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Jornal de Marília e Região
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Novembro de 2012
Literatura
juninho da praia grande Os primeiros lances de Neymar no Jardim Glória, quando ele jogava no Grêmio
jabuti pra ela Professora Maria do Rosário, da Unesp de Marília, ganha prêmio
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eleições 2012
vinícius e faneco Marília e Garça têm novos prefeitos; Fernão, ainda não
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Música rodovias
pedágios rendem uma baita grana Concessionárias arrecadam R$ 168,09 por segundo – R$ 14,5 milhões por mês Pág. 7
tom dá o tom Um dos pais do Tropicalismo visita Ourinhos e Garça
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2 Literatura
Marília ganha mais um Jabuti
As eleições municipais mostraram ao País que a mídia comercial tem, sim, um lado: o da incondicional defesa de um projeto nacional que não tolera a vitória dos partidos mais afeitos à causa dos trabalhadores, pela inclusão e contra a miséria e a barbárie. Este ano, essa tal mídia – o PIG, o Partido da Imprensa Golpista – teve a seu lado os homens que vestem a capa escura do Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar (até a véspera da eleição) aqueles que eram tidos como responsáveis pelo famoso Mensalão e a culpá-los com as penas da lei, sem ao menos terem uma prova contra os acusados. Valeram, sim, os indícios de culpabilidade, o que muda cabalmente o viés da Justiça empregada no Brasil até aqui. Parte do país assistiu a isso com a sensação de repugnância e despudor. No fim, eles foram derrotados de novo, mas o exemplo ficou para que se tomem medidas para evitar essa afronta à democracia. Afora isso, o jornal Brasil Atual – Marília mostra uma realidade pouco conhecida dos torcedores brasileiros, que aprenderam a ser fãs do melhor jogador do futebol nacional na atualidade: a infância de Neymar, vivida no Jardim Glória, na Baixada Santista, bairro da periferia da Praia Grande, onde ele começou defendendo um clube que existe até hoje, o Grêmio, e onde estão os antigos amigos, que esperam uma visita do craque, ainda que seja apenas de reconhecimento pelas velhas amizades. É isso. Boa leitura!
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em 1977, com O Homem Vermelho e repetiria o êxito em 2001, com O Caso da Chácara Chão. Antes, o jornalista José Arbex Júnior já conquis-
tara o Jabuti, em parceria com Cláudio Tognolli, ao escrever O Século do Crime. O mais recente mariliense a vencer o Jabuti foi o dramaturgo e jornalista Oswaldo Mendes, em 2010. Ele ganhou na categoria biografia pela obra Bendito Maldito, uma biografia de Plínio Marcos. Os melhores livros de 2011 nas 29 categorias do 54º Prêmio Jabuti foram anunciados em 18 de outubro. A premiação será em 28 de novembro, quando serão conhecidos os vencedores das categorias Ficção e Não Ficção. A Editora Unesp já recebeu 19 estatuetas.
Orquídeas
Curso gratuito ensina o cultivo Elas requerem cuidados, mas muita gente não sabe A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Associação dos Orquidófilos de Marília formam novas turmas para o Curso Básico para Cultivo de Orquídeas. As aulas serão aos sábados, dias 10 e 17 de novembro, das 14 h às 17 h, na sede do orquidário, com o presidente da Associação, Paulo Cesar de Araújo. O curso e a apostila são gratuitos. Quem não tiver a planta, pode adquiri-la lá mesmo, assim como o material para o cultivo, a custo reduzido.
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editorial
A educadora Maria do Rosário Longo Mortatti, da Unesp de Marília, ganhou o Prêmio Jabuti, na categoria educação, da Câmara Brasileira do Livro, principal prêmio editorial do país, com a obra Alfabetização no Brasil: uma história de sua história. É a quinta vez que um intelectual ligado a Marília obtém o Jabuti. O primeiro escritor daqui a vencer o Jabuti foi o alfaiate Osório Alves de Castro, em 1962, com Porto Calendário, obra elogiada por Guimarães Rosa. Depois, o romancista Domingos Pellegrini, morador de Marília na infância, conquistou o prêmio
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Docente da Unesp de Marília fatura na categoria educação
Na primeira aula, o aluno deve apresentar o xerox da carteira de identidade e do comprovante de residência. Para efetuar a inscrição, o interessado deve ligar para o Centro de Educação Ambiental Curupira, no telefone 3454-3400. O orquidário da Associação fica no Bosque
Municipal Rangel Pietraroia, fundado há mais de 40 anos e que possui mais de 700 espécies de orquídeas nativas do Brasil e de outros países, sendo a maioria de propriedade de membros da Associação. O local fica aberto para visitação pública de quarta-feira a domingo, a partir das 8 h. O orquidário tem uma entrada próxima ao lago e outra pela Rua Santa Helena, 1400. Mais informações pelo telefone 3454-9886.
Expediente Rede Brasil Atual – Marília e Região Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Enio Lourenço e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem: 15 mil exemplares Distribuição Gratuita
Marília
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eleições 2012
Os resultados de Garça e Marília Deu Faneco, do PSDB, e Vinícius Camarinha, do PSB
prefeito e 271 candidatos a vereador disputaram as eleições mu-
nicipais. Com 51,78% dos votos, Vinícius Camarinha, do PSB, foi eleito prefeito da cidade. Também foram eleitos 13 vereadores – três do PR, dois do PSC, um do PHS, PSB, PSDB, PT, PTB, PSD, PDT e PSL elegeram um vereador cada partido.
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Uma família de políticos de, quando cursava a Faculdade de Direito e se tornou vice-presidente do Diretório Acadêmico. Em 2002, ele foi o deputado estadual mais votado do município. Em 2006, foi reeleito e, em 2010, obteve o terceiro mandato, que agora ele abandonará para assumir a Prefeitura de Marília.
Vinícius Almeida Camarinha nasceu numa família de políticos de Marília. O avô paterno, Josué Camarinha, foi vereador e presidente da Câmara Municipal. O pai, Abelardo Camarinha, foi vereador, duas vezes deputado estadual e três vezes prefeito da cidade. O interesse do jovem pela política começou na juventu-
O prefeito eleito de Marília, Vinícius Camarinha, e o atual prefeito, Ticiano Toffoli, iniciaram uma série de reuniões da comissão de transição do governo municipal. O primeiro encontro foi no dia 26 de outubro, no Univem. É o prefeito que sairá no dia 31 de dezembro informando o prefeito eleito sobre a realidade da Prefeitura. Trata-se de um processo realizado sob a orientação do Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal). “As informações nos ajudarão a conhecer as pendências, os contratos, o funcionalismo e as dívidas da Prefeitura” – diz Vinícius.
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O início do processo de transição
Logo após as eleições, Toffoli solicitou a criação da comissão à Câmara para garantir uma transição séria e transparente. “O Vinícius vai enfrentar dificuldades. A dívida
ultrapassa os R$ 150 milhões, mas vamos informá-lo de tudo para que ele dê início ao seu trabalho.” A primeira reunião durou cerca de duas horas e novas datas foram agendadas para o mês de novembro. As discussões serão registradas em ata e a previsão para conclusão dos trabalhos é dia 30 de novembro. “Entregamos uma série de questões ao atual governo e esperamos as respostas nas próximas reuniões. Destacamos a reserva para o pagamento do 13º salário dos servidores públicos municipais e os relatórios do Tribunal de Contas do Estado” – revela o coordenador da comissão, José de Souza Júnior.
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Garça teve quatro candidatos a prefeito e elegeu José Alcides Faneco, do PSDB, com 41,15% dos votos. A cidade elegeu 13 vereadores: PTB, PSDB e PR, dois vereadores cada um; e PSD, PP, PT, PPS, PSB, PSC e PDT, um vereador. Em Marília, seis candidatos a
Fernão: nova eleição
O município de Fernão, a 50 km de Marília, poderá ter nova eleição municipal: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou recurso do candidato a prefeito mais votado, Emerson Marcello Baraldi (PSDB), que teve a candidatura indeferida. Com isso, seus votos, que somaram mais de 50% do total, podem ser anulados e o TSE agendar nova eleição, no prazo de 20 a 40 dias. A candidatura de Baraldi foi indeferida depois que o atual prefeito e candidato à reeleição, Adelcio Aparecido Martins (PR), e o Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressaram com ação de impugnação na Justiça Eleitoral sob o argumento de que existia uma condenação criminal transitada em julgado contra ele, o que o deixaria inelegível. Segundo a Justiça Eleitoral, o candidato foi condenado a um ano de prisão – pena substituída por prestação de serviços à comunidade – por comercializar combustível na cidade em desacordo com a lei. O juiz José Alfredo de Andrade Filho entendeu que o crime foi cometido contra a eco-
nomia popular e enquadrou Baraldi na Lei da Ficha Limpa por afetar a coletividade. Com a decisão, ele foi considerado inelegível pelo prazo de oito anos após a extinção da pena. O candidato recorreu à Justiça Eleitoral e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas os recursos foram negados. Em novo recurso, interposto junto ao TSE, os ministros Laurita Vaz, Arnaldo Versiani, Luciana Lóssio, Dias Toffoli, Rosa Weber e Cármen Lúcia (presidente) rejeitaram o pedido. O advogado de Baraldi, Evandro Dias Joaquim, informou que tentará reverter o indeferimento da candidatura de seu cliente por meio de recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF), última instância do Judiciário. “A Justiça Eleitoral desrespeitou regras constitucionais de ampla defesa e o contraditório” – declara. O atual prefeito disse que só irá aguardar a decisão da Justiça para a realização de novas eleições. “Foi justa essa decisão. Ele foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa por adulteração de combustível” – afirma Martins.
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Neymar em Praia Grande, no tempo em que era Juninho
enio lourenço
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Neymar da Silva Santos Júnior nasceu em Mogi das Cruzes e teve uma infância nômade devido às empreitadas futebolísticas do pai, também ele um atacante. Antes de a família Silva Santos desembarcar na Baixada Santista, eles moraram em Várzea Grande, no Mato Grosso, onde o Seu Neymar vestiu a camisa do Operário Futebol Clube e se sagrou campeão estadual, em 1997, quando Neymar Júnior tinha cinco anos de vida. Chegando ao litoral paulista, a família viveu na casa da avó paterna do craque, em São Vicente. Com o nascimento de Rafaella, a caçula da família, o espaço tornou-se pequeno e os quatro se mudaram para a Praia Grande, onde viveram nove anos. No Jardim Glória, na peri-
enio lourenço
O garoto esbanjava talento entre a molecada e o time de várzea do Jardim Glória
Neymar e as lembranças da Praia Grande: a família, o primeiro time e o amigo Jonathan
feria da cidade, o garoto foi se habituando a fazer do futebol o seu estilo de vida. “Cheguei a ter 50 bolas em casa” – revelou Neymar, aos 14 anos, em entrevista à TV Tribuna. Como a maioria das crianças, ele conciliava os estudos com a brincadeira predileta, jogar futebol. Os amigos do bairro contam que podia ser em
casa – num campinho de areia no quintal, feito pelo pai –, na rua, no campo do Grêmio, o “Juninho”, como era chamado, estava sempre chutando uma bola. Jonathan Santos Marcelino, 20, repositor em uma transportadora de tintas, era um dos amigos de Neymar. Ele lembra que almoçava na
casa do atacante e vice-versa e sempre jogava vídeo game. “A gente estudava no Tio Baptista (Escola Municipal José Júlio Martins Baptista), onde fomos campeões dos jogos escolares. Foi uma época muito boa.” O jovem conta que reviu o amigo famoso apenas uma vez, depois que a família de Neymar mudou para Santos. “Houve
Por Enio Lourenço
um jogo da Seleção Brasileira de Futsal, com o Falcão, no Ginásio Poliesportivo Municipal, e o Neymar deu o pontapé inicial da partida. Nesse dia, ele saudou o meu irmão, mas não me viu.” Das fortes lembranças de Jonathan, as que mais o empolgam são as da molecada jogando bola nas ruas do Jardim Glória. As peladas iam de depois das aulas até o anoitecer. “Teve um dia em que o Neymar trouxe os amigos dele do Gremetal (clube de Santos onde jogava futsal) e chamou a gente para jogar contra eles na rua. Um dos moleques do time do Neymar era o Alan Patrick (ex-jogador do Santos, hoje no Shakhtar Donetsk), mas não conseguiram nos vencer. O jogo terminou 20 a 19 para nós” – diz, entre risos.
A referência em futebol no Jardim Glória é o Grêmio Praia Grande. Localizado ao lado da Via Expressa Sul, o clube – basicamente um campo de futebol –, fundado em 1969, é conhecido nos campeonatos amadores da Baixada Santista. O presidente do Grêmio é o pedreiro Celiano Alfredo da Silva, o Celinho, de 62 anos. Ele conta que é difícil manter categorias de base na agremiação e não mede esforços para manter o que chama de trabalho social. “Muitos garotos treinam
sem ter o que comer. Então, a gente compra pão, mortadela e suco pra eles, antes dos treinos e jogos.” Neymar era vizinho do Grêmio Praia Grande e resolveu jogar na várzea do bairro, dos nove aos onze anos. O seu técnico foi Eugênio Silva Rosa, o Biro. Mecânico e ex-jogador de futebol, ele treinava o time pré-mirim do Glória, no início dos anos 2000. “O Neymar era um menino tímido, falava pouco, mas no campo era diferente dos outros. Não existia timidez com a bola rolando. Mesmo os garotos
enio lourenço
Os primeiros chutes no campo do time de várzea
Celinho, presidente do Grêmio, e Biro, primeiro técnico
mais velhos não conseguiam segurá-lo.” Celinho e Biro se recordam de que Roberto Antônio dos Santos, o Betinho – olheiro santista, que revelou Robinho e depois levou Ney-
mar para a Vila Belmiro – esteve “umas vezes no campo do Grêmio”, observando os jovens jogadores. “Pouco depois o Neymar já jogava nas categorias de base do Santos.”
Ambos lamentam apenas que o astro da seleção brasileira fale pouco de seu passado no Jardim Glória. “A gente fica triste porque ele não fala nada da época em que esteve no Grêmio. Talvez porque os empresários achem que a gente vai querer alguma coisa” – diz Celinho. Os dois mantêm a esperança de que Neymar faça uma visita para conversar com os garotos do bairro ou doar material esportivo para ajudar jovens que têm vontade de um dia se tornar em iguais a ele.
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Em todas as ruas nomeadas por letras do Jardim Glória sempre se encontra alguém que tenha alguma lembrança do pequeno menino franzino, tímido, que falava baixo e para
bola, da destreza e da facilidade com que a manuseava com os pés. Outros moradores se sentem orgulhos por viverem no mesmo lugar onde um dia morou um dos maiores fenômenos do futebol e da mídia. “O pessoal do Glória se sente orgulhoso do sucesso do Neymar na Seleção Brasileira e no Santos. Quem sabe um dia ele não aparece aqui para dar um abraço na gente” – afirma de maneira esperançosa o seu ex-técnico Biro.
dentro, mas que com a bola nos pés – seja no asfalto quente, na quadra ou no campo – fazia os outros gritarem por ele. Nas escolas Estadual Oswaldo Luiz Sanchez Toschi e na Municipal José Júlio Martins Baptista nenhum funcionário fala da vida escolar do famoso ex-morador do bairro. Mas, nas ruas do bairro, quase todos dizem ter a honra de conhecê-lo. E quem o conheceu, criança, fala de boca cheia das habilidades do craque com a
Pequeno milionário Aos 13 anos, Neymar despontava nas categorias de base do Santos, chamou a atenção dos clubes da Europa e foi convidado a fazer estágio no Real Madrid. Na iminência de perder o craque, o ex-presidente do alvinegro praiano, Marcelo Teixeira, ofereceu à família Silva Santos R$ 1 milhão em luvas, para o jogador permanecer no Brasil. No ano seguinte, Neymar Jr.
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enio lourenço
Um orgulho do Jardim Glória
passaria a ganhar cerca de R$ 25.000,00 mensais – valor superior ao que recebem muitos jogadores profissionais no Brasil.
“A nossa infância era estudar e jogar bola. Eu e o Neymar fazíamos campeonatos de futebol na rua. Todo mundo do Jardim Glória parava para assistir. A maioria dos moleques do bairro é habilidosa, porque jogam bola desde criança o tempo todo.” Diferente do célebre amigo de infância e companheiro de peladas de rua, Yago Vieira da Cruz, de 20 anos, é um meia-esquerda que ainda luta por um lugar no futebol. Segundo a mãe, a empregada doméstica Tatiane Vieira, o filho “disputou a primeira Copa TV Tribuna (na qual Neymar se destacou pelo colégio Liceu São Paulo, de Santos, aos 12 e 13 anos), mas na época não era televisionada”. Graças aos torneios da escola, o garoto teve algumas propostas para estudar em colégios particulares, mas recusou: “Não queria sair do meu bairro”. A primeira experiência
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Amigo de infância luta para virar jogador de futebol
de Yago no futebol de campo foi a mesma de Neymar. No campo do Grêmio Praia Grande, os dois eram parceiros ofensivos. “Os treinos eram no fundo do campo, atrás do gol, porque éramos muito pequenos. Na época, o espaço parecia gigante.” Aos 12 anos, os jovens se separaram. Yago fez um teste no Corinthians. “A gente treinava no terrão de Itaquera, mas depois de três meses eu voltei, porque não me adaptei à casa de uma tia e sentia falta da minha família e do Glória” – conta Yago. Ao retornar à Praia Grande,
Yago seguiu no futsal e na várzea até ser descoberto pelo exponta-direita do Santos Manoel Maria e levado a atuar pelo Jabaquara Atlético Clube, de Santos. “Fiquei três anos, nas categorias infantil e juvenil, e disputei um ótimo Campeonato Paulista Sub-17.” Nessa época, o jogador e sua família assinaram um contrato com a CFS Sports. A empresa se tornou dona dos direitos esportivos de Yago por quatro anos (dos 14 aos 18) e estabeleceu multa rescisória de R$ 250.000,00. “Do Jabaquara eu tinha chance de ir para o Santos, porque o Manoel Maria era muito influente e já havia levado o Geovânio, hoje atacante reserva do Peixe. Bastava eu ficar mais um pouco por lá. Mas o meu empresário (que ele não diz o nome) vetou a minha permanência.” Yago, então, começou a pingar de clube em clube do Brasil. Aos 16 anos, ele estava no América Mineiro. Lá, o meia-esquerda conquistou os dirigentes e treinadores com o seu
estilo de jogo, fazendo com que eles se interessassem em adquirir os direitos federativos da CFS Sports. “Estávamos no hexagonal final do campeonato mineiro e meu empresário precisava levar o documento à federação autorizando a minha transferência, mas a CFS melou a negociação.” Yago chamou a atenção de Mauro Fernandes, ex-coordenador das categorias de base do Atlético Mineiro – hoje treinador do time profissional do América Mineiro. No Galo, Yago ficou três meses, mas quebrou o tornozelo e ficou oito meses afastado dos campos. Ao se recuperar, disputou torneios por times de empresários e, em 2011, foi para o Vasco da Gama. “Foi o lugar onde passei mais dificuldade na vida”. Nos quatro meses em que permaneceu no Rio de Janeiro, a CFS nunca o ajudou financeiramente. “Houve dias em que eu fiquei sem comer. Eu ia para o treino à base de água. Às vezes algum amigo me dava biscoito para comer”
– comenta entre lágrimas o jogador que não contou a situação à mãe, para não atormentá-la. Sem resposta sobre a sua permanência no Vasco, Yago aguardou o fim do contrato com a CFS Sports, para reaver sua autonomia. Ele voltou a jogar na várzea de Praia Grande e chamou a atenção de novos empresários que o levaram a uma peneira em São Bernardo. De cerca de 100 jovens, ele se destacou e foi convidado a fazer uma pré-temporada, a fim de se recondicionar fisicamente, com uma equipe profissional de Maria da Fé, no interior de Minas Gerais – no dia da entrevista, Yago se preparava para viajar. Ele diz que existem propostas para realizar seu sonho em outro país: “Não é nada concreto, mas me falaram sobre propostas de Portugal, Alemanha, Suíça e Vietnã. Espero que dê tudo certo. Quero realizar meu sonho e não vou desistir.”
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Tom Zé faz turnê gratuita na região Ourinhos e Garça estão na rota deste mago do tropicalismo, que lança o CD no show Lixo Lógico
Incansável inovador
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O evento faz parte da programação do Circuito Cultural Paulista, que traz de graça espetáculos de teatro, dança e música para a região de Marília. A distribuição de ingressos é de responsabilidade das prefeituras das cidades. Também em novembro, a Orquestra Sinfônica de Botucatu se apresenta em Santa Cruz do Rio Pardo (veja programação). Já as cidades de Assis e Paraguaçu Paulista poderão ver o samba paulista por meio da Cia. Repentistas do Corpo. O espetáculo Sambabembom é uma via-
gem poética através dos caminhos que levaram o samba a ser reconhecido pelos
críticos como um dos ritmos mais interessantes da música mundial.
Lançado em agosto, no Circo Voador, no Rio de Janeiro, o álbum independente Tropicália Lixo Lógico é a visão de Tom Zé sobre o movimento que ele ajudou a criar no fim dos anos 1960 com os músicos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Gal Costa, Jards Macalé, além do cineasta Glauber Rocha e do artista visual Hélio Oiticica. Tom Zé usa a filosofia – ele cita Aristóteles e Platão – e a neurologia para explicar
o surgimento da Tropicália. Mas suas letras não são óbvias. Os títulos são uma provocação à curiosidade do público – Não Tenha Ódio no Verão, Navegador de Canções, O Motoboi e Maria Clara e Apocalipsom. Com bom humor e irreverência, Tom Zé brinca com as palavras, faz trocadilhos com letras e nomes de pessoas e mostra originalidade e ousadia, características de sua trajetória.
A programação de novembro do Circuito Cultural Teatro Municipal Miguel Monico – Av. Rafael Paes de Barros, 522 – Pólo Arte Quadra de Eventos do Colégio Shunji Nishimura – Rua Músico Brasilis – Violinos Shows José Calça, s/nº Teatro Municipal “Padre Enzo Ticinelli” – Rua Sambabembom – Cia. Repentistas do Corpo Floriano Peixoto, 757 Teatro Municipal Miguel Cury – Rua Nove de Tom Zé Julho, 496 Músico Brasilis – Violinos Shows Clube dos Comérciarios Palácio da Cultura “Umberto Magnani Neto” – Rua Orquestra Sinfônica Municipal de Botucatu Conselheiro Antonio Prado, 560 Cine Teatro Municipal “Lucila Nascimento” – Rua Sambabembom – Cia. Repentistas do Corpo Manílio Gobbi, 131 Centro Cultural Antonio Silva Cunha Bueno – Av. Os Amigos dos Amigos – Coletivo Teatral Filme Bê Oriente, s/nº – Jardim das Flores
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09/nov. Música Tom Zé
20 h
Pompeia
10/nov. Infantil
16 h
Assis
10/nov. Dança
Ourinhos
10/nov. Música
Tupã
11/nov. Infantil
Santa Cruz do Rio Pardo 11/nov. Música Paraguaçu Paulista
11/nov. Dança
Palmital
30/nov. Teatro
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3295–2800 E-mail: jornalba@redebrasilatual.com.br | jornalbrasilatual@gmail.com jornal brasil atual | jorbrasilatual Telefone: (11)
20h30 20h30 17 h 20 h 20h30 20 h
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Pedágios paulistas arrecadam R$ 605 mil por hora Viagem de ida e volta de Marília a São Paulo consome mais de R$ 100 do motorista
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Rod. Marechal Rondon, km 314 - SP-300
mauro ramos
Os pedágios paulistas arrecadam R$ 168,09 por segundo, ou seja, mais de R$ 605 mil por hora, R$ 14,5 milhões por dia e mais de R$ 435 milhões por mês. Em 2012, estima-se que o valor arrecadado ultrapassará os R$ 7 bilhões. O cálculo é do Pedagiômetro que, desde 1º de julho de 2010, calcula, em tempo real, quanto se arrecada nas praças estaduais com base nos relatórios das concessionárias apresentados à Assembleia Legislativa de São Paulo. Criado pelo jornalista Keffin Gracher, de 25 anos, a ferramenta projeta o montante arrecadado nas rodovias paulistas e traz areiópolis
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botucatu
3,90
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Rod. Marechal Rondon, km 285 - SP-300
Rod. Marechal Rondon, km 259 - SP-300
itatinga
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quadra
informações técnicas sobre os modelos de concessão de pedágio no Brasil, a formação de tarifas, as rotas e a localização das praças de pedágios. Até o dia 24 de outubro, os motoristas deixaram este ano nas estradas paulistas mais de R$ 5,5 bilhões – no ano passado, eles desembolsaram R$ 4,55 bilhões com pedágios. “Quisemos criar algo que impacte e sensibilize as pessoas para perceberem que os valores são muito altos” – diz Gracher. Em todo o Estado, existem 227 praças de arrecadação da tarifa, 467% a mais do que havia em 1997, quando o programa de concessão das boituva
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7,50
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Rod. Marechal Rondon, km 208 - SP-280
Rod. Marechal Rondon, km 158 - SP-280
Rod. Castello Branco, km 111 - SP-280
itu R$
9,00
Rod. Castello Branco, km 74 - SP-280
rodovias foi iniciado. Naquele ano, existiam 40 praças de pedágio em São Paulo. Só de 2008 para cá, foram inauguradas 71 novas praças. Quem por necessidade profissional vive na estrada sente no bolso o elevado peso da cobrança, além de as praças ficarem próximas uma das outras, o que faz com que viagens como entre Marília e São Paulo tenham um custo de cerca de 15% do salário mínimo. Uma viagem ida e volta de carro para a capital consome R$ 106,00 em pedágio. Acesse os cálculos do Pedagiômetro no site: <www.pedagiometro.com.br>. barueri
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Rod. Castello Branco, km 20 - SP-280
chegada
São Paulo Total:
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segurança Pública
Policiais civis agora aprendem técnicas da Swat Um grupo de policiais civis participou do curso de especialização em entradas táticas e abordagem policial promovido pelo Núcleo de Ensino Policial, subordinado ao Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo – Interior (Deinter 4). Por três dias, o treinamento foi realizado na Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça (Faef), sob a coordenação dos delegados Ricardo Luis Coércio e Roberto Alves Batista Júnior, ambos de Marília.
mauro ramos
Delegados, investigadores e escrivães são treinados por quem se especializou no exterior
Instrutores da Academia de Polícia, os professores já frequentaram diversos cursos de especialização no exterior, inclusive a Swat, que integra a elite da polícia americana. Segundo eles, o objetivo do
treinamento é colocar o policial diante de técnicas operacionais modernas, usadas pelas melhores polícias do mundo. Em princípio, o curso era oferecido a policiais civis integrantes dos Grupos An-
tissequestros das Delegacias Seccionais de Polícia, mas foi estendido às equipes da DIG/ Garra (Delegacia de Investigações Gerais/Grupo Armado de Repressão a Roubo). Diante da boa repercussão, o diretor do Deinter 4, Benedito Antonio Valencise, ampliou-o, convidando os demais policiais da sub-região. Segundo o delegado Coércio, a meta da Diretoria de Policiamento do Interior é que o maior número de policiais tenha acesso ao curso. Na nona turma do curso,
formada em outubro, havia policiais de Garça, Bauru, Ourinhos, Assis, Tupã e Jaú. “Treinamos entradas táticas, que são as buscas em imóveis e resgate de reféns em cativeiro, usando armas longas, e finalizamos utilizando paintball para preparar para situações de confronto, inclusive com troca de tiros” – diz o instrutor, que destaca: “O objetivo do treinamento é salvar vidas e dar mais segurança ao policial para agir num ambiente hostil”.
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Horizontal – 1. Que é pouco, escasso, minguado; Lugar em que se guardam pólvora, munição e instrumentos de guerra 2. A 17ª letra do alfabeto; Porco novo 3. Criminosa; Nome que no Oriente se dava às choças em que viviam os primeiros monges ou os anacoretas nos ermos; Sigla de Brasil 4. Indivíduo que conduz embarcações através dos mares, rios etc 5. Nome de um imperador romano; Ministério da Ciência e Tecnologia 6. Pedra pequeno e redonda em que se amolam facas; Abreviação de Relações Públicas; O deserto mais famoso do mundo 7. Que voa ou é capaz de voar 8. Cachaça; Matogrosso, cantor brasileiro; Instrumentos usados para cavar ou remover terra 9. Símbolo de Curie, unidade de medida de radioatividade; Antigo Testamento; Passado pelo coador 10. Casa usada pelos índios brasileiros como habitação; Pessoas que se deixam enganar facilmente. Vertical – 1. Nome de um Estado do Nordeste brasileiro 2. Que se areou; Sigla de Cartão de Identificação do Contribuinte 3. Roraima; Volta Redonda; Caminhe, ande 4. Tulha, granel 5. Designação comum às plantas ornamentais do sul da África, de belas flores e inúmeras variedades 6. Santana, cantor de sucesso; Contração de não é? 7. Que é afetada, pedante, pretensiosa 8. Associazione Italiana Avvocati Tennisti; As duas primeiras vogais; Ou, em inglês 9. Magnetismo pessoal; A maior ave brasileira; Genitor 10. Ordem dos Advogados do Brasil; Pessoa que presta serviços domésticos 11. Mentira; Sinal de pedido de socorro.
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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.
Respostas p e r n a m b u c o
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Palavras cruzadas
a i i t a t e m a a e p o a r i
o l a o b r o c t r a i a s d o o s
4 2 8 9 3 6 1 5 7
7 9 6 2 1 5 4 3 8
3 5 1 7 8 4 2 9 6
Sudoku
5 8 7 3 4 1 6 2 9
9 4 2 5 6 7 8 1 3
6 1 3 8 2 9 7 4 5
8 6 4 1 9 3 5 7 2
1 7 9 6 5 2 3 8 4
2 3 5 4 7 8 9 6 1