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Distrib
Itariri
Jornal Regional de Itariri
Gratuuiição ta
nº 6
meio ambiente
a luta na jureia
Julho de 2012
violência
300 famílias ameaçadas de expulsão por falta de decisão dos deputados
estupro zero Casos crescem na Baixada, mas Itariri não registra o crime este ano
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convenções
tudo pelo voto Partidos se preparam para a disputa eleitoral na cidade
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fórum imprensa
um jogo de poder pra lá de sujo Como a imprensa comercial se compunha com o bicheiro Carlinhos Cachoeira Pág. 6
interditado! Prédio ameaçava cair. Ordem veio do Tribunal de Justiça
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Itariri
2 violência
Estupros crescem na Baixada Mas Itariri não registrou nenhum caso este ano
editorial Há duas belas reportagens neste jornal Brasil Atual-Itariri. A primeira trata da gente que mora na Jureia. Lá, caiçaras, índios e quilombolas de 300 famílias estão em luta para ficar no lugar que pertenceu aos seus ancestrais. Para isso, eles dependem que os deputados da Assembleia Legislativa se posicionem de vez sobre o projeto que transforma partes da região em Reservas de Desenvolvimento Sustentável, RDS. O pessoal promete resistir à Polícia Militar, caso ela entre na Jureia para cumprir uma ordem da Justiça de retirada dos moradores. Esperamos que não se consume o absurdo que ocorreu em São José dos Campos, com o desalojamento da comunidade do Pinheirinho, que até hoje continua ao deus-dará. Outra matéria é sobre a turma do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás, virou um arremedo de político, espécie de escorreito paladino tupiniquim de elevado estofo ético e moral que acabou cassado pelos seus pares. Como perguntar não ofende, vamos lá: mas o que acontecerá a Roberto Civita, dono da Veja, e com seu imediato, Policarpo Junior, diretor da sucursal em Brasília, que gastam páginas e mais páginas para estampar manchetes que visam deseducar os leitores em relação às questões nacionais? Cachoeira, pasmem, sugeria até a seção da revista em que notas de seu interesse fossem publicadas. A vergonha vai contada nesta edição. Esperamos que satisfaça a volúpia de todos. É isso. Boa leitura!
As ocorrências de estupro na Baixada Santista aumentaram 8,63% no primeiro quadrimestre deste ano. Foram registrados 239 estupros de janeiro a abril. No mesmo período de 2011, foram 220 casos, conforme estatísticas do governo do Estado. Itanhaém foi a cidade que teve maior crescimento de ocorrências: 107,6% (27 casos) e o Guarujá foi a cidade com a maior incidência de estupros, 61, um acréscimo de 12,96%. Praia Grande aparece logo na sequência, com 53 casos, aumento
Estupros na Baixada Santista Casos
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de 29,2% em comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Três municípios reduziram os estupros nos seus territórios: São Vicente, de 45 para 34 casos; Bertioga de oito
2012 para dois; e Peruíbe de nove para uma ocorrência. Já Itariri não registrou ocorrência alguma – seu único caso, em 2011, foi no primeiro quadrimestre.
Economia
A grana que chega à cidade Itariri registra entrada de mais recursos em 2012 O jornal Brasil Atual – Itariri divulga, mensalmente, os valores destinados à cidade pelos governos federal e estadual. Confira o quadro abaixo: Confira os recursos transferidos pelo Governo Federal: 2011
2012
R$ 11.651.232,58 (12 meses) R$ 970.936,04 (Média mensal)
R$ 5.010.311,63 (5 meses) R$ 1.147.700,22 (Média mensal)
Confira os recursos transferidos pelo Governo Estadual: 2011
2012
ICMS – R$ 2.635,351,74 (12 meses) IPVA – R$ 498.999,73 (12 meses)
ICMS – R$ 1.383.559,26 (6 meses) IPVA – R$ 364.005,71 (6 meses)
Tabela em vigor do Imposto de Renda: Rendimento em R$ De 637,12 até 2.453,50 De 2.453,51 até 3.271,38 De 3.271,39 até 4.087,65 Acima de 4.087,65
Aliquota % 7,5 15,0 22,5 27,5
Dedução em R$ R$ 122,78 R$ 306,80 R$ 552,15 R$ 756,53
Expediente Rede Brasil Atual – Itariri Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Enio Lourenço e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 5 mil exemplares Distribuição Gratuita
Itariri
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CONVENÇÕES
Tudo pronto para a batalha eleitoral de outubro A coligação partidária que reúne cinco Partidos – PP, PT, PV, PRTB e PR – homologou o nome da ex-secretária da Educação de Itariri e atual secretária da Educação de Pedro de Toledo, Rejane Maria Silva (PP), como candidata à Prefeitura de Itariri. A chapa terá como candidato à vice-prefeitura o ex-vice-prefeito de Itariri Estanislau Fernando de Mattos, o “Pança”. Haverá 42 candidatos a vereadores – 13 mulheres e 29 homens. A homologação foi no dia 23 de junho, na Casa de show Iguana, onde mais de 400
divulgação
Rejane (PP) e Pança (PT) enfrentam Dinamérico nas urnas; Carlos Rocha também é candidato
pessoas estavam presentes. Na ocasião, foi aprovado o nome da coligação: Desenvolvimento com Responsabilidade. “Acredito nesse projeto que será uma transformação
para Itariri. Com ele, vamos incorporar desenvolvimento com responsabilidade, dando a cada cidadão o direito de participar de uma cidade melhor para todos” – disse Reja-
presente
ne. O candidato à vice, “Pança”, destacou a participação cada vez maior da mulher na política brasileira, ajudando com sensibilidade a formar um novo padrão de políticos no país, sobretudo, nas cidades pequenas, onde o contato com a população é feito de forma direta e pessoal”. Para ele, a chapa tem trânsito nos governos federal e estadual, o que “facilita a realização do trabalho na cidade com desenvolvimento e responsabilidade, parafraseando o tema da coligação” – disse.
No mesmo dia, PSB, PTB, PMDB, PPS e PDT homologaram as candidaturas de Carlos Rocha Ribeiro (PSB) à Prefeitura, Izadália Barros Souza (PTB) à vice e de 50 candidatos a vereador – dez do PSB, quinze do PMDB, dezoito do PTB, quatro do PPS e três do PDT. O PSDB e o DEM já haviam realizado a convenção em 17 de junho. São candidatos dos partidos Dinamérico Gonçalves Peroni à Prefeitura e Ione Kian à vice. Os partidos têm 18 candidatos a vereador, dez do PSDB e oito do DEM.
pesquisa
Município agora possui duas máquinas do tipo
59% acham governo bom ou ótimo
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) entregou, dia 29 de junho, máquinas retroescavadeiras a 21 cidades do Vale do Ribeira. A ação beneficiou mais de 100 mil moradores do campo, penalizados constantemente com as chuvas. Itariri foi contemplada com uma delas e, agora, possui duas dessas máquinas: uma pode ser usada na área urbana, principalmente na periferia, que sofre com a falta de manutenção das valas; outra poderá trabalhar na zona rural, ajudando os agricultores no escoamento da produção e contribuindo para maior conservação das estradas vicinais utilizadas no transporte escolar.
A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff manteve-se estável, em 77%, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 29 de junho. Já a aprovação do governo subiu de 55% para 59% dos entrevistados, que consideram o governo bom ou ótimo. Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma governar; 5% não souberam responder a esse quesito. Na pesquisa anterior, o percentual de desaprovação era de 19% e variou dentro da margem de erro. O índice dos que consideram o governo “regular” oscilou negativamente de
A entrega das máquinas é resultado da seleção realizada pelo Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), iniciado no Governo Lula e ampliado com a Presidenta Dilma. As cidades beneficiadas com a entrega das retroescavadeiras no Vale do Ribeira
são: Apiaí; Barra do Chapéu; Barra do Turvo; Cajati; Cananéia; Eldorado; Iguape; Ilha Comprida; Iporanga; Itaóca; Itapirapuã Paulista; Itariri; Jacupiranga; Juquiá; Miracatu; Pariquera-Açú; Pedro de Toledo; Ribeira; Ribeirão Branco; Sete Barras e Tapiraí.
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Dilma, queridíssima
mauro ramos
Itariri ganha retroescavadeira
34% para 32%. Manteve-se estável em 8% o percentual dos que classificam o governo como “ruim ou péssimo”. Dos entrevistados, 1% não soube responder sobre a gestão. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios.
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Davi Ribeiro
Caiçaras, índios, quilombolas
Uma rara reserva de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, que possui biomas riquíssimos e uma população tradicional de mais de 300 famílias de cultura secular, corre o risco de ser descaracterizada por um Projeto de Lei (PL) do governador Geraldo Alckmin, encaminhado em fevereiro à Assembleia Legislativa (Alesp). A convivência harmoniosa entre homem e meio ambiente na região da Jureia pode ter fim com a alteração dos limites da Estação Ecológica Jureia-Itatins, (criada em 1986, com
cerca de 80.000 ha) e a criação de um Mosaico de Unidades de Conservação: algumas áreas de maior densidade demográfica, como a Barra do Una e o Despraiado – que abrange cerca de 60% do povo local – seriam transformadas em Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), onde haveria presença humana e o desenvolvimento de algumas atividades agropecuárias. Já os outros 40% de moradores da região – formados também de caiçaras, quilombolas e indígenas – que estão isolados em comunidades menores não encampadas por essas duas
reservas, teriam sua permanência histórica ameaçada pela nova recategorização e poderiam ser expulsos da floresta. Os povos da Jureia estão insatisfeitos. Há intensas manifestações de associações de moradores, que repudiam o projeto. Por isso, a Alesp promoveu três audiências públicas em maio – uma em Peruíbe, outra em Iguape e a terceira na Alesp, que reuniu mais de 200 pessoas, boa parte delas vindas em caravanas do litoral sul – visando mudar o projeto inicial do governo e chegar a um consenso.
Uma história de resistê No fim dos anos 1970, a Jureia foi alvo da política nuclear da ditadura militar e do setor imobiliário especulativo, que pretendia empreender condomínios luxuosos. A audácia desses projetos era tamanha que até uma estrada adentraria a serra e cortaria a planície do rio do Una do Prelado. Em 1980, o general João Figueiredo firmou um acordo com a Alemanha para a instalação das usinas nucleares 4 e 5, numa área de 24.000 ha da região. O projeto sofreu críticas de organizações ecológicas nacionais e internacionais, o que levou o general a promulgar novo decreto ‘protegendo o meio-ambiente’. O programa nuclear não foi concretizado. Até 1985, as desapropriações dos moradores não foram realizadas pela Nuclebras. O prazo de caducidade das desapropriações – de cinco anos – expirou, dando aos antigos proprietários a chance de reaverem a posse das terras que ocupavam.
Luciano Faustino
Há tensão e medo entre os moradores da Jureia. A falta de decisão dos deputados estaduais de transformar o projeto de lei que cria na região Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), assegurando o direito de permanência das comunidades na área, fez a população local preparar-se para o pior. Em julho, algumas pessoas começaram a receber uma notificação exigindo que saíssem de suas casas. A comunidade promete resistir. Por Enio Lourenço
Luciano Faustino
A ameaça que ronda 300 famílias da Jureia, um paraíso
Em sua dissertação de mestrado, a geógrafa Carolina Peixoto aponta que “o empreendimento nuclear representava uma ameaça ao ambiente natural e social, mas acabou por proteger as terras da especulação imobiliária, o que não quer dizer quer as relações entre a Nuclebras e os moradores não tenham sido coercitivas”.
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“O lugar é nosso”
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Luciano Faustino
ência. Aos militares e aos civis
Em 1986, o governador Franco Montoro criou a Estação Ecológica Jureia-Itatins, com a extensão atual, que abrange os municípios de Peruíbe, Iguape, Miracatu e Itariri, para garantir a integridade dos ecossistemas e da fauna e flora ali existentes. As atividades primárias – caça, pesca, extrativismo – foram limitadas para atender a
nova legislação. Foi assim que a população tradicional do lugar mudou seus hábitos e cultura para sobreviver. Por outro lado, foi uma lei de 2006 que criou o primeiro Mosaico da Jureia e possibilitou aos moradores se reorganizarem, lutarem e apresentarem a contraproposta ao governo de unidade de conservação que eles queriam. Segundo a vice-presidente da União dos Moradores da Jureia (UMJ), Adriana Souza Lima, “o pessoal aceitou o modelo do mosaico para não perder a oportunidade de assegurar a permanência de parte da população, mas o objetivo era incluir todas as comunidades”. Mas a esperança dos moradores de viver com estabilidade e possibilidade de manejo sustentável dos recursos naturais ruiu rapidamente. Em 2009, o Ministério Público Estadual (MP-SP) elevou a reserva novamente à condição de Estação Ecológica porque, segundo a Lei,
apenas o governador poderia legislar sobre o meio ambiente. Para a defensora pública Maíra Coraci Diniz o governador da época, José Serra, “deveria ter encaminhado o projeto para resolver a situação dos moradores da Jureia”. Em abril de 2010, novo problema. O Grupo de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do MP-SP pediu, e a Justiça estadual concedeu, liminar para a retirada de todos os moradores, tradicionais ou não, sob a justificativa de realização de estudos no local, mas a defensoria pública conseguiu suspendê-la até o dia 7 de julho passado. A defensora Coraci também encaminhou recurso ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), mas que está parado há oito meses sem julgamento. “Se for necessário, eu vou recorrer ao STF ou à OEA, pois existem convenções e tratados internacionais que garantem o direito dos povos tradicionais aos seus territórios” – finaliza a defensora.
Luciano Faustino
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o encravado na Mata Atlântica
A vice-presidente da União dos Moradores da Jureia (UMJ), Adriana Souza Lima, afirma que a região sempre se orientou por projetos preservacionistas, que não concebem homem e floresta dividindo o mesmo espaço e propõem que, para o território ser preservado, não exista a presença humana. O projeto de Lei que está para ser votado na Assembleia Legislativa não é diferente. A consequência, segundo ela, é “uma política que tira o homem do seu território, jogando-o nas periferias das cidades, criando favelas e levando-os, muitas vezes, à criminalidade. Isso vai na contramão do que o mundo pensa hoje”. Sobre a hipótese de a força policial entrar para cumprir a determinação judicial, o presidente da UMJ, Dauro Marcos do Prado, é enfático: “Resistimos há 26 anos a uma política ambiental criminosa, que não defende o meio ambiente nem se preocupa com a questão social. Queremos um acordo entre os Poderes Executivo, Legislativo e a comunidade para resolver esse conflito de uma vez por todas. Se as comunidades ficarem fora da RDS, o conflito persistirá. E, se a polícia
entrar na Jureia, nós vamos enfrentá-la, sim”. O pessoal também quer que seja criado um amplo espaço para o manejo sustentável dos recursos. O morador Arnaldo Júnior, de Iguape, enxerga o projeto de lei do governo mais como um assentamento fundiário do que uma RDS. “Como uma RDS, você tem que ter grandes áreas para explorar um recurso e dar um tempo para que ele se regenere. Assim, você vai para outra área, para gerar renda e trabalho para as pessoas.” Arnaldo lembra que Iguape entrou em declínio quando a Jureia passou à condição de Estação Ecológica. “Até a década de 80, a cidade vivia da exploração da caixeta, mas desde que a atividade passou a ser criminalizada, o resultado foi a exploração clandestina da madeira, que levou a espécie quase à extinção” – afirma. Agora, a proposta é o manejo sustentável da caixeta, que sairia de barco da floresta e abasteceria uma indústria de lápis específica. O intuito é que os lápis sejam fornecidos aos alunos de escola pública. “Esse é um grande passo e um exemplo que a gente pode dar para o Brasil. E essa é a hora” – conclui ele.
Itariri
6 imprensa
A revista Veja, entre corrompidos e corruptores
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Cláudio belli
Roberto Civita, dono da Veja: unha e carne com Cachoeira
dizia que “a diretoria atrapalhava os negócios da Delta. Foi a mesma operação do episódio dos Correios, que deu origem ao ‘mensalão’. Cachoeira dava os dados, Veja publicava e desalojava os adversários de Cachoeira. Assim, ela cumpria o papel de vigilante de desmandos e fustigava os governos Lula e Dilma, pelos quais nunca demonstrou simpatia.” Basta lembrar a capa de maio de 2006 com Lula levando um pé no traseiro, juntando grosseria e desrespeito. Para não falar de outras, do ano anterior, instigando o impeachment do presidente da República. O sucesso dos dois governos Lula e os altos índices de aprovação da presidenta Dilma Rousseff exacerbaram o furor da revista. A proximidade do diretor da sucursal de Brasília com Cachoeira, e deste com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), sempre elogiado
De narradora dos fatos, a revista semanal Veja, da Editora Abril, tornou-se personagem da cena política brasileira. Gravações feitas pela Polícia Federal, autorizadas pela Justiça, mostram que o contraventor Carlinhos Cachoeira era mais do que fonte de informações. Seu relacionamento com o diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, permitia que sugerisse até a seção da revista em que notas de seu interesse seriam estampadas. Veja virou instrumento de Cachoeira para remover do governo obstáculos aos seus objetivos. Um entrave seria o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, que dificultava a atuação da Delta Construções, empresa ligada ao contraventor. Segundo o jornalista Luis Nassif, a matéria da Veja sobre o DNIT, publicada em junho de 2011,
Por: Lalo Leal
reprodução
As ligações íntimas da Editora Abril com o contraventor Carlinhos Cachoeira
por Veja, veio a calhar. Até surgirem as gravações da Polícia Federal levando a revista a um recolhimento político só quebrado em defesas tíbias de seu funcionário e do que ela chama de “liberdade de imprensa”. Veja diz-se “enganada pela fonte”, argumento desmentido pelo delegado federal Matheus Mella Rodrigues, coordenador da Operação Monte Carlo. O policial mostrou que o jornalista Policarpo Junior sabia das relações de Demóstenes com Cachoeira, mas nunca as denunciou, protegendo “meliantes”, como resumiu a revista CartaCapital.
Segundo Veja, a “liberdade de imprensa” estaria ameaçada se o jornalista, ou seu patrão Roberto Civita, fosse depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga o caso. Mas, na mesma edição, ela clama por um controle da internet, agastada com as informações sobre seus descaminhos na rede. A internet expôs a relação
do trio Cachoeira-Demóstenes-Veja e uma enxurrada de expressões nada elogiosas levaram a revista ao topo dos assuntos no Twitter. Os principais veículos do país silenciaram ou apoiaram a relação – exceção feita à Rede Record e à revista CartaCapital. Alguns, como O Globo, tomaram as dores da Editora Abril. O colunista Merval Pereira isentou a revista. Em editorial, o jornal reagiu à compa-
josé antonio teixeira
Imprensa comercial se diz independente. Será?
Otavio Frias: numa gelada
ração feita por CartaCapital entre o dono da Editora Abril e o magnata Rupert Murdoch, punido pela Justiça britânica pelo mau uso de seus veículos de comunicação no Reino Unido. A Folha de S.Paulo, também em editorial, aliou-se a Veja. Mas sua ombudsman, Suzana Singer, que tem a incumbência de criticar o jornal, disse não saber “se algo comprometedor envolvendo a imprensa surgirá desse lamaçal”.
Para lembrar em seguida que ao PT interessa com o caso Cachoeira empastelar o ‘mensalão’: “A imprensa não pode cair na armadilha de permitir que um escândalo anule o outro. Tem o dever de apurar tudo – mas sem se poupar. É hora de dar um exemplo de transparência.” Contudo, a cobertura da Folha das relações CachoeiraDemóstenes-Veja limita-se a notas superficiais.
Itariri
Mídia e “mensalão”
RADAR
Por Binho
Vereadores
jose cruz
A ideia de que o caso Cachoeira desviaria as atenções sobre o julgamento do “mensalão” foi alardeada pela mídia. E usada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para se livrar da acusação de negligência. Explica-se: A PF enviou a Gurgel a denúncia das relações promíscuas entre Cachoeira e Demóstenes em 2009. Se ele desse andamento à denúncia, o processo seria público e comprometeria a eleição de Demóstenes ao Senado, de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás e de gente
política
suspeita de servir a Cachoeira. Gurgel não explicou por que segurou o processo. Respondeu às acusações dizendo que as denúncias partiam dos envolvidos no “mensalão”, temerosos diante da iminência do julgamento no qual ele será o acusador.
Testemunha de defesa
Essa eleição irá contar com número recorde de candidatos a vereador no município: serão nada menos do que 110 candidatos ao cargo!
Vereadores II
São 50 candidatos da coligação PSB, PTB, PMDB, PPS e PDT, 42 da coligação PP, PT, PV, PRTB e PR e 18 da coligação PSDB e DEM, o que significa um candidato a vereador para cada 108 eleitores.
Vereadoras
Foi um corre-corre para os partidos cumprirem a legislação que determina em 30 o número de candidatas – a cada dois homens deve concorrer uma mulher, ou vice-versa. Antes, os partidos deixavam as vagas femininas em aberto.
Vereadoras II
Hoje há 36 mulheres candidatas a vereadora: na chapa de Rejane Silva e Pança, há 13; na coligação Dinamerico e Yone Kiam, há 6; e na chapa Carlos Rocha e Izadália, há 17. As mulheres são 32,73% dos candidatos.
divulgação
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Cassação
O vereador Américo Ischihashi, do PMDB, foi julgado e cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por infidelidade partidária. Em setembro de 2011, o parlamentar deixou o PSDB, partido pelo qual ganhou a eleição a vereador em 2008, e filiou-se ao PMDB. O Promotor Público Eleitoral entrou com ação de cassação de mandato do cargo de vereador, resultando em condenação no último dia 28 de junho. Contra a sentença, porém, ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral.
Cassação II
O mesmo ocorre com o atual vereador e candidato a prefeito na coligação PSB, PMDB, PTB, PPS, e PDT, Carlos Rocha Ribeiro. Inicialmente filiado ao PSDB, Ribeiro trocou de partido em setembro do ano passado, filiando-se ao PSB. Ação requisitando a cassação encontra-se na mesa do juiz José Antônio Encinas Manfré. O julgamento foi marcado para o dia 24 de julho, no Tribunal Regional Eleitoral. Vale lembrar que se condenado com a perda de mandato de vereador, caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral em Brasília.
wilton junior
fórum
Prédio está interditado de interferência dos grupos midiáticos na política eleitoral. Exemplo clássico vem da viúva do dono da Globo sobre o governo Collor: “O Roberto colocou-o na Presidência e depois tirou. Durou pouco. Ele se enganou” – disse dona Lily no lançamento do livro Roberto & Lily, em 2005. A ação não foi isolada. Globo e Veja demonizavam Lula para derrotá-lo, em 1989. E exaltavam o jovem “caçador de marajás”.
Ordem veio do Tribunal de Justiça de São Paulo O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo interditou o estabelecimento onde funciona a Vara Distrital de Itariri, face aos inúmeros problemas de estrutura. A interdição resultou de ação cívil pública impetrada pela Promotoria de Justiça de Itariri contra a Fazenda do Estado de São Paulo e o município de Itariri, na qual requisitava-se o prazo de 48 horas para desocupação e início da obra.
mauro ramos
Em 2005, Policarpo Junior foi a uma CPI testemunhar em favor de um bicheiro que se dizia vítima de chantagem de um deputado carioca que exigia propina para não colocar seu nome no relatório final de uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio. Nenhum jornal nem a ABI alegaram tratar-se de uma intimidação à imprensa. Uma explicação para a baixa exposição de jornais e jornalistas a investigações está no poder
Após a ação, a verba para a reforma do prédio foi liberada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, possibilitando, assim, o início dos trabalhos no
dia 10 de julho. Segundo entrevista da Promotoria de Justiça de Itariri ao Jornal da Tribuna 1ª edição, o prazo para conclusão da reforma é de 30 dias.
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foto síntese – ponte que balança
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Horizontal – 1. Cada uma das unidades residenciais, em prédio de habitação coletiva 2. Grande tronco de madeira 3. Sigla de Roraima; Estado brasileiro onde fica uma parte da Floresta Amazônica; Botequim 4. Causar tribulação, afligir 5. Instrumento manual, usado para cavar ou remover terra e outros materiais sólidos; Relativo a número 6. Adv. (ant.) Agora; Suave 7. Imediatamente, já; Clube do Remo 8. O ser humano, a humanidade; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar 9. Sílaba que não tem acento tônico; Parte do palácio de um sultão muçulmano onde ficam as mulheres 10. Sigla do Estado de Rondônia; Despenca; Igreja episcopal
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Vertical – 1. Causar algum tipo de impedimento ou perturbação 2. Porta, de madeira ou de ferro que, a partir da rua, dá acesso a um jardim público ou a uma casa, edifício etc.; Nome de famoso treinador brasileiro de futebol, de sobrenome Glória 3. Atmosfera; Galho 4. Série ou conjunto de roubos (plural) 5. Ghraib, famosa prisão iraquiana; País situado na extremidade oriental da Península Arábica; 6. Colocar em posição reta e vertical 7. República parlamentar federal de dezesseis estados cuja capital é Berlim 8. Sigla do Estado do Espírito Santo; Medida agrária; Gemido 9. Entreter-se, distrair-se 10. Chá, em inglês; Pessoa que mostra cortesia, amabilidade, gentileza 11. Curso de água doce, Letra anterior ao ene
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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.
Respostas a t r a p a l h a r
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