Jornal Brasil Atual - Jundiai 05

Page 1

www.redebrasilatual.com.br

jundiaí

Jornal Regional de Jundiaí

nº 5

perfil

Distrib

Gratuuiição ta

Novembro de 2011

rodovia

modesto só no nome No palco, o artista Eufra faz de tudo: canta, dança, toca, declama, conta causos

rota da morte Máximo Zambotto, uma estrada abandonada pelo governo do Estado

Pág. 2

educação

não há vagas Jundiaí não cumpre lei que obriga cidade a ter creches para as crianças

Pág. 3

esporte imposto

pagar mais e chorar menos Os ricos reclamam muito e são os que mais sonegam os tributos Pág. 4-5

velhos amigos Jogos dos Idosos fazem inveja a qualquer rapazote da região

Pág. 7


2 Rodovia

A estrada da morte

Há uma coisa corriqueira no Brasil, que se repete de alto a baixo, sempre alteada pela velha mídia: o brasileiro paga imposto demais! Nas páginas centrais desta edição, uma reportagem desconstrói essa verdade imposta pelo conhecido PIG – o Partido da Imprensa Golpista. Porque ao alardeá-la, o PIG só quer fazer eco de seus desejos. A manchete da matéria sintetiza o fato: Os milionários têm de pagar mais (imposto) e chorar menos. Porque, como diz a nossa chamada de capa “Os ricos reclamam muito e são os que mais sonegam os tributos”. Leia, portanto, com atenção a principal matéria desta edição e mande-nos suas impressões. Ela é importante para se desfazer a velha ideia de que de tanto se repetir uma inverdade, ela floresce como verdade. Ainda bem que, entre nós, brasileiros, há figuras como o baiano Eufraudísio que, com jeito simples, faz da arte a sua história. Seus espetáculos pelo País, que misturam música à poesia, causos e anedotas a cantigas de roda e trava-línguas bota um sorriso solto na boca das pessoas. Pena que muitos não possam admirá-lo de frente. Porque vivem às escuras ou fazem da escuridão sua luz. É isso. Boa leitura!

jornal on-line Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões jornalba@redebrasilatual.com.br

Máximo Zamboto: estrada vai fazer um ano que está assim

Com isso, o grande fluxo de veículos leves e de caminhões precisa da boa vontade dos agentes que controlam o trânsito local para evitar acidentes. Não há previsão de reforma no trecho – a obra deveria ser prioridade do governo, mas vai fazer anos em janeiro de 2012.

Até lá, os motoristas que tenham cuidado e usem o bom-senso, porque o período das chuvas se aproxima. E, se com o tempo seco não reconstruíram a estrada, o que se dirá com as chuvas? A tendência é que aumentem os buracos e que haja novos deslizamentos de terra no trecho.

saúde

E a obra, vai até quando? Hospital de Clínicas de Campo Limpo: novela continua A Prefeitura de Campo Limpo Paulista não faz mais propaganda do Hospital de Clínicas da cidade, cujas instalações deveriam ser entregues em agosto e a inauguração era prevista para este ano. O valor inicial do investimento era de R$ 13 milhões, bancados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nossa Caixa e recursos municipais. No entanto, em seu último pronunciamento, o prefeito anunciou um

mauro ramos

editorial

Uma das mais importantes rodovias da região, a Máximo Zamboto, que interliga as cidades de Campo Limpo Paulista e Jarinu a toda a região, está abandonada pelo governo do Estado. Há vários meses ele prometeu – e não cumpriu – que se iniciariam obras de duplicação e recapeamento nos trechos mais perigosos, onde leva o sugestivo nome de “Rodovia da Morte”, dada a precariedade das pistas, com inúmeros buracos em todo o trajeto. O trecho de maior perigo é em Jarinu. No início do ano, as chuvas causaram um grande deslizamento num talude na pista direita, no quilômetro 64, sentido Jarinu, prejudicando o acesso à rodovia Dom Pedro.

mauro ramos

Máximo Zamboto está abandonada pelo governo

custo de R$ 17 milhões. Segundo a Prefeitura, ainda falta comprar equipamentos e contratar o pessoal – o concurso foi anunciado recentemente. Pelo visto, a obra deve ser entregue mesmo só em 2012. Coincidência? Não, 2012 é

ano de eleições municipais. O novo hospital se transformou em moeda eleitoral. E a atual administração, no poder há 16 anos, não dá atenção a setores essenciais, como saúde, transporte e educação, entre outros.

Expediente Rede Brasil Atual – Jundiaí Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Leonardo Brito (estagiário), Antonio Cortezani, Douglas Yamagata Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


3 Educação

Creche: a população quase sempre perde essa batalha Um dos grandes problemas educacionais de Jundiaí é a falta de creches para crianças de 0 a 3 anos. Por lei, elas têm direito ao benefício sem que os responsáveis por elas precisem buscar, na Justiça, o que lhes é garantido constitucionalmente. Segundo a diretora de políticas sociais da Associação dos Aposentados de Jundiaí e Região, Fé Juncal, a demanda por vagas de creches na cidade é muito maior do que as vagas oferecidas pela Prefeitura. “Hoje as inscrições para as vagas são abertas por um curto período de tempo e, mesmo

assim, forma-se uma grande lista de espera para o ano seguinte, que aumenta cada vez mais, sem que a Prefeitura consiga garantir o direito para essas crianças” – explica Fé. Outro problema, apontado por ela, é que por causa dessa grande lista de espera muitas crianças são obrigadas a frequentar as creches em bairros distantes de casa, acarretando transtornos para as mães, obrigadas a perder tempo para levar a criança à creche ou a contratar um transporte para levá-la ao local. “Isso interfere na vida da mãe. Muitas vezes, ela se vê

mauro ramos

Sem vagas para as crianças, Jundiaí precisa rever seus conceitos sobre educação infantil

obrigada a ficar sem trabalho, porque não há uma creche para o filho” – exemplifica, reforçando que a educação infantil tem de ser para todos sem distinção.

Na avaliação de Fé Juncal, “é preciso criar mais vagas nas creches, principalmente nos bairros, dizer claramente qual a capacidade que cada uma

tem e aumentar o tempo de inscrição, tornando-o conhecido da população pelos veículos de informação. Recursos para isso tem” – enfatizou.

É preciso rever conceitos para enfrentar o problema Para Fé Funchal, mais do que as questões estruturais, que se referem à quantidade de vagas, falta de educadores, construção de mais creches, etc., é preciso rever os conceitos para garantir uma educação de qualidade em Jundiaí. Segundo ela, atual-

mente as mulheres estão de forma mais efetiva no mercado de trabalho e necessitam de creches para seus filhos. “As administrações precisam se adequar a esta realidade na qual vive a mulher nos dias atuais. Muitas delas são as chefes da família ou ajudam a sustentar a famí-

lia” – exemplificou. Em sua avaliação, a administração municipal necessita de uma política mais arrojada e de enxergar o porquê da falta de vagas nas creches. “A realidade da mulher no mercado de trabalho é outra em razão de vários fatores, e por isso, independentemente

era vinculada à Assistência Social, mas há cerca de três anos foi absorvida pela Educação. “A educação infantil tem um papel social importante e não adianta apenas maior quantidade de creches, mas sim qualidade educacional” – frisa.

da condição civil da mulher, as políticas de educação precisam ser mais empreendedoras” – salienta. Além disso, a diretora de políticas sociais da Associação dos Aposentados de Jundiaí e Região lembra que até pouco tempo se dizia que a creche não era educação e por isso

Qual é a melhor Universidade Pública para a região? A ideia de uma universidade pública em Jundiaí nasceu há alguns anos e possui até um Projeto de Lei no Congresso Nacional (nº 7.954), do deputado federal Vicentinho (PT-SP), que prevê a instalação da Universidade do Trabalhador. Mas há, agora, quem defenda a criação de uma Universidade Pública Regional, que sur-

giu no concurso Várzea 2022, organizado pela Prefeitura Municipal de Várzea Paulista e Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. Com a aprovação pela Assembleia Legislativa da Lei da Aglomeração Urbana de Jundiaí, cujo objetivo é elaborar políticas comuns às sete cidades da região – Cabreúva, Campo

Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira e Várzea Paulista –, a Universidade Pública Regional ganhou um defensor, Henrique Parra Parra Filho, da Organização Não Governamental (ONG) Voto Consciente. Diz ele: “O ideal seria que cada cidade tivesse uma faculdade, de acordo com o perfil do município – Agronomia, em

mauro ramos

Discussão sobre criação da Universidade Pública Regional ganha impulso. E adeptos Jarinu, Engenharia, em Várzea ou Campo Limpo Paulista.” Para Henrique, essa proposta estimularia o desenvolvimento das cidades e daria impulso para a população pensar regionalmente. “Hoje, cada Prefeitura tenta trazer a Universidade Pública para a sua cidade. Com o discurso regional, todas ganham.”


4 imposto

Os milionários têm de pagar mais e chorar menos A carga tributária pesa mais para os brasileiros de baixa renda do que no bolso dos ricos – que são os que mais reclamam. Reduzir os impostos sobre o consumo, criar alíquotas mais justas e progressivas e taxar grandes fortunas é a reforma tributária necessária Por Vitor Nuzzi

Brasil tem 155 mil ricos

Reforma já

O número de milionários brasileiros – quem têm mais de US$ 1 milhão na conta – cresceu 6% em 2010 e atingiu 155 mil pessoas, conforme o Merrill Lynch Global Wealth Management e a consultoria Capgemini. Assim, o Brasil seguiu em 11º lugar na lista mundial, liderada pelos Estados Unidos, com seus 3,1 milhões de milionários, 8% a mais que em 2009. A crise não impediu que o número de endinheirados no mundo aumentasse. Ele chegou a 11 milhões no ano passado, 8% a mais que em 2009 – crescimento menor que no ano anterior, 17%.

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores, CUT, Artur Henrique, chegou a hora de uma discussão séria sobre justiça tributária. “Há uma parcela de multimilionários que poderiam pagar mais sobre a sua renda” – disse ele à Rádio Brasil Atual. Segundo ele, a discussão sobre a Emenda Constitucional 29 (os gastos de Estados e municípios com saúde) e a necessidade de ampliar verbas para a saúde pública é a chance de rediscutir a reforma tributária, incluindo o conceito de progressividade – quem tem mais renda paga mais; quem tem menos paga menos.

Caça aos endinheirados

Famílias que ganham até dois salários mínimos gastam 49% da renda com impostos

Imposto sobre fortunas O consultor Amir Khair, mestre em Finanças Públicas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), lembra em artigo que o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) está previsto na Constituição de 1988, mas depende de lei complementar nunca aprovada. “O IGF poderia ser cobrado de forma progressiva, arbitrando-se um nível mínimo de isenção” – sugere. “O imposto sobre o patrimônio é cobrado com sucesso há vários anos

na França, Espanha, Grécia, Suíça e Noruega. Não deu certo em alguns países – Áustria, Dinamarca, Alemanha, Finlândia e Luxemburgo –, mas pode dar certo no Brasil. Só saberemos testando.” Na Câmara, um projeto do deputado Dr. Aluízio (PV-RJ) cria a Contribuição Social das Grandes Fortunas (CSGF), com cobrança sobre patrimônio acima de R$ 5,52 milhões e destinação exclusivamente para a saúde.

Os milionários também terão de ajudar no combate à crise mundial. Uma das bíblias do mercado, a revista The Economist, já detectou esse movimento de caça aos ricos. O bilionário Warren Buffett, patrimônio estimado em US$ 50 bilhões, declarou que os ricos deveriam pagar mais impostos, afirmando que, proporcionalmente à sua renda, seu secretário recolhe mais tributos. A declaração de Buffett ecoou mundo afora. Países europeus aumentaram o imposto para pessoas de maior renda, com o objetivo de reduzir seus déficits.

À beira de um ataque de nervos Nos países europeus e nos EUA os ricos são chamados a colaborar por causa da situação fiscal dos governos. Na Espanha, o imposto sobre patrimônios acima de € 1 milhão atingirá 150 mil pessoas e arrecadará mais de € 1 bilhão por ano. Na França, o governo anunciou um imposto de 3% sobre a renda de quem recebe mais de € 500 mil por ano. Iniciativa semelhante terá Barack Obama para reduzir o déficit fiscal norte-americano, com uma

proposta de imposto voltado a quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano – teria o nome de Buffett rule (regra Buffett),

em referência ao milionário. “Não é luta de classes. É matemática.” – diz Obama. Para Artur Henrique, iniciativas como a de Warren Buffett significam que “eles sabem ser mais vantajoso ter uma parcela um pouco menor numa sociedade de economia mais dinâmica e com melhores condições de vida”.

Famílias com renda acima de 30 salários mínimos usam 26% da renda para pagar tributos Fonte: Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


5

ELZA FIUZA AGENCIABRASIL-ABr

Quem pode pagar, dribla com facilidade os impostos

10% mais ricos usam 23% da renda

Segundo Pochmann, poderia haver mais alíquotas do Imposto de Renda, desde que atingissem outras faixas de renda. Hoje, existem quatro: 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. E começam a tributar o assalariado a partir de R$ 1.566,61 – valor abaixo da remuneração média do mercado formal de trabalho. A recomendação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) – órgão da Presidência da República, formado por re-

presentantes da sociedade – é ampliar o número de alíquotas, “para evitar distorções para faixas de renda mais baixas”. Ele também sugere que se torne progressivo o IPTU, imposto cobrado pelas prefeituras. “As favelas pagam, proporcionalmente, mais do que as mansões” – afirma. Ele defende medidas como IPVA maior para veículos como lanchas, iates, jatinhos. “Quem critica é quem menos paga” – diz Pochmann.

País ainda está muito longe da justiça fiscal Estudo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra que as pessoas com R$ 1 bilhão em aplicações, ou 63 mil cidadãos de alta renda, fecharam 2010 com R$ 371 bilhões investidos em bancos. O presidente do Instituto Justiça Fiscal, Dão Real Pereira dos Santos, lembra que o sistema tributário aumenta o fosso entre ricos e pobres. “Ele trata de forma anti-isonômica as rendas em função de sua origem. Isenta, por exemplo, o Imposto de Renda na distribuição de lucros aos sócios e acionistas das empresas, ou sujeita a alíquotas mais brandas os rendimentos de aplicações financeiras” – afirma. A arrecadação tributária no Brasil, que em 2010 representou 33,56% do PIB, é concentrada no consumo. Assim, um cidadão com renda mensal de um salário mínimo, embora não tenha Imposto de Renda desconta-

do no holerite, sofre no preço do pãozinho e do leite a mesma tributação que o bilionário Eike Batista. Relatório de 2010 do CDES já afirmava que, em relação aos tributos, “o Brasil caminha no sentido contrário

ao da justiça fiscal”. A injustiça se materializa ao desrespeitar o princípio da equidade. “Com o elevado peso dos tributos sobre bens e serviços na arrecadação, pessoas que ganhavam até dois salários mínimos em 2004 gastavam 48,8%

divulgação

10% mais pobres usam 33% da renda para pagar impostos

Para o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, a arrecadação tributária se concentra nos pobres. “Os ricos demonstram capacidade de driblar os tributos” – diz ele. Em relação ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), a estimativa do Ipea é de que R$ 1 a cada R$ 3 deixa de ser arrecadado por meio de abatimentos na declaração anual dos segmentos que podem gastar com educação, saúde e previdência privadas.

Imposto onera indistintamente todas as classes no Brasil

de sua renda no pagamento de impostos e as famílias com renda superior a 30 salários mínimos, 26,3%.” Para facilitar a tramitação no Congresso, o governo tende a apresentar a reforma tributária “fatiada”, dividida em quatro etapas. Um dos itens é a desoneração da folha de pagamentos, que preocupa os trabalhadores pelos possíveis efeitos negativos à Previdência. “Consideramos que para alguns setores isso vai ser muito importante. Para outros setores, pode não ser essa a forma melhor de desoneração” – afirmou a presidenta Dilma Rousseff, em discurso no final de setembro. Outros itens a serem discutidos incluem mudanças no ICMS. Um primeiro passo foi dado com a aprovação do projeto de ampliação do Supersimples. Mas, em qualquer mudança, toda reforma precisa incluir um conceito simples, mas nem sempre lembrado, de justiça social.


6 perfil

A arte pra lá de arteira de Eufraudísio Modesto Quando o baiano da cidade de Floresta Azul, Eufraudísio Modesto, 60 anos de idade e há 40 anos em São Paulo, começa a contar um causo, o público, seja ele de jovens, crianças ou adultos, entra em transe. Até o momento do ápice, quando eclode um coro de gargalhadas e, em seguida, muitos aplausos. Qualquer que seja sua performance, estarão lá a música, a poesia, o teatro e um bocado de graça. Como um espírito que chega sem avisar, Eufra de repente encarna um matuto. Suas mãos, sua face e sua expressão corporal revelam o artista que é, fascinando o público a cada movimento. “É o maior contador de causos da atualidade” – afirma o folclorista Bosco Maciel, de Guarulhos. “Não há declamador e contador de causos com a performance de Eufra Modesto” – diz o escritor e cordelista Costa Sena. Eufraudísio é músico, compositor, ator, cordelista, pesquisador da cultura popular e

mauro ramos

O baiano que canta, toca, declama, conta causos e ainda é cordelista e mestre de capoeira

Eufraudísio diverte as crianças com trava-línguas e faz mil encenações

mestre de capoeira. Afinadíssima, sua voz de trovão é uma marca registrada. Acompanhada de seu violão, ela dá nova roupagem a canções de Geraldo Azevedo, Zé Geraldo, Elomar Figueira, Vital Farias, Renato Teixeira, Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Luis Vieira, e outros. No show Causos, Cantigas e Canções, Eufra faz

um resumo de sua trajetória e resgata o valor da sabedoria popular com contos, causos, versos, trava-línguas, cantigas de roda, anedotas e música brasileira da melhor qualidade. Recentemente lançou em Várzea Paulista o projeto Folclorinhos, no qual apresenta cantigas folclóricas de épocas antigas para crianças e educa-

dores do ensino infantil e fundamental. “É emocionante ver a garotada cantando as composições do tempo das nossas avós. Eu nem imaginava que faria tanto sucesso.” O artista também é mestre nos palcos. Tem em seu currículo as peças teatrais A Noiva do Condutor, Os Saltimbancos, O Grande Circo Místico,

Caymmi: Lendas do Mar, Dos Festivais, A Era do Rádio e Os Afro-Sambas, de Vinícius de Moraes e Baden Powell, todas com o elenco do Coral Cênico da Unifesp, com apresentações nos SESCs da Vila Mariana, Belenzinho, Pompeia e Santo Amaro, no Memorial da América Latina, Centro Cultural São Paulo, Teatro João Caetano, entre outros. Também participou das peças História do Brasil em Cena, Guerra Salva a Casa e Olhares de Iaiá. Atualmente, Eufra é supervisor do Departamento de Artes e Cultura de Várzea Paulista, protagonizando junto à comunidade um trabalho de criação de uma identidade cultural para a cidade, que hoje vive um momento de real efervescência cultural, reconhecida e aplaudida dentro e fora da região. Mais informações Telefone: (11) 9904-9321 E-mail: euframodesto@terra.com.br Site: www.euframodesto.com.br Produção – Sumara Fernanda Mesquita E-mail: sumaramesquita@gmail.com

homenagem

Dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra Comemorações juntam a subsede da CUT e a Prefeitura de Várzea Paulista Comemorado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é marcado pela reflexão sobre a inserção do negro na socie­dade, no mercado de trabalho, nas cotas universitárias e no com­bate à discriminação racial. A data homenageia Zum-

bi, líder do Quilom­bo dos Palmares e símbolo da resistência negra, morto em 20 de novembro de 1695. Cerca de 350 cidades brasileiras adotaram a data como feriado – existe projeto no Congresso Nacional para que a data se torne feriado nacional. A pesquisa Mapa da Diver-

sidade, da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mostra que um negro ganha, em média, 84,1% do salário de um branco. Nos cargos de gerência, 81,7% são bancários brancos e 14,9% são bancários negros. “Ninguém é melhor do que o outro por causa da cor da

pele, mas existe um preconceito na sociedade que dificulta a inclusão e a promoção dos negros no mercado de trabalho” – lembra Gerson Carlos Pereira, diretor do Sindicato e da CUT-SP. A Subsede da CUT de Jundiaí e a Prefeitura de Várzea Paulista

realizam atividades de 18 a 26 de novembro. No dia 20, haverá Apresentação Cultural e Feira de Artesanato na Praça da Bíblia, às 13 horas. Mais informações Telefone: (11) 4521-1297 Subsede da CUT


7 Terceira idade

Os Jogos dos Idosos pra jovem nenhum botar defeito Os Jogos Regionais dos Idosos – JORI –, em sua 15ª edição, mostram-se duplamente importantes: porque há 4,3 milhões de idosos no Estado e porque a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando, e já passa dos 70 anos. Este ano, cada cidade sede recebeu R$ 120 mil da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude para empregar nos alojamentos e na alimentação

dos atletas e realizar uma programação cultural e de lazer durante a permanência das delegações na cidade. Os Jogos foram disputados em nove etapas regionais, oito delas no interior, em 13 modalidades recreativas e esportivas – atletismo (corrida), bocha, buraco, coreografia (danças), damas, dança de salão, dominó, malha, natação, tênis de mesa adaptado, truco,

voleibol adaptado e xadrez. Os vencedores classificaramse para a final, em São José dos Campos, de 23 a 27 de novembro. A idade mínima para competir era 60 anos – natação e atletismo tiveram provas especiais para pessoas com mais de 80 anos. A última fase de classificação de nossa regional foi em Itapetininga, de 12 e 16 de outubro, da qual participaram 34 cidades.

mauro ramos

Investir no esporte diminui os gastos com a saúde pública, o que é bom para todos

A delegação de Jundiaí obteve 12 vitórias

Como Jundiaí e seus vizinhos se portaram nos Jogos O pessoal de Campo Limpo retornou dos Jogos com o sentimento de dever cumprido: o município ficou entre os três primeiros colocados em atletismo, dança de salão, coreogra-

fia, natação e buraco, e alcançou boa pontuação nas outras modalidades. Mas importante para eles foi a harmonia e a integração do grupo. Jundiaí conquistou 12 vitórias e pela primeira vez um

primeiro lugar em coreografia, na abertura do JORI. Já Itupeva, com a sua maior delegação – 34 pessoas –, fez ótima campanha. Cabreúva também realizou boa campanha e apresentou-se bem em malha,

dominó, buraco, damas, truco, natação e voleibol masculinos – a cidade participará do Campeonato Estadual em bocha e dança de salão. Jarinu participou das competições em várias modalida-

des, entre as quais a dança de salão, modalidade com um quê saudosista. Várzea Paulista também foi bem, com a equipe mostrando garra e determinação nas competições.

Trânsito

Falta de planejamento trava o tráfego na cidade Segundo o Denatran, Jundiaí possui cerca de 250 mil veículos, circulando pelas suas 3.500 ruas. A cidade conta com quase 250 semáforos, alguns dos quais dotados dos mais avançados recursos tecnológicos, como temporizador – um equipamento que liga e desliga um dispositivo elétrico dentro de um tempo previsto – e sensores inteligentes, os radares eletrônicos. Tudo para facilitar a vida de motoristas e pedestres.

mauro ramos

São 250 mil carros que transitam pelas 3.500 ruas de Jundiaí. Há 250 semáforos. Mas e daí? Na avaliação do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, que também é vice-presidente do Sindicato dos Alimentícios, Gerson Sartori, é bom que a cidade tenha radares e recursos eletrônicos, importantes para organizar o trânsito e diminuir acidentes. No entanto, “falta uma uniformização da velocidade nas vias da cidade” – diz ele, acrescentando: “Cada radar registra a velocidade máxima permitida num trecho da rua – 40, 50, 60 e 70 km por hora.

Isso confunde o motorista. O que é para ser um equipamento de prevenção, pode até causar acidentes”. Para o sindicalista, há falta de planejamento. “Os radares e semáforos em rotatórias são um absurdo.” Para ele, existe a mentalidade de multar – “uma verdadeira indústria da multa” – e não de organizar o trânsito. A gente precisa de campanhas educativas de trânsito nas escolas para moldarmos o motorista do futuro; não adianta só colocar radares e semáforos sem

planejar o reflexo que trazem no trânsito” – diz Gerson. Para ele, é preciso estimular o transporte público em detrimento do veículo particular, porque isso melhora o trânsito e a poluição do ar. “O transporte é horrível. As pessoas ficam muito tempo nos terminais. Há filas no embarque e dificuldade de apanhar os ônibus nos pontos. A cidade precisa implantar o bilhete único, para garantir a mobilidade num sistema eficiente de transporte público” – resume.


8 foto síntese – serra do japi

palavras cruzadas palavras cruzadas 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1 2 3 4

jundiai.sp.gov.br

5

sudoku 5

9 8

8

7

1

2

9

6

5

7 9

6

8

10

7

11

Horizontal – 1. Veloz; coloração 2. Magnetismo; Chego ao porto 3. Símbolo químico do sódio; Sigla da Agricultural Land Reserve; Sigla Essencial Oil 4. Gás ligeiramente azulado 5. Prenome de Coralina, poetisa goiana; Sigla da British Petroleum; Convergência Socialista 6. Que se crava de modo profundo (plural) 7. Anfíbio anuro; Parte inferior da planta; Preposição a mais artigo o; 8. Capital da Noruega; Conselho Regional de Psicologia 9. Parte inferior pendente de certas peças do vestuário; Ruim 10. Cidade de Pernambuco; Logradouro 11. Prep. (lat. in) Introduz objeto indireto; Morte

5

5

9

7

9

4

2

6

3

5

2

2

3

9

Vertical – 1. Mamífero de grande porte, pele grossa e cabeça grande, com um ou dois chifres na testa, patas com cascos e três dedos cada, encontrado na Ásia e África 2. Mulheres guerreiras da Antiguidade; Sigla de um Estado do Norte brasileiro 3. Utensílio usado em trabalhos agrícolas; Obrigações Reajustáveis do Tesouro; Lloyd Aereo Boliviano 4. Que pode viver fora do ar 5. Salvador, pintor espanhol; Símbolo de rádio; Associação Riograndense de Bibliotecários 6. A maior desonra, ignomínia; Gemido triste e doloroso 7. Situação de concórdia e tranquilidade 8. Expressão chula que significa coito; Que custa alto preço 9. Personagem da mitologia grega; Passar pelo coador 10. Sigla de Rondônia; Dirigir o sopro

4

3 2

1

5

vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

Respostas r i n o c e r o n t e

a p m a a z o o r n t a s l a a b m

i d o a p o a l r n i o a b p e r r a r a i z o o b a m i r a o b i t

Palavras cruzadas

c o r t e o u c d o a c r a r u o

a s s o p r a r r o

5 6 2 3 8 1 7 9 4

3 9 7 2 5 4 1 6 8

8 4 1 9 6 7 5 3 2

Sudoku

4 3 5 6 1 8 9 2 7

7 1 8 5 2 9 6 4 3

6 2 9 7 4 3 8 5 1

9 8 4 1 3 5 2 7 6

1 5 6 4 7 2 3 8 9

2 7 3 8 9 6 4 1 5


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.