Jornal brasil atual campinas 07

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Jornal Regional de Campinas

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campinas

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jornal brasil atual

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Gratuuiição ta

nº 07

meio ambiente

crise da água

Município corre risco de racionamento e aposta na construção de represa própria

Março de 2014

dengue

combate Primeiro bimestre apresenta 80% de redução dos casos

Pág. 2

trabalho

costureiras Cooperativa oferece capacitação para o mercado de trabalho

Pág. 6

copa do mundo Ditadura

Golpe civil-militar completa 50 anos Comissão da Verdade está em busca do paradeiro de trabalhadores e estudantes assassinados pelo regime Pág. 3

Literatura Livro narra relação do futebol com a cultura popular brasileira

Pág. 7


Campinas

2 dengue

Menor incidência em 2014

editorial Jornalistas são obrigados a ler, ouvir e assistir a quase todos os jornais. E tem cada coisa que dá muito nojo. Recentemente, Lula esteve na Itália para divulgar o Brasil entre empresários e governo. O ex-presidente deu uma entrevista para o jornal La Republica, que teve a manchete reproduzida pela Folha de S.Paulo: “Para nós, a defesa do emprego é mais importante que a inflação”. O Instituto Lula liberou o áudio da entrevista e mostrou que Lula disse que “é importante combater a inflação com o crescimento do emprego”. Coisas bem diferentes do que publicaram os jornais. A Folha deu uma nota de retratação pequena em página interna, sendo que a manchete errada saiu na primeira página. Fica aí o dito pelo não dito. O que o jornal paulista não falou é que essa tese é de um tucano de alta plumagem: Yoshiaki Nakano, ex-secretário de Finanças do governo paulista de Mário Covas. Trata-se de um terrorismo: um perde o emprego, outros veem a demissão, ficam com medo e param de comprar. Assim, para os economistas, isso seguraria o ritmo das vendas e a inflação. Já a revista Veja publicou uma reportagem sobre a vida dos presos do mensalão no presídio da Papuda e forjou a imagem de “boa vida” dos presidiários: Zé Dirceu teria montado uma biblioteca; Delúbio Soares estaria sempre a contar piadas e a rir; e eram vistos restos de lanches do McDonald’s. Mais grotesca é a acusação de que José Genoíno parou de tomar medicamentos para ir à prisão domiciliar. Algum leitor acredita mesmo que um cardíaco faria isso correndo o risco de morrer? É até capaz daquele seu amigo leitor da velha mídia repetir esses “equívocos”. Agora, o nosso leitor pode entender por que esses veículos dão mesmo nojo.

Os casos de dengue registrados no Brasil no primeiro bimestre deste ano caíram 80% em relação ao mesmo período do ano passado: foram 87.136 casos em janeiro e fevereiro de 2014, contra 427.000 nos dois primeiros meses de 2013, segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), divulgado no dia 18 de março pelo Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, também houve queda das ocorrências graves da doença (84%) e mortes (95%). Participaram do levantamento deste ano 1.459 municípios – 48% a mais do que em 2013. Todas as regiões do país reduziram o número de casos de dengue no primeiro bimestre deste ano. A Região Sudeste obteve a maior queda, passando de 323,5 mil casos para 36,9 mil. Em segundo lugar vem o Centro-Oeste, que reduziu de 122,8 mil para 28,2 mil. O Nordeste registrou queda de 29,6 mil para 7,9 mil;

divulgação

Primeiro bimestre tem redução de 80% dos casos

o Norte, de 22,3 mil para 6,9 mil; e o Sul, de 20,3 mil para 6,9 mil casos. “Os resultados não nos permitem comemoração. Estamos no meio da temporada, apenas finalizando o verão”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, à Agência Brasil. A estimativa é de que 90% dos casos de dengue no país ocorram entre janeiro e maio. Segundo o levantamento, dez Estados brasileiros concentram 86% dos casos de dengue: Goiás (22.850), São Paulo (16.147), Minas Gerais (14.089), Paraná (6.851), Espírito Santo (4.093), Rio de Janeiro (2.608), Mato Grosso

(2.208), Tocantins (2.122), Ceará (2.082) e Amazonas (1.991). As cidades com maior recorrência são as goianas Goiânia, com 6.089; Luziânia, 2.888, e Aparecida de Goiânia, 1.838; além das paulistas Campinas, com 1.739, e Americana, com 1.692. Belo Horizonte teve 1.647; Maringá (PR), 1.540; São Paulo, 1.536; Brasília, 1.483; e Campo Belo (MG), 1.410. Ao todo, 321 municípios estão em situação de risco, 725 em situação de alerta e 413 em situação satisfatória. O percentual de cidades em risco chega a 22% do total. Em 2013, era 27% (com informações da Agência Brasil).

Expediente Rede Brasil Atual – Campinas Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Secretário de Redação Enio Lourenço Redação Alessandra Campos, Ana Paula Pereira, André Moraes, Alyson Oliveira, Edilson Damas, Fernanda Freitas, Flaviana Serafim, Juliano Ribeiro, Lauany Rosa, Lílian Parise, Marcos Álves, Nilceu Francisco, Vanessa Ramos, Vanessa Ribeiro e Wanderley Garcia Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2820 Tiragem: 8 mil exemplares Distribuição Gratuita


Campinas

3

ditadura

50 anos do golpe e muita história para se esclarecer No início dos anos de 1960, forças antagônicas encontravam-se em disputa no Brasil. De um lado, setores populares lutavam pela ampliação de direitos e reformas de base, que superassem a desigualdade social entre as classes. Do outro lado, o conservadorismo das elites econômicas não admitia qualquer mudança estrutural no país. Entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, a polarização foi quebrada com o golpe civil-militar. As Forças Armadas Brasileiras, apoiadas por ruralistas, industriais e pela mídia conservadora, derrubaram o governo constitucional de João Goulart e impuseram ao Brasil uma ditadura que durou 21 anos, justificando-a com a defesa do país contra uma suposta ameaça comunista. Os direitos constitucionais de 1946 passaram a inexistir paulatinamente com a edição dos Atos Institucionais: alterou-se o processo eleitoral, os partidos foram extintos e os militares foram amplian-

arquivo agência globo

Comissão da Verdade quer saber o paradeiro de trabalhadores e estudantes mortos pelo regime

Militar reprimindo cidadão; incêndio na sede da UNE; passeata dos 100 mil, no Rio de Janeiro

do seus poderes. Com o Ato Institucional nº 5, em 1968, o Congresso Nacional e as assembleias legislativas foram fechados e os direitos políticos de todos os cidadãos foram suspensos. Foi o recrudescimento do regime de exceção. A juventude e as organizações de esquerda tiveram um papel importante na luta contra a ditadura civil-militar e também representaram a maioria dos presos, torturados e mortos (práticas comuns após o AI-5). Os próprios jornais que, num primeiro momento,

panheira do ex-capitão e militante Carlos Lamarca) foram alguns dos 357 assassinados – a Comissão Nacional da Verdade (CNV) estuda novos registros e esse número pode ultrapassar mais de 1.000. A luta não foi em vão. A reconquista da democracia, a criação da Constituição de 1988, a volta dos direitos políticos, dos sindicatos, das liberdades democráticas, possibilitou comprovar as inúmeras violações aos direitos humanos do regime ditatorial, além do financiamento estadunidense ao golpe no Brasil e em

apoiaram o golpe foram censurados e conviviam permanentemente com um agente dos militares em suas redações. No campo do trabalho, a intervenção nos sindicatos, a lei antigreve e o arrocho salarial representaram os maiores ataques à classe trabalhadora. No primeiro dia do golpe, 409 sindicatos, duas confederações e seis federações sofreram intervenções. O metalúrgico Santo Dias da Silva, o químico Olavo Hanssen, a professora e psicóloga Iara Iavelberg (com-

outros governos democráticos da América Latina. A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/ SP) – que completa 30 anos em 2014 – nasceu nesse cenário, enfrentando a ditadura e lutando pela reabertura democrática do país. A CUT integra hoje o grupo de trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical”, da CNV, formado em abril de 2013, com o objetivo de investigar casos de tortura, desaparecimentos e assassinatos dos trabalhadores. Para o secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, “a democracia precisa ser defendida em todos os aspectos, seja no Judiciário, na comunicação, no direito à greve, no direito ao voto, nas mobilizações de rua ou na forma como atua a polícia nos dias de hoje. Nesses 50 anos, a ditadura deve ser lembrada como algo que o povo brasileiro jamais permitirá que se repita”.

Gênero

Mulheres pedem o fim da violência e políticas públicas No dia 8 de março, o Ato Unificado pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres reuniu militantes de diferentes partidos, sindicatos e movimentos sociais na Rua Treze de Maio, em defesa da igualdade de gênero, da ampliação de direitos sociais e do fim da violência contra a mulher.

Para Glaucia Fraccaro, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), as mulheres ainda são submetidas à violência física e psicológica em casa, nas ruas, no trabalho, mesmo com a Lei Maria da Penha, criada há sete anos. “Precisamos lutar contra a exploração sexual de meninas e mulhe-

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Ato do dia 8 de março lembra dos 27 casos de estupro registrados em janeiro na cidade res. Campinas é uma cidade com alto número de casos de violência contra a mulher e com grande deficiência de equipamentos públicos, como Casa Abrigo e Delegacia da Mulher”, afirma. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), em janeiro de

2014, Campinas registrou 27 estupros – no mesmo mês do ano anterior foram 25 ocorrências dessa natureza. A militantes da MMM consideram que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não investe em políticas de prevenção à violência.


Campinas

4 Meio ambiente

A crise da água pode trazer racionamento a Campinas As chuvas do início de março representaram apenas 21% do volume esperado para o mês inteiro em Campinas. Dessa forma, o município ainda não descartou o risco de racionamento de água. Altas temperaturas e poucas chuvas reduziram a vazão do Rio Atibaia, de onde a cidade retira cerca de 70% da água que consome. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do

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Governador Geraldo Alckmin tenta remediar problema alertado previamente por MPF e MP-SP

Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água dos reservatórios do Sistema Canta-

reira, responsável majoritário pelo abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo,

está abaixo dos 15%. A queda obrigou o governo do Estado a reduzir em 10% o volume de água captada do sistema, de 30 m3/s para 27,9 m3/s, por determinação dos órgãos técnicos que regulam o sistema hídrico em São Paulo: a Agência Nacional de Águas (ANA), federal, e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), estadual. O Sistema Cantareira é formado pelas represas dos

rios Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Paiva Castro e Águas Claras. Todas estão com vazões críticas em razão da estiagem. Normalmente, 31 m3/s de todo o volume das seis represas são destinados ao abastecimento da Grande São Paulo, de forma ininterrupta, 24 horas por dia. Outros 5 m3/s são distribuídos para 76 cidades, dentre elas Campinas, que integram o Consórcio Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Professor diz que eleições ditam decisões de Alckmin Cantareira, ainda que tardia, visa atenuar a omissão anterior do mandatário paulista. No entanto, no Consórcio PCJ os níveis de retirada de água se mantiveram. Para o professor de sociologia da Universidade Estadual de

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Desde o início do ano, os Ministérios Públicos Estadual e Federal alertam o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a crise de abastecimento de água no interior e Grande São Paulo. A redução da captação do

A construção de reservatórios municipais pode ser uma das saídas para a crise de abastecimento de água. Na Região Metropolitana de Campinas, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste fizeram essa aposta no passado e hoje não sofrem com a falta de água e o risco de racionamento. Em Santa Bárbara D’Oeste, a partir da década de 1990, foram construídas três represas: Areia Branca, São Luiz e De Cillo. Juntas, elas conseguem armazenar 7,7 bilhões de litros de água.

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Reservatórios municipais

O município conta, ainda, com a Estação Elevatória Santa Alice, ponto de captação de água bruta, e o Córrego Araçariguama, que abastece a Estação de Tratamento de Água (ETA) I, responsável pelo abastecimento da parte antiga da cidade.

Já em Nova Odessa, a preocupação com a reservação de água é mais antiga. Há mais de 40 anos, 100% da água é captada em mananciais próprios, em um sistema formado pelas represas Santo Ângelo, Recanto I, II e III, e Lopes I e II. A prefeitura do município já tem autorizações ambientais e busca recursos externos para a construção de duas novas represas, sendo uma na bacia do Córrego Recanto e outra no Córrego Palmital, para ampliar seu sistema de reserva.

Campinas (Unicamp) Valeriano Mendes da Costa, o calendário eleitoral vem ditando o ritmo das decisões de Alckmin. “Apesar de não ser possível entrar na cabeça do governador, ele está levando a situação até o limite do possível para não ter raciona-

mento na cidade de São Paulo. Ele não pode abrir espaço para uma situação na qual pesa a decisão de quase 12 milhões de votos contra cinco milhões nas 76 cidades dependentes da bacia do PCJ, que agora sofre com a falta de água”, explica.

Aposta de Campinas A crise de abastecimento da água também levou Campinas a apostar na construção de reservatórios próprios. O município já teria, inclusive, projetos para a construção de dois reservatórios. A assessoria de imprensa da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) – empresa responsável pelo saneamento básico municipal - admitiu à reportagem do Brasil Atual a preocupação em buscar alternativas que afastem os riscos de racionamento, mas revelou

apenas a possibilidade de construir uma represa no Rio Atibaia. O presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo, já determinou a realização de estudos sobre a viabilidade dessa obra. Em relação ao aumento da vazão do Sistema Cantareira para os rios que formam a bacia PCJ, a Sanasa informou que esta medida é determinada “por estudos e pautas de responsabilidade do DAAE e da ANA. Mas a empresa campineira atua cobrando e defendendo uma maior vazão para a região”.


Campinas

5 saúde

A Sabesp e o mercado

Médicos cubanos em debate

aumento da capacidade de reservação de água na Grande São Paulo e nas cidades do interior onde detém as concessões do serviço. “Esta política levou à atual situação de crise. Sem falar no fato de que, internamente, a Sabesp fez uma aposta na terceirização de serviços e postos de trabalho, o que provocou impactos negativos na qualidade dos serviços e precarização das relações trabalhistas”, critica Carlos Roberto.

Sabesp não responde O Brasil Atual procurou a assessoria de imprensa Sabesp para esclarecer as questões levantadas na reportagem, mas até o final desta edição não obteve respostas.

No dia 19 de março, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu o modelo de contratação dos profissionais cubanos que participam do programa Mais Médicos em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados. “Os funcionários públicos do Estado cubano são pagos diretamente pelo governo deles. É assim em qualquer país e esta contratação, via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é perfeitamente legal com base em leis aprovadas pelo Congresso Nacional”, disse. O ministro lembrou que as vagas ocupadas por cubanos foram oferecidas antes a profissionais brasileiros. “Os 11.361 médicos cubanos foram para os mais de 3.000 municípios onde nem os profissionais brasileiros, nem os médicos dos demais países tiveram interesse de ir”, afirmou. Pouco mais de 700 municípios não tinham nenhum médico antes do início do programa.

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Ministro da Saúde defende legalidade da contratação divulgação

“A Sabesp fez a opção pelo mercado e deixou em segundo plano o caráter de empresa pública. Depois der ter colocado suas ações nas bolsas de valores de São Paulo e Nova Iorque, a companhia estadual voltou as atenções para um seleto grupo de investidores e esqueceu-se dos milhões de consumidores paulistas”, afirma Carlos Roberto de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Campinas e Região (Sindae). O dirigente sindical destaca o fato de a Sabesp ter priorizado, nos últimos anos, os investimentos na ampliação do número de consumidores em detrimento do

Chioro, que participou de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para falar sobre o regime de contratação dos médicos cubanos, entregou ao presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), uma cópia do termo de cooperação entre Brasil e Cuba. Até então, parlamentares se queixavam da falta de informações sobre a contratação de médicos cubanos. Segundo balanço do Ministério da Saúde, dos 11.361 profissionais de Cuba, apenas 7 saíram do programa. Entre os brasileiros o número chega a 79, frente a 1.241. “Tivemos apenas 0,09% de desistência entre os cubanos”, comemorou.

Ele lembrou que a remuneração desses profissionais será reajustada para R$ 3 mil. A diferença em relação ao salário integral do programa, de R$ 10 mil, é repassada diretamente para o governo de Cuba, que divide parte para a família do profissional e parte para financiar a formação de novos médicos no sistema de saúde, 100% público e gratuito. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos principais críticos do Mais Médicos, afirmou que a França e o Chile contratam os cubanos diretamente, sem utilizar uma entidade intermediária. “A própria Opas assumiu que o programa nos moldes do realizado no Brasil é inédito.” O parlamentar ainda criticou a falta de infraestrutura. “Entre o papel e a prática existe uma diferença enorme. Pelos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), vocês construíram apenas 52% das unidades de saúde previstas para o ano passado”, afirmou.

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Entre as experiências bem-sucedidas do programa estão os municípios de Cáceres (MT), que conseguiu pela primeira vez montar uma equipe de saúde da família, e Boa Vista (RR), que ampliou consideravelmente o atendimento à população, segundo o ministro. “O Mais Médicos democratiza a distribuição da

saúde”, comentou Chioro. Ele avaliou que o programa colabora para a reforma do aprendizado da medicina no país. “A integração ensino-serviço estabelece que o aprendiz deve se vincular a uma realidade sanitária.” Quanto aos estrangeiros, o ministro lembrou que eles são obrigados a estudar língua portuguesa, política de saúde

no Brasil, organização do sistema de saúde e da atenção à saúde, vigilância e as doenças mais comuns em cada região brasileira. “Não estamos ensinando português, mas o português instrumental para a área, como um brasileiro que vai estudar no exterior precisa saber um inglês instrumental”, comparou.


Campinas

6 Trabalho

Núcleo de Costureiras oferece capacitação para o mercado Cooperativa de economia solidária é inaugurada no Parque Itajaí, na região do Campo Grande

divulgação

O sonho de Maria José da Silva, moradora da região do Campo Grande, é ser costureira. Há pouco tempo, ela comprou uma máquina de costura e se arriscou na confecção de algumas roupas. A tentativa não deu certo e as peças ficaram inacabadas. Para conseguir terminar os modelos e aperfeiçoar o seu trabalho, Maria José se inscreveu no Núcleo de Costureiras, inaugurado no final de fevereiro, no Parque Itajaí.

O núcleo é uma extensão da Cooperativa de Costureiras do DIC 4 – projeto de economia solidária do Banco Popular da Mulher (BPM) de Campinas –, que pretende qualificar as inscritas e inseri-las no mercado de trabalho. Segundo levantamento da cooperativa de costureiras, a maior parte das cooperadas é responsável pelo sustento da casa. “A maioria é mãe e pai ao mesmo tempo e quem banca a família”,

declarou a presidente da cooperativa, Maria da Luz. Maria José conhece bem o que é ser mãe e pai. Com três filhos, sem marido e avó de uma neta, ela é a responsável pela casa. “Preciso me aperfeiçoar para engrenar na profissão. Gosto de costurar, quero me dedicar e ter uma renda para a minha família”, afirmou. O Núcleo de Costureiras fica na Rua Padre Jósimo de Moraes, 164, no espaço da Casa da Criança.

Realização do curso

Experiência do Banco da Mulher

O curso de corte e costura é o pontapé inicial do Núcleo de Costureiras para preparar as mulheres inscritas para o mercado de trabalho. Um grupo de 20 mulheres participa durante três meses de aulas com a presidente da cooperativa, que ensina a criar moldes e produzir as peças de roupa. “Trabalhamos na qualificação dessas mulheres, para que se tornem boas costureiras, produzam bastante e ganhem seu dinheiro. Há uma escassez de costureiras. Existe trabalho, mas falta mão de obra”, destacou Maria da Luz. A produção do núcleo do Parque Itajaí começa daqui a três meses. As costureiras confeccionarão peças mais leves, da linha academia, e do segmento evangélico, como saias, vestidos, camisetas, calças e camisas polo, para serem vendidas no comércio da cidade. Os ganhos podem chegar

A criação do Núcleo de Costureiras do Parque Itajaí é a primeira experiência do Banco Popular da Mulher para a expansão da Cooperativa de Profissionais da Área de

Costura e Artesanato do DIC 4. “O Banco da Mulher adotou o projeto da cooperativa e, diante dos seus resultados, em um ano de existência, optou por ampliá-lo, a fim de que

mais mulheres possam aprender uma profissão e trabalhar”, explicou o coordenador da Incubadora de Empreendimentos Populares, Durval Anunciação da Cruz.

até R$ 1 mil por mês, dependendo do esforço e produção de cada uma. “O objetivo do núcleo é aprofundar o conhecimento para a produção e fazer com que essas mulheres ganhem dinheiro. Com dedicação e assiduidade, elas mostrarão que o projeto de economia solidária é possível e realmente dá certo”, afirmou o presidente do Banco Popular da Mulher, Gustavo Marsaioli.

O Banco Popular da Mulher de Campinas é uma alternativa viável para quem precisa de dinheiro emprestado e tem dificuldade de acesso ao crédito. É o caso dos empreendedores de pequenos negócios, de baixa renda, que exercem atividades produtivas formais ou informais, como costureiras, cabeleireiras e sacoleiras. A entidade disponibiliza empréstimos que podem chegar a R$ 10 mil. As principais linhas de crédito são as Semear (até R$ 1 mil) e Crescer (até R$ 5 mil). Existem ainda as linhas Grupo Solidário, para pessoas com

divulgação

divulgação

Facilidade de acesso ao crédito

restrição nos sistemas tradicionais de crédito, e a Cooperar, que atende cooperativas ligadas à Secretaria Municipal de Trabalho e Renda. Desde que começou a operar, em março de 2003, o Banco da Mulher concedeu 3.375 créditos, totalizando mais de R$ 8 milhões em emprésti-

mos. Desse valor, 70% foi disponibilizado para mulheres e 83% para o mercado informal. A agência funciona na Avenida Doutor Moraes Sales, 884, 1º andar, Campinas. O telefone é 3226-7620. Apesar do nome, o Banco Popular da Mulher também atende os homens.


Campinas

7

mídia

Rádio Comunitária Noroeste está no ar na Vila Boa Vista Os moradores da Vila Boa Vista ganharam um presente vindo das ondas sonoras: a Rádio Comunitária Noroeste (105,9 FM). Em abril de 2013, a estação obteve a autorização da Agência Nacional de Telefonia (Anatel) para funcionar, mas só conseguiu entrar no ar depois de quase um ano. A rádio tem programação voltada para a defesa dos direitos da população, com informação jornalística, cultura e prestação de serviços para

a comunidade local. “Esta é a verdadeira rádio pública, aberta aos setores sociais que lutam para a democratização dos meios de comunicação no Brasil”, explica Jerry de Oliveira, coordenador da emissora, que comanda o Noroeste em Ação, das 8 horas às 10 horas. A antena e os equipamentos essenciais para colocar a Rádio Comunitária Noroeste no ar vieram do auxílio de sindicatos e parceiros dos movimentos populares. O próximo

passo é levá-la para o mundo virtual, com conteúdos temáticos e interativos, e aproximar mais setores organizados da sociedade civil. Os programadores e âncoras envolvidos com o projeto são açougueiros, seguranças, padeiros e outros trabalhadores do bairro que queiram se incorporar à rádio. A proposta social, sem fins lucrativos, contribui para ampliar a cidadania, democratizar a informação, melhorar a educação informal e o nível

divulgação

Comunicadores populares comandam programação cidadã voltada para os trabalhadores

cultural dos comunicadores e ouvintes. Para entrar em contato com a Rádio Comunitária Noroes-

te, você poder telefonar no 3245-0549 ou enviar um email para <jerry.deoliveira@ hotmail.com>.

Copa do Mundo

Livro infanto-juvenil discute futebol e cultura brasileira Juca ama futebol, mas não é aceito no time de sua escola porque, dizem, não joga bem. Ao ver o menino triste, seu tio sugere que ele crie sua própria equipe e assim Juca espalha e-mails para o Brasil todo em busca de jogadores mirins vindos de 12 cidades brasileiras. A escolha vai além do futebol: “O bom jogador precisa ter também conhecimento, cultura e ser comprometido com o seu país e com a cidade onde mora”, explica Juca. Assim começa a história do livro infanto-juvenil Jovens Craques do Brasil Futebol Clube, de Nereide Schilaro Santa Rosa (Editora Leitura & Arte, 48 páginas). “A minha intenção foi aproveitar o interesse do momento, a Copa do Mun-

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Obra Jovens Craques do Brasil Futebol Clube explora regionalismos das 12 sedes do mundial

do, agregando outros valores ao texto. Eu falo da cultura de cada local, aproveitando as cidades-sedes da Copa. Criei uma ficção e linquei com as culturas regionais e as modalidades de futebol vindas de cada região. Assim, eu consigo fazer com que o leitor aprenda mais sobre o futebol, se interesse pela história dos

personagens e também aprenda um pouco da cultura regional do Brasil”, afirma Nereide. Depois de receber muitos e-mails do Brasil todo, Juca finalmente escolhe seu time, que deve disputar contra a equipe de sua escola no último dia de aula. São 11 jogadores e um reserva. Pedro mora em Manaus e na mensagem conta sobre a festa do boi e a antiga tradição de usar tripa desse animal para confeccionar bolas de futebol. Iracema, de Fortaleza, é a única menina do time e fala sobre o romance de seu conterrâneo José de Alencar e a história do futebol feminino no Brasil. Tem também o Zé Frevo, o arretado de Pernambuco, que conta sobre a semelhança dos movimentos da dança típica

de seu estado com os dribles do craque Mané Garrincha. Severino, o Ilauê, mestre da Bahia, escreve sobre como as técnicas da capoeira ajudam na defesa do gol. Entre os jogadores também estão Watu, o xavante de Mato Grosso; o potiguar Luca, que joga bola em um campinho de várzea; o mineirinho Telé, de Belo Horizonte; o curitibano Vini, craque de futebol society; Davi, neto de um trabalhador que construiu Brasília; o artilheiro gaúcho Miguel; e o carioquíssimo Paulinho, expert em futebol de areia. Juca é ao mesmo tempo o técnico e o reserva. A intenção de Nereide era mesclar ficção com história e cultura para atrair a atenção dos jovens leitores. O que sobressai na obra vai além do futebol-

-espetáculo que movimenta milhões. “Foi fantástico descobrir a relação do movimento corporal com o futebol. O que o Mané Garrincha fazia para driblar foi relacionado na época com o movimento de ir e vir do frevo. Tem ainda a relação entre a capoeira e o movimento do goleiro. Também me preocupei em falar do futebol feminino, dos jogos indígenas, que são movimentos e tradições importantes para nós. Não queria ficar só no jogo principal e nos jogadores que ganham muito dinheiro. Queria falar sobre o jogo de várzea e o futebol de areia”, completa a autora premiada diversas vezes pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e vencedora do Prêmio Jabuti de 2004.


Campinas

8 foto síntese – unicamp

Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

(?) japonês: é formado Local, na guerra, em que os por quatro soldados tombam São 26 Filão ilhas os do pé editorial a principais Interjeição mineira (Anat.) que pertencem os livros de Lair Ribeiro

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

© Revistas COQUETEL

ifi.unicamp.br

5 8 3 4 9 9 7 4 8

9

Aprimorar; refinar (o diamante)

4

Repara; nota Linha (abrev.)

1 3 4 8 5 e horizontais, nem nos quadrados 8 menores (3x3). (?) e fuga: especialidades de 3 5 6 Bach 7 4 (Mús.) 3 9 País da 1 3 África ocidental 4 6 8 95 98 7 4 Município brasileiro de maior extensão, local da construção da usi5 8 8 1 3 na de Belo Monte (PA) 3 5 6 BANCO 33 9 4 8 5 Solução 48 8 9 9 3 5 6 7 4 3 9 6 9 8 Grito do antigo pequeno jornaleiro

Érbio Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. (símbolo) Os algarismos não podem se repetir nas os linhas verticaisvazios e Preencha espaços com algarismos de 1 a 9. Rio estreiRepara; horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). to (Amaz.) nota Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais (?) Costa, atriz

(?) e fuga: especialidades de Bach (Mús.) País da África ocidental Município brasileiro de maior extensão, local da construção da usina de Belo Monte (PA) BANCO

Carlos Tufvesson, estilista brasileiro

2/qi. 3/dad — err — six. 4/vega. 5/prive. 7/cantata. 8/altamira.

84

Seis, em inglês Gargalha

Agir como a carpideira

84

P F T

U T O A N S S I O I S E L R I V R C E I G N T A A A N D C A L T

C A A J U D M I T I U P O L A D D A D E A L B E A A R A P T S I A L T D H O R A A M I R

E X T R A

A R G O L A

7 1 8 3 6 9 4 2 5

4 9 2 1 5 7 8 6 3

8 5 6 4 9 3 1 7 2

3 7 4 6 1 2 5 9 8

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6 3 5 2 4 8 7 1 9

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6 3 5 2 4 8

7 1 8 3 6 9

98 86 3 1 5 2 6 3 4 7 4 9 2 1 5 7

1 2 7 6 2 3 7 8 4 9 5 1 8 5 6 4 9 3

3 7 4 6 1 2 5 9 8

1 2 9 8 7 5 6 3 4

5 4 7 9 3 1 2 8 6

9 8 1 5 2 6 3 4 7

6003499

2 6 3 7 8 4 9 5 1

Solução

C

A R Q U I P E L A G O

8 5 6 4 9 3 1 7 2

Solução

6003499

4 9 2 1 5 7 8 6 3

6

Solução

A R G O L A

9 7 4

Fator ajustado pelo autotune

www.coquetel.com.br

Agir como a carpideira

7 1 8 3 6 9 4 2 5

4

3

6 3 5 2 4 8 7 1 9

5

Rio estreito (Amaz.) (?) Costa, atriz

www.coquetel.com.br

Fator ajustado pelo © Revistas COQUETELautotune Carlos Seis, em Tufvesson, inglês estilista Gargalha brasileiro

Grito do antigo pequeno jornaleiro

2/qi. 3/dad — err — six. 4/vega. 5/prive. 7/cantata. 8/altamira.

Linha (abrev.)

© Revistas COQUETEL

Posição comum ao futsal e ao basquete Érbio (símbolo)

Posição comum ao futsal e ao basquete

7

Leal Impeça (alguém) de ter algo

Aprimorar; refinar (o diamante)

T

Pai, em inglês Estrela de Lira

Pai, em inglês Estrela de Lira

E X T R A

Leal Impeça (alguém) de ter algo

www.coquetel.com.br

Sozinho; excluído Errar, em inglês

C A A J U D M I T I U P O L A D D A D E A L B E A A R A P T S I A L T D H O R A A M I R

para carexcluído gos em empresas Errar, (bras.) © Revistas COQUETEL em inglês

Instância psíquica regida pelo prazer

Educação continuada do graduado

Proibida por lei (a droga)

F

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. ComuniInstância Educação Proibida car (a psíquica continuaOs algarismos não se repetir nas linhas verticais e porpodem lei da do notícia) regida pe(a droga) graduado lo prazer Indicação horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). sudoku Sozinho;

Comunicar (a notícia) Indicação para cargos em empresas (bras.)

P

tencem os livros de Lair Ribeiro

C

Peça arremessada em pinos, em um tradicional jogo de festas juninas

Metida em processo (jur.)

U T O A N S S I O I S E L R I V R C E I G N T A A N A D C A L T

(?) japonês: é formado Local, na guerra, em que os por quatro soldados tombam São 26 Filão ilhas os do pé editorial a principais Interjeição mineira (Anat.) que per-

A R Q U I P E L A G O

www.coquetel.com.br

Peça arremessada em pinos, em um tradicional jogo de festas juninas

Metida em processo (jur.)


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