Jornal Brasil Atual - Jundiai 10

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jundiaí

Jornal Regional de Jundiaí

Gratuuiição ta

nº 10

imprensa

Julho de 2012

várzea paulista

jogo pra lá de sujo

Como a imprensa comercial se compunha com o bicheiro Carlinhos Cachoeira folia de reis A festa que é uma farra da cultura popular da região

Pág. 2 campo limpo

O dono da Veja, Roberto Civita, tem muito a explicar sobre as relações perigosas que mantinha com a dupla de figurões da CPI Demóstenes-Cachoeira

só olhar dá dó O bairro da Vila da Conquista precisa de tudo, mas ninguém vê

Pág. 6 cultura eleições 2012

jundiaí, palco de um duelo nas urnas De um lado o PSDB, há 20 anos no poder; de outro, a oposição que quer conquistar a Prefeitura Pág. 3

a ordem é ler No Sebo do Zé tem até uma biblioteca aberta aos “sem-dinheiro”

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Jundiaí

2 várzea Paulista

Vem aí a 7ª Folia de Reis

jornal on-line Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões jornalba@redebrasilatual.com.br

0s reis (e rainhas) da festa 14/7 (sábado) 16 h – Apresentação de Capoeira (mestre Bola Sete) 16h30 – Quadrilhas e artistas locais 18h30 – Encontro de Violeiros 19 h – Show com duplas sertanejas 21 h – Show com a dupla Leide e Laura

divulgação

O bicheiro Carlinhos Cachoeira continua preso em Brasília, teve um ataque de fúria na prisão, brigou com colegas de cela, xingou um agente penitenciário e até sua mulher, Andressa Mendonça, tida como a beldade da CPI, enfrenta constrangimentos na hora de visitá-lo, visto que ele, Carlinhos Cachoeira, anda estressadíssimo. O senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás, virou um arremedo de político de um lado só – da Justiça –, espécie de escorreito paladino tupiniquim, um homem de elevado estofo ético e moral que acabou cassado pelos seus pares no Senado Federal. Mas, como perguntar não ofende, vamos lá: o que vai acontecer com Roberto Civita, dono da revista Veja, ou com um de seus imediatos, o jornalista Policarpo Junior, diretor da revista em Brasília, que gastam páginas e mais páginas para estampar manchetes que visam deseducar os leitores em relação às questões nacionais? Cachoeira, pasmem, sugeria até a seção da revista em que notas de seu interesse fossem publicadas. A vergonha está contada nas páginas centrais desta edição. Esperamos que satisfaça a volúpia de todos. É isso. Boa leitura!

Paulista com infraestrutura e divulgação é imprescindível, mas ressalta que a força da festa está na comunidade, envolvida em todo o processo de organização. “O sucesso do Encontro é resultado dessa mobilização popular. O governo apoia, mas quem comanda o show são os mestres de cultura popular, donas de casa, violeiros e agentes culturais

da cidade, em parceria com o Conselho de Cultura.” Uma novidade do Encontro de 2012 é o show da dupla sertaneja Leide e Laura. Consideradas as novas Irmãs Galvão, elas fazem sucesso no Brasil e em programas como Sr. Brasil e Viola Minha Viola. Em 20 anos de carreira, as irmãs ganharam vários prêmios com composições próprias, vozes harmoniosas e técnica de qualidade. “Leide e Laura são as vozes femininas mais belas do Brasil porque unem talento, carisma e simpatia” – revela o ator Jackson Antunes. A dupla acaba de lançar o DVD Meu Canto Caipira e se apresenta no Encontro no sábado, dia 14, às 21 h. A entrada é franca. Mais informações no Centro Cultural, pelo telefone 4595-4080.

15/7 (domingo) 8h30 – Missa campal com violeiros 10 h – Abertura oficial do Encontro 10h30 – Início das Apresentações das Companhias de Folia de Reis – Violeiros, catireiros, declamadores de poesia, repentistas e contadores de causos

divulgação

editorial

O Encontro vai reunir milhares de pessoas nos dois dias de festividades, 14 e 15 de julho. Além de shows de grupos culturais, o evento terá barracas de alimentação e feira de artesanato. As atividades serão na Praça da Bíblia, em Várzea Paulista, com entrada franca. Realizado desde 2006, o Encontro valoriza uma manifestação importante da cultura popular e, a cada ano, mobiliza mais cidades e traz um público maior. “A festa é uma marca de Várzea Paulista e um modelo para outros municípios” – revela Eufraudísio Modesto, supervisor do Departamento de Cultura local. Segundo ele, “poucas cidades conseguem tanta evidência no cenário da cultura tradicional”. Eufraudísio lembra que o apoio da Prefeitura de Várzea

divulgação

Estação Bauru

A manifestação de cultura tradicional e popular da região

Expediente Rede Brasil Atual – Jundiaí Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Antonio Cortezani, Douglas Yamagata, Enio Lourenço e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


Jundiaí

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Eleições 2012

Bastante dividido, PSDB anuncia os seus candidatos

mauro ramos

Partido aparenta grande desgaste com a briga interna existente para disputar a Prefeitura Um grande desgaste político, fruto de um racha interno dentro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ficou claramente demonstrado na semana em que a legenda anunciou o deputado federal Luiz Fernando Machado como seu candidato à Prefeitura de Jundiaí, em 2012, tendo outro tucano, José Antônio Parimoschi, candidato a vice-prefeito – estranhamente o atual prefeito Miguel Haddad abriu mão de sua reeleição, justificando ter outros planos políticos para 2014. O anúncio de Luiz Fer-

nando acirrou os ânimos nos grupos do partido e em outras legendas, como o Partido Verde (PV), que almejava a vice-prefeitura, com o candidato Enivaldo Ramos de Freitas, o vereador Val. O deputado federal e ex-prefeito de Jundiaí André Benassi, do PSDB, também acenou com a possibilidade de se tornar pré-candidato. Mesma reação teve o deputado estadual tucano Ary Fossen, que colocou seu nome como opção, já que o partido não se entendia internamente. Mesmo a distância, o deputado estadual Pedro Bigardi

(PCdoB) afirma que o quadro parece ser de uma crise interna do partido. “Acompanhando a situação na mídia e nos bastidores, vejo que o PSDB estava com dificuldade para definir a chapa, por causa de uma crise interna. Isso é uma situação inédita no PSDB em Jundiaí.” Paulo Malerba, presidente do PT local, estranha o fato de o atual prefeito retirar sua candidatura, sem dar explicações convincentes. “Em 2008, ele impediu que o Ary disputasse a reeleição e, agora, abandona a candidatura causando a desunião no partido” – diz.

Uma oposição à administração municipal de Jundiaí, do PSDB, foi formada com a aliança do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido dos Trabalhadores (PT), durante a convenção, dia 22 de junho. Os dois partidos lideram a coligação, que conta ainda com os partidos Social Liberal (PSL, de João Rocha); Social Democrático (PSD, de Osmil Crupe); e Pátria Livre (PPL, de Adilton Garcia). A aliança surge no momento em que o PSDB demonstra desgaste político. “Há 20 anos no poder, os tucanos privilegiam um grupo em detrimento da população, não se preocupam com planejamento urbano, autorizam empreendimentos imobiliários sem dar estrutura adequada para o cresci-

mauro ramos

PCdoB e PT de Jundiaí firmam aliança em convenção

mento ordenado e promovem o caos em vários segmentos, como trânsito, transporte público, saúde, entre outros” – disse o deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB), candidato a prefeito da oposição. A aliança foi marcada pela emoção e deu início à campanha eleitoral, que promete mudar

o jeito de fazer política na cidade, em função da integração que os partidos têm com todos os segmentos sociais. “Vamos dialogar com a sociedade e enfrentar os problemas da cidade, sem os esconder com marketing” – afirmou Bigardi. “Jundiaí é uma cidade especial do Brasil, mas muita coisa

precisa mudar para melhor. E a mudança é para a cidade e para quem mora nela. Vamos fazer o melhor governo da história da cidade” – afirmou. O ex-deputado federal e atual vereador Durval Orlato também celebrava a união. “Peço a vocês que entrem de coração na campanha. Vamos aumentar ainda mais o investimento que o governo federal faz na infraestrutura da nossa cidade” – destacou o candidato a vice. No final, os mais de 70 candidatos a vereador juntaram-se à dupla em grande comunhão, prometendo muito espírito de luta na campanha. O presidente do PT de Jundiaí, Paulo Malerba enfatizou que a integração partidária fortalece a oposição, uma vez que a coligação tem como plataforma o crescimento da cidade

por meio da sustentabilidade e do planejamento. “São partidos que têm como perfil as causas sociais. Essa união oferece as perspectivas para que a cidade se desenvolva, melhorando o que não está bom e mantendo o que tem dado certo” – frisou Malerba. O presidente avalia que há setores que precisam de melhorias e não receberam a atenção que merecem da atual administração. “Mobilidade urbana, transporte coletivo, saúde e segurança carecem de investimentos. Vamos buscar parcerias no governo federal, investindo, por exemplo, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) para desafogar o Hospital São Vicente. Jundiaí pode avançar mais” – sintetizou Malerba.


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A revista Veja, entre corrompidos e corruptores

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Cláudio belli

Roberto Civita, dono da Veja: unha e carne com Cachoeira

dizia que “a diretoria atrapalhava os negócios da Delta. Foi a mesma operação do episódio dos Correios, que deu origem ao ‘mensalão’. Cachoeira dava os dados, Veja publicava e desalojava os adversários de Cachoeira. Assim, ela cumpria o papel de vigilante de desmandos e fustigava os governos Lula e Dilma, pelos quais nunca demonstrou simpatia.” Basta lembrar a capa de maio de 2006 com Lula levando um pé no traseiro, juntando grosseria e desres­peito. Para não falar de outras, do ano anterior, instigando o impeachment do presidente da República. O sucesso dos dois governos Lula e os altos índices de aprovação da presidenta Dilma Rousseff exacerbaram o furor da revista. A proximidade do diretor da sucursal de Brasília com Cachoeira, e deste com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), sempre elogiado

De narradora dos fatos, a revista semanal Veja, da Editora Abril, tornou-se personagem da cena política brasileira. Gravações feitas pela Polícia Federal, autorizadas pela Justiça, mostram que o contraventor Carlinhos Cachoeira era mais do que fonte de informações. Seu relacionamento com o diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, permitia que sugerisse até a seção da revista em que notas de seu interesse seriam estampadas. Veja virou instrumento de Cachoeira para remover do governo obstáculos aos seus objetivos. Um entrave seria o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, que dificultava a atuação da Delta Construções, empresa ligada ao contraventor. Segundo o jornalista Luis Nassif, a matéria da Veja sobre o DNIT, publicada em junho de 2011,

Por: Lalo Leal

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As ligações íntimas da Editora Abril com o contraventor Carlinhos Cachoeira

por Veja, veio a calhar. Até surgirem as gravações da Polícia Federal levando a revista a um recolhimento político só quebrado em defesas tíbias de seu funcionário e do que ela chama de “liberdade de imprensa”. Veja diz-se “enganada pela fonte”, argumento desmentido pelo delegado federal Matheus Mella Rodrigues, coordenador da Operação Monte Carlo. O policial mostrou que o jornalista Policarpo Junior sabia das relações de Demóstenes com Cachoeira, mas nunca as denunciou, protegendo “meliantes”, como resumiu a revista CartaCapital.

Segundo Veja, a “liberdade de imprensa” estaria ameaçada se o jornalista, ou seu patrão Roberto Civita, fosse depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga o caso. Mas, na mesma edição, ela clama por um controle da internet, agastada com as informações sobre seus descaminhos na rede. A internet expôs a relação do trio

Cachoeira-Demóstenes-Veja e uma enxurrada de expressões nada elogiosas levaram a revista ao topo dos assuntos no Twitter. Os principais veículos do país silenciaram ou apoiaram a relação – exceção feita à Rede Record e à revista CartaCapital. Alguns, como O Globo, tomaram as dores da Editora Abril. O colunista Merval Pereira isentou a revista. Em editorial, o jornal

josé antonio teixeira

Imprensa comercial se diz independente. Será?

Otavio Frias: numa gelada

reagiu à comparação feita por CartaCapital entre o dono da Editora Abril e o magnata Rupert Murdoch, punido pela Justiça britânica pelo mau uso de seus veículos de comunicação no Reino Unido. A Folha de S.Paulo, também em editorial, aliou-se a Veja. Mas sua ombudsman, Suzana Singer, que tem a incumbência de criticar o jornal, disse não saber “se algo comprometedor envolvendo a imprensa surgirá

desse lamaçal”. Para lembrar em seguida que ao PT interessa com o caso Cachoeira empastelar o ‘mensalão’: “A imprensa não pode cair na armadilha de permitir que um escândalo anule o outro. Tem o dever de apurar tudo – mas sem se poupar. É hora de dar um exemplo de transparência.” Contudo, a cobertura da Folha das relações Cachoeira-Demóstenes-Veja limita-se a notas superficiais.


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wilton junior

A ideia de que o caso Cachoeira desviaria as atenções sobre o julgamento do “mensalão” foi alardeada pela mídia. E usada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para se livrar da acusação de negligência. Explica-se: A PF enviou a Gurgel a denúncia das relações promíscuas entre Cachoeira e Demóstenes em 2009. Se ele desse andamento à denúncia, o processo seria público

Em 2005, Policarpo Junior foi a uma CPI testemunhar em favor de um bicheiro que se dizia vítima de chantagem de um deputado carioca que exigia propina para não colocar seu nome no relatório final de uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio. Nenhum jornal nem a ABI alegaram tratar-se de uma intimidação à imprensa. Uma explicação para a baixa exposição de jornais e jornalistas a investigações está no poder

de interferência dos grupos midiáticos na política eleitoral. Exemplo clássico vem da viúva do dono da Globo sobre o governo Collor: “O Roberto colocou-o na Presidência e depois tirou. Durou pouco. Ele se enganou” – disse dona Lily no lançamento do livro Roberto & Lily, em 2005. A ação não foi isolada. Globo e Veja demonizavam Lula para derrotá-lo, em 1989. E exaltavam o jovem “caçador de marajás”.

jose cruz

Testemunha de defesa Mídia e “mensalão”: tudo a ver

e comprometeria a eleição de Demóstenes ao Senado, de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás e de gente suspeita de servir a Cachoeira. Gurgel não explicou por que segurou o

processo. Respondeu às acusações dizendo que as denúncias partiam dos envolvidos no “mensalão”, temerosos diante da iminência do julgamento no qual ele será o acusador.

Apenas três vezes na história A CPMI começou em maio e tem seis meses para concluir as apurações. Mas não mostra ânimo de convocar o jornalista de Veja e seu patrão. A hipótese é a de que o PMDB seria sensível ao lobby da mídia por uma blindagem e não seria arranhado com a exposição de seus políticos a investigações. E o PT, concorrente por espaço no governo, não capitalizaria os resultados. A concentração em pou-

cos grupos nacionais e transnacionais deu poder à mídia. Governos e instituições públicas viram reféns dos meios de comunicação e temem enfrentá-los. Apenas três vezes na história veículos de comunicação foram alvo de CPIs. Em 1953, o dono do Última Hora, Samuel Wainer, sugeriu ao presidente Getúlio Vargas que seu jornal fosse investigado quanto às operações de crédito mantidas com o Banco do Brasil. Dez

anos depois, o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) foi acusado de ter ligações com a CIA – o instituto alugou, num período pré-eleitoral, o jornal A Noite do Rio, para colocá-lo a serviço da oposição ao presidente João Goulart. E em 1966 houve investigação sobre uma operação de US$ 6 milhões entre a Globo e o grupo TimeLife, que acabou com o império dos Diários Associados de Assis Chateaubriand.

Congresso tem autonomia para chamar quem quiser A presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que representa os donos de veículos, Judith Brito, fez oposição ao governo Lula, assim como o Instituto Millenium, que reúne articulistas, jornalistas e patrões da imprensa – o instituto faz eventos para afinar a sua cobertura. Em um deles estavam Roberto Civita (Abril), Otavio Frias Filho (Folha) e Roberto Irineu Marinho (Globo). Vários desses colaboradores escrevem e falam,

por exemplo, contra as cotas raciais nas universidades, criticam a política econômica dos governos Lula e Dilma, discordam da política externa brasileira e fazem campanha contra a CPMI de Cachoeira. Cabe lembrar a observação do jornalista Mino Carta sobre a peculiaridade brasileira de jornalista chamar patrão de colega. Com isso diluem-se interesses de classe e uma difusa “liberdade de imprensa” é utilizada para encobrir contatos suspeitos. Até entidades como

a Associação Brasileira de Imprensa, por seu presidente, Maurício Azêdo, confundem as coisas. Em depoimento ao programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, Azêdo não admite a ida de jornalistas à CPMI para prestar depoimentos, sob a alegação de intimidação ao trabalho jornalístico, mas condena a promiscuidade de alguns profissionais com fontes próximas ou ligadas ao crime. No mesmo programa, o professor Venício Lima ressaltou o impacto das

escutas ilegais do jornal News of the World sobre as relações mídia-sociedade na Inglaterra. “Levou Murdoch (o dono do jornal) e seus jornalistas a depor na Comissão de Esportes, Mídia e Cultura da Câmara dos Comuns e na Comissão Leveson, que tem caráter de inquérito policial.” Isso não ameaçou a liberdade da imprensa britânica. Aqui, ninguém está imune a convocações para prestar depoimento no Congresso Nacional. À Record, o presidente

da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), foi direto ao ponto: “Todos devem ser investigados no setor público, privado e na imprensa. Sem paixões e sem arroubos. Descobriremos muitas coisas quando forem feitas as quebras de sigilo – o fiscal, por exemplo. Devemos apoiar a liberdade de expressão. Mas não podemos confundi-la com organização criminosa. Para o bem da sociedade e da própria liberdade de expressão”.


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Bairro de Vila da Conquista precisa de mais benefícios A limpeza regular das fossas sépticas, o cuidado com a manutenção de algumas vias e a circulação dos ônibus que serve o bairro são alguns problemas apontados pelos moradores do bairro. Segundo Jerônimo Pereira de Brito, que mora na cidade desde 1971 e na Vila da Conquista há três anos, desde que foram construídas as novas casas da vila, há cerca de três anos, a administração prometeu que os ônibus circulariam até a parte mais baixa do bairro, o que não ocorre. “Isso obriga os moradores a caminharem mais de 1 km e subir o morro, muitas vezes com crianças. Até idosos fazem esse esforço desnecessário, já que as ruas do bairro, pelo menos na frente das casas de alvenaria, são asfaltadas e largas. Falta boa vontade da

mauro ramos

Falta de estrutura e não cumprimento de promessas feitas revolta os moradores

empresa que serve o bairro e da Prefeitura, responsável pelo transporte na cidade. Enquanto isso, esperamos e sofremos as consequências” – desabafa Jerônimo, que mora no núcleo. Outro residente no local, Fábio Silva Martins, enfatiza que a administração promete muitas coisas para o bairro e não cumpre. “A gente sofre com a falta de estrutura, principalmente no

núcleo de sub-moradias, onde residem 17 famílias, fora as que ainda não foram cadastradas, com crianças e idosos” – esclarece Fábio, exemplificando que uma das promessas da Prefeitura, quando as famílias foram removidas para o local, era esvaziar as fossas sépticas periodicamente.” Se as fossas fossem usadas apenas para os dejetos humanos, até haveria um tem-

po maior, mas como tudo é canalizado para o local, as fossas enchem muito rápido, obrigando os moradores a esvaziarem por conta. As consequências desse esvaziamento são prejudiciais à saúde da comunidade. O mau cheiro é insuportável. Os dejetos acabam sendo jogados a céu aberto, oferecendo riscos às crianças que brincam por aqui” – conta.

Outro problema são as ambulâncias, que não chegam ao local devido aos buracos e à falta de manutenção da via que dá acesso ao núcleo de submoradia. “Muitas pessoas têm medo de chegar aqui” – observa o líder comunitário Diniz Ferreira, vice-presidente do Partido dos Trabalhadores de Campo Limpo Paulista. Segundo ele, os moradores precisam que as benfeitorias sejam realizadas o mais rapidamente possível, pois a falta de um transporte que circule pelas vias do bairro oferece risco aos moradores. “Sem falar nas outras necessidades vitais para a comunidade da Vila da Conquista. A Prefeitura precisa garantir o mínimo de dignidade aos moradores” – finaliza Diniz.

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Ato pela melhoria da Mobilidade Urbana Paulistana Precariedade do transporte coletivo do trabalhador foi principal tema do encontro

que atinge trens, metrô e ônibus” – disse José Vitor Machado, coordenador da subsede da CUT em Jundiaí. Segundo ele, o caos em que se encontram os meios de transporte acarreta sérios problemas aos trabalhado-

res, que não conseguem chegar no horário ao local de trabalho e perdem benefícios como cestas básicas e horas extras. Após o ato no Masp, houve uma passeata de 3 km até a Prefeitura de São Paulo.

divulgação

Em Jundiaí divulgação

A preocupação com o péssimo transporte coletivo oferecido ao trabalhador foi o mote do ato público realizado dia 29 de junho no vão livre do Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista, na Capital, que contou com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de todas as cidades do Estado. “O objetivo foi chamar a atenção do governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo para o problema

O mesmo tema – Mobilidade Urbana – foi discutido em Jundiaí com a presença de Adi dos Santos Lima, presidente estadual da entidade, na sede local da CUT, no Sindicato dos Servidores Públicos. “O objetivo foi o mesmo: chamar a atenção das autoridades municipais para o trânsito e para o transporte público do município que, por não suportar a demanda, afeta o trabalhador” – destacou o novo coordenador da CUT em Jundiaí, José Vítor Machado, o Vitão.


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Espaço cultural

Sebo do Zé: dez anos facilitando a leitura de todos

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Lugar é alternativo e abriga também a Biblioteca Ler & Saber Segundo o dono, José Ângelo Rivelli, o objetivo é incentivar o hábito da leitura para que as pessoas não percam a arte da crítica, a coragem de pensar e a ousadia de ser diferentes. “A leitura viabiliza conquistas individuais e coletivas. Investir na leitura é investir no intelecto do cidadão. Quem lê, escreve melhor, fala melhor e pensa

melhor” – diz José Ângelo, que, graças ao incentivo de um amigo, abriu o sebo onde se encontram livros usados e novos, revistas, gibis, discos de vinil, fitas cassete, VHS, CDs e DVDs. “A gente compra, vende e troca esses produtos.” A ideia da Biblioteca Ler e Saber nasceu há dois anos. “Percebi que muitos pais

que não têm afinidade com a literatura não gastam com livros e muitos jovens não têm dinheiro nem para um lanche, imagine para livros. Por isso, montei a biblioteca, cujo acervo é permanente e não está à venda” – frisa ele. A biblioteca possui 560 sócios e não tem vínculo com nenhuma instituição, pública ou privada. “É um espaço

aberto à pesquisa e leitura grátis.” Para ser sócio, há uma contribuição mensal máxima, não obrigatória, de R$10,00. Para mais informações, vá ao Sebo do Zé, na Rua 23 de Maio, 205 – Vianelo. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 9 h às 17 h, e sábados, das 8 h às 13 h. O telefone é o (11) 4522-6657.

Transporte

“VLT é cortina de fumaça eleitoral” – diz Gérson Sartori O prefeito Miguel Haddad anuncia a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cujo modelo está exposto à visitação pública, na Praça da Matriz. Para quem usa diariamente o transporte coletivo da cidade, o VLT parece ser a solução para os problemas de mobilidade urbana de Jundiaí. Mas, na opinião do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Jundiaí, Gérson Sartori, o prefeito usa a boa fé das pessoas apenas para fazer uma jogada de marketing. “Não somos contra

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Prefeito anuncia o Veículo Leve sobre Trilhos e repete estratégia já utilizada por ele mesmo a implantação de modernos meios de transporte, mas antes de prometer algo dessa envergadura é preciso resolver os problemas da cidade” – diz. “Até hoje a cidade não dispõe do bilhete único e a cinco meses das eleições aparece essa história de VLT” – estranha ele, lembrando que o prefeito já fez isso em outras eleições, com o expresso da saúde. “O ônibus ficou exposto no mesmo lugar onde está o VLT.” Sartori salienta a falta de diálogo da Prefeitura, que impõe suas ideias sem consultar

anuncie Aqui! 3241–0008 E-mail: jornalba@redebrasilatual.com.br Telefone: (11)

a sociedade. “Um exemplo disso são os terminais de ônibus, em que foram gastos mais de R$ 50 milhões: eles estão ultrapassados e fazem as pessoas perderem mais tempo do que ganharem” – observa. Para ele, não adianta o prefeito anunciar o VLT se a sua implantação não depende apenas de Jundiaí, mas de outros municípios, como Várzea e Campo Limpo Paulista. “Hoje, com a estrutura que tem, Jundiaí não comporta um veículo dessa natureza. As ruas são estreitas.

Além disso, é preciso terminar todas as obras iniciadas e não concluídas, como o túnel da Ponte de São João, a alça de acesso ao Terminal Rodoviário da Anhanguera, sem falar da Casa de Saúde, que abrigará um hospital regional, etc.”. Sartori finaliza com uma frase que, em sua opinião, resume o pensamento de muitas pessoas: “Não adianta pensar no futuro se o presente está emperrado, com obras inacabadas que, quando chegam as eleições, são tocadas às pressas”.

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Uma nova comunicação para um novo brasil


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foto síntese – Praça Central Jundiaí

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Horizontal – 1. Cada uma das unidades residenciais, em prédio de habitação coletiva 2. Grande tronco de madeira 3. Sigla de Roraima; Estado brasileiro onde fica uma parte da Floresta Amazônica; Botequim 4. Causar tribulação, afligir 5. Instrumento manual, usado para cavar ou remover terra e outros materiais sólidos; Relativo a número 6. Adv. (ant.) Agora; Suave 7. Imediatamente, já; Clube do Remo 8. O ser humano, a humanidade; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar 9. Sílaba que não tem acento tônico; Parte do palácio de um sultão muçulmano onde ficam as mulheres 10. Sigla do estado de Rondônia; Despenca; Igreja episcopal

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Vertical – 1. Causar algum tipo de impedimento ou perturbação 2. Porta, de madeira ou de ferro que, a partir da rua, dá acesso a um jardim público ou a uma casa, edifício etc.; Nome de famoso treinador brasileiro de futebol, de sobrenome Glória 3. Atmosfera; Galho 4. Série ou conjunto de roubos (plural) 5. Ghraib, famosa prisão iraquiana; País situado na extremidade oriental da Península Arábica; 6. Colocar em posição reta e vertical 7. República parlamentar federal de dezesseis estados, cuja capital é Berlim 8. Sigla do estado do Espírito Santo; Medida agrária; Gemido 9. Entreter-se, distrair-se 10. Chá, em inglês; Pessoa que mostra cortesia, amabilidade, gentileza 11. Curso de água doce, Letra anterior ao ene

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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

Respostas a t r a p a l h a r

p a o r r t r a o r a o m t o o

r a p i n a g e n s

t a p a r b u u m a o r m a c

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Palavras cruzadas

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