas partes dos caracteres possuam exatamente essas propriedades que são essenciais para tornar uma fonte sensual. Ao olharmos para a fonte, fazemos involuntariamente essas associações.


Tipografia


Estudo Cromático

“Cor é mistério, definição iludida, é uma experiência subjetiva, uma sensação cerebral dependendo de três fatores relacionados e essenciais: a luz, um objeto e um observador.” Enid Verity, Color Observed, 1980

O significado simbólico das cores é um campo de disputa, pois cada cor é um território ambíguo; elas podem ter conotações positivas ou negativas, que não é bem aceito pela comunidade científica. Nosso mundo visual é colorido e por isso a cor participa em diversas etapas na nossa percepção. Neste contexto, a cor não se restringe ao sentido poético, nos auxiliando também a perceber texturas, bordas, temperaturas e distâncias, além dos significados atribuídos culturalmente aos objetos. A percepção visual cromática é construída durante toda a nossa vida, sendo a cor uma das principais características agregadas aos objetos que percebemos. Cada ser humano constrói seu modo específico de ver e interpretar a cor nos objetos. Sabemos que esta construção envolve também uma parte coletiva que chamamos cultura. Portanto, cada indivíduo faz de seu mundo visual um mundo particular em cores , construído culturalmente.


Estudo Cromático Dentro do conceito de Pop atrelado ao simbolismo do sex shop como quebra de um padrão, de tabu, uma pesquisa sobre cores para a logo foi feita e seguem a seguir: O violeta é a união do vermelho e o azul, do masculino e do feminino, da sensualidade e da espiritualidade”. De uma elegância não convencional, é uma cor misteriosa associada a “todos os pecados bonitos” - a vaidade, o sétimo pecado mortal. É geralmente associada a sentimentos profundos em todos os domínios artísticos, realeza (porque era usado pela classe dominante numa época em que a tintura roxa era muito cara) e bravura. O rosa é uma cor suave, remete ao carinho e, por ser uma cor que lembra 'pele', é considerada erótica. É a cor da nudez e é, justamente, em ambientes tom de rosa que a pele nua fica ainda mais bonita. Quando esta cor é usada com branco, faz referência à inocência, no entanto, quando combinada com o violeta, forma um acorde de sedução e erotismo, oscilando entre a imoralidade e a paixão. Juntamente com o rosa, remete à estética das embalagens de chicletes e doces, dando um ar de Pop Candy, dentro do conceito a ser apresentado.


Paleta de Cores


Resultado Final


Redução da Marca


Material Promocional


Material Promocional


Material Promocional


Material Promocional


Ponto de Venda


Ponto de Venda


Ponto de Venda


Ponto de Venda


Referências http://www.abeme.com.br/ http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/setor-de-produtoseroticos-espera-crescer-mais-de-dois-digitos-em-2015-1.291277 http://www.bolsademulher.com/dinheiro/industria-do-sexo-1 http://www.revistacliche.com.br/2012/03/criar-linguagem/ http://www.academia.edu/4577011/Transgress%C3%A3o_e_Impertin%C3%AA ncia_no_Design_e_seus_Arredores http://www.designergh.com.br/2012/05/afinal-de-contas-o-que-e-pop-art.html ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2009. BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985. MCCARTHY, David. Arte Pop. São Paulo: Editora Cosac & Naify, 2002. PRESSLER, Gunter Karl. Benjamin Brasil. São Paulo: Editora Annablume, 2006. VIEGAS, Eme. Hypeness. Disponível em: http://www.hypeness.com.br/2011/04/champagne-dom-perignon-andywarhol/,



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