Jornal brasil atual limeira 31

Page 1

LIMEIRA

www.redebrasilatual.com.br

Jornal Regional de Limeira

jornal brasil atual

jorbrasilatual

nº 31

PERFIL

DISTRIB

GRATUUIIÇÃO TA

Dezembro de 2014

SOCIAL

PEQUENA NOTÁVEL Stella Migliano, de 11 anos, se destaca por ações políticas e de cidadania

HÁ ESPERANÇA “Braços Abertos”, da capital, é alternativa de combate ao crack

Pág. 3

CULTURA

DANÇA “No Ritmo da Liberdade” em cartaz, no dia 19, no Teatro Vitória

Pág. 6

FUTEBOL NOVO GOVERNO

DILMA CONCLAMA UNIDADE NACIONAL Após eleição marcada pelo ódio, presidenta dá indícios de que deve avançar em reformas estruturais Pág. 5

JOGO DURO Clubes do interior lutam contra desmandos da alta cartolagem

Pág. 7


Limeira

2 REFORMAS

Recuperação das estradas rurais Parceria entre produtores e Poder Público dá resultado

EDITORIAL A eleição presidencial deste ano entrou para a história por alguns motivos peculiares. Um deles diz respeito às diversas oscilações nas candidaturas de oposição à presidenta Dilma, principalmente entre Aécio e Marina. As viradas quantitativas nas intenções de votos no primeiro e no segundo turno derrubaram muitos institutos de pesquisa. Registre-se ainda que Dilma firmou-se num sólido patamar de aceitação em torno dos 40% e ainda cresceu, apesar da enxurrada de críticas que recebeu. O enfrentamento eleitoral consolidou os votos favoráveis às mudanças trazidas pelo PT, como também encontrou no PSDB e em Aécio eco para a direita radical. Essas oscilações bruscas trouxeram um mosaico superlativo de ideias e propostas. Com elas veio também o aumento do ódio (que não cabe nem como ideia, nem como proposta) ao partido vencedor, desde sempre conduzido pela mídia comercial – que, antes mesmo do pleito, sobretudo a revista Veja, com a sua capa falaciosa referente às delações premiadas na apuração do Caso da Petrobrás, já alimentava o furor entre as pessoas. Quem tem saído às ruas para impugnar a nossa sétima eleição democrática consecutiva apresenta as piores e mais violentas facetas da sociedade: racismo, aversão aos pobres, nordestinos, homossexuais ou qualquer outro segmento que não esteja identificado com o status quo. Movimentos que só encontram referência nos momentos mais sórdidos da história mundial. É preciso saber perder, mas os vencedores também devem fazer do exercício do poder o exercício da construção do bem comum e da cidadania. A pauta, agora, é a retomada do crescimento do PIB, o controle da economia, a igualdade de oportunidades e, principalmente, o exercício da democracia. Criticar faz parte do jogo democrático, mas a violência não! O povo trabalhador, mais uma vez, saberá distinguir o joio do trigo.

GIOVANNI GIOCONDO

A antiga dificuldade dos produtores em escoar a produção agrícola de Limeira começou a mudar com a parceria entre a Prefeitura e as usinas da cana-de-açúcar, que, em conjunto, estão reformando os 515 km de estradas rurais do município. Segundo o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Marcelo Coghi, as principais obras são a abertura de cacimbas nas margens das

vias para o armazenamento de água, que evitam erosões, e a recuperação das cerca de 90 pontes da zona rural para a passagem de caminhões e máquinas pesadas. Para completar, o Ministério das Cidades, do governo federal, assinou em 9 de outubro convênio com a Prefeitura para pavimentação de um dos principais acessos da zona rural à Rodovia Anhanguera.

TRÂNSITO

Lei de transparência nas multas Arrecadação no primeiro semestre gerou desconfiança A lei que obriga a Prefeitura de Limeira a divulgar os valores mensais da arrecadação obtida com multas de trânsito foi sancionada em setembro, mas os dados ainda não estão disponíveis no seu site e no

Diário Oficial do Município devido a problemas técnicos. Na comparação entre o 1º semestre de 2013 e o mesmo período de 2014, o número de multas registrado na cidade subiu 118% – a arrecadação foi

de R$ 989.117,00 para R$ 2.251.841,00, alta de 127,6%. Excesso de velocidade, falta do uso do cinto de segurança e uso do celular ao volante são as principais ocorrências.

OBRAS

Piscinão sai em junho de 2016 SAAE pretende evitar novas tragédias no Centro A região da Avenida Piracicaba e do Mercado Municipal, no Centro, deve deixar de sofrer com as enchentes. Mas só a partir de junho de 2016. Esse é o prazo de entrega da obra do novo Reservatório Enterrado de Contenção de Água Pluvial, conhecido popularmente como Piscinão,

que ficará situado na antiga pista anexa ao Tiro de Guerra. Segundo Osmar da Silva Júnior, presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAEE), as obras do piscinão são necessárias para evitar que novas tragédias aconteçam na área, onde já houve mortes em

decorrência dos alagamentos, além de graves prejuízos causados aos proprietários de lojas e de residências do entorno. O SAEE pede a compreensão e a atenção redobrada dos moradores das proximidades, já que há interdições em pelo menos 25 ruas da área.

Expediente Rede Brasil Atual – Limeira Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Ana Lucia Ramos, Giovanni Giocondo, Ivanice Santos e William da Silva Revisão Malu Simões Foto Capa Dilma (Roberto Stuckert Filho/PR) Foto Capa Futebol (Malavolta Jr./Jornal da Cidade) Diagramação Leandro Siman Telefone (19) 99264-6550 – (11) 3295-2820 Tiragem: 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


Limeira

3

SOCIAL

Uso do crack se espalha no interior de São Paulo Capital paulista aponta horizonte de combate com programa interdisciplinar “Braços Abertos” problemas por conta da chamada “epidemia” da droga. Há divergências nas formas de lidar com o vício. As mais comuns são: internação voluntária, internação compulsória e recuperação mediante trabalho ou religião, que se contrapõem. Para Dartiu Xavier, psiquiatra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso do crack é um sintoma da conjuntura social desfavorável em que as pesso-

as se encontram. “A situação de rua sempre existiu antes do crack, ninguém vai para a rua por causa da droga”, informa. Dartiu explica que o fato de os usuários estarem sobrevivendo em condições insalubres dificulta a recuperação. “As pessoas acham que a dependência do crack é mais difícil de tratar que a do álcool. Isso não é verdade. Qualquer dependência é sempre difícil de tratar”, esclarece.

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA-SP

Em 2013, um levantamento do Instituto Fiocruz identificou 370 mil usuários de crack no Brasil. O consumo da droga, antes restrito a áreas deterioradas das grandes cidades e às pessoas em situação de rua, popularizou-se em municípios do interior e atinge todas as camadas sociais. No Estado de São Paulo, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios, 70% das cidades enfrentam

Paulo Sergio Souza, de 35 anos, é funcionário de uma empresa de limpeza pública em São Paulo, desde agosto. Há um ano, no entanto, o trabalhador fazia parte do enorme contingente de pessoas que habitam as calçadas da “cracolândia”, onde viveu durante seis anos sob as asas da droga. Em janeiro de 2014, ele passou a fazer parte do programa Braços Abertos, da Prefeitura de São Paulo, que consiste em frentes públicas de trabalho oferecidas para a população usuária de droga e moradora de rua em troca de salário, alimentação e

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA-SP

“Braços Abertos” abre as portas para a superação

moradia (alugada em pensão). Atualmente, 470 pessoas são beneficiadas. Em julho, Paulo saltou para um trabalho formal com

carteira assinada. “Tinha perdido o emprego, a casa, e aí fui para a rua. Quando você entra ‘na droga’, fica com vergonha da sua família. Mas eles nunca

me viraram as costas. Hoje, eu voltei a ver a minha filha, que está com 10 anos, e a sensação é maravilhosa. O trabalho no projeto mostrou que a gente é capaz de virar o jogo e superar essa situação”, comemora. Mauricio Dantas, um dos coordenadores do programa social, frisa que o trabalho era uma demanda dos próprios usuários. “Eles precisavam de uma alternativa de renda e de interrupção da dinâmica da fissura que o crack provoca”, diz. Somente em 2014, foram realizados 28 mil atendimentos não compulsórios aos usuários que trabalham no projeto dentro da diretriz de redução de

danos, que por sua vez é o carro-chefe da Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras drogas. Semanalmente, Dantas é procurado por municípios do interior de São Paulo, de outros Estados e até mesmo por outros países do exterior. “Já recebi autoridades do Canadá e da África do Sul interessadas no projeto. O Braços Abertos ganhou visibilidade e tornou-se referência, mas é preciso lembrar que ele não pode ser transportado automaticamente para outro lugar. É necessária uma adaptação”, pondera.

“Nenhuma crença vai substituir o tratamento de saúde” Nas zonas rurais do interior proliferam-se os centros de acolhida, uma forma tradicional de tratamento aos usuários de drogas. No Esquadrão da Vida, em Marí-

lia, o tratamento é voluntário, mas, além da saúde, a religião também entra em pauta. “Nós usamos a Bíblia como material didático, porque achamos que a leitura aju-

da na libertação das drogas. A entidade é evangélica, mas ninguém precisa se converter”, explica Kin Cogu, coordenador de tratamento da entidade, que hoje abriga 14 homens.

Para Dartiu Xavier, apesar de bem-intencionadas, muitas dessas instituições não têm equipes de saúde suficientes. “Eu não tenho nada contra a religião, mas as pessoas não

podem confundir essas doutrinas com tratamento de dependência de droga. Nenhuma crença religiosa vai substituir o tratamento de saúde”, explica.


Limeira

4 PERFIL

Menina de 11 anos promove ações de cidadania O rosto infantil e a predileção pelas bonecas podem fazer com que um desavisado trate esta limeirense como qualquer criança de 11 anos. Mas uma conversa e uma olhada nos livros que a menina devora em casa revelam alguém que extrapola os lugares-comuns que a sociedade impõe para as crianças. Esta é Stella Padilha Migliano, estudante do 6º ano, da Escola Estadual Professor Antonio Perches Lordello. Uma garota simples, ainda ingênua, tímida, mas que chamou a atenção da cidade graças a

GIOVANNI GIOCONDO

Atuação política de Stella Migliano envolve campanhas de doação de livros e brinquedos Por Giovanni Giocondo

sua inteligência, perspicácia e atuação junto aos movimentos sociais. Em uma sessão da Câmara Municipal, no dia 24 de se-

tembro, a menina subiu à tribuna para questionar o vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB), que teria desvirtuado uma ação criada

faz bem, tendo um cômodo repleto de quadros em casa). Isso ainda era pouco para a garota que começou sua caminhada extracurricular com o balé. Desde os 3 anos, ela treina em uma companhia de Limeira. Aos 9 anos, a menina descobriu a poesia. Estudou nos livros, na Internet, e passou a fazer parte de um grupo de poetas limeirenses, que recentemente lançou uma coletânea com obras de cada um dos seus membros, incluindo as dela. A garota ainda participa de um coral de crianças.

por ela, e sem pedir autorização transformou em um projeto de lei de “sua autoria”. A equipe do Brasil Atual esteve na casa onde Stella mora com os pais. Na visita, o que se verificou foi que a repercussão do episódio foi apenas o estopim para uma tempestade de ideias que vinha explodindo na cabeça da menina há tempos. A mãe de Stella é a historiadora Lilian Padilha Molinari, que, quando não está trabalhando, gosta de pintar quadros, inspirando a filha, que também se aventura nas artes plásticas (e o

“Roubar” o doce da criança nunca foi tão difícil Stella”, revela a mãe. O projeto tinha relação com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A menina, que já convivia com os moradores do Assentamento Elizabeth Teixeira, em Limeira, pensou que arrecadar brinquedos e livros usados para doá-los às crianças que vivem no local seria uma boa ideia.

Para isso, em 2013, ela fez uma campanha na sua escola, passando de sala em sala, para apresentar sua ideia. A proposta também era de levar os doadores até o assentamento para brincar e entender aquele mundo. E conseguiu, mesmo com a resistência inicial dos pais dos colegas, que, segundo Lilian, são preconceituosos em relação ao mo-

GIOVANNI GIOCONDO

Na polêmica sessão da Câmara, Stella subiu na tribuna e criticou o vereador Tigrão por tirar o “caráter social” da proposta. A notícia teve forte repercussão, mas a forma como o caso foi abordado pela mídia não foi aprovada pela família. “Tentaram jogá-la contra o vereador, e não era esse o objetivo da

vimento. “O que eu queria mesmo era levar cultura para o assentamento, além de mostrar que eles são pessoas iguais à gente”, explica a menina. Agora, ela quer o apoio das autoridades para viabilizar a ida de um grupo de hip-hop ao assentamento campesino.

As pretensões, os ideais e os sonhos da estudante “Eu quero ser presidenta da República”, diz Stella com convicção. A menina já tem, inclusive, um rascunho de seu “plano de governo”. É um caderno com algumas anotações de leis que pretende propor. Dentre elas, está uma que elimina a existência das classes sociais,

e outra que garante moradia digna a todas as pessoas. É um objetivo forte, intrínseco aos clamores por mudanças que Stella expressa em suas poesias, dança e atuação na política. Em 2013, a garota ajudou a organizar o “protestinho” das crianças, que aconteceu

no Parque da Cidade, consequência das manifestações que varreram o país em junho do ano passado. Enquanto esses desafios maiores ainda não estão no horizonte, a menina caminha a passos largos para mostrar que, acima de tudo, é possível ser consciente e cidadã sem

deixar de ser criança. “Tenho amigos normais, com quem converso sobre outras coisas. Para mim, continua sendo uma brincadeira”, comenta. Essa é uma das preocupações dos pais. A mãe diz que não é fácil ter uma “menina adulta” em casa. Além do auxílio psicológico, ela dosa as lei-

turas conforme o avanço de Stella, sem censurar temas, de modo que não atropele o desenvolvimento da criança. “Apenas dou tempo ao tempo e tenho de blindar a Stella porque, quanto mais ela se posicionar à esquerda, mais bordoada ela vai tomar”, esclarece Lilian.


Limeira

5

NOVO GOVERNO

Dilma pede unidade para os próximos quatro anos

No último mês, os derrotados partidários de Aécio Neves (PSDB) exacerbaram

Reforma política A reformulação do sistema político brasileiro ganhou força após os movimentos da juventude de junho de 2013. Em setembro deste ano, entidades e movimentos sociais reuniram mais de sete milhões de assinaturas em uma consulta popular que indagou: “Você é a favor de uma Assembleia Constituinte e Soberana sobre o Sistema Político?”. Confira trecho do documento que justifica a ação: Vemos, por exemplo, que os candidatos eleitos têm um gasto de Campanha muito maior que os não eleitos, demonstrando um dos fatores de poder econômico nas eleições. Também vemos que o dinheiro usado nas Campanhas tem

origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos para depois obter vantagens nas decisões políticas, ou seja, é uma forma clara de chantagem. (...) Além disso, ao olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional vemos que é um Congresso de deputados e senadores que fazem parte de uma minoria da População Brasileira. A reforma política é o “nó a ser desatado” para que o novo governo do PT consiga estabelecer políticas públicas mais progressistas. Esta é a análise de Paulo Vannuchi, ex-ministro de Direitos Humanos, em seu comentário na Rádio Brasil Atual, logo após a eleição.

preconceitos outrora velados. A falsa dicotomia de ideias criada entre norte e sul, pobres

e ricos, “ignorantes” e “esclarecidos” ruiu quando passeatas tentaram impugnar a eleição democrática com apelos à volta dos militares ao poder, forjadas em racismo, ódio de classe e de região. O jornalista Leonardo Sakamoto, em seu blog no UOL, atribuiu parte da incitação aos crimes de ódio que essas pessoas vêm praticando, principalmente nas redes sociais, à irresponsabilidade de colunistas e jornalistas dos principais meios de comunicação. “Esses crimes virtuais cometidos por zumbis incapazes de enxergar no outro um ser humano detentor do mesmo direito à dignidade foram

alimentados por argumentos construídos e divulgados, ao longo do tempo, por pessoas que não se preocuparam com o resultado negativo de seus discursos.” Nessa conjuntura, a reforma política e a democratização dos meios de comunicação ganharam força como agendas fundamentais do próximo governo. No entanto, a renovação de parte da bancada do Congresso Nacional, com a orientação “mais conservadora desde 1964”, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), dá indícios de que o próximo mandato exigirá de Dilma ainda mais tenacidade para aprovar essas propostas.

Regulação econômica da mídia A regulação econômica da mídia, reivindicação histórica dos movimentos sociais, também foi aventada pela petista na campanha. É o que acontece nos Estados Unidos, na Alemanha e no Reino Unido: o Estado regulamenta o setor para evitar monopólios e propriedade cruzada das mídias (radiodifusão e impressa). No Brasil, a Constituição Federal estabelece leis para o setor, mas que carecem de regras para funcionar. Dilma sinalizou caminhar nessa direção. “Por que qualquer setor tem regulação e a mídia não pode ter?”, questionou a presidenta em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo, em 6 de novembro. No mesmo mês, o Fórum

DIVULGAÇÃO

“Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, do nosso país e de nosso povo. Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo, sim, que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas unidas por sentimentos comuns: a busca por um futuro melhor para o país.” O discurso conciliatório da presidenta Dilma Rousseff (PT) após o fechamento das urnas marcou uma das disputas mais vorazes da Nova República – a petista venceu pela diferença de 3.458.891 votos.

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Ódio e calúnias marcaram a eleição; reforma política e democratização da mídia entram na pauta

Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) publicou nota pedindo para a presidenta que o debate com os diversos segmentos sociais seja ampliado, visando a formulação do marco regulatório. Este novo marco regulatório deve responder às mudanças tecnológicas das últimas décadas e às demandas de uma sociedade mais complexa,

que clama pela garantia de seu direito à comunicação. E deve ser resultado de um amplo e plural debate com a população brasileira, há tanto tempo interditado por setores que, em nome da manutenção de seus interesses e privilégios, vêm se colocando sistematicamente contra a democratização da comunicação do Brasil.


Limeira

6 CULTURA

Liberdade é tema de espetáculo de dança no Teatro Vitória “No Ritmo da Liberdade” rememora conquistas da humanidade ao longo da história samento, na religião, na sexualidade, sem limites para evidenciar que é possível viver uma vida sem amarras. O espetáculo tem mistura intensa entre a fluência do hip-hop, do jazz e da dança contemporânea, além da sensualidade da dança do ventre. Também haverá espaço para a percepção da tecnologia, com um palco multimídia, e homenagens a personagens marcantes da luta pelas liberdades, como Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. Com vasta experiência na-

cional e internacional nos mais diversos ritmos musicais, a dançarina e diretora do espetáculo Renata Cavinato lembra que a dança se modificou e chegou ao patamar de integração em que se encontra graças à evolução das liberdades e da contribuição de cada um dos povos do mundo.

DIVULGAÇÃO

Todas as nuances oferecidas pelo conceito e pela prática da “liberdade” e sua ligação com a arte da dança poderão ser vistas no dia 19 de dezembro (sexta-feira), às 20 horas, no Teatro Vitória, no Centro. “No Ritmo da Liberdade” é um espetáculo do Studio de Dança Renata Cavinato. A apresentação tem o objetivo de mostrar os benefícios trazidos pelas conquistas das mais diversas liberdades que a humanidade obteve ao longo da história: na expressão, no pen-

No Ritmo da Liberdade Onde: Teatro Vitória – Rua Boa Morte, 471, Centro Quando: 19 de dezembro, às 20 horas Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).

CIDADANIA

Jovens e idosos se unem em espetáculo de Natal

DIVULGAÇÃO

Cantinho do Vovô, no Jardim Bela Vista, recebe coral do Aldeia Movimento Pró-Cultura Os idosos que vivem no Cantinho do Vovô, tradicional casa de acolhimento para pessoas da terceira idade no Jardim Bela Vista, têm um motivo a mais para comemorar o Natal deste ano. O local será palco da apresentação do coral de crianças e adolescentes do Projeto Aldeia Cidadania, ligado ao Aldeia Movimento Pró-Cultura, no dia 13 de dezembro, às 9 horas.

ANUNCIE

Os jovens cantores vão entoar tradicionais canções natalinas. Na apresentação, os meninos e as meninas serão acompanhados pelas melodias da Corporação Musical Artur Giambelli, que há mais de 80 anos promove o aprendizado e a propagação da música na cidade, com repertório que vai do erudito ao popular. Também está prevista a en-

Aqui!

cenação de uma peça de teatro integrada entre os alunos da entidade e os idosos, em que os primeiros farão o papel dos brinquedos natalinos. O Aldeia Movimento Pró-Cultura promove o desenvolvimento e a inclusão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com atividades culturais, lúdicas e pedagógicas.

Telefone: (11) 3295–2820 E-mail: jornalba@redebrasilatual.com.br | jornalbrasilatual@gmail.com jornal brasil atual

jorbrasilatual


Limeira

7

FUTEBOL

CBF e federações jogam contra clubes do interior

DIVULGAÇÃO

Nas últimas décadas, o futebol profissional tem se tornado cada vez menos democrático para os pequenos clubes do Brasil, geralmente localizados no interior. Dirigentes e torcedores dessas equipes são unânimes em apontar a ausência de um calendário “mais recheado” de competições ao longo de todo o ano como uma das causas, com o agravante da falta de recursos financeiros para sustentar a estrutura profissional. É o que pensa Luciano Sato, gerente de futebol e técnico das categorias de base do Esporte Clube Noroeste, de Bauru. Atualmente na 4ª Divisão do Campeonato Paulista, a equipe campeã da Copa

ARQUIVO PESSOAL

Calendário e falta de recursos são os principais entraves para atletas, torcedores e dirigentes

Jogadores do Independente Futebol Clube concentrados antes do jogo; Paulo Santana Neto, torcedor do Marcílio dias

Paulista em 2012 (torneio para equipes que não disputam as divisões do Brasileirão e premia com vaga na Copa do Brasil) não disputou competições no 2º semestre deste ano. “A Copa Paulista é muito importante para os clubes do interior, mas financeiramente não compensa. Nós até con-

seguimos manter uma base de jogadores para a disputa da Série A-2 no ano seguinte [2013], mas perdemos nosso patrocinador principal e alguns atletas que se destacaram receberam propostas melhores de clubes que disputam o Campeonato Brasileiro e foram embora”, lamenta.

Como alternativa, Sato diz que o Norusca deve apostar nos jovens que disputarão a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro, para formar a base da equipe profissional do ano que vem. O presidente do Independente Futebol Clube, de Limeira – que neste ano chegou

às semifinais da Copa Paulista e subiu para a Série A-2 do estadual –, Marcelo de Assis, entende que sem dinheiro, não há perspectiva de sobrevivência para as equipes menores. “A Federação Paulista de Futebol paga R$ 120 mil a cada clube da Segunda Divisão, mas tira R$ 40 mil para pagar arbitragem, exame antidoping e outras despesas. Quem consegue manter uma folha salarial, mesmo que barata, com esses valores?”, critica. Para efeito de comparação, os valores pagos aos clubes do interior que estão na Série A-1 variam entre R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões. São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras recebem o dobro.

Ativismo de jogadores e sua pauta de reivindicações 2013 com o objetivo de tornar mais efetiva a participação dos atletas na gestão do futebol, também informa que cerca de 16 mil jogadores ficam desempregados ao fim dos campeonatos estaduais. O goleiro Roberto Volpato, da Associação Atlética Ponte Preta, é um dos integrantes

GUILHERMEDORIGATTI/PONTEPRESS

Levantamento do Bom Senso F.C. mostra que 583 clubes brasileiros ficam mais de seis meses sem disputar competições na temporada. Em média, essas equipes disputam apenas 17 partidas por ano, enquanto as grandes podem jogar até 85. O movimento, criado em

do Bom Senso F.C. O atleta afirma que é preciso urgência para mudar esse quadro. “Sou um atleta profissional, mas antes de tudo sou um cidadão. Por isso, além de defender os interesses do meu clube, volto o olhar para o lado social do futebol”, pondera. “Foi por esse motivo que me

uni ao Bom Senso, que apresentou ao público propostas com foco na democratização do calendário, incluindo a criação de uma Série E do Brasileiro, para que todos os clubes e atletas se mantenham em atividade, e os torcedores retomem sua paixão pelo esporte”, constata.

Torcida entra em campo para batalhar pelo futebol O professor Lucas Sartorelli, de 29 anos, é torcedor do Noroeste. Para ele, a reformulação do calendário do futebol brasileiro tem que partir da redução das datas dos campeonatos estaduais – o Paulistão chega a durar quatro meses – e da melhor distribuição das

equipes menores na Copa do Brasil e nas Divisões do Campeonato Brasileiro, gerando mais atividades ao longo da temporada. E quem bancaria os custos e as viagens? “A CBF, com seus lucros astronômicos”, responde Lucas. O torcedor considera inadmissível a situação

atual do Norusca. “Mas não dá pra culpar só a administração. Hoje, muitos dirigentes praticamente bancam a temporada do próprio bolso, porque de fato não há apoio financeiro”, conta. Não é somente no Estado de São Paulo que as dificuldades dos clubes pequenos se

transformam em suplício. Paulo Santana Neto, consultor empresarial de 24 anos, fã do Clube Náutico Marcílio Dias, de Santa Catarina, conta que seu time está inativo desde abril, quando terminou o estadual. “A Federação [Catarinense de Futebol], que tem o mesmo presidente há 30 anos, prome-

teu uma vaga na Série D e não cumpriu, além de não ter feito a Copa SC, que daria essa vaga. Agora, o clube só volta a jogar em fevereiro de 2015. O torcedor, obviamente, fica chateado com a situação, o quadro de sócios cai e não há como criar vínculo com o time”, explica.


Limeira

8 FOTO SÍNTESE – CASA DO JOÃO DE BARRO

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Capacidade identificada no programa de Silício (símbolo) calouros

Pode ser evitado com a redução do tempo no banho

© Revistas COQUETEL

Forma do movimento da cobra

Flagrante Adereço (?): evi- que Dilma dência de recebeu de Lula infração

Vigilância (?): interdita bares

Arte militar Fazer passar por um filtro (o café)

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

© Revistas COQUETEL

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). SUDOKU Adereço que Dilma recebeu de Lula

Empresa que publica livros e revistas

O hemisfério acima do equador (abrev.)

"(?) de Elite", filme com Wagner Moura (?) da Agricultura Familiar: 2014 (ONU)

Desloco (o móvel) sem levantar do chão Medida de terrenos equivalente a 100 m2

Arte militar

Fazer passar por um filtro (o café)

Letra que www.coquetel.com.br

2 9

Empresa os espaços O hemisfé(?) da ADesloco Preencha vazios comgricultura algarismos de 1 a 9. que publirio acima (o móvel) ca livros e do equador sem levanFamiliar: revistas tar do chão 2014 (ONU) Os algarismos não (abrev.) podem se repetir nas linhas verticais e Medida de terrenos horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). equivalen-

Soldado que coletava impostos e servia ao império, na época feudal do Japão

Brinquedo infantil que rodopia

6

1 9 7 1 6espaços 5 vazios com algarismos de 1 a 9. 2 Preencha 9 os Os algarismos 7 6 não podem se repetir nas linhas verticais e 7 horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). 3 1 99 5 7 4 3 2 14 6 5 8 6 7 2 9 7 6 4 9 5 4 73 6 5 6 4 8 63 7 1 9 7 Impresso com informações de www.coquetel.com.br remédios

"Internacional", em OIT

© Revistas COQUETEL Brinquedo infantil que rodopia

Em consequência de

Soldado que coletava impostos e servia ao império, na época feudal do Japão

Curso popular de conservatórios Fantástico

Terra, em inglês

(?) dog, sanduíche com salsicha

Curso popular de conservatórios Fantástico

Dez, em inglês

outra vez

Zack Snyder, cineasta de "300"

Dom João (?): fundou o Banco do Brasil

Maior bioma do Brasil

1

I Ã T

S I

V I E

F A I X PA R E S I D E N C I A L

A N T E C O A R

5 6

4 8 6 L

D T E G U L O I T R N O A A B R M U R L A H A S O T T R O EM O N I V

9 5 4

E G O

Z S

I

6 8 1 7 3 9 4 2 5

7 4 9 1 8 5 2 3 6

8 1 6 3 7 2 9 5 4

6000243

2 3 5 6 9 4 8 1 7

29 4 37 52 1 63 6 8 9 17 3 84 75 6 92 84 9 25 1 7 6 5 8 4 3 1

1 1 8 5 5 4 2 8 3 6 6 3 7 9 2

6000243

4 5 6 7 8 9 7 8 4 1 3 2 1 9 6 3 7 2 9 5 4

2 3 5 6 9 4 8 1 7

9 2 7 5 4 1 6 8 3

Solução

7

Solução S T R A A N L I I E I T N A T O R O I S A Ã O D R I C AN O L O A M A M I S

5 7 2 4 1 8 3 6 9

3 6 8 9 2 7 5 4 1

1 5 4 8 6 3 7 9 2

Solução

76

D

4 9 3 2 5 6 1 7 8

6

6 5 D E A S P S E R E D P I C V IO D F E G A G U IN A

24

3/hot — ten — vie. 4/idos — land. 6/violão. 7/feérico. 12/inadmissível.

5 6

Dez, em inglês Mastiga outra vez (?) de março, dia da morte de Júlio César (Hist.) (?) de perdição: lugar sórdido

Carbono (símbolo) Vida, em francês

(?) de março, dia da morte de Júlio César (Hist.) (?) de perdição: lugar sórdido

6

Peça dos óculos Cidade gaúcha

Parte da Imprimem psique movimento de rotação (Psican.) a

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL Mastiga

BANCO

(?) dog, sanduíche com salsicha

Peça dos óculos Cidade gaúcha

Parte da Imprimem movimento psique de rotação (Psican.) a

O que "trava" quando fala Ponto, no futebol O erro, para o perfeccionista

Terra, em inglês

te a 100 m2

5 7 2 4 1 8 3 6 9

6 8 1 7 3 9 4 2 5

7 4 9 1 8 5 2 3 6

8 1 6 3 7 2 9 5 4

2 3 5 6 9 4 8 1 7

9 2 7 5 4 1 6 8 3

3 6 8 9 2 7 5 4 1

1 5 4 8 6 3 7 9 2

Solução

6000243

4 9 3 2 5 6 1 7 8

VALE O QUE VIER As mensagens podem ser enviadas para jornalbrasilatual@gmail.com ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

O que "trava" quando fala Ponto, no futebol O erro, para o perfeccionista

3 7

BANCO

4

Carbono (símbolo) Vida, em francês Zack Snyder, cineasta de "300"

Dom João (?): fundou o Banco do Brasil

Maior bioma do Brasil

3/hot — ten — vie. 4/idos — land. 6/violão. 7/feérico. 12/inadmissível.

3 2

7

Em consequência de

76

Solução

I

"(?) de Elite", filme com Wagner Moura

Impresso com informações de remédios

"Internacional", em OIT

identifica o sotaque inglês

C O A R

Seguidoras de um artista

algarismos romanos

A N T E

© Revistas COQUETEL 52, em

Continente de origem do ginseng

F A I X PA R E S I D E N C I A L

O voto no candidato inexistente

Letra que identifica o sotaque inglês

V I E

Flagrante (?): evidência de infração

Vigilância (?): interdita bares

Seguidoras de um artista

D E G L O I T R O A B R U R L A A S T R O EM O N I V

Forma do movimento da cobra

52, em algarismos romanos

S S T R A T I A N U L I I T E I T N A N I T O R A Ã O I S A M L Ã O D H E R I C O AN T G O O L O A M A Z D M I S S

Capacidade identificada no programa de Silício calouros (símbolo)

Pode ser evitado com a redução do tempo no banho

Continente de origem do ginseng

D E A S P S E R E D P I C V IO D F E G A G U IN A

www.coquetel.com.br

ANA LUCIA RAMOS

O voto no candidato inexistente


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.