CATANDUVA
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Jornal Regional de Catanduva
jornal brasil atual
jorbrasilatual
nº 29
CIDADE
DINHEIRO NO LIXO Falta de planejamento e contratação emergencial de empresa de coleta de lixo podem ter desfalcado erário em até R$ 1,9 milhão
DISTRIB
GRATUUIIÇÃO TA
Dezembro de 2014
ENTREVISTA
BETH SAHÃO Deputada reeleita fala sobre perspectiva para os próximos quatro anos
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SAÚDE
DÉFICIT Faltam remédios na Farmácia Popular de Catanduva
Pág. 6
FUTEBOL NOVO GOVERNO
DILMA CONCLAMA UNIDADE NACIONAL Após eleição marcada pelo ódio, presidenta dá indícios de que deve avançar em reformas estruturais Pág. 5
JOGO DURO Clubes do interior lutam contra desmandos da alta cartolagem
Pág. 7
Catanduva
2 ENTREVISTA
Deputada estadual Beth Sahão
DIVULGAÇÃO
Ela foi reeleita para Assembleia Legislativa com 65.172 votos
EDITORIAL A eleição presidencial deste ano entrou para a história por alguns motivos peculiares. Um deles diz respeito às diversas oscilações nas candidaturas de oposição à presidenta Dilma, principalmente entre Aécio e Marina. As viradas quantitativas nas intenções de votos no primeiro e no segundo turno derrubaram muitos institutos de pesquisa. Registre-se ainda que Dilma firmou-se num sólido patamar de aceitação em torno dos 40% e ainda cresceu, apesar da enxurrada de críticas que recebeu. O enfrentamento eleitoral consolidou os votos favoráveis às mudanças trazidas pelo PT, como também encontrou no PSDB e em Aécio eco para a direita radical. Essas oscilações bruscas trouxeram um mosaico superlativo de ideias e propostas. Com elas veio também o aumento do ódio ao partido vencedor, desde sempre conduzido pela mídia comercial – que, antes mesmo do pleito, sobretudo a revista Veja, com a sua capa falaciosa referente às delações premiadas na apuração do Caso da Petrobrás, já alimentava o furor entre as pessoas. Quem tem saído às ruas para impugnar a nossa sétima eleição democrática consecutiva apresenta as piores e mais violentas facetas da sociedade: racismo, aversão aos pobres, nordestinos, homossexuais ou qualquer outro segmento que não esteja identificado com o status quo. Movimentos que só encontram referência nos momentos mais sórdidos da história mundial. É preciso saber perder, mas os vencedores também devem fazer do exercício do poder o exercício da construção do bem comum e da cidadania. A pauta, agora, é a retomada do crescimento do PIB, o controle da economia, a igualdade de oportunidades e, principalmente, o exercício da democracia. Criticar faz parte do jogo democrático, mas a violência não! O povo trabalhador, mais uma vez, saberá distinguir o joio do trigo.
Como você avalia o seu último mandato? O meu último mandato representou importante canal de diálogo entre a população da região e os governos federal e estadual. A interlocução que fizemos em Brasília e no Palácio dos Bandeirantes possibilitou o envio de importantes verbas para Catanduva e para as cidades vizinhas. Cito duas, em especial, que vão trazer grandes benefícios aos moradores da microrregião: a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), que garante mais agilidade no atendimento do Sis-
Com apoio dos catanduvenses, a deputada estadual Beth Sahão (PT) foi reconduzida à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para representar os interesses do município e da região nos próximos quatro anos. Dos 65.172 votos da petista, 17.295 vieram de Catanduva. Na entrevista, a deputada reeleita disse que pretende aprofundar o diálogo entre a população do interior e os governos estadual e federal. tema Único de Saúde (SUS); e a verba de R$ 1,5 milhão do Ministério da Saúde para a compra do aparelho de radioterapia do Hospital Emílio Carlos. O serviço vai atender gratuitamente 500 pacientes ao mês. Hoje, essas pessoas têm de viajar até Barretos e outras localidades distantes para o tratamento contra o câncer. Agora, elas poderão ser atendidas perto de onde vivem. E o que espera para o próximo mandato? Minha intenção é aprofundar o diálogo, mas não somente com as prefeituras e entidades assis-
tenciais. Vamos levar também as demandas dos setores produtivos e da sociedade civil organizada, e buscar meios de promover o desenvolvimento sustentável em nossa região. Quais são os projetos para Catanduva e região? Meus mandatos têm uma atuação reconhecida na área da Saúde. Nos últimos anos, seja mediante emendas parlamentares ou por meio de gestões junto ao Ministério da Saúde, ajudamos a liberar recursos tanto para as prefeituras, quanto para as Santas Casas, hospitais filantrópicos e comunidades terapêuticas.
Expediente Rede Brasil Atual – Catanduva Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Gabriel Vital e Giovanni Giocondo Revisão Malu Simões Foto Capa Dilma (Roberto Stuckert Filho/PR) Foto Capa Futebol (Malavolta Jr/Jornal da Cidade) Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 12 mil exemplares Distribuição Gratuita
Catanduva
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CIDADE
CEI investiga contratação de empresa de coleta de lixo Falta de planejamento da Prefeitura pode ter levado a desperdício de R$ 1,39 milhão em cinco meses
DIVULGAÇÃO
Uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi instalada na Câmara Municipal de Catanduva para investigar possíveis irregularidades na contratação emergencial da empresa Monte Azul Engenharia Ltda., que prestou serviços de coleta de lixo no município. A Comissão – composta pelos vereadores Amarildo Davoli (PT), Cidimar Porto (PMDB) e Nilton Cândido
(PTB) – montou um relatório com 64 páginas, no qual afirma que a contratada cobrou valor muito superior ao que era pago à Arclan, empresa que prestava o serviço anteriormente. Os vereadores acreditam que o prefeito Geraldo Vinholi (PSDB) poderia ter aberto processo licitatório ao invés de recorrer a contratação emergencial. A opção do mandatário pode ter desfalcado o
erário em mais de R$ 1,39 milhão em apenas cinco meses. Para o presidente da CEI, Amarildo Davoli, o contrato emergencial não era viável naquele momento, porque a Prefeitura foi notificada previamente pela Arclan. “Este tipo de contrato só pode ser feito se a empresa não cumprir o acordo e abortar o serviço, ou em caso de greve de funcionários que dure mais de 15 dias”, explicou.
Entenda o caso e conheça os valores em questão De 31 de agosto de 2012 a 31 de julho de 2013, a Arclan, que já prestava o serviço de coleta de lixo em Catanduva, recebeu R$ 4,7 milhões da Prefeitura, o que representa um gasto médio de R$ 391 mil ao mês. Ao final do contrato, a empresa notificou a Prefeitura de Catanduva dizendo
que, caso o contrato fosse renovado, o valor subiria para R$ 520 mil ao mês, totalizando R$ 6,24 milhões nos 12 meses seguintes. A administração de Vinholi considerou o aumento excessivo e optou por não renovar o vínculo com a companhia, sem responder oficialmente à notificação da Arclan sobre os
novos valores. Ao final do contrato, porém, a Prefeitura ainda não havia tomado a decisão sobre a empresa que iria operar o serviço, e não havia mais tempo hábil para a abertura de licitação. A Monte Azul Engenharia Ltda., contudo, foi contratada emergencialmente pelo valor
de R$ 798 mil ao mês, para realizar o serviço de 1º de agosto a 31 de dezembro de 2013. O montante final pago nos cinco meses girou em torno de R$ 4,8 milhões, quantia superior aos serviços prestados pela Arclan no período de um ano. O relatório da CEI ressalta que mesmo a proposta de
renovação da Arclan por R$ 520 mil ao mês seria mais vantajosa aos cofres públicos se comparada com o contrato emergencial da Monte Azul Engenharia Ltda. (diferença mensal de R$ 278 mil, gerando uma economia total ao erário de cerca de R$ 1,39 milhão).
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4 SOCIAL
Uso do crack se espalha no interior de São Paulo Capital paulista aponta horizonte de combate com programa interdisciplinar “Braços Abertos” problemas por conta da chamada “epidemia” da droga. Há divergências nas formas de lidar com o vício. As mais comuns são: internação voluntária, internação compulsória e recuperação mediante trabalho ou religião, que se contrapõem. Para Dartiu Xavier, psiquiatra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso do crack é um sintoma da conjuntura social desfavorável em que as pesso-
as se encontram. “A situação de rua sempre existiu antes do crack, ninguém vai para a rua por causa da droga”, informa. Dartiu explica que o fato de os usuários estarem sobrevivendo em condições insalubres dificulta a recuperação. “As pessoas acham que a dependência do crack é mais difícil de tratar que a do álcool. Isso não é verdade. Qualquer dependência é sempre difícil de tratar”, esclarece.
DIVULGAÇÃO/PREFEITURA-SP
Em 2013, um levantamento do Instituto Fiocruz identificou 370 mil usuários de crack no Brasil. O consumo da droga, antes restrito a áreas deterioradas das grandes cidades e às pessoas em situação de rua, popularizou-se em municípios do interior e atinge todas as camadas sociais. No Estado de São Paulo, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios, 70% das cidades enfrentam
Paulo Sergio Souza, de 35 anos, é funcionário de uma empresa de limpeza pública em São Paulo, desde agosto. Há um ano, no entanto, o trabalhador fazia parte do enorme contingente de pessoas que habitam as calçadas da “cracolândia”, onde viveu durante seis anos sob as asas da droga. Em janeiro de 2014, ele passou a fazer parte do programa Braços Abertos, da Prefeitura de São Paulo, que consiste em frentes públicas de trabalho oferecidas para a população usuária de droga e moradora de rua em troca de salário, alimentação e
DIVULGAÇÃO/PREFEITURA-SP
“Braços Abertos” abre as portas para a superação
moradia (alugada em pensão). Atualmente, 470 pessoas são beneficiadas. Em julho, Paulo saltou para um trabalho formal com
carteira assinada. “Tinha perdido o emprego, a casa, e aí fui para a rua. Quando você entra ‘na droga’, fica com vergonha da sua família. Mas eles nunca
me viraram as costas. Hoje, eu voltei a ver a minha filha, que está com 10 anos, e a sensação é maravilhosa. O trabalho no projeto mostrou que a gente é capaz de virar o jogo e superar essa situação”, comemora. Mauricio Dantas, um dos coordenadores do programa social, frisa que o trabalho era uma demanda dos próprios usuários. “Eles precisavam de uma alternativa de renda e de interrupção da dinâmica da fissura que o crack provoca”, diz. Somente em 2014, foram realizados 28 mil atendimentos não compulsórios aos usuários que trabalham no projeto dentro da diretriz de redução de
danos, que por sua vez é o carro-chefe da Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras drogas. Semanalmente, Dantas é procurado por municípios do interior de São Paulo, de outros Estados e até mesmo por outros países do exterior. “Já recebi autoridades do Canadá e da África do Sul interessadas no projeto. O Braços Abertos ganhou visibilidade e tornou-se referência, mas é preciso lembrar que ele não pode ser transportado automaticamente para outro lugar. É necessária uma adaptação”, pondera.
“Nenhuma crença vai substituir o tratamento de saúde” Nas zonas rurais do interior proliferam-se os centros de acolhida, uma forma tradicional de tratamento aos usuários de drogas. No Esquadrão da Vida, em Marí-
lia, o tratamento é voluntário, mas, além da saúde, a religião também entra em pauta. “Nós usamos a Bíblia como material didático, porque achamos que a leitura aju-
da na libertação das drogas. A entidade é evangélica, mas ninguém precisa se converter”, explica Kin Cogu, coordenador de tratamento da entidade, que hoje abriga 14 homens.
Para Dartiu Xavier, apesar de bem-intencionadas, muitas dessas instituições não têm equipes de saúde suficientes. “Eu não tenho nada contra a religião, mas as pessoas não
podem confundir essas doutrinas com tratamento de dependência de droga. Nenhuma crença religiosa vai substituir o tratamento de saúde”, explica.
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NOVO GOVERNO
Dilma pede unidade para os próximos quatro anos
No último mês, os derrotados partidários de Aécio Neves (PSDB) exacerbaram
Reforma política A reformulação do sistema político brasileiro ganhou força após os movimentos da juventude de junho de 2013. Em setembro deste ano, entidades e movimentos sociais reuniram mais de sete milhões de assinaturas em uma consulta popular que indagou: “Você é a favor de uma Assembleia Constituinte e Soberana sobre o Sistema Político?”. Confira trecho do documento que justifica a ação: Vemos, por exemplo, que os candidatos eleitos têm um gasto de Campanha muito maior que os não eleitos, demonstrando um dos fatores de poder econômico nas eleições. Também vemos que o dinheiro usado nas Campanhas tem
origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos para depois obter vantagens nas decisões políticas, ou seja, é uma forma clara de chantagem. (...) Além disso, ao olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional vemos que é um Congresso de deputados e senadores que fazem parte de uma minoria da População Brasileira. A reforma política é o “nó a ser desatado” para que o novo governo do PT consiga estabelecer políticas públicas mais progressistas. Esta é a análise de Paulo Vannuchi, ex-ministro de Direitos Humanos, em seu comentário na Rádio Brasil Atual, logo após a eleição.
preconceitos outrora velados. A falsa dicotomia de ideias criada entre norte e sul, pobres
e ricos, “ignorantes” e “esclarecidos” ruiu quando passeatas tentaram impugnar a eleição democrática com apelos à volta dos militares ao poder, forjadas em racismo, ódio de classe e de região. O jornalista Leonardo Sakamoto, em seu blog no UOL, atribuiu parte da incitação aos crimes de ódio que essas pessoas vêm praticando, principalmente nas redes sociais, à irresponsabilidade de colunistas e jornalistas dos principais meios de comunicação. “Esses crimes virtuais cometidos por zumbis incapazes de enxergar no outro um ser humano detentor do mesmo direito à dignidade foram
alimentados por argumentos construídos e divulgados, ao longo do tempo, por pessoas que não se preocuparam com o resultado negativo de seus discursos.” Nessa conjuntura, a reforma política e a democratização dos meios de comunicação ganharam força como agendas fundamentais do próximo governo. No entanto, a renovação de parte da bancada do Congresso Nacional, com a orientação “mais conservadora desde 1964”, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), dá indícios de que o próximo mandato exigirá de Dilma ainda mais tenacidade para aprovar essas propostas.
Regulação econômica da mídia A regulação econômica da mídia, reivindicação histórica dos movimentos sociais, também foi aventada pela petista na campanha. É o que acontece nos Estados Unidos, na Alemanha e no Reino Unido: o Estado regulamenta o setor para evitar monopólios e propriedade cruzada das mídias (radiodifusão e impressa). No Brasil, a Constituição Federal estabelece leis para o setor, mas que carecem de regras para funcionar. Dilma sinalizou caminhar nessa direção. “Por que qualquer setor tem regulação e a mídia não pode ter?”, questionou a presidenta em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo, em 6 de novembro. No mesmo mês, o Fórum
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“Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, do nosso país e de nosso povo. Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo, sim, que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas unidas por sentimentos comuns: a busca por um futuro melhor para o país.” O discurso conciliatório da presidenta Dilma Rousseff (PT) após o fechamento das urnas marcou uma das disputas mais vorazes da Nova República – a petista venceu pela diferença de 3.458.891 votos.
VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
Ódio e calúnias marcaram a eleição; reforma política e democratização da mídia entram na pauta
Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) publicou nota pedindo para a presidenta que o debate com os diversos segmentos sociais seja ampliado, visando a formulação do marco regulatório. Este novo marco regulatório deve responder às mudanças tecnológicas das últimas décadas e às demandas de uma sociedade mais complexa,
que clama pela garantia de seu direito à comunicação. E deve ser resultado de um amplo e plural debate com a população brasileira, há tanto tempo interditado por setores que, em nome da manutenção de seus interesses e privilégios, vêm se colocando sistematicamente contra a democratização da comunicação do Brasil.
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6 SAÚDE
Faltam medicamentos na Farmácia Popular de Catanduva Faltam remédios nas prateleiras da Farmácia Municipal de Catanduva. Dos 219 medicamentos que deveriam ser fornecidos gratuitamente pelo município, não há 43, segundo a relação apresentada pela Secretaria Municipal de Saúde ao Conselho Municipal, no dia 26 de novembro. Paulo Bellucci Franco, membro do Conselho Municipal de Saúde, explicou que o déficit ocorre devido à demora nos processos licitatórios. “Em outubro, nos foi apresentada uma relação de cerca de 30 medicamentos que faltavam. Agora, o número subiu para 43”, disse Franco. O conselheiro ressaltou que chegou a sugerir, durante reunião do Conselho, que a Secretaria comprasse os medicamentos mais requisitados, como aqueles para o tratamento de diabetes, hipertensão e osteoporose, em maior quantidade.
DIVULGAÇÃO
População está sendo orientada informalmente a procurar convênio “Aqui tem Farmácia Popular”
“Disseram-me que não dá para comprar em grandes quantidades devido ao vencimento, mas remédios não vencem de um mês para o outro. O prazo de validade costuma ser longo, de cerca de um ano”, destacou. A aposentada Gracia Hele-
na dos Santos Martins, de 65 anos, foi uma das vítimas do estoque irregular do município. Ela procurou remédios para o controle da diabetes na Farmácia Municipal e não encontrou. Glibenclamida, gliclazida, cloridrato de metformina e seringas de insulina
são alguns dos itens em falta. “Os funcionários disseram para ver se tem nas farmácias particulares”, afirmou a aposentada, referindo-se ao programa “Aqui tem Farmácia Popular”, do governo Federal – convênio com drogarias privadas, que fornecem
medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, desde que o paciente apresente CPF próprio, receita médica (com validade de 120 dias) e documento com foto. Outro remédio que não é possível encontrar na Farmácia Municipal é o finestarida, comprimido utilizado no tratamento de infecções de próstata. “Em pleno ‘Novembro Azul’, a Farmácia Municipal não possuiu remédios para a próstata. Isso é um absurdo, um descaso para com a população”, protestou o conselheiro Franco. Procurada para comentar o caso, a Secretaria de Saúde limitou-se a responder, por meio de nota, que não há falta de medicamentos na Farmácia Municipal de Catanduva, mesmo havendo apresentado a lista com os remédios em falta ao Conselho Municipal de Saúde.
Medicamentos em falta* Aciclovir – creme Alendronato de sódio Alopurinol – 100 mg Alopurinol – 300 mg Amoxicilina + clavulanato de potássio Besilato de anlodipino – 10 mg Besilato de anlodipino – 5 mg Atenolol Baclofeno Carvedilol – 25 mg Carvedilol – 6,25 mg Cilostazol Cinarazina Cloridrato de ciprofloxacino Colchicina
Mesilato doxazosina Maleato de enalapril Espiramicina Finasterida Ginkgo biloba Glibenclamida Gliclazida Cloridrato de hidralazina Mononitrato de isossorbida Lactulose Levotiroxina sódica Cloridrato de lidocaína Cloridrato de metformina Nitrato de miconazol Nortriptilina
Omeprazol Pasta d’água Permanganato de potássio Piremetamina Cloridrato de propafenona Cloridrato de ranitidina Seringa de insulina Sinvastanina Sulfadiazina de prata Sulfametoxazol Sulfato ferroso Varfarina sódica Cloridrato de verapamil *Levantamento apresentado no dia 26 de novembro de 2014
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FUTEBOL
CBF e federações jogam contra clubes do interior
ARQUIVO PESSOAL
Nas últimas décadas, o futebol profissional tem se tornado cada vez menos democrático para os pequenos clubes do Brasil, geralmente localizados no interior. Dirigentes e torcedores dessas equipes são unânimes em apontar a ausência de um calendário “mais recheado” de competições ao longo de todo o ano como uma das causas, com o agravante da falta de recursos financeiros para sustentar a estrutura profissional. É o que pensa Luciano Sato, gerente de futebol e técnico das categorias de base do Esporte Clube Noroeste, de Bauru. Atualmente na 4ª Divisão do Campeonato Paulista, a equipe campeã da Copa
DIVULGAÇÃO
Calendário e falta de recursos são os principais entraves para atletas, torcedores e dirigentes Por Giovanni Giocondo
Jogadores do Independente Futebol Clube concentrados antes do jogo; Paulo Santana Neto, torcedor do Marcílio Dias
Paulista em 2012 (torneio para equipes que não disputam as divisões do Brasileirão e premia com vaga na Copa do Brasil) não disputou competições no 2º semestre deste ano. “A Copa Paulista é muito importante para os clubes do interior, mas financeiramente não compensa. Nós até con-
seguimos manter uma base de jogadores para a disputa da Série A-2 no ano seguinte [2013], mas perdemos nosso patrocinador principal e alguns atletas que se destacaram receberam propostas melhores de clubes que disputam o Campeonato Brasileiro e foram embora”, lamenta.
Como alternativa, Sato diz que o Norusca deve apostar nos jovens que disputarão a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro, para formar a base da equipe profissional do ano que vem. O presidente do Independente Futebol Clube, de Limeira – que neste ano chegou
às semifinais da Copa Paulista e subiu para a Série A-2 do estadual –, Marcelo de Assis, entende que sem dinheiro, não há perspectiva de sobrevivência para as equipes menores. “A Federação Paulista de Futebol paga R$ 120 mil a cada clube da Segunda Divisão, mas tira R$ 40 mil para pagar arbitragem, exame antidoping e outras despesas. Quem consegue manter uma folha salarial, mesmo que barata, com esses valores?”, critica. Para efeito de comparação, os valores pagos aos clubes do interior que estão na Série A-1 variam entre R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões. São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras recebem o dobro.
Ativismo de jogadores e sua pauta de reivindicações 2013 com o objetivo de tornar mais efetiva a participação dos atletas na gestão do futebol, também informa que cerca de 16 mil jogadores ficam desempregados ao fim dos campeonatos estaduais. O goleiro Roberto Volpato, da Associação Atlética Ponte Preta, é um dos integrantes
GUILHERMEDORIGATTI/PONTEPRESS
Levantamento do Bom Senso F.C. mostra que 583 clubes brasileiros ficam mais de seis meses sem disputar competições na temporada. Em média, essas equipes disputam apenas 17 partidas por ano, enquanto as grandes podem jogar até 85. O movimento, criado em
do Bom Senso F.C. O atleta afirma que é preciso urgência para mudar esse quadro. “Sou um atleta profissional, mas antes de tudo sou um cidadão. Por isso, além de defender os interesses do meu clube, volto o olhar para o lado social do futebol”, pondera. “Foi por esse motivo que me
uni ao Bom Senso, que apresentou ao público propostas com foco na democratização do calendário, incluindo a criação de uma Série E do Brasileiro, para que todos os clubes e atletas se mantenham em atividade, e os torcedores retomem sua paixão pelo esporte”, constata.
Torcida entra em campo para batalhar pelo futebol O professor Lucas Sartorelli, de 29 anos, é torcedor do Noroeste. Para ele, a reformulação do calendário do futebol brasileiro tem que partir da redução das datas dos campeonatos estaduais – o Paulistão chega a durar quatro meses – e da melhor distribuição das
equipes menores na Copa do Brasil e nas Divisões do Campeonato Brasileiro, gerando mais atividades ao longo da temporada. E quem bancaria os custos e as viagens? “A CBF, com seus lucros astronômicos”, responde Lucas. O torcedor considera inadmissível a situação
atual do Norusca. “Mas não dá pra culpar só a administração. Hoje, muitos dirigentes praticamente bancam a temporada do próprio bolso, porque de fato não há apoio financeiro”, conta. Não é somente no Estado de São Paulo que as dificuldades dos clubes pequenos se
transformam em suplício. Paulo Santana Neto, consultor empresarial de 24 anos, fã do Clube Náutico Marcílio Dias, de Santa Catarina, conta que seu time está inativo desde abril, quando terminou o estadual. “A Federação [Catarinense de Futebol], que tem o mesmo presidente há 30 anos, prome-
teu uma vaga na Série D e não cumpriu, além de não ter feito a Copa SC, que daria essa vaga. Agora, o clube só volta a jogar em fevereiro de 2015. O torcedor, obviamente, fica chateado com a situação, o quadro de sócios cai e não há como criar vínculo com o time”, explica.
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8 SEGUNDA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA (1940)
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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Capacidade identificada no programa de Silício (símbolo) calouros
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). SUDOKU Adereço que Dilma recebeu de Lula
Fazer passar por um filtro (o café)
O voto no candidato inexistente Continente de origem do ginseng
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Empresa que publica livros e revistas
O hemisfério acima do equador (abrev.)
Seguidoras de um artista "(?) de Elite", filme com Wagner Moura (?) da Agricultura Familiar: 2014 (ONU)
Desloco (o móvel) sem levantar do chão Medida de terrenos equivalente a 100 m2
Arte militar
Fazer passar por um filtro (o café)
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"(?) de Elite", filme com Wagner Moura
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Soldado que coletava impostos e servia ao império, na época feudal do Japão
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Em consequência de
Soldado que coletava impostos e servia ao império, na época feudal do Japão
Curso popular de conservatórios Fantástico
Terra, em inglês
(?) dog, sanduíche com salsicha
Curso popular de conservatórios Fantástico
Dez, em inglês
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Zack Snyder, cineasta de "300"
Dom João (?): fundou o Banco do Brasil
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(?) de março, dia da morte de Júlio César (Hist.) (?) de perdição: lugar sórdido
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O que "trava" quando fala Ponto, no futebol O erro, para o perfeccionista
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O que "trava" quando fala Ponto, no futebol O erro, para o perfeccionista
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Dom João (?): fundou o Banco do Brasil
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Impresso com informações de remédios
"Internacional", em OIT
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C O A R
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Continente de origem do ginseng
A N T E
O voto no candidato inexistente
Letra que identifica o sotaque inglês
F A I X PA R E S I D E N C I A L
Flagrante (?): evidência de infração
Vigilância (?): interdita bares
Arte militar
V I E
Forma do movimento da cobra
Flagrante Adereço (?): evi- que Dilma dência de recebeu de Lula infração
Vigilância (?): interdita bares
D E G L O I T R O A B R U R L A A S T R O EM O N I V
Capacidade identificada no programa de Silício calouros (símbolo)
Pode ser evitado com a redução do tempo no banho
© Revistas COQUETEL
Forma do movimento da cobra
S S T R A T I A N U L I I T E I T N A N I T O R A Ã O I S A M L Ã O D H E R I C O AN T G O O L O A M A Z D M I S S
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ACERVO DA SECRETARIA DA CULTURA
Pode ser evitado com a redução do tempo no banho
D E A S P S E R E D P I C V IO D F E G A G U IN A
FOTO SÍNTESE –