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MALHA DE TERRA
Dl - INTRDDUClI'O No projeto de um sistema de aterramento,
•
oia, o conhecimento
é de fundamental
prévio do valor da resistividade
importâ~
do solo, onde será cons
truido o mesmo. Por outro lado, o projetista deve também ter uma idéia do po.! eLvel valor que deverá ter a resistêncie
do eistema de aterramento, depois de
construido.
-
A resi~tividade
pode variar de 10 a 10.000 ohma x m conforme obse£
vaçoes feitas em solos superficiais. Os solos que apresentam mais baixa resistividade residuos vegetais,
turfosos, em 10~bis pantanosos,
sao os que contém
nas profufldszas doe vales
e nas margens de rios. Os solos que apresentam os mais altos são arenoso~ os rochosos, em locais altos e desprovidos de vegetação,
nos desertos, e.c.
A seguir é demonstrado nas figuras 1 e 2 exemplo de diferente condições de solo e profundidades,
como a curva dos valores obtidos. _SUPERF"lCIE
DO
SOLO
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AREIA
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AREIA MISTURAOA COM ARGILA
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SONeto ,PARA DETERMINA0 CARACTERISTICAS 00 SUB-
SOLO
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Fig.1
Eletrodo mais profundos'melhor~s resistências_ Este grifico ~ostra a relaçio ehtre o tipo de solo e a resistência de terra com a profundidade crescente da haste. -01-
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BASEADO EM SOLO UNIFORME EM TODAS AS PROFUNDIDADES .. ' N~108 DO CIRCULAR "NACIONAL BUREAU OF STANDARaS" ( USA)
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PROFUNDIDADE
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Fig.2
-
CALCULADO NA EFEITO RESISTÊNCIA ( DE UM TIPO DE SOLO) COM ELETRODO A VÁRIAS PROFUNDIDADES.
~
PROFUNDIDADE
- Grãfico tência
mostrando do solo
as profundidades. mais profundos tração
a relação
entre
E~
METROS
a profundidade
com a mesma resistividade Nas condições
usuais
.3m
e a resis-
unifol"me em de campo, os
são mais umidos e as vantagens
todas solos
de maiOI" pen~
se tornam mais pronunciadas.
••
-02-
Antigamente utilizavam sistemas de terra, em eeparado para cada fl
,
nalidade. Os para-raios tinham por exemplo seu aterramento próprio,casoesp~ c!f1co de US's e SE's,o qual era ligado a outros aterramentos
de equipamentos.
Houve então, constata9ão que com essa interliga9ão de aterramentos a eficácia de aterramento foi eensivelmente melhorada, surgindo dai a
malha
de terra, com finalidades: (
a - Melhoria de opera9ão e temporiza9ão dos relés do sistema de pr.2 te9ão, através de baixa resistência de aterramento. b - Transporte de altos valores de corrente, devendo portento, de~ carrega-las para a terra sem dano ao equipamento ou risco
de
acidente pessoal e capacidade adequada para transporte de correntes de curto-circuito. c - Providenciar potencial uniforme entre as estruturas, em
todas
a área da subestação, ou usina, protegendo contra tensões perl gosas que possam surgi~ du~ante um curto fase-terra, não ofer~ cendo riscos aos operadores ou pessoas que estejem
circulando
nas proximidades. A tecnologia do aterramento de instala9ões elétricas é uma tecnol.2 gia em constante aprimoramento.
A necessidade de evolu9ão resulta do aumento
da importância dos sistemas de terra como decorrência do aumento de potência dos sistemas elétricos, do snorme desenvolvimento
das lelecomunica9ões,
das
instala9ões fabris, prádiais e residênciais. Os riscos de vida aumentam nessas instala9ões quer por descarga atmosféricas quer por corrente de circuito, ou por interruP9ões no sistema de terra. O que se visa com ramento é ~v~.ar os principais acidentes que são mostrados mas figuras nQ J e 4. Com o aparecimento
O
ater-
esqusmaticamente
de altas correntes
para a terra o potencial da haste aterramento.
curto-
de
e a torre da linha sooem
e aparece no homem à distância uma s.2 bre tensão
LV que pode ser fatal.
Este potencial diminui quando a resi~ tencia de terra diminui. O sistema de malhas, de blindagem e de
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ili.erliga-
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ção minimizam o efeito.
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Figura 3
-03-
As correntes de descarga u~ pára-raios elevam o potencial das hastes de terra
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e de tODo equ.l.pamentoa ela ligado. Descargas impreviatas
podai" ocorrer
pontos perigosos para o equipamento
C
para o homem.
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e d. temi
ne~essário diminuir as
resistBncias da ~erra. Teoricamsnte mos a resistencia
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Figura 4 aumentando o número de condutores soterraoos,
diminul
de aterramento. O ideal seria, entao uma placa Ii,a~.i.ça de c,2
bre soterrada, O que to comprimento
I
é,
naturalments antieconomico.
Além oisso, após um cer-
ds conuutores, o seu aumento contribui cads vez menos para dl
minuição da resistência
de aterramento.
Isto é devido ao fato de que um cer-
to volume de terra ao redor do condutor é necessário para dispersar a corre~ te na terra e se os condutores ~stiverem muito jun<os, a corrente não se dis tribuirá tão efetivamente,
prejuuicando a o.l.SperSboe, portanto, o aterrame~
to. A
Deve-se então, para alcançar o objetivo de menor resistencia de te.r ra, lançar mão de outros parâmetros, como por exemp.i.o,profundidade diâmetro dos condutores,
da malha
separação entre elee.
02 - CONSTRUCÃO DE MALHA DE TERRA Para projetar a malha de terra devem ser considerados os eeguintes itens: 2.1 - Resistividade
do Solo
A resistividade possibilidade
do solo deve ssr medida. Entretanto, se nBO houver
de medição, adota-se
UI"
valor de a,;;ordo••om o tipo de s,2
lo: Tipo de Solo
Resistividade
em Ohms x m
• Solo orgânico umioo
10
Solo com lama
102 10> 104
. seco
Solo
Leito rochoso A
2.2 - Rssist~ncia
dos Cabos Pára-Raios e Resistência
Quando não houver possibilidade parado, supoe-se um valor de BalO resistências
das Torres
de se conhecer esses valores em s~
ohms para a resistSncia à aseociação das
dos cabos, p!ra-raios e tensões existentes ao redor da subesta-
ção e 1 ou 2 km de raio,
dependendo da concentração
de torres
nesses
trechos
-04-
",
•
2.3 - ~rea da Subestacão
L a área (m2) que a rede de terra vai ocupar. Se irregular, divid~ se em sub áreas e, para facilitar os cálculos, transforma-ee equivalente.
numa área
03 - C~LCULOS DA MALHA DE TERRA - Projeto Preliminar Neceesário uma hipótese da configuração da rede, de maneira que uma distância"x"entre
condutores seja admitida. Então calcula-se o númerodec~
bos condutores de junção. - Número de Condutores Principais e Cabos Condutores de Juncão Demomina-se cabos condutores principais ~queles que sao na direção correspondente
colocados
à largura da malha. E de cabos condutores de ju~
ção aqueles que são colocados na direção correspondente
ao comprimento
da
rede.
04 - CONSTRUC~D DA MALHA a - Colocacão de Cabos Os cabos deverão ser estendidos nos dois sentidos da área a
ser
contruida a malha. Caso haja alguma base de equipamento no local em
que
o cabo esteja sendo lançado, admite-ee um maior espaçamento, desde
que
nao implique na redução do tamanho da malha, ou nos valores previstos. b - Colocacão das Hastes
o
número de hastee a serem colocados a instalar pode ser calculado
mas de modo geral a distribuição se processa de maneira descrita colocando hastes junto aI 1 - Transformadores
abaixo
(neutro)
2 - Pára-Raios 3 - Reguladores
(neutro)
4 - Angulos agudos, canto da malha (3 a 4 hastes) e nos quatros da casa de comando. 5 - Periferia interna e externa da malha: de 10 em 10 m ou de 12 em 12m.
ângulos
aproximadamente
Normalmente a haste é de Copperweld, seu comprimento é fixado 3m e bitola 3/4".
em
-05-
c - formato da Malha Para evitar que haja grande concentração malha, devemos dar um formato aproximadamente
de potencial nos cantos da elíptico ou arredondado
à
malha, conforme figura n~ 5.
figura
5
Outro método para evitar grandes valores de potencial de periferia,
passo na
ou potencial de toque na cerca, é rebaixar a malha conforme a
figura n~ 6.
Figura 6 Não obtendo os valores mínimos permitidos conforme tabela abaixo r,! corre-se ao tratamento químico do solo. kVA
~
Acima: 10.000
1
5.000 a 10.000
2
1.000 a
S.OOO
4
500 a
1.000
B
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100 a
500
12
~
Até
100
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-06-
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05 - TRATAMENTO QUfMICO DO SOLO
O custo do tratamento qu!mico provavelmente É superior ao custo de aprofundamento de hastes. O caso em que não for possível aprofundar as h~ tes ou em que tal procedimento reduza muito pouco a resistência da haste são típicos de utilização do tratamento químico que pOderá reduzir de 15 a 90% a resistência de terra, dependendo do tipo e da textura do solo. , Sao adotadas duas tecnicas:enterrar material de baixa resistividade (carvão mineral ou vegetal),sucata ferrosa ou injetar solução de eletrolitos nas proximidades dos eletrodos.Ambas diminuem as variações sazonais de resistividade.
-
Sobre o material de baixa resistividade e eficiÊncia não é tão gra~ de como a eficiência das soluções de eletrólitos em geral. Aumentam a cap~ cidade de condução do solo, evitando aquecimento perigoso e exige volumosa •• 6" , escavaçoes.5ua util~zaçao e mais economica que o aumento do numero de eletrodos. As soluções de eletrólitos podem ser divididas em dois grupos, as que formam gels e as que nao formam. Ambas sao aplicadas nas pr~ ximidades das hastes, para aumentar suas dimensões efetivas. A
,
-
Procedimento na aplicação do , elemento químico, próximo a haste de terra.
Figura 7
"Tratamento químico na COPEL, no primeiro trimestre de 1976, com LABORGEL" • Este produto é constituído de diversos sais que combinados formam , " '"d os contidos um gel higroscopio, quimicamente estavel, inatacave 1 pe 1os ac~ na terra,reduzindo a resistência ôhmica de terra em mais 50%. Os produtos das soluções que não formam gels insolúveis são dissolvidos com facilidade pelas águas pluviais, sendo gradativamente removidos -' periodica do tratade proximidade dos eletrodos.Ha, necessidade de remoça0 mento. Estas soluções, em geral, são de sulfato de magnÉsio, sulfato de c~ bre e cloreto de sódio em pedra. A duração É determinada pela intensidade da chuva e pela porosidade do terreno.As soluções que formam gels insolúveis,reduzem as resistências de maneira razoável permanentes,pois têm seus efeitos reduzidos levemente apenas pela ação de arraste das águas da chuva. I
-07-
j
06 - MEDIDAS DE RESISTIVIDADE Na COPEL utilizamos dois processos, a saber. a - Megohm!metro
b - Vibrograund - Procedimentos
~
V'
de Medicão
Os conectores Cl e P2 sao ligados a um eletrodo da malha de terra, situado na periferia da mesma, ou no ponto médio de um dos lados ou em
um
dos vértices, supondo a malha de conformação retângular • . '-;,.,
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A tensão valor da resistência de terra na região entre o eletrodo P2 e a malha. Podemos tomar v';ries medições, consideranoo a distância do eletrodo C2 fixa e var1ando a distância entre o eletrodo P2 e a malha. Efetuando medições conside rando P~ próximo à malha e deslocando-o em direção do eletrodo C2,
obtemos
uma curva semelhante à curva A da figura n2 9
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• Figura
9
-08-
Considerando o patamar da figura nQ 9 teremos um ponto ideal de re ferência.
o
eletrodo C2 deve ser colocado fora do alcance da malha de terra,
numa região onde a densidade da corrente, fluindo no subsolo, se aproxima do valor nulo. Para grandes sistemas de aterramento, a densidade de corrente
é
o gradiente de potencial só se tornam despreziveis, à distâncias superiores, a 300m, tornando-se muitas vezes, impossivel de se executar o teste pelo método descrito. Interligacão de Aterramentos Como já foi descrito anter10rmen~e todos os ~omponentes de uma unl dade (Usi"as e Subestações), estão interligados a mesma malha (inclusive ce.!.
..
cas), como também as oema1S unidades por: condutores subterraneos so ) e aeraos (cabo guarda).
(contra p~
A~ém de proporcionar a interconexão dá proteçao a rede contra descargas atmosféricas.
O sistema de terra se comp~eta com a interligação das hastes entre si e com as carcaças dos equipamentos,
os neutros dos sistemas elátricos,to~
res das lin"as oe transmissão e os pára-raios. Em geral e em condições normais os fios s cabos de interligações transportam pequenas corrente; as correntes sobem a grandes valores nas situações anormais de descargas atmosférl cas e de curto-circuito
DO
sistema elétrico. Assim sendo o ~imensionamento é
orientado mais pur estas condições anormais quando se exige robustez mecânica em temperaturas elevadas, grande capacidade ~écn1ca e resistência à corr£ sao 00 so~o. ~ portanto aloamente recomencavel o emprego de aço com proteção de cobre, ou seja, rios para o "contrapeso" e cabos de illterligações "coppe.!.
•
weld" •
Estas composiçoes apresentam conou~ic11idade
em relação a do cobre
puro, de 30 a 40%, utilizam menos cobre, que é um metal nobre, são duráveis, nas condições qufmicas dos SOlOS e suportam as elevacas correntes de curto _ circuito. CONCLusiio:
fizemos mençao em nossa pesquisa, a respeito da tecnologia, acide~ tes que podem ser ev~~auos, caso ~ennamos sistemas oe terra cem projetados e construil.los. I
•
Pois a Engenharia tem hOje meios para proteger adequadamente as in~ talações e principalmente vidas humanas.
NOTA:Desenho
nC 10 Rede de Terra SE-CCO.
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