Jornal Brasil Atual - Marilia 03

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marília

Jornal de Marília e Região

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Gratuição ita

nº 3

prefeitura

um bom começo

Julho de 2012

eleição 2012

Pautado pelo diálogo, Toffoli põe ordem na casa e governa para todos

onda virtual PT promete usar as redes sociais da internet na campanha

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saúde

gripe suína Alerta máximo: duas mortes suspeitas são registradas na cidade

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garça agricultura

o brasileiro morre pela boca Agrotóxicos contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E matam Pág. 4-5

a sé e a fé Campanha Juntos Somos Mais quer salvar Igreja Matriz

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Marília

2 eleições 2012

PT organiza militância virtual

A mudança a cidade já sentiu. O novo prefeito Ticiano Toffoli, do PT, assumiu o cargo e já tornou visível o compromisso a que, aparentemente, está submetido: o de oferecer a todas as comunidades – do Centro à periferia – as melhorias que uma cidade do tamanho da nossa tem condições de oferecer, quando se está no poder para servir à população e não para servir-se dela. Pautados no diálogo, os cem primeiros dias de sua administração puseram ordem na casa e acenderam uma velha lâmpada apagada há tanto tempo: a do fim do túnel. Em Garça, a turma também resolveu se juntar para dar luz a quem já estava praticamente destruído. Com um almoço no Clube da Terceira Idade, dezenas de fiéis lançaram a campanha Juntos Somos Mais para salvar o prédio da Sé. Porém – e infelizmente –, há uma coisa feia pra burro acontecendo no campo brasileiro: nossa agricultura está se utilizando demais de agrotóxicos que, como mostra a reportagem que é capa desta edição, contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E trazem muitos problemas para a saúde humana, chegando até a matar. É isso. Boa leitura!

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ção, mas sem ela pode-se perdê-la” – afirma. Em dois meses, mais de 500 pessoas foram atendidas pelo grupo de trabalho. Aparecido Luiz da Silva, secretário de Comunicação do PT, acha que o caminho é o da inovação. O objetivo é criar um canal direto de comunicação. Por isso, o partido modernizou o portal, a revista Linha Direta e sua mala direta, as newsletters. “A gente envia mensagem de texto (SMS) para os celulares, convidando os militantes para as atividades. O mesmo vale para as redes sociais. Temos páginas no Facebook, no Twitter e no Orkut” – conclui Aparecido.

é uma marca petista. E, hoje, tudo começa nas redes, depois ganha a opinião pública” – disse. Para ele, as redes sociais terão papel fundamental nas eleições e farão um contraponto aos grandes veículos. “Com a rede não se ganha uma elei-

bancários

Em discussão as reivindicações Pauta que será enviada aos banqueiros sai em agosto Bancários da base de Marília, composta por 1.100 profissionais de 17 cidades da região – 500 deles de Marília –, participaram dia 1º de junho, em São José do Rio Preto, de encontro que discutiu uma série de reivindicações da categoria. Agora, as propostas serão debatidas na Conferência Interestadual, em julho. E só na Conferência Nacional, em agosto, a pauta que será entregue à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) estará definida, dando início às

mauro ramos

editorial

O Partido dos Trabalhadores (PT-SP) promove a Oficina de Redes Sociais e ensina os filiados a usar as redes sociais na militância virtual. Em maio, a região conheceu a nova ferramenta, na Fundação Educacional de Assis. Adolfo Fernandez, blogueiro, coordenador do Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais (MAV), e Roberto Araújo, blogueiro, publicitário focado em marketing político e comunicação democrática alternativa, integram a equipe petista. Segundo Fernandez, as oficinas discutem legislação, estratégia e campanha eleitoral. “O debate político

divulgação

Estação Bauru

O uso das redes sociais na campanha política paulista

negociações. A data-base dos bancários é dia 1º de setembro. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Marília, Edilson Julian, foram tratados temas como a segurança, a saúde e o plano de aposentadoria dos

bancários. Ainda não existe um índice de reposição salarial definido. No ano passado, a categoria promoveu greve de 21 dias antes de entrar em acordo com os bancos. Os bancários tiveram reajuste de 9% nos salários, conquistando ganho real de 1,5%. O piso da categoria passou de R$ 1.250 para R$ 1.400, com aumento de 12%. A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) teve reajuste de 27%, passando de R$ 1.100 para R$ 1.400. A cesta básica, de R$ 700, aumentou 9%.

Expediente Rede Brasil Atual – Marília e Região Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Enio Lourenço Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


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ADMINISTRAÇÃO

100 dias: Toffoli melhora cidade com poucos recursos No dia 13 de junho, completaram-se 100 dias da administração do prefeito Ticiano Toffoli à frente do Executivo de Marília, período em que a cidade – para a maioria das pessoas – melhorou. “Foi adotado um choque de gestão, pautado no diálogo e na transparência” – diz o prefeito. Com situação financeira difícil, dívidas e problemas com fornecedores, o jeito foi conter gastos e priorizar os serviços essenciais. Mais: mostrouse como o dinheiro do cidadão é gasto com responsabilidade. Em março, os fornecedores foram chamados e as dívidas em atraso foram renegociadas. Os serviços terceirizados foram revistos. Ainda em

março, o trabalho de tapaburaco, sinalização de solo e recapeamento foi retomado. Com isso, a Prefeitura passou a usar mais a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar), uma empresa da cidade. Foram recapeadas as Ruas Rinópolis, Marino Casadei, Araraquara, São José e Sorocaba. As obras de pavimentação da alça de acesso do Marília Shopping também foi entregue em março. O dispositivo viário de Padre Nóbrega – passarela e viaduto – ficou quase concluído, restando apenas fazer o paisagismo. O local recebeu iluminação, sinalização e novo sistema de drenagem, que o deixou mais seguro para quem

mauro ramos

É visível para as comunidades os avanços em diversos setores da Prefeitura

segue viagem ou o utiliza para entrar no distrito. Também houve a atuação direta da Prefeitura nos bairros periféricos, em especial nas favelas – na área conhecida como Linhão, na Zona Norte –, e junto a moradores em submoradias na Zona Leste.

Já abril foi o mês da retomada de obras de Saúde e Educação. “Governar é priorizar, e nada mais justo que a gente prosseguir com obras que atendem à população. A Prefeitura retomou a reforma do Berçário Nossa Senhora da Glória (Monte Castelo), da Emei (Escola

Municipal de Educação Infantil) Sambalelê (Monte Castelo) e as obras de conclusão da reforma e ampliação da USF (Unidade de Saúde da Família) do distrito de Dirceu” – comenta Toffoli. Ainda em abril, a Prefeitura reativou a oficina da Garagem Municipal, para que ela volte a manter a frota municipal. Outras ruas recapeadas foram a 16 de Setembro, a Hércules Galetti e a Salvador Salgueiro. Também tiveram melhorias viárias as Ruas Benjamim Ribeiro, Gaspar de Lemos, Thomaz Alcalde, Ângelo Mazeto, Mauá, Mem de Sá e Maranhão. Também foi lançado o Mutirão de Serviços, que realiza a manutenção em toda a cidade, em sistema de rodízio.

O trabalho da força tarefa

Prefeitura em ação

Dividida pelas quatro macrorregiões da cidade – sul, norte, oeste e leste –, a força-tarefa de mais de 100 trabalhadores capinou, limpou galerias e bueiros, recapeou, tapou buracos, sinalizou o solo e podou árvores. O reparo nas redes de água e esgoto foi concentrado numa semana – de segunda a sábado –, dando maior eficiência aos serviços. “O modelo vai até o fim do ano, pois a força-tarefa traz melhorias imediatas. Foram atendidas em maio as comunidades da Zona Sul, do Jardim Continental e adjacências, e da Zona Norte, do Jardim Primavera.

Toffoli retomou a obra do poço profundo da Cascata, na Zona Leste de Marília, que agora precisa de equipamentos eletromecânicos para a captação e distribuição de água na rede de abastecimento do Daem. A vazão do poço gira em torno de 220 mil litros por hora.

mauro ramos

Foram iniciadas as obras para a construção do Berçário da Vila Barros, na Rua Salvador Salgueiro, na Zona Norte

A Zona Oeste vai receber agora o Mutirão de Serviços, a partir do Jardim Teruel. “Os moradores desses bairros já notam a diferença e veem que a Prefeitura realiza serviços e muda a paisagem, dando mais qualidade de vida aos cidadãos” – afirma

Toffoli, que acompanha o trabalho das equipes e ouve as reivindicações dos moradores. Além do Mutirão, outras equipes do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) e Codemar realizam serviços pontuais pela cidade.

No primeiro dia de junho, Toffoli anunciou a economia de R$ 6,558 milhões durante o 3º aniversário do DOMM (Diário Oficial do Município de Marília) e do Portal da Transparência. No mesmo dia, o portal da Prefeitura na internet passou a trazer dados sobre os trabalhos de recuperação da malha viária do município, com fotos de como era e como ficou após a execução do trabalho. Estão lá a empresa que realizou o serviço e o valor do investimento empregado na melhoria. A Prefeitura retomou as obras de construção da Emei-Creche do Jardim Califórnia, ao lado da entidade Amor de Mãe.


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4 Agricultura

A morte pela boca: o perigo que vem do campo Agrotóxicos contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E até matam

elza fiuza/abr

Estudos coordenados por Wanderlei Pignati, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, mostram que, além de pessoas e animais, a terra, o ar, a chuva, as águas e até o leite materno estão contaminados por agrotóxicos nas cidades de Rio Verde e Campo Verde. Ele conta que, das 232 amostras de água de poços artesianos, 83% continham pesticidas. O mesmo ocorreu com 56% das amostras de água de chuva recolhidas nas escolas: 25% apresentavam pelo menos dois tipos de veneno, como o endossulfam – que será proibido a partir de julho.

Os agroquímicos usados para compensar a terra maltratada e exaurida e matar ervas daninhas e insetos permanecem nos alimentos e causam doenças. Estudos científicos feitos pelos fabricantes no desenvolvimento dos produtos, constatam os prejuízos à saúde. A pesquisadora Raquel Rigotto, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, conta que há intoxicações agudas que surgem logo após as pulverizações, sinalizadas por dor de cabeça, náusea, alergia, ardor na pele, no nariz e até convulsões, coma e morte. E há os efeitos crônicos pelo acúmulo de veneno no organismo, afetando quem planta e quem consome. “Causam alterações hormonais, no fígado e rins, abortos, malformações congênitas, câncer de tireoide,

mauro ramos

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o agricultor Cleber Folgado, da coordenação da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. As lavouras de soja, milho e algodão colocam Mato Grosso como o maior consumidor de agrotóxicos do País. O veneno é pulverizado por aviões, ignorando limites de córregos, beiras de rio e quintais das casas, conforme determina o Ministério da Agricultura. Depois, o vento e as chuvas espalham o veneno para os lençóis freáticos.

O leite de 62 mães que participaram do estudo continha uma substância derivada do DDT, proibido em 1985 para a agricultura, e 76% tinha endossulfam. Algumas das mães tiveram filhos com malformações congênitas. No sangue de trabalhadores rurais havia o dobro de resíduos de glifosato em relação ao de moradores da zona urbana. Segundo Pignati, outras pesquisas no Estado apontam maior incidência de câncer nos municípios onde há maior pulverização. Os dados respaldam a luta de movimentos sociais e sindicatos, que já resultou em ações do Ministério Público.

Os (muitos) prejuízos à saúde

Recorde nefasto

O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Em 2010, foi comercializado mais de 1 milhão de toneladas, cerca de 5 quilos por habitante. A triste liderança começou entre 2001 e 2008, quando as vendas passaram de US$ 2 bilhões para mais de US$ 7 bilhões. No mesmo período, a área cultivada por alimentos aumentou só 4,59%. “Os lucros seguem para as matrizes no exterior. Nós ficamos com as doenças e o impacto ambiental” – diz

Por Cida de Oliveira

de mama, leucemia, distúrbios cerebrais e comportamentais, como tentativas de suicídio”– esclarece Raquel, que estuda os impactos das pulverizações

aéreas na chapada do Apodi, no Ceará. Há aumento de casos de câncer, mas a pesquisadora diz que a subnotificação esconde os números reais.

A Anvisa e o veneno Das 2.488 amostras colhidas em 2010 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 37% estavam livres de veneno, em 35% havia resquícios dele em doses inferiores à permitida e em 28%, havia sinais de substâncias proibidas.


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Segundo a Anvisa, 59,9% das amostras apresentaram pelo menos um tipo de veneno e 23,3%, ao menos dois. Em uma porção de morango havia seis diferentes tipos de agrotóxicos e em uma de pimentão, sete. Entre os venenos mais encontrados estão o carbendazim, o clorpirifós, o metamidofós e o acetato. Das 694 porções insatisfatórias, 30% continham sobras de componentes ativos que não deveriam ser usados porque estão em processo de reavalia-

andréa graiz

O risco do uso de agrotóxico nas lavouras do Brasil

Mandioca: sem avaliação toxicológica

ção toxicológica. “A mandioca, o milho e a soja, base da indústria de muitos alimentos, ainda não são analisados porque o processo é complexo e caro” –

afirma Luiz Cláudio Meirelles, gerente-geral de toxicologia da Anvisa. Segundo Meirelles, “à luz do conhecimento científico

atual, há limites para o uso seguro de agrotóxicos, mas isso pode mudar. Há 30 anos, substâncias hoje sabidamente cancerígenas, como o BHC (hexabenzeno de cloro) e o DDT (dicloro-difenil-tricloro-etano), eram liberadas”. A presença de resíduos acima do limite seguro decorre de seu uso abusivo. Lavar os alimentos em água corrente retira uma parte deles, presente na casca e nas folhas. Alguns agrotóxicos são absorvidos

pelos tecidos internos da planta e, se não forem degradados pelo metabolismo do vegetal, serão ingeridos. Segundo Rosany Bochner, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) a toxidez dessas substâncias supera a dos medicamentos. “Enquanto o agrotóxico mata três a cada 100 intoxicados, os medicamentos matam um a cada 200.”

“Produtos são piores que os da década de 1960” Pesquisadora da Fiocruz em Recife e professora de Medicina da Universidade de Pernambuco, Lia Giraldo da Silva Augusto afirma que os

malefícios dos agrotóxicos são denunciados desde a década de 1960. Os produtos daquela época, os organoclorados, foram substituídos pelos fosforados,

ainda piores. “As intoxicações são mais intensas porque esses produtos não atacam apenas as pragas que se deseja eliminar.” Outra questão é a falta de

estudos sobre os danos causados pelo acúmulo de pequenas quantidades. “Prevalece ainda a ideia de que os agrotóxicos só trazem problemas agudos.

O que mais preocupa, em termos de segurança alimentar, é justamente essa exposição crônica, que se confunde com outras causas de doenças.”

No final de 2011, a Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou relatório sobre o uso de agrotóxicos. De acordo com o texto do relator João Carlos Siqueira (PT-MG), esses produtos são beneficiados pela redução de ICMS, isenção de IPI e de recolhimentos para o PIS/ Pasep e Cofins. Há ainda benefícios estaduais, como no Ceará, onde a isenção chega a 100%. Já a produção agroecológica, com métodos alternativos para o controle de pragas e doenças, não tem incentivos. Em Linhares, no Espírito Santo, os familiares de Ana Cristina Soprani e Elias Alves dos Santos deixaram para trás a monocultura do

café praticada por mais de duas décadas. Nos últimos 12 anos, eles se organizaram para voltar a uma produção diversificada. Recuperaram o solo degradado e frequentaram cursos de agroecologia. Hoje produzem feijão, milho, mandioca, café, banana, laranja, abóbora, quiabo, jiló, maxixe, mamão e coco verde, além de doces e pães caseiros. Eles comercializam 1.600 quilos de alimentos toda semana. “Não queremos selo para agregar valor à nossa produção, mas oferecer o alimento saudável que está na nossa mesa” – diz Ana Cristina. Em Nova Santa Rita (RS), a Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre comercializa

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Agroquímicos se beneficiam com redução de impostos

A família de Ana e Elias: agricultura com manejo correto

arroz branco, integral e parboilizado. A safra do ano está prevista em 280 mil sacas. São 417 famílias, de 16 assen-tamentos, cultivando 3.993 hectares de arroz ecológico. Para o produtor Emerson José Giacomelli, essas famílias poupam o meio ambiente de agressões

químicas. “O arroz tradicional utiliza inseticida, adubo, fertilizante e ureia, que contaminam a água dos arrozais e, depois, os córregos para onde correm.” Outro diferencial é o preço, mas as famílias controlam desde a produção das sementes até a distribuição, e

os produtores vendem mais barato e têm melhor renda. Para a agrônoma Nívia Regina da Silva, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), é possível alimentar toda a população sem agrotóxicos, mas isso exige mudanças no campo: o fim da concentração de terra, da monocultura de produtos para exportação e do uso de sementes modificadas, fertilizantes e pesticidas. “A luta do pequeno agricultor que produz alimentos é enorme. Ele compra sementes que, por causa da presença de agroquímicos, brotam uma única vez. Se não mudarmos essa forma de produção, teremos um país doente.”


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6 SAÚDE

Autoridades sanitárias alertam para gripe suína E avisam que houve duas mortes suspeitas e muitas internações com sintomas da doença

divulgação

O comerciante Júnior Volpe Rocha, 31 anos, e o garçom Miguel de Francisco Celestino, 32 anos, morreram após vários dias internados no Hospital de Clínicas, sob suspeita de serem portadores da gripe suína, a H1N1. Apesar de apresentarem quadro típico, a causa da morte será confirmada com laudo do Instituto Adolf Lutz. Nas últimas semanas ocorreram oito internações com sintomas semelhantes. Na Santa Casa, uma mulher ficou vários dias na Unidade de

Terapia Intensiva (UTI), mas se recuperou e recebeu alta. Nos casos suspeitos de gripe H1N1, a Vigilância Epidemiológica passa a informação à equipe de saúde da área onde reside o paciente. Os bairros Alto Cafezal, Castelo Branco e São Miguel, de onde surgiram os casos suspeitos, são alvo de ações de controle por parte da Secretaria Municipal da Saúde, conforme preconiza o Ministério da Saúde – os agentes procuram as pessoas que tiveram

contato íntimo e prolongado com os pacientes para avaliação clínica e verificam a vacinação de quem apresenta risco de gripe, como as crianças até dois anos, idosos de mais de 60 anos, gestantes e doentes crônicos. Nos últimos três anos, foram confirmados 109 casos de gripe suína em Marília, com seis mortes, todas em 2009. De janeiro a junho deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 69 casos dos três tipos de gripe existentes.

A supervisora de Vigilância Epidemiológica de Marília, Rachel Santana, diz que a chegada do inverno favorece a transmissão de doenças respiratórias. Segundo ela, as pessoas têm de ficar atentas aos sintomas como febre superior a 38 ºC, tosse, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos, fluxo nasal e dificuldade de respirar associada a dor de

divulgação

Pessoas com sintomas devem evitar aglomerações

cabeça. Na presença de alguns desses sintomas, a pessoa deve procurar atendimento na unidade de Saúde, e evitar a autome-

dicação. “Os sintomas da gripe duram até cinco dias. Porém, se houver persistência no agravamento dos sintomas, a doença pode evoluir para uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (pneumonia, por exemplo), com necessidade de internação” – esclarece. Rachel conta que, em 2009, o vírus H1N1 foi responsável pela pandemia – epidemia de proporções globais, sem interrupção da cadeia de

transmissão, em vários países. Com o adoecimento de muitas pessoas ao mesmo tempo e a vacinação em massa no ano seguinte, a cadeia de transmissão foi interrompida. A OMS considera sazonal a gripe causada pelo H1N1. No Brasil, a partir de 2011, o componente H1N1 foi incorporado à vacina utilizada nas campanhas nacionais de vacinação contra gripe, cujo público-alvo

são as populações mais vulneráveis às complicações por doença, ou seja, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, os idosos (60 anos ou mais) e as gestantes. Os antigripais Tamiflu e Relenza, utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais realizados pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos.

O Instituto Adolfo Lutz confirmou, em junho, três casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC). O anúncio foi feito por técnicos que vieram a Marília treinar equipes para diagnosticar a doença. A leishmaniose é uma infecção não contagiosa, causada por parasitas, que afeta animais e seres humanos. Há dois tipos de leishmaniose: a tegumentar ou cutânea e a Leish-

maniose Visceral Americana, a LVA. O vetor é o mosquito-palha ou birigui, que transfere o parasita Leishmania ao se alimentar de sangue de animais infectados e de pessoas ou animais sadios. Os principais receptores nas áreas silvestres são as raposas e cachorros do mato, e nas cidades, o cão doméstico. No ser humano, o tipo cutâneo caracteriza-se pela

formação de feridas na pele. Podem ocorrer lesões em mucosas. Já a LVA, forma mais severa da doença, caracterizase por acometer vários órgãos internos, entre eles o fígado e o baço. No cão hospedeiro do parasita, há crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, aumento do volume do abdome, lesão em torno dos olhos e na ponta das orelhas.

divulgação

Leishmaniose: doença atinge três cães na cidade

Não à Leishmaniose: com Flávia Noronha, da TV Fama


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café

Chuva gera prejuízo Qualidade do grão também é afetada A chuva que caiu na região preocupa os cafeicultores de Marília, pois ela atrasou a colheita. Dados da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral apontam que junho terminou com 150 milímetros de chuva, índice três vezes maior do que a média histórica do período. Levantamento da Cooperativa dos Cafeicultores de Marília (Coopemar) aponta que mais de 700 produtores contabilizam prejuízos – a região possui mais de um milhão de pés de café plantados. Para

François Guillaumon, presidente da Coopemar, com as precipitações, a qualidade dos grãos, já comprometida pela estiagem de dezembro, piora. Apesar disso, a produção de 400 mil sacas de 60 kg está mantida. Mas o café vale menos. “A saca de café é vendida a R$ 350; há um ano, valia R$ 520. “O preço estava ruim no mercado internacional, devido à crise na Europa. Agora, com a baixa qualidade dos grãos, o valor tende a diminuir ainda mais” – diz ele.

garça

Para salvar a Matriz No domingo, 20 de maio, foi lançada a campanha Juntos Somos Mais, com o objetivo de arrecadar fundos para a reforma da Igreja Matriz de São Pedro, de Garça, interditada no final do ano passado devido a problemas estruturais. Foi a primeira ação da campanha que une empresários, entidades e a comunidade católica no esforço de arrecadar R$ 500 mil até o fim do ano. A reforma prevê, na fase inicial, a demolição das pesadas lajes do teto, principal causa do comprometimento da igreja, que ameaça desabar. Depois será feita nova cobertura, com estruturas metálicas de alumínio e revestimento acústico, que vai deixar o teto 80% mais leve. Supervisionado pelo pároco da São Pedro, Evan-

mauro ramos

Almoço lança Juntos Somos Mais

dro César Batista Ribeiro, o grupo começou a distribuir os carnês de 12 parcelas, de valor que varia de R$ 20 a R$ 200 para quem vai contribuir mensalmente para as obras da igreja. O grupo pretende também realizar evento, como leilão de gado e outros artigos, que deverá ser realizado em setembro, além de um show musical, com um nome de destaque no cenário artístico, provavelmente no mês de dezembro.


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Horizontal – 1. Situado na periferia 2. Curso natural de água doce; Espécie, classe 3. Ou, em inglês; Deus do sol da mitologia egípcia; Grande fatia, pedaço 4. Calçado grosseiro de madeira; Sigla do Acre; 5. Abreviação para Oxigênio Dissolvido; Parte do corpo que une a cabeça ao tronco 6. Que foi disposto em zonas; Nhandu 7. Ar, em inglês; Primeira nota musical 8. Aptidão do ser humano de aplicar conhecimentos na execução de uma ideia; Recipiente usado para se beber líquidos 9. Via; Que tem voz melodiosa 10. Dois em algarismos romanos; Antes de Cristo; Meio de transporte formado por vários vagões rebocados por uma locomotiva 11. Momento final glorioso de um desfile

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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato. p r o t o z o a r i o

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e r i o r a m d o n o t a

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Palavras cruzadas

i c a a c a o Ç m a d p o o r r e o s

o m e o o p a c o

Respostas

Vertical – 1. Denominação comum de organismos microscópicos e unicelulares 2. Terreno aberto junto a uma moradia; Barbosa, famoso jurista brasileiro; 3. Sigla de Rondônia; Comentário escrito relativo a um texto 4. Alimento no fundo da panela; Sigla do Amapá 5. Pano com que se lustram móveis; Centro de Controle Operacional 6. Energia Atômica; Counter Strike; Trombeta usada pelos índios bororos em ritos religiosos ou fúnebres 7. Mamífero de pele grossa, cabeça grande, com um ou dois chifres na testa e patas com três dedos em cada casco 8. Instituto de Energia Atômica; Onda Média; Cada intervalo entre as moléculas do corpo 9. Aqueles que praticam caça 10. Que não reflete nem permite a passagem de luz; Cidade do Japão, vizinha a Tóquio

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