Jornal Brasil Atual - Itariri 07

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Jornal Regional de Itariri

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nº 7

perfil

Setembro de 2012

Festas

o baterista do iê-iê-iê A história do itaririense Netinho, das bandas The Clevers e Os Incríveis da Jovem Guarda

sobá e meca Em agosto e em outubro, elas juntam a população da cidade

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obra

fórum reativado As obras foram concluídas depois de 45 dias

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radar tráfego

um trevo de morte em ana dias A rotatória já registrou acidentes graves e até a morte de um caminhoneiro Pág. 7

é fantástico Programa da Globo repercute matéria do Brasil Atual-Peruíbe

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Itariri

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primavera

Economia

O dinheiro que chega a Itariri Cidade continua registrando mais recursos em 2012 O jornal Brasil Atual – Itariri divulga, mensalmente, os valores destinados à cidade pelos governos federal e estadual. Confira o quadro abaixo: Confira os recursos transferidos pelo governo federal: 2011

2012

R$ 11.651.232,58 (12 meses) R$ 970.936,04 (Média mensal)

R$ 5.918.187,74 (6 meses) R$ 986.364,62 (Média mensal)

Confira os recursos transferidos pelo governo estadual: 2011

2012

ICMS – R$ 2.635,351,74 (12 meses) IPVA – R$ 498.999,73 (12 meses)

ICMS – R$ 1.657.393,98 (7 meses) IPVA – R$ 405.416,10 (7 meses)

Tabela em vigor do Imposto de Renda: Rendimento em R$

Alíquota %

De 637,12 até 2.453,50 De 2.453,51 até 3.271,38 De 3.271,39 até 4.087,65 Acima de 4.087,65

Esta edição do jornal Brasil Atual – Itariri traz como matéria de capa o perfil de um itaririense (ainda que nascido em Santos) muito famoso no tempo da Jovem Guarda. Trata-se de Luiz Franco Thomaz, o Netinho, baterista das bandas The Clevers e Os Incríveis, nos anos 1960. Na reportagem, Netinho relembra os bons momentos da infância que passou no Rio do Azeite, conta de sua ida para São Paulo, como fez para entrar no iê-iê-iê, relembra seu romance com a cantora italiana Rita Pavone e diz o que prepara para o seu futuro. O jornal também fala de uma questão importante vivida pela população por longos 45 dias: o fechamento do Fórum da cidade, que por muito tempo funcionou com a laje de uma das salas escorada por toras de madeira – sem falar que não havia espaço físico para guardar os 15 mil processos da comarca, que estavam atulhados em outra sala! Uma vergonha. Por fim, ourtra reportagem chama a atenção para o trevo da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, no distrito de Ana Dias. Após dois acidentes graves no local, ambos de madrugada, envolvendo caminhões, o pessoal fez um abaixo-assinado cobrando melhorias na estrada. Mas, até agora, nada. É isso. Boa leitura!

jornal on-line Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões jornalba@redebrasilatual.com.br

Dedução em R$ R$ 122,78 R$ 306,80 R$ 552,15 R$ 756,53

Proposta de orçamento prevê salário mínimo de R$ 670,95 em 2013 A proposta do governo federal para o Orçamento de 2013, divulgada no dia 30 de agosto de 2012, prevê um reajuste de 7,9% para o salário mínimo no próximo ano, que passará a valer R$ 670,95. O salário mínimo é reajustado seguindo uma fórmula que soma a variação da inflação do ano anterior, mais a variação do PIB de dois anos atrás. Em 2011, o PIB cresceu 2,7%. A proposta de Orçamento para 2013 também traz a projeção de um crescimento de 4,5% para a economia no ano que vem. A expectativa é que a inflação fique em 4,5%, que é o centro da meta do governo.

festas

Acisoita faz a 39ª festa do Sobá E promete organizar em outubro o Churrasco de Meca No último dia de agosto, nas dependências da Colônia Japonesa, foi realizada a 39ª Festa do Sobá (o macarrão japonês), que contou com a presença de cerca de 1.000 pessoas, que saborearam o prato preparado pelas mulheres da Acisoita, conjuntamente com a Igreja Católica e a Colônia Japonesa.

divulgação

editorial

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Durante a festa foram apresentadas atrações musicais, entre as quais a cantora Lia e sua banda, a dupla sertaneja João Pedro e Kauan e o Grupo de Dança de Rua. A Acisoita informa que em outubro ocorrerá a 19ª Festa de Churrasco de Meca, o peixe espadarte de mar típico da região.

Expediente Rede Brasil Atual – Itariri Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Enio Lourenço e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 5 mil exemplares Distribuição Gratuita


Itariri

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Obra concluída

Fórum reabre após 45 dias fechado População reclama da falta de expediente da Vara Distrital durante o período

divulgação

Desde junho, o jornal Brasil Atual noticia os problemas existentes no Fórum de Itariri há mais de quatro anos. A laje da sala onde funcionava a execução fiscal cedeu nove centímetros e se manteve em pé sustentada por escoras de madeira. A sala do cartório criminal apresentava rachaduras no piso. E não havia espaço para guardar os 15.000 processos que há nas salas do prédio. Por isso, o Ministério Público pediu e o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o atendimento ao público

no local. E as obras só foram concluídas 45 dias depois. Nesse período, o juiz e o promotor de Itariri despacharam os casos emergenciais – mandados de segurança, prisão por pensão alimentícia, apreensão de menores, etc. – na Comarca de Itanhaém. O supervisor de serviços do Fórum, Edson Luiz, afirma que as reformas emergenciais terminaram, mas a ampliação do espaço para realocar a vasta quantidade de processos está indefinida. “A laje foi reparada e o piso substituído, mas a

Prefeitura não disponibilizou a Casa de Agricultura, conforme havia indicado, para ampliarmos o nosso espaço.” Em nota, a Prefeitura de Itariri disse ter se desdobrado para viabilizar outro local para o Fórum, “a fim de que não ocorresse suspensão do expediente forense durante a reforma do prédio”. Segundo o documento, estudase “um novo local para equacionar o problema de espaço do Fórum, principalmente no que diz respeito ao Serviço Anexo das Fazendas (Execução Fiscal)”.

Edson Luiz, supervisor do Fórum, reconhece que a população teve prejuízo nesses 45 dias para entrar com algum processo. Entretanto, o funcionário discorda da advogada, pois afirma que os prazos dos processos em andamento não foram afetados. “Mesmo sem expediente, nós expedimos as certidões que estavam

prontas.” Questionado sobre por que o Fórum não funcionou em outro imóvel de Itariri, Edson diz que não havia outro local nem tempo hábil para a mudança de computadores, rede interna e processos. “Levaria meses para o Fórum voltar a funcionar. Não compensaria” – finaliza.

Fechamento gera transtorno O fechamento do Fórum foi sentido por advogados e moradores das regiões mais pobres e afastadas do Centro. A advogada Idene Dela Cort tem um escritório com a filha no bairro Bela Vista. Ela conta que as pessoas da área rural se deparavam com as portas cerradas da Vara Distrital e iam até o seu escritório saber o

que se passava. “Quem mora em sítio, não tinha como se informar do que ocorria no Fórum, pois a maioria vive distante daqui e não tem sequer telefone.” Dela Cort ressalta que muita gente foi prejudicada pela falta de expediente nesses 45 dias. “A economia que gira em torno do Fórum foi afetada. Eu fiquei com 18 ações paradas. Alguns colegas, que de-

pendiam só das ações do Fórum de Itariri, tiveram o mês perdido, pois não era possível pedir a emissão de qualquer tipo de certidão, como a de honorários, por exemplo.” A advogada pensa que os responsáveis poderiam ter contratado mão de obra para trabalhar após às 18 h e nos fins de semana, para que o atendimento não fosse interrompido.

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Itariri

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Netinho, um baterista incrível, de fama mundial

lauany rosa

Num bairro tranquilo, com ruas largas, arborizadas e casas espaçosas vivem Luiz Franco Thomaz, o Netinho, e a esposa Sandra Haick. O sobrado de muros altos, com trepadeiras e portão imponente, passa o dia com janelas e portas trancadas, no mais absoluto silêncio. Os donos se levantam às 18 horas: eles trocam o dia pela noite desde os tempos em que o baterista tocava na madrugada. Então, as atividades da casa começam. Netinho nasceu em abril de 1946, na Beneficência Portuguesa de Santos, mas cresceu em Itariri, numa casa perto do Rio do Azeite, feita pelo avô materno José Ferreira Franco, no tempo dos bailes, que atraíam pessoas da região, das Festas da Banana e do Sobá, dos imigrantes japoneses, das grandes quermesses. Itariri era festiva à beça. O Cine Teatro oferecia ótimos filmes e peças, algumas estreladas por dona Maria Franco Thomaz, a Mariazinha, mãe de Netinho. “Um dia encenamos Cala a Boca, Etelvina, de Armando Gonzaga, no teatro Coliseu, em Santos. Foi um sucesso.” A vocacão musical do garoto surgiu na igreja católica. Dona Mariazinha badalava os sinos que anunciavam o horário da missa. Um dia, atarefada, ela pediu que ele fosse em seu lugar. Foi esse blém-blom que o despertou para a música, que fez com que entrasse na fanfarra do colégio antes da idade permitida. “Ele tocava caixa nas paradas cívicas de 7 de setembro e 15 de novembro” – conta Mariazinha. A ida para um seminário era

Por Enio Lourenço e Lauany Rosa

reprodução

Ele tocou em bandas da Jovem Guarda e foi um sucesso do iê-iê-ié

quase ritual. Os padres frequentavam a casa de dona Mariazinha e a convenceram de que no Diocesano São José, em São Vicente, as chances de aprendizado do pequeno seriam melhores. Mas Netinho nunca quis ser padre. Em menos de um ano, está de volta a Itariri: não se adaptara à vida clerical. Aos quinze anos, ele volta ao ginásio da cidade e começa um romance com uma moça mais velha, de uma família rival na política. A diretora da escola era tia da garota e expulsou o jovem do colégio. Então, o tio dele, João Franco, que era o prefeito, trocou a diretoria do ginásio para Netinho voltar a estudar. Houve greve de professores para boicotar a nova diretora. O caso gerou tanta confusão, que dona Mariazinha mandou o garoto morar em São Paulo, com a tia Guilhermina. A mudança fez bem pra ele. “Cheguei ao paraíso” – pensava, maravilhado com a cidade. A tia lhe arranjou emprego no Senac e ele trabalhava e estudava.

Um dia, ele foi ao badaladíssimo programa Ritmos para a Juventude, de Antonio Aguillar, na Rádio Nacional. “Fiquei encantado com o movimento e falei que ia ser músico.” À espreita de uma chance, Netinho encontra Urupê, o seu anjo – ou protetor – no seminário, que tocava no The Jordans e o apresentou ao The Clevers, que precisava de um baterista com bateria. Netinho então pediu ao avô Franco que lhe desse o instrumento. Ao entrar na banda que pertencia a Aguilar – The Clevers –, o queridinho do vovô ganhou enfim seu apelido. No dia de estreia, Netinho foi substituído no show por Ventania, um baterista profissional. “Foi uma decepção” – lembra. Mas não desistiu. Largou o emprego e deu uma de “gato”: alterou os documentos para tocar à noite nas boates. O The Clevers não era uma banda conhecida. Ela tocava em até quatro bailes por noite para conquistar fãs. O estouro dela se deu com a vinda da

cantora italiana Rita Pavone ao Brasil, convidada pela TV Record. Como não podia trazer sua orquestra, ela foi acompanhada pelo The Clevers. E, assim, ambos viram sucesso nacional. Mas à fama sucede o racha. Numa turnê à Argentina, Aguilar não viajou com o grupo, o que causou uma rusga entre o empresário e os músicos. Confundidos com uma banda americana, o pessoal decide se apresentar como Os Incríveis The Clevers. No Brasil, Aguilar fica fulo e monta um novo The Clevers. “Eles tinham uma dúzia de fãs e a gente era artista internacional” – diz Netinho, recordando-se de como o nome da banda virou Os Incríveis. No auge do sucesso, Os Incríveis ganham um programa na TV Excelsior. A intenção era ir na esteira do Jovem Guarda, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, na TV Record. “Acabava o programa deles, começava o nosso” – recorda Netinho. De-

pois, a banda ainda viajou para o Japão, gravou em japonês e fez o filme Os Incríveis Neste Mundo Louco, quando Netinho, numa viagem de navio pela Inglaterra, conhece Sandra Haick e se enamora da moça. Em 1970, eles se casam; em 1971, têm o primeiro filho, Sandro; em 1977, a menina Samandhi. Nos anos 1970, Os Incríveis se separam. Netinho fica com os direitos do nome e da marca. Tenta montar outra banda de mesmo nome, sem sucesso. Surge então o Casa das Máquinas, de rock mais pesado, “uma banda de duas baterias” – explica Netinho. O Casa grava em italiano, em espanhol e faria uma turnê ao exterior, quando se desentendeu e terminou. Netinho volta-se para o lado espiritual e cria o selo Manancial de Amor. Nos anos de 1990, com Eduardo Araújo, produz o show Novo de Novo para comemorar os 30 anos da Jovem Guarda. Durante a divulgação do evento, no programa Jô Soares Onze e Meia, a voz de Netinho falha. Ele não dá entrevista. O médico Carlos Pontes descobre-lhe um câncer nas cordas vocais. Operado, ele reage bem e ainda participa do show na casa Tom Brasil, em São Paulo. Netinho, então, começa o projeto A Criança e o Futuro, com o Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer (CACC), com mais 40 artistas e grava um CD com renda revertida para o projeto. Na última década, dedica--se a escrever o livro Netinho – minha história ao lado das baquetas.


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Um canto de criação

Política: uma herança de família ofereceram dinheiro para arcar com os gastos da campanha. “Fiquei horrorizado. Não tinha trabalhado para receber tanto dinheiro” – afirma. Netinho

O baterista já foi convidado a candidatar-se a vereador da cidade. Curioso, ele participou de uma reunião do partido durante a qual lhe

pediu para conversar com a esposa e nunca mais pensou em candidatura. “Gostaria de ser político, mas sou bobo e ia ser passado para trás.”

Netinho possui em casa uma sala agregada, com sofás confortáveis e estantes repletas de discos, CDs, fotos, livros, bibelôs e suvenires de sua carreira. O livro Netinho – minha história ao lado das baquetas foi escrito nessa sala, durante as madrugadas, com a ajuda de Samadhi, a filha que mora na Austrália. “Por causa do fuso horário, a gente trabalhava junto, ela de dia e eu à noite, via Skipe, em tempo real” – diz. O baterista fez sucesso,

ganhou fama e dinheiro, mas nunca mexeu com finanças. Quem cuida das contas e administra a grana é a esposa Sandra. Até hoje ele não possui conta em banco. Tudo o que adquiriu foi gasto em viagens, pelo mundo afora. “Lotei vários passaportes.” O filho Sandro herdou o espírito aventureiro do pai e se lançou numa viagem à Turquia, para comprar pratos de bateria – segundo Netinho, “os melhores do mundo”.

A mídia descobriu o romance de Netinho e Rita Pavone e a notícia foi capa dos jornais do mundo. “Eu não era muito chegado nela; ela não era tão bonita e eu tinha outras namoradas” – diz. Netinho então se envolveu com outra cantora italiana, Mary di Pietro. Foto-

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Uma paixão. E a fofoca mundial

grafados juntos, de novo o baterista foi notícia mundial. O contrato com Rita Pavone foi rasgado e ele quase foi expulso do The Clevers. “Eu era moleque, não fazia por mal, mas para aproveitar as maravilhas do mundo” – conta Netinho, em meio a risos.

O que vem pela frente Netinho prepara o CD duplo Os Incríveis, dividido em Velhos Tempos, com os sucessos da banda original, e Novos Tempos, com músicas inéditas. Ele também

pensa num show pela passagem dos 50 anos da banda, reunindo artistas que fizeram parte de sua carreira num sítio em Cotia. Enquanto isso, ele finaliza

o livro Revisando Culpas, em que promete revelar as fases mais badaladas, os segredos pessoais, os amores e as brigas dos amigos da Jovem Guarda.

Aos 87 anos, dona Mariazinha guarda na memória a história da família, que se confunde com a do município. A enfermeira aposentada, que está trocando Itariri por Santos, lembra que seu pai, o português José Ferreira Franco, o seu Franco, era chefe de obras da Estrada de Ferro Sorocabana, no início do século 20. Com a expansão da linha de ferro SantosJuquiá e a construção da estação ferroviária em Itariri, o patriarca ficou na região com a família. Foi ele quem construiu a ponte férrea do Rio do Azeite. Depois, comprou terras, construiu as primeiras casas do povoado e

enio lourenço

As lembranças de dona Mariazinha, a mãe de Netinho

acabou prefeito. “Meu pai foi administrador da vila de Itariri e enfrentou dificuldades para, em 1938, virar Distrito de Paz – subordinado a Itanhaém até 1948. Ele teve problemas com grileiros nos processos das terras devolutas, mas ganhou todos no tribunal de Santos.” Seu irmão João também foi

prefeito duas vezes. Para ajudá-lo numa campanha, dona Mariazinha elegeu-se vereadora. A cidade se desenvolveu na infraestrutura com a gestão dos irmãos. “Na época, só havia água de poço. Meu pai pensara em colocar água encanada, mas foi João quem fez a grande reforma no saneamen-

to da cidade.” Ela se recorda também da praça do coreto: “João dizia que toda cidade tinha uma pracinha para as pessoas se encontrarem e questionava por que Itariri não tinha. Então construiu uma”. Das lembranças da infância de Netinho, dona Mariazinha resume que ele era “um menino normal, com saúde e levado. Jogava bola e se divertia no rio, saltando da ponte férrea construída pelo avô”. Ela conta que, aos 11 anos, o menino pegava o caminhão com o qual a família transportava banana para São Paulo e vinha com a irmã do sítio paterno a Itariri. “Ele dirigia para estudar teoria musical e

deixava o caminhão antes da delegacia de polícia. Eu só sossegava quando via o farol apontando de volta.” Depois, quando montaram um conjunto musical na cidade, o convidaram a participar. “Ele tinha uns 13 anos. Um grupo de senhores, liderados pelo maestro espanhol com quem ele tomava aulas de música, veio à minha casa pedir para que o deixasse tocar com eles. Tanto insistiram, que fui obrigada a deixar” – diz entre gargalhadas. “Tudo o que aconteceu em sua vida foi um processo contínuo, sem pular etapas.” E o dom? “Ah, a pessoa nasce com isso.”


política

RADAR Câmara

Com a cassação do vereador Américo Inchihashi pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER), tomou posse para o final do mandato o sr. Eduardo Hanashiro, que ficará no cargo até o dia 31 de dezembro de 2012.

Câmara II

O outro vereador cassado, Carlos Rocha Ribeiro, foi substituído pelo segundo suplente Paulo Rodrigues de Andrade, o “Pastor Paulo”, que também ficará no cargo até o último dia do ano de 2012. DISTRIB

PERUÍBE

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UIÇÃO GRATUIT A

Saúde de Peruíbe na TV

Desde maio, o jornal Brasil Atual-Peruíbe denuncia irregularidades no contrato de R$ 24,6 milhões firmado entre a Prefeitura Municipal e a Organização Social Educacional Paulistana (OSEP) – contratada para gerir os serviços de saúde em Peruíbe. No dia 2 de setembro, o programa Fantástico, da Rede Globo, veiculou reportagem denunciando diversos tipos de fraudes no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Jornal Regional de Peruíbe

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saúde

Agosto de 2012

eleições 2012

oseP: soB sUsPeita

Entidade é acusada de quarteirizar os serviços de Raios-X e dos refeitórios

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A vEZ DA MuLHER Três candidatas disputam a Prefeitura da cidade

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PolítiCa

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Enio LouREnço

Tribunal de Contas divulga os nomes de quem tem ficha suja

A SEDE DA oSEP, EM São PAuLo

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PolUição

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PoPUlação teMe o estado rePressiVo Moradores dizem que os guardas do parque invadem casas atrás de armas de caça

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PRAiAS iMunDAS Estamos no inverno, mas as praias já estão insatisfatórias

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Por Binho Brasil. Uma das suspeitas investigadas foi a OSEP. A quarteirização dos serviços de saúde, assim como a aprovação do contrato sem o conhecimento do Conselho Municipal de Saúde, chamou a atenção desde o início. No entanto, em julho, uma médica revelou ao Brasil Atual que profissionais do quadro da rede pública de saúde eram aliciados pela OSEP para dar plantão fora de expediente, sem o devido registro profissional – o pagamento seria feito por meio de “caixa dois”. A partir de uma câmera escondida, a reportagem do Fantástico flagrou uma funcionária da OSEP, durante entrevista de emprego, explicando a uma médica que o pagamento dos plantões era feito sem recibos. A presidenta da instituição, Renata Giantaglia, tentou embargar a reportagem na Justiça – como o jornal Brasil Atual antecipou em agosto –, sem sucesso. Como consequência, a Prefeitura de Peruíbe rescindiu o contrato com a OSEP e informou que a decisão foi tomada após “diversas cobranças e notificações em relação ao não cumprimento de cláusulas básicas do contrato firmado”. A administração pública ressalta que os serviços não serão interrompidos e não haverá “nenhuma dispensa nos quadros de servidores, desde que estejam em situação regular”.

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Trevo causa preocupação em Ana Dias Em junho, o trevo que dá acesso ao distrito de Ana Dias na rodovia Padre Manoel da Nóbrega foi transformado numa rotatória. Após dois acidentes graves envolvendo caminhões na madrugada, o clima é de medo entre os moradores. Eles se organizaram e fizeram um abaixo-assinado, cobrando melhorias do poder público naquele ponto da estrada. A preocupação é que o lugar se perpetue como “o trevo da morte”. O eletricista Gady Vilela teve o muro de sua casa destruído no primeiro acidente. “Devia ser por volta das 3h30, quando o caminhão com bananas bateu na minha casa. Felizmente, o motorista apenas desmaiou.” A mesma sorte não existiu para o colega de boleia que transportava frangos congelados para Peruíbe, no dia 18 de julho. O caminhão capotou num canteiro ao lado da rotatória, após fazer

enio lourenço

Em quatro meses, rotatória registrou dois acidentes graves e a morte de um caminhoneiro

a curva e atingir um poste. O caminhoneiro ficou preso entre as ferragens e morreu. Já o passageiro que o acompanhava foi resgatado com vida e encaminhado ao Hospital Regional de Itanhaém.

Segundo o comandante da 2ª Companhia do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual, que abrange o litoral sul e o Vale do Ribeira, Francisco Vanderlei da Silva, pela forma como eles se apresenta-

vam na ocorrência, em ambos os acidentes os condutores estariam acima da velocidade permitida, que no trevo é de 60 km/h. Além disso, havia chuva na hora do acidente com o caminhão de frangos, o

que deve ter contribuído para o seu tombamento. Gady e outros moradores de Ana Dias acreditam que a falta de sinalização é o problema do trevo. Os itaririenses temem pela segurança dos motoristas e pedestres. “Fizemos um abaixo-assinado para colocar uma lombada eletrônica no trevo para chamar a atenção dos motoristas. A iluminação e as placas de sinalização também devem ser ajustadas. Eu acredito que essa rotatória não esteja adequada à estrada” – diz o eletricista. A assessoria de imprensa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) afirmou em nota que “o trevo de Ana Dias foi remodelado com o objetivo de melhorar o tráfego e a segurança local”. O órgão diz, ainda, ter reforçado a sinalização do local e pede mais prudência aos motoristas que utilizam a rodovia.

Desde abril de 2011, a rodovia Padre Manoel da Nóbrega encontra-se em obras de melhoria, recuperação e ampliação de sua capacidade do km 344 ao km 389,8 – envolvendo os municípios de Itariri, Peruíbe, Pedro de Toledo e Miracatu. As reformas foram divididas em três lotes e têm a previsão final de entrega neste mês. O investimento total do Estado de São Paulo é de R$ 53,4 milhões.

Contudo, há problemas em trechos já concluídos. Um deles é entre o km 361 e km 362. Conforme nota do DER, nesse local foi instalada uma terceira faixa para maior trafegabilidade dos usuários na via. Porém, quem passa nesse quilômetro percebe que não há acostamento nem guard-rail, que existe até o quilômetro anterior, para a proteção dos usuários, inclusive em trechos de curvas. O comandante da Polícia Rodoviária do Litoral Sul e

Vale do Ribeira, tenente Francisco da Silva, afirma que não conhece os lotes do projeto de recuperação da rodovia, mas acredita que as irregularidades existam pela obra não estar concluída. “A obra prevê a construção de acostamento ao longo de todo o trajeto. A recomendação da Polícia Rodoviária é que os condutores obedeçam à sinalização, respeitem os limites de velocidade e tenham prudência ao fazer ultrapassagens.”

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Problema de segurança na Padre Manoel da Nóbrega


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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato. p a g s i n a l u b o u s m e t s e d i u e u n a r c a r e t a a t a Ç a n o a r a r c o b

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Respostas

Horizontal – 1. Planta usada em projetos paisagísticos 2. Indício, vestígio; Nome de origem tupi, variante de Anahi (bela flor do céu) 3. Universal Boxing Organization; O fruto do urucuzeiro 4. Maneira de executar algo; Extraterrestre 5. Acertara o texto 6. União Europeia; Semelhante a monogamia 7. Fluido que respiramos; Guerra entre o Exército e o movimento de Antônio Conselheiro 8. Sem curvaturas; Escola de Artes e Ofícios; Linguagem de programação Turbo Basic 9. Criticai, reprovai; Cidade de São Paulo 10. Não, em inglês; Adiante! 11. Construção que ampara parede ou abóbada Vertical – 1. Música de Maria Bethânia 2. Produto Interno Bruto; Diz-se de quem ergue 3. Palavra que designa uma pessoa; Forma sincopada de está 4. Alcoólicos Anônimos; Conjunto de normas pedagógicas 5. Albumina vegetal; Associação Rio-grandense de Bibliotecários 6. Que possui o caráter de rotina 7. Beberrão; Magnetismo pessoal 8. Apoiado, firmado; Sigla da Bahia 9. Navio de velas redondas; Gosto muito; Designativo de tudo 10. Equipe; Indica objeto próximo do falante ou com ele relacionado 11. Ou, em inglês; Irmã da mãe; Soca

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