Jornal Regional de Bebedouro
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Bebedouro
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Gratuuiição ta
nº 30
trabalho
em extinção Protocolo Agroambiental gera desemprego para cortadores de cana da região
Março de 2014
mídia
violência Apresentadora do SBT propaga discursos de ódio e vingança
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cultura
música Banda Gotas de Amor canta mensagens de união e amizade
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esporte segurança
Uma nova polícia para a democracia brasileira Sociedade debate mudanças no modelo autoritário, herdeiro da ditadura; PEC tramita no Senado Federal Pág. 4-5
taekwondo Filho incentiva pai, que se tornou faixa preta e referência na modalidade
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Bebedouro
2 MÍDIA
Violência na bancada de telejornal
editorial Um assunto frequente entre jornalistas e pessoas que se preocupam com a cidadania é a blindagem que os jornais do interior paulista fazem à gestão do PSDB e do governador Geraldo Alckmin. Blindagem significa que os noticiários escondem ou esfriam as notícias desfavoráveis à gestão tucana. Um exemplo: São Paulo está em segundo lugar em quantidade de pessoas inscritas no programa Bolsa Família – atrás apenas da Bahia. Como o Estado mais rico do país tem tal carência e dissemina tanto ódio ao programa que atende os mais pobres da população? Essa é uma contradição exemplar. A riqueza aqui é da elite, esta é a verdade que deveria estar nos noticiários. Outro exemplo: o Brasil vive, hoje, quase a pleno emprego. Em 12 anos, foram criados cerca de 22 milhões de empregos com carteira assinada. E qual noticiário tem coragem de dar essa notícia muito positiva para os brasileiros? O que se vê é o contrário, com os noticiários destilando pessimismo, fazendo voz aos bancos e aos empresários. Vários observadores de comunicação concordam que a notícia está longe da verdade dos fatos e distante dos interesses da imensa parcela da população trabalhadora. Com a circulação desta edição e com um temário voltado ao povo e ao trabalho, o jornal Brasil Atual caminha no sentido inverso, que é o de aumentar a qualidade do jornalismo popular e consciente.
Na primeira semana de fevereiro, um adolescente foi espancado, torturado e acorrentado a um poste após ser acusado de furto por um grupo de jovens da zona sul do Rio de Janeiro (região nobre) – autointitulados “justiceiros do Flamengo”. O caso ganhou ainda mais repercussão quando a apresentadora Rachel Sheherazade, do telejornal SBT Brasil, emitiu opinião em defesa da ação. “A atitude dos vingadores é até compreensível (...). O contra-ataque aos bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado, contra um estado de violência sem limite”. Sheherazade foi alvo de críticas nas redes sociais. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética da entidade se manifestaram contra a declaração e a classificaram como “grave violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros”. Eles também solicitaram a investigação da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), pois consideram ser algo “que ocorre de forma rotineira em programas de radiodifusão em nosso país”. A senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado,
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Apresentadora do SBT prega justiça com as próprias mãos
encaminhou à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo um ofício cobrando providências em relação à jornalista. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) também entrou com uma representação no Ministério Público contra Sheherazade por apologia à tortura. No dia seguinte à polêmica, a jornalista se defendeu na bancada do SBT Brasil, afirmando ser contra a violência. “Eu defendo as pessoas de bem deste País, que foram abandonadas à própria sorte (...). O que eu fiz não foi defender a atitude dos justiceiros. O que eu defendi foi o direito da população de se defender quando o Estado é omisso.” Para o sociólogo e jornalista Lalo Leal, o episódio é um “caso gravíssimo de atentado aos direitos humanos e à democracia”. Segundo ele,
Sheherazade utilizou o canal de televisão de forma criminal. “O comentário da jornalista fere a Constituição, a mesma que diz que a televisão deve promover informação, educação e entretenimento. Ela utilizou a concessão [pública do canal televisivo] para promover e instigar a barbárie, realizando apologia à violência como forma de resolver problemas sociais”, explica. Lalo ainda lembra que é responsabilidade do Estado decidir se uma pessoa é delinquente. E se assim o for, deverá puni-la de forma adequada. “Os órgãos de fiscalização precisam ficar de olho. Os agressores do adolescente são verdadeiros fascistas e devem ser presos e julgados. A jornalista e a emissora também devem ser punidos por violação à Constituição e ao Estatuto da Criança e do Adolescente.”
Expediente Rede Brasil Atual – Bebedouro Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Secretário de Redação Enio Lourenço Redação Camila Jerônimo e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2820 Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição Gratuita
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trabalho
Profissão de cortador de cana está próxima da extinção O Estado de São Paulo é o principal produtor de cana-deaçúcar do país, sendo responsável por mais de 50% da produção. Em 2007, as elevadas taxas de gases emitidos durante a queima da cana fizeram com que usineiros e o governo paulista firmassem um acordo para substituir a Lei Estadual 11.241/2002. O novo Protocolo Agroambiental estipula que o fim das queimadas nas áreas mecanizáveis (previsto para 2021) ocorra até o final de 2014. Nas demais áreas, o prazo para a extinção da queima muda de 2031 para 2017. O documento contou com
adesão de mais de 170 unidades agroindustriais e 29 associações de fornecedores, que juntos representam mais de 90% dos produtores da cana paulista. Além da queima controlada, o acordo inclui a conservação do solo e dos recursos hídricos, a recuperação de nascentes e a proteção de matas ciliares. A diminuição da poluição causada pelos gases tóxicos das queimadas, a fumaça e a fuligem foi reivindicação que facilitou o avanço tecnológico nos canaviais. Os novos maquinários substituíram progressivamente a mão de obra e, por
divulgação
Protocolo Agroambiental beneficia o meio ambiente, mas gera desemprego na região
consequência, elevaram o índice de desemprego de várias regiões do Estado: cada colheitadeira de cana-de-açúcar substituiu de 80 a 100 trabalhadores – ela colhe em torno de 800 toneladas de cana por dia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bebedouro, Gonçalves dos Santos, o Salo, a mecanização em Bebedouro começou em 2004 e intensificou-se nos últimos quatro
Por Lauany Rosa
anos, mas não causou desemprego no município. “A maioria dos cortadores de cana é de outros Estados. O desemprego foi maior em Viradouro e Terra Roxa, onde muitos trabalhadores são analfabetos e não conseguiram recolocação profissional.” Apesar do desemprego, Salo afirma que a mudança trouxe alguns benefícios. “Cortar cana é um trabalho muito sofrido, desgasta o trabalhador e causa problemas de saúde. O protocolo beneficiou o meio ambiente e deu a chance de a maioria dos cortadores de cana ser reaproveitada.”
O desemprego e o mea culpa dos usineiros Em algumas empresas foram oferecidos treinamentos e oportunidades aos antigos colonos em setores de operação ou serviços gerais. É o caso da Usina Pitangueiras Açúcar e Álcool (Pitaa), uma das maiores da região, que começou a mecanizar o corte da cana de açúcar em 2005. Atualmente,
ela está com 90% da lavoura mecanizada e deve atingir a marca de 98% até o final deste ano. “A nossa maior preocupação foi com o trabalhador. A gente sabe da dificuldade em manter uma família trabalhando, que dirá sem trabalho. Por isso, readaptamos e reaproveitamos alguns trabalhadores.
Mas muita gente ficou sem emprego”, explica Eduardo Prezinhas, gerente agrícola da Pitaa. A máquina colheitadeira custa em média R$ 850 mil e para funcionar precisa de mais dois tratores e quatro transbordos, levando a um investimento final de aproximadamente R$ 1,6 milhão – segundo Pre-
zinhas, um custo semelhante à colheita manual. A auxiliar de limpeza Dolores dos Santos, de 54 anos, é uma das trabalhadoras que mudou de ofício, após cortar cana por vinte anos. “Eu ganho um pouco menos na faxina, mas tenho horário fixo e minha coluna não dói.” José Carlos dos Santos, de 38
anos, também se realocou, mas atenta ao fato de que muitos de seus companheiros não tiveram o mesmo destino. “Trabalhei por duas safras e quando tive a oportunidade fui fazer o curso para mudar de profissão. Agora, sou tratorista, mas tenho muitos amigos que foram prejudicados com a mudança”, lamenta.
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Qual é o futuro das polícias brasileiras? Sociedade debate mudanças no paradigma autoritário que está em xeque
Fotógrafos ativistas
“Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar.” Desde as jornadas de junho, quando jovens (majoritariamente) saíram às ruas de todo o Brasil para barrar o reajuste das tarifas do transporte público e foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, é comum ouvir essa palavra de ordem nas manifestações, tangenciando as pautas originais. Em São Paulo, no primeiro grande ato de rua do ano (com aproximadamente 4.000 pes-
Por Enio Lourenço
soas) – que contestava a realização da Copa do Mundo no Brasil diante da remoção de comunidades nas redondezas dos estádios, da morte de operários e do poderio da FIFA no país –, o estoquista Fabrício Proteus Nunes, de 22 anos, foi alvejado no tórax e na virilha pelas balas de três policiais enquanto tentava fugir da manifestação novamente reprimida pela PM, após caos generalizado no Centro da capital paulista.
A redemocratização do país assegurou as liberdades democráticas, o restabelecimento dos partidos políticos, o direito à livre organização sindical, entre outras garantias. Porém, trouxe consigo uma polícia carregada de métodos autoritários, que se utiliza dos mesmos expedientes repressivos da ditadura civil-militar: chacinas, desaparecimento de pessoas, truculência, em suma, observa e trata o cidadão como um potencial inimigo.
A tensão e a revolta com a Polícia Militar não são exclusividade dos manifestantes de junho. Os movimentos sociais sempre denunciaram as ações irregulares da PM contra os trabalhadores e estudantes, com especial atenção às periferias dos grandes centros urbanos. Para o dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP), Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, o tratamento dado pela polícia aos movimentos sociais e aos pobres sempre foi coerente com o tratamento dado pelo Estado: “com violência”. “A PM não protege a sociedade, ela persegue as pessoas, ameaça, reprime”, explica. Muitas vezes o militante foi perseguido devido a suas atividades políticas. Além das ameaças de morte, Gegê chegou a ser preso em 2004, quando o Estado lhe imputou um homicídio em uma ocupação disputada por traficantes e trabalhadores
Há um acirramento de posições dentro das Polícias Militares quanto à desmilitarização da instituição. Segundo o tenente Cesário – que comanda 400 policiais no batalhão de área da região central de São Paulo – não existe consenso entre os praças (soldados e militares de baixa patente), que em sua maioria defendem internamente a desmilitarização, e o oficialato da PM paulista, contrário à proposta – tal divisão é própria do militarismo. “Eu perguntei para os homens que eu comando e vi que aproximadamente 70% são a favor da desmilitarização. A carreira única seria positiva para a sociedade. Seria muito melhor que o policial que chegasse a comandar a instituição tivesse passado por todas as posições. Sou favorável à unificação das Polícias (Civil e Militar), porque existe até um terrorismo interno na cultura militar.
sem-teto no Centro de São Paulo (em 2011, após quase oito anos de cárcere à espera de julgamento, Gegê foi inocentado por falta de provas). “Quando a laranja tá podre, não tem mais jeito. Não é uma aula de Direitos Humanos que vai mudar a PM. Para o policial, a farda é sinônimo de poder, não é apenas para ganhar o pão. Os caras assaltam e matam. O governador diz uma coisa e eles fazem outra”, conta Gegê, pouco crédulo em uma reforma das polícias: “Pode até amenizar [a violência policial] por um período, mas nos momentos críticos ela vai voltar às mesmas práticas de sempre”.
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Divergências internas nas PMs
enio lourenço
Movimentos sociais
As posições diferentes daquelas centralizadas sofrem sanções administrativas, como transferências. Eu mesmo fiquei quase um ano trabalhando a 650 km da capital, sendo que a minha esposa trabalha na cidade, porque tive divergências com o alto comando”, explica o oficial. Já o vereador paulistano e ex-capitão das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Roberval Conte Lopes se diz favorável à desmilitarização, mas não acredita nessa reforma. “Eu duvido que alguém tenha coragem de desmilitarizar a PM, porque é ela que é chamada para acabar com as inva-
sões dos alunos na Reitoria da USP, ou com as greves, como aquelas que o Lula fazia nos anos 70.” Para o policial reformado, contraditoriamente, a estrutura militar é a forma de manter a disciplina nos quartéis da polícia. “Se não for hierarquizada, qual é o policial que vai obedecer ao comando? Não funcionaria [a desmilitarização], porque se eles puderem decidir ninguém iria acordar cedo para fazer essas reintegrações. Os policiais têm que atender ao comando.” Conte Lopes ainda propõe a valorização da Rota (tropa de elite da PM paulista, conhecida por muitas execuções e pouco diálogo) como uma solução para a segurança pública. “É a única polícia em que eu confio no Brasil. E eu já falei para o governador que ele deveria ampliá-la e expandi-la para todo o Estado de São Paulo.”
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Ao final de 2013, entidades promoveram a aula pública “Que polícia queremos?”, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Lá, o pesquisador Renato Sérgio de Lima, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lembrou que uma polícia forte é uma polícia diferente de violenta. “No Brasil, a estrutura autoritária da polícia não é herdeira apenas da ditadura militar. Desde o período colonial, a polícia está a serviço do Estado e não da sociedade.” A estrutura e a morosidade do Poder Judiciário, assim como as legislações criminais
enio lourenço
A reforma da polícia (para além da desmilitarização)
arcaicas, também agravam as arbitrariedades das polícias, como se observa na grande quantidade de presos provisórios à espera de um julgamento. “Existe um padrão operacional anacrônico. Com
base na Lei de Acesso à Informação, percebe-se que a polícia mata muito e morre muito. O evento “morte” é esperado pelo policial”, complementa. Lima acentua a urgência de o Congresso Nacional ampliar
litar tem por atribuição fazer o patrulhamento ostensivo, enquanto a Polícia Civil cuida da investigação. No entanto, as duas instituições pouco dialogam e apresentam divergências entre si. Uma das consequências é a incapacidade de resolução dos crimes. “Mais do que desmilitarizar a polícia, é preciso refundá-la. Nós temos o ciclo incompleto. Já temos a polícia civil, que não é militar, e está longe de ser eficiente. Prova disso é que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos por ela”, afirmou Carolina Ricardo, do Instituto Sou da Paz.
esse debate de forma menos corporativa. “Nas manifestações de junho, adotou-se [os governos e as polícias] táticas do exército para reprimir a população. Esse sistema é falido. As evidências também estão nas mortes dos jovens negros nas periferias. Debater segurança pública não é algo exclusivo das polícias. O debate político é diferente do debate técnico. É preciso gerar uma nova doutrina.” A existência de duas polícias (militar e civil) em cada Estado proporciona uma falha no trabalho da segurança pública, já que a Polícia Mi-
Proposta de Emenda à Constituição Nº 51/2013 Está em trâmite no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 51/2013, de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que prevê uma reforma profunda na segurança pública brasileira. A formação de polícias municipais, estaduais e federal
desmilitarizadas, de ciclo único (patrulhamento ostensivo e investigação); e a criação de ouvidorias externas e independentes são algumas das medidas. “Acreditamos oferecer uma solução de profunda reestruturação de nosso sistema de segurança pública, para a trans-
formação radical de nossas polícias. A partir da desmilitarização da Polícia Militar e da repactuação das responsabilidades federativas na área, bem como da garantia do ciclo policial completo e da exigência de carreira única por instituição policial, pretende-se criar condições para que a provisão
da segurança pública se dê de forma mais humanizada e mais isonômica em relação a todos os cidadãos, rompendo, assim, com o quadro dramático da segurança pública no País.”, justifica o documento. A PEC está na Comissão Temporária de Segurança, e vai seguir para a Comissão
de Constituição e Justiça do Senado. A expectativa da assessoria do senador Lindbergh é que a matéria vá ao plenário ainda neste ano. Caso seja aprovada, a União, os Estados e os Municípios têm até seis anos para fazer a readequação ao novo modelo.
O professor de Gestão de Políticas Públicas da USP Pablo Ortellado acredita que o contexto das manifestações contra a realização da Copa do Mundo é propício para dar início à transformação das polícias brasileiras. “Para esses protestos, não há mais demandas atendíveis, pois as remoções, a Lei da Copa e os estádios já foram feitos. Mas uma reforma da polícia pode mitigar o antagonismo crescente entre manifestantes e governos.”
Para o acadêmico – que enfatiza não ser especialista em segurança pública –, algumas providências podem ser tomadas imediatamente: acabar com os “autos de resistência”, expressão usada nos boletins de ocorrência após mortes ou lesões em decorrência da intervenção policial; a criação de corregedorias com o controle da sociedade civil; a regulamentação das armas menos letais (bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, spray de pimenta) por meio de um protocolo disci-
Bruno Terribas
Protestos contra a Copa podem impulsionar mudanças
plinar do governo federal, que oriente as polícias estaduais. “Não houve reação por parte da presidenta Dilma Rousseff (PT) ou dos governadores
Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB) a essa reivindicação, que aparecia como transversal em junho. Atendê-la sinalizaria boa von-
tade por parte dos governos, uma nova disposição em tratar os movimentos sociais e da periferia, que sempre denunciaram o genocídio dos jovens negros e pobres. Representaria o diálogo”, disse Ortellado. E complementa: “Mas isso também implicaria o governo arriscar seu único instrumento de garantia da ordem: uma polícia violenta e assassina”. Em 2014, uma reposta a esse imbróglio deve começar a ser esboçada.
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6 Cultura
Banda Gotas de Amor canta o espiritismo Em 2011, jovens da Mocidade Espírita de Bebedouro (MEB) criaram o grupo musical Gotas de Amor, com o objetivo de transmitir a mensagem espírita relacionada à amizade e união entre as pessoas. Vitor Ferreira, de 26 anos, vocalista e violonista, explica como surgiu a iniciativa: “A vontade de unir amigos para fazer música já existia bem antes da formação da banda, mas a ideia concretizou-se a partir de uma apresentação do extinto grupo Mensagem de Amor, também da MEB. Gotas de Amor veio da ideia
de algo que espalha e toca a todos.” Além de Vitor, o conjunto tem Luan Henrique, 18, nos vocais e guitarra; o baixista Danilo Messias, 23; Luiz Felipe Paschoali, 18, na percussão; e Marcus Vinicius Duarte, 24, no vocal, violão e ukulelê (instrumento havaiano semelhante ao cavaquinho). O repertório do Gotas de Amor é formado por composições próprias. No entanto, o grupo não se furta a interpretar consagrados nomes da MPB. No meio espírita, as referências principais são o Grupo Arte
Nascente (GAN), a banda Alma Sonora e o cantor Denis Soares. A primeira apresentação dos músicos foi na Semana Cultural Espírita, organizada pela União das Sociedades Espíritas (USE), em Terra Roxa. Desde então, o grupo realiza apresentações em eventos espíritas e ecumênicos, concursos e festivais. Em 2013, a banda participou do 14º Festival da Canção e Encontro da Arte Espírita, em Franca, e foi classificada entre as finalistas com a canção Amizade Mais Bonita. “Foi uma honra ter sido clas-
o i d á r u e s o n o d Jornalismo premia Anelize Moreira e Marilu Cabañas são as duas repórteres da Rádio Brasil Atual que levaram o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos deste ano. Isso é reconhecimento ao talento das jornalistas e à presença da rádio no noticiário humanista.
Sintonize a frequência que dá as notícias que os outros não dão e ainda tem cultura, esportes e música brasileira www.radiobrasilatual102.com.br Ligue: 17 3386-3065 Contate: comercialnp@redebrasilatual.com.br
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Jovens da MEB divulgam mensagem cristã de união e amizade em suas canções
sificado para este evento, que é de grande referência para a arte espírita. Lá, trocamos experiências, fizemos novas amizades e aprendemos mais sobre música”, relembra Vitor. Neste ano, Gotas de Amor
pretende aumentar o número de apresentações e compor novas músicas. O trabalho dos jovens pode ser conhecido através da página na rede social Facebook: <facebook. com/grupogotasdeamor>
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esporte
De pai apoiador a faixa preta em taekwondo Em 2001, João Batista Alves, o JB, de 37 anos, saiu de Mossoró (RN) para ganhar a vida em Bebedouro. Ao chegar, o vigilante noturno, curiosamente, enveredou para a área de defesa pessoal. Ele tornouse faixa preta em taekwondo graças ao filho João Flávio, que aos quatro anos era “muito arteiro” e arrumava confusão com os colegas na escola. “A psicóloga recomendou que o colocássemos para praticar algum esporte. Tentamos o judô e o caratê, mas pela sua pouca idade não deu certo. Ele gostou do taekwondo, mas disse que só treinaria
se eu também treinasse ao seu lado.” Em três anos, JB já possuía a graduação máxima do esporte. O filho, hoje com 12 anos, também é faixa preta. Em 2010, o vigilante noturno montou a Academia Bebedouro TKD Bang. Nas horas vagas, João Batista ainda ensina taekwondo gratuitamente para 30 alunos, de 6 a 60 anos, no Centro Social Urbano (CSU), do Jardim Alvorada. “Este trabalho voluntário é uma forma de tirar as crianças da rua e ensinar-lhes o valor da disciplina, porque o taekwondo não é somente um
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O vigilante noturno João Batista Alves é uma das referências da arte marcial na região
esporte olímpico, mas sim um estilo de vida. É isso que eu tento passar para essas crianças”, conta entusiasmado. No ano passado, JB e seu parceiro Ruciel Silva, de 30
anos, (que ministra aulas na Feccib velha) firmaram uma parceria com o Departamento Municipal de Esportes (DME) e representam Bebedouro em diversos campeonatos. “Na
nossa última competição, em Valinhos, sagramo-nos campeões e recebemos R$ 2.000 em prêmios, que foram revertidos para a compra de materiais dos alunos dos dois projetos sociais”, explica JB. O taekwondo surgiu na Coreia há mais de 2 mil anos e tem sua base na disciplina. É uma técnica de combate e defesa pessoal, sem armas, envolvendo destreza no emprego das mãos e punhos, com pontapés, voadoras, esquivas e interceptações de golpes com as mãos, braços ou pés. Desde 1992, o esporte tornou-se uma modalidade olímpica.
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8 foto síntese – Seriguelas verdes
Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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Navio Licença usado por do taxista Cabral profis(Hist.) sional
Moeda corrente em 17 países (pl.)
Maior cidade do Vale Que é do Ribeira relativo a árvores (SP)
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Marcar com um furo Gema translúcida
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Padroeiro protetor da saúde da garganta
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Padroeiro protetor da saúde da garganta
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O tempo passado
Escrevem a resenha de filmes
www.coquetel.com.br
"Per (?)", sucesso de Zizi Possi Extirpar
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Inclinação do seminarista
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Inclinação do seminarista
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Cenário, em francês Companhia (abrev.) Conflito comum no BrasilColônia
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Tigre, em inglês Cachaça (pop.)
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Maior cidaQue é de do Vale do Ribeira relativo a árvores (SP)
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Navio Licença usado por do taxista Cabral profis(Hist.) sional
M R E E N T O V O C M A L
Prática recomen- (?) escolar: Bandeirante que dada a profissionais marca a desbravou da música e locu- frequência do aluno Goiás tores Jamais A do preço do dólar prejudica os exportadores brasileiros Sol, em inglês
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Prática recomen(?) escolar: Bandeirante que dada a profissionais marca a desbravou da música e locu- frequência do aluno Goiás tores Jamais A do preço do dólar prejudica os exportadores brasileiros Sol, em inglês