Jornal brasil atual catanduva 23

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Jornal Regional de Catanduva

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catanduva

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jornal brasil atual

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nº 23

Ditadura

nunca mais Sociedade questiona: onde estão os mortos e desaparecidos do regime militar?

Abril de 2014

trabalho

1º de maio Sindicatos unificam comemoração no Clube dos Bancários

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cidade

gastos duvidosos Prefeitura investe mais de R$ 1,5 milhão em artigos de decoração

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copa do mundo 96 anos

Feliz aniversário, querida catanduva De presente, oferecemos as histórias de três catanduvenses, que se misturam com a história da Cidade Feitiço Pág. 5

Literatura Livro narra relação do futebol com a cultura popular brasileira

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Catanduva

2 Trabalho

Festa do Dia do Trabalhador

editorial Começou a Copa. No primeiro domingo de abril, chegaram às bancas o álbum e as figurinhas da Copa do Mundo de 2014, e bateu uma enorme febre de colecionar. Rapidamente, a mania espalhou-se entre crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres, entrou nas salas de aula, nos sindicatos, nas repartições públicas, nos elevadores, nas igrejas, nas empresas, etc. Os mais críticos podem argumentar contra a empresa detentora dos direitos de venda, a Panini, ou até mesmo contra a Fifa. Mas nada disso tira a emoção de encher uma página, duas, caminhar para o álbum cheio. Uma diversão que se estende para depois dos jogos, numa estratégia promocional da distribuidora. Curiosamente, manifestantes do movimento #NÃOVAITERCOPA também colecionam e vão às ruas protestar. Pais que observaram seus filhos nas manifestações de junho do ano passado relatam a nova velha brincadeira, sem falar daqueles que já estão com os ingressos comprados para as partidas do mundial. Mas nada disso retira o acerto da crítica à Fifa, à CBF e os seus cartolas, ao dinheiro gasto na construção dos estádios – embora dados recentes mostrem que os resultados diretos e indiretos da Copa das Confederações já pagaram os R$ 30 bilhões investidos na Copa. Em 1970, quando o Brasil foi tricampeão mundial, quando muita gente lutou de armas nas mãos contra a ditadura e esta tentou usar o futebol para esconder as torturas e mortes nos porões, não adiantou: o Brasil parou para ver a Copa. Na Nova República, em tempos de privataria tucana com FHC, pensava-se que, se o Brasil fosse mal na Copa, haveria melhoria na política. Que nada! Perdemos copas e eles ganharam eleições. A grande lição que fica é que #VAITERCOPA, vamos torcer, nos divertir (ou chorar) e vamos continuar lutando por um Brasil justo, sem miséria e com justiça social, que valorize o povo e não as elites.

Os sindicatos dos trabalhadores de Catanduva estão organizando, de forma unificada, uma festa no Clube dos Bancários, em comemoração ao Dia do Trabalhador. A estimativa é reunir cerca de 1.000 trabalhadores das mais diversas categorias. A programação terá início às 8 horas e 30 minutos, com o tradicional passeio ciclístico, saindo da Praça da Matriz até o clube. Na sequência, às 9 horas, será realizado um torneio de futebol de minicampo entre os sindicatos, que poderão jogar com um mínimo de oito e um máximo de 14 jogadores. A partir das 11 horas, a festa segue com churrasco e bebidas, música ao vivo e sorteio de prêmios: todos os trabalhadores concorrerão a duas

divulgação

1º de Maio Unificado será realizado no Clube dos Bancários

motos zero quilômetro. Outro sorteio, restrito aos sindicalizados, premiará os felizardos com uma TV, um notebook, um tablet, um aparelho de ar condicionado e algumas bicicletas. Paulo Franco, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, explica que a ideia da festa é unificar os trabalhadores em comemoração às lutas e às conquistas da classe, e não limitar o even-

to do 1º de Maio a apenas uma ou outra categoria. “Os sindicatos são órgãos responsáveis por defender o trabalhador, garantindo, além de conquistas e benefícios salariais, melhores condições de trabalho e negociações coletivas com os empregadores, que muitas vezes só se importam com os lucros, deixando os direitos dos funcionários de lado”, reforça Franco.

Comemoração da Prefeitura A Prefeitura de Catanduva informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que também realizará um evento em comemoração ao Dia do Trabalhador. No en-

tanto, até o fechamento desta edição, não havia programação, local e horário definidos. Com exceção do Sindicato dos Bancários, as demais entidades de classe foram convi-

dadas para a comemoração oficial do município. Porém, a adesão é baixa, uma vez que os sindicatos estão envolvidos na organização do 1º de Maio Unificado.

Expediente Rede Brasil Atual – Catanduva Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Secretário de Redação Enio Lourenço Redação Gabriel Vital e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 12 mil exemplares Distribuição Gratuita


Catanduva

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ditadura

50 anos do golpe e muita história para se esclarecer No início dos anos de 1960, forças antagônicas encontravam-se em disputa no Brasil. De um lado, setores populares lutavam pela ampliação de direitos e reformas de base, que superassem a desigualdade social entre as classes. Do outro lado, o conservadorismo das elites econômicas não admitia qualquer mudança estrutural no país. Entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, a polarização foi quebrada com o golpe civil-militar. As Forças Armadas Brasileiras, apoiadas por ruralistas, industriais e pela mídia conservadora, derrubaram o governo constitucional de João Goulart e impuseram ao Brasil uma ditadura que durou 21 anos, justificando-a com a defesa do país contra uma suposta ameaça comunista. Os direitos constitucionais de 1946 passaram a inexistir paulatinamente com a edição dos Atos Institucionais: alterou-se o processo eleitoral, os partidos foram extintos e os militares foram amplian-

arquivo agência globo

Comissão da Verdade quer saber o paradeiro de trabalhadores e estudantes mortos pelo regime

Bebedourense Heleny Guariba; incêndio na sede da UNE; passeata dos 100 mil, no Rio de Janeiro

do seus poderes. Com o Ato Institucional nº 5, em 1968, o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas foram fechados e os direitos políticos de todos os cidadãos foram suspensos. Foi o recrudescimento do regime de exceção. A juventude e as organizações de esquerda tiveram um papel importante na luta contra a ditadura civil-militar e também representaram a maioria dos presos, torturados e mortos (práticas comuns após o AI-5). Os próprios jornais que, num primeiro momento,

apoiaram o golpe foram censurados e conviviam permanentemente com um agente dos militares em suas redações. No campo do trabalho, a intervenção nos sindicatos, a lei antigreve e o arrocho salarial representaram os maiores ataques à classe trabalhadora. No primeiro dia do golpe, 409 sindicatos, duas confederações e seis federações sofreram intervenções. O metalúrgico Santo Dias da Silva, o químico Olavo Hanssen, a professora e psicóloga Iara Iavelberg (com-

panheira do ex-capitão e revolucionário Carlos Lamarca) foram alguns dos 357 assassinados – a Comissão Nacional da Verdade (CNV) estuda novos registros e esse número pode ultrapassar 1.000 casos. A luta não foi em vão. A reconquista da democracia, a criação da Constituição de 1988, a volta dos direitos políticos, dos sindicatos, das liberdades democráticas, possibilitaram comprovar as inúmeras violações aos direitos humanos do regime ditatorial, além do financiamento estadunidense ao golpe no Brasil e em

outros governos democráticos da América Latina. A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/ SP) – que completa 30 anos em 2014 – nasceu nesse cenário, enfrentando a ditadura e lutando pela reabertura democrática do país. A CUT integra hoje o grupo de trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical”, da CNV, formado em abril de 2013, com o objetivo de investigar casos de tortura, desaparecimentos e assassinatos de trabalhadores. Para o secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, “a democracia precisa ser defendida em todos os aspectos, seja no Judiciário, na comunicação, no direito à greve, no direito ao voto, nas mobilizações de rua ou na forma como atua a polícia nos dias de hoje. Nesses 50 anos, a ditadura deve ser lembrada como algo que o povo brasileiro jamais permitirá que se repita”.

Heleny Guariba, uma das desaparecidas na ditadura Heleny Telles Ferreira Guariba, a Lenita, de Bebedouro (60 km de Catanduva), com 30 anos, mãe de dois filhos, foi assassinada pelo regime militar. Em entrevista ao Brasil Atual, em 2011, Ruth Caetano Belo, tia de Lenita, afirmou que a informação que os familiares receberam “foi que ela tinha sido esquartejada”. Heleny saiu de Bebedouro ainda criança com a família,

pois o pai precisava tratar-se de um problema respiratório em São Paulo. Na mocidade, Lenita se destacou nas artes cênicas. Depois de estudar na Europa, ela foi para Santo André, onde fundou o Grupo Teatro da Cidade, que reunia operários e estudantes. Ela tornou-se referência no teatro, chegando a trabalhar com Augusto Boal, no Teatro de Arena. Após o golpe de 1964, a

professora e dramaturga foi radicalizando não só a estética de sua arte, mas também o seu modo de vida: ela abrigou Calos Lamarca na casa onde morava com o marido e os dois filhos – revelou a atriz e amiga Dulce Muniz. Lenita já simpatizava com a luta armada e, em 1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Em 1970, foi presa pela Operação Bandeirante e de-

pois torturada pelos capitães Albernaz e Homero. Ficou detida no Dops e no presídio Tiradentes, em São Paulo. No cárcere, Lenita foi companheira da presidenta Dilma. Em 1971, quando ela se preparava para deixar o país, foi presa novamente no Rio de Janeiro por agentes do DOICodi. Familiares e advogados fizeram buscas nos órgãos de segurança, mas seu corpo ja-

mais foi encontrado. A militante da luta armada Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da “casa da morte” – sítio clandestino dos militares em Petrópolis, no Rio de Janeiro –, testemunhou acreditar que Heleny Guariba foi uma das sequestradas que ali esteve, sendo torturada durante três dias, inclusive com choques elétricos na vagina.


Catanduva

4 Cidade

Novas fontes luminosas e velhas ruas apagadas A Prefeitura de Catanduva está investindo na construção de três novas fontes luminosas na cidade: uma na Rua 7 de Setembro, outra na Avenida Comendador Antônio Stocco, e a terceira na Avenida Teodoro Rosa Filho. No total, elas custarão R$ 660.238,58 aos cofres públicos, sendo que apenas com lâmpadas de LED e SuperLED os gastos ultrapassarão R$ 230 mil. Enquanto a administração municipal investe nas novas fontes luminosas, algumas ruas do município sofrem com

a falta de iluminação. É o que afirmou o vereador Amarildo Davoli (PT) em seu discurso na tribuna da Câmara, no dia 8 de abril, reforçando que muitos moradores o procuram para reclamar da escuridão de alguns bairros da cidade. Em companhia dos vereadores Cidimar Porto (PMDB) e Wilson Paraná (PT), Amarildo foi ao almoxarifado da Prefeitura e constatou que não havia lâmpadas para os postes no estoque. “Para iluminar as ruas dos bairros mais afastados não tem lâmpada, mas

divulgação

Prefeitura deve gastar mais de R$ 1,5 milhão em decoração enquanto bairros permanecem no breu

Fonte luminosa Thereza Cristina Ghirotti Xavier, na Praça da República, encontra-se desativada

para a utilização em fontes luminosas, tem”, protesta o vereador. Além das fontes, existe um pregão em aberto para a compra de 78 espécies de plantas

ornamentais. O valor estimado é de R$ 980.750,66 – algumas espécies, como a vedélia, chegam a custar mais de R$ 70 mil. “Isso dá visibilidade para o político que não tem respeito

com o dinheiro público”, reclama Davoli. Em nota oficial, o Departamento de Eletricidade da Prefeitura de Catanduva divulgou que “o serviço de manutenção e troca de lâmpadas tem funcionado normalmente, sem a ocorrência de falta de material”. O Departamento também declarou que o estoque da Prefeitura tem atendido à demanda do município e que um pregão eletrônico está em fase de conclusão, para que seja feita a compra de R$ 3 milhões em materiais.

Trânsito

Locação de radares custa mais de R$ 1 milhão ao ano Vereador Cidimar Porto acredita que formato de fiscalização adotado não irá educar a população Em 2013, o pregão para a locacão de 10 aparelhos fixos de radar de trânsito, dois radares móveis estáticos e duas lombadas eletrônicas estava estimado em R$ 2,8 milhões ao ano. A licitação concluída neste ano, vencida pela empresa SL Splice Ltda., no entanto, alugou para o município qua-

tro radares fixos e um portátil do tipo pistola por R$ 1.278.213,69. Segundo o vereador Cidimar Porto (PMDB), mesmo com a queda do valor total do pregão, o custo por unidade teve alta significativa, já que os valores apresentados inicialmente estavam em R4 147 mil por cada aparelho ao ano. No atual certame, cada radar trará

uma despesa de R$ 216 mil por ano aos cofres públicos. “Houve diminuição de valores, porém a quantidade de aparelhos para locação diminuiu consideravelmente em relação ao pregão cancelado”, explica o parlamentar. Porto acredita que o melhor investimento (sugerido anteriormente por ele) seria a

compra de um aparelho portátil, tipo pistola, com OCR (dispositivo que registra a imagem e a partir da placa checa informações do veículo) juntamente com o software de processamento. De modo que a Prefeitura poderia utilizar o equipamento de forma itinerante em pontos diferentes de Catanduva, a fim de educar a

população no trânsito. “Quando se coloca um aparelho fixo, a população se acostuma e, sabendo onde ele está, passa devagar. Mudar o radar de lugar a cada dia é uma forma de educar os motoristas, para que andem com prudência em toda a cidade”, afirma o vereador peemedebista.


Catanduva

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96 anos

Feliz aniversário, querida Catanduva De presente, três histórias de nossos conterrâneos, que falam de sua relação com a aniversariante No dia 14 de abril, Catanduva completou 96 anos. Em homenagem ao aniversário, resolvemos contar um pouco da vida e das impressões de três trabalhadores “anônimos”, que ajudam a construir a nossa cidade e têm suas histórias confundidas com a história da Cidade Feitiço.

O bancário aposentado Newton Carvalho é uma figura carismática conhecida de muitas pessoas em Catanduva. Aos 74 anos, com três filhos e dois netos, o bacharel em direito faz de um hobby uma grande paixão: as palavras cruzadas. A brincadeira já se tornara algo sério ainda na juventude, quando Newton montou jogos de palavras cruzadas para as revistas O Cruzeiro e Manchete. “Eles têm meus trabalhos publicados, que eu guardei por um tempo, mas infelizmente acabei perdendo com o passar dos anos”, conta.

nostalgia pelo músico: “Antigamente, não havia carnaval em São Paulo. Os grandes carnavais eram no Rio de Janeiro e em Catanduva”. Um de seus orgulhos é o nosso povo: “O pessoal daqui é amigo, alegre, hospitaleiro. Todo mundo que chega na cidade sente isso”.

Em outubro de 2013, o aposentado foi coroado ao vencer um campeonato de palavras cruzadas realizado pela Secretaria Municipal de Cultura. Em apenas 10 minutos, Newton derrotou outros 20 adversários e tornou-se o campeão catanduvense.

A Prefeitura promoveu a festa do aniversário de 96 anos no Recinto de Exposições João Zancaner. O evento contou com inúmeras atividades para todas as idades. A criançada divertiu-se com pintura de rosto, modelagem em bexiga, o basquete de três, carrinhos de bate-bate, tênis de mesa, cama elástica, oficina de contação de histórias, biblioteca itinerante e apresentações de

divulgação

A festa no Recinto de Exposições

dança e capoeira. Pipoca e algodão doce foram distribuídos gratuitamente. Os pequenos

ainda participaram de uma oficina de educação ambiental e receberam uma muda de ár-

vore para plantar. A população presente também teve acesso a uma equipe de profissionais da saúde, disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde, que deram consultas e orientações aos interessados. As Secretarias de Esporte, Lazer e Turismo; de Cultura; de Educação; e de Meio Ambiente e Agricultura também participaram da organização do evento.

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Claudemar Maria Alves, de 66 anos, é conhecido por Tito. Desde a infância, ele nutre uma paixão pela música, tanto é que hoje é professor de violão para jovens na instituição Ecoarte. Antes, Tito fundou “Os Apaches”, e participou dos grupos “New Som” e “Marajoara”, além do conjunto do pianista Paulo Giovannini. O grupo de samba Essência e as orquestras J.Rodrigues e Continental Super Som também estão em seu currículo musical. Claudemar nasceu e foi criado na Vila Mota. O passado é recordado com

O poeta

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Mestre das cruzadas

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O orgulho do músico

Da nova geração, o professor de educação física Eduardo Bennetti, de 29 anos, tem uma história curiosa. Quem o vê trabalhando com esportes surpreende-se em saber que ele é poeta nas horas vagas e já produziu mais de 450 poemas. A literatura gótica e o romantismo são as suas maiores inspirações. Em 2013, foi o 12º colocado no 1º Concurso de Poetas da Região. No dia 19 de abril, recebeu o Prêmio Destaques 2014, dado pela Academia Brasileira de Letras e Artes de Fortaleza (Alaf). Em março, a Câmara Municipal de Catanduva o homenageou com uma Moção de Aplausos pela conquista (anunciada previamente). Benetti, porém, lamenta a falta de investimento nos artistas catanduvenses. “Infelizmente, Catanduva valoriza somente os grandes artistas que vêm de fora. Eu mesmo tive que custear toda a viagem para Fortaleza para receber o prêmio, porque a cidade não investe nos artistas nativos.”


Catanduva

6 saúde

Faltam remédios na rede Farmácia Popular de Catanduva No último mês, o Brasil Atual recebeu uma série de denúncias da população sobre a falta de medicamentos na rede Farmácia Popular de Catanduva. Os medicamentos contra a hipertensão, que devem ser distribuídos gratuitamente, são os mais procurados pela população, e os menos encontrados no momento. De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde, André Beck, remédios para tratamentos de distúrbios neurológicos e diabetes também estão em falta na Farmácia Popular. No dia 26 de março, em reunião do conselho, o secretário de Saúde, Antônio Perei-

divulgação

Medicamentos para hipertensão, distúrbios neurológicos e diabetes são os mais reclamados

ra Souza Júnior, confirmou o desabastecimento de pelo menos 30 medicamentos. “O secretário tem realizado compras diretas, sem aguardar a conclusão dos processos licitatórios, sob o argumento de não faltar remédios. Nós até

aprovamos essas compras, mas ainda assim está havendo o desabastecimento”, afirma Beck. Para o conselho, existe urgência em achar uma solução para a falta de medicamentos, porque o desabastecimento pode aumentar a demanda e os custos de internações com pacientes enfermos nos hospitais. De acordo com o Sistema Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/ SUS), a microrregião de Catanduva registrou, em 2013, 165 internações por doenças de hipertensão. Só nos dois primeiros meses de 2014, já foram 18 casos (12 apenas em fevereiro – aumento de 100% em relação ao mês anterior).

Secretário de Saúde O secretário de Saúde Antônio Pereira Souza Júnior informou, por meio da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, que a escassez de medicamentos “ocorreu há cerca de um mês, em virtude da morosidade para conclusão dos processos licitatórios”. Em nota, ele ainda nega que o município tenha um déficit de mais de 30 medicamentos. Segundo Antônio Pereira, faltam apenas três

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tipos de remédios, e a secretaria está estudando meios para tornar o procedimento de compra mais ágil, dentro da legalidade. “Os itens adquiridos estavam em processos licitatórios em andamento, porém não seria possível aguardar sua conclusão sem prejuízo à saúde da população”, justifica o secretário de Saúde com relação às compras diretas feitas em caráter emergencial.


Catanduva

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Festa

Catanduva Rodeo Festival reuniu 60 mil pessoas Cerca de 60 mil pessoas estiveram nas quatro noites do Catanduva Rodeo Festival 2014, no Recinto de Exposições João Zancaner. Os números são do balanço parcial da Comissão Organizadora do evento. No dia 10 de abril, o cantor Cristiano Araújo abriu a festa e emocionou o público com o sucesso Maus Bocados. No dia seguinte, a aclamada dupla sertaneja Bruno e Marrone comandou a noite e apresentou aos catanduvenses a nova canção de trabalho Morro de Medo. Já no sábado, dia 12,

divulgação

Luan Santana foi a principal atração dos quatro dias de evento, que ainda teve disputas de montaria

a tradicional dupla Milionário e José Rico foi a atração principal e, mesmo debaixo de chuva, agitou os participantes com os clássicos de raiz.

No último dia evento, o cantor Luan Santana foi o responsável por levar o maior público ao rodeio – a grande maioria de jovens. Sucessos

como Te Esperando e Sogrão Caprichou fizeram parte do repertório do jovem sertanejo, que conquistou muitos fãs com a canção Meteoro, em 2009. A escriturária Sérgia Pavani, de 23 anos, participou das quatro noites do rodeio e lamentou a festa ter acabado cedo no sábado, em função da chuva. Porém, ela elogiou a organização. “O rodeio deste ano foi muito mais organizado do que o de 2013. A estrutura estava bem melhor.” Neste ano, a organização ampliou em 40% as estruturas físicas e reforçou a segurança.

Montarias

Os melhores peões do país participaram das provas e montarias do rodeio de Catanduva. O campeão da montaria em touros foi Rodrigo Costa Campos, de Três Lagoas (MS), que ganhou R$ 10 mil. Na segunda colocação ficou o peão Tirso Turim, de Paraíso (SP). Já em terceiro lugar chegou Milton Célio Rosa Júnior, de Paulo de Faria (SP), filho do campeão de Barretos Milton Célio Rosa.

Copa do Mundo

Livro infanto-juvenil discute futebol e cultura brasileira Juca ama futebol, mas não é aceito no time de sua escola porque, dizem, não joga bem. Ao ver o menino triste, seu tio sugere que ele crie sua própria equipe, e assim Juca espalha e-mails para o Brasil todo em busca de jogadores mirins vindos de 12 cidades brasileiras. A escolha vai além do futebol: “O bom jogador precisa ter também conhecimento, cultura e ser comprometido com o seu país e com a cidade onde mora”, explica Juca. Assim começa a história do livro infanto-juvenil Jovens Craques do Brasil Futebol Clube, de Nereide Schilaro Santa Rosa (Editora Leitura & Arte, 48 páginas). “A minha intenção foi aproveitar o interesse do momento, a Copa do Mun-

do, agregando outros valores ao texto. Eu falo da cultura de cada local, aproveitando as cidades-sedes da Copa. Criei uma ficção e linquei com as culturas regionais e as modalidades de futebol vindas de cada região. Assim, eu consigo fazer com que o leitor aprenda mais sobre o futebol, se interesse pela história dos personagens e também aprenda um pouco da cultura regional do Brasil”, afirma Nereide. Depois de receber muitos e-mails do Brasil todo, Juca finalmente escolhe seu time, que deve disputar contra a equipe de sua escola no último dia de aula. São 11 jogadores e um reserva. Pedro mora em Manaus e na mensagem conta sobre a festa do boi e a antiga tradição de usar tripa desse animal para

divulgação

Obra Jovens Craques do Brasil Futebol Clube explora regionalismos das 12 sedes do mundial

confeccionar bolas de futebol. Iracema, de Fortaleza, é a única menina do time e fala sobre o romance de seu conterrâneo José de Alencar e a história do futebol feminino no Brasil. Tem também o Zé Frevo, o arretado de Pernambuco, que conta sobre a semelhança dos movimentos da dança típica

de seu Estado com os dribles do craque Mané Garrincha. Severino, o Ilauê, mestre da Bahia, escreve sobre como as técnicas da capoeira ajudam na defesa do gol. Entre os jogadores também estão Watu, o xavante de Mato Grosso; o potiguar Luca, que joga bola em um campinho de várzea; o mineirinho Telé, de Belo Horizonte; o curitibano Vini, craque de futebol society; Davi, neto de um trabalhador que construiu Brasília; o artilheiro gaúcho Miguel; e o carioquíssimo Paulinho, expert em futebol de areia. Juca é ao mesmo tempo o técnico e o reserva. A intenção de Nereide foi mesclar ficção com história e cultura para atrair a atenção dos jovens leitores. O que sobressai na obra vai além do futebol-

-espetáculo que movimenta milhões. “Foi fantástico descobrir a relação do movimento corporal com o futebol. O que o Mané Garrincha fazia para driblar foi relacionado na época com o movimento de ir e vir do frevo. Tem ainda a relação entre a capoeira e o movimento do goleiro. Também me preocupei em falar do futebol feminino, dos jogos indígenas, que são movimentos e tradições importantes para nós. Não queria ficar só no jogo principal e nos jogadores que ganham muito dinheiro. Queria falar sobre o jogo de várzea e o futebol de areia”, completa a autora premiada diversas vezes pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e vencedora do Prêmio Jabuti de 2004.


Catanduva

8 foto síntese – pérgula da Pça. da RepÚblica

Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Apresentação documentada do emprego de verbas destinadas a determinado fim Os próprios recursos (pop.)

© Revistas COQUETEL

“O (?) do Garoto de Ouro”, livro juvenil

Máquina usada na fundação de prédios

Salubres; Instalação terrestre a higiênicas partir da qual aviões militares operam Moeda, em inglês Relativo ao judeu

Meio (?) meio cá: indeciso

Transferida (de cargo, em uma empresa)

Recurso fotográfico de smartphones

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

© Revistas COQUETEL

gabriel vital

Recurso fotográfico de smartphones

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Período Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e estipulado para o horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). sudoku perdão Mesmo;

Prática da fã que visita o hotel do artista

inclusive Recipiente de sorvete

www.coquetel.com.br

Status da participante do reality show “Mulheres Ricas” (TV)

Prática da fã que visita o hotel do artista

3 6 7 4 5 9 8 4 5 9 1 2 5 2 3 4 Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. 7 8algarismos não podem 6 se repetir nas linhas verticais e Os horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). 61 7 4 5 9 8 3 5 6 91 4 32 1 8 7

Reflexão Supressão sonora de termo em um Prato Pesquisa enunciado mexicano exposta em Preencha os espaços vazios com Macaco, algarismos de 1 a 9. feiras de Evanildo inovação em inglês Bechara, Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e gramático Camarões Função do brasileiro (sigla) horizontais, nem nos quadradoscalmante menores (3x3).

Erguer; levantar

Camareira

Local da louça suja Gálio (símbolo)

D I

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5 1 9 6 8 3 4 2 7

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Solução

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Solução

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À (?): sem rumo ou direção

B A T E E S T A C A

9 BANCO 8 5 Solução 1 2 2 3 4 8 6 3 9 4 3 1 8 7 S D A C A I D O R I I R A N C E S A PO M A L I T E O B E R C O A A P E D E L U A I Ç AI P F A S P O E S

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Solução

Forma de produção do assobio

7 4 5 R B A T A P E T T E O L E A S O T C I A E S C T A A M G O S S E A D R R A O P R

2 3 4 9 5 7 1 6 8

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1 8 5 2 4 6 3 7 9

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Solução

Local da louça suja Gálio (símbolo)

Francisco Otaviano, poeta e jornalista

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C Ã S O D E C J O N T G A S

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Camareira Ricardo Pereira, ator português

R E A L O C A D A

À (?): sem rumo ou direção

Erguer; levantar

R PR A T R E P E S T T O L AÇ A C O S C I E S T A M G O S

Francisco Otaviano, poeta e jornalista

Mar, em inglês Armação de óculos

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Ricardo Pereira, ator português

Evanildo Bechara, gramático brasileiro

B A S A R E S M E C I A A T E M A R E E R T A A I E B U T A Ç A R G A P E T S M O

3 © Revistas COQUETEL 4 9 5 2 3 4 3 6 7 8 6 1 3 4 6 9 4 3 1 8 7 9

3/ape — sea. 4/ases — coin. 5/rapto. 6/istmos — semita. 9/socialite. 11/prata da casa.

BANCO

Mar, em inglês Armação de óculos

Macaco, em inglês Função do calmante

O preço do produto em liquidação

I T B E O P E E L I AI P S E

Forma de produção do assobio

“Mortal Kombat” e “The King of Fighters” Recipientes plásticos recicláveis

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

“Mortal Kombat” e “The King of Fighters” Recipientes plásticos recicláveis

O preço do produto em liquidação

Pesquisa exposta em feiras de inovação Camarões (sigla)

Supressão de termo em um enunciado

3/ape — sea. 4/ases — coin. 5/rapto. 6/istmos — semita. 9/socialite. 11/prata da casa.

Status da participante do reality show “Mulheres Ricas” (TV)

Reflexão sonora Prato mexicano

A

Plantação frutífera Pesquisa televisiva

penínsulas ao continente

F O

© Revistas COQUETEL Ligam

Plantação frutífera Pesquisa televisiva

Ligam penínsulas ao continente

S E D A R

Deuses nórdicos (Mit.)

dos não pontuais Cachorro

Mesmo; inclusive Recipiente de sorvete

Deuses nórdicos (Mit.)

R P

Transferida (de cargo, em uma empresa)

Meio (?) meio cá: indeciso

Período estipulado para o perdão dos não pontuais Cachorro

A R O

Equipamentos que expandem o sinal wi-fi

Equipamentos que expandem o sinal wi-fi

Salubres; Instalação terrestre a higiênicas partir da qual aviões militares operam Moeda, em inglês Relativo ao judeu

Máquina usada na fundação de prédios

à O D E C O N T A S

“O (?) do Garoto de Ouro”, livro juvenil

Apresentação documentada do emprego de verbas destinadas a determinado fim Os próprios recursos (pop.)

G

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