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Jornal Regional de Barretos
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jorbrasilatual
Gratuuiição ta
nº 19
TRABALHO
Junho de 2013
AGENDA
Chega de pressão Evento debate saúde do trabalhador, assédio moral e metas abusivas
Festa do peão Confirmados os shows de Chitãozinho e Xororó, Naldo e Aline Barros
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VIOLÊNCIA
abuso infantil Passeata reúne 500 pessoas no Centro, para alertar sobre o problema
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esporte Educação
analfabetismo ainda é um desafio Luta olímpica
Plano Nacional da Educação estipula erradicação dos 14 milhões de analfabetos até 2020
Barretense é convocado para a Seleção Brasileira e receberá Bolsa-Atleta
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Barretos
2 De 15 a 25 de agosto
Programação da Festa do Peão
editorial No último mês, a saúde do trabalhador foi tema de um debate organizado por sindicatos e entidades da região. O evento convidou especialistas da área, para discutir as violências patronais cometidas contra todas as categorias, em especial a dos bancários, que apresenta índices elevados de adoecimento e morte em decorrência da pressão em forma de metas estabelecidas pelos banqueiros – que todos os anos batem recordes de lucros. O assédio moral, a ineficiência de várias gestões da Prefeitura de Barretos em implantar o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e o depoimento emocionante de uma professora são temas da matéria da página 3. Já nas páginas centrais desta edição apresentamos uma reportagem sobre uma dívida histórica do Brasil: o analfabetismo. Hoje temos mais de 14 milhões de pessoas que não sabem ler. Apesar da considerável redução dos números nos últimos 40 anos – no período da ditadura civil-militar (6485) mais de 33% da população era analfabeta –, diferentes programas de alfabetização se sucedem e não mostram total eficácia, se comparados à experiência do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, quando em 1963 coordenou uma equipe que alfabetizou 300 trabalhadores rurais em 40 aulas de uma hora cada. A pretensão de um país sem miséria deve ser indissociável do dever de um país sem analfabetos. O indivíduo só irá transcender a condição de oprimido se tiver acesso às ferramentas que possibilitem a sua autonomia.
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A agenda da Festa do Peão de Barretos foi divulgada e tem a música sertaneja como a principal atração na variedade de shows. Mas como tem sido nos últimos anos, o evento também terá espaço para música eletrônica, axé, gospel e pop nos dois palcos principais: Estádio e Esplanada. O destaque neste ano são os shows que unem artistas distintos tocando em parceria. Na abertura da Festa, no dia 15 de agosto, se apresentarão revelações da música sertaneja como Israel & Rodolfo, Lucas Lucco, Gabriel Gava, George Henrique & Rodrigo, Henrique & Diego, Trio Bravana e Henrique & Juliano. Os cantores farão a sua apresentação habitual, mas receberão convidados nas últimas duas músicas. No dia 16, Cristiano Araújo e Zé Ricardo & Thiago retomarão os festejos com suas canções sertanejas. Em seguida, no palco do Estádio, o destaque será a música eletrônica do Projeto BPM e o duo de
andré monteiro
Evento recebe Chitãozinho e Xororó, Naldo e Aline Barros
DJs cariocas Felguk. No palco Esplanada acontecerá o show de axé do baiano Tomate. Já no dia 17, também no palco Esplanada e no trio elétrico, estarão os maiores destaques do evento: Jorge & Mateus, Naldo, Israel Novaes, Guilherme & Santiago, Maria Cecília & Rodolfo, Matheus & Kauan, Léo Verão & Daniel Freitas, Humberto & Ronaldo e Gusttavo Lima (no mesmo dia, os dois últimos também fazem shows no palco do Estádio). No dia 18, o show beneficente em prol do Hospital de Câncer de Barretos reunirá João Bosco & Vinicius, Kléo
Dibah & Rafael e Michel Teló. O dia 19 será dedicado à música gospel com André Valadão e Aline Barros. Outros shows anunciados para a semana são: Belo (dia 20), Gian & Giovani e Amado Batista (dia 21), Thaeme & Thiago, Fernando & Sorocaba e Marcos & Belutti (dia 22), Luan Santana, Munhoz & Mariano e César Menotti & Fabiano (dia 23). No dia 24, o show dos “Embaixadores” (que representam o evento em 2013) trará as duplas Chitãozinho & Xororó e Bruno & Marrone tocando juntas no palco do Estádio. No palco Esplanada, Paula Fernandes e Rio Negro & Solimões darão o tom. Além dos shows anunciados, mais de 100 atrações integrarão a programação da Festa. Além do palco Estádio, Esplanada e trio elétrico, o evento contará ainda com os palcos Nativa, Berrantão e Raízes Sertanejas. Os organizadores esperam receber cerca de 900 mil pessoas em 11 dias de festa.
Competições de rodeio A Festa do Peão de Barretos sediará novamente as principais competições de rodeio do país. De 15 a 18 de agosto acontecerão as disputas das provas de team penning, três tambores e a final da Copa Brahma Bar-
retos. Já entre os dias 19 e 21, o evento promove o campeonato Top Brasil Rodeio entre os Estados brasileiros. Os times de montarias em touros disputam vagas para o Barretos International Rodeo, de 22 a 25 de agosto – neste campeonato
haverá provas de team penning, três tambores feminino, cutiano, sela americana, bareback e montarias em touros. O torneio internacional entre equipes reunirá competidores do México e dos Estados Unidos.
Expediente Rede Brasil Atual – Barretos Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Aquino José e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 6 mil exemplares Distribuição Gratuita
Barretos
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TRABALHO
Saúde do trabalhador preocupa sindicatos e entidades
Prof.ª Paulina Nunes de Morais e Paróquia da Catedral.
Segundo a diretora de Saúde e Condições de Trabalho da
No debate, a advogada do Sindicato dos Bancários de Barretos, Bruna Carnaz, esclareceu que o assédio moral aos trabalhadores se caracteriza por violência psicológica e comportamentos abusivos reiterados. “O assédio moral acontece quando o trabalhador é ofendido, menosprezado, constrangido, e passa a se sentir sem valor, magoado, revoltado, perturbado, traído, envergonhado, indignado e com raiva.” A advogada lembrou que o assédio moral pode partir de chefes e superiores, assim como de outros su-
ças relacionadas ao trabalho e isso jamais é divulgado.” Para Marco Antônio Pereira, presidente do Sindicato dos Bancários de Barretos, esses problemas enfrentados pela categoria se agravaram com as fusões e incorporações bancárias. “A alta rotatividade de funcionários no sistema financeiro com a implantação de metas abusivas contribui para o assédio moral. Somente a partir de ações judiciais é que banqueiros e sindicatos conseguiram fazer um acordo coletivo.”
Cerest é lei
Aquino José
Assédio moral
Federação dos Bancários da Central Única dos Trabalhadores (Fetec/CUT-SP), Adma Gomes, “a violência organizacional é imposta pela empresa na forma de metas. Estas, muitas vezes, geram adoecimento físico e mental dos trabalhadores”. Ela, que também é professora da rede pública estadual de ensino, lembrou que a categoria bancária lançou a campanha “Menos meta, mais saúde”, como uma forma de combater os abusos patronais. “Muitos trabalhadores adoecem e morrem devido a doen-
bordinados. Contudo, Carnaz diferenciou o assédio moral da agressão verbal sofrida esporadicamente pela maioria dos trabalhadores. “Se o chefe grita, perde um pouco a paciência, isso é uma agressão verbal.” E complementa: “As
mulheres podem, ainda, ser vítimas de assédio sexual, que também é diferente”. A advogada defendeu a solidariedade entre os trabalhadores como forma de fazer cessar o assédio moral dentro das empresas. O trabalhador exposto constantemente a situações humilhantes deve procurar o sindicato de sua categoria e relatar o ocorrido com alguma testemunha. Também é possível recorrer ao Ministério do Trabalho e Emprego, ao Ministério Público e à Justiça do Trabalho para pleitear uma indenização.
O diretor do Sinsprev/SP, Cláudio Machado, acredita que não há vontade política das prefeituras na criação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). “Existe uma lei específica sobre a saúde do trabalhador e recursos públicos disponíveis, mas os Centros não são implantados, como ocorreu na última gestão municipal de Barretos.” Para ele, o grande desafio do município é debater a implantação do Cerest. Machado ainda recorda que a saúde do trabalhador é constantemente negada,
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A saúde do trabalhador preocupa sindicatos e entidades de Barretos e região. O assunto foi tema de debate, no dia 9 de maio, durante a Semana do Trabalhador, no Instituto Superior de Educação de Barretos (ISEB). O evento foi organizado pelo Sindicato dos Bancários de Barretos, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev/SP), Instituto João Falcão, Projeto Conhecer, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Escola Estadual
Aquino José
Evento discutiu assédio moral, metas abusivas e adoecimento que pode levar à morte
embora esteja prevista nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) – mesmo destacando que a rede pública de saúde não está totalmente preparada para atender o volume de casos referentes ao adoecimento do trabalhador.
A professora Sabrina Paiva Lopes pediu a palavra para fazer um desabafo. “Há assédio moral, de forma abusiva, por parte de diretores das escolas.” Segundo
a educadora, os casos não são denunciados em virtude de muitos professores serem celetistas (e não terem os mesmo direitos). Sabrina também revelou que nas escolas
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Professora desabafa no debate da cidade os professores sofrem “bullying” (violência psicológica ou física explícita) por parte dos alunos. “A pior coisa que tem é ser assediado dentro de uma esco-
la e servir de chacota não só para colegas, mas também para alunos e achar que está tudo bem. Sofremos com a violência nas escolas” – lamentou.
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4 Educação
Analfabetismo, uma dívida histórica do Brasil Abril de 1963. Na presença do ex-presidente João Goulart chegava ao fim uma campanha vitoriosa na cidade de Angicos, a 170 km de Natal, no Sertão do Rio Grande do Norte: 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em 40 aulas, de uma hora cada uma, sob a luz de lampiões a querosene. Quinze universitários os ensinaram a ler, escrever e fazer contas. A coordenação chefiada pelo educador pernambucano Paulo Freire (1921-1997) constatou 70% de aproveitamento nos testes de alfabetização e 87% no de politização. O êxito da experiência atraiu o interesse da imprensa mundial. Abril de 1964. O golpe militar extinguiu o progra-
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14 milhões de pessoas não sabem ler, uma das mais altas taxas da América Latina Por Cida de Oliveira
ma nacional de alfabetização inspirado em Angicos, que começaria em um mês. Com a prisão e exílio de Freire, considerado subversivo e ignorante pelos militares, o regime abortava o projeto que
derrubaria as taxas de analfabetismo e, três anos depois, lançou o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), que passou a receber verbas em 1970, quando a taxa de analfabetismo era de 33,6%.
Sua proposta pedagógica era ensinar minimamente a escrita, a leitura e cálculos básicos e pretendia erradicar o analfabetismo em dez anos. Depois de reduzir em 2,7% a taxa de analfabetismo, o
programa foi extinto em 1985 pelo presidente Sarney, que criou a Fundação Educar. Em 1989, Fernando Collor instituiu o Programa Nacional de Alfabetização, que visava alcançar 21 milhões de pessoas em dez anos, em especial as mais jovens. Depois, Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) reduziu a taxa de 16,6%, em 1994, para 13,6%, em 2000, mas, ao contrário do que prometeu, não investiu mais no setor nem democratizou o acesso a cursos equivalentes às quatro séries finais do ensino fundamental para a população de 15 a 30 anos. Em 2003, o presidente Lula criou o programa Brasil Alfabetizado, que já beneficiou mais de 12 milhões de pessoas.
“Estou aprendendo. Não passo mais vergonha” – desab Passados 50 anos da experiência de Angicos, 8,6% dos brasileiros de mais de 15 anos – 60% dos quais têm mais de 50 anos – não sabem ler nem escrever. O percentual é menos da metade dos 20% de 1990. “Apesar da queda significativa, são 14 milhões de analfabetos, o maior número absoluto da América Latina” – diz Roberto Catelli Júnior, coordenador do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da ONG Ação Educativa. A posição do país em relação a seus vizinhos resulta de seu passado escra-
vocrata, em que a maioria da população não tinha direito à cidadania, com economia baseada na agricultura para exportação, sem investimentos em educação. Já as colônias espanholas tinham até universidades. No início do século 20, apenas a minoria da população do Brasil, diferentemente da Argentina, sabia ler e escrever. O atraso aprofundou as desigualdades. “Não podemos erradicar o analfabetismo como se erradica uma doença, mas podemos reduzi-lo a um nível bem menor” – diz Catelli. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica-
da (Ipea) de 2010 mostra que a baixa inserção de jovens e adultos em programas de alfabetização e sua ineficiência entre a população de mais de 65 anos explicam a lenta redução. Desigualdades diversas também. O Nordeste tem 52% dos analfabetos brasileiros. São 6,8 milhões de pessoas, 71% das quais estão na zona rural. A taxa média de analfabetismo é de 16,9%, quase o dobro da média nacional. Maria Edilma Batista Miranda é professora do EJA do Jardim Silvina, em São Bernardo do Campo. Com 15 anos de experiência, ela diz que são muitas as histórias de transfor-
mação pela educação. “Encontro ex-alunos que conseguiram emprego, foram promovidos, tiraram carteira de motorista; têm hoje uma vida melhor. Uma aluna, cujo marido a chamava de burra, hoje sustenta a família com seu trabalho” – conta. Uma de suas alunas é Alice Maria da Silva, 67 anos, pernambucana de Garanhuns, que passou grande parte da vida sem saber escrever o nome. “Segurei um lápis pela primeira vez aqui” – diz, referindo-se à turma que, como ela, alfabetiza-se. Os resultados já aparecem. Há pouco tempo trocou seus documentos. No lugar das digitais, assinou o nome. Nasci-
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aquém do esperado. Segundo Catelli, há problemas além do analfabetismo a serem superados: os educadores e os leigos têm deficiências na formação, há uso político do programa e falta um sistema de avaliação no qual os resultados sejam discutidos. “O principal problema, porém, é não se efetivar como política pública integrada às Secretarias de Educação dos municípios, permitindo a continuidade dos estudos” – aponta. “Sinto falta de uma política mais ofensiva do governo e do envolvimento da sociedade na cobrança do pagamento dessa dívida histórica com os milhões de analfabetos” – diz Luiz Marine José do Nascimento, membro da coordenação pedagógica do Instituto Paulo Freire. Em parceria com
a Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), sindicatos, movimentos sociais e prefeituras, a entidade executa o programa Mova Brasil. “Até o Mobral era mais agressivo que as políticas atuais no sentido de envolver a sociedade.” Marine cobra também as universidades, que não ofe-
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bafa um recém-alfabetizado dos e criados em Poções (BA), os irmãos Geivaldo e Jorgivaldo Ferreira Souza, de 30 e 28 anos, não tinham onde estudar perto de casa, num sítio afastado da cidade. Como ajudavam na roça da família, frequentaram uma sala de aula bem mais tarde. Hoje ambos trabalham na construção civil no ABC Paulista, querem estudar, melhorar de emprego e de vida. História semelhante viveu Luiz Deoclecio Pereira. Na infância, por causa do trabalho na roça, no interior do Ceará, não frequentou a escola. Aos 17 anos, temeu não conseguir estudar e aprender. O tempo passou e Luiz sempre no tra-
balho pesado, mal remunerado por falta de estudo. Recentemente, a empresa onde trabalha o mandou para a escola. “Estou aprendendo. Não passo mais vergonha” – diz. A seu lado, a colega Joana Batista Magalhães, 55 anos, não deixa de sonhar: “Novela fica pra outra hora. Aqui é mais divertido e aprendo”. Na infância pouco ia à escola, por ser longe. Quando teve escola perto, estava casada e o marido não a deixava ir. “Meu sonho é fazer um curso técnico de Enfermagem e lutar por um lugar na faculdade.”
recem cursos de licenciatura para a alfabetização de adultos. E defende ainda medidas de combate à elevada evasão nos cursos para adultos, a modernização da metodologia empregada em sala de aula e alternativas para problemas estruturais que desanimam o aluno, como aulas próximas
da moradia desses estudantes, em horários flexíveis. “Não existe Brasil sem miséria enquanto houver o analfabetismo.” Coordenadora do núcleo Rio de Janeiro do Mova Brasil, do Instituto Paulo Freire, Geanne Campos, conhece as dificuldades do setor e tenta contorná-las. Para atrair mais alunos, ela cria turmas em horários alternativos, em locais próximos das pessoas. Contra a evasão, faz parcerias com cursos profissionalizantes e entidades da economia solidária e incubadoras, para estimular a renda dos educandos. “O trabalho vale a pena quando a gente vê os alunos trabalhando, estudando, exercendo seus direitos, sua cidadania.”
Criador de ‘cascavéis’ Patrono da educação brasileira, Paulo Freire apresentou as bases teóricas de seu sistema de alfabetização de adultos em 1958. Em 1962, Freire foi procurado por autoridades potiguares para coordenar a campanha educacional em Angicos. O projeto começou em janeiro – e terminou em abril –, na presença fardada do comandante da Região Militar do Recife, o general Humberto de Alencar Castelo Branco. Segundo historiadores, ele teria dito ao secretário de Educação potiguar: “Meu jovem, você está engordando cascavéis nesses sertões”. Com o golpe de 1964, Freire foi preso e acabou sendo procurado por soldados do
fundação paulo freire
O Plano Nacional de Educação (PNE) determina que até 2020 seja erradicado o analfabetismo absoluto e reduzido pela metade o analfabetismo funcional – em que a pessoa consegue ler, mas não compreende bem o texto. “É urgente rever o modelo e construir uma política nacional de educação de jovens e adultos. Não vejo nenhuma iniciativa capaz de fazer com que os 85 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais avancem na conclusão da educação básica” – diz Catelli. Para o educador, os resultados do programa federal Brasil Alfabetizado, que destina recursos para atender mais de 1 milhão de pessoas por ano, estão
rodrigo queiroz/rba
A ideia é que o problema acabe até 2020
quartel que queriam que seus parentes fossem alfabetizados. “Estou aqui justamente por alfabetizar” – justificou o educador, que, aos 43 anos, foi para o exílio e só voltou ao Brasil em 1979. Nesse intervalo, o mundo o descobriu. E também obras como Ação Cultural para a Liberdade, finalizada em Harvard em 1970, e a clássica Pedagogia do Oprimido. Para saber mais: <www.angi cos50anos.paulofreire.org>.
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VIOLÊNCIA
Passeata alerta para abuso e exploração infantil
Aquino José
Manifestação reuniu cerca de 500 pessoas no Centro; coordenadora do Creas explica função do órgão
No dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Infantil, entidades sociais e do poder público, Tiro de Guerra, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros,
Conselho Tutelar e população em geral organizaram uma passeata que alertou para o abuso e a exploração infantil. O ato reuniu aproximadamente 500 pessoas no Centro da cidade.
A secretária municipal de assistência social, Regina Célia de Souza Beretta, enfatizou durante a marcha que a exploração sexual de crianças e adolescentes é crime e deve ser denunciada. Já a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Ângela Aparecida Ferrari, afirmou que o problema do abuso de menores existe na cidade e explicou a função do órgão para a população: “O
Creas oferece serviços especializados e continuados às famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos. O equipamento dispõe de uma equipe mul-
tidisciplinar formada por assistentes sociais, psicólogos, advogados e educadores que atuam na proteção de crianças e adolescentes” – conclui.
Denúncias de violações aos direitos humanos podem ser feitas através dos seguintes telefones: Creas: 3322-1206 Conselho Tutelar: 3322-9906 Delegacia da Mulher: 3322-8327 Polícia Militar: 190 Disque Denúncia Nacional: 100
literatura
Ferrovia é tema de concurso literário ALAB quer estimular produção textual de jovens estudantes dia 1º de agosto e a festa de premiação ocorrerá no dia 10, em local a ser definido. Os autores das três melhores redações em cada categoria receberão um tablet e os segundos colocados receberão uma caixa de som para computador com entrada USB.
portância da ferrovia na história do município. A disputa é aberta aos alunos do 3º ano do ensino fundamental I e ao 3º ano do ensino médio de todas as escolas. Os trabalhos devem ser entregues até o dia 28 de junho. Os vencedores serão anunciados no
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A Academia de Letras e Artes de Barretos (ALAB) lançou o concurso literário com o tema “Ferrovia – pelos trilhos de aço chegou o desenvolvimento de Barretos”. O concurso visa estimular o interesse dos estudantes pela redação e refletir sobre a im-
MÚSICA
Morre Mestre Gamela No dia 16 de maio, em Anápolis (GO), o barretense Sidney Barros, popularmente conhecido como Mestre Gamela, aos 70 anos, faleceu em decorrência de uma infecção generalizada. O artista era
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Violonista barretense teve entre seus pupilos Cássia Eller e Dado Villa-Lobos considerado o maior violonista brasileiro. Mestre Gamela era autodidata e aprendeu a tocar o instrumento aos 17 anos. Inspirado em João Gilberto e Luís Bonfá, ele desenvolveu um método próprio de ensino de violão
solo, que iniciou diversos artistas. Dentre seus pupilos estão Cássia Eller, Zélia Duncan, Rosa Passos e Dado Villa-Lobos. Com as orquestras de São José do Rio Preto que integrou na juventude, Sidney acompanhou nomes
consagrados da música brasileira como Agostinho dos Santos, Baden Powell, Carlos Galhardo, Ivon Cury, Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira, Maysa, Nelson Gonçalves, entre outros.
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Luta
Barretenses são destaques na luta olímpica Resultado credenciou atletas a participarem do Programa Bolsa-Atleta rendeu a convocação para integrar a Seleção Brasileira, que irá disputar o Pan-Americano de Luta Olímpica, em julho, no Chile. O lutador também recebeu um convite profissional para representar a equipe do Serviço Social da Indústria (SESI) de Osasco (SP). Assim, poderá se dedicar integralmente ao esporte.
futebol AMADOR
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O atleta Lincoln Puig, de 18 anos, da Academia Motta, conquistou as medalhas de prata no estilo greco-romano (categoria 84 kg) e bronze no estilo livre, no Campeonato Brasileiro Júnior de Luta Olímpica, disputado no Rio de Janeiro, nos dias 10 e 11 de maio. O resultado de Puig lhe
O atleta Luciano da Costa Júnior, de 18 anos, também integrante da equipe Motta, conquistou a medalha de bronze no estilo livre (até 120 kg). Em 2014, Lincoln e Luciano terão direito ao benefício do Programa Bolsa-Atleta e serão os primeiros barretenses a receber o incentivo do Governo Federal.
ARTE MARCIAL
Foram duas vitórias e um empate
Atletas recebem a convocação para a seleção paulista
A Associação Desportiva da Polícia Militar (ADPM) é apontada pelos adversários como a favorita ao título da Série A do Campeonato Amador Varzeano, da Liga Barretense de Futebol. Em três jogos, a agremia-
No dia 18 de maio, Maria Luísa Kassuya, 13, conquistou o tricampeonato estadual individual de caratê (categoria até 40 kg), realizado em Louveira. No masculino, na categoria infanto-juvenil (13 a 14 anos), Cristiano de Souza foi o vice-campeão. As conquistas no torneio paulista possibilitaram a convocação dos atletas da Associação Impacto-Departamento de Esporte e Lazer (DEL) para a Seleção Paulista, que vai disputar a etapa classificató-
ção venceu duas partidas e obteve um empate. Foram nove gols marcados e apenas dois sofridos. Vô, Rubinho, Alex Leite e Messias dividem a artilharia da equipe com dois gols cada um. Cesinha anotou o outro tento.
divulgação
Jovens são destaque no caratê
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ADPM sai na frente
ria do Campeonato Brasileiro Caratê – no mês de julho, em Joinville, envolvendo os Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Nos últimos seis anos, tivemos 12 atletas convocados para a Seleção Paulista e conquistamos quatro títulos
brasileiros por equipe. Isso demonstra a qualidade, o talento e o potencial dos alunos” – afirma Silvio Ricardo Rodrigues, diretor técnico da Associação Impacto-DEL. As aulas de Caratê acontecem no Projeto Cavalgando para o Futuro, no Bairro Cristiano Carvalho, às segundas e quartas-feiras, às 19 horas. No Rochão, os treinamentos são às terças e quintas-feiras, às 19 horas. Crianças a partir dos cinco anos podem se inscrever.
rodeio
Congresso debate saúde dos animais no esporte Evento propõe intercâmbio do conhecimento acadêmico com a prática esportiva No dia 10 de junho, o Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb) sediará o primeiro Congresso Internacional de Bem– Estar em Animais de Esporte, das modalidades Equestre e
Rodeio. Convidados do Brasil, do Canadá e dos Estados Unidos se somarão aos professores, profissionais e representantes de instituições de defesa e proteção animal. Segundo a coordenadora do
Grupo de Fomento e Estudo da Bovinocultura (FEBOVI) – realizador do evento – e professora do Unifeb, Maira Mattar, o objetivo é “transferir os conhecimentos gerados em estudos e pesquisas acadêmicas para o
desenvolvimento dos esportes”. Ela também afirma que o evento vai servir para o debate de ações que vão desde a criação dos animais até o seu manejo durante a prática esportiva. O Congresso tem a colabo-
ração do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal, de Jaboticabal, e o apoio dos cursos de Agronomia e Zootecnia do Unifeb e do grupo Os Independentes. O evento é gratuito e aberto ao público.
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foto síntese – Protesto contra a corrupção
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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato. p o r t u g u e s e s
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Respostas
Horizontal – 1. Alongada 2. Muito bom, de muito valor; Energia Atômica; Ou, em inglês 3. Indivíduo de classe social inferior 4. Islamismo 5. Nome de certas flores coloridas, cultivadas como ornamentais; Produto de microeletrônica usado como sinalizador de avisos 6. Cabelo escuro entremeado de fios brancos 7. Arte, em inglês; Sigla do Paraná 8. The European Patent Network; Indolência, falta absoluta de energia 9. Capital do Cantão e mais ensolarada localidade suíça; Pôr toda a sua confiança em, fiar-se 10. Pessoa ou coisa divertida; Premiado seriado de televisão americano criado por Michael Crichton 11. Solitário; Exprime surpresa ou admiração; Serve para voar. Vertical – 1. Lusitanos 2. Via; Sigla de Roraima; 3,1416 3. Nascidos em Ormuz 4. Liga Oficial Pokémon; Escola Superior de Redes; Negação 5. Sigla do Espírito Santo; Convenção, assembleia; Relações Públicas 6. Matogrosso, cantor brasileiro; Sigla de Alagoas; Nome de um Estado do Norte do Brasil 7. Varredor de rua; Contiguidade de duas vogais pertencentes a sílabas diferentes 8. Capital da Noruega; A ti 9. Primeira nota musical; Fonema correspondente à letra L; Pequeno prato sobre o qual se assenta a xícara 10. Vestimenta metálica usada pelos guerreiros durante as batalhas; Deus do Sol do antigo Egito.
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