Jornal brasil atual barretos 21

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Jornal Regional de Barretos

Distrib

jornal brasil atual

jorbrasilatual

Gratuuiição ta

nº 21

Entrevista

Outubro de 2013

Mídia

“estou no jogo” Lula concede entrevista a veículos mantidos por trabalhadores e fala de 2014

rádio Rádio Brasil Atual passa a transmitir notícias da cidade

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MÚSICA

Banda sinfônica Nova geração conquista público com profissionalismo

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Futebol Social

Movimento combate as drogas e o alcoolismo Várzea

Entidades, igrejas e movimentos sociais produzem manifesto por mobilização da sociedade barretense

Jornalistas e atletas debatem mudanças no formato da competição

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Barretos

2 Mídia

Rádio Brasil Atual em Barretos

Em outubro, a Constituição Federal completa 25 anos. A oitava Carta Magna do país desde a independência é um marco pelos princípios democráticos restabelecidos e pela retomada de direitos e garantias fundamentais ao povo brasileiro, outrora abandonados pela ditadura civil-militar (1964-1985). A volta das liberdades democráticas, a possibilidade de organização partidária e sindical, a liberdade de imprensa são algumas das conquistas de lutadores que foram calados à força pela arbitrariedade de generais e da elite econômica do país durante mais de duas décadas. No entanto, o aniversário da “Constituição Cidadã” é pertinente para fazermos uma reflexão. Dos direitos sociais da Carta, quantos se fazem valer de fato? As terras ainda continuam concentradas nas mãos dos oligarcas. Dezenas de milhares de pessoas vivem nas ruas das grandes cidades (muitas porque são expulsas do campo) sem acesso a moradia ou ao trabalho digno (subempregos para subsistência). Comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, têm seus direitos violados por “legislações ambientais” ou pelos mesmos latifundiários. A polícia militar continua com os mesmos métodos repressivos dos anos de chumbo. Agora, ao invés de perseguir e torturar militantes políticos, a PM extermina jovens pobres e negros nas periferias do país. Ademais, uma série de artigos da Carta não foi regulamentada. é o caso da comunicação, que tem o espectro eletromagnético público e continua monopolizada nas mãos de algumas famílias, como os Marinhos, das Organizações Globo. Estamos falando de Direitos Humanos, oras. Não há democracia sem o respeito a esses princípios fundamentais. Até quando iremos viver com essa herança maldita de um dos piores momentos da história do Brasil? A justiça social tão aclamada na Assembleia Nacional Constituinte está longe de ser realidade. E é exatamente por isso que as pessoas não devem sair das ruas: por direitos!

vos e prestação de serviços. O jornalismo tem presença forte no programa Giro de Notícias, apresentado das 8 às 9 horas e das 18 às 19 horas; assim como o programa Nossa Cidade, que vai ao ar das 9 às 12 horas.

programação. Os dois ainda conversaram sobre os planos de expansão da rádio, que vem conquistando audiência em toda a região. A RBA-NP toca música brasileira, com flashes informati-

reconhecimento

Jornalistas da RBA vencedoras Na 35ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog As jornalistas Marilu Cabañas e Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual, foram vencedoras da 35ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria melhor reportagem de rádio, com Voz Guarani-Kaiowá e Dores do Parto, respectivamente, trabalho vencedor e menção honrosa. A série de reportagens Voz Guarani-Kaiowá, realizada por Marilu Cabañas, de 50 anos, foi veiculada em

rede brasil atual

editorial

A Rádio Brasil Atual-Noroeste Paulista (RBA-NP), que funciona na estação 102,7 FM, está transmitindo notícias de Barretos, com o correspondente Aquino José. No início do mês, o presidente do Sindicato dos Bancários de Barretos e Região, Marco Antônio Pereira, visitou os estúdios da emissora em Pirangi. Ele elogiou a estrutura montada, os equipamentos modernos e a programação diferenciada. Marco foi recebido pelo coordenador da Rede Brasil Atual e diretor da emissora, Paulo Salvador, que ratificou a importância do caráter regional da

aquino josé

Emissora passa a ter um correspondente na cidade

novembro do ano passado e conta a luta pela terra dos índios da etnia Guarani-Kaiowá, em municípios do Mato Grosso do Sul. Em maio deste ano (durante

a Semana Mundial de Respeito ao Nascimento), Anelize Moreira, de 28 anos, produziu a série de reportagens Dores do Parto, que denunciou a violência contra as mulheres e contou a história de algumas mães que optaram pelo parto humanizado. O Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos foi criado em 1978, três anos após o assassinato do jornalista homônimo nas dependências do DOI/CODI, em São Paulo.

Expediente Rede Brasil Atual – Barretos Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Aquino José e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2820 Tiragem: 6 mil exemplares Distribuição Gratuita


Barretos

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Transporte

Vereador cobra mobilidade para distritos da zona rural Adilson Ventura pretende acionar o Ministério Público para resolver imbróglio com Executivo de ônibus para ligar o Centro ao distrito de Alberto Moreira, nos períodos da manhã e da tarde, pela estrada vicinal Nadir Kenan. No entanto, a resposta enviada pelo Poder Executivo foi um ofício informando que a empresa concessionária do transporte coletivo no município, Viação Sarri (Viasa), considera ser inviável economicamente oferecer esse serviço.

Segundo o professor Adilson, a maioria dos moradores da zona rural não tem carro e encontra dificuldade para chegar à área urbana. “Se a Lei Orgânica não for obedecida, pretendo entrar com uma representação no Ministério Público, para que ela seja cumprida e se faça valer um direito dos moradores da zona rural”, afirmou.

aquino josé

O vereador professor Adilson Ventura (PT) quer garantir transporte coletivo, por linha regular, no mínimo diária, às sedes dos distritos do município, conforme prevê o artigo 190, inciso 8, da Lei Orgânica de Barretos. O parlamentar já protocolou dois requerimentos endereçados ao prefeito Guilherme Ávila (PSDB), solicitando linha

Social

Movimento clama por políticas de combate às drogas No dia 14 de setembro, uma passeata pelo Centro de Barretos foi realizada por líderes religiosos católicos, evangélicos, muçulmanos, movimentos populares e entidades da sociedade civil, para chamar a atenção para o problema das drogas na região. Os grupos signatários do “Manifesto do Grito dos Excluídos”, que foi dirigido à sociedade e aos poderes constituídos, cobraram “políticas de resgate da digni-

aquino josé

Manifesto produzido propõe a criação de rede de proteção e a instalação de um CAPS AD

dade humana”. O documento pede a realização de debates, fóruns e conferências sobre po-

líticas públicas, que busquem alternativas para superação do problema das drogas e do al-

coolismo, com ampla participação popular – com atenção especial às escolas do município e região, para garantir a conscientização e a prevenção. Uma rede de proteção dos direitos sociais das pessoas com dependência de álcool e outras drogas também foi proposta pelos organizadores. A reivindicação imediata é a criação de um Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS AD). A ideia é promover a integra-

ção de toda a rede de serviços públicos e privados, com maior fiscalização do poder público, para fortalecer o trabalho de prevenção junto às famílias. As entidades salientaram que esta é uma luta por políticas públicas voltadas essencialmente para o ser humano e que almejam um Estado cujo desenvolvimento não seja apenas econômico ou submetido exclusivamente ao mercado capitalista.


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4 entrevista

roberto stuckert filho/IL

“Estou no jogo”, diz ex-presidente Lula

Manifestações

Eu acredito que o impacto de tudo que aconteceu em junho de 2013 deve servir como uma grande lição para a sociedade brasileira e, sobretudo, para os governantes. Certamente, muita gente de partidos políticos, sindicatos e movimentos organizados da sociedade civil foi pega de surpresa, porque foi um movimento que se deu à margem daquilo que nós conhecíamos como tradicional forma de organização. Eu me lembro que não aconteceu nada no Brasil nos últimos 40 anos que a gente não estivesse à frente. Seja o movimento sindical, sejam os partidos de esquerda, seja a UNE, sejam os sem-terra... Não foi um movimento em que as pessoas queriam derrubar o governo, mas um movimento em que as pessoas diziam: “nós queremos mais educação, mais saúde, mais transporte, mais qualidade de vida”. A nossa presidenta teve a sabedoria de dar uma resposta imediata, colocando a reforma política como fundamental para que a gente possa mudar a situação do Brasil, depois a

questão da saúde com o Mais Médicos, depois a aprovação de 75% dos royalties para a educação... Ou seja, foram medidas tomadas pela nossa presidenta que mostraram o governo num processo de evolução para tentar encontrar soluções.

“Se você quer mudar, mude através da política” A única coisa grave do movimento é a manipulação para a tentativa de negar a política. Tenho dito publicamente que toda vez na história ou em qualquer lugar do mundo que se negou a política, o que veio depois foi pior. Portanto, se você quer mudar, mude através da política. Participe, entre num partido, crie um partido, faça o que você quiser. Aqui no Brasil, o que teve foi o regime militar de 1964. No Chile foi o Pinochet, na Argentina foi a ditadura. Não queremos isso. Queremos democracia exercida em sua plenitude. E a sociedade quer isso. A sociedade quer debater

No dia 24 de setembro, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva concedeu a sua primeira longa entrevista após deixar o Palácio do Planalto a um grupo de jornalistas da Rede Brasil Atual, TVT e jornal ABCD Maior, no Instituto Lula, em São Paulo. No encontro, de cerca de 90 minutos, ele comentou os principais assuntos em voga no país e as eleições de 2014. Ao final, brincou com os profissionais: “Se tem uma coisa que tenho vontade é de falar”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista e a íntegra em <www.redebrasilatual.com.br>. política, então vamos debater sem medo de qualquer assunto. Sou daqueles que acham que não tem tema proibido. Reforma política

Não é fácil avançar na reforma política. As pessoas que foram às ruas não vão votar no Congresso Nacional. É importante lembrar que fizemos a campanha das Diretas, que possivelmente foi um dos maiores movimentos cívicos deste país, em meses em que fomos à rua com todos os partidos políticos, com o movimento sindical, centenas e centenas de manifestações pelo Brasil inteiro, toda a sociedade querendo, e quando a proposta chegou ao Congresso não tínhamos número para aprovar e não aprovamos. Só teremos uma reforma política plena no dia em que tivermos uma constituinte própria para fazê-la. Achar que os atuais deputados vão fazer uma reforma política mudando o status quo é muito difícil. Acredito que é possível discutirmos uma mudança na votação, votar em lista, financiamento de campanha. Há um equívoco em fazer a sociedade

compreender que o financiamento público vai tirar o dinheiro da União. A forma mais eficaz, honesta e barata de se fazer uma campanha política é você saber que cada voto vale um centavo, R$ 1 real, R$ 10 reais e que cada partido vai ter tanto e se alguém pegar dinheiro privado tem de ser considerado crime inafiançável, para que as pessoas não fiquem subordinadas aos empresários. Por que os empresários não estão defendendo o financiamento público? Oras, é porque a eles interessa cada um construir a sua bancada. Os bancos têm as suas bancadas no Congresso Nacional, têm influência, porque cada um tem a lista de quem financia. A reforma política é a melhor possibilidade para se mudar a lógica da política no Brasil. E ter em conta que não é só para combater a corrupção, mas para facilitar as coalizões que são conseguidas, porque quando você ganha uma eleição com um partido aliado a outro tem que ter coalizão na hora de montar o governo. Acredito que para 2014 a gente vai conseguir fazer uma

reforma política muito capenga. Temos que levar em conta que há interesses partidários. Tem partidos para os quais está bom assim. O cara tem mandato e quer preservar o seu mandato. As pessoas podem querer fazer as coisas para 2018, 2020, mas para esta eu acho que não vai haver mudança.

“O rico tem que pagar a saúde do povo pobre” Mais Médicos

O ministro da Saúde Alexandre Padilha tem razão com o que ele fala: não se está buscando médico fora para substituir o médico brasileiro; se está buscando médico fora para trabalhar onde não tem médico. E o Padilha sabe que o programa Mais Médicos não vai resolver o problema da saúde. O Mais Médicos vai dar oportunidade ao cidadão que não tem acesso a nenhum médico de ter acesso ao primeiro médico e a tratamento. E quando esse cidadão tiver acesso, ele vai querer mais saúde, porque ele vai ter informações. Então vai precisar formar mais gente.


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Ação Penal 470 (“mensalão”)

Desde o começo do julgamento, tenho dito que qualquer manifestação minha só seria feita após terminar o processo, pois fui quem indicou alguns ministros que estão no STF. Não quero ficar colocando em dúvida questões da Suprema Corte, que tem uma importância muito grande para o Brasil. Fico um pouco chateado, pois se depender do comportamento de um ou de outro na imprensa, não precisaria nem de julgamento. O próprio diretor de jornalismo já condenaria as pessoas. O que deve ser garantido pelo Estado de Direito, algo pelo que a gente brigou tanto, e que para alguns editorialistas parece ser crime contra a humanidade: o direito de defesa. Tenho muita vontade de falar. Tenho ouvido os ministros falarem e vejo que alguns têm preocupação em estudar o caso, e outros não. Quando o julgamento terminar, seja qual for o resulta-

roberto stuckert filho/IL

Em 2007, derrubaram a CPMF. Foi um ato de insanidade dos tucanos em relação ao meu governo. Eles tiraram uma bagatela de R$ 40 bilhões por ano. Soma isso em quatro ou sete anos e vê a quantidade de dinheiro que tiraram da saúde, achando que iam prejudicar o Lula. Pois bem, quem eles prejudicaram? O povo. Achamos que o rico tem que pagar pela Saúde do povo mais pobre. Era por isso que tínhamos apresentado um programa chamado Mais Saúde em que a gente iria utilizar todo o dinheiro da CPMF para cuidar da saúde. Dilma e Padilha marcaram um gol com o Mais Médicos. Abriram um debate muito importante com a sociedade para as pessoas começarem a enxergar.

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do, eu vou ter muita coisa para dizer a respeito. Copa do Mundo e Olimpíadas

O Brasil é a sexta economia mundial e o país que mais ganhou Copas do Mundo. Agora precisamos ver se a Copa será um evento em que o Brasil fortaleça sua imagem para o mundo, ou se a gente vai fazer uma Copa fracassada por conta de problemas internos. Se tiver corrupção (nas obras dos estádios e infraestrutura), que digam quem fez, que se processem os responsáveis. O que não pode é trabalhar com o “denuncismo”. A teoria do domínio de fato não serve para isso. O país tem governos federal, estaduais e municipais envolvidos com a Copa do Mundo. O Ministério Público tem um procurador que foi designado para acompanhar os comitês organizadores da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Eu publiquei decretos federais em dezembro de 2009 determinando a criação de portais, para 2014 e 2016, para que seja acompanhado em tempo real para onde vai cada centavo da União que é investido nesses negócios. Até agora não há nenhuma denúncia. Não podemos permitir que alguma má informação seja passada para a sociedade sem que haja resposta. A minha preocupação é que os governos têm de mos-

trar o que está acontecendo e assumir as responsabilidades. As obras não vão ficar quando a Copa do Mundo for embora? Essa é uma preocupação que eu tenho: se não for assim, vamos ter 40 mil pessoas dentro de um estádio torcendo e outras 40 mil fora dizendo que houve corrupção. Já temos o Tribunal de Contas, a Procuradoria Geral, a Polícia Federal, o diabo a quatro... Agora é preciso construir uma narrativa do significado da Copa do Mundo e das Olimpíadas para o nosso país. Eleições 2014

O problema de fazer uma avaliação de 2014 é que eu precisaria de uma bola de cristal na minha frente. O que eu falar aqui pode ser desmentido em uma semana com o posicionamento de um partido político. Primeiro: eu trabalho com a ideia de que a presidenta Dilma deve fazer um esforço para manter sua base de sustentação. Acho que a maioria vai ficar com ela, que os tucanos vão ter candidato, talvez façam uma coalizão com o DEM, ou com outros partidos de direita, mas eles não podem fazer uma coligação com a imprensa, que é a grande aliada deles. Se a Marina conseguir o registro do partido (Rede Sustentabilidade), ela certamente será candidata. O Eduardo Campos (PSB) quer ser, mas já me disse que só decide em março ou abril do ano que vem. O PSDB ainda não sabe se vai de Aécio ou se o José Serra vai tentar criar um caso.

“Meu papel será o que a Dilma quiser que seja” Acho que o quadro é favorável. Falo da Dilma com muito orgulho. Vejo as pes-

soas colocarem defeitos nela, com essa história de que não gosta de conversar. Cada um tem um estilo. O que eu tenho consciência é que poucas vezes no mundo tivemos uma presidente tão decente como a Dilma. De caráter, competente e séria. Isso é condição fundamental para que o Brasil continue a trajetória que conseguimos implantar nos últimos dez anos. Papel do Lula nas eleições

O meu papel será o papel que a Dilma quiser que seja. Tenho que ter muito cuidado, porque não posso conversar com um partido político sem a orientação da presidenta ou do partido. Uma coisa que sei fazer, e espero estar em condições, é pedir voto. Eu me considero razoável de palanque. Gosto e me sinto bem. Agradeço a Deus todos os dias pela relação de confiança que a população construiu comigo. Certamente que hoje ela precisa menos do que precisava em 2010, porque é a presidenta, está no mandato, tem exposição mais forte, vai ser julgada pelo que já está fazendo. Mas vou fazer o mesmo esforço que fiz em 2010. É como se fosse a minha campanha. A vitória da Dilma é a minha vitória. O sucesso dela é o sucesso do povo brasileiro, das camadas mais pobres. É difícil, gente, porque nem todo mundo acha prazerosa a ascensão dos mais pobres. Tem gente que fica incomodada dos mais pobres terem acesso às universidades, aos restaurantes, a exposições nas bienais. É um gesto ruim, pois acredito que, quanto mais o pobre ascender, melhor será para todos, já que a classe média sobe junto e todo mundo

ganha. Quando não tivermos mais miseráveis, teremos menos violência, menos assaltos. Isso que temos que ter consciência, que a Dilma pode nos ajudar a construir nos próximos anos. Como eu, ela vai fazer um segundo mandato infinitamente melhor do que o primeiro.

“São Paulo está perdendo nível industrial” No Estado de São Paulo

Acredito que nunca estivemos tão próximos de vencer as eleições em São Paulo. Por isso é preciso dividir o lado de lá. É preciso alcançar alianças além do PT, do PDT, do PC do B, para, então, construirmos um discurso apropriado. Estamos no caminho certo. Os tucanos estão num processo de fadiga de material. Eles não têm mais o que propor. Isso não significa dizer que o governador está acabado, está fraco. Alckmin é uma figura com força política no Estado e precisamos ter habilidade para derrotá-lo. Acho que ele não tem mais proposta para o ABCD ou para a Região Metropolitana. Não tem mais o que fazer em nível estadual. São Paulo está perdendo força, está perdendo nível industrial. Não tem propostas para a educação. É muito desagradável quando pegamos as avaliações do MEC sobre o ensino fundamental e vemos que São Paulo está entre os piores Estados. Está provado que o crime organizado derrotou o governo de São Paulo. Parece uma coisa sem controle. Acredito que se o Alexandre Padilha [ministro da Saúde] for realmente o indicado, teremos um ótimo candidato em São Paulo.


Barretos

6 MÚSICA

Banda Sinfônica Municipal conquista barretenses A série de apresentações da Banda Sinfônica Municipal nos mais variados lugares da cidade – no teatro, nas vilas, “em cima de árvore”, brinca o maestro André Luiz Nogueira – tem cativado o público barretense. O contato com a comunidade tem sensibilizado os espectadores e despertado o interesse pela música através do repertório que abrange jazz, rock, música popular brasileira, valsas, dobrados, entre outros estilos. O maestro Nogueira lembra que a diferença entre as bandas antigas e as atuais está no repertório e no pro-

fissionalismo. “As bandas se iniciaram no governo Vargas, quando ele começou a distribuir instrumentos por todo o Brasil. Porém, os grupos copiavam as bandas militares, que eram as únicas referências na época. A qualidade musical era outra, pois os músicos eram amadores”, conta. Os atuais integrantes da banda são músicos profissionais e concursados – inclusive alguns são oriundos de projetos como o Sopro e Arte, desenvolvidos com jovens do Centro Municipal de Artes (Cemart) Francisco Assis Bezerra de Menezes (Bezerrinha).

Para o maestro, Barretos possui muitos talentos musicais. É o caso do professor Euvaldo Lacerda, graduado na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), considerado um dos maiores trombonistas do Brasil. Para não haver confusão, Nogueira fez questão de distinguir uma banda de uma orquestra: “Se tiver instrumentos de cordas, é orquestra. Se tiver apenas de sopro e percussão, é banda”. A Banda Sinfônica Municipal foi criada em 1982 e teve como base os remanescentes da extinta Lira Barretense. Em

aquino josé

Maestro André Nogueira destaca repertório e profissionalismo dos músicos da nova geração

2002, ela se tornou instituição reconhecida pelo Ministério da Cultura – foi neste ano que a Prefeitura passou a contratar os músicos através de concurso público. No recente Concerto

da Primavera, a banda lotou as dependências do Cine Barretos – Centro Cultural Osório Falleiros da Rocha. Intermináveis aplausos foram a mostra de reconhecimento do público.

Outubro Rosa

GASTRONOMIA

Combate ao câncer de mama

Restaurantes faturam até 30% a mais

Ações de conscientização são realizadas em todo Brasil

Dado o sucesso da 1ª edição do Festival Gastronômico, realizado de 16 a 29 de setembro, a Associação Barretense de Turismo (Abatur) e o Projeto de Roteiro Turístico (Projetur) pretendem promover mais dois festivais gastronômicos em 2014: um no mês de março e outro no segundo semestre. No primeiro evento cerca de 1.000 pratos foram vendidos nos 12 estabelecimentos de alimentação participantes, que registraram um aumento de 30% no faturamento e no fluxo de clientes em comparação ao mesmo mês do ano passado.

O câncer de mama é a maior causa de morte das mulheres em todo o mundo. Apenas no Brasil, cerca de 50 mil novos casos da doença são descobertos anualmente. Como forma de alertar para a prevenção e tratamento deste mal que atinge mulheres e homens, na década de 1990, foi criado nos Estados Unidos o Outubro Rosa. O movimento utiliza esse mês para lembrar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e tem o laço rosa como símbolo mundial da luta contra a doença. A campanha começou a ser realizada no Brasil em 2008, por iniciativa da Fe-

“O mais importante é que o Festival Gastronômico serviu para dar visibilidade aos produtos e serviços que Barretos tem para oferecer aos turistas e moradores”, destacou Adriano Santos, secretário municipal de Turismo. Segundo Renata Roncaratti, presidente da Abatur, “as empresas interessadas em participar das próximas edições do Festival Gastronômico deverão associar-se à Abatur, aderir ao Projetur e participar dos treinamentos e capacitações oferecidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), conforme cronograma do projeto para 2014”.

divulgação

Festivais em 2014

deração Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Entre as ações mais chamativas, está a tradicional troca de iluminação de prédios públicos, construções históricas e marcos arquitetônicos pela coloração rosa. No dia 1º de outubro, o Congresso Nacional foi um dos primeiros

órgãos a aderir ao movimento e promoveu o slogan: “Acenda sua consciência”. Monumentos como o Cristo Redentor, do Rio de Janeiro; a Igreja Maria Auxiliadora, de Cuiabá; a Ponte Hercílio Luz, de Santa Catarina; a Pinacoteca Benedicto Calixto, de São Paulo, também participam da campanha.


Barretos

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Futebol

É preciso repensar o Campeonato Varzeano Muitos atletas, jornalistas e barretenses em geral entendem que é preciso rever o atual formato do Campeonato Varzeano da Liga Barretense de Futebol. “É a pior várzea dos últimos anos”, diz o empresário Manolinho Gonzales. Ele considera boa a organização da competição, mas classifica como “muito fraco” o aspecto técnico. A solução em médio prazo que Gonzales sugere é o investimento em categorias de base, aos moldes do Barretos Esporte Clube.

aquino josé

Inchaço nas três divisões e má qualidade técnica dos jogos preocupa jornalistas e atletas

O atacante Alex Leite, que por seis vezes foi o artilheiro do Varzeano (e está próximo da

sétima conquista individual), acredita que a organização do certame melhorou, mas faz uma

ressalva: “O excesso de times está relacionado à má qualidade do futebol apresentado”. O apresentador da TVB e radialista Mazinho Dias tem um pensamento semelhante. Segundo o comunicador, que cobre o torneio profissionalmente há 15 anos, existem muitos times nas três divisões deste ano (52). “A ausência dos tradicionais Bom Jesus, Frigorífico, Periquitos, Ibirapuera também contribui para a queda de qualidade.” Para melhorar o campeonato na próxima temporada,

Mazinho propõe um Varzeano com apenas duas divisões, formadas por 10 equipes cada, com a liberação de atletas de outras cidades para atuarem na competição. A falta de jogadores prejudicou a equipe de Camarões, campeã do Varzeano 2012, que não se classificou para as semi-finais deste ano. A grande final do Campeonato Varzeano será entre Inter/ Marília X ADPM, no dia 3 de novembro, às 10 horas, no Estádio Antônio Gomes Martins, o Fortaleza.

JOGOS DA PRIMAVERA

Colégio Barretos é o grande campeão estudantil Com 358 pontos, o Colégio Barretos sagrou-se campeão geral dos 30º Jogos da Primavera, organizados pelo Departamento de Esportes da Prefeitura. A Escola Estadual Fábio Junqueira Franco somou 220 pontos e ficou em 2º lugar. Já a 3ª colocada foi a Escola Municipal Luiza Parassú Borges, com 129 pontos. A competição aconteceu

Nivaldo Júnior

30ª edição da competição reuniu cerca de 1.500 alunos, de 24 escolas da cidade entre os dias 28 de setembro e 12 de outubro. Cerca de 1.500 alunos, de 24 escolas de Barretos, participaram do evento esportivo, que teve disputas em atletismo, basquetebol, damas, futebol de campo, futsal, handebol, judô, karatê, natação, tênis de mesa, voleibol, xadrez, queimada, corrida de saco e cabo de guerra. A Escola Sagrados Corações ficou em 1º lugar na ca-

tegoria fraldinha, com 61 pontos; o Colégio Barretos fez 46 pontos e ficou em 2º; e a Escola Luiza Parassú Borges, com 40 pontos, ficou em 3º. Na categoria pré-mirim, o Colégio Barretos foi campeão com 126 pontos; a Escola Luiza Parassú veio na sequência com 89 pontos; já a Escola Fábio Junqueira Franco, com 57 pontos, ficou em 3º. Na categoria Mirim, o Co-

légio Barretos novamente ficou em 1º, com 103 pontos; a Escola Fábio Franco foi a vice-campeã, com 72 pontos; a CETEC/FEB,com 39 pontos, obteve o 3º lugar. Na categoria Infantil, o Colégio Barretos venceu com 83 pontos; a Escola Fábio Junqueira Franco fez 71 pontos e ficou em 2º; a ETEC Raphael Brandão, com 49 pontos, foi a 3ª colocada.


Barretos

8 Palavras Cruzadas diretas

aquino josé

foto síntese – MOMENTO DE Fé

sudoku


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