BEBEDOURO
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Jornal Regional de Bebedouro
jornal brasil atual
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nº 34
ArtigO
DISTRIB
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Setembro de 2014
CriSE HídriCA
CUidAdO nA UrnA Adesão dos bancos e dos caciques do PSDB a Marina Silva escancara o que está em jogo na eleição presidencial:
RaCioNamENto Bebedourenses chegam a ficar sete horas por dia sem água em casa
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POLítiCA
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avançar no desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social
Promotoria apura viagem de vereadores do PSDB com dinheiro da Câmara
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retroceder ao tempo em que o mercado estava acima dos empregos e da cidadania
MEiO AMBiEntE
SÃO PAULO
A LOCOMOtivA qUE SAiU dOS triLHOS Escândalos de corrupção, falta de planejamento e insegurança marcam o governo Geraldo Alckmin Pág. 4
QuEimadaS Incêndios se proliferam em Bebedouro durante período de estiagem
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Bebedouro
2 rEFOrMA POLítiCA
Participação da população negra
EditOriAL Há uma novidade positiva na política, que é a obrigatoriedade de os candidatos apresentarem seus programas. E crescem as entidades e os órgãos públicos que fiscalizam a aplicação do programa. Como se vê, além do jeito e da história do candidato, os eleitores podem conhecer as propostas reais daqueles que pretendem tornar-se funcionários públicos. Focando nas eleições presidenciais, o debate vem ultrapassando ainda mais as características pessoais de cada um. Ao analisar o que foi registrado ou apresentado nas propagandas, é possível distinguir que, embora sejam três os principais candidatos na disputa pelo Palácio do Planalto – Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves –, são formulados apenas dois grandes conceitos de administração do Estado. Um dos conceitos é o do crescimento econômico com inclusão social dos pobres, representado por Dilma na continuidade dos últimos três governos. O outro é o modelo neoliberal, radical na figura de Marina, que vem, programaticamente, sugando as ideias dos antigos governos tucanos, e incorporando novidades testadas pelos neoconservadores norte-americanos. As diferenças são brutais. Enfrentam-se: o programa de erradicação da miséria, de crescimento econômico com investimentos em educação, saúde e transporte, contra o programa de mercado, com participação mínima do Estado e grupos capitalistas que privatizam tudo: petróleo, bancos, saúde, educação, transporte e segurança. Desde sempre, o Brasil Atual faz a opção no dia a dia pelo programa da inclusão social. E para aqueles que se iludem com pessoas, é preciso entender o perigo de entregar o Brasil nas urnas a uma nova sanha neoliberal.
A realização de uma Constituinte exclusiva que defina reformas no sistema político brasileiro representa, na visão do diretor-executivo da ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Frei David Raimundo, um instrumento essencial para consolidar as conquistas sociais da população negra. Ele acredita que, por meio de uma Assembleia Constituinte, a política de cotas raciais nas universidades públicas, estabelecida em 2012, e também nos concursos federais, sancionada neste ano, será solidificada e ampliada. “Seja quem for o presidente da República, essa política não pode ser mexida mais, a não ser que se volte a discuti-la na Câmara dos Deputados e no Senado, e que se mudem as leis. Mas isso seria uma afronta a nós, negros. Portanto, a Constituinte vai consolidar essas conquistas e ampliar tantas outras”, defende. A população brasileira é hoje composta por maioria negra. Na última amostragem feita pelo IBGE, em 2010,
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Congresso Nacional tem apenas 9,8% de negros e pardos
50,7% dos brasileiros se declararam pretos ou pardos. No entanto, segundo o diretor da Educafro, essas pessoas ainda estão, em grande parte, excluídas de cargos políticos no Congresso Nacional. Somente 9,8% dos senadores e deputados brasileiros são negros ou pardos, de acordo com estudo realizado pela ONG Transparência Brasil, em 2013. Na Câmara dos Deputados, a parcela corresponde a 10,7%, só 55 dos 513 deputados são negros. Já no Senado, o número é ainda menor: são três negros (3,7%),
entre 81 parlamentares. Para Frei David, os dados alarmantes são evidências de que o sistema político atual é profundamente viciado e mantido por “amarras negativas” criadas pelo sistema financeiro. Por isso, faz-se necessária uma reforma política que altere a forma de governo e estimule e assegure a participação popular. “Se o seu deputado, o seu senador e até o seu candidato à presidência não for a favor de uma Constituinte do sistema político, dificilmente ele vai ajudar o país a ser melhor em seu mandato”, argumenta. RME o WANDERLEY GUILHE se preparar para O Brasil ralou paravirão os grandes PIBs século 21. Agora
SONHO EMANCIPADO Vozes de quem deixou Estado de ser invisível ao
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CriSE HídriCA
racionamento de água chega a durar sete horas por dia
até 25 de agosto era feito entre 13 h e 16 h, agora dura sete horas intercaladas do dia. O corte no abastecimento varia conforme o nível dos reservatórios CAP 1 e CAP 2. A autarquia também promoveu campanhas em jornais e rádios, para que a população evite o desperdício de água. Atenta às notícias, a dona de casa Marli Xavier, de 40
anos, é uma das pessoas que vêm colaborando. “Eu procuro lavar a roupa só uma vez por semana, tento juntar a louça ao máximo para não ficar ligando a torneira o tempo todo, e também tomo banhos mais curtos”, ressalta a moradora do bairro Pedro Paschoal. A empresária Rayene Marques da Silva, de 20 anos, relata a experiência do raciona-
mento no bairro Residencial Bebedouro: “Já aconteceu de eu acordar cedo e não ter água para lavar roupa e ter que ficar esperando”. Porém, ainda é possível ver muitos moradores utilizando mangueiras para lavar calçadas, carros e até os muros das casas. “Nós estamos chegando a um nível de consumo que não teremos mais condições de abastecimento, se a população não nos ajudar”, apela Feltrin. O Saaeb ainda está aplicando multas a quem for flagrado fazendo “uso indevido da água”. A média é de 65 notificações por semana. Angela Brunelli, vice-presidente do Comitê Federal de Bacias Hidrográficas dos Rios Pardo e Grande, entende que o momento é alarmante também pela falta de proteção dos mananciais e drenagem das nascentes, que com o passar
PARA SÃO PAULO MUDAR E O BRASIL MELHORAR AINDA MAIS
do tempo levaram ao assoreamento dos rios. Para ela, as mudanças climáticas radicais e o uso contínuo da água subterrânea para a irrigação de lavouras, sobretudo dos laranjais, no caso de Bebedouro nas últimas décadas, fazem parte da raiz dos problemas de agora. E se o inverno é temeroso pela falta de chuvas, a chegada do calor promete ser ainda mais complicada para a população de Bebedouro. Historicamente, o consumo de água chega a ser 30% maior durante o verão. Na opinião de Feltrin, nem mesmo o trabalho do Saaeb junto à população tem surtido o efeito esperado. Ele também acha que o ano de 2015 pode ser ainda pior. Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos se mostrou favorável à contenção do desperdício adotada em Bebedouro.
CNPJ: 20.559.269/0001-10, valor da inserção: R$ 270,00
Coligações: COM A FORÇA DO POVO: PT, PMDB, PR, PRB, PROS, PDT, PCdoB, PP, PSD | PARA MUDAR DE VERDADE: PT, PCdoB, PR | Coligação Federal: PT, PCdoB
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A seca no Estado de São Paulo atinge, em 2014, uma de suas piores condições da história. Em Bebedouro, onde não há previsão de chuva até o final do ano, o racionamento já é realizado durante sete horas por dia em vários locais da cidade. Segundo o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Bebedouro (Saaeb), Gilmar Feltrin, a precipitação registrada no 1º semestre ficou muito abaixo da média do período: 335 milímetros de chuvas, quando o normal seria 880. Em março, a autarquia chegou a determinar racionamento na cidade, medida que, aliada a algumas chuvas esparsas, impediu que o município entrasse em situação caótica naquela época. Agora, no entanto, a falta d’água é a regra. O Saaeb tem adotado medidas para mitigar uma crise maior. O racionamento, que
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Multas por desperdício não atenuam situação caótica dos reservatórios, que pode piorar em 2015
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Sucateamento do Estado mina acesso a serviços públicos Governador Alckmin responde às críticas dos movimentos sociais com violência Por Giovanni Giocondo
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A gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem sido marcada por uma série de ações prejudiciais ao trabalhador paulista. Serviços básicos, como transporte, saúde, saneamento e segurança, tornaram-se artigos de luxo para a população.
O protesto foi reprimido pela tropa de choque da PM. Após cinco dias de paralisação, 40 metroviários foram demitidos sob acusação de “vandalismo”. Para o diretor-geral do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes, “o governo só agrediu e demitiu trabalhadores para desviar o foco da corrupção”. Ele acredita que o governador manipulou informações para jogar a população contra os funcionários. Alckmin diz ser “vítima” do esquema, mas três companhias acusadas de integrar o cartel doaram R$ 4 milhões à campanha do governador à reeleição.
Em 2013, uma pesquisa feita pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) em 71 prontos-socorros no Estado mostrou que em 57,7% deles havia pacientes aguardando por atendimento em macas nos corredores, todos com equipes médicas incompletas.
A crise da água Paulo perdeu, em 2013, 25,7% de sua água tratada por problemas no sistema de distribuição. Para o geólogo Samir Barcha, a crise está ligada à falta de planejamento. “O abastecimento de água está atrelado ao crescimento da população, do parque industrial e das condições climáticas, fenômenos previsíveis. Se esses aspectos fossem considerados, com a criação de fontes alternativas e de um programa de redução de perdas, o impacto seria menor.”
O Estado de São Paulo vive a maior crise hídrica de sua história. O Sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana, entrou em colapso. Em 1º de setembro, o reservatório operava com 10,8% da capacidade, com a água sendo extraída da reserva técnica que fica abaixo do solo. A pior seca dos últimos 84 anos, porém, não é a principal responsável pelo mau uso da água. Segundo a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, São
A política de segurança pública Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) revelam que 322 homicídios foram registrados no Estado em julho de 2014. O governo Alckmin, no entanto, contemporiza, pois o índice segue abaixo dos 10 a cada 100 mil habitantes – números “toleráveis” pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na contramão do combate ao crime, os movimentos sociais sofrem com a violência do Estado. Em janeiro de 2012, o governador enviou
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Em julho de 2013, a multinacional alemã Siemens denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a existência de um cartel nas licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O esquema existia desde 1997, durante a gestão do também tucano Mário Covas, e consistia na combinação dos preços das obras entre as empresas, com aval de autoridades do governo estadual. O valor final do serviço ficava até 20% mais caro. Segundo a Siemens, diretores das empresas públicas, secretários, políticos e servidores públicos recebiam propina para “autorizar” a irregularidade. Entre os beneficiários estava o atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Robson Marinho. Em junho de 2014, os metroviários entraram em greve para questionar as irregularidades e exigir melhorias na infraestrutura do sistema, além da pauta salarial.
Saúde pública
EDSON LOPES JR/A2
Cartel do Metrô
E a reação aos que criticam esse modelo é uniforme: a repressão. Nesta reportagem, Brasil Atual traz um resumo das ações adotadas por Alckmin nos últimos quatro anos, para administrar crises em setores estratégicos do Estado de São Paulo.
um exército de policiais para São José dos Campos, para retirar à força 7.000 moradores da comunidade Pinheirinho, que viviam lá desde 2003. A ação foi rechaçada por órgãos internacionais de direitos humanos.
Em junho deste ano, o advogado Benedito Barbosa também foi vítima de arbitrariedade da PM, quando foi espancado e detido por soldados após ter se identificado, quando mediava a saída de 120 famílias de uma ocupação no Centro da capital. “Esse é o modus operandi da PM. Eu me sinto impotente, porque, no dia seguinte, um jovem negro é morto pela polícia na periferia, mas seu caso também será esquecido. Não há punição, mas incentivo à violência.”, lamentou.
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artigo
Marina Silva e PSB assumem agenda neoliberal tucana Compromissos históricos com os trabalhadores são esquecidos em nome do mercado financeiro
A adesão do mercado financeiro à candidatura de Marina Silva foi instantânea. E o programa do PSB, já com a candidata na cabeça de chapa após a morte de Eduardo Campos, torna nítida essa aliança em temas relacionados a mercado de trabalho, direitos dos trabalhadores e condução da economia. Diz o programa de Marina: “A terceirização de atividades leva a maior especialização produtiva, a maior divisão do trabalho e, consequentemente, a maior produtividade das empresas”. É essa a linguagem utilizada pelas empresas e bancos quando substituem seus quadros de funcionários por serviços terceirizados para economizar com salários e direitos, e desorganizar categorias. E são esses os argumentos da bancada empresarial no Congresso desde 2004, na tentativa de aprovar um projeto de lei (o PL 4330) que escancara as portas da legislação trabalhista para essa fraude na subcontratação de mão de obra. Atualmente, as empresas perdem na Justiça do Trabalho os processos contestando essa prática. E com um programa desses, podem acabar com a “insegurança jurídica”. O objetivo de “reduzir os custos” do trabalho no Brasil não é novo. Um projeto de lei com esse fim foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2002, último ano de governo FHC. Quando Lula tomou posse, em 2003, retirou o projeto, que já estava no Senado, e
ayrton vignola/ae
Por Paulo Donizetti de Souza
enterrou sua tramitação. De lá para cá, o Brasil conviveu com um processo de desenvolvimento que apostou no fortalecimento do mercado interno, permitiu a criação de empregos e o aumento da renda. Para retomar aquela agenda que havia sido superada, Marina precisará de uma coalizão neoliberal conservadora no Congresso, nos moldes daquela que deu sustentação às políticas da era FHC. Com o discurso da “nova política”, vai precisar de adesões do pior da “velha política” para cumprir seus “compromissos”. Seu programa defende a independência do Banco Central, o que significa retirar do Estado o papel de regulador da economia e deixar ao sabor do mercado a regulação dos juros, do crédito e do câmbio, por exemplo. Não por coincidência, estão entre os gurus econômicos do PSB uma das donas do Itaú,
“Não por coincidência, estão entre os gurus econômicos do PSB uma das donas do Itaú, Maria Alice Setúbal, e os economistas de alma tucana Eduardo Giannetti e André Lara Resende” Maria Alice Setúbal, e os economistas de alma tucana Eduardo Giannetti e André Lara Resende. Por meio da candidata, propõem superávits primários (sobras de caixa para arcar com o pagamento de juros da dívida pública) mais elevados que os atuais. Mesmo que ao preço de conduzir a economia brasileira a um forte arrocho fiscal, levando à redução dos investimentos públicos e dos gastos sociais. O programa de Marina para a política comercial também repete o ideário neoliberal que prevaleceu no Brasil durante os anos 1990, e que destruiu economias em todo o mundo. Os acordos bilaterais propostos
pela candidata do PSB contrariam a tendência de fortalecimento dos blocos econômicos como o Mercosul. A diminuição da importância do pré-sal também é um dos anseios da “nova” aliança, o que anularia os enormes investimentos em pesquisa e tecnologia feitos para que o Brasil assumisse posição de protagonista no campo energético mundial. E prejudicaria o retorno desses investimentos, já previstos em lei, para a educação e a saúde. Outra curiosidade do caderno de projetos do PSB para o Brasil é destinar cinco páginas à importância do agronegócio, e de se garantir seu crescimen-
to; e somente três parágrafos à agricultura familiar, que responde pelo emprego de 74% da mão de obra na área rural, por aproximadamente 38% da produção nacional, e por 60% da produção de alguns itens básicos da alimentação brasileira. O programa reserva ainda a redução do papel do BNDES e dos bancos públicos, tanto no que diz respeito ao crédito de longo prazo quanto ao consumidor. Marina propõe acabar com crédito direcionado, aquele que financia casa própria, agricultura, pequenos e médios empresários e industriários. Em benefício dos bancos privados, que poderiam cobrar juros mais altos na concessão desse tipo de empréstimo, que hoje é regulamentado. Os riscos desse receituário são conhecidos dos brasileiros: recessão de fato (muito além da “recessão técnica”) e a volta do desemprego. Um cenário dos anos 1990, que enfraquece os trabalhadores e diminui sua capacidade de promover a distribuição de renda por meio de aumentos reais em seus acordos coletivos. Com o fracasso do PSDB em se firmar como braço político da elite econômica, no plano nacional, o PSB e Marina aceitam assumir essa agenda. Ela une sua fome de ganhar uma eleição com a vontade do mercado de devorar o projeto de desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social que vem sendo construído desde 2003 ao longo dos governos Lula e Dilma. É isso o que está em jogo no dia 5 de outubro.
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Política
Transparência falha na Câmara Municipal Vereadores tucanos são acusados de viajar com recursos da Casa para cumprir agendas partidárias da República Aécio Neves”. Aécio é candidato do PSDB à Presidência da República. Atualmente, a responsabilidade por atender às solicitações dos vereadores é do gabinete da Presidência da Câmara. Mas essa atribuição é uma novidade. Até a legislação anterior, a organização das viagens cabia à diretora legislativa, uma funcionária de carreira que não possui filiação partidária. Para o vice-presidente da Câmara, Nasser Abdallah (PV), essa mudança fez com que o gabinete passasse a ter uso político, além de tornar as viagens menos transparentes. “A Lei Orgânica do Município permite que os vereadores tenham acesso aos departamentos e repartições públicas, mas com essa alteração fica difícil coletarmos as informações”, afirmou Nasser.
Divulgação/Câmara
A falta de transparência no uso de recursos da está preocupando a população. Em 30 de junho, a publicação O Jornal veiculou matéria em que acusava os vereadores do PSDB Angelo Daolio (presidente da Casa) e Fernando Piffer de viajar a Ribeirão Preto, usando veículo e motorista da Câmara, com objetivos político-partidários. No Legislativo de Bebedouro, os vereadores devem informar à Câmara qual o destino, a justificativa e o horário de saída e de chegada das viagens oficiais, caso necessitem de carro, motorista e combustível pagos com o dinheiro público. Segundo O Jornal, no caso de Daolio e Piffer, a justificativa para a viagem a Ribeirão Preto, descrita em documento oficial, foi a de “recepcionar o senador
A viagem de Daolio e Piffer veio à tona durante sessão ordinária da Câmara, em 29 de junho. Na tribuna, o vereador Luiz Carlos de Freitas (PT) questionou o objetivo da ida de seus colegas a Ribeirão Preto. “O uso de veículo oficial em benefício próprio ou de campanha eleitoral é vetado pela resolução interna 138,
de 2013, além de também ser proibido pelo código de postura. Para mim, eles praticaram irregularidade”, expressou o petista. O vereador Fernando Piffer justificou a viagem em prol do município. Lá, ele também teria se encontrado com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e
com deputados estaduais. A reportagem tentou contato com o parlamentar, mas não obteve resposta de sua assessoria. Daolio não se manifestou na tribuna. A equipe do Brasil Atual chegou a falar com a assessoria do presidente da Câmara, que disse que o vereador responderia aos questionamentos por e-mail. Inúmeras mensagens foram enviadas, mas não houve retorno. O promotor público Herbert Oliveira informou que já foi aberto inquérito civil para investigar quem custeou a viagem e com quais objetivos ela foi feita. Oliveira disse também que, antes de haver qualquer conclusão a respeito do caso, “é preciso estudar com toda a minúcia o assunto para saber se houve alguma irregularidade”.
Esporte
Começou o Campeonato Municipal de Futebol Amador
enio lourenço
Esporte Clube Marajá tenta o bicampeonato da competição, que segue até março de 2015 No dia 7 de setembro, começou a temporada 2014/2015 do Campeonato Municipal de Futebol Amador. Na rodada inaugural, o Manchester União venceu o Esporte Clube Estrela União/Oficina do Paulo Peres/Transguigue Tranportes por 3 x 2. A competição conta com 16 equipes, divididas em dois grupos com oito times em cada, e será disputada até março de 2015.
Os quatro primeiros colocados de cada grupo avançam à próxima fase, e se reúnem novamente em dois grupos. Nessa fase, todos jogarão contra todos no grupo, e os dois melhores de cada grupo seguem às semifinais e finais, em sistema de mata-mata. Segundo o coordenador do Departamento de Esportes, Carlos Henrique Fossaluza, o campeona-
to será interrompido em dezembro para as festas de fim de ano, sendo retomado em janeiro de 2015. Os jogos acontecem sempre aos domingos nos campos dos centros sociais da Alvorada, Eli Simões, Andes e Botafogo, com entrada gratuita. A final deve acontecer no Estádio Sócrates Stamato. O Esporte Clube Marajá, atual campeão, é um dos favoritos ao bicampeonato.
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MEIO AMBIEnTE
Perigo iminente: incêndios se proliferam na cidade A estiagem não dá trégua e o risco de incêndios acompanha proporcionalmente a falta de chuva. Somente em agosto, foram registrados 54 grandes focos na cidade, segundo dados da Defesa Civil Municipal. O fogo que atinge matagais e terrenos baldios é o mais reincidente. Mas os casos envolvendo residências alarmam cada vez mais as autoridades. A queima da cana-de-açúcar é uma das práticas ainda presentes na zona rural do município, apesar de proibida por lei. Na zona urbana, moradores continuam a atear fogo ao lixo. No último dia
divulgação/ defesa civil
Defesa Civil alerta para aumento da incidência de casos durante o período de estiagem
24 de agosto, um incêndio iniciado no meio de um matagal se alastrou pelo material reciclável de um quintal, destruiu uma casa e terminou
com a morte de quatro animais domésticos. Nenhuma pessoa se feriu. Para o presidente da Defesa Civil de Bebedouro, Márcio
José Martins, falta conscientização das pessoas sobre os reais perigos que os incêndios podem causar, além de leis que auxiliem o órgão a fiscalizar
com mais rigidez as queimadas. “A falta d'água, no entanto, tem feito com que os moradores evitem atear fogo pelo temor de não ter como controlar o incêndio”, pondera. Apesar do racionamento de água que Bebedouro enfrenta (leia matéria da página 3), Martins conta que esse fato não acarretou problemas no combate aos incêndios até o momento. “Nós temos pontos de recarga e reservatórios, além do auxílio dos bombeiros”, revela. A Brigada de Incêndio de Bebedouro conta com 14 pessoas treinadas para casos emergenciais.
divulgação/ defesa civil
Educação ambiental é o caminho para evitar as queimadas Segundo o inspetor Roberto Crisostomo, coordenador do Programa de Proteção Ambiental da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, a educação ambiental é o primeiro caminho para a prevenção das queimadas.
“Tem que ensinar desde cedo. Se você trabalha com o indivíduo essa orientação na infância, lá na frente o desdobramento vai ser positivo”, ressalta. Crisostomo reitera que, mesmo com a conscientiza-
ção, o não cumprimento da legislação dificulta o trabalho da Guarda Ambiental. “A lei prevê de um a seis anos de prisão para a pessoa que cometer um incêndio criminoso, mas não é isso o que acontece. Dificilmente alguém
é preso por crime ambiental. A pessoa ou a empresa condenada por atear fogo em uma área de preservação, por exemplo, paga uma multa ou faz o reflorestamento do local afetado. A sensação de impunidade permanece”, lamenta.
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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ao trabalhador exposto a recinto conduta Preencha os espaços vazios de condições de risco com algarismos Mineral A fala1 doa 9. Norma, em inglês radioativo bebê Benefício Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e sudoku horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). Pôr em
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Edgar (?) Poe, poeta dos EUA Criar asas
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Ricky Martin, cantor Construtor de diques
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Alegre; recreativa
Preencha algarismos de 1 a 9. Continuaos espaços vazios com Tipo de a existir verbo Uma das A ilhaOs algarismos não podem se repetir refúgio nas linhas verticais e do alternativas do rei Artur horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). plebiscito (Lit.)
Esse, em espanhol Tipo de verbo
Símbolo grego de beleza masculina
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Alegre; recreativa Continua a existir
P E R I C U L O S I D A D E
um mesmo nível (fig.)
Pôr em um mesmo nível (fig.)
3/air — ese. 4/norm — tale. 5/allan — modal. 6/avalon. 8/rasourar. 9/ferrabrás — moralismo.
Protegido; amparado
Refúgio; Norma de recinto conduta Mineral A fala do radioativo bebê
F
Refúgio;
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Protegido; amparado
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Adicional de (?): é pago ao trabalhador exposto a condições de risco Benefício Norma, em inglês