Jornal Brasil Atual - Peruibe 15

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peruíbe

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Jornal Regional de Peruíbe

jornal brasil atual

jorbrasilatual

nº 15

saúde

uma picaretagem?

Distrib

Gratuuiição ta

Setembro de 2012

Festa

Prefeitura encerra contrato com OSEP; confirmação de caixa dois vira notícia na Globo

cheirosa à beça A Festa das Flores, o cartão de visita da primavera

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política

Que lixo! Sem Plano de Resíduos Sólidos, Prefeitura não recebe dinheiro

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futebol perfil

o baterista do iê-iê-iê A história do itaririense Netinho, das bandas The Clevers e Os Incríveis da Jovem Guarda Pág. 4-5

times jovens Molecada do Sub-11, Sub-13 e Sub-15 disputa torneio

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Peruíbe

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primavera

7ª Festa das Flores

Colorida e perfumada Vem aí, o cartão de visitas da primavera

divulgação

De 14 a 16 de setembro, a Prefeitura realiza a tradicional Festa das Flores de Peruíbe. Haverá praça de alimentação, artesanato, danças e apresentações artísticas musicais, além das

barracas com flores e outras plantas. A festa será realizada na Praça Flórida, na altura do número 2700 da Avenida Padre Anchieta, das 17 h às 24 h. A entrada é franca.

Mortalidade infantil

Dado alarmante na Baixada

Trata-se do pior índice de todo o Estado de São Paulo

Esta edição do jornal Brasil Atual – Peruíbe traz como chamada de capa a pergunta “Uma Picaretagem?”, há muito tempo conhecida por quem mora aqui e recorre ao pronto-socorro da cidade. Afinal, nos quatro meses em que reinou na cidade, a OSEP – que desde o começo foi vista com desconfiança por quem leva a saúde a sério – fez, aconteceu, mandou, desmandou e, inacreditável, vai-se embora da cidade como se a Prefeitura a estivesse enxotando, quando, na verdade, ela rapinou o que podia, antes de dar no pé. A pergunta que fica: quem paga por essa irresponsabilidade? Ou, como sempre, tudo dará numa gigantesca pizza? Está na hora de a população dar a resposta que o caso exige. Nas urnas. Esta edição também traz outra matéria de capa: o perfil de um itaririense (ainda que nascido em Santos) muito famoso no tempo da Jovem Guarda, Luiz Franco Thomaz, o Netinho, baterista das bandas The Clevers e Os Incríveis, nos anos 1960. Netinho relembra a infância que passou no Rio do Azeite, conta sua ida para São Paulo, como entrou no iê-iê-iê, relembra seu romance com a cantora italiana Rita Pavone e diz o que prepara para o seu futuro. Uma bela leitura!

até um ano de idade em cada grupo de mil nascidas vivas – o Guarujá registrou a maior alta, 23%; a taxa anterior era de 19,2%. A Baixada Santista tem o pior índice de São Paulo, com média de 16,8%, e Peruíbe supera o indicador.

divulgação

editorial

Dados divulgados este mês pela Secretaria de Estado da Saúde apontam que a Taxa de Mortalidade Infantil da cidade saltou de 8,3% em 2010 para 21,2% no ano passado. A taxa é um indicador que afere a mortalidade de crianças

população

Somos mais de 60 mil pessoas Peruíbe cresce 1.257 habitantes em dois anos Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a

população de Peruíbe passou de 59.773, em 2010, para 61.030, este ano. O crescimento foi de

1.257 pessoas, ou seja, 2,1% – a Baixada Santista registra média de crescimento de 1,7%.

jornal on-line Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões jornalba@redebrasilatual.com.br Expediente Rede Brasil Atual – Peruíbe Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Enio Lourenço e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Contato Publicitário Guiomar Batista Telefone (13) 3458-5503 E-mail brasilatualperuibe@hotmail.com Tiragem 6 mil exemplares Distribuição Gratuita


Peruíbe

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saúde

Suspeitas de corrupção afastam a OSEP de Peruíbe Prefeitura rescinde contrato com empresa que contratava por meio de caixa dois

divulgação

A Organização Social Educacional Paulistana (OSEP) se despediu de maneira deprimente de Peruíbe. Como o jornal Brasil Atual denunciou e uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo, comprovou, por meio de uma câmera escondida, a entidade de saúde contratava profissionais para dar plantão por meio de caixa dois, sem o registro profissional. As suspeitas surgiram em abril, quando o contrato entre a Prefeitura e a empresa que atua como Organização Social de Saúde (OSS) foi firmado sem que o Conselho Municipal de Saúde soubesse. Segundo o conselheiro Plínio Melo, a administração municipal fez com que o órgão perdesse autonomia, pois “nada do que ocorre na saúde em Peruíbe é tornado públi-

co”. Plínio registrou um boletim de ocorrência na polícia. Ele sofre ameaças de morte e é coagido a “não se meter nos assuntos da Prefeitura”. Em quatro meses, a OSEP recebeu R$ 1,3 milhão da Prefeitura. Ela chegou a Peruíbe sem estrutura profissional ou experiência comprovada em gestão de saúde. Os documentos que avalizaram a sua con-

tratação diziam respeito à sua atuação em “procedimentos anestésicos” nas cidades de Osvaldo Cruz e Taboão da Serra. Essas evidências foram objeto de investigação do Ministério Público Estadual e Federal. O pessoal da saúde garante que a empresa ficou os primeiros meses sem funcionários – as caras novas eram da presidenta Renata Pinheiro Domingues

Giantaglia e do coordenador de projetos Querubins Expedito de Farias Deus Dara. A relação das partes era tão promíscua que, em 4 de julho, o secretário de Saúde Marco Antônio Cantuária protocolou o ofício nº 142/2012 reconhecendo os “diversos problemas” vividos pela cidade desde a assinatura do contrato, com o conhecimento da entidade (da OSEP), dadas as reuniões realizadas e dados os documentos encaminhados”. No documento, Cantuária aponta as irregularidades: “As prestações de contas mensais não foram feitas no prazo correto e apresentam inconsistências contábeis, como a ausência do extrato bancário de movimentação da conta corrente, os demonstrativos de despesas, as despesas de investimento e custeio e o

Por Enio Lourenço

balancete financeiro, todos desacompanhados dos documentos fiscais comprobatórios”. Procurados, os assessores de Cantuária alegaram que ele estava em reunião. Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura alega que a decisão foi tomada “após diversas cobranças e notificações, sem sucesso, em relação ao não cumprimento de cláusulas básicas do contrato firmado com a Prefeitura”. O documento ressalta que os serviços não foram interrompidos e não haverá “dispensa nos quadros de servidores, desde que estejam em situação regular”. Agora, a Câmara pode criar uma Comissão Especial Processante (CEP), mais sumária, ou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), mais estendida para investigar a estrepolia.

reprodução

Uma morte inaceitável, por falta de médicos

Regina, em foto de 1979

A morte por parada cardíaca de Regina Alves de Souza, de 51 anos, que ficou mais de uma hora à espera de atendimento médico no pronto-socorro da cidade, em 1º de setembro, revela a que ponto chegou a saúde em Peruíbe. Segundo o marido,

Erasmo Rodrigues de Souza, o médico plantonista se recusou a atender Regina porque “ele estava em greve por aumento salarial”. Os funcionários negam. Eles alegam que no dia 10 de setembro os médicos contratados pela OSEP não recebiam salários

havia dois meses e paralisaram o serviço por 12 horas, quando a Prefeitura assumiu a folha de pagamento. Reclamam ainda direitos trabalhistas não pagos pela OSEP. “Minha preocupação é a rescisão de contrato” – diz a auxiliar de enfermagem Edna Filo-

mena Oliveira. Em entrevista à TV Tribuna, o secretário de saúde Marco Antônio Cantuária afirma que, nos próximos 60 dias, ele irá credenciar os que desejam continuar na Prefeitura. “A ideia é que a gente continue os serviços” – diz ele.


Peruíbe

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Netinho, um baterista incrível, de fama mundial

reprodução

No Planalto Paulista, bairro paulistano tranquilo, com ruas largas, arborizadas e casas espaçosas vivem Luiz Franco Thomaz, o Netinho, e a esposa Sandra Haick. O sobrado de muros altos, com trepadeiras e portão imponente, passa o dia com janelas e portas trancadas, no mais absoluto silêncio. Os donos se levantam às 18 horas: eles trocam o dia pela noite desde os tempos em que o baterista tocava na madrugada. Então, as atividades da casa começam. Netinho nasceu em abril de 1946, na Beneficência Portuguesa de Santos, mas cresceu em Itariri, numa casa perto do Rio do Azeite, feita pelo avô materno José Ferreira Franco, no tempo dos bailes, que atraíam pessoas da região, das Festas da Banana e do Sobá, dos imigrantes japoneses, das grandes quermesses. Itariri era festiva à beça. O Cine Teatro oferecia ótimos filmes e peças, algumas estreladas por dona Maria Franco Thomaz, a Mariazinha, mãe de Netinho. “Um dia encenamos Cala a Boca, Etelvina, de Armando Gonzaga, no teatro Coliseu, em Santos. Foi um sucesso.” A vocacão musical do garoto surgiu na igreja católica. Dona Mariazinha badalava os sinos que anunciavam o horário da missa. Um dia, atarefada, ela pediu que ele fosse em seu lugar. Foi esse blém-blom que o despertou para a música, que fez com que entrasse na fanfarra do colégio antes da idade permitida. “Ele tocava caixa nas paradas cívicas de 7 de setembro e 15 de novembro” – conta Mariazinha.

Por Enio Lourenço e Lauany Rosa

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Ele tocou em bandas da Jovem Guarda e foi um sucesso do iê-iê-ié

Netinho em casa, pintado por uma fã, na época do casamento e notícia mundial

A ida para um seminário era quase ritual. Os padres frequentavam a casa de dona Mariazinha e a convenceram de que no Diocesano São José, em São Vicente, as chances de aprendizado do pequeno seriam melhores. Mas Netinho nunca quis ser padre. Em menos de um ano, está de volta a Itariri: não se adaptara à vida clerical. Aos quinze anos, ele volta ao ginásio da cidade e começa um romance com uma moça mais velha, de uma família rival na política. A diretora da escola era tia da garota e expulsou o jovem do colégio. Então, o tio dele, João Franco, que era o prefeito, trocou a diretoria do ginásio para Netinho voltar a estudar. Houve greve de professores para boicotar a nova diretora. O caso gerou tanta confusão, que dona Mariazinha mandou o garoto morar em São Paulo, com a tia Guilhermina. A mudança fez bem pra ele. “Cheguei ao paraíso” – pensava, maravilhado com a cidade. A tia lhe arranjou emprego no Se-

nac e ele trabalhava e estudava. Um dia, ele foi ao badaladíssimo programa Ritmos para a Juventude, de Antonio Aguillar, na Rádio Nacional. “Fiquei encantado com o movimento e falei que ia ser músico.” À espreita de uma chance, Netinho encontra Urupê, o seu anjo – ou protetor – no seminário, que tocava no The Jordans e o apresentou ao The Clevers, que precisava de um baterista com bateria. Netinho então pediu ao avô Franco que lhe desse o instrumento. Ao entrar na banda que pertencia a Aguilar – The Clevers –, o queridinho do vovô ganhou enfim seu apelido. No dia de estreia, Netinho foi substituído no show por Ventania, um baterista profissional. “Foi uma decepção” – lembra. Mas não desistiu. Largou o emprego e deu uma de “gato”: alterou os documentos para tocar à noite nas boates. O The Clevers não era uma banda conhecida. Ela tocava em até quatro bailes por noite para conquistar fãs. O estouro dela se

deu com a vinda da cantora italiana Rita Pavone ao Brasil, convidada pela TV Record. Como não podia trazer sua orquestra, ela foi acompanhada pelo The Clevers. E, assim, ambos viram sucesso nacional. Mas à fama sucede o racha. Numa turnê à Argentina, Aguilar não viajou com o grupo, o que causou uma rusga entre o empresário e os músicos. Confundidos com uma banda americana, o pessoal decide se apresentar como Os Incríveis The Clevers. No Brasil, Aguilar fica fulo e monta um novo The Clevers. “Eles tinham uma dúzia de fãs e a gente era artista internacional” – diz Netinho, recordando-se de como o nome da banda virou Os Incríveis. No auge do sucesso, Os Incríveis ganham um programa na TV Excelsior. A intenção era ir na esteira do Jovem Guarda, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, na TV Record. “Acabava o programa deles, começava o nosso” – recorda Netinho. De-

pois, a banda ainda viajou para o Japão, gravou em japonês e fez o filme Os Incríveis Neste Mundo Louco, quando Netinho, numa viagem de navio pela Inglaterra, conhece Sandra Haick e se enamora da moça. Em 1970, eles se casam; em 1971, têm o primeiro filho, Sandro; em 1977, a menina Samandhi. Nos anos 1970, Os Incríveis se separam. Netinho fica com os direitos do nome e da marca. Tenta montar outra banda de mesmo nome, sem sucesso. Surge então o Casa das Máquinas, de rock mais pesado, “uma banda de duas baterias” – explica Netinho. O Casa grava em italiano, em espanhol e faria uma turnê ao exterior, quando se desentendeu e terminou. Netinho volta-se para o lado espiritual e cria o selo Manancial de Amor. Nos anos de 1990, com Eduardo Araújo, produz o show Novo de Novo para comemorar os 30 anos da Jovem Guarda. Durante a divulgação do evento, no programa Jô Soares Onze e Meia, a voz de Netinho falha. Ele não dá entrevista. O médico Carlos Pontes descobre-lhe um câncer nas cordas vocais. Operado, ele reage bem e ainda participa do show na casa Tom Brasil, em São Paulo. Netinho, então, começa o projeto A Criança e o Futuro, com o Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer (CACC), com mais 40 artistas e grava um CD com renda revertida para o projeto. Na última década, dedica--se a escrever o livro Netinho – minha história ao lado das baquetas.


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Um canto de criação

Política: uma herança de família ofereceram dinheiro para arcar com os gastos da campanha. “Fiquei horrorizado. Não tinha trabalhado para receber tanto dinheiro” – afirma. Netinho

O baterista já foi convidado a candidatar-se a vereador de Itariri. Curioso, ele participou de uma reunião do partido durante a qual lhe

pediu para conversar com a esposa e nunca mais pensou em candidatura. “Gostaria de ser político, mas sou bobo e ia ser passado para trás.”

Netinho possui em casa uma sala agregada, com sofás confortáveis e estantes repletas de discos, CDs, fotos, livros, bibelôs e suvenires de sua carreira. O livro Netinho – minha história ao lado das baquetas foi escrito nessa sala, durante as madrugadas, com a ajuda de Samadhi, a filha que mora na Austrália. “Por causa do fuso horário, a gente trabalhava junto, ela de dia e eu à noite, via Skipe, em tempo real” – diz. O baterista fez sucesso,

ganhou fama e dinheiro, mas nunca mexeu com finanças. Quem cuida das contas e administra a grana é a esposa Sandra. Até hoje ele não possui conta em banco. Tudo o que adquiriu foi gasto em viagens, pelo mundo afora. “Lotei vários passaportes.” O filho Sandro herdou o espírito aventureiro do pai e se lançou numa viagem à Turquia, para comprar pratos de bateria – segundo Netinho, “os melhores do mundo”.

A mídia descobriu o romance de Netinho e Rita Pavone e a notícia foi capa dos jornais do mundo. “Eu não era muito chegado nela; ela não era tão bonita e eu tinha outras namoradas” – diz. Netinho então se envolveu com outra cantora italiana, Mary di Pietro. Foto-

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lauany rosa

Uma paixão. E a fofoca mundial

grafados juntos, de novo o baterista foi notícia mundial. O contrato com Rita Pavone foi rasgado e ele quase foi expulso do The Clevers. “Eu era moleque, não fazia por mal, mas para aproveitar as maravilhas do mundo” – conta Netinho, em meio a risos.

O que vem pela frente Netinho prepara o CD duplo Os Incríveis, dividido em Velhos Tempos, com os sucessos da banda original, e Novos Tempos, com músicas inéditas. Ele também

pensa num show pela passagem dos 50 anos da banda, reunindo artistas que fizeram parte de sua carreira num sítio em Cotia. Enquanto isso, ele finaliza

o livro Revisando Culpas, em que promete revelar as fases mais badaladas, os segredos pessoais, os amores e as brigas dos amigos da Jovem Guarda.

Aos 87 anos, dona Mariazinha guarda na memória a história da família, que se confunde com a do município. A enfermeira aposentada, que está trocando Itariri por Santos, lembra que seu pai, o português José Ferreira Franco, o seu Franco, era chefe de obras da Estrada de Ferro Sorocabana, no início do século 20. Com a expansão da linha de ferro SantosJuquiá e a construção da estação ferroviária em Itariri, o patriarca ficou na região com a família. Foi ele quem construiu a ponte férrea do Rio do Azeite. Depois, comprou terras, construiu as primeiras casas do povoado e

enio lourenço

As lembranças de dona Mariazinha, a mãe de Netinho

acabou prefeito. “Meu pai foi administrador da vila de Itariri e enfrentou dificuldades para, em 1938, virar Distrito de Paz – subordinado a Itanhaém até 1948. Ele teve problemas com grileiros nos processos das terras devolutas, mas ganhou todos no tribunal de Santos.” Seu irmão João também foi

prefeito duas vezes. Para ajudá-lo numa campanha, dona Mariazinha elegeu-se vereadora. A cidade se desenvolveu na infraestrutura com a gestão dos irmãos. “Na época, só havia água de poço. Meu pai pensara em colocar água encanada, mas foi João quem fez a grande reforma no saneamen-

to da cidade.” Ela se recorda também da praça do coreto: “João dizia que toda cidade tinha uma pracinha para as pessoas se encontrarem e questionava por que Itariri não tinha. Então construiu uma”. Das lembranças da infância de Netinho, dona Mariazinha resume que ele era “um menino normal, com saúde e levado. Jogava bola e se divertia no rio, saltando da ponte férrea construída pelo avô”. Ela conta que, aos 11 anos, o menino pegava o caminhão com o qual a família transportava banana para São Paulo e vinha com a irmã do sítio paterno a Itariri. “Ele dirigia para estudar teoria musical e

deixava o caminhão antes da delegacia de polícia. Eu só sossegava quando via o farol apontando de volta.” Depois, quando montaram um conjunto musical na cidade, o convidaram a participar. “Ele tinha uns 13 anos. Um grupo de senhores, liderados pelo maestro espanhol com quem ele tomava aulas de música, veio à minha casa pedir para que o deixasse tocar com eles. Tanto insistiram, que fui obrigada a deixar” – diz entre gargalhadas. “Tudo o que aconteceu em sua vida foi um processo contínuo, sem pular etapas.” E o dom? “Ah, a pessoa nasce com isso.”


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Trocando em miúdos Mês decisivo

Setembro é o mês decisivo para o futuro de cada município brasileiro. Em Peruíbe, as campanhas estão pegando fogo e o eleitor, a quem cabe decidir, analisa em quem votará para prefeita e para vereador.

Por Guiomar Batista Carnaval

Caindo

Quem está em maus lençóis é a prefeita Milena Bargieri (PSB) depois da matéria do Fantástico, da TV Globo, que escancarou o esquema de “caixa dois” da OSEP, contratada por ela para “gerir a saúde”. Há quem diga que foi a pá de cal na campanha. GRATUI O TA

nº 14

saúde

Entidade é acusada de quarteirizar os serviços de Raios-X e dos refeitórios

Faltou

Está pegando muito mal o discurso de alguns candidatos a Vereador na cidade. Quando deveriam trazer propostas e projetos, ficam prometendo cargos na administração municipal. Quanta incompetência!

AnA

MiLEnA

oniRA

A vEZ DA MuLHER Três candidatas disputam a Prefeitura da cidade

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PolítiCa

oS inELEGÍvEiS

Tribunal de Contas divulga os nomes de quem tem ficha suja

A SEDE DA oSEP, EM São PAuLo

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PolUição

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PoPUlação teMe o estado rePressiVo

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Onira também tem recebido a visita de lideranças nacionais do PT, como os deputados federais Ricardo Berzoini e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e o deputado estadual e presidente do PT-SP Edinho Silva. Todos fizeram questão de trazer seu apoio pessoalmente aqui em Peruíbe.

Agosto de 2012

eleições 2012

Moradores dizem que os guardas do parque invadem casas atrás de armas de caça

Mais apoio

Furo

O jornal Brasil Atual – Peruíbe foi o periódioseP: soB sUsPeita co que mais destacou os problemas constatados junto à OSEP. Na edição de agosto, a reportagem do jornalista Enio Lourenço evidenciou os graves problemas sobre este contrato firmado por Milena Bargieri. Jornal Regional de Peruíbe

Enio LouREnço

É notório o crescimento da candidatura de Onira Betioli (PT) à Prefeitura. Visitando casa a casa, rua a rua, Onira vem conquistando apoio na reta final das eleições.

DISTRIBUIÇÃ

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política

PRAiAS iMunDAS Estamos no inverno, mas as praias já estão insatisfatórias

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e FM Ilha do Sol.

10/08/12 13:28

Nas ondas do rádio

Um bom espaço para o cidadão acompanhar as propostas das eleições é ouvir diariamente (exceto aos domingos) o programa eleitoral transmitido pelas rádios Onda Brasil FM

Abaixo-assinado do AME

A vereadora e candidata a prefeita Onira encaminhou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) o abaixo-assinado que coletou junto à população que luta para que o AME Municipal passe a ser gerido pelo governo do estado, como é em Praia Grande e em Santos. Dezesseis mil pessoas assinaram o documento apoiando a iniciativa.

Positivo

Em breve será inaugurada a primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas de Peruíbe, do governo federal. Referência em saúde em todo o País, as UPAs têm um grau de resolutividade dos problemas de saúde da população na ordem de 97%. Parabéns.

Negativo

A omissão da Administração Municipal que não elaborou em tempo hábil – até o dia 2 de agosto – o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, previsto em legislação federal. Resultado: a Prefeitura fica impedida de conseguir financiamento público do Governo Federal para políticas na área. Lamentável.


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futebol

Tiveram início os torneios das categoria de base Primeiro Campeonato Municipal reúne a molecada do Sub-11, Sub-13 e Sub-15 Erminda, Jardim Brasil, Peruíbe e Real Veneza. O torneio vai até o dia 10 de novembro e visa formar seleções municipais das categorias para as futuras competições. O diretor de esportes da cidade, Washington Reis, destaca que “entre os objetivos

da competição estão reforçar a adesão de menores ao esporte, resgatar a história dos clubes da cidade e fortalecer a paixão da comunidade pelo clube do seu bairro”. As rodadas são aos sábados, a partir das 8h30, em vários campos municipais.

logística

lama negra

Eike desiste de projeto

Patrimônio da cidade

E Dilma anuncia investimento de R$ 36 bilhões

divulgação

Material é estudado na medicina

Uma das maiores preciosidades de Peruíbe é a lama negra, material que está sendo estudado de forma medicinal. A cidade conta com extensa jazida da lama, o que a faz referência nacional no assunto. Procurada por pessoas do país e do exterior que vêm em busca dos benefícios no Complexo Thermal, na praia do Centro, a

divulgação

Foi iniciado, no dia 8 de setembro, o I Campeonato Municipal de Futebol das categorias Sub-11, Sub-13 e Sub-15, organizado pela Prefeitura e que reúne os seguintes times: Guaraú, Estrela, Caraguava, Bahia, Recreio Santista, Vila

lama negra é “um santo remédio” para quem sofre de reumatismo ou de doenças de pele. O PRODEP – Progresso e Desenvolvimento de Peruíbe, que administra o complexo, é um referencial no “turismo da saúde”, atividade econômica que em todas as partes do mundo traz um importante impacto para a sociedade local.

O Grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciou o fechamento de capital da empresa LLX Logística, que construiria o Porto Brasil, em Peruíbe. Problemas fundiários, indígenas e da crise financeira mundial impediram a

sequência do projeto. Já a presidenta Dilma Roussef e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, anunciaram o Plano de Investimentos em Logística (PLI), cujo investimento será de R$ 36 bilhões, em 30 anos, nas áreas de logística – como

ferrovia, por exemplo. Entre as regiões que terão investimento está a linha férrea que atende ao Porto de Santos. Há possibilidade, ainda, de que a ferrovia que corta Peruíbe – o Litoral Sul – também seja contemplada no PIL.

Jureia

Comunidades vivem incerteza

Governo tenta votar lei sem pesar audiências públicas Em agosto, a Assembleia Legislativa (Alesp) votou o projeto de lei do governador Alckmin que recategoriza o Mosaico de Unidades de Conservação da Jureia, pondo em risco a permanência de quilombolas, indígenas e caiça-

ras. Segundo a vice-presidente da União dos Moradores de Jureia, Adriana Souza Lima, o Partido Verde (PV) e ONGs ambientalistas querem a saída das comunidades, na região há mais de 200 anos. Desde julho, o pessoal da Jureia recebe

notificação para sair da área. “O presidente da Alesp, Barros Munhoz (PSDB), pediu ao Ministério Público que a retirada fosse suspensa, pois o projeto seria votado. E a gente ganhou 30 dias para discutir com o governo” – diz Adriana.


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vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato. p a g s i n a l u b o u s m e t s e d i u e u n a r c a r e t a a t a Ç a n o a r a r c o b

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a n n a c u o r a a m d o o p b a a n

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Respostas

Horizontal – 1. Planta usada em projetos paisagísticos 2. Indício, vestígio; Nome de origem tupi, variante de Anahi (bela flor do céu) 3. Universal Boxing Organization; O fruto do urucuzeiro 4. Maneira de executar algo; Extraterrestre 5. Acertara o texto 6. União Europeia; Semelhante a monogamia 7. Fluido que respiramos; Guerra entre o Exército e o movimento de Antônio Conselheiro 8. Sem curvaturas; Escola de Artes e Ofícios; Linguagem de programação Turbo Basic 9. Criticai, reprovai; Cidade de São Paulo 10. Não, em inglês; Adiante! 11. Construção que ampara parede ou abóbada Vertical – 1. Música de Maria Bethânia 2. Produto Interno Bruto; Diz-se de quem ergue 3. Palavra que designa uma pessoa; Forma sincopada de está 4. Alcoólicos Anônimos; Conjunto de normas pedagógicas 5. Albumina vegetal; Associação Rio-grandense de Bibliotecários 6. Que possui o caráter de rotina 7. Beberrão; Magnetismo pessoal 8. Apoiado, firmado; Sigla da Bahia 9. Navio de velas redondas; Gosto muito; Designativo de tudo 10. Equipe; Indica objeto próximo do falante ou com ele relacionado 11. Ou, em inglês; Irmã da mãe; Soca

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