Jornal brasil atual peruibe 20

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peruíbe

www.redebrasilatual.com.br

Jornal Regional de Peruíbe

jornal brasil atual

jorbrasilatual

nº 20

Entrevista

Distrib

Gratuuiição ta

Outubro de 2013

coluna

“estou no jogo” Lula concede entrevista a veículos mantidos por trabalhadores e fala de 2014

dilma Presidenta “dá peitada” em Obama em nome da soberania nacional

Pág. 2

política

vereadores Seção retrata histórias de André de Paula e Laila Maalouli

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Turismo saúde

Lama negra é eficaz no combate ao reumatismo Há 11 anos, Lamário de Peruíbe faz pesquisas para ampliar tratamento e ser reconhecido cientificamente Pág. 6

Aquário Ponto turístico pretende ampliar seu espaço em 2014

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Peruíbe

2 coluna

Trocando em miúdos

Por Luciano Olivan

Peitada da Dilma

Temos que aplaudir a conduta da presidenta Dilma com relação às denúncias de espionagem norte-americana em nosso país. Primeiro recusou o convite para jantar na Casa Branca e depois cobrou uma posição do presidente Barack Obama na reunião da ONU. É isso aí, Dilma. Somos emergentes, mas não devemos ser subservientes!

IPTU

editorial Em outubro, a Constituição Federal completa 25 anos. A oitava Carta Magna do país desde a independência é um marco pelos princípios democráticos restabelecidos e pela retomada de direitos e garantias fundamentais ao povo brasileiro, outrora abandonados pela ditadura civil-militar (1964-1985). A volta das liberdades democráticas, a possibilidade de organização partidária e sindical, a liberdade de imprensa são algumas das conquistas de lutadores que foram calados à força pela arbitrariedade de generais e da elite econômica do país durante mais de duas décadas. No entanto, o aniversário da “Constituição Cidadã” é pertinente para fazermos uma reflexão. Dos direitos sociais da Carta, quantos se fazem valer de fato? As terras ainda continuam concentradas nas mãos dos oligarcas. Dezenas de milhares de pessoas vivem nas ruas das grandes cidades (muitas porque são expulsas do campo) sem acesso a moradia ou ao trabalho digno (subempregos para subsistência). Comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, têm seus direitos violados por “legislações ambientais” ou pelos mesmos latifundiários. A polícia militar continua com os mesmos métodos repressivos dos anos de chumbo. Agora, ao invés de perseguir e torturar militantes políticos, a PM extermina jovens pobres e negros nas periferias do país. Ademais, uma série de artigos da Carta não foi regulamentada. é o caso da comunicação, que tem o espectro eletromagnético público e continua monopolizada nas mãos de algumas famílias, como os Marinhos, das Organizações Globo. Estamos falando de Direitos Humanos, oras. Não há democracia sem o respeito a esses princípios fundamentais. Até quando iremos viver com essa herança maldita de um dos piores momentos da história do Brasil? A justiça social tão aclamada na Assembleia Nacional Constituinte está longe de ser realidade. E é exatamente por isso que as pessoas não devem sair das ruas: por direitos!

A atitude corajosa da prefeita Ana Preto em ajustar o cálculo da alíquota do IPTU de 0,6 para 0,8 – que desde o governo Sodré, há mais de 24 anos, não sofria mudanças – foi explorada pelo oportunismo dos seus opositores, que estranhamente votaram contra a emenda. Esta manteve a atual alíquota de 0,6 para imóveis no valor de até R$ 80 mil. Os corretores de imóveis que estavam na sessão da Câmara torceram o nariz.

Partido preservado

Há quase um consenso em relação aos efeitos do mensalão. Apesar de ter alguns de seus membros envolvidos no processo, o PT não foi prejudicado em sua imagem, haja vista o desempenho dos seus candidatos nas eleições municipais do ano passado, e mesmo na reeleição do Lula e na eleição da Dilma. Isso demonstra maturidade do eleitor, que aprendeu a analisar a conduta do político.

Positivo

A limpeza da cidade de Peruíbe não deixa dúvidas de que estamos caminhando para uma nova forma de administração.

Negativo

A grande quantidade de mendigos e pedintes, em especial na rodoviária, tem causado transtornos às pessoas, principalmente pelas abordagens ostensivas.

Expediente Rede Brasil Atual – Peruíbe Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Foto Capa Dida Sampaio/AE Telefone (11) 3295-2820 Contato Publicitário Guiomar Batista Telefone (13) 3458-5503 E-mail brasilatualperuibe@hotmail.com Tiragem 6 mil exemplares Distribuição Gratuita


Peruíbe

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política

Conheça os vereadores de Peruíbe Brasil Atual conta a história e os projetos dos vereadores da atual legislatura

André de Paula

Mari Laila Maalouli

Aos 58 anos, André Luiz de Paula (PMDB) concilia o trabalho na Câmara com a carreira de engenheiro civil. Nascido em Taubaté, ele se graduou na Universidade de Taubaté, na década de 1980. Ao concluir o ensino superior, André recebeu uma proposta para trabalhar em uma construtora em Peruíbe. “A cidade me ajudou a colocar em prática o que aprendi na faculdade e me projetou para o mercado. Gostei de Peruíbe logo que cheguei. Por isso permaneci, constituí família e montei a minha empresa.” Na profissão há mais de 30 anos, ele já realizou mais de 1.000 obras no município. Com a sua empresa Engenharq, ele construiu a loja Pernambucanas, o Banco do Brasil, o Center Chique, a Caixa Econômica Federal e o escritório JR Preto, na região central. “A engenharia é dinâmica, você aprende com cada obra. O projeto é como se fosse um filho que você tem que criar bem, para que nada de ruim lhe aconteça. Por isso, quando fica pronto é motivo de orgulho.” O vereador começou na política ainda na adolescência, quando fazia parte de comissões escolares. Na faculdade integrou o diretório acadêmico e começou a militar no movimento estudantil do PMDB. Em 2008, concorreu à vereança e acabou como primeiro suplente de seu partido. No ano seguinte, com a cassação de Manoel Reis Guedes, André iniciou o primeiro mandato. Agora ele luta para colocar em prática a lei sobre transparência na administração municipal, de sua autoria, sancionada em 2011. “Eu nunca parei de trabalhar. Não quero fazer da política minha única função. Ser vereador é a forma de tentar devolver um pouco do que Peruíbe me proporcionou.”

A advogada Mari Laila Tanios Maalouli (PCdoB), de 30 anos, é a única vereadora da cidade. Ela nasceu em São Paulo, mas mudou-se para Peruíbe (bairro Ilha Grande) com a família quando tinha cinco anos. Na adolescência, o divórcio dos pais e a morte da mãe por suicídio fizeram com que ela e o irmão mais velho começassem a trabalhar na feira para sobreviver. A tragédia motivou a jovem a cursar direito, pois tinha vontade de investigar o falecimento da progenitora. Ela estudou na Universidade Metropolitana de Santos, através do Financiamento Estudantil (FIES), do governo federal, onde se formou em 2009. O interesse pela política surgiu ainda na adolescência. “Moro na Ilha Grande, um bairro que fica perto do Caraguava, uma região carente de tudo. Lá não tinha esgoto, policiamento, havia pontos de prostituição e tráfico de drogas. A vontade de mudar essa situação fez com que eu e outros moradores montássemos uma associação de bairro.” Em 2008, ela concorreu à Câmara pelo PV, mas não se elegeu. Quatro anos depois, alcançou o parlamento pelo PCdoB. “Minha vontade é fazer a diferença. Quero trabalhar, mas não é fácil. O vereador não tem poder para executar. A nossa função é fiscalizar.” No tempo livre, Laila curte andar de triciclo ou em sua moto Shadow 600 cilindradas. A vereadora também participa do Moto Clube Epidemia da Estrada. Em suas aventuras, já viajou ao Paraguai, à Argentina e ao Chile. Neste ano, pretende percorrer a Guiana Francesa e o Peru. “Quando eu viajo, percebo que vivo em um mundo fantástico, onde as coisas são maravilhosas. A estrada é seguir em frente. Viajar é como recarregar minhas baterias. Eu não vou parar nunca. Serei uma daquelas velhinhas com triciclo.”

lauany rosa

lauany rosa

Dando sequência à edição nº 18, de julho, quando contamos um pouco da vida de Marcos Mohai (PSDC) até se tornar vereador, a cada mês, o Brasil Atual vai oferecer um perfil com a história de dois parlamentares, apresentando suas trajetórias e um pouco do que estão fazendo na Câmara. Nesta edição, você pode conferir os perfis do engenheiro André Luiz de Paula e da advogada Mari Laila Tanios Maalouli.


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4 entrevista

roberto stuckert filho/IL

“Estou no jogo”, diz ex-presidente Lula

Manifestações

Eu acredito que o impacto de tudo que aconteceu em junho de 2013 deve servir como uma grande lição para a sociedade brasileira e, sobretudo, para os governantes. Certamente, muita gente de partidos políticos, sindicatos e movimentos organizados da sociedade civil foi pega de surpresa, porque foi um movimento que se deu à margem daquilo que nós conhecíamos como tradicional forma de organização. Eu me lembro que não aconteceu nada no Brasil nos últimos 40 anos que a gente não estivesse à frente. Seja o movimento sindical, sejam os partidos de esquerda, seja a UNE, sejam os sem-terra... Não foi um movimento em que as pessoas queriam derrubar o governo, mas um movimento em que as pessoas diziam: “nós queremos mais educação, mais saúde, mais transporte, mais qualidade de vida”. A nossa presidenta teve a sabedoria de dar uma resposta imediata, colocando a reforma política como fundamental para que a gente possa mudar a situação do Brasil, depois a

questão da saúde com o Mais Médicos, depois a aprovação de 75% dos royalties para a educação... Ou seja, foram medidas tomadas pela nossa presidenta que mostraram o governo num processo de evolução para tentar encontrar soluções.

“Se você quer mudar, mude através da política” A única coisa grave do movimento é a manipulação para a tentativa de negar a política. Tenho dito publicamente que toda vez na história ou em qualquer lugar do mundo que se negou a política, o que veio depois foi pior. Portanto, se você quer mudar, mude através da política. Participe, entre num partido, crie um partido, faça o que você quiser. Aqui no Brasil, o que teve foi o regime militar de 1964. No Chile foi o Pinochet, na Argentina foi a ditadura. Não queremos isso. Queremos democracia exercida em sua plenitude. E a sociedade quer isso. A sociedade quer debater

No dia 24 de setembro, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva concedeu a sua primeira longa entrevista após deixar o Palácio do Planalto a um grupo de jornalistas da Rede Brasil Atual, TVT e jornal ABCD Maior, no Instituto Lula, em São Paulo. No encontro, de cerca de 90 minutos, ele comentou os principais assuntos em voga no país e as eleições de 2014. Ao final, brincou com os profissionais: “Se tem uma coisa que tenho vontade é de falar”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista e a íntegra em <www.redebrasilatual.com.br>. política, então vamos debater sem medo de qualquer assunto. Sou daqueles que acham que não tem tema proibido. Reforma política

Não é fácil avançar na reforma política. As pessoas que foram às ruas não vão votar no Congresso Nacional. É importante lembrar que fizemos a campanha das Diretas, que possivelmente foi um dos maiores movimentos cívicos deste país, em meses em que fomos à rua com todos os partidos políticos, com o movimento sindical, centenas e centenas de manifestações pelo Brasil inteiro, toda a sociedade querendo, e quando a proposta chegou ao Congresso não tínhamos número para aprovar e não aprovamos. Só teremos uma reforma política plena no dia em que tivermos uma constituinte própria para fazê-la. Achar que os atuais deputados vão fazer uma reforma política mudando o status quo é muito difícil. Acredito que é possível discutirmos uma mudança na votação, votar em lista, financiamento de campanha. Há um equívoco em fazer a sociedade

compreender que o financiamento público vai tirar o dinheiro da União. A forma mais eficaz, honesta e barata de se fazer uma campanha política é você saber que cada voto vale um centavo, R$ 1 real, R$ 10 reais e que cada partido vai ter tanto e se alguém pegar dinheiro privado tem de ser considerado crime inafiançável, para que as pessoas não fiquem subordinadas aos empresários. Por que os empresários não estão defendendo o financiamento público? Oras, é porque a eles interessa cada um construir a sua bancada. Os bancos têm as suas bancadas no Congresso Nacional, têm influência, porque cada um tem a lista de quem financia. A reforma política é a melhor possibilidade para se mudar a lógica da política no Brasil. E ter em conta que não é só para combater a corrupção, mas para facilitar as coalizões que são conseguidas, porque quando você ganha uma eleição com um partido aliado a outro tem que ter coalizão na hora de montar o governo. Acredito que para 2014 a gente vai conseguir fazer uma

reforma política muito capenga. Temos que levar em conta que há interesses partidários. Tem partidos para os quais está bom assim. O cara tem mandato e quer preservar o seu mandato. As pessoas podem querer fazer as coisas para 2018, 2020, mas para esta eu acho que não vai haver mudança.

“O rico tem que pagar a saúde do povo pobre” Mais Médicos

O ministro da Saúde Alexandre Padilha tem razão com o que ele fala: não se está buscando médico fora para substituir o médico brasileiro; se está buscando médico fora para trabalhar onde não tem médico. E o Padilha sabe que o programa Mais Médicos não vai resolver o problema da saúde. O Mais Médicos vai dar oportunidade ao cidadão que não tem acesso a nenhum médico de ter acesso ao primeiro médico e a tratamento. E quando esse cidadão tiver acesso, ele vai querer mais saúde, porque ele vai ter informações. Então vai precisar formar mais gente.


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Ação Penal 470 (“mensalão”)

Desde o começo do julgamento, tenho dito que qualquer manifestação minha só seria feita após terminar o processo, pois fui quem indicou alguns ministros que estão no STF. Não quero ficar colocando em dúvida questões da Suprema Corte, que tem uma importância muito grande para o Brasil. Fico um pouco chateado, pois se depender do comportamento de um ou de outro na imprensa, não precisaria nem de julgamento. O próprio diretor de jornalismo já condenaria as pessoas. O que deve ser garantido pelo Estado de Direito, algo pelo que a gente brigou tanto, e que para alguns editorialistas parece ser crime contra a humanidade: o direito de defesa. Tenho muita vontade de falar. Tenho ouvido os ministros falarem e vejo que alguns têm preocupação em estudar o caso, e outros não. Quando o julgamento terminar, seja qual for o resulta-

roberto stuckert filho/IL

Em 2007, derrubaram a CPMF. Foi um ato de insanidade dos tucanos em relação ao meu governo. Eles tiraram uma bagatela de R$ 40 bilhões por ano. Soma isso em quatro ou sete anos e vê a quantidade de dinheiro que tiraram da saúde, achando que iam prejudicar o Lula. Pois bem, quem eles prejudicaram? O povo. Achamos que o rico tem que pagar pela Saúde do povo mais pobre. Era por isso que tínhamos apresentado um programa chamado Mais Saúde em que a gente iria utilizar todo o dinheiro da CPMF para cuidar da saúde. Dilma e Padilha marcaram um gol com o Mais Médicos. Abriram um debate muito importante com a sociedade para as pessoas começarem a enxergar.

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do, eu vou ter muita coisa para dizer a respeito. Copa do Mundo e Olimpíadas

O Brasil é a sexta economia mundial e o país que mais ganhou Copas do Mundo. Agora precisamos ver se a Copa será um evento em que o Brasil fortaleça sua imagem para o mundo, ou se a gente vai fazer uma Copa fracassada por conta de problemas internos. Se tiver corrupção (nas obras dos estádios e infraestrutura), que digam quem fez, que se processem os responsáveis. O que não pode é trabalhar com o “denuncismo”. A teoria do domínio de fato não serve para isso. O país tem governos federal, estaduais e municipais envolvidos com a Copa do Mundo. O Ministério Público tem um procurador que foi designado para acompanhar os comitês organizadores da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Eu publiquei decretos federais em dezembro de 2009 determinando a criação de portais, para 2014 e 2016, para que seja acompanhado em tempo real para onde vai cada centavo da União que é investido nesses negócios. Até agora não há nenhuma denúncia. Não podemos permitir que alguma má informação seja passada para a sociedade sem que haja resposta. A minha preocupação é que os governos têm de mos-

trar o que está acontecendo e assumir as responsabilidades. As obras não vão ficar quando a Copa do Mundo for embora? Essa é uma preocupação que eu tenho: se não for assim, vamos ter 40 mil pessoas dentro de um estádio torcendo e outras 40 mil fora dizendo que houve corrupção. Já temos o Tribunal de Contas, a Procuradoria Geral, a Polícia Federal, o diabo a quatro... Agora é preciso construir uma narrativa do significado da Copa do Mundo e das Olimpíadas para o nosso país. Eleições 2014

O problema de fazer uma avaliação de 2014 é que eu precisaria de uma bola de cristal na minha frente. O que eu falar aqui pode ser desmentido em uma semana com o posicionamento de um partido político. Primeiro: eu trabalho com a ideia de que a presidenta Dilma deve fazer um esforço para manter sua base de sustentação. Acho que a maioria vai ficar com ela, que os tucanos vão ter candidato, talvez façam uma coalizão com o DEM, ou com outros partidos de direita, mas eles não podem fazer uma coligação com a imprensa, que é a grande aliada deles. Se a Marina conseguir o registro do partido (Rede Sustentabilidade), ela certamente será candidata. O Eduardo Campos (PSB) quer ser, mas já me disse que só decide em março ou abril do ano que vem. O PSDB ainda não sabe se vai de Aécio ou se o José Serra vai tentar criar um caso.

“Meu papel será o que a Dilma quiser que seja” Acho que o quadro é favorável. Falo da Dilma com muito orgulho. Vejo as pes-

soas colocarem defeitos nela, com essa história de que não gosta de conversar. Cada um tem um estilo. O que eu tenho consciência é que poucas vezes no mundo tivemos uma presidente tão decente como a Dilma. De caráter, competente e séria. Isso é condição fundamental para que o Brasil continue a trajetória que conseguimos implantar nos últimos dez anos. Papel do Lula nas eleições

O meu papel será o papel que a Dilma quiser que seja. Tenho que ter muito cuidado, porque não posso conversar com um partido político sem a orientação da presidenta ou do partido. Uma coisa que sei fazer, e espero estar em condições, é pedir voto. Eu me considero razoável de palanque. Gosto e me sinto bem. Agradeço a Deus todos os dias pela relação de confiança que a população construiu comigo. Certamente que hoje ela precisa menos do que precisava em 2010, porque é a presidenta, está no mandato, tem exposição mais forte, vai ser julgada pelo que já está fazendo. Mas vou fazer o mesmo esforço que fiz em 2010. É como se fosse a minha campanha. A vitória da Dilma é a minha vitória. O sucesso dela é o sucesso do povo brasileiro, das camadas mais pobres. É difícil, gente, porque nem todo mundo acha prazerosa a ascensão dos mais pobres. Tem gente que fica incomodada dos mais pobres terem acesso às universidades, aos restaurantes, a exposições nas bienais. É um gesto ruim, pois acredito que, quanto mais o pobre ascender, melhor será para todos, já que a classe média sobe junto e todo mundo

ganha. Quando não tivermos mais miseráveis, teremos menos violência, menos assaltos. Isso que temos que ter consciência, que a Dilma pode nos ajudar a construir nos próximos anos. Como eu, ela vai fazer um segundo mandato infinitamente melhor do que o primeiro.

“São Paulo está perdendo nível industrial” No Estado de São Paulo

Acredito que nunca estivemos tão próximos de vencer as eleições em São Paulo. Por isso é preciso dividir o lado de lá. É preciso alcançar alianças além do PT, do PDT, do PC do B, para, então, construirmos um discurso apropriado. Estamos no caminho certo. Os tucanos estão num processo de fadiga de material. Eles não têm mais o que propor. Isso não significa dizer que o governador está acabado, está fraco. Alckmin é uma figura com força política no Estado e precisamos ter habilidade para derrotá-lo. Acho que ele não tem mais proposta para o ABCD ou para a Região Metropolitana. Não tem mais o que fazer em nível estadual. São Paulo está perdendo força, está perdendo nível industrial. Não tem propostas para a educação. É muito desagradável quando pegamos as avaliações do MEC sobre o ensino fundamental e vemos que São Paulo está entre os piores Estados. Está provado que o crime organizado derrotou o governo de São Paulo. Parece uma coisa sem controle. Acredito que se o Alexandre Padilha [ministro da Saúde] for realmente o indicado, teremos um ótimo candidato em São Paulo.


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6 saúde

Lama negra mostra-se eficaz no combate ao reumatismo doenças que afetam as atividades celulares e os tecidos corporais. Segundo o coordenador do projeto Lama Negra de Peruíbe (mantido pela Prefeitura), o médico Paulo Flávio Gouvêa, desde o início das pesquisas muitos trabalhos e estudos foram realizados com o material. “A lama negra foi estudada sob vários recortes, como recurso terapêutico, recurso turístico, objeto de atenção arquitetônica e foi tema de doutorados realizados na Facul-

Desde 2002, uma parceria entre a Prefeitura, a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen), a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a empresa municipal Progresso e Desenvolvimento Peruíbe (Prodep) e o Ministério da Saúde comprovaram a eficácia na utilização da lama negra de Peruíbe em tratamentos homeopáticos e alopáticos de artrites, artroses, psoríase, gota, flebites, artropatias e outras

lauany rosa

Aplicações faciais para fins estéticos também são realizadas no Lamário de Peruíbe

dade de Medicina da USP, de 2002 a 2004.” Gouvêa explica que os estudos têm como objetivo

reconhecer cientificamente essa forma de tratamento. “A lama negra é extremamente útil, eficiente, barata e não

Por Lauany Rosa

possui efeitos colaterais. Em outros países há uma atenção maior para esse tipo de pesquisa, pois este tratamento proporciona um rápido e duradouro alívio dos sintomas e, por vezes, a recuperação total dos pacientes.” O médico também chama a atenção para o método secular. “É um material disponível na natureza e tem o uso bastante agradável. A lama negra de Peruíbe já era utilizada pelos índios muito antes da chegada dos portugueses.”

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Como é feito o tratamento medicinal e estético

Professora Gisele Andreata

O tratamento é feito no Lamário de Peruíbe. Antes de iniciar o cataplasma (aplicação), a lama negra é aquecida em banho-maria até atingir a temperatura de 39 ºC. A aplicação é feita com uma camada de algo-

dão e uma manta escura nas regiões onde o paciente sente dor. Ele, então, fica em repouso por 20 minutos. “Podemos dizer que a lama estimula o corpo, para que ele volte a funcionar corretamente. Como é aquecida, ela provoca uma regeneração no local. O efeito é parecido com uma febre localizada, que força o tecido a se regenerar. Logo, tem interferência direta nas atividades celulares dos órgãos e aparelhos do corpo humano”, relata Gouvêa. Cerca de 50 pacientes são atendidos ao mês, mas antes precisam fazer uma consul-

ta com o médico responsável pelo projeto. “Fazemos aplicações em três ciclos, de três semanas (de segunda a sexta-feira) cada um, separados entre si por três semanas de repouso. Após esse período, o paciente aguarda 90 dias até retornar para nova avaliação ou novo tratamento”, explica. O tratamento com a lama negra é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, pessoas de qualquer cidade podem usufruir do método, desde que permaneçam em Peruíbe até o final dos ciclos propostos pelo médico. A aposentada Elza Silva de

Souza, de 69 anos, faz tratamento há dois anos, para combater a artrite reumatoide que afeta seus pés e mãos. “Aqui é um espetáculo, um tratamento de Primeiro Mundo. Eu melhorei 100%. E o melhor: é de graça!”, disse enquanto movimentava os pés e as mãos para comprovar a melhoria obtida com o tratamento, que está no último ciclo. O aposentado Dourival Dauceco, de 66 anos, faz o tratamento há três anos para cuidar de bursite, esporão e dores nos joelhos. “Antes do tratamento, eu não conseguia erguer meu braço direito. Mas com muito trabalho recuperei

As propriedades da lama negra A lama negra é encontrada na margem do Rio Preto e extraída de uma jazida no Jardim Veneza. A lama, que mescla tons verdes e pretos, é rica em silício e enxofre, e é composta de ele-

mentos como argila, feldspato, quartzo, biotita, magnetita, turmalina, estaurolita, zarcão, monazita, clorita, diatomáceas, etc. Para Alexandre Costa Ribeiro, gerente administrati-

vo do projeto Lama Negra, a composição é o diferencial. “Ela tornou-se há centenas de anos nas proximidades do mar e da encosta do morro. Por isso possui elementos orgâni-

cos, como restos de vegetais e animais, e nutrientes trazidos pelo mar. É isso que a torna diferente da lama do Rio Nilo, no Egito, ou da lama de Cuba, ou de outros lugares.”

o movimento e não sinto mais dores. Além disso, saio daqui mais relaxado.” O Lamário de Peruíbe também oferece aplicações faciais para fins estéticos, como remoção de manchas, prevenção de rugas e combate à acne. Esses tratamentos custam R$ 2,00 por aplicação. “Estou no quarto dia seguido de tratamento e as minhas espinhas estão bem melhores. O valor é quase simbólico em vista dos benefícios. A minha pele está bem macia e vistosa”, conta a professora Gisele Andreata, de 31 anos.

Serviço Lamário de Peruíbe Avenida Mário Covas Júnior 204, Centro – Peruíbe/SP (próximo ao porto de pesca). Os agendamentos das consultas e tratamentos estéticos podem ser feitos no local ou pelo telefone 3455-2463.


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Turismo

Aquário de Peruíbe pretende ampliar seu espaço Pinguinário e recinto de jacarés fazem parte dos planos para 2014

No aquário existem tanques com tubarões, tartarugas, raias, moreias, peixes exóticos e regionais, como o robalo, o bagre e o baiacu. Há também recintos com caranguejos e lagostas, diferentes espécies de sapos, cobras e rãs. Entre as principais atrações estão o cinema, que exibe documentários sobre animais aquáticos e ecossistemas, o minimuseu dos tubarões e animais marinhos, e a biblioteca com um acervo de biologia e vida marinha – nesse espaço há uma brinquedoteca voltada para a educação ambiental e recreação. O aquário ainda possui o tanque de contato, no qual o visitante pode tocar em alguns animais como ouriço,

pepino-do-mar e caranguejo. “Acima dos tanques nós temos a identificação dos animais e também um breve texto que conta como é o ecossistema onde eles estão inseridos. Assim, o visitante pode percorrer o aquário sem pressa ou medo de perder alguma informação”, explica o biólogo Thiago. O maior tanque do aquário possui 16 mil litros de água salgada e abriga exemplares do tubarão bambu, espécie do Oceano Pacífico, que junto com o peixe-palhaço e o baiacu estão entre as atrações de maior sucesso – desde a inauguração do Aquário de Peruíbe, mais de 40 filhotes de tubarão bambu já nasceram em cativeiro.

clusive com um pinguinário e um recinto para jacarés. “O desejo de acrescentar um pavilhão ao aquário é antigo, mas o maior empecilho é a falta de verba. Queremos que a reestruturação esteja pronta até o ano que vem. Por isso estamos em busca de parceiros que possam nos ajudar financeiramente.”

Recuperação de animais

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Principais atrações

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nar, projetos de conscientização ambiental são desenvolvidos junto aos visitantes, que chegam a somar o número de 3.000 ao mês – na alta temporada de verão cerca de 10.000 entradas são vendidas. Segundo o biólogo responsável pelo aquário, Thiago Augusto, a ideia é ampliar este ponto turístico de Peruíbe, in-

Dada a equipe de biólogos e veterinários especializados do Aquário de Peruíbe, além dos animais em exposição, muitos animais doentes e debilitados encontrados nas praias ou oriundos da assistência de reabilitação da fauna silvestre chegam para receber tratamento. Geralmente, os animais são trazidos por órgãos ambientais, mas há casos em que o resgate é feito pela população. A frequência com que esses animais aparecem é grande. “Por interagirem com o ser humano, as aves, como

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O Aquário de Peruíbe é um dos locais mais procurados pelos turistas nos feriados e períodos de férias. A estrutura do local conta com 24 recintos entre tanques, aquários, terrários e aquaterrários, que abrigam mais de 80 espécies de peixes, crustáceos, anfíbios e répteis. Desde julho de 2009, quando o aquário começou a funcio-

o albatroz, a gaivota e a fragata, aparecem o ano todo, assim como as tartarugas marinhas por conta da pesca ou da ingestão de lixo. As ocorrências com pinguins são mais frequentes no inverno”, diz Thiago. O tempo mínimo de permanência do animal no aquário é

de quarenta dias. Nesse período são realizados exames e tratamentos até que ele possa ser devolvido ao seu habitat natural ou encaminhado a entidades de asssténcia aos animais. Thiago explica que alguns ficam traumatizados e são incapazes de retornar à natureza. “A cobra d'água foi mordida por um cachorro a mando de seu dono e o sapocururu foi apedrejado. Ambos foram vítimas dos seres humanos e demoraram muito para se recuperar. Hoje não sobreviveriam fora de seus recintos no Aquário.”

Conscientização ambiental A equipe do Aquário de Peruíbe realiza palestras e oficinas para chamar atenção sobre a preservação dos ambientes aquáticos, a importância dos ecossistemas marinhos e os impactos das ações do homem so-

bre o meio ambiente. No período de férias escolares, o espaço oferece exposições temáticas ou sessões de cinema tridimensional. “Toda temporada nós programamos uma atividade diferenciada que trabalhe a pre-

servação do meio ambiente.” O Aquário também oferece um programa educativo para atender escolas e grupos. O agendamento prévio deve ser feito pelo site <www.aquariodeperuibe.com.br>.

Aquário de Peruíbe Onde: Avenida Governador Mário Covas Jr., 204, Centro – Peruíbe/SP – Quando: O horário de funcionamento é das 10 h às 18 h (só não abre às terças-feiras devido à manutenção) Quanto: Adultos – R$ 7 e crianças de 2 a 12 anos – R$ 5 – Mais informações: 3453-1568.


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8 Palavras Cruzadas diretas

lauany rosa

foto síntese – Casa – Forte

sudoku


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