Jornal brasil atual – itariri 24

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Jornal Regional de Itariri

jornal brasil atual

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ITARIRI

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GRATUUIIÇÃO TA

nº 24

CRISE DA ÁGUA II

Maio de 2015

CIDADE

VALE DO RIBEIRA EM LUTA População de Registro e ativistas se mobilizam em defesa de mananciais OBRAS Tudo parado em Nova Itariri; verba federal segue bloqueada

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HABITAÇÃO

CDHU Convênio prevê a construção de moradias populares

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SAÚDE CRISE DA ÁGUA

SABESP IGNORA CAOS EM NOME DO LUCRO Ainda sob risco de colapso do sistema, empresa demite 500 funcionários e eleva tarifas

FEITA NA CIDADE Benefícios da biomassa da banana popularizam produto natural

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Itariri

2 PATRIMÔNIO

Igreja de S. Benedito foi reaberta

EDITORIAL Nesta edição, voltamos a tratar sobre o descaso do Poder Público com o bairro de Nova Itariri. É preciso lembrar que as obras de pavimentação das vias, que o Brasil Atual acompanha desde 2012 (apesar de elas terem começado em 2010, como explica a reportagem), tiveram início na gestão do ex-prefeito Dinamérico Perroni. Incapaz de concluir o prometido, o fardo sobrou para a prefeita Rejane Silva, à frente da administração municipal desde 1.º de janeiro de 2013. A pouco mais de um ano das eleições municipais de 2016, com o histórico moroso que ronda as obras públicas de nossa cidade, a pergunta que fica é: será que ela conseguirá desatar esse nó que tanto tem atrapalhado a vida dos moradores e comerciantes do bairro, ou seremos obrigados a esperar por mais uma gestão? Não podemos deixar de comentar sobre a crise da água no Estado de São Paulo, tema das reportagens centrais. A mobilização dos vizinhos de Registro para defender os mananciais que cortam a cidade é um claro recado para o governador Geraldo Alckmin, que pretende transpor as águas de alguns de nossos rios para o abastecimento de parte da Região Metropolitana de São Paulo. O ponto não é que tal manobra deva ser inviabilizada, mas uma população não pode ser onerada em benefício de outra – por irresponsabilidade do próprio governo estadual, que enxerga a água pela lógica do lucro. Ou seja, são necessárias contrapartidas para o Vale do Ribeira, que há tanto tempo é negligenciado pelos sucessivos governos tucanos.

A Igreja de São Benedito voltou a receber o público católico de Itariri após cerca de quatro décadas. Desde 2013, o local vinha sendo usado apenas como espaço cultural. A capela teve a fachada restaurada com a pintura nos moldes originais, em cores azul e branca – nos mesmos tons utilizados em capelas de outros municípios do Vale do Ribeira, construídas no início do século XX. O trabalho de restauração, articulado pela Casa da Cultura de Itariri, contou com o apoio de uma equipe da Casa de Restauro da Prefeitura de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, que possui vasta experiência em trabalhos de revitalização e recuperação do patrimônio histórico, além da consultoria do Conselho do Patrimônio Histórico de Cananeia. No último dia 3 de maio, os fiéis puderam participar de

GIOVANNI GIOCANDO

Capela também será utilizada como espaço cultural

uma missa em homenagem a São Benedito na capela, que em 2017 vai completar um século de história. As celebrações da fé católica continuarão a acontecer, mas agora dividirão o espaço com apresentações de grupos teatrais e outras ações ligadas à arte. Escolas podem agendar visitas guiadas à Igreja de São

Benedito para conhecer um pouco da história da cidade, evidentes no modelo arquitetônico da capela (mourisco espanhol). Os interessados devem entrar em contato com a Casa da Cultura de Itariri pelo telefone 3418-3352 ou comparecer ao Departamento de Cultura e Turismo, que fica na Rua do Comércio, no 127, Centro.

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Itariri

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CIDADE

Nova Itariri segue à espera de pavimentação das vias Diretoria de obras usa “brita” para atenuar efeitos das chuvas; verba federal segue bloqueada lhando o trânsito de pedestres, ciclistas e carros, tornando o bairro em um brejo. O comerciante Francisco Paulino da Silva, 37, administra uma loja na Rua Nove e reclama da redução da clientela depois do início da obra. “Antes era ruim, mas piorou com esse trabalho pela metade. Ninguém passa na rua, caíram as vendas. Quando chove é lama, e quando não chove fica uma poeira ‘danada’”, reclama. Para Francisco, de nada adianta pagar impostos municipais e ter as licenças do estabelecimento. “Estou legalizado, pago em dia as minhas obrigações, mas não tenho o retorno. Cadê o serviço?”, questiona o comerciante, que também é morador do bairro.

GIOVANNI GIOCANDO

A improvisação é a marca das obras de drenagem e asfaltamento das Ruas 9, 12 e 17, do bairro Nova Itariri, paralisadas desde outubro por falta de repasses do Ministério das Cidades. Conforme informado por Vilma Silva, diretora municipal de Obras, em matéria publicada em abril pelo jornal Brasil Atual, a pasta só faria reparos com brita nas três vias. Esse conserto paliativo aconteceu nos últimos dias, apesar das chuvas que ainda atingem a cidade. A realidade do local, porém, pouco evoluiu. A reportagem voltou ao bairro um mês após mostrar o estado de abandono das ruas. O rebaixamento das ruas (no início das obras) faz com que poças d’água próximas às sarjetas continuem atrapa-

Em março, um protesto que reuniu moradores de Nova Itariri na Câmara Municipal foi o primeiro sinal de alerta para a Prefeitura sobre o caos instaurado no bairro. Já neste mês, cidadãos recolheram um abaixo-assinado, que foi recebido pela prefeita Rejane Silva (PP), cobrando providências a respeito da obra. O atraso tem relação direta com a falta de contrapartida financeira da Prefeitura, além da falta de fornecimento de notas fiscais e planilhas de custos à Caixa Econômica Federal, responsável por in-

termediar o convênio junto ao Ministério das Cidades, assinado em 2010, iniciado em 2013, e adiado no ano passado. Responsável por organizar a manifestação, o vereador Josimar da Silva Teixeira (PT) diz que já fez várias cobranças à Prefeitura sobre prazos e providências que serão tomados a respeito da obra. “As ruas estão em situação precária e os moradores estão sofrendo. Eu fiz requerimentos exigindo que fossem fornecidas previsões claras sobre quando o asfaltamento será retomado, mas ainda não tive respostas”, disse.

DIVULGAÇÃO

Prefeitura alega ter dado contrapartidas do convênio

Após a publicação da reportagem no jornal Brasil Atual, em abril, a prefeita Rejane foi a Brasília (DF) tentar contornar o

entrave burocrático com o Ministério das Cidades. Segundo Solange Wuaquim, diretora do departa-

mento de Convênios, todas as contrapartidas por parte do município foram cumpridas, mas ainda não há prazo para a retomada das obras, pois a liberação dos recursos depende de aval do Ministério das Cidades, que ainda analisa o projeto. No site da Caixa Econômica Federal, no contrato firmado entre o Ministério das Cidades e a Prefeitura no valor de R$ 253.776,56, que prevê a drenagem e a pavimentação asfáltica das Ruas 9, 12 e 17, do bairro Nova Itariri, continua constando o status “atrasado”.


Itariri

4 CRISE DA ÁGUA

A conta não fecha: Sabesp demite e aumenta a tarifa Para manter lucros, empresa demite 500 funcionários e mira reajuste de 15,24% meses anteriores, que chegou a 8,13%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A justificativa do diretor financeiro e de relação com investidores da empresa, Rui Affonso, é de que a Sabesp vive um “estresse financeiro” maximizado pela crise hídrica. Segundo informações da pró-

Assembleia dos funcionários da Sabesp

DIVULGAÇÃO/SINTAEMA-SP

No dia 5 de maio, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a promover reajuste de 15,24% nas contas de água, a partir de junho. O aumento ficará acima da inflação acumulada nos 12

por Giovanni Giocondo

pria Sabesp, o lucro obtido pela estatal entre 2004 e 2013 chegou a R$ 12,43 bilhões. Nesse período, a empresa diz ter reinvestido 84,5% desses valores na estruturação do sistema, enquanto o restante dos dividendos, cerca de R$ 2 bilhões, foi repassado aos acionistas. Entre 2002 e 2012, as ações da Sabesp valorizaram 601% na Bolsa de Nova Iorque.

Falta de transparência com os clientes residenciais

GIOVANNI GIOCONDO

“Meu emprego não paga a omissão que seria não dizer as verdades sobre o que está acontecendo.” Logo após essa máxima exposta em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, no mês de fevereiro, Marzeni Pereira da Silva foi demitido, no mês seguinte, após 22 anos trabalhados na Sabesp. Ele, que também era membro da oposição ao Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São

Paulo (Sintaema-SP), foi a público para apresentar informações que a estatal sonegou

ao consumidores residenciais durante toda a crise. “A Sabesp conta uma sé-

rie de inverdades à população para blindar o governo do Estado e responsabilizar o consumidor residencial pelo colapso do sistema de abastecimento de água”, diz. Entre essas histórias mal contadas estaria a “redução de pressão” na capital paulista, que, segundo o ex-servidor, é ilusória em bairros com alto desnível entre as ruas e as casas, como na zona norte da cidade. “A válvula redutora de pressão não está em todas as regiões”, explica.

Adepto do racionamento total e irrestrito e da decretação de estado de calamidade pública no Estado, Marzeni acredita que esta seria a medida mais justa, atingindo a todas as classes sociais, sem distinção. “Por isso defendo a reestatização da Sabesp, que deve ficar sob o controle da população. Precisamos encontrar uma saída para essa crise sem precedentes, mas isso não será possível com a Sabesp sob a tutela de seus acionistas”, critica.

Para a direção do PSOL, partido ao qual Marzeni é filiado, a demissão configurou “perseguição política” contra o trabalhador, sobretudo por suas fortes críticas contra os “desmandos da Sabesp”. Junto com Marzeni, outros 500 trabalhadores já foram desligados da empresa neste ano, e pelo menos 200

GIOVANNI GIOCONDO

Perseguição política aos trabalhadores da companhia devem ser demitidos até o início da data-base da categoria, que é neste mês. O Sintaema tentou mobilizar uma greve contra a política de demissões da Sabesp em meio à crise hídrica, mas não houve adesão ao movimento. Na opinião de Francisca Adalgisa, presidenta da Associação de Funcionários da Sa-

besp, o Estado de São Paulo está à beira de uma guerra civil por conta da água. “O colapso do sistema de abastecimento de água é um processo de reação da natureza a anos de descaso, não é apenas uma crise”, diz a servidora, que defende que a estatal não pode se sujeitar ao sucateamento da má administração.


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CRISE DA ÁGUA II

Luta pela água tem novos capítulos no Vale do Ribeira Futura transposição de rios da região e modelo insustentável mobilizam comunidade e ativistas detalhes sobre a transposição das águas da Bacia do Ribeira de Iguape para a Região Metropolitana de São Paulo, no que será o futuro Sistema de Produção São Lourenço. A obra, de responsabilidade da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), pretende captar até 6,4 metros cúbicos por segundo desses rios, que passarão

por 83 km de adutoras, até chegar à represa Cachoeira do França, em Ibiúna (região metropolitana de Sorocaba). O projeto, que deve entrar em operação em 2017, visa abastecer cerca de 1,6 milhão de pessoas, que usam o Sistema Cantareira em cidades da região oeste da Grande São Paulo. O valor estimado da obra é de R$ 2,21 bilhões.

GIOVANNI GIOCANDO

A força de uma população acostumada a preservar seus recursos naturais se uniu à dos movimentos sociais em um debate com técnicos e políticos sobre os possíveis impactos socioambientais da crise hídrica no Vale do Ribeira. O Seminário “Aprendizados para a Crise Hídrica no Brasil”, realizado em Registro, no dia 16 de maio, esclareceu

Autoridades defendem cobrança pelo uso da água “Se conseguirmos levar essa água para São Paulo, nós vamos resolver o problema de fato ou apenas retardar a morte?”, questiona o agricultor Pedro Oliveira, de 55 anos. Morador da zona rural de Barra do Turvo, ele diz ter aprendido a “plantar água” quando passou a trabalhar com equilíbrio a

agricultura e a floresta, sem impactos negativos. “A gente consegue viver e deixar um ambiente melhor do que estava”, explicou. A opinião é corroborada pelo vereador Raul Calazans (PT), de Registro – um dos organizadores do seminário ao lado do deputado federal Nilto Tatto (PT). “Queremos saber quais compensações

ambientais o Vale do Ribeira receberá por ter mantido seus mananciais intactos, agora servindo sua água à Região Metropolitana de São Paulo”, contestou. Nilto Tatto, ex-coordenador do Instituto Socioambiental (ISA), explica que a transposição das águas para a criação do Sistema São Lourenço traz à tona o debate

sobre o envolvimento da população nas decisões sobre o uso da água. “O Estado [de São Paulo] só chama a população para falar de consumo, escassez. Mas ela precisa estar presente para decidir sobre planejamento e investimento”, pontuou. Para Vicente Andreu, presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), nesse aspec-

to entra a estratégica “cobrança pelo uso da água”. O mecanismo permite que o Comitê de Bacias Hidrográficas estabeleça valores a serem pagos pelos consumidores dessa água e defina ainda para onde vai o dinheiro. “É preciso priorizar as bacias doadoras, como é o caso do Rio Ribeira”, ressaltou Andreu.

Mobilização

O Comitê de Bacias Hidrográficas é um órgão colegiado vinculado ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Ambos funcionam desde 1988. Na opinião de Edson Aparecido da Silva, membro do Comitê Técnico de Saneamento do Conselho Nacional das Cidades, é preciso ocupar o espaço disponível nos comitês. “Devemos conversar com nossos representantes

Carla Galvão, do Quilombo João Surá, em Adrianópolis (PR), e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), conta que a forma como as informações chegam à zona rural é um empecilho à participação dos quilombolas nas decisões sobre a água. “Mesmo a transposição [das águas do Rio Ribeira], que afeta diretamente a nossa comunidade, não tínhamos ideia de como ia

GIOVANNI GIOCANDO

Comitês de Bacias Hidrográficas

e preparar nossas demandas para essas reuniões, debater entre nós a pauta, para que essa pessoa escolhida defenda

o que é do interesse coletivo, além de lutar também fora dos espaços institucionais”, disse.

acontecer”, relatou. Membro da ONG Aliança pela Água, Mauro Scarpinatti disse que o Vale do Ribeira precisa seguir o modelo da periferia de São Paulo e batalhar nas ruas. “O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) levou 20 mil pessoas em ato até o Palácio dos Bandeirantes. É preciso fazer pressão para ser ouvido. Água é um direito humano, não se vende, se defende.”


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6 HABITAÇÃO

Moradias populares podem chegar até o final de 2016 Itariri deve contar com pelo menos 57 novas moradias populares até o fim de 2016. De acordo com a prefeita Rejane Silva (PP), em entrevista ao portal da Prefeitura, o convênio com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) – empresa do governo estadual, ligada à Secretaria da Habitação – foi assinado em maio. O número de casas pode chegar a 84. Segundo Aguinaldo Quintana, diretor de projetos da CDHU, a documentação do município está de acordo com a solicitação da Companhia. Ele se resumiu a dizer que se não houver nenhum contra-

VIVERSON BERNARDO/PMI

Prefeitura assina convênio com a CDHU, que deve viabilizar de 57 a 84 residências na cidade

tempo, as obras devem ser iniciadas “em breve”. Uma das pessoas que aguarda a oportunidade de ter

a casa própria é Doralice Rosa Ferreira, de 42 anos. Atualmente, morando com o pai e o filho no bairro Laranja Aze-

da, ela acredita que sua vida mudará completamente se for contemplada com a habitação. “O aluguel na cidade é muito caro, você não acha uma casa por menos de R$ 400. Com o salário que eu ganho não dá para pagar”, reclama. Monitora de ônibus das escolas municipais, Doralice tem de caminhar 45 minutos todos os dias para chegar ao trabalho, caminho que precisa percorrer novamente na volta para casa. “É muito cansativo, porque moro na área rural, por isso seria ótimo conseguir uma casa, quem sabe, no Centro ou em outro bairro. ‘Quebraria um

galho e tanto’”, conta. Mari Galdino, de 30 anos, colega de profissão de Doralice, também espera “ansiosamente” pela chance de concorrer a uma casa. “Minha mãe mora em Registro e, sempre que conversamos, ela me diz para mudar para lá, porque, há muito tempo, já existe um programa de habitação na cidade”, revela a mulher, que vive com a filha em uma casa no Centro. Segundo informações da Prefeitura de Itariri, um dos bairros que podem receber as futuras moradias é a Vila Boa Esperança. O local, no entanto, ainda não foi definido.

Regras para se candidatar à moradias do CDHU Para se cadastrar no programa de habitação da CDHU, os moradores de Itariri devem procurar diretamente a Prefeitura. Porém, o processo seletivo ainda não foi aberto. Segundo informações da assessoria de imprensa da

CDHU, os projetos são feitos em conjunto com a Agência Paulista de Habitação Social e visam atender prioritariamente famílias com renda de até três salários mínimos. As pessoas que vivem em áreas de risco ou de proteção ambiental, cortiços ou favelas

têm preferência no acesso às moradias. Entretanto, cabe ao município identificar esses cidadãos, cadastrá-los e indicá-los como potenciais candidatos. Os beneficiários da população em geral serão selecionados por meio de um sorteio público feito pela própria Pre-

feitura. A CDHU também informa que não trabalha com lista de espera. Quando as inscrições forem abertas, os interessados em se cadastrar poderão saber os pré-requisitos necessários através dos contatos da CDHU, pelo site <www.cdhu.sp.gov.br> ou

pelo telefone 0800-7723633. Ou ainda nos postos de atendimento da Companhia e do Poupatempo. É importante frisar que o programa de financiamento só permite a venda do imóvel após dois anos da assinatura do contrato.

RENDA EXTRA

Itariri no Comitê da Bacia Hidrográfica da B. Santista Por localização geográfica, município tem o direito de solicitar verbas junto ao órgão Itariri pode fazer parte do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS). Para isso, a Prefeitura precisa solicitar o ingresso formal, e a entidade alterar o estatuto para a inclusão da cidade.

O CBH-BS é responsável por arbitrar conflitos, estabelecer mecanismos e sugerir os valores da cobrança pelo uso da água da região da bacia. A prefeita Rejane Silva (PP) esteve presente à ceri-

mônia de posse da nova presidente do órgão, Maria Antonieta de Brito (PMDB), que também é a prefeita do Guarujá. Lá, ela solicitou verbas para a contenção de enchentes em bairros carentes, como

o Caraminguava. “Por enquanto, Itariri tem direito aos recursos arrecadados porque uma pequena parte de seu território fica dentro da bacia hidrográfica da Baixada Santista”, explicou Maria

Iório, secretária-executiva do órgão. No final do mês, o Comitê analisa os projetos encaminhados e define os repasses de acordo com as necessidades relatadas pelos municípios.


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SAÚDE

Biomassa de banana verde se populariza em refeições Fabricado em Itariri, produto natural é usado como insumo alimentar; nutricionista recomenda ao alto índice de toxinas que apresenta, como o tanino, a banana verde pode ser cozida e peneirada, transformando-se numa espécie de caldo, com a polpa e a casca separadas. Esse caldo, idealizado pela ex-presidente da Cooperativa dos Bananicultores do município de Eldorado, Heloísa Valle, veio a ser o princípio da produção da biomassa que, posteriormente, passou a ser usada como um insumo natural de outros alimentos.

DIVULGAÇÃO

Rica em fibras, vitamina B12, potássio e outros nutrientes, a banana é muito conhecida e apreciada em todo o Brasil, sobretudo pelo preço acessível. Agora, além do consumo usual, a fruta começa a ganhar força como alternativa complementar à alimentação através de um engenhoso invento surgido em Itariri: a biomassa de banana verde. Sem poder ser consumida em seu estado bruto, devido

Na cidade, a ideia foi encampada pela Vale Alimentos, dirigida por Cleonildo Xavier, que diz ter como objetivo principal de seu trabalho “facilitar o acesso da população a uma alimentação de qualidade, de altíssimo valor nutricional”. A biomassa de banana verde pode ser utilizada como espessante, emulsificante e fermento natural. O composto tem sido empregado pelas indústrias de pães e bolos, massas e embutidos de carne, como linguiças e hambúrgueres, além de sorvetes e sucos. Xavier lembra que a biomassa de banana verde é um alimento funcional, assim como a soja – só que mais barato. Alimentos funcionais causam efeitos metabólicos e fisiológicos positivos para a saúde do ser humano, e podem ser parte da dieta de qualquer pessoa, sem a ne-

Nas refeições coletivas, a principal aplicação da biomassa de banana se dá na substituição de espessantes tradicionais, como a farinha de trigo, a fécula de mandioca, o amido de milho, o leite em pó e a soja. A nutricionista Maria Ângela Delgado implementou o composto na merenda escolar da cidade de Jundiaí (59 km de São Paulo) em 2011, quando comandou a Diretoria de Alimentação e Nutrição da Secretaria Municipal de Educação. Segundo ela, entre os principais benefícios à saúde está a facilidade da digestão, já que o amido resistente contido na banana verde só é absorvido no intestino grosso, o que facilita a proliferação de bactérias benéficas ao trato intestinal, evitando diarreia e constipações. O feijão e o molho de to-

cessidade de orientação de médico ou nutricionista. Com o sucesso do empreendimento, a empresa passou a desenvolver uma linha de “snacks” (aperitivos salgados e doces) a partir da biomassa, que são vendidos ao lado do próprio espessante em lojas de produtos naturais nas cidades de São Paulo (e algumas do interior), Rio de Janeiro, Salvador, Goiânia, Curitiba, Londrina e Campo Grande.

DORIVAL PINHEIRO FILHO

Merenda escolar de Jundiaí

IMPRENSA/GEPR

Produção em Itariri

mate foram os primeiros integrantes do cardápio que começaram a contar com 20 a 25% de biomassa de banana, o que criou melhor consistência e trouxe reações positivas dos alunos, que levaram aos pais a informação sobre o quão saudáveis estavam as refeições escolares, explicou Maria Ângela. “A biomassa também sacia a fome, fazendo com que a pessoa passe a ingerir quantidades menores de comida”,

explica a nutricionista, que destaca que o indivíduo passa a controlar melhor seus índices de glicemia, uma vez que a absorção do produto é mais lenta e exige menor liberação de insulina, ajudando na perda de peso. Existem, ainda, estudos científicos que atestam que a biomassa reduz o colesterol sanguíneo, colaborando para prevenir doenças cardiovasculares.


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8 LIXÃO SOB LIMINAR JUDICIAL

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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Transporte essencial em localidades que sofrem com falta de água

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Gasta Órgão empresarial (sigla)

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Planetas, estrelas e satélites (Astr.) Célula sexual feminina das plantas

GIOVANNI GIOCONDO

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