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Distrib
Barueri
Jornal Regional de Barueri
Gratuuiição ta
nº 3
investigação
Junho de 2012
sucessão
o desespero do chefe A Justiça está de olho na família do prefeito Rubens Furlan, suspeita de corrupção
novo fenômeno Ronaldo é escolhido como pré-candidato do PT nas próximas eleições
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futebol
pagaram bola? Os negócios nebulosos do convênio Prefeitura e Grêmio Barueri
Pág. 3
CULTURA economia
um imposto para melhorar o país Taxação sobre grandes fortunas ajudaria a saúde e o combate à miséria no Brasil Pág. 4-5
nossa história Afinal, desde quando existe o povoado na Aldeia de Barueri?
Pág. 7
Barueri
2 sucessão municipal
Ronaldo, pré-candidato a prefeito O desejo do PT é derrotar o grupo de Rubens Furlan
A cidade de Barueri vive um clima político tenso. Há muita coisa que permanecia inexplicável – ou que tinha explicações estrambóticas, como o caso da união Prefeitura-Grêmio Recerativo Barueri –, mas a que, felizmente, o Ministério Público, por intermédio do promotor Alexandre Magalhães Júnior, decidiu dar um fim, colocando ordem na casa. A última dessas medidas foi a proibição de que o prefeito Rubens Furlan deixasse a sua própria empresa, a Rubi’s Participações Ltda., minada por uma onda de malfeitos. É, sem dúvida, uma ótima medida tomada pela Justiça, que bloqueou os bens desse homem que, eleito para gerir a cidade, parece que se esmerou em estabelecer políticas que beneficiam somente a si e a um punhado de amigos. Já no Brasil, um debate que promete pegar fogo no Congresso Nacional é sobre o imposto que deve ser cobrado dos brasileiros muito ricos, pouco mais de 45 mil pessoas. Eles pagariam uma irrisória taxa para que o país pudesse, definitivamente, atacar as mazelas da saúde e combater a miséria. Assim, ele sairia dessa batalha ecoando o brado de um slogan que retumbaria, de vez, por toda a Nação: País rico é um país sem pobreza. É isso. Boa Leitura!
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divulgação
Durante as tratativas com Gil Arantes, houve o 4º Congresso do PT, que proibiu a coligação com quem faz oposição ao governo federal – DEM, PPS e PSDB. Por isso, o partido optou por ter um candidato próprio. E vários nomes apareceram: Ronaldo Araújo, Agnério Néri, Baltasar Rosa, Chiranha, Gil Rosa e Elisabeth Dutra, recém-filiada. No dia 6 de maio, dois deles disputaram as prévias: Ronaldo Araújo e Elisabeth Dutra. E, com 75% dos votos, venceu Ronaldo Araújo que, no discurso da vitória, convidou Elisabeth a se candidatar a vereadora.
te, viria a Barueri, Furlan articulou um comício de Alckmin e Serra, dispensando das aulas as escolas da cidade e obrigando os professores a estarem presentes ao evento.
Bacharel e militante Ronaldo Araújo é bacharel de Direito. Iniciou sua militância aos 18 anos, em 1988. Nos anos 1990, foi do Diretório Municipal e é da Executiva do partido até hoje. Em 2004, foi candidato a vice-prefeito pelo PT. Atualmente é o presidente do Partido dos Trabalhadores de Barueri, eleito há dois anos.
Transporte
Nova vitória pelo acesso livre Artesp divulga documento que garante nossa vitória A Associação AMABARE – Amigos de Apoio a Barueri e Região –, composta de moradores, empresários e usuários que querem acesso livre à Rodovia Castelo Branco pelo Jardim Mutinga, existente muito antes da concessão do governo do Estado à CCR-Via Oeste, que privatizou a estrada, di-
divulgação
editorial
Em 2011, o PT de Barueri aceitava qualquer negócio para derrotar o grupo do prefeito Rubens Furlan. Até conversou com o deputado estadual Gil Arantes (DEM) para se coligar nas eleições de 2012. Por sua vez, Rubens Furlan ansiava em aniquilar o PT na cidade: um áudio de 2004 revela que, numa reunião com seus apoiadores, ele manda bater em quem não votar nele e faz críticas grosseiras ao Partido dos Trabalhadores. Veja <http:// www.redebrasilatual.com.br/ jornais/barueri/audio-rubensfurlan-tatica-eleicao>. O PMDB de Furlan é um aliado da presidenta Dilma, mas ele nunca seguiu seu partido. Em 2010, ele se aliou ao tucano José Serra. No dia em que o candidato do PT ao governo do Estado, Aloisio Mercadan-
vulgou um documento oficial da Agência Reguladora de Transporte do Estado (Artesp) segundo o qual o acesso livre continuará livre. No local havia uma faixa da AMABARE que pedia às autoridades um documento de garantia de que o acesso não seria fechado. Foi uma nova vitória.
Expediente Rede Brasil Atual – Barueri Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Enio Lourenço Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Apoio AMABARE – Amigos de Apoio a Barueri e Região – Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição Gratuita
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investigação
Rubens Furlan se enrola em negócios suspeitos Justiça impede a saída do prefeito de sua própria empresa; seus bens estão bloqueados mo endereço da Rubi’s Participações – Alameda Grajaú, 129, conjunto 1504, em Alphaville. Embora o capital social da Rubi’s seja de R$ 3.705.000,00 apenas um de seus imóveis – na Alameda Tucunaré, 292, em Alphaville, alugado à Receita Federal – divulgação
filhos Felipe Dias Furlan e Rubens Furlan Junior. Sua esposa, Sônia Dias Furlan, passou a ter R$ 10,00 do capital da empresa, que era de R$ 3.705.000,00. No mesmo dia, foi admitida na sociedade da Rubi’s a empresa AB103 Participações S/A, constituída em setembro de 2010 como sociedade limitada, cujos sócios eram: André Maia Filho, morador da Cohab de Itapevi, e Eline Abreu Ferreira,
residente no Jardim Maria Duarte, em São Paulo. Em novembro de 2010, com dois meses de vida, a AB103 virou sociedade anônima, com o mesmo capital: cem reais. Agora, sócia da Rubi’s, a AB103 tem mais R$ 3.704.990,00 de capital social e Sônia Furlan ficou apenas com R$ 10,00. Também em 13 de abril, os filhos de Furlan abriram outra empresa, a Impera Participações S/A, no mes-
vale mais de 4 milhões de reais! Última curiosidade: Furlan e sua ex-empresa Rubi’s constituíram, juntos, a Nova Coqueiros Agropecuária Ltda, que possui uma fazenda, em Agudos, e se dedica à criação de bovinos para corte e leite e ao cultivo de plantas.
Um belo patrimônio Em 2008, a Rubi’s tinha 20 imóveis, em áreas valorizadas da cidade. Alguns deles: Escritórios de 342 m², em Alphaville Galpão de 6.333 m², em Alphaville Casa no Condomínio Alphaville II Escritórios comerciais em Alphaville Galpão alugado à Receita Federal
divulgação
São numerosos os inquéritos instaurados pelo promotor de Justiça Alexandre Magalhães Júnior, do Ministério Público, para apurar crimes de prevaricação, corrupção e improbidade administrativa. As ações são movidas contra o prefeito Rubens Furlan, secretários municipais e empresas suspeitas de ligação com atos corruptos na cidade. A última do promotor Alexandre foi pedir à Magistratura que impedisse a saída do prefeito da própria empresa, a Rubi’s Participações Ltda., prontamente atendida pela juíza Nilza Bueno da Silva. Em março, Furlan teve seus bens bloqueados pela Justiça. Em 13 de abril, ele alterou na Junta Comercial de São Paulo o contrato social da Rubi’s Participações Ltda., da qual eram sócios ele próprio e seus
futebol
Justiça determina bloqueio de bens do prefeito O prefeito Rubens Furlan e o ex-prefeito Gil Arantes (hoje deputado estadual) tiveram bens no valor de R$ 1,3 milhão bloqueados pela Justiça, devido a irregularidades no convênio entre a Prefeitura e o clube Grêmio Recreativo Barueri. Furlan e Gil teriam repassado verbas públicas ao clube, sem fiscalizar o seu destino. Mais seis pessoas são investigadas no processo, entre as quais o ex-secretário de esportes, Walter Sanches, que
divulgação
De 2001 a 2008, a Prefeitura manteve convênio irregular com o Grêmio Recreativo Barueri
também era presidente do Grêmio Recreativo Barueri (GRB). Até 2008, o clube funcionava como uma ONG e o convênio
previa que ele desenvolvesse atividades sociais e educativas com a comunidade. Os indícios são de que os repasses eram
usados no futebol profissional; as demais atividades eram subexploradas. Em 2006, a Prefeitura repassou mais de R$ 15 milhões ao clube, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado. Em 2007, a Prefeitura se comprometeu a não mais repassar valores ao GRB. No entanto, uma nova empresa foi criada e o GRB transferiu seu patrimônio a ela, sem garantir que o erário público municipal fosse ressarcido.
O caso
A denúncia foi do jornalista Juca Kfouri, na Folha de S.Paulo, em 2006. Juca destacava a artificialidade do clube (novo e sem torcida) e o palanque que ele significava para as intenções políticas de Furlan, “um jogador inveterado”. O clube era 100% subsidiado pela Prefeitura. O MP, além de requerer toda a grana de volta, pede a suspensão dos direitos políticos do prefeito Rubens Furlan.
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4 Economia
Um imposto que não mata ninguém. E vale muito Tributação das grandes fortunas seria para a saúde pública e o combate à miséria Por Maurício Thuswohl Estados e municípios devem investir na saúde. Defensores e críticos da tributação praticada em outros países voltaram a tornar públicos argumentos de uma discussão que ganha corpo. Em 1989, o Senado aprovara um projeto de lei complementar do então senador Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) que punha em vigor o IGF, mas permitia
fotomontagem
A criação de um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), prevista na Constituição Federal de 1988, está subordinada à aprovação de lei complementar para entrar em vigor e até hoje não virou realidade. O debate sobre a taxação das fortunas voltou à tona no ano passado, por causa da Emenda 29, que fixou os percentuais mínimos que União,
que os valores pagos fossem deduzidos do imposto de renda. Na Câmara, o projeto acabou substituído por outro, do PSOL, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça em junho de 2010 e pronto para ir a voto em plenário. No entanto, dorme em alguma gaveta da Mesa Diretora à espera de uma decisão política que destrave a discussão.
Imposto sobre Grandes Fortunas Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas, em milhões
Elaborado pelos deputados Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS, sem mandato), do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o projeto de lei do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) visa complementar a Constituição Federal.
Ele determina que o imposto incida em 1% sobre os patrimônios de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões; em 2%, entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões (26.206 pessoas em 2008, segundo a Receita Federal); em 3%, entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões
(10.168 pessoas); em 4%, entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões (5.047 pessoas); e em 5% sobre patrimônios acima de R$ 50 milhões (1.327 pessoas – há, ainda, 997 pessoas com patrimônio acima de R$ 100 milhões).
Contribuição Social das Grandes Fortunas lhões. Seu relatório previa nove alíquotas para a CSGF, a serem pagas anualmente: 0,4% (entre R$ 4 milhões e R$ 7 milhões); 0,5% (de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões); 0,6% (de R$ 12 milhões a R$ 20 milhões); 0,8% (de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões); 1% (de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões); 1,2% (de R$ 50 milhões a R$ 75 milhões); 1,5% (de R$ 75 milhões a R$ 120 milhões); 1,8% (de R$ 120 milhões a R$ 150 milhões); e 2,1% para patrimônios acima de R$ 150 milhões. A deputada ressalta que as alíquotas produziriam efeito sobre a arrecadação e
Alíquota da Contribuição Social das Grandes Fortunas, em milhões fonte: receita federal
Em 2011, no debate sobre a Emenda 29, o deputado Dr. Aluizio (PV-RJ) criou a Contribuição Social das Grandes Fortunas (CSGF). A relatora do projeto na Comissão de Seguridade Social e Família, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), apresentou emenda para que a arrecadação proveniente da CSGF fosse direcionada a ações e serviços de saúde. O dinheiro seria encaminhado ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) e financiaria o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a deputada, a CSGF atingiria mais de 55 mil contribuintes com patrimônio superior a R$ 4 mi-
baixíssimo impacto para os contribuintes atingidos face à evolução patrimonial: “A Receita Federal informa que, em 2009, o patrimônio das pessoas que superava R$ 100 milhões elevou-se de R$ 418 bilhões para R$ 542 bilhões – 30% de crescimento num ano.
Assim, uma tributação de 2% representa pouco para esse diminuto segmento social, mas significará um belo aporte de recursos para a saúde pública, que atende 190 milhões de brasileiros” – diz Jandira. Se aprovada na Comissão de Seguridade Social e Família,
a CSGF passará por duas comissões antes de ir a votação. O trâmite se estenderá pelo primeiro semestre de 2012. O objetivo dos defensores da proposta é evitar que se repita a situação do projeto que está a hibernar na gaveta da Mesa Diretora.
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Imposto ou Contribuição Social: o que é melhor? O professor de Direito Tributário da Universidade Federal do Rio de Janeiro Bruno Macedo Curi acha que o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) deve prevalecer sobre a contribuição (CSGF). Ele lembra que entre os objetivos constitucionais do Brasil estão a erradicação da pobreza, da marginalização e a redução das desigualdades sociais: “O
combate à pobreza é algo caríssimo. Por isso, buscou-se um instrumento tributário e a receita do IGF ficou vinculada ao Fundo de Combate à Pobreza”. Segundo Curi, não haveria dupla tributação do IGF e do Imposto de Renda porque “não há duas incidências sobre o mesmo bem; o IGF não tributa a renda, mas o capital.
Renda é o acréscimo de patrimônio (tributável pelo IR) e a grande fortuna é o patrimônio em si. Se uma pessoa com grande fortuna não acrescer seu patrimônio durante um ano-calendário, não pagará imposto de renda, mas pagará o IGF”. O tributo, portanto, atua sobre o patrimônio de quem concentra grande parte da renda nacional.
Afortunados Grandes Fortunas do Brasil
997
pessoas com patrimônio superior a R$ 100 milhões
1.327
pessoas com patrimônio entre R$ 50 e R$ 100 milhões
5.047
pessoas com patrimônio entre R$ 20 e R$ 50 milhões
10.168
pessoas com patrimônio entre R$ 10 e R$ 20 milhões
26.206
pessoas com patrimônio entre R$ 5 e R$ 10 milhões
Segundo Curi, o calcanhar de Aquiles é a possibilidade de o IGF provocar fuga patrimonial do país. “Eis um ponto crucial. O imposto não incide sobre o patrimônio de fora do país, ao contrário do Imposto de Renda, que tem previsão constitucional para isso. Assim, é preciso haver uma emenda constitucional destinada a evitar a previsível
evasão de divisas. Até porque, quanto maior o patrimônio do cidadão, tanto maior será sua mobilidade” – diz o professor, para quem uma alternativa possível, mas não ideal, seria a União aumentar o IOF sobre certas remessas de dinheiro para o exterior. “Mas isso, infelizmente, não é à prova de fraudes e demandaria maior esforço de fiscalização.”
Como é lá fora Em 1922, na Alemanha, a tributação, com alíquotas de 0,7% a 1%, atingia não apenas quem possuía bastante dinheiro, mas também poder econômico e político. O imposto foi declarado inconstitucional em 1995. Desde então, aguardam-se novas regras para que volte a ser cobrado. Na França, o Imposto de Solidariedade sobre a Fortuna, ainda em vigor, tem alíquotas de 0,5% a 1,5% e incide sobre o patrimônio líquido de pessoas físicas. Foi recriado pelo presidente François Mitterrand, em 1988. Outros países europeus que tributam as fortunas são Áustria, Suécia, Finlândia, Islândia, Luxemburgo, Noruega e Suíça. Holanda, em 2001, e Dinamarca, em 1996, o aboliram em um passado recente; há mais tempo, Itália (1947) e Irlanda (1978) o deixaram de lado. Nos países anglo-saxões, a taxação de grandes fortunas nunca pegou. Na Inglaterra, as discussões sobre a sua criação foram de 1960 a 1974, quando se formou
uma comissão especial para decidir sobre o tema. Ela constatou que a instituição de um imposto sobre grandes fortunas substituiria um imposto sobre patrimônio já existente, impedindo sua adoção. Nos Estados Unidos e no Canadá, o debate foi abandonado na primeira metade do século 20, mas ambos possuem sistemas próprios de impostos, chamados de property tax, que incidem sobre a propriedade e não sobre o patrimônio global dos contribuintes. Nos países emergentes, a África do Sul e a China não tributam as grandes fortunas. Na Índia, desde 1957, existe um imposto anual sobre o patrimônio líquido com alíquotas que variam entre 1% e 5% sobre os bens das pessoas físicas e jurídicas que excedam um limite estabelecido pelo governo. O modelo indiano, no entanto, isenta da cobrança do imposto propriedades agrícolas, obras de arte, bens de uso pessoal e até um imóvel do contribuinte, desde que comprovadamente habitado por ele.
política
Diretas 3º Festival de Aldeia da Serra
O Festival de Aldeia da Serra, promovido pela Cultura da Aldeia, Rádio Eldorado e Prefeitura de Barueri, foi um sucesso. Os artistas – entre os quais Zélia Duncan e Arnaldo Antunes – deram um show e os cidadãos também, demonstrando preocupação com o meio ambiente, jogando o lixo no lixo! A tenda deixou o ambiente aconchegante. Sugiro ao secretário de Cultura, Getúlio Azevedo, presente no evento, que organize festivais culturais deste porte em outros pontos da cidade, contemplando a todos os munícipes.
Crianças x Van escolar
O Conselho Tutelar e o Poder Legislativo devem pensar num projeto de Lei que limite o tempo em que as crianças ficam na perua van escolar. Hoje, elas passam horas rodando – às vezes até no bairro onde moram – até chegarem ao seu destino. Muitas têm problemas com a alimentação, passam mal, ficam cansadas e o rendimento escolar delas cai.
Vereadores mirins
Atenção escolas da cidade: preparem seus alunos para participar do projeto vereadores mirins. Professores, informem-se como proceder na Câmara ou com o seu vereador. A participação dos alunos na cena política é importante. Bem preparados, eles garantem um futuro mais justo e humano para Barueri.
Por Sandra Barbosa
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Saúde: onde está o dinheiro?
Em 2 outubro de 2009, a Prefeitura de Barueri emitiu um cheque de R$ 7.100.000,00 (sete milhões e cem mil reais), para uma conta do Bradesco, em Vinhedo, em nome da Sociedade Paulista de Desenvolvimento da Medicina – o estranho é que a conta foi aberta no mesmo dia; depois, foi zerada e sumiu. O caso parou na Delegacia de Polícia de Barueri e deu num processo, encaminhado à 2ª Vara Criminal. Em novembro de 2009, o vereador Prof. Agnério (PT) denunciou ao Tribunal de Contas do Estado. Até hoje o enigma permanece.
Censura à oposição
Em 15 de maio, a bancada de vereadores de oposição deixou o plenário da Câmara. Motivo: segundo eles, o vereador Jô, presidente da Câmara, favorece a situação. Na sessão daquele dia, ele permitiu que dois vereadores governistas se inscrevessem e falassem após o término do tempo determinado. Por outro lado, Jô corta o som do microfone quando alguém da oposição se manifesta contra a atual administração – em fevereiro, o vereador Miguel de Lima (PDT) teve o som cortado ao mencionar a CPI da Habitação. Em março, depois de chamar os presentes de “manés” e Toninho Furlan se dirigir às pessoas como “chupins”, Jô cortou o áudio abruptamente, quando a oposição iria se manifestar. Esses atos truculentos não estão com nada: Ditadura já era!
Lixão: atenção moradores!
Site desatualizado
O site da Câmara Municipal de Barueri, criado para trazer informações ao cidadão dos atos legislativos e executivos da cidade, está desatualizado há tempos. Em 20 de maio, eu busquei informações sobre as pautas das sessões deste ano, sobre projetos de lei, e nada. Não há transparência. O acesso do público à Câmara é difícil. A sessão se realiza na hora em que o povo trabalha. Agora, se nem informações no site ele tiver, é algo estarrecedor!
Munhoz em ação
Em maio, as moradoras do bairro Munhoz Junior, em Osasco, na divisa com Barueri, fizeram um abaixo-assinado, exigindo atendimento ginecológico de qualidade. Segundo a líder Elaine Vignon, elas estão preocupadas com o serviço desqualificado realizado na UBS-Raimunda Cavalcanti de Souza, que faz as pacientes sentirem-se constrangidas em relatar seus reais problemas de saúde – os médicos têm pressa e não fazem o exame detalhado. O abaixo-assinado foi protocolado na Prefeitura de Osasco e no Ministério Público.
A Prefeitura quer trazer um lixão para Barueri e instalar uma usina de incineração entre os Jardins Tupanci e São Luiz, a Chácara Marcos e Alphaville. Como só o lixo da cidade não traz lucro para a usina, o risco é que ela receba o lixo de toda a região. A usina de incineração – ultrapassada e ecologicamente incorreta – produz gases tóxicos que, lançados no ar, trazem mau cheiro, contaminam o solo e infestam o lugar de ratos e baratas. Os vereadores têm de votar contra esse retrocesso ambiental e barrar esse projeto. Um grupo que visa lucro não pode passar por cima dos interesses coletivos.
Aterro em Barueri
Caminhões e tratores destroem a mata nativa e as nascentes de água do Jardim Votupoca. Moradores dizem que duas nascentes já foram soterradas. Os caminhões que descarregam os entulhos atrás do pátio da Secretaria de Obras de Barueri recebem de R$ 100,00 a R$ 160,00 por viagem. Pior: a Secretaria de Obras e do Meio Ambiente sabe de tudo. Precisa haver intervenção de ambientalistas contra o capitalismo selvagem que assola a cidade.
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CULTURA
Barueri e a história do Brasil
imperiais
Local onde surgiu o povoamento tem de ser valorizado
Por Denilson Campos
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Em obras
Em 2002, foram feitas escavações no local da capela pela equipe de arqueólogos da Universidade de São Paulo (USP), coordenada por Maria Cristina Scatamacchia. Foram encontradas ossadas e objetos como colares e cerâmicas, que estão expostos no Museu Municipal no Jardim Belval. Segundo Maria Cristina, o bairro da Aldeia sempre foi conhecido como o local do aldeamento jesuítico do século XVI. “Essa é uma hipótese a ser
Barueri faz parte da história do Brasil desde 1560 quando, segundo se crê, o padre Anchieta ergueu a Capela Nossa Senhora da Escada, hoje padroeira do município na margem direita do rio Tietê. Porém, essa história não é reconhecida nos livros que tratam do descobrimento do Brasil. O local que teria dado origem ao povoamento ainda está para ser valorizado na educação, na cultura e virar atração turística.
trabalhada, em oposição aos dados da historiografia oficial, que dá a data de 1610 como da implantação do povoado pelo padre João de Almeida.” Maria Cristina garante que, conforme as pesquisas avançaram, cresceu o desejo da comunidade de transformar o lugar em atração turística. “O sítio tem importância para a história de São Paulo; por isso, deveria ser valorizado com o estabelecimento de um museu” – diz ela.
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Escavações: o passado vivo O morador da Aldeia de Barueri José Benedito lembra-se das escavações feitas no local da Capela Nossa Senhora da Escada e ficou chateado com a sua paralisação. “Recordo o cemitério dos índios, as olarias, o rio, a ponte pênsil, o matadouro e a família Adriano Augusto, que morava ao lado da capelinha numa casa de pau-a-pique, e descendia da tribo dos Pés Largos que habitava Barueri.”
Benedito conta que durante as escavações encontraram esqueletos de bruços, dos anos 1600. “Ali, houve um massacre; os corpos não foram enterrados, mas jogados na vala.” O projeto de escavações no entorno da capela foi realizado, mas o Museu do Sítio, um sítio arqueológico a céu aberto, não foi concluído. As escavações deveriam ser parte integrante da história do Brasil.
O espaço de lazer que havia na entrada do Parque Imperial, com pista de skate, quadra e playground, destruído pela atual administração há quase 8 anos, será reaproveitado. Porém, ninguém sabe ainda qual será a sua destinação. Uns apostam num camelódromo. Outros falam em feiras do bairro. E há quem diga que o espaço será dividido em dois, com quadra poliesportiva de um lado e estacionamento de outro. As obras só despontam por causa da disputa eleitoral que se avizinha, principalmente quando existem alternativas de peso ao atual prefeito e aos vereadores de sua base.
Casa lotérica: uma loteria
O Parque Imperial continua desassistido pela Prefeitura. As pessoas anseiam em ter um posto bancário no bairro. Há gente interessada em abrir uma casa lotérica, mas que esbarra na falta de segurança, ainda que haja uma base da força tática da Polícia Militar na entrada do bairro. A Caixa Econômica Federal até ofereceu um espaço para a tal casa lotérica, mas longe da polícia, perto da escola Amador Aguiar, o que afugentou os interessados, pois ninguém vai arriscar se não houver pelo menos uma base da Guarda Civil Municipal por perto.
Curral, não
Para entrar ou sair do bairro só há a alternativa da Rua Chico Mendes e ela vira e mexe está congestionada! A realidade é que nós estamos cercados pelos residenciais de Tamboré e prejudicados por interesses empresariais. Existem as alternativas da Rua Hercília da Silva Barbosa (ao lado do Rodoanel) ou do prolongamento da Estrada do Paiol Velho até o Parque Imperial. Se precisar desapropriar, por se tratar de área particular, que se indenize, como previsto em lei. Afinal, é para o bem dos habitantes do bairro – para que eles não fiquem sem alternativa, como ocorre agora com as interrupções por acidentes ou mesmo por obras.
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Notas
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8 palavras cruzadas palavras cruzadas
foto síntese – EMEF Gilberto Florencio
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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato. c a r a m e l a d o s
p a f o a p e l a r
i l
r t o a r a m o s a t i a s a r i a r o n r t c i o
m a n d o r r n a r a e u s p o t a r l n e i e m p
Palavras cruzadas
t e p p i s s t o i l a a r o o s
Respostas
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Horizontal – 1. Quem lê o futuro nas cartas 2. Móvel sobre o qual se põem travessas com a comida a ser servida em uma refeição 3. Tribo indígena da bacia do Javari; 3,1416 4. Adotar os procedimentos dos povos latinos 5. Maldosa; Cada um dos membros anteriores das aves, providos de penas, que ger. servem para voar; 6. É, em francês; Comprar garrotes jovens para mais tarde revendê-los; Universidade de São Paulo (sigla) 7. Óleo, em inglês 8. Preparar 9. Contração da preposição de com o artigo definido feminino a; Reserva técnica (sigla) 10. Profissional que trabalha em oficina 11. Chão, piso; Após, depois de. Vertical – 1. Que se converte em caramelos 2. Pedir socorro; parágrafo 3. Ramagem; Ar, em inglês; 49, em algarismos romanos. 4. Andar (a montaria) entre o passo e o galope; A região dos mortos 5. Lugar com água e vegetação no meio de um deserto; Diz-se de um dos dois isômeros em certos compostos que apresentam ligação dupla entre dois átomos de nitrogênio 6. 1.500, em algarismos romanos; Denominação de vários tipos de navio, com um ou mais mastros e velas redondas 7. Agora, forma arcaica; Mais adiante 8. Nota da Redação; Tornar a pôr; A identidade do computador (sigla) 9. Argola 10. No Novo Testamento, cada uma das cartas escritas pelos apóstolos às primeiras comunidades cristãs; Símbolo do ósmio.
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